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RELATÓRIO PSICOLÓGICO

1. IDENTIFICAÇÃO

Autora: Thais Dias CRP: 00/0000


Paciente: K. V. da S. Lima
Idade: 09 anos
Data de Nascimento: 15/07/2014
Nome da Mãe: Maria (nome fictício)

2. DESCRIÇÃO DA DEMANDA

A mãe da criança, Maria, foi orientada pela escola do filho a procurar um


psicodiagnóstico devido aos problemas de aprendizagem e de relacionamento com
os colegas que o mesmo vem apresentando.

A mãe relata que começou a suspeitar da possibilidade do diagnóstico de TEA


(Transtorno do Espectro Autista) ao observar que o filho apresentou atraso na fala
na primeira infância, apresentava comportamento ansioso, tinha medo de trovão e
não gostava de barulho, além das questões de aprendizagem.

A mãe informa que está aguardando que o paciente seja chamado para o processo
de avaliação com o profissional da pediatria e solicita o relatório terapêutico do
paciente.

3. PROCEDIMENTOS

Acompanhamento psicológico semanal durante 3 meses.

4. ANÁLISE

No primeiro contato com a criança, a mesma apresentou-se receptiva a terapia,


dificuldade no contato visual, além de apresentar ecolalia nas frases que ao decorrer
da conversa, relatou sobre processo de bullying que vinha sofrendo na escola, com
grande impacto emocional, diante disso, aconselha-se a mãe a mudar a criança de
escola.

Ao longo das demais sessões, ganhou-se a confiança do paciente, onde o mesmo


veio a relatar violências verbais e físicas por parte dos amigos, tanto do contexto
escolar quanto do contexto comunitário, realiza-se orientação com a mãe e trabalha-
se tais questões com o paciente.

Em relação ao processo de aprendizagem, o paciente apresenta prejuízos


significativos, tanto na escrita e leitura, quanto nas operações numéricas. Não
sabendo escrever nem mesmo o nome da sua mãe ou escrever a sua idade, apesar
de saber falar verbalmente.
No aspecto social, apresenta dificuldade de socialização, por ser considerado
diferente dos colegas, sendo mais lento em algumas atividades ou tendo dificuldade
de compreender a comunicação da sua faixa etária, sendo um alvo de agressões
nos grupos em que participa. Relata não gostar de barulho, descrevendo que sente-
se como se ficasse surdo, afirmando que prefere ficar em casa do que em locais
barulhentos.

5. CONCLUSÃO

Durante acompanhamento psicológico realizado, constatou-se que o paciente


desenvolveu um bom vínculo terapêutico, apresentando comportamento calmo,
respeitoso e carinhoso, porém, evidenciou-se dificuldade de contato visual e ecolalia
no seu discurso.

Enfatizou-se que o paciente apresenta prejuízos de aprendizagem importantes, tanto


no campo da escrita e leitura, quanto das operações numéricas, apresentando um
desenvolvimento de compreensão abaixo do esperado para a sua faixa etária, o que
acaba prejudicando o desenvolvimento de laços sociais com as crianças da sua
idade.

Saliento que no processo psicodiagnóstico do paciente, deve-se considerar que as


agressões vivenciadas pelo paciente no seu contexto escolar e comunitário, podem
ter contribuído para determinados traços do seu comportamento, como retraimento,
ansiedade e medo.

Esta avaliação não exclui uma possível avaliação posterior.

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Thais Dias
Psicóloga
CRP 00/00000

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