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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PUC-SP

ELISA ALVES DE ALMEIDA

EDUCAÇÃO, ATIVIDADE E TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS: REVISÃO


INTEGRATIVA DE PRODUÇÕES CIENTÍFICAS BRASILEIRAS

MESTRADO EM EDUCAÇÃO: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

São Paulo
2014
ELISA ALVES DE ALMEIDA

EDUCAÇÃO, ATIVIDADE E TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS: REVISÃO


INTEGRATIVA DE PRODUÇÕES CIENTÍFICAS BRASILEIRAS

MESTRADO EM EDUCAÇÃO: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Dissertação apresentada à Banca


Examinadora da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, como exigência
parcial para obtenção do título de
MESTRE em Educação: Psicologia da
Educação, sob a orientação da Profa.
Dra. Mitsuko Aparecida Makino Antunes

São Paulo
2014
BANCA EXAMINADORA

_____________________________________

_____________________________________

_____________________________________
Dedicatória

Ao meu marido Marcelo Almeida por sempre ter me


dado forças e incentivo para concluir o estudo.

À nossa filha, Alice, que terá o privilégio de nascer e


viver num lar com animais.

À todos os animais, pois sem eles esse estudo seria


inviável e a vida teria muito menos brilho.

E à todos que são beneficiados diariamente pelo


convívio com algum animal e desfrutam desse amor
fiel e sem cobranças.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente, à minha orientadora Profa. Dra. Mitsuko Aparecida Makino


Antunes, “Mimi”, pela sabedoria, delicadeza, tolerância e tempo dispensados a
minha pessoa, direcionando-me no mundo da pesquisa e na melhor forma de
conduzir o meu trabalho.
À CAPES pela concessão da bolsa de pesquisa.
Aos professores do PED pelas discussões, disponibilidade e competência no
ensinar.
À Profa. Dra. Laurinda de Almeida por gentilmente ter aceitado fazer parte da
banca e por ter me apresentado Henri Wallon.
À Dra. Daniela Leal por colaborações importantíssimas no exame de
qualificação.
Ao Edson por sempre se mostrar disponível no esclarecimento de
informações e auxilio no que fosse necessário e estivesse ao seu alcance.
Aos amigos do curso por compartilharem o conhecimento e as angústias.
Aos meus pais (Ray e Hygino) por sempre me motivarem no desenvolvimento
dos meus estudos. À minha irmã Marcele e ao seu marido Marcelo Hugo por
acreditarem no meu potencial. Aos sobrinhos Sophia e Hugo por serem minha maior
motivação na conclusão dos meus estudos e no retorno à Belém.
À minha segunda família (T. Elcy, T. Mauricio, Mauricio Jr., Lucila, Marco e
Naiana), pelo carinho, preocupação e apoio em todos os momentos.
Ao meu marido Marcelo Almeida, em especial, pela compreensão, carinho,
companheirismo e ajuda para o que fosse necessário, sempre me estimulando a
estudar e a crescer. Aos nossos cães, Pooh e Selva, por serem sempre
companheiros fiéis e me permitirem desfrutar dos incontáveis benefícios de se viver
com os animais.
LISTA DE SIGLAS

AAA Atividade Assistida por Animais


ANDE-Brasil Associação Nacional de Equoterapia
ASDEPA Associação de Defesa e Proteção Animal
A/TAA Atividade e Terapia Assistida por Animais
BVS-PSI Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia
EAA Educação Assistida por Animais
EUA Estados Unidos da América
IRIS Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
PePsic Periódicos Eletrônicos de Psicologia
SciELO Scientific Electronic Library Online
TAA Terapia Assistida por Animais
TCC Trabalho de Conclusão de Curso
TDAH Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
UEPA Universidade do Estado do Pará
LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Principais características dos coterapeutas em intervenções 25


assistidas por animais
Quadro 2: Descrição dos artigos científicos publicados por ano, autor e área 48
de investigação em ordem decrescente de data de publicação
Quadro 3: Descrição dos TCCs e monografias publicadas por ano, autor, 51
área e tipo/instituição em ordem decrescente de data de
publicação
Quadro 4: Descrição das dissertações e teses publicadas por ano, autor, 53
área e tipo/instituição em ordem decrescente de data de
publicação
Quadro 5: Descrição dos livros publicados por ano, autor e editora em ordem 56
decrescente de data de publicação
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Distribuição dos estudos sobre intervenções assistidas por animais 59


por tipo de produção publicados até dezembro de 2013
Tabela 2. Distribuição por ano (>1997-2013) dos estudos sobre intervenções 62
assistidas por animais publicados até dezembro de 2013
Tabela 3. Distribuição por tipo de animal abordado nos estudos sobre 64
intervenções assistidas por animais publicados até dezembro de
2013
Tabela 4. Distribuição por área do conhecimento dos estudos sobre 67
intervenções assistidas por animais publicados até dezembro de
2013
Tabela 5. Distribuição por tipo de intervenção assistida por animais dos 71
estudos sobre intervenções assistidas por animais publicados até
dezembro de 2013
Tabela 6. Distribuição por tema principal dos estudos sobre intervenções 73
assistidas por animais publicados até dezembro de 2013
Tabela 7. Distribuição por público alvo dos estudos sobre intervenções 75
assistidas por animais publicados até dezembro de 2013
Tabela 8. Distribuição dos estudos sobre intervenções assistidas por animais 77
publicados até dezembro de 2013 que têm como foco as pessoas
com deficiência, dificuldade ou doença
Tabela 9. Distribuição por tipo de foco dos estudos sobre intervenções 78
assistidas por animais publicados até dezembro de 2013 que
enfocam as pessoas com deficiência, dificuldade ou doença
Tabela 10. Distribuição por tipo de deficiência abordada dos estudos sobre 79
intervenções assistidas por animais publicados até dezembro de
2013 que enfocam a deficiência
Tabela 11. Distribuição por instituição contemplada pelos estudos sobre 81
intervenções assistidas por animais publicados até dezembro de
2013
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Distribuição dos estudos sobre intervenções assistidas por animais 59


por tipo de produção publicados até dezembro de 2013
Gráfico 2. Distribuição cumulativa dos estudos sobre intervenções assistidas 61
por animais publicada até dezembro de 2013, por tipo de produção
e por ano
Gráfico 3. Distribuição por ano (>1997-2013) dos estudos sobre intervenções 63
assistidas por animais publicados até dezembro de 2013
Gráfico 4. Distribuição por tipo de animal abordado nos estudos sobre 64
intervenções assistidas por animais publicados até dezembro de
2013
Gráfico 5. Distribuição por área do conhecimento dos estudos sobre 67
intervenções assistidas por animais publicados até dezembro de
2013
Gráfico 6. Distribuição por tipo de intervenção assistida por animais dos 71
estudos sobre intervenções assistidas por animais publicados até
dezembro de 2013
Gráfico 7. Distribuição por tema principal dos estudos sobre intervenções 73
assistidas por animais publicados até dezembro de 2013
Gráfico 8. Distribuição por público alvo dos estudos sobre intervenções 75
assistidas por animais publicados até dezembro de 2013
Gráfico 9. Distribuição dos estudos sobre intervenções assistidas por animais 77
publicados até dezembro de 2013 que têm como foco as pessoas
com deficiência, dificuldade ou doença
Gráfico 10. Distribuição por tipo de foco dos estudos sobre intervenções 78
assistidas por animais publicados até dezembro de 2013 que
enfocam as pessoas com deficiência, dificuldade ou doença
Gráfico 11. Distribuição por tipo de deficiência abordada dos estudos sobre 79
intervenções assistidas por animais publicados até dezembro de
2013 que enfocam a deficiência
Gráfico 12. Distribuição por tipo de deficiência abordada dos estudos sobre 83
intervenções assistidas por animais publicados até dezembro de
2013 que enfocam a deficiência
LISTA DE IMAGEM

Figura 1. Fluxograma da sequência das etapas da revisão integrativa feita 46


na presente pesquisa
ALMEIDA, E. A. de. Intervenções Assistida por Animais: revisão integrativa de
produções científicas brasileiras. 2014. 147 p. Dissertação (Mestrado em Educação:
Psicologia da Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São
Paulo, 2014.

RESUMO

Esta pesquisa teve por objetivo identificar e caracterizar produções científicas


brasileiras sobre Educação, Atividade e Terapia Assistida por Animais. O estudo
trata de uma revisão integrativa da literatura, que sintetiza os dados de produções
científicas brasileiras sobre a temática publicadas até dezembro de 2013,
encontradas nas bases de dados SciELO, LILACS, BVS-Psi, PePSIC e Domínio
Público, bibliotecas de universidades públicas e particulares, referências, livrarias
nacionais e autores. Encontraram-se 81 produções científicas que respeitavam os
critérios de inclusão da pesquisa, sendo 26 artigos científicos, dez TCC/monografias,
19 dissertações/teses e 26 livros. Os principais dados extraídos das produções
científicas foram organizados em banco de dados que, em seguida, foram
analisados por meio de categorias analíticas. Observou-se que as intervenções
assistidas por animais têm sido anualmente alvo de estudos na última década, em
especial da área da psicologia, na qual o animal mostrou-se como um recurso
terapêutico importante. Embora o cavalo seja o animal mais frequente nos estudos,
são muitos os animais que possibilitam várias atividades que permitem o
atendimento de um público alvo diferenciado, de crianças a idosos, de pessoas
saudáveis a pessoas com doenças, dificuldades ou deficiências.

Palavras-chave: Intervenções assistidas por animais, revisão integrativa, produção


científica brasileira.
ALMEIDA, E. A. de. Animal-Assisted Interventions: an integrative review of
Brazilian scientific production. 2014. 147 p. Dissertation (Master’s in Educacion:
Educational Psychology) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São
Paulo, 2014.

ABSTRACT

This research aimed to identify and characterize Brazilian scientific production


on Education, Activity and Animal Assisted Therapy. The study is an integrative
literature review, which summarizes data from Brazilian scientific production on the
subject published until December 2013, found in the databases SciELO, LILACS,
BVS-Psi, PePSIC and Public Domain data, public and private universities libraries,
references, national bookstores and authors. Was found 81 scientific publications
which met the inclusion criteria of the study, with 26 scientific articles, ten
courseworks/monographs, 19 dissertations/theses and 26 books. The main data
extracted from the scientific productions were organized into a database that, then,
were analyzed by means of analytical categories. It was observed that annually the
animal-assisted interventions have been subject of studies in the last decade,
especially in the area of psychology, in which the animal was shown to be an
important therapeutic resource. Although the horse is the most common animal in the
studies, there are many animals that provide various activities that allow the service
of a different target audience, from children to elderly, from healthy people until ones
with illnesses, disabilities or difficulties.

Keywords: animal-assisted interventions, integrative review, Brazilian scientific


production.
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 14
1. RELAÇÃO HOMEM-ANIMAL: UMA RELAÇÃO QUE TRANSCENDE
GERAÇÕES 16
1.1. Início do uso dos animais em terapia 17
1.2. Atividade e Terapia Assistida por Animais (A/TAA) 21
2. EDUCAÇÃO ASSISTIDA POR ANIMAIS (EAA) 32
3. A PESQUISA 39
3.1. Problema da pesquisa 39
3.2. Objetivo 39
3.3. Justificativa 39
3.4. Método 40
3.4.1. Tipo de estudo 40
4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 48
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 85
REFERÊNCIAS 89
APÊNDICE A 94
APÊNDICE B 97
APÊNDICE C 101
APÊNDICE D 106
APÊNDICE E 110
APÊNDICE F 111
APÊNDICE G 115
APÊNDICE H 117
APÊNDICE I 120
APÊNDICE J 124
APÊNDICE K 125
APÊNDICE L 133
APÊNDICE M 136
APÊNDICE N 143
  14

APRESENTAÇÃO

Minha relação com os animais começou na infância. Nesse período, eu tinha


medo de todo e qualquer tipo de animal, embora não tenha ocorrido nenhum fato
que pudesse tê-lo originado. Ao longo dos anos, o medo foi minguando em virtude
do contato que fui obtendo com os animais, primeiro com um pintinho que ganhei na
escola e depois com cães de amigos. Mas, foi quando eu ganhei meu próprio
cachorro, Pooh, que o medo se transformou em amor. Este se tornou tão intenso e
grandioso que fez com que eu buscasse defender os direitos dos animais.
Passei, assim, a atuar na Associação de Defesa e Proteção Animal
(ASDEPA) de minha cidade natal, Belém/Pa. Atualmente, nosso trabalho consiste no
recolhimento, tratamento e castração de animais domésticos de pequeno porte,
especialmente cães e gatos, maltratados e/ou abandonados, para depois serem
doados a famílias que se comprometam a efetuar a posse responsável.
Paralelo ao trabalho voluntário desenvolvido na ASDEPA, cursei Pedagogia
na Universidade do Estado do Pará (UEPA). Ao longo da graduação tive
oportunidade de conhecer e estudar a educação especial, bem como desenvolver
trabalhos com pessoas com diversas deficiências. A experiência com essas
pessoas, além de ter sido de grande aprendizado, despertou-me o desejo de
concentrar meus estudos na área. Assim, ao término de minha graduação, iniciei o
curso de pós-graduação lato sensu em educação inclusiva na mesma universidade.
Ao concluir a pós-graduação em Belém, eu e meu marido optamos por vir
morar em São Paulo para dar continuidade aos nossos estudos. Busquei cursos de
aperfeiçoamento na área de educação inclusiva aqui em São Paulo, dentre eles a IX
Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade
(Reatech), que se destaca pela variedade de cursos e opções no atendimento às
pessoas com deficiência. Assim, através do site, fiz minha inscrição na feira e no
curso de Equoterapia. No local do evento, soube da existência de stands de
Equoterapia e de Pet Terapia, com a exposição dos animais usados em terapia. Ao
conhecer os stands, a Pet Terapia me encantou, pois se apresentou como um elo
entre minhas duas grandes paixões: a educação inclusiva e os animais.
A partir de então, tenho buscado aprofundar meus conhecimentos nessa
área, que ainda é muito escassa, através do desenvolvimento da presente pesquisa,

 
  15

que tem por objetivo identificar e caracterizar as produções científicas brasileiras


sobre Educação, Atividade e Terapia Assistida por Animais publicadas até dezembro
de 2013.
Para isso, fez-se um levantamento bibliográfico de produções científicas
relacionadas a qualquer atendimento assistido por animais, possibilitando uma visão
geral dos estudos disponíveis para análise. Para analisar os estudos encontrados
optou-se por fazer uma revisão integrativa, que consiste num método de revisão
sistemática da literatura que sintetiza os resultados de pesquisas anteriores, para
fornecer uma compreensão mais abrangente sobre um fenômeno específico. Para
fomentar a presente a pesquisa foi desenvolvido no primeiro capítulo a história da
relação homem-animal, que retrata o início da participação dos animais no
atendimento a pacientes e a discriminação dos atuais termos usados para nomear o
uso de animais em terapia. Posteriormente, ressaltou-se o uso dos animais no
âmbito educacional, embasado nas concepções de Henri Wallon.
O terceiro capítulo destinou-se ao esclarecimento do tipo de estudo, revisão
integrativa, adotada na presente pesquisa e o quarto capítulo contempla a análise e
discussão dos resultados. Para finalizar, as considerações finais.

 
  16

1. RELAÇÃO HOMEM-ANIMAL: UMA RELAÇÃO QUE TRANSCENDE


GERAÇÕES

Os animais convivem com o ser humano há tempos e sua relação com eles
tem se modificado constantemente ao longo da história. Durante a pré-história, mais
especificamente no período paleolítico (de 2,5 milhões a.C. a 10 mil a.C.), quando o
homem vivia em grupos e era nômade, sobrevivendo da caça e da pesca, os
animais eram tidos meramente como alimentos e fornecedores de ferramentas
(ossos, chifres, presas). Posteriormente, no período neolítico (de 10 mil a.C. a 3 mil
a.C.), ao deixar de ser nômade e tornar-se sedentário, o homem começou a cultivar
a terra – início da agricultura – e a criar animais, como bois, cabras, cães e
dromedários – início da domesticação. A relação homem-animal, portanto, mudou de
patamar: um passou a ser dependente do outro.
Registros históricos evidenciam esse elo com os animais através da
representação da afetividade e dos relacionamentos, retratados com propriedade
por meio de símbolos e desenhos. Em muitas inscrições, os animais significavam
status de tribos e de grupos (DOTTI, 2005).
Ao longo de toda a história, observa-se a importância atribuída aos animais
na vida do homem, na qual assumiram papéis de divindades que orientariam os
homens em sua vida terrena e espiritual, ou seja, a eles eram atribuídos poder,
trazendo saúde e mediando curas através da evocação de seus espíritos em
cerimônias (DOTTI, 2005).
No antigo Egito e em todas as suas dinastias, por exemplo, os animais foram
considerados deuses, que se misturavam aos homens e representavam
essencialmente a sabedoria, proteção e solução para um universo único de
necessidades humanas. Outras civilizações utilizaram a simbologia dos animais para
conceitos e princípios de vida. Na cultura greco-romana, alguns animais foram
considerados a representação de Deus, da saúde e da reencarnação (DOTTI, 2005).
O estreitamento da relação homem-animal fortificou-se; os animais de fácil
domesticação não permaneciam mais apenas nos quintais das fazendas, mas
adentravam as residências; passaram a ser considerados membros da família e um
deles foi consagrado como “o melhor amigo do homem”, o cachorro.

 
  17

1.1. Início do uso dos animais em terapia

As primeiras referências sobre indicação do uso de animais em terapia estão


ligadas à Hipócrates de Cós (458-377 a. C.), médico grego que em seu livro “das
dietas” prescreveu a equitação como remédio contra a insônia, para a regeneração
da saúde e melhora do tônus muscular; Asclepíades de Prusa (124-40 a. C.),
médico grego que aconselhou a equitação como tratamento contra a epilepsia e em
diferentes casos de paralisia e Galeno de Pérgamo (130-199 d. C.), médico e
filósofo grego que acreditava nos benefícios dos exercícios a cavalo à saúde do
praticante (SILVA, 2004; SEVERO, J., SEVERO, C., 2010).
Até o final do século XVI não se encontraram registros sobre a indicação e
uso de animais em terapia. Somente em 1600, de acordo com Silva (2004), Thomas
Sydeham indicou o exercício equestre para a cura dos distúrbios circulatórios.
No século XVII, houve maior número de relatos sobre a importância dos
animais em funções terapêuticas, na socialização e na mudança de comportamento
humano. Em 1699, John Locke defendeu a ideia de dar cachorros, esquilos, aves ou
outros animais para as crianças, a fim de que cuidassem deles, para que
desenvolvessem vínculos afetivos e responsabilidade para com os outros
(SERPELL, 2013).
No século XVIII e XIX, a compaixão e a preocupação com o bem-estar do
animal tornaram-se temas importantes na literatura infantil (“O patinho feio” e “livro
da selva”), demonstrando um claro propósito de desenvolver nas crianças a ética da
bondade e da cortesia, especialmente nos meninos (SERPELL, 2013).
Os benefícios provenientes da interação homem-animal foram alvos de
estudos, pesquisas e investigações mais meticulosas. Em 1792, em York Retreat, na
Inglaterra, William Tuke desenvolveu o primeiro experimento bem documentado de
terapia assistida por animais com métodos de tratamento inovadores. A influência
positiva dos animais de estimação começou a ser aplicada em terapias com
pacientes em condições subumanas e em asilos de pessoas esquizofrênicas
(DOTTI, 2005; SERPELL, 2013).
Os pacientes podiam usar as próprias roupas e andar livremente pelos pátios
e jardins do retiro, que eram repletos de animais pequenos, como coelhos, gaivotas,
falcões e aves domésticas. O tratamento consistia em ensinar o próprio controle do

 
  18

animal por ser este, aparentemente, criatura mais fraca e dependente dos pacientes,
encorajando-os a escrever, ler e se vestir.
No século XIX, em Londres, no Bethlem Royal Hospital, programas de
caridade apontaram os animais como responsáveis por uma atmosfera mais leve
para os pacientes com doenças mentais. A enfermaria feminina era iluminada e
decorada com gravuras e bustos, com viveiros e animais de estimação. A enfermaria
masculina demonstrava maior afeição por aves e animais de estimação, como gatos,
esquilos e canários. Os pacientes passaram a “despejar seus infortúnios” sobre os
cães e gatos (DOTTI, 2005; SERPELL, 2013).
Em 1867, na Alemanha, usaram-se animais em Bethel, centro de tratamento
residencial para epiléticos. Em 1919, os animais foram utilizados em Washington,
nos Estados Unidos, no hospital St. Elizabeth, para homens com problemas mentais
(DOTTI, 2005).
Segundo Dotti (2005), em 1944, antes do fim da Segunda Guerra Mundial, no
Army Air Corps Convalescent Center, em Pauling, Nova Iorque, a Cruz Vermelha
americana promoveu o primeiro programa para reabilitação de soldados com o uso
de animais, dentre eles cavalos, cães e animais de fazenda.
Em 1962, foi divulgado no artigo intitulado "The dog as a 'co-therapist'" (O
cachorro como um “co-terapeuta”) os primeiros resultados do uso de animais na
prática da psicologia. O psicólogo infantil Boris Levinson utilizou seu cão para
manter contato com uma criança com problemas psíquicos e de fala. Desde então,
foi considerado como o precursor da Terapia Assistida por Animais (TAA),
principalmente por usar os animais de estimação como coterapeutas durante o
tratamento.
Para Levinson (SILVEIRA, 1992), muitos pacientes viam nos animais sua
única linha de vida para a saúde mental. Acreditava que as crianças com problemas
de ordem emocional, que passaram por alguma dificuldade nas relações com os
adultos, relacionavam-se mais facilmente ou mais rapidamente com os animais, pois
estes tinham a capacidade de oferecer à criança atenção e afeição de forma
incondicional, sem ameaça ou crítica. Logo, a relação entre a criança com transtorno
emocional e o animal de estimação representava uma ponte que se cuidadosamente
explorada poderia ser usada para despertar o entusiasmo da criança para as
relações interpessoais (SERPELL, 2013).

 
  19

Nesse mesmo período, no Brasil, a psiquiatra Nise da Silveira, amiga de Boris


Levinson, ambos discípulos de Jung, já introduzia animais no atendimento a
pacientes com esquizofrenia, sendo considerada a pioneira na Atividade e Terapia
Assistida por Animais no Brasil e uma das pioneiras no mundo.
Nise da Silveira (1906-1999) tinha afeição por animais desde a infância,
sempre que via um animal abandonado, levava-o para sua casa e chorava até que
seus pais permitissem que ela ficasse com ele. Entrou na faculdade aos 15 anos,
usando uma carteira de identidade falsa e foi a primeira mulher a ingressar no curso
de medicina no Brasil e a primeira mulher de Alagoas a se tornar médica
(MENGARDO, 2009).
Em 1936, foi presa ao ser denunciada por uma enfermeira por ter em seu
quarto livros de Karl Marx, considerados leitura subversiva na época. Passou 15
meses na cadeia, onde conheceu Graciliano Ramos e Olga Benário Prestes. Ao ser
solta, foi trabalhar no Centro Psiquiátrico Nacional e não admitia o tratamento
dispensado aos doentes mentais, pois os métodos convencionais da época
assemelhavam-se a torturas. Optou, assim, por outra forma de tratamento, até então
pouco valorizada, a terapia ocupacional. Nise da Silveira passou, então, a ser
considerada uma psiquiatra rebelde e terapeuta da alma (MENGARDO, 2009).
Em 1946, ela criou a secção de Terapia Ocupacional no Centro Psiquiátrico e
começaram as mudanças, pois a terapia ocupacional proposta por ela ia além de
algumas tarefas internas do hospício, como varrer o chão e reparos em móveis e
lençóis. Nise da Silveira acrescentou criatividade às atividades de rotina e
desenvolveu várias atividades diferenciadas, dentre elas, em 1955, as atividades
com os animais (MENGARDO, 2009).
Seu trabalho com animais teve início em 1955, quando encontrou uma
cachorrinha abandonada e faminta no terreno do hospital em que trabalhava, pegou-
a em seus braços e perguntou a um paciente que estava internado se ele aceitava
tomar conta da cadela. Ele prontamente aceitou. Deram à cachorrinha o nome de
Caralâmpia, que fora o apelido dado a Nise da Silveira no livro “Memórias do
Cárcere” e no conto “A terra dos meninos pelados”, ambos de Graciliano Ramos. A
psiquiatra observou que os resultados terapêuticos da relação afetiva entre
Caralâmpia e o internado, senhor Alfredo, foram excelentes. A partir de então,
apesar de ter pensado em continuar a experiência de estreitar o relacionamento

 
  20

entre doentes e animais, acreditava que seria difícil essa ideia ter aceitação
(SILVEIRA, 1992).
No serviço de Terapia Ocupacional, Nise da Silveira conheceu Maria
Nazareth Rocha, uma monitora que considerava essa prática ideal para desenvolver
a aproximação entre o homem recolhido em si mesmo e o animal arisco, habituado a
ser maltratado pelo homem. Criou, então, um setor de uso do animal em terapia no
Centro Psiquiátrico Pedro II (SILVEIRA, 1992). De acordo com Dotti (2005, p. 36),
Nise da Silveira afirma:

Verifiquei as vantagens da presença de animais no hospital


psiquiátrico. Sobretudo, o cão reúne qualidades que o fazem
muito apto a tornar-se um ponto de referência estável no
mundo externo. Nunca provoca frustrações, dá incondicional
afeto sem nada pedir em troca, traz calor e alegria ao frio
ambiente hospitalar. Os gatos têm um modo de amar diferente.
Discretos, esquivos, talvez sejam muito afins com os
esquizofrênicos na sua maneira peculiar de querer bem.

Os animais assumiram, assim, o papel de coterapeutas e, por vezes, foram


os primeiros contatos afetivos que o paciente conseguiu ter. Nise da Silveira não os
via somente como animais de estimação, mas como companheiros e possíveis
auxiliares para formar uma nova visão sobre o mundo (MENGARDO, 2009).
O trabalho com os animais era uma das maiores dificuldades enfrentadas por
Nise da Silveira no Centro Psiquiátrico, pois a oposição de muitos profissionais da
área da saúde era constante; deixavam até mesmo de encaminhar seus pacientes
para a terapia ocupacional. As pessoas em geral não estavam preparadas para o
“novo”. Como ela mesma relata: (SILVEIRA, 1992, p. 113).

Foi muito penosa essa tentativa que fizemos de introduzir


animais no Centro Psiquiátrico Pedro II. Comentários
ridicularizantes e mesmo grosseiros não faltaram, mesmo da
parte de colegas. Mas, muito piores foram os atentados contra
os animais: remoção para a seção veterinária de eletrocução,
transporte para abandono em locais inóspitos, envenenamento;
até recentemente, eram enxotados para a rua. Os atentados
praticados contra os animais feriram doentes, monitores e a
mim mesma.

 
  21

Abalada com os constantes ataques, Nise da Silveira recebeu o apoio do


amigo professor Boris Levinson e do professor da Universidade do Estado de Ohio,
S. Corson. Porém, os animais continuaram a ser perseguidos nos hospitais, sob o
argumento de que eram transmissores de inúmeras doenças. Em vez de medidas
terapêuticas contra as zoonoses, era mais fácil exterminá-los (SILVEIRA, 1992).
Lentamente, o trabalho dos pioneiros expandiu-se, perante a evidência dos
resultados obtidos por meio dos coterapeutas animais às mais diversas áreas
médicas (pediatria, cardiologia, psiquiatria, geriatria). Após a constatação da
melhora ou cura de pessoas com vários tipos de doença, os animais de pequeno
porte, como cães, gatos, peixes e pássaros, foram os novos terapeutas contratados
por hospitais franceses, canadenses, americanos e suíços (SILVEIRA, 1992).

1.2. Atividade e Terapia Assistida por Animais (A/TAA)

Nas décadas de 1960 a 1980, as pesquisas com o uso de animais se


intensificaram e muitas terminologias foram utilizadas para nomear a realização de
atividades com os animais. Frente à necessidade de estabelecimento de um padrão
para identificar a ação exercida com profissionalismo e credibilidade, surgiu a Pet
Terapia. Todavia, esse termo foi abandonado nos anos 1990, uma vez que não
traduzia as possibilidades de trabalho com os animais. Assim, em 1996, um
organismo internacional sem fins lucrativos, criado em 1977, denominado Delta
Society, que tem por objetivo promover a melhora da saúde humana, independência
e qualidade de vida com a ajuda dos animais, definiu de forma mais objetiva a
interação do homem com os animais nas seguintes bases: Atividade Assistida por
Animais (AAA) e Terapia Assistida por Animais (TAA); tais terminologias foram
implantadas e aplicadas no mundo (DOTTI, 2005).
A AAA consiste em atividades desenvolvidas por profissionais treinados e/ou
com proprietários ou condutores, que levam seus animais à escolas, clínicas de
repouso e hospitais para visitação, recreação e distração por meio do contato dos
animais com as pessoas, sem a formulação de objetivos terapêuticos específicos
(BECKER, 2003).

 
  22

A TAA, diferente da AAA, tem objetivos claros e dirigidos, com critérios pré-
estabelecidos, na qual o animal é parte integrante e fundamental do tratamento.
Envolve serviços profissionais de diferentes áreas, dentre elas: medicina, medicina
veterinária, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia e pedagogia,
sem substituir, mas complementando, as diversas modalidades terapêuticas
(SANTOS, 2006). Essas atividades podem contribuir para o desenvolvimento típico e
saudável de qualquer criança e ocorrem em ambientes variados, como escolas,
centros comunitários, programas extracurriculares e hospitais. Para Dotti (2005, p.
30), a TAA:

É um processo terapêutico formal com procedimentos e


metodologia, amplamente documentado, planejado, tabulado,
medido e seus resultados avaliados. Todos os progressos são
verificados e reavaliados com a finalidade de se atingir os
objetivos do programa. Pode ser desenvolvida em grupos ou
de forma individual.

Atualmente, a TAA é reconhecida cientificamente no mundo. Todavia, alguns


países ainda utilizam terminologias inadequadas, que vão de encontro à
nomenclatura estabelecida pelo Delta Society. No Brasil, certos grupos, profissionais
e a mídia, por vezes, utilizam nomes como: pet terapia, terapia com animais, terapia
mediada por animais, terapia facilitada por animais, zooterapia etc.
Ao nomear erroneamente as atividades e terapias assistidas por animais
pode-se propiciar uma compreensão inadequada da atividade que está sendo
realizada, ou seja, ao denominar uma atividade de Pet Terapia, entende-se uma
terapia para animais de estimação com problemas comportamentais ou, ao designar
de Zooterapia, denota-se o uso de elementos químicos extraídos de animais, de
seus corpos ou parte deles, para fins medicinais (DOTTI, 2005).
Dessa forma, é imprescindível alinhar-se aos padrões mundiais para manter
parcerias, convênios e intercâmbio de informações, pois a Atividade e a Terapia
Assistida por Animais (A/TAA) estão sendo investigadas por mais tempo nos países
mais desenvolvidos, como Estados Unidos, Espanha, Canadá, França e Itália.
No Brasil, essa temática ainda é pouco pesquisada cientificamente, com
material e estudos escassos. Cabem aos poucos pesquisadores brasileiros

 
  23

promoverem com responsabilidade, disciplina e profissionalismo a A/TAA, bem


como torná-las acessíveis à sociedade.
Vale destacar que, no Brasil, há uma maior difusão do uso exclusivo de um
tipo de animal em terapia, o cavalo, denominada de Equoterapia; porém a TAA
envolve diversos tipos de animais como cães, gatos, roedores, aves e até animais
silvestres. Cada um possui diferentes possibilidades de atuação, benefícios e
características, que são considerados frente ao quadro apresentado pela pessoa
que será atendida pela TAA.
Quanto às possibilidades de atuação, todos os animais permitem
desenvolvimento de inúmeras e diferenciadas atividades terapêuticas e estas se
iniciam antes mesmo do contado com o animal, através da exploração e estudo de
suas características, habitat, alimentação, higiene (banho e escovação), limitações
etc. Logo, a TAA não se restringe ao contato direto com o animal. Dessa forma, há a
interação e o estabelecimento de uma conexão entre a pessoa e o animal que se
inicia nessa fase pré-contato com o animal e se fortalece ao longo do tratamento na
fase de contato direto.
Na terapia com cavalos, por exemplo, são utilizadas todas as possibilidades
que o cavalo oferece, desde informações sobre sua cultura até atividades de
preparação de sua comida, banho, equipamentos e utensílios de equitação (sela,
cabeçada, arreio e manta) e uso de materiais adaptados (suporte) e lúdicos (bola,
bastões, argolas) (DOTTI, 2005).
No caso de terapia com cachorros, Capote e Costa (2011) também fizeram
uso de inúmeros utensílios que ampliaram suas possibilidades de atuação. Ela
levava para os atendimentos objetos que faziam parte do ambiente dos animais,
como duas escovas para pentear os pêlos, nas cores verde e vermelha, quatro bolas
nas cores amarela, vermelha, verde e azul, quatro coleiras, sendo duas na cor
vermelha e duas azuis, ração, petiscos e comedouros que ampliavam as
possibilidades de atuação. Além de objetos comuns e em sua maioria disponível no
local do atendimento, neste caso a escola, como corda, cadeiras pequenas, copos
descartáveis, filtro de água, água potável, 40 presilhas coloridas e pequenas para
prender o cabelo, dois cães de pelúcia, dois caminhões de brinquedo, torneira,
sabonete e toalha.
A psicopedagoga Luciana Issa (2012) utiliza também a maioria dos objetos
usados por Capote, porém acrescenta ainda livros para que seus pacientes leiam

 
  24

para os animais e visitas a diferentes lugares, como parques para dialogar com
estranhos sobre os cachorros coterapeutas e petshops para dar banho neles.
Santos (2013) relata em seu livro diversas possibilidades de atuação com
animais não muitos comuns, como cantar e mandar beijo para a calopsita e dar
banho com uma pequena escova em um jabuti e ralar cenouras para alimentá-lo.
Quanto aos benefícios, todas as pesquisas sobre TAA demonstram que a
maioria dos animais contribui para o desenvolvimento da coordenação motora, o
relaxamento, o aumento do tempo de concentração e tornar as pessoas mais
tranquilas, confiantes e atentas.
Quanto às características dos animais mais utilizados em intervenções
assistidas por animais1, principais indicações e custo do tratamento, foi organizado o
quadro abaixo.

                                                                                                               
1
Entende-se por “intervenções assistidas por animais”: Educação, Atividade e Terapia Assistida por
Animais  

 
  25

Quadro 1: Principais características dos coterapeutas em intervenções assistidas por


animais. São Paulo, 2014.
CLASSES ESPÉCIE PÚBLICO INDICADO CARACTERÍSTICAS CUS
TO
Aves Calopsita Idosos, crianças com Estes animais desenvolvem uma Baixo
atraso na linguagem, rápida interação com os humanos,
pessoas com facilmente adestradas, possuem um
Transtorno de Déficit belo visual colorido, são de fácil
de Atenção e locomoção, necessitam de poucos
Hiperatividade cuidados de manutenção.
(TDAH), depressão,
dificuldades motoras
e/ou escolares.
Répteis Jabuti Pessoas com autismo, São animais dóceis e lentos. Baixo
dificuldades motoras
e/ou TDAH.
Mamíferos Golfinho Pessoas com autismo,
Animais dóceis, inteligentes e muito Alto
síndrome de Downafetivos. Há poucos profissionais da
e/ou com dores saúde qualificados para o trabalho,
crônicas. seus benefícios ainda não foram
cientificamente comprovados, alguns
estudos apontaram baixo nível de
segurança para os envolvidos e alto
nível de exigência dos animais,
possibilitando a eles pouco descanso.
Coelho Idosos, crianças e São animais dóceis, acessíveis, fáceis Baixo
pessoas com de transportar, exigem poucos
esquizofrenia, autismo cuidados de manutenção, têm
e/ou dificuldades excelente aceitação do público infantil
motoras. e do âmbito familiar de modo geral.
Gato Idosos, crianças e São animais companheiros, Baixo
pessoas com independentes e sociáveis, porém não
problemas psíquicos. toleram constantes caprichos, logo os
Contraindicado em gatos de terapia devem ser calmos e
pessoas com feridas, receptíveis, convivam bem em seu
pele muito fina, meio, não estranhem sons, objetos e
alergias e muito pessoas diferentes, tenham um bom
ativas. temperamento e comportamento,
sejam escovados e banhados dois
dias antes da visita, tenham suas
unhas cortadas e lixadas e não
tenham produto químico na pelagem.
Cavalo Crianças e pessoas Esses animais devem ser Alto
com deficiências rigorosamente selecionados, terem as
físicas e/ou problemas patas adequadas, não serem muito
de desenvolvimento. altos e terem um corpo simétrico.
Cão Idosos, crianças e O animal deve ser calmo, dócil, Baixo
pessoas com confiante, receptivo com estranhos e
problemas de saúde curioso ou indiferente a situações e
e/ou deficiências. barulhos inesperados; permitir ser
tocado e escovado; não se incomodar
com a presença de outros cães ou
animais; andar tranquilo com a guia;
não se assustar ou se amedrontar
facilmente e obedecer a comandos
básicos do dono, como “senta”,
“deita”, “fica”, “junto” e “não”.
FONTE: AIELLO, 2005; DOTTI, 2005; SANTOS, 2013.

 
  26

Na TAA, dois animais em especial têm maior destaque, o cavalo e o cachorro,


sendo a terapia com esses nomeada respectivamente de Equoterapia e Cinoterapia.

• Equoterapia
A Equoterapia é a terapia de animais mais conhecida no Brasil, onde foi
reconhecida pelo Conselho de Medicina no ano de 1990 e atualmente é divulgada
pela Associação Nacional de Equoterapia (ANDE-Brasil), que fora criada em 1989
por militares e civis, tem como meta principal a orientação para criação e
organização de centros equoterápicos em todo território brasileiro, e a promoção de
cursos e congressos de formação de profissionais para atuarem nessa abordagem
(SEVERO, J., SEVERO, C., 2010).
Foram os terapeutas brasileiros, junto com os da Bélgica, Finlândia e França
que expandiram as bases da equoterapia clássica para atuarem sobre os aspectos
psicológicos, possibilitando a participação dos profissionais de psicologia e
fonoaudiologia. Com sua divulgação e propagação no Brasil, a equoterapia passou a
ser constantemente indicada por médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais,
fonoaudiólogos, psicólogos e educadores, sendo estes últimos em menor proporção.
Esses profissionais acreditam que os movimentos do cavalo estimulem os músculos
do corpo, melhorando o equilíbrio e a coordenação motora, pois o animal possui
movimentos dinâmicos, rítmicos, que têm efeito positivo na postura e mobilidade dos
pacientes (DOTTI, 2005).
Essa abordagem terapêutica é de caráter interdisciplinar e busca o
desenvolvimento biopsicossocial, logo embora seja mais indicado para pessoas com
deficiências físicas ou problemas de desenvolvimento, ela serve para qualquer
pessoa que se sinta deprimida, desmoralizada e preocupada, pois,
psicologicamente, o cavalo transmite à pessoa a sensação de controle e poder, haja
vista que ao controlar o animal grande e forte, pode-se controlar muitas situações
vivenciadas diariamente. A imponência desse animal torna as pessoas mais atentas
e confiantes.
Para as atividades equoterápicas, o ambiente costuma ser o mesmo em que
o animal vive, uma vez que este o reconhece como sendo seu espaço e apresenta
condições favoráveis para a atividade, como ambientes abertos, solo adequado com
areia ou grama, utensílios para montaria e tratamento do animal. Logo, o programa
 
  27

de equoterapia, diferente dos programas com outros animais em TAA, requerem que
as pessoas visitem o local onde se encontra o cavalo; este não é levado até elas.

• Cinoterapia
Cinoterapia é a nomenclatura dada à terapia feita com auxílio de cães, porém
não tão reconhecida.
Depois do cavalo, o cão é o animal mais recomendado para se trabalhar com
A/TAA, pois, além de possibilitar inúmeros tipos de atividades, é o animal mais
confiável, previsível e controlável.
Vale ressaltar que, embora a Equoterapia seja uma A/TAA, estas encontram-
se pouco atreladas, uma vez que por já ter seu termo reconhecido nacionalmente a
equoterapia tem se configurado como uma terapia à parte, independente. Isso não
acontece com a Cinoterapia, pois sua nomenclatura é pouco usada e conhecida,
sendo o termo diretamente ligado à A/TAA.
O animal deve passar por uma avaliação criteriosa antes de ser submetido ao
trabalho na A/TAA, para que não se coloque em risco a segurança dos envolvidos e
não se estresse sobremaneira o animal, o que certamente ocorrerá caso ele não
esteja preparado para desempenhar tal função.
É importante ressaltar que não há uma raça específica para A/TAA; alguns
cães apresentam características inatas e potencial para desenvolver as aptidões
necessárias para esse trabalho.
Alguns cães são treinados para desenvolver outros trabalhos mais
específicos e que auxiliam os seres humanos, como é o caso dos cães de resgate,
cães farejadores e cães de serviço (DOTTI, 2005).

Ø Cães de resgate
Os cães de resgate são animais treinados para auxiliar bombeiros no resgate
de pessoas ou de outros animais em casos de acidentes e de desaparecimentos.
Devem ter disciplina, concentração e faro apurado.

Ø Cães farejadores
Os cães farejadores são animais treinados para encontrar bombas, drogas,
alimentos e, também, pessoas desaparecidas. Diferentemente dos cães de resgate,
auxiliam os policiais e são considerados pela corporação um policial, detentores de
 
  28

distintivos e identidade. A maioria desses cães, nos Estados Unidos da América


(EUA), Canadá e Europa, trabalha em aeroportos junto à Polícia Federal, onde
existe uma vigilância mais intensa.
A Polícia Militar também faz o treinamento de cães farejadores. Ela possui
canis para grande parte de seus cães, porém aqueles que já passaram por
adestramento e exigiram maior investimento convivem com seus parceiros humanos
em suas casas.
No Afeganistão, por exemplo, os cães farejadores têm seu treinamento
focado na identificação de minas implantadas na guerra com a Rússia e com o EUA,
uma vez que estas ainda causam tragédias na região. O cão é treinado para alertar,
através da mudança de comportamento, seu adestrador, que tenta retirá-lo do local
em segurança, para outra equipe entrar e detonar as minas; todavia, nem sempre
isso é possível.

Ø Cães de serviço
De acordo com a lei federal americana, os animais de serviço são animais
treinados para trabalhar ou executar tarefas para o benefício de pessoas com
deficiência (DOTTI, 2005). Atualmente os cães desenvolvem trabalhos diferentes
dos que desempenhavam nos séculos passados, em que eram mais usados para
pastoreio.
Eles são os animais mais utilizados nas atividades de serviço e podem ser
classificados em cães de assistência, cães de alerta, cães guia e cães para pessoas
com deficiência auditiva. Todos devem ser castrados para não colocarem em risco
seus proprietários e devem ter assegurados sua saúde e segurança e evitado o
estresse físico e psicológico. Logo, é importante que os donos dosem o trabalho
atribuído ao animal, pois se empregado de maneira exagerada põe a vida de ambos
em risco.
Esses animais representam aos seus proprietários o acesso a diferentes
ambientes, participação em diversas atividades, maior autonomia e socialização.
Diferente de outros países como Estados Unidos, no Brasil os únicos animais de
serviço que têm livre acesso garantido em lei são os cães guia, pela Lei Nº 11.126,
que sanciona o direito da pessoa com deficiência visual usuária de cão guia
ingressar e permanecer com o animal nos veículos e nos estabelecimentos públicos
e privados de uso coletivo (BRASIL, 2014).

 
  29

- Cães de assistência
Os cães de assistência são cães treinados para atender pessoas com
diferentes patologias, como distrofia muscular, esclerose múltipla, paralisia
cerebral, mal de Parkinson etc. Para auxiliar seu dono, eles atuam no
desenvolvimento de inúmeras atividades que vão desde empurrar cadeira de
rodas a atender ao telefone.
Até o momento não se têm registros de treinamento de animais de
assistência em países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, pois ainda
não há organizações preparadas para essa finalidade, que demanda um
custo elevado e deve contar com profissionais experientes.
Nesse contexto, as pessoas desses países que almejam ter um animal
de serviço, devem se inscrever nas instituições estrangeiras, que, por sua
vez, irão analisar a vida financeira do solicitante, seu estado físico e
condições de saúde para cuidar do animal. Após passar por todas as etapas,
o solicitante recebe um treinamento na instituição e, ao atender as exigências,
receberá o animal (DOTTI, 2005).

- Cães de alerta
Os cães de alerta ou cães de resposta são animais destinados a
pessoas com epilepsia, diabetes e problemas psicológicos e psiquiátricos.
São treinados para avisar seus donos a respeito de um perigo iminente, como
um possível ataque de pânico ou cardíaco; uma crise convulsiva em
pacientes com epilepsia; crises de hipoglicemia (baixa taxa de açúcar no
sangue) e de hiperglicemia (alta taxa de açúcar no sangue em pessoas
diabéticas). Há alguns animais que preveem acidentes, mortes, terremotos e
tsunamis (DOTTI, 2005).
Os cães percebem tais perigos por sinais comportamentais ou pelas
alterações químicas e eletroquímicas do corpo do seu dono, de alterações
elétricas no cérebro, dos seus sentidos, em especial, pelo olfato, entre outros.
Ao perceber tais sinais, geralmente cerca de alguns minutos antes da crise,
mudam seu comportamento com o objetivo de chamar a atenção de seus
donos, para que atentem para o que está por vir e possam fazer algo para
evitá-lo ou diminuir seus efeitos (DOTTI, 2005).

 
  30

O comportamento do animal a priori é espontâneo, ao ser percebido é


treinado para aperfeiçoá-lo, levando-o a emitir os sinais de alerta de uma
maneira específica, melhorando a interação entre ele e o dono. Alguns
desses animais são treinados até mesmo para chamar o serviço de
emergência pelo telefone ou outras pessoas; buscar remédios, insulinas ou
inaladores; deitar sobre o peito do dono para produzir tosses.
Os cães de alerta devem ter características e habilidades protetoras,
mas não a ponto de serem dominantes e territoriais, pois não permitiriam a
aproximação de pessoas para ajudar seu dono.
Embora sejam os animais de assistência mais comuns, não são os
únicos. Há casos de macacos, pôneis e gatos que desempenham a mesma
função (DOTTI, 2005).

- Cães guia
Os cães guias são animais treinados para guiar e auxiliar as pessoas
com deficiência visual. Comum em países desenvolvidos, como os Estados
Unidos, em 2000 havia cerca de 10.000 cães guias (DOTTI, 2005). No Brasil,
esse número é muito inferior, de acordo com os dados divulgados pelo
Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social (IRIS), que desenvolve o
Projeto Cão-Guia; não se tem registro nem de 100 cães com esse
treinamento (IRIS, 2013).
Essa disparidade numérica pode ser atribuída ao fato de que somente
em 2005 a pessoa com deficiência visual, usuária de cão-guia, adquiriu na Lei
nº 11.126 (BRASIL, 2014) o direito de ingressar e permanecer com o animal
nos veículos e nos estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo do
país. Até os dias de hoje, os EUA têm sido o fornecedor de cães-guias para
as pessoas com deficiência visual no Brasil. A solicitação do animal é similar
à de um cão de assistência, conforme já explicitado. Todavia, esse quadro
tende a mudar, pois desde novembro de 2012 está em funcionamento o
Centro Tecnológico de Formação de Instrutores e Treinadores de Cães-Guia,
localizado em Camboriú, Santa Catarina, que visa atender à enorme
demanda de pessoas com deficiência visual no país (BRASIL, 2013).
O treinamento de um cão-guia é complexo, duradouro e de alto custo,
porém seus benefícios compensam, uma vez que proporciona ao seu usuário

 
  31

maior desenvoltura e velocidade na locomoção, segurança, independência,


praticidade e liberdade (IRIS, 2013). Além de ter uma contribuição
psicológica, haja vista que representa um estímulo social, companhia,
complemento às necessidades emocionais, atividades de lazer, aumento da
autoestima, redução da ansiedade etc. (DOTTI, 2005).
De acordo com Dotti (2005), o vínculo emocional entre uma pessoa
cega e seu cão é mais forte do que grande parte dos demais donos de cães,
pois a pessoa com deficiência visual tem com seu cão (cão-guia) um
envolvimento emocional muito maior, pelo que ele pode lhe oferecer.

- Cães para pessoas com deficiência auditiva


Esses cães são treinados para as pessoas que possuem perda
auditiva, devendo avisar seus donos acerca de qualquer som que transmita
uma mensagem, como o toque do telefone, da campainha, do despertador
etc.

 
  32

2. EDUCAÇÃO ASSISTIDA POR ANIMAIS (EAA)

Educação Assistida por Animais (EAA) é o nome dado ao uso de animais no


processo de ensino-aprendizagem do ser humano. Até o presente momento não se
tem conhecimento de qualquer regulamentação que defina precisamente o que seja
a EAA. Sua definição partiu da interpretação dos poucos estudos acerca do tema,
que assim a abordam, não restringindo-a ao espaço escolar.
Mesmo antes do surgimento do termo EAA, Terapia Assistida por Animais
(TAA) e Atividade Assistida por Animais (AAA), os animais, ao longo de muitos anos,
têm sido parte integrante das práticas educativas em quase todos os níveis.
No ensino médio e superior, os animais são frequentemente usados como
objetos de dissecação em aulas de biologia. Rã, porco, minhoca, rato, coelho, entre
outras espécies têm sido usados para ensinar anatomia e fisiologia aos estudantes
de cursos de Medicina Veterinária, Zooterapia, Enfermagem, Medicina, Odontologia
e Psicologia.
No que tange à educação infantil e ao ensino fundamental, é comum os
professores utilizarem animais pequenos, vivos ou mortos, como insetos, peixes,
pássaros, coelhos e jabutis, para ensinar um pouco do reino animal e do meio
ambiente a seus alunos (ver Apêndice A, p. 94).
Alguns professores costumam adotar um animal (borboleta, ave, coelho,
peixe) como mascote da turma, pois esperam que a presença do animal ajude as
crianças a avançarem, estimulando sua participação nas aulas e melhorando seu
entendimento sobre responsabilidade, pelo cuidado e sustento do animal (GEE,
2013).
Muitas dessas atividades educacionais utilizam os animais como forma de
atrair a atenção dos estudantes para objetivos específicos de aprendizagem. Os
educadores, mesmo sem se ancorar em comprovações científicas, veem vantagens
na participação dos animais em suas salas de aula.
Atualmente, nota-se uma crescente busca pelo entendimento de como, por
que e até que ponto os animais em sala de aula contribuem para o ensino; todavia,
até o momento, há poucos estudos nessa área e as informações disponíveis na
literatura brasileira ainda são insipientes.
Os animais podem ser importantes elos entre a aprendizagem e os conteúdos
pedagógicos, em todos os níveis educacionais. Na escola, atuam como

 
  33

coeducadores e coterapeutas, possibilitando, além de aprendizado, benefícios


afetivos, sociais e terapêuticos, em um relacionamento sem cobranças, porém que
requer cuidados e responsabilidade.
Martins (2005) desenvolveu uma pesquisa no espaço escolar com a
introdução do molusco escargot, na qual constatou o aumento da afetividade e a
aceitação das crianças para com os animais, em especial das crianças com
síndrome de Down, autismo, paralisia cerebral e hiperatividade. Para Martins (2005),
o ser humano é gregário por natureza, tem de dar e receber afeto e o convívio com
os animais facilita essa troca.
Nesse contexto, verifica-se que as atividades assistidas por animais no
processo educacional permitem o desenvolvimento das relações das crianças com
todas as formas de vida, propiciando e modificando comportamentos e maneiras de
pensar, viver e agir. Dessa forma, a escola pode trabalhar também com a
externalização de sentimentos das crianças, como alegria, tristeza e angústia, além
de valores como cidadania, ética, bem-estar e respeito a todos os seres vivos.
A inserção dos animais, em especial do escargot, no estudo de Martins
(2005), contribuiu para mudanças nas escolas participantes do estudo e representou
um marco pioneiro na estruturação da presença de animais como coeducadores. O
envolvimento das crianças com o molusco possibilitou o contato direto com os
conteúdos tratados em aula, despertou o interesse e forneceu condições para uma
melhor aprendizagem.
A partir dos estudos realizados com crianças com dificuldades no
desenvolvimento motor, Santos (2006) observou que o uso de animais no âmbito
educacional proporcionou o enriquecimento do vocabulário, incentivou a memória,
melhorou conceitos de cores e tamanhos.
A interação das crianças com os animais na escola representa um fator
motivacional, além de ser significativo para a aprendizagem, especialmente quando
o aluno, por meio do conhecimento sobre os animais, seus hábitos, sua alimentação
e seus comportamentos, tem sua vontade de aprender estimulada e sua
autoconfiança fortalecida, tornando-se mais comunicativo e sociável. Conforme foi
frisado no estudo de Martins (2005), a presença do molusco escargot na escola
proporcionou uma melhoria no comportamento das crianças com autismo que se
tornaram mais sociáveis, havendo uma redução no comportamento de isolamento.

 
  34

Observa-se que, além dos estudos de Martins (2005), nos casos


apresentados por Becker (2003), Dotti (2005), Santos (2006), Capote e Costa
(2011), Issa (2012), Santos (2013) e Gee (2013), as intervenções assistidas por
animais contribuíram significativamente para o desenvolvimento afetivo, cognitivo e
motor do ser humano, o que possibilita uma interpretação baseada nas teorias
wallonianas.
Henri Wallon (1879-1962), médico, psicólogo e professor francês, propôs a
teoria do desenvolvimento centrada na psicogênese da pessoa completa, na qual a
compreensão do sujeito não se dá de forma fragmentada, mas a partir de uma rede
de relações entre os conjuntos funcionais (cognitivo, motor e afetivo) e entre eles e
seus fatores determinantes, orgânicos e sociais (MAHONEY, 2010b).
Esses conjuntos estão presentes em todas as atividades dos sujeitos de
forma integrada e participam da constituição da pessoa. Dessa forma, qualquer
atividade humana interfere em todos eles e estes, por sua vez, têm impacto no
quarto conjunto funcional: a pessoa.
Nas intervenções assistidas por animais, é comum o animal ser alvo de
carícias e interesse sobre sua vida, hábitos e cuidados. Issa (2012) relatou em sua
obra que, em uma das atividades de EAA desenvolvidas em sua clínica, seu
paciente ajudou a dar banho no cão, em seguida produziu uma redação relatando
todas as etapas e cuidados necessários no momento do banho para distribuir entre
seus amigos donos de cães. Percebe-se que o conhecimento a respeito da higiene
do animal teve maior concretude para o sujeito a partir da experiência prática que
envolveu os três conjuntos funcionais (cognitivo, motor e afetivo) de forma integrada
e, consequentemente, o quarto conjunto, a pessoa.
De acordo com Mahoney (2010a):

O afetivo é, portanto, indispensável para energizar e dar


direção ao ato motor e ao cognitivo. Assim como o ato motor é
indispensável para expressão do afetivo, o cognitivo é
indispensável na avaliação das situações que estimularão
emoções e sentimentos.

As contribuições de Henri Wallon para esse estudo vão aquém da sua teoria
do desenvolvimento. Para ele, o ser humano é geneticamente social e se torna mais

 
  35

humano à medida que se relaciona e se enriquece com e pelo outro. O


enriquecimento acontece através do acolhimento, do cuidado desse outro. Esse
outro, que passa a fazer parte na vida psíquica do ser humano, é denominado por
Wallon de socius (ALMEIDA, 2011).
Para Almeida (2011), o ser humano precisa cuidar e ser cuidado.

Cuidar de outra pessoa, no sentido mais significativo, é estar


atento ao seu bem-estar, ajudá-la a crescer e atualizar-se, e
para isso o outro é essencial. Envolve um “sentir com o outro” –
podemos chamar essa disponibilidade de empatia (ALMEIDA,
2011, p. 42).

Todavia, nem todas as pessoas têm empatia por outra, mas a tem por um
animal. É o caso de Temple Grandin, professora autista da Colorado State University
e Ph. D. em ciência animal. Ela relata que sempre teve dificuldades em estabelecer
empatia com as pessoas e com os personagens que interpretava em peças de
Shakespeare, porém envolvia-se demasiadamente com os animas, identificava-se
com eles (SACKS, 1995). Em seus relatos fica claro a empatia entre ela e os
animais.

O gato fica perturbado com os mesmos tipo de sons que os


autistas – sons agudos, assobios, ou barulhos altos e
repentinos; não conseguem se acostumar com eles (...), mas
não se incomodam com barulhos graves ou surdos. Ficam
perturbados com contrastes visuais muito fortes, sombras ou
movimentos bruscos. Um leve toque faz com que se afastem,
um toque firme os acalma. A maneira como eu me afastava ao
ser tocada é igual a como a vaca se afasta – acostumar-me a
ser tocada é muito parecido com domesticar uma vaca arisca
(TEMPLE, apud SACKS, 1995, p. 272).

“Se você é um pensador visual, é fácil se identificar com os animais”


(TEMPLE, apud SACKS, 1995, p. 273); “Quando estou com o gado, não tem nada a
ver com cognição. Sei o que a vaca está sentindo” (TEMPLE, apud SACKS, 1995, p.
275). Logo, cuidar do outro vai além do outro pessoa, mas abrange o outro “quanto
ser vivo. Há uma empatia de Temple com os animais, há o “sentir com o outro”.

 
  36

De acordo com Gee (2013), a criança que constrói vínculo com um animal
sente mais empatia em relação a outros seres humanos e é a intensidade desse
vínculo, pessoa-animal, que influencia a empatia. Para ele, a empatia pode ser vista
como comportamento aprendido e o seu desenvolvimento pode e deve ser facilitado,
haja vista que alguns estudos apontam que a crueldade infantil em relação aos
animais está associada à reprodução de comportamentos violentos na fase adulta.
Logo, a escola por dever ser um espaço rico para o desenvolvimento de
cidadãos éticos e responsáveis, e ter a responsabilidade de propiciar a seus
educandos vivências interpessoais e momentos que favoreçam a construção de
valores morais e humanos, deve também ser organizada para o cuidar, para o
desenvolvimento da empatia.
Gee (2013) relata em sua obra a avaliação feita por um pesquisador, Ascione,
de um programa educativo para crianças de primeiro ao quinto ano, com um ano de
duração, no qual houve uma melhora na atitude das crianças em relação aos
animais e que a empatia pelo animal se fortaleceu e se estendeu a outros seres
humanos.
Em um outro estudo relatado por Gee (2013), realizado em uma escola em
Viena, foram investigado os efeitos da presença de um cão dentro de uma sala de
aula. Mesmo com o uso de diferentes instrumentos de avaliação, os resultados
mostraram que as crianças melhoraram em inúmeras variáveis, como independência
no campo, competência social, empatia com os animais e com os ambientes social e
emocional. Concluiu, com o estudo, que um cão pode ser um fator importante no
desenvolvimento social e cognitivo das crianças.
O professor, ao levar o animal para dentro sala de aula, demonstra cuidado
com seus educandos, demonstra uma preocupação em tornar o conteúdo mais
significativo, possibilitando a seus alunos se ancorarem nos conhecimentos prévios
e caminharem em direção a novos conteúdos.
Para Capra (ALMEIDA, 2011), a mensagem só será ouvida e apropriada por
uma pessoa se ela, a mensagem, for significativa para ela, pessoa, pois a atenção
das pessoas é orientada por suas características pessoais e culturais.
Os animais são estímulos riquíssimos para atrair a atenção das crianças, pois
fazem parte do dia a dia (presentes nas casas, soltos nas ruas, estampados em
produtos expostos em supermercados e em lojas de petshops), da literatura infantil
(fábulas de Esopo, histórias clássicas, livros brinquedos e táteis), da cultura

 
  37

(museus, bosques, teatros, filmes, desenhos) e da história (lenda do Rômulo e


Remo, os ancestrais – macacos, história bíblica de Adão e Eva).
Nesse contexto, é notório que o animal em sala de aula favorece uma
aprendizagem mais significativa para todos os alunos; contudo “qualquer
aprendizagem significativa envolve mudança, e a mudança é uma experiência
assustadora; porém se gera um resultado gratificante, o professor permite-se o risco
de mudar, abrindo-se para novas experiências” (ALMEIDA, 2011, p. 58).
Embora alguns professores tenham o intuito de propiciar a seus alunos uma
aprendizagem significativa e uma vivência diferenciada, esbarram no consentimento
da direção da escola e dos pais dos alunos que apresentam preocupação com as
zoonoses, as alergias e a segurança.
No que concerne às zoonoses, doenças transmitidas pelos animais aos
homens, é imprescindível manter em dia as vacinas, vermífugos e condições de
higiene dos animais, para que o risco de transmissão de alguma doença seja
mínimo (MARTINS, 2005).
Em relação as alergias, é importante lavar as mãos após manusear os
animais, prevenindo alguns sintomas e reduzindo sua severidade. Vale destacar que
as alergias podem ser causadas por uma variedade de agentes alérgicos, como pó,
mofo, pólen e pêlo de animal, e as pessoas com alergias a animais, geralmente, são
alérgicas a uma espécie, os mais comuns são gatos ou cães.
Martins (2005) ressalta um estudo australiano de 1995 realizado com mais de
novecentas crianças em idade escolar que possuíam gatos. Foram instituídos
protocolos adicionais às crianças com alergias ou asma, limitando o tempo de
contato e assegurando que as mãos fossem lavadas sempre que o animal fosse
tocado. Os resultados apontaram que nenhuma criança mostrou uma condição
alérgica ou asmática exacerbada; logo, raramente uma alergia severa poderá excluir
a presença de um animal em uma sala de aula, basta que se adotem algumas
medidas específicas ou opte-se por outro animal que não desencadeie crise alérgica
nos alunos da turma beneficiada.
No que tange à segurança, a maior preocupação está relacionada às
mordidas. Para isso é necessário que as crianças sejam instruídas previamente em
como se comportar na presença do animal, o que pode e não deve ser feito. É
importante lembrar que há critérios específicos para o cão ou outro animal

 
  38

participarem de qualquer atividade assistida por animais, um deles é indispensável,


o animal deve ser manso.
De acordo com Jalongo (GEE, 2013), levar um animal para sala de aula
contribui para a educação das crianças com relação à segurança dos animais e
diminui a incidência de mordidas fora da sala de aula.
Uma questão que deve ser considerada ao decidir levar um animal para sala
de aula é a possibilidade de alguma criança sentir medo ou repulsa pelo animal, é
aconselhável que não forcem um contato, respeitem os sentimentos da criança e
permitam que ela fique distante do animal, apenas observe de longe a interação das
demais crianças. Segundo Gee (2013), essa simples atitude ajuda a superar mais
rapidamente o medo.
No geral, a maioria das crianças gosta e aprecia a presença de um animal em
sala de aula, tende a ser mais sociável, afetiva, segura, tranquila, atenta e saudável,
além de ter maior motivação para o aprendizado e desenvolver a empatia, valores
morais e humanos, habilidades cognitivas, motoras, de comunicação e de leitura.
Vale lembrar que “a escola é uma oficina de convivência e seus profissionais
devem cuidar para que a convivência seja saudável e provocadora de
desenvolvimento” (ALMEIDA, 2011, p. 58).

 
  39

3. A PESQUISA

3.1. Problema da pesquisa

Como têm sido abordada a Educação, a Atividade e a Terapia Assistida por


Animais nas produções científicas brasileiras publicadas até dezembro de 2013?

3.2. Objetivo

Identificar e caracterizar as produções científicas brasileiras sobre Educação,


Atividade e Terapia Assistida por Animais publicadas até dezembro de 2013.

3.3. Justificativa

A Educação, a Atividade e a Terapia Assistida por Animais são temáticas que


têm sido estudadas e vivenciadas mundialmente em países desenvolvidos, como
EUA, Canadá, França, Espanha e Itália, diferente dos países em desenvolvimento,
cujo os temas ainda são pouco explorados. No Brasil, esses temas têm despertado
maior interesse das mídias, jornais e revistas, todavia, no meio acadêmico não têm
sido comuns estudos e pesquisas e, quando o são, geralmente têm como foco a
Equoterapia.
A TAA tem conquistado um espaço no Brasil, tem se consolidado mais na
área da saúde, através da visita de animais de pequeno porte a hospitais e clínicas
de fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia; tem ingressado lentamente na
área educacional, através da visita e, até mesmo, da criação de animais de pequeno
porte nas escolas. Acredita-se que a escassa quantidade de espaços que aceitam a
presença e animais em seu meio deve-se à ausência de respaldo científico que
comprove seus inúmeros benefícios e a credibilidade da ação.
Dessa forma, torna-se imprescindível desenvolver estudos e pesquisas
acerca da Educação, Atividade e Terapia Assistida por Animais, para avaliar se há e
quais são seus benefícios, bem como divulgá-los à sociedade.

 
  40

3.4. Método

3.4.1. Tipo de estudo

O presente estudo adotou a revisão integrativa como método de pesquisa,


uma vez que este reúne e sintetiza de maneira ordenada e sistemática resultados de
pesquisas sobre o tema investigado.
A revisão integrativa é um método que faz parte da revisão bibliográfica
sistemática. De acordo com Botelho, Cunha e Macedo (2014, p. 125), a revisão
bibliográfica sistemática consiste em “uma revisão planejada para responder a uma
pergunta específica e que utiliza métodos explícitos e sistemáticos para identificar,
selecionar e avaliar criticamente os estudos, e para coletar e analisar dados desses
estudos incluídos na revisão”. Incorpora ainda quatro diferentes tipos de métodos
para o processo de revisão da literatura, sendo um a revisão integrativa e os outros
a revisão sistemática, a metanálise e a revisão qualitativa.
A revisão sistemática requer uma pergunta clara, definição de uma estratégia
de busca, o estabelecimento de critérios rigorosos de inclusão e exclusão e uma
análise criteriosa, investigando à exaustão os estudos; isto envolve caracterizar,
avaliar a qualidade, identificar conceitos importantes, sintetizar cuidadosamente as
evidências de pesquisa, comparar análises estatísticas e concluir o que a literatura
informa. Vale destacar que os estudos investigados geralmente são de caráter
experimental (SAMPAIO, MANCINI, 2014; MENDES, SILVEIRA, GALVÃO, 2014;
CROSSETTI, 2014).
A metanálise é um procedimento que quantitativamente integra os resultados
de vários estudos sobre um determinado tema, aplicando técnicas estatísticas
(CROSSETTI, 2014).
Sampaio e Mancini (2014, p. 84) definem a metanálise da seguinte forma:

(...) é a análise da análise, ou seja, é um estudo de revisão da


literatura em que os resultados de vários estudos
independentes são combinados e sintetizados por meio de
procedimentos estatísticos, de modo a produzir uma única
estimativa ou índice que caracterize o efeito de determinada
intervenção.

 
  41

A revisão qualitativa é o procedimento que sintetiza os estudos qualitativos,


podendo diferir em abordagens e níveis de interpretação. É uma forma de revisão
muito utilizada e pode ser denominada também de metassíntese, metaestudo,
metaetnografia e grouded theory (BOTELHO, CUNHA, MACEDO, 2014).
A revisão integrativa é um método específico que sintetiza os resultados de
pesquisas anteriores, para fornecer uma compreensão mais abrangente sobre um
fenômeno específico. O termo “integrativa” se deve ao fato do método integrar
opiniões, conceitos e ideias de diferentes estudos sobre uma mesma temática; no
caso do presente estudo as intervenções assistidas por animais. O objetivo principal
é traçar uma análise sobre o conhecimento já construído sobre determinado tema,
através do resumo e comparação de dados extraídos dos estudos já concluídos
(BOTELHO, CUNHA, MACEDO, 2014; CROSSETTI, 2014).
Esse procedimento mostrou-se como o mais adequado para nortear a atual
pesquisa, pois admite a inclusão de diferentes tipos de estudos, independente do
método abordado (pesquisa experimental ou descritiva), permite a síntese e a
análise do conhecimento científico, possibilita conclusões gerais a respeito de um
tema e aponta lacunas na área do conhecimento do tema pesquisado, orientando
futuras pesquisas (BOTELHO, CUNHA, MACEDO, 2014; MENDES, SILVEIRA,
GALVÃO, 2014).
Para elaborar uma revisão integrativa relevante é necessário, de acordo com
Botelho, Cunha e Macedo (2014) e Mendes, Silveira e Galvão (2014), seguir seis
etapas distintas e claramente descritas. Embora o processo de elaboração da
revisão esteja bem definido em diferentes obras da literatura, alguns autores adotam
formas distintas de subdivisão, com pequenas modificações. Dessa forma, o
presente estudo optou por seguir a subdivisão de Botelho, Cunha e Macedo (2014),
que pontua as seguintes etapas do método de revisão integrativa:
- Primeira etapa: Identificação do tema e seleção da questão de pesquisa;
- Segunda etapa: Estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão;
- Terceira etapa: Identificação dos estudos pré-selecionados e
selecionados;
- Quarta etapa: Categorização dos estudos selecionados;
- Quinta etapa: Análise e interpretação dos resultados;
- Sexta etapa: Apresentação da revisão/ síntese do conhecimento.

 
  42

Primeira etapa: Identificação do tema e seleção da questão de pesquisa


O processo de revisão integrativa se inicia com a definição de um problema e
a formulação de uma pergunta de pesquisa que deverá ser clara e específica, pois
norteará todo o estudo (BOTELHO, CUNHA, MACEDO, 2014).
Dessa forma, optou-se pela busca de produções científicas brasileiras a
respeito das intervenções assistida por animais (EAA, AAA e TAA), uma vez que
estas têm sido amplamente difundidas, pesquisadas e vivenciadas em vários países
desenvolvidos e seus benefícios foram reconhecidos desde a Antiguidade. Logo, a
pergunta de pesquisa que norteou o presente estudo foi: Como têm sido abordada a
Educação, a Atividade e a Terapia Assistida por Animais nas produções científicas
brasileiras publicadas até dezembro de 2013?
Uma vez definida a pergunta de pesquisa, o próximo passo nesta etapa foi
definir a estratégia de busca, as palavras-chave e o banco de dados que seriam
utilizados.
Quanto à estratégia de busca adotada foi formulado um conjunto de regras
que viabilizassem o encontro dos documentos que seriam objetos de estudo na
presente pesquisa.

• Estratégia de busca:
- Definir as palavras-chave e as combinações a serem utilizadas;
- construir uma ampla e relevante base de dados;
- verificar se as palavras-chave e as combinações são apropriadas e
se há necessidade de inclusão ou exclusão de alguma;
- verificar a documentação da base consultada.

As palavras-chave selecionadas foram: terapia, assistida, animais, TAA, AAA,


EAA, equoterapia, cinoterapia, cão, cachorro, cavalo, criança e deficiência. As
combinações utilizadas foram: terapia assistida animais, terapia animais, terapia cão
criança, educação animais, deficiência animais, cachorro criança, cachorro
deficiência, terapia cachorro, terapia cão e terapia cavalo. Vale destacar que
algumas palavras-chave foram usadas isoladamente, como equoterapia, cinoterapia,
TAA, AAA e EAA. Após verificação na base de dados, as palavras-chave e as

 
  43

combinações limitaram-se à: terapia assistida animais, terapia animais e


equoterapia.
Quanto à construção da base de dados, a internet foi uma ferramenta
indispensável, pois há muitas base de dados online reconhecidos nacionalmente por
conter ampla variedade de trabalhos científicos disponíveis para consulta,
bibliotecas virtuais disponíveis em sites de universidades publicas e privadas do país
e as referências utilizadas nas publicações acerca da temática.
Dessa forma, foi construída a base de dados da presente pesquisa:
- SciELO2: Scientific Electronic Library Online (SciELO) é um portal de coleção
de revistas e artigos científicos;
- LILACS 3 : Base de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS);
- BVS-Psi 4 : Base de dados eletrônica da Biblioteca Virtual em Saúde –
Psicologia Brasil (BVS-Psi), referência na América Latina e brasileira em
informação científica;
- PePSIC5 : Portal de Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PePSIC) é uma
fonte da Biblioteca Virtual em Saúde – Psicologia da União Latino-Americana
de Entidades de Psicologia;
- Domínio Público6: Biblioteca digital da Secretaria de Educação a Distância do
Ministério da Educação;
- Bibliotecas de universidades públicas e particulares;
- Referências das publicações sobre a temática;
- Livrarias nacionais onlines e físicas;
- Autores.

Segunda etapa: Estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão


Uma vez concluída a primeira etapa, inicia-se a segunda com a busca nas
bases de dados para identificação dos estudos que serão incluídos na revisão; para

                                                                                                               
2
Disponível em: <http://www.scielo.org>
3
Disponível em: <http://lilacs.bvsalud.org>
4
Disponível em: <http://www.bvs-psi.org.br>
5
Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org>
6
Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br>

 
  44

isso é imprescindível definir de forma clara e objetiva os critérios de inclusão e


exclusão.

• Critérios de inclusão
Os critérios de inclusão utilizados na busca e através da leitura do título,
do resumo e, quando necessário, da publicação na íntegra, foram:
- Ter sido publicado até dezembro de 2013;
- ser artigo, Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), monografia,
dissertação, tese, livro ou capítulo de livro;
- ter sido publicado no Brasil e no idioma português;
- abordagem principal da publicação seja uma das intervenções
assistidas por animais (TAA, AAA e EAA).

• Critérios de exclusão
Os critérios de exclusão utilizados na busca e através da leitura do título,
do resumo e, quando necessário, da publicação na íntegra, foram:
- Ter sido publicado no ano de 2014;
- ter sido publicado em outro país (Brasil) e em outro idioma (português);
- abordagem principal da publicação não for uma das intervenções
assistidas por animais (TAA, AAA ou EAA).

Terceira etapa: Identificação dos estudos pré-selecionados e selecionados


Para identificação dos estudos que respeitavam os critérios de inclusão e
exclusão, foi necessário fazer uma leitura detalhada dos títulos, dos resumos e,
quando necessário, da publicação na íntegra.
As produções que não respeitaram as delimitações estabelecidas foram
sumariamente descartadas e as que respeitaram foram organizadas em um banco
de dados construído no programa Microsoft Word para cada base de dados em que
as produções eram extraídas, a fim de evidenciar as características mais relevantes
de cada publicação, como data de publicação, título, autor, área do conhecimento,
nome do periódico ou instituição ou editora de publicação, tipo de publicação, temas
tratados ou palavras-chave e observações sobre a publicação.

 
  45

Dessa forma, obteve-se nove banco de dados com quantidade variadas de


produções: SciELO com 11 produções (ver Apêndice B, p. 97); LILACS com 17
produções (ver Apêndice C, p. 101); BVS-Psi com 10 produções (ver Apêndice D, p.
106); PePSIC com 1 produção (ver Apêndice E, p. 110); Domínio Público com 10
produções (ver Apêndice F, p. 111); Bibliotecas de universidades públicas e
particulares com 12 produções (ver Apêndice G, p. 115); Referências das
publicações sobre a temática com 15 produções (ver Apêndice H, p. 117); livrarias
com 19 produções (ver Apêndice I, p. 120) e autores com 2 produções (ver Apêndice
J, p. 124), totalizando o valor de 97 produções científicas.
Em seguida, as produções foram reorganizadas em outros bancos de dados
por tipo de publicação: artigos científicos com 26 produções (ver Apêndice K, p.
125), TCC/monografias com 10 produções (ver Apêndice L, p. 133),
dissertações/teses com 19 produções (ver Apêndice M, p. 136), e livros com 26
produções (ver Apêndice N, p. 143), totalizando o valor de 81 produções científicas.
A redução no número de produções científicas justifica-se pelo fato de
algumas produções terem sido encontradas em duas ou mais base de dados, e na
segunda reorganização das tabelas elas terem sido contabilizadas uma única vez.

Quarta etapa: Categorização dos estudos selecionados


Esta etapa é similar à etapa de análise dos dados, realizada em pesquisas
científicas tradicionais. Tem por objetivo sumarizar e documentar as informações
extraídas das publicações selecionadas na etapa anterior, através da criação de
categorias analíticas.
Dessa forma, foram criadas dez categorias analíticas regidas por questões
norteadoras.

 
  46

CATEGORIA QUESTÃO NORTEADORA


1. Tipo de produção Qual o tipo de produção tem sido mais
veiculada?

2. Crescimento cumulativo Qual o crescimento do número de produções


por tipo de produção até dezembro de 2013?

3. Publicações por ano Qual o ano com maior número de publicações?

4. Animais Qual animal mais utilizado nos estudos?

5. Área do conhecimento Qual área do conhecimento publicou mais


estudos?

6. Tipo de Intervenção Qual tipo de Intervenção Assistida por Animais


mais utilizada nos estudos publicados?

7. Tema da pesquisa Qual o tema principal da maioria das


pesquisas?

8. Público alvo Qual público foi mais alvo de pesquisa?

9. Deficiência, Dificuldade Quantos estudos enfocou as pessoas com


e Doença em foco deficiência, dificuldade ou doença?
Quais deficiências foram mais pesquisadas?

10. Instituição Qual instituição de ensino superior tem o maior


número de publicações?

Quinta etapa: Análise e interpretação dos resultados


Esta etapa será abordada no próximo capítulo.

Sexta etapa: Apresentação da revisão/ síntese do conhecimento


Esta última etapa consiste na apresentação do que foi feito na revisão
integrativa e seus principais resultados, possibilitando que o estudo seja
reproduzido. Nesse contexto, foi criado um fluxograma que sintetiza a pesquisa em
cada etapa da revisão integrativa.

Figura 1. Fluxograma da sequência das etapas da revisão integrativa feita na


presente pesquisa. São Paulo, 2014.

 
  47

Revisão Integrativa

Pergunta de pesquisa: Como têm sido abordada a


Educação, a Atividade e a Terapia Assistida por Animais nas
produções científicas brasileiras publicadas até dezembro de
2013?
Palavras-Chave: terapia assistida animais, terapia animais e
equoterapia
1ª Etapa Base de dados: Portais SciELO, LILACS, BVS-Psi, PePSIC
e Domínio Público,   bibliotecas de universidades públicas e
particulares, referências, livrarias nacionais onlines e físicas,
autores.

Critérios de inclusão: Ter sido publicado até dezembro de


2013; ser artigo, TCC, monografia, dissertação, tese, livro ou
capítulo de livro; ter sido publicado no Brasil e no idioma
2ª Etapa português; abordagem principal da publicação seja uma das
intervenções assistidas por animais.
Critérios de exclusão: Ter sido publicado no ano de 2014;
ter sido publicado em outro país (Brasil) e em outro idioma
(português); abordagem principal da publicação não for uma
das intervenções assistidas por animais.

Identificação de 81 produções científicas sobre


intervenções assistidas por animais, sendo:
3ª Etapa - 26 Artigos Científicos
- 10 TCC/Monografias
- 19 Dissertações/Teses
- 26 Livros

Categorização dos estudos selecionados por: 1. Tipo de


produção; 2. Crescimento cumulativo por tipo de produção; 3.
4ª Etapa Publicações por ano; 4. Animais; 5. Área do conhecimento; 6.
Tipo de Intervenção; 7. Tema da pesquisa; 8. Público alvo; 9.
Deficiência, Dificuldade e Doença em foco; 10. Instituição

5ª Etapa Análise e interpretação dos resultados.

 
  48

4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Esta etapa corresponde à fase de apresentação, análise e discussão das


publicações fontes desta pesquisa, na qual há avaliação crítica dos estudos e
comparação com o conhecimento teórico.
Vale lembrar que na presente revisão integrativa foram utilizadas 81
publicações. Seguem abaixo os quadros, separados por tipo de produção científica,
contendo as informações mais relevantes de cada tipo de produção.

Quadro 2: Descrição dos artigos científicos publicados por ano, autor e área de
investigação em ordem decrescente de data de publicação. São Paulo, 2014.

N ANO TÍTULO AUTOR ÁREA


1 Set., Estabilidade locomotora durante a PÉRICO, B. C., Ed.
2013 condução de um cão et al. Física
2 Jul.- A aquisição da motricidade em TORQUATO, J. Fisio.
Set. crianças portadoras de Síndrome de A.;
2013 Down que realizam fisioterapia ou
praticam equoterapia
3 Mar., Efeito da equoterapia na estabilidade MENEZES, K. Fisio.
2013 postural de portadores de esclerose M. et al.
múltipla: estudo preliminar
4 2012 Curadores naturais: uma revisão da REED, R.; Enferm.
terapia e atividades assistidas por FERRER, L.;
animais como tratamento VILLEGAS, N.
complementar de doenças crônicas
5 Jun., Avaliação fisiológica e comportamental YAMAMOTO, Med. Vet.
2012 de cães utilizados em terapia assistida K.C.M. et al.
por animais (TAA).
6 Set.- Efeito da equoterapia no equilíbrio ARAUJO, T. B. Fisio.
Out. postural de idosos et al.
2011

 
  49

(continuação)

N ANO TÍTULO AUTOR ÁREA


7 Mar., Protocolo do Programa de Assistência SILVEIRA, I. R.; Enferm.
2011 Auxiliada por Animais no Hospital SANTOS, N. C.;
Universitário LINHARES, D.
R.

8 Dez. A equoterapia no desenvolvimento PRESTES, D. Não


2010 motor e autopercepção de escolares B.; WEISS, S.; Espec.
com dificuldade de aprendizagem ARAÚJO, J. C.
O.
9 Jan.- Variabilidade da frequência cardíaca NEGRI, A. P. Fisio.
Fev. em praticantes de equoterapia com
2010 paralisia cerebral
10 Jan.- A equoterapia no tratamento de ARAUJO, A. E. Fisio.
Fev. crianças com paralisia cerebral no R. A. e;
2010 Nordeste do Brasil RIBEIRO, V. S.;
SILVA, B. T. F.
da.
11 2010 Equoterapia na reabilitação da SANCHES, S. Fisio.
meningoencefalocele: estudo de caso M. N.;
VASCONCELO
S, L. A. de P.
12 Set.- A influência da equoterapia na NEGRI, A. P. et Fisio.
Out. modulação autonômica da frequência al
2009 cardíaca de crianças com paralisia
cerebral
13 Ago. Desenvolvimento e implantação da KOBAYASHI, C. Enferm.
2009 Terapia Assistida por Animais em T. et al
hospital universitário

 
  50

(continuação)

N ANO TÍTULO AUTOR ÁREA


14 Set.- O uso da equoterapia como recurso TOIGO, T.; Fisio.
Dez. terapêutico para melhora do equilíbrio LEAL JÚNIOR,
2008 estático em indivíduos da terceira E. C. P.; ÁVILA,
idade S. N.
15 2008 Da Domesticação à Terapia: O uso de GARCIA, M. P.; Psico.
animais para fins terapêuticos BOTOMÉ, S. P.
16 Nov.- Comportamento angular do andar de COPETTI, F. et Fisio.
Dez. crianças com síndrome de Down após al.
2007 intervenção com equoterapia
17 2007 Atividades Assistida por Animais: GODOY, A. C. Psicope.
aspectos revisivos sob um olhar De S.; DENZIN,
pedagógico S. S.

18 Set.- A influência da equoterapia no COIMBRA, S. Fisio.


Out. equilíbrio estático e dinâmico: A. L. et al.
2006 apresentação de caso clínico de
encefalopatia não progressiva crônica
do tipo diparético espástico
19 Jul.- Equoterapia: suas repercussões nas MARCELINO, J. Psico.
Set. relações familiares da criança com F. de Q.; MELO,
2006 atraso de desenvolvimento por Z. M. De
prematuridade
20 Mar.- Atuação da equoterapia na espondilite DIAS, M. N. A.; Não
Abril anquilosante FORTES, C. E. espec.
2005 A.; DIAS, R. P.
21 2005 Assistência individualizada: posso BUSSOTTI, E. Enferm.
trazer meu cachorro? et al.

22 2004 Discussão sobre o efeito positivo da SILVA, C. H.; Psico.


equoterapia em crianças cegas GRUBITS, S.

 
  51

(continuação)

N ANO TÍTULO AUTOR ÁREA


23 Jun. Relato de experiência: Terapia KAWAKAMI, C. Enferm.
2003 Assistida por Animais (TAA) – mais um H. et al.
recurso na comunicação entre
paciente e enfermeiro
24 Jan.- O efeito da equoterapia na BOTELHO, L. Não
Abril espasticidade dos membros inferiores A. de A.; espec.
2003 OLIVEIRA, B.
G. de; SOUZA,
S. R. N. de.
25 2002 Cães-terapeutas: o enquadre a serviço MINERBO, M. Psico.
do método na análise de uma
adolescente
26 Dez. Equoterapia: equitação que promove a SEVERO, J. T. Não
1997 saúde e a educação espec.

Quadro 3: Descrição dos TCCs e monografias publicadas por ano, autor, área e
tipo/instituição em ordem decrescente de data de publicação. São Paulo, 2014.

N ANO TÍTULO AUTOR ÁREA TIPO/


INSTIT.
1 2010 As contribuições da TAA – CAETANO, E. Psico. TCC /
Terapia Assistida por Animais C. S. UNESC
à Psicologia
2 2009 Benefícios e implicações FERNANDES, Psico. Mono./
emocionais decorrentes da A. T. de J. da PUC/SP
Terapia Assistida por Animais Saúde
no contexto hospitalar

 
  52

(continuação)

N ANO TÍTULO AUTOR ÁREA TIPO/


INSTIT.
3 2009 Os efeitos da Fisioterapia
MAGALHÃES, Fisio. TCC /
A. M.;
Assistida por Animais na UNAMA
LIRA, K. de S.;
qualidade de vida de idosos MORAES, L.
sedentários O.
4 2008 Atividade e Terapia Assistida LIMA, R. B. A. Medic. TCC /
por Animais Vet. UNIP
5 2008 Equoterapia e Transtorno de ESCOBAR, C. Psico. TCC /
Déficit de Atenção / S. UCDB
Hiperatividade [TDAH]
6 2008 Fisioterapia Assistida por GONÇALVES, Fisio. TCC /
Animais (FAA) em crianças e D. A. Fac.
adolescentes Anhan
guera
de
Taubaté
7 2007 Educação Assistida por CHAVES, R. Psicope. Mono. /
Animais: um estudo sobre a N. PUC/SP
relação das crianças com
animais e como estes podem
auxiliar na superação das
dificuldades de leitura e escrita
8 2007 Terapia com animais: um GIANINI, P. B. Psico. TCC /
estudo fenomenológico da UNISAN
relação homem-animal TOS

 
  53

(continuação)

N ANO TÍTULO AUTOR ÁREA TIPO/


INSTIT.
9 2006 Emoções humanas na GEORGETTI, Psico. TCC /
interação com animais M. A. M; Centro
TABATSCHNI Universi
C, J. tário de
Santo
André
10 2004 Intervenção com animais de ARAUJO, A. Psico. TCC /
estimação e a rede social de H. De PUC/SP
idosos institucionalizados

Quadro 4: Descrição das dissertações e teses publicadas por ano, autor, área e
tipo/instituição em ordem decrescente de data de publicação. São Paulo, 2014.

N ANO TÍTULO AUTOR ÁREA TIPO/


INSTIT.
1 2011 Terapia assistida por animais CASTRO, L. Psico. Dissert./
como recurso terapêutico no P. De Clinica PUC/SP
atendimento a crianças
enlutadas
2 2011 Terapia assistida por animais: VIVALDINI, V. Psico. Dissert./
uma abordagem lúdica em H. UMESP
reabilitação clínica de pessoas
com deficiência intelectual
3 2010 Análise dos efeitos da OLIVEIRA, W. Patologia Dissert./
equoterapia em pessoas com R. de Geral UFTM
Síndrome de Down

 
  54

(continuação)

N ANO TÍTULO AUTOR ÁREA TIPO/


INSTIT.
4 2009 Terapia assistida por animais CAPOTE, P. Ed. Esp. Dissert./
(TAA) e deficiência mental: S. de O. UFSCAR
análise do desenvolvimento
psicomotor
5 2009 A repercussão da equoterapia JUSTI, J. Psico. Dissert./
na estimulação das dimensões da UCDB
da linguagem infantil saúde
6 2009 Classes de comportamentos GARCIA, M. P. Psico. Dissert./
constituintes de intervenções UFSC
de psicólogos no subcampo de
atuação profissional de
psicoterapia com apoio de
cães
7 2008 Efeitos da equoterapia em ESPINDULA, Patologia Dissert./
A. P. Geral
praticantes autistas UFTM
8 2007 Terapia Fonoaudiológica DOMINGUES, Fono. Dissert./
Assistida por Cães: Estudo de C. M. PUC/SP
casos clínicos
9 2007 A Equoterapia na reabilitação ARAUJO, A. Saúde Dissert./
de crianças portadora de E. R. de A. E Materno UFMA
paralisia cerebral Infantil
10 2007 A prática da equoterapia como MOTTI, G. S. Psico. Dissert./
tratamento para pessoas com da UCDB
ansiedade Saúde
11 2006 Adolescentes com síndrome ALTHAUSEN, Psico. Dissert./
de Down e cães: compreensão S. USP
e possibilidades de
intervenção

 
  55

(continuação)

N ANO TÍTULO AUTOR ÁREA TIPO/


INSTIT.
12 2006 A repercussão da equoterapia RIBEIRO, R. Psico. Dissert./
UCDB
na qualidade de vida da P.
pessoa portadora de lesão
medular traumática
13 2006 A percepção das mães de SILVA, M. C. Psico. Dissert./
crianças atendidas em da UCDB
equoterapia Saúde
14 2005 A representação social da LIMA, A. C. de Psico. Dissert./
interdisciplinaridade para os da UCDB
profissionais que atuam com Saúde
equoterapia
15 2004 Características da interação GOMES, A. R. Psico. Dissert./
psicoterapêutica entre criança W. UFSC
com paralisia cerebral,
terapeutas e cavalo em
sessões de equoterapia
16 2004 Repercussões da equoterapia QUEIROZ, Psico. Dissert./
J. F. De
nas relações socioafetivas da UNICAP
criança com atraso de
desenvolvimento por
prematuridade
17 2003 Equoterapia como técnica MONTEIRO, Psico. Dissert./
auxiliar na terapia motora de A. C. B. PUC/
crianças com necessidades Campin
educativas especiais as
18 2003 Animais em sala de aula: um FARACO, C. Psico. Dissert./
estudo das repercussões B. PUC/RS
psicossociais da intervenção
mediada por animais

 
  56

(continuação)

N ANO TÍTULO AUTOR ÁREA TIPO/


INSTIT.
19 2000 Velhos, cães e gatos: BERZINS, M. Geronto Dissert./
interpretação de uma relação A. V. da S. logia PUC/SP

Quadro 5: Descrição dos livros publicados por ano, autor e editora em ordem
decrescente de data de publicação. São Paulo, 2014.

N ANO TÍTULO AUTOR EDITORA


1 2013 Os animais em nossa vida: família, MCCARDLE, Papirus
comunidade e ambientes P. et al. (orgs.)
terapêuticos
2 2013 Os animais e seu poder terapêutico: SANTOS, L. P. Exceção
atividades e publicações
3 2013 Equoterapia – Fundamentos WALTER, G. Atheneu
Científicos B.
4 2012 Kion Branquelo, Joe Caramelo & ISSA, L. All print
Amigos: as aventuras e o trabalho de
quatro cães terapeutas
5 2012 A equoterapia aplicada no tratamento BRESLAU, S. Ideias &
da Esquizofrenia
L. M. Letras

6 2011 Terapia Assistida por Animais: CAPOTE, P. Edufscar


Aplicação no desenvolvimento da S. de O.;
criança com deficiência intelectual COSTA, M. da
P. R. da.
7 2011 Equoterapia: Teoria e prática SOARES, D. Centro
F. G.;
Universitário
FAICO, M. M.
de M.; de
OTONI. G. A.
Caratinga

 
  57

(continuação)

N ANO TÍTULO AUTOR EDITORA


8 2010 Terapia fonoaudiológica assistida por DOMINGUES, Educ
cães C. M.
9 2010 Equoterapia: equitação, saúde e SEVERO, J. T. Senac
educação (org.)
10 2009 Prática em Equoterapia: uma ALVES, E. M. Atheneu
abordagem fisioterápica R.
11 2008 Equoterapia: Noções Elementares e MEDEIROS, Revinter
Aspectos NeurocientÍficos M.; DIAS, E.

12 2007 A criança com disfunção MEDEIROS, Revinter


neuromotora, a equoterapia e o M.
Bobath na prática clínica
13 2007 A terapia ocupacional utilizando o CASTILHOS, Editora do
"cuidar do cavalo" como recurso A. A. Autor
principal na equoterapia
14 2007 Prevenção e intervenção em HUTZ, C. S. Casa do
(org.)
situações de risco e vulnerabilidade Psicólogo
(capítulo 7. Terapia Assistida por
Animais, TAA: alternativa terapêutica
no contexto comunitário)
15 2006 Terapia Assistida por Animais: Uma SANTOS, K. Paulinas
Experiência Além da Ciência C. P. T. dos
16 2005 Terapia e animais: Atividade e DOTTI, J. Noética
Terapia Assistida por Animais –
A/TAA. Práticas para organizações,
profissionais e voluntários
17 2005 Equoterapia: Aplicação em distúrbios UZUN, A. L. Vetor
do equilíbrio
de L.

 
  58

(continuação)

N ANO TÍTULO AUTOR EDITORA


18 2005 Fisioterapia na Equoterapia: Análise SANTOS, S. L. Ideias &
de seus efeitos sobre o Portador de M. Dos Letras
Necessidades Especiais
19 2004 Psicomotricidade na equoterapia LERMONTOV, Ideias &
T. Letras
20 2004 Equoterapia para cegos: teoria e SILVA, C. H. UCDB
técnica de atendimento
21 2003 O poder curativo dos bichos: como BECKER, M. Bertrand
aproveitar a incrível capacidade dos Brasil
bichos de manter as pessoas felizes
e saudáveis
22 2003 Distúrbio de Aprendizagem: A MEDEIROS, Revinter
Equoterapia Na Otimização do
M.
ambiente terapêutico

23 2002 Equoterapia: Bases e fundamentos MEDEIROS, Revinter


M.; DIAS, E.

24 1999 Equoterapia teoria e técnica: uma FREIRE, H. B. Vetor


G.
experiência com crianças autistas

25 1998 Gatos, a emoção de lidar SILVEIRA, N. Léo


Da Christiano
Editorial
26 1992 O mundo das imagens SILVEIRA, N. Ática
(capítulo 7. Simbolismo do Gato)
da

Os dados foram organizados e analisados de acordo com as categorias


definidas na quarta etapa da revisão integrativa:

 
  59

Categoria 1. Tipo de produção


Questão norteadora: Qual o tipo de produção tem sido mais veiculada?

Tabela 1. Distribuição dos estudos sobre intervenções assistidas por animais por
tipo de produção publicados até dezembro de 2013.

TIPOS DE PRODUÇÃO N %
LIVROS 26 32%
ARTIGOS CIENTÍFICOS (A.C.) 26 32%
DISSERTAÇÕES/TESES 19 23%
TCCS/MONOGRAFIAS 10 12%
TOTAL 81 100%

Gráfico 1. Distribuição dos estudos sobre intervenções assistidas por animais por
tipo de produção publicados até dezembro de 2013.

N
30 32% 32%
23%
20
12%
10

0
LIVROS A.C. DISSERT./TESES TCCS/MONOS.

Os tipos de produção com maior quantidade de publicação são os livros e os


artigos científicos; cada um é responsável igualmente por 32% dos estudos incluídos
na pesquisa.
Acredita-se que o artigo científico tenha tido um número maior de publicações
em relação aos TCCS/Monografias e às Dissertações/Teses, em virtude de serem,
em grande parte, derivados de estudos mais amplos, como dissertações e teses,
que enfocam diversas características, podendo gerar a construção de mais de um
artigo científico, uma vez que os periódicos costumam limitar o número de páginas
para publicação, exigindo do pesquisador expor apenas um recorte do estudo.

 
  60

Assim como os artigos científicos, alguns livros também são frutos de


dissertações e teses, como é o caso dos livros “Terapia Assistida por Animais”, de
Capote e Costa (2011), e “Terapia Fonoaudiológica assistida por cães”, de
Domingues (2010).
No que concerne à quantidade de livros publicados, pode-se levantar a
hipótese de que os livros, em sua maioria, abordam temas de interesse geral e
abrangem diversas áreas do conhecimento, atingindo pessoas que estão
interessadas na temática e já atuam ou participam de alguma intervenção assistida
por animais. Ou seja, enquanto as outras produções científicas atingem um público
alvo mais específico, em especial as pessoas que estão no campo da ciência, os
livros atingem um público alvo mais geral.

 
  61

Categoria 2. Crescimento cumulativo por tipo de produção


Questão norteadora: Qual o crescimento do número de produções até dezembro de
2013?

Gráfico 2. Distribuição cumulativa dos estudos sobre intervenções assistidas por


animais publicada até dezembro de 2013, por tipo de produção e por ano.

30
32%
25 32%

20 23%

15
12%
10

0
> 1997
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003

2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2004

ARTIGOS  CIENTÍFICOS   TCCS/MONOS.   DISSERT./TESES   LIVROS  

Observa-se no gráfico um crescimento progressivo e contínuo dos artigos


científicos e dos livros. As dissertações e teses tiveram um crescimento aproximado
aos artigos científicos e aos livros, porém as produções acerca das intervenções
assistidas por animais pararam em 2011.
No que tange às produções de TCCs e monografias, estas se destacam
negativamente, pois demoraram mais para iniciar os estudos sobre intervenções
assistidas por animais, tendo o primeiro estudo publicado somente em 2004, e
estagnaram suas produções no ano de 2010.

 
  62

Categoria 3. Publicações por ano


Questão norteadora: Qual o ano com maior número de publicações?

Tabela 2. Distribuição por ano (>1997-2013) dos estudos sobre intervenções


assistidas por animais publicados até dezembro de 2013.

ARTIGOS TCCS  / DISSERT. LIVROS TOTAL


CIENTÍFICOS MONOS. /TESES
ANO N % N % N % N % N %
> 1997 0 0% 0 0% 0 0% 1 4% 1 1%
1997 1 4% 0 0% 0 0% 0 0% 1 1%
1998 0 0% 0 0% 0 0% 1 4% 1 1%
1999 0 0% 0 0% 0 0% 1 4% 1 1%
2000 0 0% 0 0% 1 5% 0 0% 1 1%
2001 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%
2002 1 4% 0 0% 0 0% 1 4% 2 2%
2003 2 8% 0 0% 2 11% 2 8% 6 7%
2004 1 4% 1 10% 2 11% 2 8% 6 7%
2005 2 8% 0 0% 1 5% 3 12% 6 7%
2006 2 8% 1 10% 3 16% 1 4% 7 9%
2007 2 8% 2 20% 3 16% 3 12% 10 12%
2008 2 8% 3 30% 1 5% 1 4% 7 9%
2009 2 8% 2 20% 3 16% 1 4% 8 10%
2010 4 15% 1 10% 1 5% 2 8% 8 10%
2011 2 8% 0 0% 2 11% 2 8% 6 7%
2012 2 8% 0 0% 0 0% 2 8% 4 5%
2013 3 12% 0 0% 0 0% 3 12% 6 7%
TOTAL 26 100% 10 100% 19 100% 26 100% 81 100%

 
  63

Gráfico 3. Distribuição por ano (>1997-2013) dos estudos sobre intervenções


assistidas por animais publicados até dezembro de 2013.

N
12
12%
10
10%10%
8 9% 9%
7% 7% 7% 7% 7%
6
5%
4
2%
2 1% 1% 1% 1% 1%
0%
0
> 1997
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003

2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2004

Nota-se que, desde 2003, o número de produções tem se tornado regular,


atingindo o auge em 2007 com 12% das produções publicadas até dezembro de
2013. O que demonstra que as intervenções assistidas por animais, embora ainda
não sejam amplamente reconhecidas e difundidas, também não é totalmente
esquecida e continua a ser tema de pesquisa.
Observa-se que, antes de 1997 e nos anos de 1997, 1998, 1999 e 2000,
houve apenas uma publicação em cada ano sobre as intervenções assistidas por
animais e no ano de 2001 não houve nenhuma publicação. Das 5 publicações desse
período 1 foi artigo científico, 1 dissertação/tese e 3 livros, destes, 2 foram de Nise
da Silveira, pioneira no Brasil no uso de animais em terapia. O artigo científico e o
outro livro foram sobre equoterapia, que começava a ser apreciada pela sociedade
brasileira, haja vista que em 1990 fora reconhecida pelo Conselho de Medicina.

 
  64

Categoria 4. Animais
Questão norteadora: Qual animal mais utilizado nos estudos?

Tabela 3. Distribuição por tipo de animal abordado nos estudos sobre intervenções
assistidas por animais publicados até dezembro de 2013.

ARTIGOS TCCS/ DISSERT./ LIVROS TOTAL


CIENTÍFICOS MONOS. TESES
ANIMAL N % N % N % N % N %
Cavalo 16 62% 1 10% 11 58% 15 58% 43 53%
Cão 5 19% 2 20% 6 32% 3 12% 16 20%
7
Todos 0 0% 6 60% 1 5% 6 23% 13 16%
Cão + Outro 5 19% 0 0% 1 5% 0 0% 6 7%
8
Outro 0 0% 1 10% 0 0% 2 8% 3 4%
TOTAL 26 100% 10 100% 19 100% 26 100% 81 100%

Gráfico 4. Distribuição por tipo de animal abordado nos estudos sobre intervenções
assistidas por animais publicados até dezembro de 2013.

N
50 53%
40

30

20 20%
16%
10 7%
4%
0
Cavalo Cão Todos Cão + Outro Outro

O animal utilizado em mais da metade (53%) dos estudos sobre intervenções


assistidas por animais foi o cavalo, possivelmente devido ao trabalho desenvolvido
pela Associação Nacional de Equoterapia (ANDE-Brasil) que, desde 1989, ano em
que foi criada, promove e estimula a realização de cursos, congressos, pesquisas e
estudos; incentiva e apoia a implantação e desenvolvimento de centros de
                                                                                                               
7
Ao ser mencionado a palavra “todos” na Tabela 3, significa que os estudos de alguma forma se
referiram ao uso de diversos animais.
8
Ao ser mencionado a palavra “outro” na Tabela 3, significa que os estudos se referiram ao uso de
outro animal que não seja o cavalo e o cachorro.  

 
  65

equoterapia; contribui para a reeducação e a reabilitação de pessoas com


deficiência; normatiza, supervisiona, controla e coordena a prática da equoterapia de
entidades vinculadas; patrocina e participa de eventos de diversas áreas do
conhecimento (ANDE-BRASIL, 2014).
Dessa forma, acredita-se que a Ande-Brasil teve e tem um papel crucial na
divulgação e no reconhecimento dos benefícios da equoterapia para seus
praticantes, bem como na expressiva quantidade de publicações científicas e de
profissionais qualificados. Nesse contexto, mesmo sem atuar e ser qualificado para
atuar na equoterapia, profissionais de diferentes áreas do conhecimento passam a
recomendar sua prática: todavia, a equoterapia, por ter um custo muito elevado,
delimita a clientela a praticantes com maior poder aquisitivo, que têm condições para
manter financeiramente o tratamento.
O cavalo é um animal que tem um custo de manutenção significativamente
mais elevado do que os outros animais usados em terapia no Brasil. Diferente da
maioria dos outros animais, o cavalo dificilmente mora no mesmo lar que seu
cuidador/terapeuta, pois ele necessita de um ambiente amplo e adaptado para suas
necessidades, também não pode ser transportado em simples carros de passeio,
mas em caminhões, carretas ou trailers apropriados para o transporte de carga viva,
garantindo a segurança e conforto do animal.
Logo, é aconselhável que o cavalo viva em um Centro de Equoterapia e os
praticantes dirijam-se até ele para ter o atendimento. De acordo com a ANDE-Brasil
(2014), o Centro de Equoterapia consiste em “uma entidade jurídica que deve dispor
de instalações físicas e equipamentos adequados, contar com uma equipe técnica
habilitada, cavalos treinados e, ainda, com pessoal para serviços gerais”, a fim de
prestar um atendimento de qualidade às pessoas que buscam esse método de
tratamento.
Esse rigor no atendimento equoterápico proporciona aos praticantes e
profissionais em geral mais segurança e credibilidade nos benefícios da equoterapia,
porém agrega maior ônus financeiro ao custo do atendimento, encarecendo-o ainda
mais.
A intervenção assistida por animal como o cão tem um custo de manutenção
bem menor que o cavalo, o que possibilita o atendimento a todas as pessoas,
independente do seu poder aquisitivo.

 
  66

O cão foi o segundo animal mais utilizado nos estudos e isoladamente esteve
presente em 20% dos estudos sobre intervenções assistidas por animais,
provavelmente em virtude de ser o animal mais recomendado para se trabalhar
nessa área, pois possibilita inúmeros tipos de atividades e é confiável, previsível e
controlável.

 
  67

Categoria 5. Área do conhecimento9


Questão norteadora: Qual área do conhecimento publicou mais estudos?

Tabela 4. Distribuição por área do conhecimento dos estudos sobre intervenções


assistidas por animais publicados até dezembro de 2013.

ÁREA ARTIGOS TCCS/ DISSERT./ TOTAL


CIENTÍFICOS MONOS TESES
N % N % N % N %
Psicologia 4 15% 6 60% 13 68% 23 42%
Fisioterapia 10 38% 2 20% 0 0% 12 22%
Enfermagem 5 19% 0 0% 0 0% 5 9%
Não Especif. 4 15% 0 0% 0 0% 4 7%
Med. Vet. 1 4% 1 10% 0 0% 2 4%
Patologia 0 0% 0 0% 2 11% 2 4%
Psicopedagogia 1 4% 1 10% 0 0% 2 4%
Ed. Especial 0 0% 0 0% 1 5% 1 2%
Ed. Física 1 4% 0 0% 0 0% 1 2%
Fonoaudiologia 0 0% 0 0% 1 5% 1 2%
Gerontologia 0 0% 0 0% 1 5% 1 2%
Saúde Materno-Infantil 0 0% 0 0% 1 5% 1 2%
TOTAL 26 100% 10 100% 19 100% 55 100%

Gráfico 5. Distribuição por área do conhecimento dos estudos sobre intervenções


assistidas por animais publicados até dezembro de 2013.

N
25 42%

20

15 22%

10
9% 7%
5 4% 4% 4% 2% 2% 2% 2% 2%
0

                                                                                                               
9
Nesta categoria não foi contabilizada a área do conhecimento em que os livros se
referiam/direcionavam, haja vista que grande parte dos livros está direcionada a diversas áreas do
conhecimento.

 
  68

A Psicologia foi a área do conhecimento que teve o maior número de


publicações, com 42% do valor total de estudos sobre intervenções assistidas por
animais, tendo aproximadamente o dobro de produções que o segundo colocado,
Fisioterapia, com 22%.
Acredita-se que as intervenções assistidas por animais têm se mostrado uma
área muito rica para o desenvolvimento de estudos na psicologia, talvez pelo fato do
animal ser um recurso terapêutico inovador e diferenciado, que tem se firmado cada
vez mais no âmbito da saúde e da educação.
Para Dotti (2005), a terapia em geral busca uma modificação de
comportamento e a presença de um animal no consultório acelera esse processo,
pois o paciente encontra no animal um catalisador. Sente-se mais tranquilo e
seguro, tendo facilidade para falar. A relação de confiança terapeuta-paciente
aumenta, pois o animal dará ao paciente confiança e estímulo para trabalhar com a
proposta terapêutica.
O animal socializa os participantes de uma reunião, ele tem o poder de
relaxar o ambiente e descontrair as pessoas que ali se encontram. Por isso, em uma
terapia de grupo o animal favorece a integração entre as pessoas e o controle
emocional (DOTTI, 2005).
Todavia, nem todos os animais podem ser levados para dentro de um
consultório, como é o caso do cavalo. Para Azevedo (2010), a equoterapia pode ser
aplicada como psicoterapia, uma vez que a interação do paciente com o animal
viabiliza novas formas de comunicação, sensibilização, dessensibilização e
desenvolvimento da confiança, da autoimagem e da autoestima.
Em alguns centros de equoterapia, o psicólogo pode atuar em dois momentos
distintos, na equitação e no consultório. O atendimento na sala terapêutica tem por
objetivo complementar o atendimento realizado no picadeiro ou em outro espaço ao
ar livre, ou seja, não substitui o trabalho desenvolvido junto ao cavalo (AZEVEDO,
2010).
Uma das vantagens importantes da equoterapia é o ambiente amplo e aberto,
viabilizando o contato com a natureza, com brinquedos e com o cavalo, não
restringindo a psicoterapia à sala de atendimento. Para Silva (2010), a equoterapia
como atividade lúdica potencializa a mesma qualidade da relação estabelecida no
ambiente do consultório.

 
  69

Nesse contexto, o animal, seja ele cavalo ou de pequeno porte, é um recurso


terapêutico importante, o que justifica a expressiva porcentagem de estudos sobre
intervenções assistidas por animais nessa área do conhecimento. Todavia, é de se
estranhar que se tenha apenas 4% de produções sobre intervenções assistidas por
animais na área de Psicopedagogia, uma vez que essa área também envolve o
atendimento terapêutico e a ludicidade.
Deve-se atentar para um fato limitador das produções na área de
Psicopedagogia, que é a ausência de cursos de graduação e cursos de pós-
graduação stricto sensu, o que diminui a possibilidade de abordagem desse tema
em produções de TCCs e de dissertações e teses. Porém, esta justificativa não se
aplica aos cursos de Educação Especial, que se fez presente em apenas 2% das
produções sobre intervenções assistida por animais. Esse dado demonstra o pouco
conhecimento dos profissionais de educação especial acerca das intervenções
assistidas por animais, uma vez que a maioria dos estudos científicos usada na
presente revisão integrativa apontam diversos exemplos e benefícios do uso animais
em atendimento a pessoas com deficiência, o que indica que os animais podem
contribuir significativamente para o desenvolvimento dessas pessoas.
Vale destacar que não foi encontrado nenhum estudo sobre intervenções
assistidas por animais na área de Pedagogia, esse dado demonstra o quanto a
educação ainda se restringe ao espaço escolar tradicional. A escola precisa
entender que os animais estão presentes na cultura brasileira, em especial na vida
do público infantil. A criança nasce recebendo presentes em formato de animais e
roupas com estampas de animais. Sua imagem está presente em utensílios, cortinas
e nos enfeites dos quartos. As fantasias, histórias e lendas conferiram na literatura
um poder grandioso aos animais, que também estão presentes em desenhos, filmes,
programas de televisão e entretenimentos. Atualmente o número de animais
domésticos é grande e é, portanto, comum a criança ter um em casa ou na casa de
algum parente próximo.
Todavia, as escolas, em sua maioria, ignoram a realidade e a vivência dos
seus educandos e limita o contato com os animais a figuras, livros e laboratórios de
ciências. As poucas escolas que permitem o acesso a alguns animais vivos, como
peixes, borboletas, escargots e outros, devem publicar suas experiências,
compartilhar o conhecimento para que juntos e aos poucos a educação possa
avançar.

 
  70

Reiterando o que foi colocado por Almeida (2011, p. 58), “qualquer


aprendizagem significativa envolve mudança, e a mudança é uma experiência
assustadora; porém se gera um resultado gratificante, o professor permite-se o risco
de mudar, abrindo-se para novas experiências”.

 
  71

Categoria 6. Tipo de Intervenção


Questão norteadora: Qual tipo de Intervenção Assistida por Animais mais utilizada
nos estudos publicados?

Tabela 5. Distribuição por tipo de intervenção assistida por animais dos estudos
sobre intervenções assistidas por animais publicados até dezembro de 2013.

ARTIGOS TCCS/ DISSERT./ LIVROS TOTAL


CIENTÍFICOS MONOS. TESES
INTERVENÇÃO N % N % N % N % N %
TAA 19 73% 7 70% 18 95% 18 69% 62 77%
AAA 3 12% 1 10% 0 0% 1 4% 5 6%
TAA + AAA 1 4% 1 10% 0 0% 2 8% 4 5%
TAA + EAA 1 4% 0 0% 0 0% 3 12% 4 5%
EAA 1 4% 1 10% 1 5% 0 0% 3 4%
TAA + AAA + EAA 0 0% 0 0% 0 0% 2 8% 2 2%
AAA + EAA 1 4% 0 0% 0 0% 0 0% 1 1%
TOTAL 26 100% 10 100% 19 100% 26 100% 81 100%
Legenda: AAA (Atividade Assistida por Animais), EAA (Educação Assistida por Animais) e TAA
(Terapia assistida por Animais).

Gráfico 6. Distribuição por tipo de intervenção assistida por animais dos estudos
sobre intervenções assistidas por animais publicados até dezembro de 2013.

N
70 77%
60
50
40
30
20
10 6% 5% 5% 4% 2% 1%
0
TAA AAA TAA + AAA TAA + EAA EAA TAA + AAA AAA + EAA
+ EAA

A Terapia Assistida por Animais (TAA) foi a intervenção assistida por animais
mais frequente nos estudos analisados, estando presente isoladamente em 77% dos
estudos.

 
  72

Esse dado evidencia que os pesquisadores em seus estudos têm utilizado os


animais com objetivos claros e dirigidos, como um contribuinte fundamental no
atendimento realizado. Diferente da Atividade Assistida por Animais (AAA), a TAA é
um processo terapêutico com procedimentos e metodologia, planejado,
documentado e seus resultados avaliados, que tem por objetivo promover a saúde
física, emocional e/ou funções cognitivas.
Nesse sentido, a TAA é a intervenção assistida por animais mais
aconselhável em pesquisas em que se acompanha o desenvolvimento do paciente.
Os poucos estudos que abordam a Educação Assistida por Animais (EAA)
confirma a carência de pesquisas sobre a temática no âmbito educacional, no qual,
desde o primeiro estudo publicado sobre intervenções assistidas por animais, em
1992 de autoria de Nise da Silveira, até dezembro de 2013, houve apenas três
produções científicas que retrataram exclusivamente a EAA.
É importante destacar que a EAA é desenvolvida por profissionais apenas do
âmbito educacional, ao contrário da TAA e da AAA que podem ser desenvolvidas
por profissionais de todas as áreas do conhecimento.

 
  73

Categoria 7. Tema da pesquisa


Questão norteadora: Qual o tema principal da maioria das pesquisas?

Tabela 6. Distribuição por tema principal dos estudos sobre intervenções assistidas
por animais publicados até dezembro de 2013.

ARTIGOS TCCS/ DISSERT./ LIVROS TOTAL


CIENTÍFICOS MONOS. TESES
TEMA N % N % N % N % N %
10
Rel. H-A 7 27% 7 70% 8 42% 7 27% 29 36%
11
CURA 7 27% 1 10% 5 26% 6 23% 19 23%
12
Def./Dif. 5 19% 2 20% 4 21% 3 12% 14 17%
Rel. H-A + CURA 1 4% 0 0% 1 5% 6 23% 8 10%
Def./Dif. + CURA 4 15% 0 0% 1 5% 2 8% 7 9%
Prevenção 2 8% 0 0% 0 0% 1 4% 3 4%
Def./Dif. + Rel. H-A 0 0% 0 0% 0 0% 1 4% 1 1%
TOTAL 26 100% 10 100% 19 100% 26 100% 81 100%
Legenda: Rel. H-A (Relação Homem-Animal) e Def./Dif. (Deficiência/Dificuldade).

Gráfico 7. Distribuição por tema principal dos estudos sobre intervenções assistidas
por animais publicados até dezembro de 2013.

N
35
36%
30
25
23%
20
17%
15
10% 9%
10
4%
5 1%
0
Rel. H-A CURA Def./Dif. Rel. H-A + Def./Dif.+ Prev. Def./Dif.+Rel.
CURA CURA H-A

                                                                                                               
10
Foram atribuídos ao tópico “Relação Homem-Animal” todos os estudos cujo objetivo era observar
as implicações do contato do animal com o homem.
11
Foram atribuídos ao tópico “CURA” todos os estudos que buscavam proporcionar tratamento ou
cura ao paciente, utilizando o animal como coterapeutas.
12
Foram atribuídos ao tópico “Deficiência/Dificuldade” todos os estudos que tiveram como enfoque
principal a deficiência ou a dificuldade do público alvo da pesquisa.  

 
  74

Observa-se que a maioria (36%) dos estudos buscou investigar a “Relação


Homem-Animal” e suas implicações, os benefícios ou melhora do paciente são
resultados advindos da relação. A “CURA” foi o segundo tópico mais frequente
(23%) nessa categoria, o que demonstra que muitos pesquisadores já conheciam os
benefícios dos animais e os utilizaram afim de proporcionar a seus praticantes cura
ou tratamento diferenciado. Quanto ao tópico Deficiência/Dificuldade, verificou-se
que 17% dos estudos focaram sobremaneira as deficiências e dificuldades dos seus
participantes, usando o animal como ferramenta para intervir diretamente na área
mais afetada.
É importante ressaltar que não se teve contato direto com uma parte
considerável das produções científicas na íntegra, o que dificultou uma
compreensão mais precisa sobre a definição do tema.

 
  75

Categoria 8. Público alvo


Questão norteadora: Qual público foi mais alvo de pesquisa?

Tabela 7. Distribuição por público alvo dos estudos sobre intervenções assistidas por
animais publicados até dezembro de 2013.

ARTIGOS TCCS/ DISSERT./ LIVROS TOTAL


CIENTÍFICOS MONOS. TESES
TEMA N % N % N % N % N %
Crianças 11 42% 3 30% 9 47% 3 12% 26 32%
Nenhuma das 5 19% 3 30% 0 0% 14 54% 22 27%
13
Opções (NDO)
Adultos 3 12% 1 10% 5 26% 0 0% 9 11%
Todos 2 8% 0 0% 0 0% 7 27% 9 11%
Crianças e 0 0% 1 10% 3 16% 2 8% 6 7%
Adolescentes
Idosos 2 8% 2 20% 1 5% 0 0% 5 6%
Adolescentes 2 8% 0 0% 1 5% 0 0% 3 4%
Idosos e crianças 1 4% 0 0% 0 0% 0 0% 1 1%
TOTAL 26 100% 10 100% 19 100% 26 100% 81 100%

Gráfico 8. Distribuição por público alvo dos estudos sobre intervenções assistidas
por animais publicados até dezembro de 2013.

N
30 32%
25 27%
20
15
11% 11%
10 7% 6%
5 4%
1%
0

                                                                                                               
13
Os estudos que foram atribuídos à este item, “Nenhuma das Opções”, não tiveram pessoas como
público alvo, mas os animais, os programas de TAA e as próprias intervenções assistidas por
animais.

 
  76

Os dados demonstram que as crianças são o público alvo mais frequente.


Elas estão, isoladamente, em 32% dos estudos sobre intervenções assistidas por
animais. Talvez os pesquisadores optem pelo uso de animais em atendimento a
crianças, pelo fato dos animais proporcionarem a elas carinho, afeto e sensação de
segurança. Elas se sentem aceitas pelo animal, que sempre está disponível para
escutá-las e brincar. Assim, o atendimento flui melhor, a criança contribui mais, pois
o vê como uma atividade lúdica, uma brincadeira.
Em segundo lugar ficou o item “nenhuma das opções” com 27%, o que
demonstra que nem sempre as pessoas são alvos de pesquisa sobre intervenções
assistidas por animais. Foram atribuídos a esse item os estudos que tiveram como
alvo de pesquisa o programa de assistência auxiliada por animais no hospital
universitário, a implantação da TAA em um hospital universitário, a TAA, a A/TAA, a
equoterapia, as contribuições da TAA, a relação homem-animal na TAA, o poder
curativo e terapêutico dos animais, as intervenções assistidas por animais e os cães.
Logo, nota-se que há um interesse de pesquisa em todos os envolvidos nas
intervenções assistidas por animais, do paciente à instituição, o que contribui para
os futuros profissionais e interessados nessa área terem uma visão ampla do todo.

 
  77

Categoria 9. Deficiência, Dificuldade e Doença em foco


Questão norteadora: Quantos estudos enfocou as pessoas com deficiência,
dificuldade ou doença? Quais deficiências foram mais pesquisadas?

Tabela 8. Distribuição dos estudos sobre intervenções assistidas por animais


publicados até dezembro de 2013 que têm como foco as pessoas com deficiência,
dificuldade ou doença.

DEFICIÊNCIA, ARTIGOS TCCS/ DISSERT./ LIVROS TOTAL


DIFICULDADE CIENTÍFICOS MONOS. TESES
E DOENÇA
COMO FOCO N % N % N % N % N %
Não Enfoca 10 38% 8 80% 5 26% 19 73% 42 52%
Enfoca 16 62% 2 20% 14 74% 7 27% 39 48%
TOTAL 26 100% 10 100% 19 100% 26 100% 81 100%

Gráfico 9. Distribuição dos estudos sobre intervenções assistidas por animais


publicados até dezembro de 2013 que têm como foco as pessoas com deficiência,
dificuldade ou doença.

N
50 52%
48%
40
30
20
10
0
Não Enfoca Enfoca

O gráfico demonstra um equilíbrio no número de produções sobre


intervenções assistidas por animais acerca do enfoque no atendimento a pessoas
com deficiência, dificuldades ou doenças, no qual 52% dos estudos não têm esse
enfoque nas pesquisas. Esses estudos preferem investigar as intervenções
assistidas por animais, seu funcionamento e suas contribuições a uma determinada
área do conhecimento ou a um determinado grupo.
É imprescindível destacar que aproximadamente metade dos estudos (48%)
tiveram como foco de pesquisa pessoas com deficiências, dificuldades ou doenças,
 
  78

pois, certamente, os pesquisadores acreditavam nas contribuições proporcionadas


pelas intervenções assistidas por animais ou no potencial das inúmeras atividades
que podem ser realizadas com os animais.
Os estudos que tiveram como praticantes das intervenções assistidas por
animais pessoas com deficiência, doenças e dificuldades, apontaram melhora no
aspecto físico e psicológico, como, respectivamente, no estudo de Araujo, Ribeiro e
Silva (2014), em que as crianças com paralisia cerebral, após participarem de um
programa de equoterapia desenvolvido ao longo de uma ano, tiveram significativas
mudanças posturais; e no estudo de Kawakami et al (2014), em que instituições que
atendem a crianças com diversas síndromes, idosos abandonados, crianças com
câncer e com aids receberam visitas de cães terapeutas, o que resultou a seus
participantes mais alegria e mais disposição para continuar o tratamento.

Tabela 9. Distribuição por tipo de foco dos estudos sobre intervenções assistidas por
animais publicados até dezembro de 2013 que enfocam as pessoas com deficiência,
dificuldade ou doença.

FOCO ARTIGOS TCCS/ DISSERT./ LIVROS TOTAL


CIENTÍFICOS MONOS. TESES
N % N % N % N % N %
Deficiências 9 56% 1 50% 8 57% 5 71% 23 59%
Doenças 5 31% 0 0% 2 14% 1 14% 8 21%
Dificuldades 2 13% 1 50% 4 29% 1 14% 8 21%
TOTAL 16 100% 2 100% 14 100% 7 100% 39 100%

Gráfico 10. Distribuição por tipo de foco dos estudos sobre intervenções assistidas
por animais publicados até dezembro de 2013 que enfocam as pessoas com
deficiência, dificuldade ou doença.

N
25 59%

20

15

10 21% 21%

0
Deficiências Doenças Dificuldades

 
  79

Observa-se que, dentre os estudos sobre intervenções assistidas por animais


que enfocam as pessoas com deficiência, dificuldade ou doença, as deficiências
foram as mais frequentes, com 59%, mais que a somatória do segundo e terceiro
colocados, doenças e dificuldades, no qual cada um teve 21% dos estudos em
questão.

Tabela 10. Distribuição por tipo de deficiência abordada dos estudos sobre
intervenções assistidas por animais publicados até dezembro de 2013 que enfocam
a deficiência.

TIPO DE DEFICIÊNCIA ARTIGOS   TCCS/ DISSERT./ LIVROS TOTAL


CIENTÍFICOS   MONOS. TESES
N % N % N % N % N %
Paralisia Cerebral 4 25% 0 0% 2 14% 1 14% 7 33%
Síndrome de Down 2 13% 0 0% 2 14% 0 0% 4 19%
Deficiência Intelectual 0 0% 0 0% 2 14% 1 14% 3 14%
14
Deficiências em Geral 1 6% 0 0% 1 7% 1 14% 3 14%
Deficiência Visual 1 6% 0 0% 0 0% 1 14% 2 10%
Autismo 0 0% 0 0% 1 7% 1 14% 2 10%
PC e Lesão Medular 1 6% 0 0% 0 0% 0 0% 1 5%
TDAH 0 0% 1 33% 0 0% 0 0% 1 5%
TOTAL 9 100% 1 100% 8 100% 5 100% 23 100%

Gráfico 11. Distribuição por tipo de deficiência abordada dos estudos sobre
intervenções assistidas por animais publicados até dezembro de 2013 que enfocam
a deficiência.

N
8 33%
7
6
5 19%
4 14% 14%
3 10% 10%
2 5% 5%
1
0
Paralisia Síndrome de Deficiência Deficiências Deficiência Autismo PC e Lesão TDAH
Cerebral Down Intelectual em Geral Visual Medular

                                                                                                               
14
Foram atribuídos a este item todos os estudos que se referiram a diversos tipos de deficiência, não
se restringindo apenas a uma.

 
  80

Os dados apontam que a paralisia cerebral é a deficiência mais


frequentemente pesquisada, com 33%. É importante destacar que dois dos estudos
que foram atribuídos à “paralisia cerebral” não utilizaram este termo, mas
“encefalopatia crônica não progressiva da infância”, sua outra denominação de
acordo com Morimoto, Sá e Durigon (2014) e Jacques et al (2014).
A síndrome de Down foi a segunda deficiência mais frequente com 19% dos
estudos, seguida de deficiência intelectual e deficiências em geral, cada uma com
14%.

 
  81

Categoria 10. Instituição


Questão norteadora: Qual instituição de ensino superior tem o maior número de
publicações?

Tabela 11. Distribuição por instituição contemplada pelos estudos sobre


intervenções assistidas por animais publicados até dezembro de 2013.

 
  82

INSTITUIÇÃO (SIGLA) ÁREA TCCS/ DISSERT./ TOTAL


MONOS. TESES
N % N % N %
Pontifícia Universidade Psicologia, 3 30% 3 16% 6 21%
Católica de São Paulo psicologia da saúde,
(PUCSP) psicologia clínica,
psicopedagogia,
fonoaudiologia,
gerontologia

Universidade Católica Dom Psicologia, 1 10% 5 26% 6 21%


Bosco (UCDB) psicologia da saúde

Universidade Federal de Psicologia 0 0% 2 11% 2 7%


Santa Catarina (UFSC)

Universidade Federal do Patologia geral 0 0% 2 11% 2 7%


Triângulo Mineiro (UFTM)

Centro Universitário Santo Psicologia 1 10% 0 0% 1 3%


André (CUSA)

Faculdade Anhanguera (FA) Fisioterapia 1 10% 0 0% 1 3%

Pontifícia Universidade Psicologia 0 0% 1 5% 1 3%


Católica de Campinas (PUC
CAMPINAS)

Pontifícia Universidade Psicologia 0 0% 1 5% 1 3%


Católica do Rio Grande do
Sul (PUCRS)

Universidade Federal do Saúde materno- 0 0% 1 5% 1 3%


Maranhão (UFMA) infantil

Universidade Federal de São Educação Especial 0 0% 1 5% 1 3%


Carlos (UFSCAR)

Universidade Metodista de Psicologia 0 0% 1 5% 1 3%


São Paulo (UMESP)

Universidade da Amazônia Fisioterapia 1 10% 0 0% 1 3%


(UNAMA)

Universidade do Extremo Sul Psicologia da saúde 1 10% 0 0% 1 3%


Catarinense (UNESC)

Universidade Católica de Psicologia 0 0% 1 5% 1 3%


Pernambuco (UNICAP)

Universidade Paulista (UNIP) Medicina Veterinária 1 10% 0 0% 1 3%

Universidade Católica de Psicologia 1 10% 0 0% 1 3%


Santos (UNISANTOS)

Universidade de São Paulo Psicologia 0 0% 1 5% 1 3%


(USP)
TOTAL 10 100% 19 100% 29 100%

 
  83

Gráfico 12. Distribuição por instituição contemplada pelos estudos sobre


intervenções assistidas por animais publicados até dezembro de 2013.

N
7 21% 21%
6
5
4
3 7% 7%
2 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3%
1
0

As instituições com maior número de produções científicas foram a Pontifícia


Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e a Universidade Católica Dom
Bosco (UCDB), com 21% cada uma. As segundas colocadas, Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM),
tiveram, cada uma, 7% das produções sobre intervenções assistidas por animais.
A PUC/SP é uma instituição de ensino que objetiva a formação de
profissionais qualificados para a educação superior e para a atuação no mercado de
trabalho, ofertando uma grande diversidade de cursos, sendo 44 cursos de
graduação, mais de 50 cursos de pós-graduação lato sensu e 54 cursos de pós-
graduação stricto sensu que contempla três níveis de formação: mestrado
acadêmico, mestrado profissional e doutorado (PUC/SP, 2014).
A UCDB é uma instituição de ensino que visa promover a formação integral
através de atividades de ensino, pesquisa e extensão. A UCDB possui, atualmente,
36 cursos de graduação, sendo 34 presenciais e 2 à distância, 47 cursos de pós
graduação lato sensu, sendo 11 presenciais e 36 à distância e 10 cursos de pós-
graduação stricto sensu em dois níveis de formação: mestrado e doutorado (UCDB,
2014).

 
  84

Observa-se que na UCDB os estudos acerca das intervenções assistidas por


animais restringiram-se à área de psicologia, ao contrário da PUC/SP, em que se
desenvolveram produções em diferentes áreas do conhecimento, como psicologia,
psicopedagogia, fonoaudiologia e gerontologia. Logo, a ampla quantidade de cursos
ofertados pelas duas instituições pode até pode ser uma das justificativas para a
significativa quantidade de estudos sobre intervenções assistidas por animais
publicados até dezembro de 2013, porém não a única. Para isso, faz-se necessária
a realização de outros estudos que busquem investigar o porquê da quantidade de
estudos sobre a temática nessas instituições.

 
  85

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os animais sempre estiveram presentes na vida do homem desde a pré-


história até os dias atuais, em que estão presentes em milhares de lares de
cidadãos de todas as nacionalidades. Assim como a relação homem-animal, o uso
de animais em terapia não é um fenômeno novo.
Embora seja uma temática que está sendo mais discutida nas últimas
décadas, o uso de animais em terapia teve início no século IV a. C., com Hipócrates.
A partir de então, as pesquisas acerca das intervenções assistidas por animais
avançaram discretamente, sempre cercada de preconceitos, convencionalismos e
restrições ao seu uso. A psiquiatra Nise da Silveira, pioneira no uso de animais no
atendimento a pacientes com esquizofrenia no Brasil, sentiu diretamente as
consequências das crendices da época, 1955, pois muitos profissionais da área da
saúde deixaram de encaminhar seus pacientes para a terapia ocupacional, secção
criada por Nise da Silveira no Centro Psiquiátrico, além de serem constantemente
grosseiros, tecerem comentários ridicularizantes e terem praticado atentados contra
os animais.
Apesar de todos os obstáculos, Nise da Silveira e outros profissionais e
instituições fora do Brasil, persistiram no uso dos animais em terapia, pois
acreditavam e vivenciavam seus benefícios diariamente. Dessa forma, os animais de
pequeno porte começaram a ganhar cada vez mais espaço em hospitais pelo
mundo, as pesquisas se intensificaram e inúmeras terminologias foram criadas para
nomear o uso de animais em terapia.
Para a profissionalização e credibilidade do uso dos animais em diferentes
áreas do conhecimento, em 1996 a Delta Society criou duas nomenclaturas
mundiais padrão, definiu como Terapia Assistida por Animais todo processo
terapêutico formal que tenha objetivos e critérios pré-estabelecidos, no qual o animal
seja parte integrante e fundamental do tratamento, e como Atividade Assistida por
Animais toda atividade desenvolvida por profissionais que levam os animais à
variados ambientes para visitação, recreação e distração das pessoas através do
contato com os animais, não havendo objetivos terapêuticos específicos.
A Educação Assistida por Animais não foi uma das nomenclaturas
estabelecidas pelo Delta Society, mas é a nomenclatura mais utilizada para nomear

 
  86

as atividades realizadas com o auxilio do animal no processo de ensino-


aprendizagem do ser humano.
A definição das nomenclaturas pelo Delta Society contribuiu para a
divulgação, reconhecimento e crescimento na quantidade de pesquisas sobre as
intervenções assistidas por animais em nível mundial. Todavia, no Brasil, esse tema
ainda é pouco pesquisado cientificamente, seu reconhecimento e divulgação tem
ocorrido mais através da mídia, que evidencia as contribuições dos animais a partir
de relatos de profissionais que vivenciam e observam os benefícios diariamente, ou
seja, os jornais e revistas fazem o registro sem se basear em pesquisas científicas.
Observa-se, assim, que há no país diversas intervenções feitas com animais
com aparentes resultados positivos, porém os profissionais que a executam não
estão documentando tais intervenções com o devido rigor metodológico para
publicação.
Nesse contexto, o presente estudo optou por fazer uma revisão integrativa
para reunir e organizar de maneira sistemática os resultados de pesquisas
anteriores sobre intervenções assistidas por animais. Este método permite a
inclusão de diferentes tipos de estudos, independente dos procedimemtos
metodológicos adotados, o que permitiu fazer um levantamento geral das produções
científicas brasileiras publicadas até dezembro de 2013.
A revisão integrativa permitiu uma visão ampla do cenário em que se
encontram as intervenções assistidas por animais no Brasil. Foi possível observar
que a maioria das produções científicas brasileiras foram publicadas em artigos
científicos e em livros e que o crescimento de ambos foi constante ao longo dos
anos: entretanto as produções de TCCs e monografias demoraram para se iniciar e
se estagnaram em 2010, não havendo mais produções desde então.
Na análise dos dados, o cavalo foi o animal mais frequente nos estudos,
provavelmente em virtude do trabalho que a ANDE-Brasil tem desenvolvido no país,
todavia acredita-se que a equoterapia restringe seu atendimento a pessoas com
melhores condições financeiras, pois o tratamento costuma ser prolongado e de
custo elevado. Diferente do cavalo, os demais animais (cão, coelho, calopsita, jabuti)
apresentam um custo de manutenção bem menor, o que possibilitaria o atendimento
de tomas as camadas econômicas da sociedade. Tanto o cavalo quanto os animais
de pequeno porte permitem inúmeras variedades de atividades, que geram diversos
benefícios, sendo alguns similares.

 
  87

Dessa forma, é aconselhável que se desenvolvam mais estudos que utilizem


os animais de pequeno porte, para que seus benefícios se tornem mais nítidos e
sejam comprovados cientificamente, talvez assim as intervenções assistidas por
animais passem a ser mais reconhecidas, indicadas e acessíveis a todas as
pessoas.
O estudo demonstrou que diversas áreas do conhecimento têm desenvolvido
estudos acerca das intervenções assistidas por animais, em especial a psicologia,
que foi a área do conhecimento com maior número de produções científicas,
evidenciando o potencial do animal como um importante recurso terapêutico.
A educação especial e a psicopedagogia tiveram poucas produções
científicas, e a pedagogia não teve nenhum estudo publicado. Observa-se, assim, na
área da educação, uma carência de conhecimento sobre as intervenções assistidas
por animais, suas contribuições e de que forma aplicá-la no espaço escolar.
A ínfima quantidade de produções científicas no âmbito educacional justifica o
baixo número de estudos que enfocam a Educação Assistida por Animais (EAA)
como tipo de intervenção principal. Nos estudos analisados, a EAA se fez presente
na maioria das vezes junto a outro tipo de intervenção.
Para os animais se tornarem ricos recursos no aprendizado das crianças e se
fazerem presentes na educação, é importante o desenvolvimento na escola de
projetos e pesquisas que permitam gradativamente visitas de animais ao espaço
escolar e que envolvam não somente as crianças, mas toda a equipe pedagógica,
para que todos juntos possam observar e vivenciar os resultados, contribuindo para
a quebra de paradigmas e preconceitos. O aprendizado, certamente, ocorrerá de
forma prazerosa e significativa.
Como já foi destacado, os animais fazem parte do dia a dia das crianças. A
aceitação do público infantil à presença de um animal é imediato, seja na escola ou
fora dela. Nos atendimentos terapêuticos, fonoaudiológicos e fisioterápicos, a
presença do animal contribui para o desenvolvimento das atividades, pois a criança
fica mais acessível e participativa. Logo, é esperado que as crianças sejam o público
alvo mais frequente dos estudos acerca das intervenções assistidas por animais.
Outro público alvo muito comum nos estudos foram pessoas com dificuldade,
doença e, em especial, deficiência. As pessoas com deficiência costumam ser
acompanhadas por diversos profissionais e ser submetidas a diversos tipos de
tratamento, alguns exaustivos e dolorosos. Assim, é plausível a atitude de

 
  88

profissionais que optam por fornecer, em especial a esses pacientes, atendimento


diferenciado e prazeroso, que forneça resultados similares, sem causar dor e
desconforto, mas que proporcionem alegria e disposição para contribuir e continuar
o tratamento.
Através da revisão integrativa feita na presente pesquisa, foi possível
identificar e caracterizar as produções científicas sobre intervenções assistidas por
animais publicadas até dezembro de 2013. Evidenciaram-se muitos dados
relevantes e foram apontadas lacunas importantes nessa área do conhecimento,
que deverão servir de base para novas pesquisas.

 
  89

REFERÊNCIAS

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Acesso em: 18 jul. 2014.

 
  94

APÊNDICE A – Relato de Experiência da Pesquisadora

Em 2011, antes de conhecer a EAA, levei dois porquinhos da índia para


escola pública de ensino fundamental, em que trabalhava. Fiquei no laboratório de
biologia com os animais e a cada vinte minutos uma turma os visitava. As crianças e
os professores ficaram encantados com a visita inusitada dos dois animais; contudo
o enfoque pedagógico era na valorização das características e cuidados com os
animais. As crianças e os professores demonstraram grande interesse, ficaram
atentos, em silêncio para não assustá-los e fizeram perguntas pertinentes ao
assunto.
Em um outro dia, com os animais descansados e calmos, levei-os também à
escola particular de educação infantil e ensino fundamental em que trabalhava no
outro período, na qual tinha uma turma de educação infantil com crianças de 2 e 3
anos. Pude trabalhar inúmeros conteúdos pedagógicos como:
- Meio ambiente e reino animal, através de explicação de onde e como
vivem, sua espécie, características, cuidados, etc.;
- noções de grandeza, através da constatação do tamanho deles e
comparação de ambos, qual era o maior e o menor;
- noções de velocidade, pois as crianças tinham dificuldade em pegar
os animais, devido a agilidade e rapidez de ambos;
- percepção tátil, o pelo dos animais eram diferentes um do outro,
ambos eram macios, porém cada um com um formato: um era
arrepiado e outro era escorrido.
- percepção olfativa, esses animais embora não apresentassem
nenhum cheiro no momento, pois havia lhes dado banho no dia
anterior, sua urina tem um cheiro extremamente forte e singular, o que
pôde ser percebido pelas crianças;
- percepção auditiva através da constatação dos diferentes sons
emitidos pelos animais;
- comparação entre o corpo humano e do animal, constatando
semelhanças e diferenças;
- coordenação motora através da escovação dos pêlos dos animais.

 
  95

A experiência diferenciada possibilitada à minha turma, despertou o interesse


dos demais alunos e professores que também quiseram apresentar os animais as
suas turmas e trabalhar diversos conteúdos pedagógicos. Nesse sentido, pude ver o
quanto a aula foi prazerosa e inesquecível para todos os alunos, professores e para
mim, porém nem tanto para os animais, pois os mesmos ao final do dia estavam
muito estressados, o que me levou a refletir sobre a necessidade de se ter animais
treinados para isso.
Com o intuito de possibilitar novamente uma aula prazerosa aos alunos,
escolhi levar dois animais mais calmos e que não se estressassem facilmente, optei
por dois jabutis. Pude novamente trabalhar a maioria dos conteúdos pedagógicos,
fazendo as devidas adaptações e acrescentando mais alguns outros, como noções
de peso e diferenciação do habitat aquático do terrestre. Novamente os animais
foram alvos de aulas e visitas de todas as turmas da escola.
O interesse e prazer da turma e, em especial, o meu pelos animais
proporcionou a adoção de um mascote para a sala. Assim, apresentei à turma um
novo animal: um peixe de água doce, em um aquário simples e de fácil manuseio. O
peixe escolhido foi o beta, por ser um animal resistente, que vive sozinho e não
necessita de muitos cuidados e acessórios num aquário.
As crianças adoraram saber que o animal iria conviver diariamente conosco e
que poderíamos juntos construir sua história. Para começar, as crianças tiveram o
cuidado de escolher um nome para o animal de acordo com o seu sexo; dando-lhe,
portanto, o nome de Nemo, em homenagem ao famoso filme da Disney.
Verificamos todas as características do nosso mascote, expliquei os cuidados
e responsabilidade que teríamos a partir de então. Posteriormente, o levamos para
conhecer a escola e apresentá-lo para todos os alunos; em cada sala de aula, o meu
grupo de alunos explicava as características do Nemo e os cuidados necessários
para com ele.
O mais interessante é que a atividade não envolveu somente os meus alunos,
mas todos na escola. Todas as crianças adoraram conhecer o Nemo e passaram a ir
diariamente na nossa sala de aula para visitá-lo e saber como ele estava; as
próprias crianças (alunos da sala) falavam orgulhosamente dele.
Ademais, os pais também ficaram sabendo pelos alunos o que estava
acontecendo em sala e alguns até adotaram o mesmo tipo de mascote em casa,
devido a insistência dos filhos.

 
  96

Nemo era cuidado por todos: era alimentado duas vezes por dia, cada vez um
aluno dava três bolinhas de ração; semanalmente limpávamos o seu aquário,
trocando um terço da sua água, por uma água limpa reservada dois dias antes;
mensalmente lavávamos todo o seu aquário. Suas atividades eram demarcadas em
um calendário, o que possibilitou as crianças organização e conhecimento temporal
(dia, semana, mês) e quantitativo (3 bolinhas de ração, 2 vezes por dia, 1 vez por
semana, um terço da água).
As professoras pediam que o Nemo passasse o dia em suas salas, pois os
alunos haviam demonstrado interesse pela ideia e, assim, o peixe podia contribuir
com a educação de todos. No momento de sua alimentação, dois dos meus alunos
iam até o peixe para lhe dar comida e explicavam para os demais alunos como o
alimentar e a quantidade correta.
Essa atividade possibilitou aos meus alunos maior desenvoltura pela fala em
público, bem como responsabilidade para com uma vida e o despertar para os
cuidados com a natureza, em especial, com o reino animal. Os conteúdos
pedagógicos foram trabalhados com mais qualidade, pois puderam ver na prática a
aplicação dos conhecimentos adquiridos.
Ao final do ano letivo, o Nemo passou a morar comigo em minha casa até sua
morte ao final de 2012.

 
  97

APÊNDICE B – BASE DE DADOS: SCIELO

N DATA TÍTULO AUTOR ÁREA NOME DO TEMAS TRATADOS OBSERVAÇÕES


PERIÓDICO (PALAVRAS-CHAVE)
GERAL ESPEC.
1. Set., Estabilidade locomotora PÉRICO, B. Ed. Motriz: Revista de Cão; estabilidade TAA Avalia influência da percepção háptica na
2013 durante a condução de C., et al. Física Educação Física estabilidade locomotora do ser humano durante
um cão a condução de um cão com uma guia. Na
pesquisa adultos com e sem restrição da visão,
andaram sobre uma trave de equilíbrio
sozinhos, ou, com uma guia, conduzindo um
cão sobre um banco estreito ao lado. Os
participantes que caminharam conduzindo o cão
privados da visão, tiveram o desempenho
locomotor melhor em relação aos participantes
que realizaram a mesma atividade sem o cão.
2. Jul.- A aquisição da TORQUATO, Fisio. Fisioterapia em Crianças com Def./ O estudo buscou verificar a aquisição de
Set., motricidade em crianças J. A. et al. Movimento síndrome de Dif. marcos motores em 33 crianças com Síndrome
2013 portadoras de Síndrome Down; Equo.; de Down que realizam a equoterapia ou
de Down que realizam Fisio.; motricidade fisioterapia convencional. Constatou-se que as
fisioterapia ou praticam crianças que realizam fisioterapia apresentam
equoterapia melhor equilíbrio estático e dinâmico do que
indivíduos que realizam equoterapia. A
fisioterapia convencional teve influência positiva
na obtenção das aquisições motoras e do
equilíbrio estático e dinâmico em portadores de
Síndrome de Down.
3. Março, Efeito da equoterapia na MENEZES, K. Fisio. Fisioterapia e Equoterapia; Def./ O estudo verificou se a estimulação por meio da
2013 estabilidade postural de M. et al. Pesquisa Esclerose múltipla Dif. equoterapia é capaz de desencadear alterações
portadores de esclerose no controle postural de portadores de esclerose
múltipla: estudo preliminar múltipla. Concluiu-se que a adaptação funcional
proporcionada pela equoterapia foi capaz de
melhorar a estabilidade postural dos portadores
de esclerose múltipla.
4. 2012 Curadores naturais: uma REED, R.; Enferm. Revista Latino- TAA; AAA; TAA O estudo consiste numa revisão de 18 artigos
revisão da terapia e FERRER, L.; Americana de doenças crônicas sobre o atendimento de TAA com pessoas que
atividades assistidas por VILLEGAS, N. Enfermagem tinham doenças crônicas (Câncer, HIV,
animais como tratamento esquizofrenia, etc). Tem por objetivo descrever
 
  98
complementar de a literatura existente sobre o uso de TAA e AAA
doenças crônicas como terapia adjuvante em pessoas vivendo
com doenças crônicas e discutir a possível
aplicação desta prática em crianças com HIV.
Constatou-se que a interação com cães
incrementa comportamentos positivos como
aumento da sensibilidade e atenção nas
crianças com deficiência social, bem como
também reduz os níveis de dor.
5. Jun., Avaliação fisiológica e YAMAMOTO, Med. Arquivo Brasileiro TAA; Cães TAA Este trabalho teve como objetivo analisar os
2012 comportamental de cães K.C.M. et al. Vet. de Medicina efeitos da TAA em nove cães terapeutas na
utilizados em terapia Veterinária e hipótese de que tal atividade possa
assistida por animais Zootecnia desencadear estresse. A avaliação
(TAA) comportamental, realizada de maneira
descritiva, não apresentou alteração negativa
significativa.
6. Março, Protocolo do Programa de SILVEIRA, I. Enferm. Revista da Escola Assistência AAA Segundo a pesquisa, a Assistência Auxiliada
2011 Assistência Auxiliada por R.; SANTOS, de Enfermagem Auxiliada por por Animais consiste na visitação e recreação
Animais no Hospital N. C.; da USP Animais; por meio do contato com animais, propondo o
Universitário LINHARES, D. Protocolo; entretenimento e a melhora no relacionamento
R. Hospital; Animais interpessoal entre pacientes e equipe. Teve por
objetivo descrever pontos importantes do
protocolo (projeto) de implementação do
programa.
7. 2010 Equoterapia na SANCHES, S. Fisio. Fisioterapia e Equo.; CURA A pesquisa consiste num estudo de caso de
reabilitação da M. N.; Pesquisa meningoencefalo uma menina de 3 anos com
meningoencefalocele: VASCONCEL cele; equilíbrio Meningoencefalocele submetida a 18 sessões
estudo de caso OS, L. A. de P. postural; de equoterapia (em 3 fases: montaria,
desempenho alimentação e escovação). O Estudo buscou
psicomotor verificar os efeitos desse tratamento no
equilíbrio, coordenação motora e funcionalidade
de uma criança com meningoencefalocele. A
equoterapia melhorou de maneira significativa o
equilíbrio e a coordenação motora da criança, o
que se refletiu no controle de movimentos
funcionais básicos para a realização de
atividades de vida diária.
8. Ago. Desenvolvimento e KOBAYASHI, Enferm. Revista Brasileira TAA; Projeto TAA O artigo é um relato da experiência da Diretoria
2009 implantação da Terapia C. T. et al. de Enfermagem Amicão; de Enfermagem do Hospital São Paulo da
Assistida por Animais em pacientes; Universidade Federal de São Paulo no
hospital universitário hospital; desenvolvimento e implantação da TAA, como
atendimento um de seus projetos de humanização hospitalar

 
  99
humanizado (Projeto Amicão). O projeto tinha o objetivo de
proporcionar aos pacientes uma experiência
positiva diferente da rotina do ambiente
hospitalar. Os resultados alcançados entre
pacientes, acompanhantes e profissionais da
saúde foram positivos, além de despertar a
atenção e o interesse de outras instituições de
saúde e da mídia.
9. Nov.- Comportamento angular COPETTI, F. Fisio. Revista Brasileira Criança com Def./ A pesquisa buscou verificar o efeito de um
Dez. do andar de crianças com et al. de Fisioterapia síndrome de Dif. programa de equoterapia no comportamento
2007 síndrome de Down após Down; Equo. angular do tornozelo e joelho de três crianças
intervenção com com síndrome de Down. Após as intervenções
equoterapia observaram que a equoterapia promoveu
alterações positivas no comportamento angular
da articulação do tornozelo, com pouco efeito
sobre o joelho.
10. Jul.- Equoterapia: suas MARCELINO, Psico. Estudos de Criança Relação A pesquisa teve o objetivo compreender as
Set. repercussões nas J. F. de Q.; Psicologia Prematura; equo.; Homem- repercussões do tratamento equoterápico e
2006 relações familiares da MELO, Z. M. (Campinas) equipe Animal seus elementos intervenientes no
criança com atraso de de. multidisciplinar desenvolvimento socioafetivo da criança
desenvolvimento por com atraso global por prematuridade. O estudo
prematuridade ressaltou uma melhora da criança no aspecto
socioafetivo, repercutindo nas relações
familiares.
11. 2005 Assistência BUSSOTTI, E. Enferm. Revista da Escola Enferm.; terapia CURA É um estudo de caso, referente aos efeitos
individualizada: posso et al de Enfermagem alternativa; TAA positivos de uma única visita de um cachorro ao
trazer meu cachorro? da USP hospital em que sua dona, uma adolescente
portadora de leucemia, fazia tratamento e
estava internada há 2 meses.
12. Jun. Relato de experiência: KAWAKAMI, Enferm. Nursing (São TAA; relações CURA Este trabalho é um relato de experiência sobre
2003 Terapia Assistida por C. H.; Paulo) enfermeiro- os benefícios conseguidos por meio da TAA em
Animais (TAA) – mais um NAKANO, C. paciente quatro instituições de saúde (1 casa
recurso na comunicação K. especializada em educação especial para
entre paciente e crianças com diversas síndromes; 1 que abriga
enfermeiro idosos abandonados ou sem família; 1 que
oferece apoio para crianças com câncer; 1 que
abriga e dá assistência à crianças aidéticas) da
cidade de São Paulo. Observou-se que a visita
de animais possibilitou aos pacientes mais
alegria, mais disposição, mais diálogo entre si e
com os voluntários/profissionais.
Fonte: Scielo (http://www.scielo.org/php/index.php?lang=pt)

 
  100

SIGLAS
Atividade Assistida por Animais (AAA)
Terapia Assistida por Animais (TAA)
Universidade de São Paulo (USP)

ABREVIAÇÕES
Deficiências/Dificuldades (Def./Dif.)
Educação Física (Ed. Física)
Enfermagem (Enferm.)
Equoterapia (Equo.)
Fisioterapia (Fisio.)
Medicina Veterinária (Med. Vet.)
Psicologia (Psico.)

Palavras-chave: Terapia animais; terapia assistida animais, equoterapia

 
  101
APÊNDICE C – BASE DE DADOS: LILACS

N DATA TÍTULO AUTOR ÁREA NOME DO TEMAS TRATADOS OBSERVAÇÕES


PERIÓDICO
1. Set., Estabilidade locomotora PÉRICO, B. C., et Ed. Física Motriz: Revista de Cão; estabilidade Avalia influência da percepção háptica na
2013 durante a condução de um al. Educação Física estabilidade locomotora do ser humano durante
cão a condução de um cão com uma guia. Na
pesquisa adultos com e sem restrição da visão,
andaram sobre uma trave de equilíbrio sozinhos,
ou, com uma guia, conduzindo um cão sobre um
banco estreito ao lado. Os participantes que
caminharam conduzindo o cão privados da
visão, tiveram o desempenho locomotor melhor
em relação aos participantes que realizaram a
mesma atividade sem o cão.
2. Jul.-Set. A aquisição da motricidade TORQUATO, J. Fisio. Fisioterapia em Crianças com O estudo buscou verificar a aquisição de marcos
2013 em crianças portadoras de A.; Movimento síndrome de Down; motores em 33 crianças com Síndrome de Down
Síndrome de Down que Equo.; Fisio.; que realizam a equoterapia ou fisioterapia
realizam fisioterapia ou motricidade convencional. Constatou-se que as crianças que
praticam equoterapia realizam fisioterapia apresentam melhor
equilíbrio estático e dinâmico do que indivíduos
que realizam equoterapia. A fisioterapia
convencional teve influência positiva na
obtenção das aquisições motoras e do equilíbrio
estático e dinâmico em portadores de Síndrome
de Down.
3. Março, Efeito da equoterapia na MENEZES, K. M. Fisio. Fisioterapia e Equo. O estudo verificou se a estimulação por meio da
2013 estabilidade postural de et al. Pesquisa equoterapia é capaz de desencadear alterações
portadores de esclerose no controle postural de portadores de esclerose
múltipla: estudo preliminar múltipla. Concluiu-se que a adaptação funcional
proporcionada pela equoterapia foi capaz de
melhorar a estabilidade postural dos portadores
de esclerose múltipla.
4. Set.- Efeito da equoterapia no ARAUJO, T. B.; et Fisio. Revista Brasileira Equo.; idosos A pesquisa buscou verificar se a equoterapia é
Out. equilíbrio postural de al. de Fisioterapia capaz de produzir alterações no equilíbrio de
2011 idosos idosos. O tratamento realizado foi suficiente para
apontar uma redução no risco de quedas em
idosos.
5. Março, Protocolo do Programa de SILVEIRA, I. R.; Enferm. Revista da Escola Assistência Auxiliada Segundo a pesquisa, a Assistência Auxiliada por
2011 Assistência Auxiliada por SANTOS, N. C.; de Enfermagem por Animais; Animais consiste na visitação e recreação por

 
  102
Animais no Hospital LINHARES, D. R. da USP Protocolo; Hospital; meio do contato com animais, propondo o
Universitário Animais entretenimento e a melhora no relacionamento
interpessoal entre pacientes e equipe. Teve por
objetivo descrever pontos importantes do
protocolo (projeto) de implementação do
programa.
6. Jan.- Variabilidade da frequência NEGRI, A. P.; Fisio. Revista Terapia Equo.; PC; FC A pesquisa teve por objetivo avaliar e comparar
Fev. cardíaca em praticantes de Manual o comportamento da frequência cardíaca (FC)
2010 equoterapia com paralisia Fisioterapia de repouso e sua variabilidade entre crianças
cerebral Manipulativa com paralisia cerebral (PC) e com
desenvolvimento motor adequado e verificar a
influência da equoterapia sobre a modulação
autonômica da FC das crianças com PC. Os
dados obtidos das crianças com PC mostraram
que a disfunção influencia negativamente os
valores da FC de repouso e a modulação
autonômica da FC, resultando em menor
atividade parassimpática quando comparadas às
crianças com desenvolvimento motor adequado
da mesma faixa-etária. Também conclui-se que
uma sessão de 30 minutos de equoterapia não
promove influência.
7. Jan.- A equoterapia no ARAUJO, A. E. R. Fisio. Fisioterapia Brasil Criança com PC; Este estudo descritivo teve como propósito
Fev. tratamento de crianças com A. e; RIBEIRO, V. Equo.; mudanças avaliar mudanças posturais em 27 crianças com
2010 paralisia cerebral no S.; SILVA, B. T. posturais paralisia cerebral após participação em
Nordeste do Brasil F. da programa de equoterapia ao longo de um ano,
em 2006 e 2007. Mudanças posturais
significativas foram obtidas, o que pode servir de
incentivo para que esta prática seja difundida
pelo Sistema Único de Saúde para o tratamento
de crianças com paralisia cerebral
8. 2010 Equoterapia na reabilitação SANCHES, S. M. Fisio. Fisioterapia e Equo.; A pesquisa consiste num estudo de caso de uma
da meningoencefalocele: N.; Pesquisa meningoencefalocele; menina de 3 anos com Meningoencefalocele
estudo de caso VASCONCELOS, equilíbrio postural; submetida a 18 sessões de equoterapia (em 3
L. A. de P. desempenho fases: montaria, alimentação e escovação). O
psicomotor Estudo buscou verificar os efeitos desse
tratamento no equilíbrio, coordenação motora e
funcionalidade de uma criança com
meningoencefalocele. A equoterapia melhorou
de maneira significativa o equilíbrio e a
coordenação motora da criança, o que se refletiu
no controle de movimentos funcionais básicos

 
  103
para a realização de atividades de vida diária.
9. Set.- A influência da equoterapia NEGRI, A. P.; et Fisio. Revista Terapia Equo.; PC; FC O objetivo desse estudo foi avaliar e comparar o
Out. na modulação autonômica al Manual comportamento da frequência cardíaca (FC) de
2009 da frequência cardíaca de Fisioterapia repouso e sua variabilidade entre crianças com
crianças com paralisia Manipulativa paralisia cerebral (PC) e com desenvolvimento
cerebral motor típico, e verificar a influência da
equoterapia sobre modulação autonômica da FC
das crianças com PC. Os dados obtidos das
crianças portadoras de PC mostraram que a
disfunção influencia negativamente nos valores
da FC de repouso e na modulação autonômica
da FC, resultando em menor atividade
parassimpática quando comparada às crianças
com desenvolvimento motor típico da mesma
faixa etária e que uma sessão de 30 minutos de
equoterapia não influenciou nas respostas da FC
e de sua variabilidade nas crianças com PC.
10. Set.- O uso da equoterapia como TOIGO, T.; LEAL Fisio. Revista Brasileira Equo.; terceira idade; O estudo mensurou a melhora do equilíbrio
Dez. recurso terapêutico para JÚNIOR, E. C. P.; de Geriatria e equilíbrio estático em dez indivíduos da terceira idade com
2008 melhora do equilíbrio ÁVILA, S. N. Gerontologia a prática da equoterapia. A equoterapia foi
estático em indivíduos da capaz de melhorar o equilíbrio estático e,
terceira idade consequentemente, diminuir a possibilidade de
queda.
11. Nov.- Comportamento angular do COPETTI, F.; et Fisio. Revista Brasileira Criança com síndrome A pesquisa buscou verificar o efeito de um
Dez. andar de crianças com al. de Fisioterapia de Down; Equo. programa de equoterapia no comportamento
2007 síndrome de Down após angular do tornozelo e joelho de três crianças
intervenção com com síndrome de Down. Após as intervenções
equoterapia observaram que a equoterapia promoveu
alterações positivas no comportamento angular
da articulação do tornozelo, com pouco efeito
sobre o joelho.
12. Set.- A influência da equoterapia COIMBRA, S. A. Fisio. Fisioterapia Brasil Equo.; Encefalopatia Este estudo consiste em uma análise da
Out. no equilíbrio estático e L.; et al Não Progressiva interferência da Equoterapia no equilíbrio
2006 dinâmico: apresentação de Crônica estático e dinâmico em um paciente portador de
caso clínico de Encefalopatia Não Progressiva Crônica do tipo
encefalopatia não diparético espástico com 5 anos de idade. Os
progressiva crônica do tipo dados coletados permitem concluir que uma
diparético espástico sessão semanal de 30 minutos com o animal a
passo influencia positivamente o equilíbrio
estático e dinâmico da criança, aprimorando,
desta forma, suas habilidades motoras e
contribuindo para o prognóstico de marcha.

 
  104
13. Jul.-Set. Equoterapia: suas MARCELINO, J. Psico. Estudos de Criança Prematura; A pesquisa teve o objetivo compreender as
2006 repercussões nas relações F. de Q.; MELO, Psicologia equo.; equipe repercussões do tratamento equoterápico e seus
familiares da criança com Z. M. de. (Campinas) multidisciplinar elementos intervenientes no desenvolvimento
atraso de desenvolvimento socioafetivo da criança com atraso global por
por prematuridade prematuridade. O estudo ressaltou uma melhora
da criança no aspecto socioafetivo, repercutindo
nas relações familiares.
14. Março- Atuação da equoterapia na DIAS, M. N. A.; Não Revista Brasileira Equoterapia; O objetivo desse estudo é investigar se a
Abril espondilite anquilosante FORTES, C. E. espec. de Reumatologia espondilite equoterapia pode ser utilizada como terapêutica
2005 A.; DIAS, R. P. anquilosante auxiliar na espondilite anquilosante. Com a
prática da equoterapia os dois pacientes,
portadores de espondilite anquilosante
participantes do estudo, apresentaram melhora
das queixas subjetivas, das atividades da vida
diária e dos parâmetros objetivos avaliados. Não
foram observadas alterações que causassem a
piora do quadro clínico dos pacientes ou que lhe
provocassem efeitos maléficos, durante a prática
da equoterapia. Deste modo, a equoterapia
mostrou-se como mais um recurso disponível na
terapêutica da espondilite anquilosante, com
resultados satisfatórios.
15. Jan.- O efeito da equoterapia na BOTELHO, L. A. Não Medicina de Equo.; PC; lesão O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos da
Abril espasticidade dos de A.; OLIVEIRA, espec. Reabilitação medular hipoterapia na espasticidade de pacientes com
2003 membros inferiores B. G. de; SOUZA, paralisia cerebral (10) e lesão medular (4).
S. R. N. de. Todos os pacientes tiveram melhora da
espasticidade graduada pela escala de Ashworth
modificada.
16. Dez. Equoterapia: equitação que SEVERO, J. T. Não Revista Acta Equo.; equitação; O artigo descreve o que é terapia e como ela é
1997 promove a saúde e a espec. Fisiátrica exercícios; saúde; aplicada, as indicações e contra-indicações na
educação educação saúde e como apoia a ação pedagógica
Fonte: Lilacs (http://lilacs.bvsalud.org/)
SIGLAS
Frequência Cardíaca (FC)
Paralisia Cerebral (PC)
Universidade de São Paulo (USP)

 
  105

ABREVIAÇÕES
Educação Física (Ed. Física)
Equoterapia (Equo.)
Fisioterapia (Fisio.)
Não Especificado (Não Espec.)
Psicologia (Psico.)

Palavras-chave: Terapia animais; terapia assistida animais, equoterapia.


 

 
  106

APÊNDICE D – BASE DE DADOS: BVS-PSI

N DATA TÍTULO AUTOR ÁREA NOME DO TEMAS TRATADOS OBSERVAÇÕES


PERIÓDICO (PALAVRAS-CHAVE)
1. Dez. A equoterapia no PRESTES, D. B.; Não Ciências e Equoterapia; criança; O estudo visou investigar os benefícios da
2010 desenvolvimento motor e WEISS, S.; Especif. Cognição: Revista dificuldade de equoterapia no desenvolvimento motor e
autopercepção de ARAÚJO, J. C. O. Interdisciplinar de aprendizagem; autopercepção de crianças da quarta série do
escolares com dificuldade estudos da ensino fundamental com dificuldade de
de aprendizagem cognição aprendizagem. Observou-se que os sujeitos
pesquisados tiveram grandes avanços em
diferentes áreas do desenvolvimento. Os
pesquisadores acreditam que tal efeito se deva ao
ambiente equoterápico.
2. Jul.- Equoterapia: suas MARCELINO, J. Psico. Estudos de Equoterapia; A pesquisa teve o objetivo compreender as
Set. repercussões nas F. de Q.; MELO, Psicologia prematuridade; criança; repercussões do tratamento equoterápico e seus
2006 relações familiares da Z. M. De elementos intervenientes no desenvolvimento
criança com atraso de socioafetivo da criança com atraso global
desenvolvimento por por prematuridade. O estudo ressaltou uma
prematuridade melhora da criança no aspecto socioafetivo,
repercutindo nas relações familiares.
3. 2004 Discussão sobre o efeito SILVA, C. H.; Psico. Psic Crianças cegas; O estudo buscou verificar se a equoterapia
positivo da equoterapia GRUBITS, S. equoterapia; proporciona as crianças (5-11 anos) cegas uma
em crianças cegas melhora nos aspectos motores, cognitivos,
afetivos e de relacionamento. O processo mostrou
que a equoterapia proporciona melhoras nos
aspectos motores, cognitivos e emocionais.
4. 2002 Cães-terapeutas: o MINERBO, M. Psico. Estilos da clínica/ paciente; cães; TAA; O artigo consiste num relato e análise dos
enquadre a serviço do Revista USP atendimentos feitos a uma paciente que ama
método na análise de animais, assim a terapeuta faz uso da TAA, com
uma adolescente intuito de criar um vínculo terapeuta-paciente.
Fonte: BVS-PSI: Index Psi Revistas Técnico-Científicas (http://www.bvs-psi.org.br/php/index.php)
SIGLAS
Terapia Assistida por Animais (TAA)
Universidade de São Paulo (USP)
ABREVIAÇÕES
Não Especificado (Não Especif.)
Psicologia (Psico.)
Palavras-chave: Terapia animais; terapia assistida animais, equoterapia.
 
  107

N ANO TÍTULO AUTOR ÁREA TIPO/INSTIT. TEMAS TRATADOS OBSERVAÇÕES


(PALAVRAS-CHAVE)
1. 2011 Terapia assistida por VIVALDINI, V. H. Psico. Dissertação / DI; TAA; terapeutas A pesquisa teve o objetivo de avaliar a
animais: uma UMESP (adestradores e sociabilização da criança/adolescente com
abordagem lúdica em profissionais treinados para deficiência intelectual (DI) em TAA, e verificar a
reabilitação clínica de o atendimento em TAA) opinião de pais/responsáveis e terapeutas
pessoas com deficiência sobre essa terapia. O estudo abrangeu 46
intelectual sujeitos (20 pacientes, 20 pais e/ou
responsáveis e 6 terapeutas). Os resultados
apontam a validade da TAA como facilitadora
da sociabilização das crianças/adolescentes
com DI, aumento de sua motivação e
engajamento às intervenções, assim como
também repercussões positivas à autonomia,
em seu humor e em sua organização cognitiva
temporal e narrativa linguística.
2. 2006 Adolescentes com ALTHAUSEN, S. Psico. Dissertação / Criança/adolescente com O estudo avaliou através do TAA o nível de
síndrome de Down e USP síndrome de Down; TAA; sociabilização no comportamento da
cães: compreensão e intervenção lúdica; criança/adolescente com deficiência intelectual.
possibilidades de sociabilização. A pesquisa envolveu 46 sujeitos (pacientes,
intervenção pais e profissionais). Os resultados apontam a
validade da TAA como facilitadora da
sociabilização das crianças/adolescentes com
deficiência intelectual, com aumento da
motivação e engajamento às intervenções,
assim como, com repercussões positivas em
sua autonomia, humor, organização cognitiva
temporal e narrativa linguística.
3. 2004 Características da GOMES, A. R. W. Psico. Dissertação / Equoterapia; criança com A análise das interações feitas (entre uma
interação UFSC PC; interação homem- criança com paralisia cerebral - PC, terapeutas
psicoterapêutica entre animal. e cavalos) permitiu identificar as respostas da
criança com paralisia criança e a natureza da classe de estímulos
cerebral, terapeutas e antecedentes e consequentes às respostas
cavalo em sessões de apresentadas. Os dados possibilitaram
equoterapia caracterizar a natureza das relações
estabelecidas entre criança, terapeutas e
cavalo e elucidar as funções e as
necessidades de cada um no contexto
terapêutico.
 
  108
4. 2004 Repercussões da QUEIROZ, Psico. Dissertação / Equoterapia; A pesquisa teve o objetivo compreender as
equoterapia nas J. F. De UNICAP prematuridade; criança repercussões do tratamento equoterápico na
relações socioafetivas criança com atraso de desenvolvimento
da criança com atraso neuropsicomotor devido à prematuridade. De
de desenvolvimento por acordo com o estudo houve uma melhora da
prematuridade criança no aspecto socioafetivo, repercutindo
nas relações familiares.
5. 2003 Equoterapia como MONTEIRO, A. Psico. Dissertação / Equoterapia; crianças com A pesquisa investigou os efeitos da
técnica auxiliar na C. B. PUC/ Campinas necessidades educativas equoterapia em crianças com necessidades
terapia motora de especiais; educativas especiais, descrevendo a evolução
crianças com motora de cada uma delas. Todos os casos
necessidades estudados houve progresso no
educativas especiais desenvolvimento motor.
Fonte: BVS-PSI: Index Psi Teses (http://www.bvs-psi.org.br/php/index.php)
SIGLAS
Deficiência Intelectual (DI)
Paralisia Cerebral (PC)
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/Campinas)
Terapia Assistida por Animais (TAA)
Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
Universidade de São Paulo (USP)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Universidade Metodista de São Paulo (UMESP)

ABREVIAÇÕES
Psicologia (Psico.)

Palavras-chave: Terapia animais; terapia assistida animais, equoterapia.


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  109
 
N ANO TÍTULO AUTOR ÁREA TIPO/INSTIT. TEMAS TRATADOS OBSERVAÇÕES
(PALAVRAS-CHAVE: P-C)
1. 2008 Equoterapia e ESCOBAR, C. S. Psico. TCC / UCDB Equoterapia; crianças com A pesquisa define equoterapia e os efeitos
Transtorno de Déficit de TDAH destacados em estudos anteriores. Apresenta
Atenção / Hiperatividade como objetivo verificar mudanças no
[TDAH] comportamento de 3 crianças com TDAH em
ambiente familiar e escolar, após quatro meses
de tratamento em Equoterapia. O estudo
percebeu melhoras significativas em relação
atenção, capacidade de concentração,
desempenho escolar, disciplina, respeito à
individualidade das pessoas, comportamento
hiperativo e socialização.
Fonte: BVS-PSI - Index Psi TCCs (http://www.bvs-psi.org.br/php/index.php)

SIGLAS
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)

ABREVIAÇÕES
Psicologia (Psico.)

Palavras-chave: Terapia animais; terapia assistida animais, equoterapia.

 
  110

APÊNDICE E – BASE DE DADOS: PEPSIC

N DATA TÍTULO AUTOR ÁREA TIPO/INSTIT. TEMAS TRATADOS OBSERVAÇÕES


(PALAVRAS-CHAVE)
1. Dez. Discussão sobre o SILVA, C. H.; Psico. Psic: Revista Equoterapia; cegueira; A pesquisa retrata os efeitos positivos
2004 efeito positivo da GRUBITS, S. da Vetor aspectos motores, da equoterapia em crianças cegas, nos
equoterapia em Editora cognitivos e aspectos motores(marcha e equilíbrio),
crianças cegas emocionais cognitivos (exploração dos demais
sentidos) e emocionais (relações
sociais e sentimento de segurança)
Fonte: PEPSIC (http://pepsic.bvsalud.org/)
ABREVIAÇÕES
Psicologia (Psico.)

Palavras-chave: Terapia animais; terapia assistida animais, equoterapia.

 
  111

APÊNDICE F – BASE DE DADOS: DOMÍNIO PÚBLICO

N ANO TÍTULO AUTOR ÁREA TIPO/ TEMAS TRATADOS OBSERVAÇÕES


INSTITUIÇÃO
1. 2010 Análise dos efeitos da OLIVEIRA, Patologia Dissertação/ Equoterapia; O objetivo da pesquisa foi analisar os efeitos da
equoterapia em pessoas W. R. de Geral UFTM síndrome de Down; equoterapia na função motora grossa de pessoas com
com Síndrome de Down Função motora Síndrome de Down. Após 20 sessões de equoterapia, foi
grossa verificado um aumento significativo nas variáveis B
(sentar), C (engatinhar e ajoelhar), D (em pé) e E (andar,
correr e pular). Este trabalho ressalta o papel da
equoterapia no aprimoramento da função motora grossa
de pessoas com Síndrome de Down. Também mostra que
além da idade, outros aspectos podem interferir no
desenvolvimento da função motora grossa.
2. 2009 Terapia assistida por animais CAPOTE, P. Ed. Esp. Dissertação / TAA; deficiência Este estudo teve por objetivo verificar o efeito da
(TAA) e deficiência mental: S. de O. UFSCAR mental; intervenção com animais (TAA) no desenvolvimento
análise do desenvolvimento desenvolvimento psicomotor de crianças com deficiência mental. Após a
psicomotor motor análise dos dados, o estudo concluiu que a TAA traz
benefícios às pessoas com deficiência mental em relação
ao desenvolvimento motor, motivação e cuidado aos seres
vivos.
3. 2009 A repercussão da JUSTI, J. Psico. da Dissertação / Equoterapia; atraso A pesquisa buscou estimular processos dimensionais da
equoterapia na estimulação saúde UCDB de linguagem linguagem na associação de dois procedimentos
das dimensões da linguagem terapêuticos, Equoterapia e terapia fonoaudiológica, para
infantil crianças diagnosticadas com atraso de linguagem. A
avaliação pré-intervenção equoterápica constatou
prejuízos sintáticos, semânticos e pragmáticos dos
integrantes. Os dados coletados pós-intervenção
demonstraram melhoras para os participantes nas três
dimensões estudadas. Os participantes deste estudo
obtiveram crescente número de palavras emitidas
espontaneamente durante as terapias. Houve
desenvolvimento em aspectos psicomotores, perceptuais,
cognitivos e de desenvolvimento verbal.
4. 2008 Efeitos da equoterapia em ESPINDULA, Patologia Dissertação / Equoterapia; autismo O estudo visou analisar em nove praticantes autistas
praticantes autistas A. P. Geral UFTM submetidas à Equoterapia os possíveis efeitos
relacionados: a função neuropsicomotora; a percepção do
meio externo; ao ajuste tônico-postural e comunicação. A
Equoterapia é um método eficaz já que com ela

 
  112
conseguimos proporcionar aos praticantes autistas
melhoras após os estudos realizados nas áreas
relacionadas à Percepção Auditiva; Desenvolvimento na
Sessão de Equoterapia; Área Emocional; Percepção
Temporal; Desenvolvimento Perceptivo; Percepção
Espacial e Tátil. Porém vale ressaltar que essa evolução é
variável de acordo com a fase de desenvolvimento de
cada criança. O estudo confirma que a Equoterapia
promove nos praticantes autistas melhoras na qualidade
de vida; proporcionando-lhes confiança e ganho da
autoestima.
5. 2007 A Equoterapia na ARAUJO, A. Saúde Dissertação / Equoterapia, A pesquisa avaliou os benefícios posturais em 27 crianças
reabilitação de crianças E. R. de A. e Materno UFMA crianças com com paralisia cerebral após a participação num programa
portadora de paralisia Infantil paralisia cerebral de equoterapia durante um ano. Verificou-se benefícios
cerebral posturais estatisticamente significantes em todos os
segmentos corporais; especialmente naqueles que
apresentaram as piores condições de assimetria antes do
tratamento; como o tronco e pélvis. Concluiu-se que a
equoterapia influenciou positivamente no ajuste postural
assim como no equilíbrio estático e dinâmico da criança;
aprimorando desta forma; suas habilidades motoras e
contribuindo para o prognóstico de marcha
6. 2007 A prática da equoterapia MOTTI, G. S. Psico. da Dissertação / Equoterapia; Buscou avaliar as possibilidades da utilização da
como tratamento para Saúde UCDB ansiedade equoterapia enquanto recurso terapêutico no tratamento
pessoas com ansiedade de indivíduos com diagnóstico de Transtorno de Ansiedade
Generalizada.
Após cinco meses de intervenção equoterápica, as
participantes apresentaram melhoras nos sintomas da
ansiedade, na relação afetiva, autocontrole, autoconfiança
e descontração. Logo, observou-se que a equoterapia é
um recurso terapêutico válido para o tratamento da
ansiedade generalizada e um trabalho intensivo poderá
proporcionar maiores benefícios.

7. 2006 A repercussão da RIBEIRO, R. Psico. Dissertação / Equoterapia; Lesão O objetivo do estudo foi avaliar a possível influência da
equoterapia na qualidade de P. UCDB Medular Traumática equoterapia na qualidade de Vida dos portadores de Lesão
vida da pessoa portadora de Medular Traumática. Os participantes investigados
lesão medular traumática apresentaram, após a intervenção equoterápica, uma
melhor qualidade de vida, tanto nos domínios do
componente físico, quanto do mental, independente do
sexo, idade, nível e tempo de lesão. Esse recurso
terapêutico melhora a percepção de saúde global de

 
  113
pacientes com Lesão Medular Traumática
8. 2006 A percepção das mães de SILVA, M. C. Psico. da Dissertação / Equoterapia; mães; A pesquisa analisou o conhecimento e a percepção que as
crianças atendidas em Saúde UCDB percepção mães dos pacientes possuem sobre a Equoterapia. As 22
equoterapia mães participantes deste estudo possuem conhecimento
suficiente sobre a Equoterapia, todas perceberam
mudanças nos seus filhos após o início desse recurso,
porém apresentam algumas diferenças que têm relação
com as características sócio-demográficas e ocupacionais
das participantes. As mães que são cuidadoras identificam
também mudanças mais sutis, como o relaxamento, e
conseguem relacionar ganhos obtidos por seus filhos nas
atividades da vida diária. A possibilidade de
acompanharem os atendimentos dos filhos faz com que
essas mães compreendam as potencialidades de suas
crianças, percebendo-as de um modo diferente, e essa
experiência pode ser transferida para o ambiente familiar.
9. 2005 A representação social da LIMA, A. C. Psico. da Dissertação / Equoterapia; Esta pesquisa analisou os sentidos da interdisciplinaridade
interdisciplinaridade para os de Saúde UCDB interdisciplinaridade; para os profissionais das de áreas de Educação Física,
profissionais que atuam com profissionais Fisioterapia, Fonoaudióloga, Equitação, Pedagogia,
equoterapia Psicologia e Terapia Ocupacional que trabalham com a
equoterapia. Os resultados mostraram que: para a maioria
dos participantes o conhecimento sobre a
interdisciplinaridade ocorreu por meio de sua prática
profissional, e não pelos conteúdos discutidos nas
disciplinas durante a sua graduação; a maioria descreveu
o processo interdisciplinar com clareza e o considerou
essencial para a sua prática profissional; segundo os
participantes o ambiente da equoterapia favorece a
interdisciplinaridade. No entanto, também foi identificado
pelo relato dos profissionais que a interdisciplinaridade nas
equipes estava relacionada aos profissionais graduados,
muito embora na equipe participasse profissionais de nível
técnico.
10. 2004 Repercussões da QUEIROZ, J. Psico. Dissertação / Equoterapia; criança A pesquisa teve o objetivo compreender as repercussões
equoterapia nas relações F. de Clínica UNICAP prematura; relação do tratamento equoterápico e seus elementos
socioafetivas da criança com socioafetiva; atraso intervenientes no desenvolvimento socioafetivo da
atraso de desenvolvimento global criança com atraso global por prematuridade. O estudo
por prematuridade ressaltou uma melhora da criança no aspecto socioafetivo,
facilitando e sendo facilitado pelas relações familiares.
Portanto, através da pesquisa puderam ser compreendidas
as repercussões da equoterapia, bem como seus
elementos intervenientes no desenvolvimento socioafetivo

 
  114
da criança com retardo neuropsicomotor por
prematuridade.
Fonte: Domínio Público (http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaPeriodicoForm.jsp)

SIGLAS
Terapia Assistida por Animais (TAA)
Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)

ABREVIAÇÕES
Educação Especial (Ed. Esp.)
Psicologia (Psico.)

Palavras-chave: Terapia animais; terapia assistida animais, equoterapia.

 
  115

APÊNDICE G – BASE DE DADOS: BIBLIOTECA

N ANO TÍTULO DO AUTOR ÁREA TIPO / TEMAS TRATADOS OBSERVAÇÕES


TRABALHO CIENTÍFICO INSTITUIÇÃO (PALAVRAS-CHAVE)
ou EDITORA Geral Espec.
1. 2011 Terapia assistida por CASTRO, L. Psico. Dissertação / TAA; luto; CURA; O pesquisa refere-se a um estudo de caso de um
animais como recurso P. De Clinica PUC/SP terapia; def./dif. menino de 7 anos, que em sua curta vida sofreu
terapêutico no atendimento família; teoria sucessivas perdas (pai, avós paternos, gato e
a crianças enlutadas do apego cachorro). Objetivou-se “compreender as
implicações da inserção de um cão co-terapeuta no
processo psicodiagnóstico de crianças enlutadas”.
A autora define o TAA, o preparo do cão co-
terapeuta e as normas que seguiu para o uso de
animais em contextos terapêuticos.
2. 2009 Benefícios e implicações FERNANDES, Psico. e Monografia / TAA; animais; Relação O objetivo do estudo é investigar e refletir sobre o
emocionais decorrentes da A. T. de J. Saúde PUC/SP hospitalização homem- uso terapêutico do animal de estimação no
Terapia Assistida por animal processo de hospitalização infantil e sua
Animais no contexto repercussão na condição emocional da criança.
hospitalar Ressaltando na pesquisa a historia e os benefícios
da relação homem-animal e da TAA, e alcances e
limitações dessa terapia. Trata-se de uma pesquisa
de análise comparativa entre as obras já
publicadas a respeito da temática (3 livros, teses,
artigos)
3. 2009 Os efeitos da Fisioterapia MAGALHÃES, Fisio. TCC /UNAMA TAA; Fisio.; Relação O objetivo da pesquisa foi avaliar os efeitos da
Assistida por Animais na A. M.; Idosos; homem- Fisioterapia Assistida por Animais na qualidade de
qualidade de vida de LIRA, K. de S.; sedentarismo animal vida de idosos sedentários. Para isso foi aplicado
idosos sedentários MORAES, L. testes para avaliar equilíbrio, capacidade funcional
O. e qualidade de vida dos idosos. Os resultados da
pesquisa comprovam significância estatística da
aplicação da terapia nos idosos estudados.
10. 2004 Intervenção com animais ARAUJO, A. Psico. TCC / PUC/SP TAA; cão; Relação A pesquisa buscou compreender o impacto na
de estimação e a rede H. De idoso homem- qualidade de vida de idosos institucionalizados
social de idosos animal decorrente de sua interação com cães. A
institucionalizados pesquisadora entrevistou 6 idosos participantes do
Projeto Cão do Idoso, destacou a importância e
benefícios do contato homem-animal
11. 2000 Velhos, cães e gatos: BERZINS, M. Gerontolo Dissertação / Simbologia do Relação O estudo busca desvelar e analisar o discurso
interpretação de uma A. V. da S. gia PUC/SP animal na Homem- simbólico de um grupo singular de idosos atendidos

 
  116
relação velhice animal pelo centro de controle de Zoonoses da Prefeitura
Municipal de São Paulo, através da interpretação
dos depoimentos de idosos com mais de 10
animais em seu domicilio.
12. 1992 O mundo das imagens SILVEIRA, N. Psiqui. Livro/ Editora Coterapeutas; Relação Retrata um pouco do amor da autora pelos
(capítulo 7. Simbolismo do Da Ática animais; homem- animais, a historia da relação homem-animal e dos
Gato) tratamento animal; animais como seus coterapeutas no atendimento
CURA de seus pacientes.
Fonte: Bibliotecas PUC/SP e Unama
SIGLAS
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP)
Terapia Assistida por Animais (TAA)
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Universidade da Amazônia (UNAMA)

ABREVIAÇÕES
Deficiências/Dificuldades (Def./Dif.)
Fisioterapia (Fisio.)
Psicologia (Psico.)
Psiquiatria (Psiqui.)

Palavras-chave: Terapia animais; terapia assistida animais, equoterapia

 
  117

APÊNDICE H – BASE DE DADOS: REFERÊNCIAS

N ANO TÍTULO DO AUTOR ÁREA TIPO / TEMAS TRATADOS OBSERVAÇÕES


TRABALHO CIENTÍFICO INSTITUIÇÃO (PALAVRAS-CHAVE)
ou PERIÓDICO Geral Espec.
ou EDITORA
1. 2011 Equoterapia: Teoria e SOARES, D. Não Livro/ Editora Equoterapia Relação (Não tive acesso à obra, sinopse e/ou
prática F. G.; Especif. Centro Homem- comentários.)
FAICO, M. M. Universitário de animal.
de M.; Caratinga
OTONI. G. A.
2. 2010 As contribuições da TAA – CAETANO, E. Psico. TCC / UNESC TAA, Psico. Relação Retrata um pouco da historia da relação homem-
Terapia Assistida por C. S. homem- animal e da TAA. É uma pesquisa bibliográfica
Animais à Psicologia animal
3. 2009 Classes de GARCIA, M. Psico. Dissertação / Relação Relação Buscou responder a pergunta: “Quais as classes de
comportamentos P. UFSC Homem- Homem- comportamentos constituintes de intervenções de
constituintes de animal; TAA; animal psicólogos no subcampo de atuação profissional de
intervenções de psicólogos psicoterapia psicoterapia com apoio de cães?”. Foram
no subcampo de atuação com cães identificadas 196 classes que foram distribuídas em
profissional de psicoterapia quatro classes mais gerais de comportamentos.
com apoio de cães Tais classes de comportamentos são o começo de
uma caracterização do que compõe uma
intervenção de psicoterapia com apoio de cães e
como ela pode ser feita, bem como o que pode ser
ensinado a aprendizes para formar pessoas
capazes de realizar esse trabalho. Enfim, é uma
pesquisa extremamente grande e densa, sobre o
uso de cães na terapia.
4. 2008 Atividade e Terapia LIMA, R. B. A. Medic. TCC / UNIP AAA; TAA CURA; (Não tive acesso à obra, resumo e/ou comentários.)
Assistida por Animais Vet.
5. 2008 Fisioterapia Assistida por GONÇALVES, Fisio. TCC / Faculdade TAA; Fisio. Relação Pesquisa bibliográfica que retrata a relação homem
Animais (FAA) em crianças D. A. Anhanguera de homem- animal, o que é TAA, como atua na fisioterapia.
e adolescentes Taubaté animal
6. 2008 Da Domesticação à GARCIA, M. Psico. Artigo Científico/ TAA CURA; O artigo define TAA e aponta a obra de Jerson
Terapia: O Uso de Animais P.; BOTOMÉ, Interação em Relação Dotti (Terapia & Animais) como a mais completa
para Fins Terapêuticos S. P. Psicologia homem- existente no país, sendo sua principal referência
animal para a produção do presente artigo.
7. 2007 Atividades Assistida por GODOY, A. C. Psicope. Artigo Científico/ TAA; Relação Articula as teorias de Decroly e Freinet com os
Animais: aspectos revisivos De S.; Ensaios e Ciência aprendizagem Homem- animais no processo de aprendizagem e AAA.

 
  118
sob um olhar pedagógico DENZIN, S. S. animal Aponta o auxilio no processo de ensino
aprendizagem de todas as crianças
8. 2007 Educação Assistida por CHAVES, R. Psicope. Monografia / EAA; crianças; Def./dif. (Não tive acesso à obra, resumo e/ou comentários.)
Animais: um estudo sobre N. PUC/SP leitura; escrita
a relação das crianças com OBS.: O estudo não foi publicado e não está a
animais e como estes disposição nas bibliotecas da instituição em que foi
podem auxiliar na desenvolvida (PUC/SP).
superação das dificuldades
de leitura e escrita
9. 2007 Terapia com animais: um GIANINI, P. B. Psico. TCC / TAA; homem; Relação (Não tive acesso à obra, resumo e/ou comentários.)
estudo fenomenológico da UNISANTOS animal Homem-
relação homem-animal animal
10. 2006 Emoções humanas na GEORGETTI, Psico. TCC / Centro Animais; Relação A pesquisa explana as emoções e a simbologia dos
interação com animais M. A. M; Universitário de Emoções Homem- animais. Uma pesquisa de campo com 13
TABATSCHNI Santo André animal participantes. O Animal utilizado foi um molusco.
C, J.
11. 2005 Terapia e animais: DOTTI, J. Não Livro/ Editora Animais; AAA; CURA; Este livro é referência para todos os profissionais
Atividade e Terapia Especif. Noética TAA; relação Relação que atuam com TAA, pois é como um guia para o
Assistida por Animais – homem-animal homem- trabalho com TAA, definindo-o e descrevendo
A/TAA. Práticas para animal detalhadamente os procedimentos para a
organizações, profissionais implantação do TAA; relata a responsabilidade,
e voluntários atendimento, cuidado, perfil e especificações dos
animais usados no TAA; destaca algumas doenças
que podem ser beneficiadas com A/TAA. Ainda tem
nos apêndices artigos de diferentes profissionais
sobre TAA, dentre eles “Animais na Escola” da
Professora Dra. Maria de Fátima Martins.
12. 2004 Equoterapia para cegos: SILVA, C. H. Não Livro/ Editora Equoterapia; Def./Dif. A obra ressalta os fundamentos teóricos da
teoria e técnica de Especif. UCDB cegueira equoterapia; os impactos psicológicos e de
atendimento desenvolvimento na pessoas cegas; as implicações
práticas da equoterapia para os cegos. Destacou a
técnica de atendimento desenvolvida durante as
pesquisas e os resultados obtidos.
13. 2003 Animais em sala de aula: FARACO, C. Psico. Dissertação / Sala de aula; Relação O trabalho aborda a intervenção mediada por
um estudo das B. PUC/RS crianças; homem- animais em sala de aula, utilizando diferentes
repercussões psicossociais animais animal espécies de animais nos encontros. Buscou
da intervenção mediada investigar a interferência da presença dos animais,
por animais produzindo modificações no clima do grupo e no
interesse das crianças pelas atividades acadêmicas
14. 2003 O poder curativo dos BECKER, M. Não Livro/ Editora TAA; animais Relação O livro retrata o poder curativo dos animais em
bichos: como aproveitar a Especif. Bertrand Brasil de assistência; homem- diferentes modalidades como câncer, dor crônica,
incrível capacidade dos Equoterapia animal problemas cardíacos, Alzheimer, idosos, vida

 
  119
bichos de manter as sedentária e terapia assistida por animais,
pessoas felizes e abrangendo o cavalo e cachorro. Indica ainda como
saudáveis escolher e qual o melhor animal para diferentes
pessoas (idosos, alérgicos, artrite, diabetes,
TDAH).
15. 1998 Gatos, a emoção de lidar SILVEIRA, N. Não Livro/ Editora Léo Gatos Relação (Obra não encontrada)
Da Especif. Christiano homem-
Editorial animal
Fonte: Referências das publicações do estudo
SIGLAS
Atividade Assistida por Animais (AAA)
Educação Assistida por Animais (EAA)
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP)
Terapia Assistida por Animais (TAA)
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Universidade Católica de Santos (UNISANTOS)
Universidade Extremo Sul Catarinense (UNESC)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Universidade Paulista (UNIP)

ABREVIAÇÕES
Deficiências/Dificuldades (Def./Dif.)
Fisioterapia (Fisio.)
Medicina Veterinária (Med. Vet.)
Não Especificado (Não Especif.)
Psicologia (Psico.)
Psicopedagogia (Psicope.)

Palavras-chave: Terapia animais; terapia assistida animais, equoterapia

 
  120

APÊNDICE I – BASE DE DADOS: LIVRARIAS

N ANO TÍTULO AUTOR CIDADE EDITORA TEMAS TRATADOS OBSERVAÇÕES


(PALAVRAS-CHAVE)
Geral Espec.
1. 2013 Os animais em nossa vida: MCCARDLE, P. São Paulo Papirus TAA; relação CURA; História da relação homem-animal;
família, comunidade e et al. (orgs.) homem-animal Relação benefícios da interação; intervenções
ambientes terapêuticos Homem- terapêuticas; animais em sala de aula;
animal equoterapia.
2. 2013 Equoterapia – WALTER, G. B. Não Atheneu Equoterapia; CURA Concilia a reabilitação com as evidências
Fundamentos Científicos encontrado reabilitação científicas validadas pelas pesquisas e os
comprovados efeitos terapêuticos. Retrata
temas acerca da: Plasticidade Neuronal e
Equoterapia; Equoterapia em Lassidão
Pélvica; Alimentação e Escovação em
Patologias Neurológicas; Equoterapia em
Neuroses e Psicoses; Benefícios no
Tratamento da Esquizofrenia; Equoterapia
como Terapia Complementar na
Dependência Química; Contraindicações
para Equoterapia.
3. 2012 A equoterapia aplicada no BRESLAU, S. L. Não Ideias & Letras Equoterapia; CURA A obra defende a equoterapia como um
tratamento da M. encontrado esquizofrenia método eficiente para combater os sintomas
Esquizofrenia negativos da esquizofrenia, proporcionando
benefícios tanto no aspecto físico, quanto no
psicológico, pois por meio da relação com o
animal, o paciente pode readquirir a
confiança em si mesmo e em sua habilidade
de se relacionar com o mundo exterior.
4. 2011 Terapia Assistida por CAPOTE, P. S. São Carlos Edufscar TAA CURA; Este estudo teve por objetivo verificar o
Animais: Aplicação no de O.; COSTA, Def./Dif. efeito da intervenção com animais (TAA) no
desenvolvimento da M. da P. R. da. desenvolvimento psicomotor de crianças
criança com deficiência com deficiência mental. Após a análise dos
intelectual dados, o estudo concluiu que a TAA traz
benefícios às pessoas com deficiência
mental em relação ao desenvolvimento
motor, motivação e cuidado aos seres vivos.
5. 2010 Terapia fonoaudiológica DOMINGUES, C. São Paulo Educ TAA; Fono.; CURA Breve esboço da relação homem e animal;
assistida por cães M. dificuldades de um pouco da história e da definição de TAA
 
  121
linguagem e da Fonoaudiologia Assistida por Cães;
delineia um perfil de cão terapeuta e as
implicações clínicas da TAA.
6. 2010 Equoterapia: equitação, SEVERO, J. T. São Paulo Senac Equoterapia; Relação O livro reúne textos de diversos especialistas
saúde e educação (org.) saúde; homem- na área de equoterapia. Inicialmente, a obra
educação animal; relata um histórico da relação homem-
CURA cavalo, em seguida descrevem o corpo
humano e as mudanças ocorridas quando
sobre um cavalo; o desenvolvimento dos
equinos e a equoterapia, sua definição,
indicação e utilização em praticantes com
qualquer necessidade especial. Por fim,
retrata as diversas áreas e seu papéis na
equoterapia.
7. 2009 Prática em Equoterapia: ALVES, E. M. R. Rio de Atheneu Equoterapia; CURA; A obra é direcionada basicamente à
uma abordagem Janeiro fisioterapia Relação fisioterapeutas que se iniciam na equoterapia
fisioterápica Homem- e aos que a praticam. Orienta acerca da
Animal unificação da nomenclatura de posturas;
manobras e exercícios aplicados ao
tratamento.
8. 2008 Equoterapia: Noções MEDEIROS, M.; Rio de Revinter Equoterapia Relação Definição, fundamentação teórica e
Elementares e Aspectos DIAS, E. Janeiro Homem- benefícios da equoterapia no desabrochar
NeurocientÍficos Animal das potencialidades do indivíduo, melhora da
auto-estima e no processo de auto-
avaliação, importante na construção da inter-
relações pessoais.

9. 2007 A criança com disfunção MEDEIROS, M. Rio de Revinter Equoterapia; CURA; O livro retrata como a integração da
neuromotora, a equoterapia Janeiro Bobath; Def./Dif. equoterapia e do Bobath ampliam a visão
e o Bobath na prática disfunção terapêutica, contribuindo para o
clínica neuromotora; desenvolvimento da criança com
criança Encefalopatia Crônica da Infância
10. 2007 A terapia ocupacional CASTILHOS, A. Lages Editora do Equoterapia; Relação (Não tive acesso à obra, sinopse e/ou
utilizando o "cuidar do A. Autor T. O.; cuidar Homem- comentários.)
cavalo" como recurso Animal
principal na equoterapia
11. 2007 Prevenção e intervenção HUTZ, C. S. São Paulo Casa do Crianças; Prev. Reúne textos escritos por profissionais
em situações de risco e (org.) Psicólogo adolescentes; doutores, doutorandos e especialistas em
vulnerabilidade situações de Psicologia, que desenvolvem pesquisas nas
(capítulo 7. Terapia risco áreas de que tratam os capítulos. Dentre
Assistida por Animais, TAA: eles a TAA como alternativa terapêutica no
alternativa terapêutica no contexto comunitário.

 
  122
contexto comunitário)
12. 2006 Terapia Assistida por SANTOS, K. C. São Paulo Paulinas TAA; paralisia CURA Baseou-se na experiência e no sucesso da
Animais: Uma Experiência P. T. dos cerebral; terapia com animais nos casos de paralisia
Além da Ciência autismo cerebral e autismo. A função terapêutica
exercida pelo convívio com animais facilita
os diversos tratamentos psíquicos e
fisioterápicos nos aspectos físico, cognitivo,
emocional e social, não substitui a
intervenção direta das demais modalidades
terapêuticas (fisioterapeuta, T. O., psiquiatra,
psicólogo, clínico geral e outros), mas
sempre as complementa com benefícios
psicológicos, pedagógicos e sociais aos
participantes. A obra mostra que a TAA
contribui positivamente nas modalidades
terapêuticas tradicionais utilizadas no
tratamento de crianças/adolescentes/adultos
com necessidades especiais.
13. 2005 Equoterapia: Aplicação em UZUN, A. L. de L. São Paulo Vetor Equoterapia; CURA; A obra contempla o resultado de estudos na
distúrbios do equilíbrio distúrbio do Def./Dif. área neurológica, a experiência prática e a
equilíbrio vivência da autora em equipe interdisciplinar
dentro da Equoterapia. Apresenta um painel
geral sobre os distúrbios do equilíbrio, e
informações valiosas sobre as possibilidades
de atuação da equoterapia.
14. 2005 Fisioterapia na SANTOS, S. L. Não Ideias & Letras Equoterapia; Relação (Não tive acesso à obra, sinopse e/ou
Equoterapia: Análise de M. dos encontrado Fisioterapia homem- comentários)
seus efeitos sobre o animal
Portador de Necessidades
Especiais
15. 2004 Psicomotricidade na LERMONTOV, T. Aparecida Ideias & Letras Equoterapia; CURA O livro conceitua a psicomotricidade e a
equoterapia Psicomotricida equoterapia, analisando a relação direta de
de uma terapia com a outra. Descreve, também,
exercícios psicomotores realizados na
equoterapia e com o detalhamento de um
caso clínico.
16. 2003 O poder curativo dos BECKER, M. Rio de Bertrand Brasil TAA; animais Relação O livro retrata o poder curativo dos animais
bichos: como aproveitar a Janeiro de assistência; homem- em diferentes modalidades como câncer, dor
incrível capacidade dos Equoterapia animal crônica, problemas cardíacos, Alzheimer,
bichos de manter as idosos, vida sedentária e terapia assistida
pessoas felizes e por animais, abrangendo o cavalo e
saudáveis cachorro. Indica ainda como escolher e qual

 
  123
o melhor animal para diferentes pessoas
(idosos, alérgicos, artrite, diabetes, TDAH).
17. 2003 Distúrbio de Aprendizagem: MEDEIROS, M. Rio de Revinter Equoterapia; Relação A obra ressalta os inúmeros benefícios da
A Equoterapia Na Janeiro Distúrbio de homem- Equoterapia e suas possibilidades de
Otimização do ambiente aprendizagem animal; atuação, em especial, com pessoas com
terapêutico Def./Dif. distúrbio de aprendizagem.

18. 2002 Equoterapia: Bases e MEDEIROS, M.; Rio de Revinter Equoterapia Relação Histórico, definição e fundamentos teóricos
fundamentos DIAS, E. Janeiro homem- da equoterapia.
animal;

19. 1999 Equoterapia teoria e FREIRE, H. B. G. São Paulo Vetor Equoterapia; Def./Dif. Histórico, definição, fundamentos teóricos e
técnica: uma experiência Autismo indicação de equoterapia; definição,
com crianças autistas diagnóstico e manifestação do autismo;
aplicação da equoterapia em crianças com
autismo.

SIGLAS
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Terapia Assistida por Animais (TAA)

ABREVIAÇÕES
Deficiências/ Dificuldades (Def./Dif.)
Fonoaudiologia (Fono.)
Organizador (Org.)
Prevenção (Prev.)
Terapia Ocupacional (T. O.)

Palavras-chave: Terapia animais; terapia assistida animais, equoterapia.

 
  124
APÊNDICE J – BASE DE DADOS: AUTORES

N ANO TÍTULO AUTOR CIDADE EDITORA TEMAS TRATADOS OBSERVAÇÕES


(PALAVRAS-CHAVE)
Geral Espec.
1. 2013 Os animais e seu poder SANTOS, L. P. São Paulo Exceção Equoterapia; CURA Definição e trabalhos desenvolvidos com
terapêutico: atividades e TAA; AAA equoterapia, exemplo de trabalhos
publicações desenvolvidos, estudos na área,
possibilidades de atividades e animais
usados no atendimento.
2. 2012 Kion Branquelo, Joe ISSA, L. São Paulo All print TAA; EAA Def./Dif. A autora conta um pouco do cotidiano do seu
Caramelo & Amigos: as consultório no atendimento a seus pacientes
aventuras e o trabalho de com o auxilio dos seus cães terapeutas. É
quatro cães terapeutas importante destacar que a autora é
psicopedagoga e a maioria dos seus
pacientes apresentam queixas sobre o
desemprenho escolar.

SIGLAS
Atividade Assistida por Animais (AAA)
Educação Assistida por Animais (EAA)
Terapia Assistida por Animais (TAA)

ABREVIAÇÕES
Deficiências/ Dificuldades (Def./Dif.)

 
  125

APÊNDICE K – ARTIGOS CIENTÍFICOS

N ANO TÍTULO DO ARTIGO AUTOR ÁREA NOME DO QUA FONTE TEMAS TRATADOS OBSERVAÇÕES
PERIÓDICO LIS (PALAVRAS-CHAVE)
Geral Espec.
1. Set., Estabilidade PÉRICO, B. C. Ed. Motriz: Revista B1 Lilacs; Cão; Prev. Avalia influência da percepção háptica na
2013 locomotora durante a et al. Física de Educação Scielo estabilidade estabilidade locomotora do ser humano
condução de um cão Física durante a condução de um cão com uma
guia. Na pesquisa adultos com e sem
restrição da visão, andaram sobre uma
trave de equilíbrio sozinhos, ou, com uma
guia, conduzindo um cão sobre um banco
estreito ao lado. Os participantes que
caminharam conduzindo o cão privados
da visão, tiveram o desempenho
locomotor melhor em relação aos
participantes que realizaram a mesma
atividade sem o cão.
2. Jul.- A aquisição da TORQUATO, Fisio. Fisioterapia B3 Lilacs; Crianças com Def./Dif. O estudo buscou verificar a aquisição de
Set. motricidade em J. A. em Movimento Scielo síndrome de marcos motores em 33 crianças com
2013 crianças portadoras de Down; Equo.; Síndrome de Down que realizam a
Síndrome de Down Fisio.; equoterapia ou fisioterapia convencional.
que realizam motricidade Constatou-se que as crianças que
fisioterapia ou realizam fisioterapia apresentam melhor
praticam equoterapia equilíbrio estático e dinâmico do que
indivíduos que realizam equoterapia. A
fisioterapia convencional teve influência
positiva na obtenção das aquisições
motoras e do equilíbrio estático e dinâmico
em portadores de Síndrome de Down.
3. Mar., Efeito da equoterapia MENEZES, K. Fisio. Fisioterapia e B3 Lilacs; Equo. Def./Dif. O estudo verificou se a estimulação por
2013 na estabilidade M. et al. Pesquisa Scielo meio da equoterapia é capaz de
postural de portadores desencadear alterações no controle
de esclerose múltipla: postural de portadores de esclerose
estudo preliminar múltipla. Concluiu-se que a adaptação
funcional proporcionada pela equoterapia
foi capaz de melhorar a estabilidade
postural dos portadores de esclerose
múltipla.

 
  126
4. 2012 Curadores naturais: REED, R.; Enferm. Revista Latino- A1 Scielo TAA; AAA; CURA; O estudo consiste numa revisão de 18
uma revisão da terapia FERRER, L.; Americana de doenças Def./Dif. artigos sobre o atendimento de TAA com
e atividades assistidas VILLEGAS, N. Enfermagem crônicas pessoas que tinham doenças crônicas
por animais como (Câncer, HIV, esquizofrenia, etc). Tem por
tratamento objetivo descrever a literatura existente
complementar de sobre o uso de TAA e AAA como terapia
doenças crônicas adjuvante em pessoas vivendo com
doenças crônicas e discutir a possível
aplicação desta prática em crianças com
HIV. Constatou-se que a interação com
cães incrementa comportamentos
positivos como aumento da sensibilidade
e atenção nas crianças com deficiência
social, bem como também reduz os níveis
de dor.
5. Jun., Avaliação fisiológica e YAMAMOTO, Med. Arquivo A2 Scielo TAA; cães Relação Este trabalho teve como objetivo analisar
2012 comportamental de K.C.M. et al. Vet. Brasileiro de homem- os efeitos da TAA em nove cães
cães utilizados em Medicina animal terapeutas na hipótese de que tal
terapia assistida por Veterinária e atividade possa desencadear estresse. A
animais (TAA). Zootecnia avaliação comportamental, realizada de
maneira descritiva, não apresentou
alteração negativa significativa.
6. Set.- Efeito da equoterapia ARAUJO, T. Fisio. Revista B1 Lilacs Equo.; idosos Relação A pesquisa buscou verificar se a
Out. no equilíbrio postural B. et al. Brasileira de homem- equoterapia é capaz de produzir
2011 de idosos Fisioterapia animal alterações no equilíbrio de idosos. O
tratamento realizado foi suficiente para
apontar uma redução no risco de quedas
em idosos.
7. Mar., Protocolo do SILVEIRA, I. Enferm. Revista da B3 Lilacs; Assistência CURA Segundo a pesquisa, a Assistência
2011 Programa de R.; SANTOS, Escola de Scielo Auxiliada por Auxiliada por Animais consiste na
Assistência Auxiliada N. C.; Enfermagem Animais; visitação e recreação por meio do contato
por Animais no LINHARES, D. da USP Protocolo; com animais, propondo o entretenimento e
Hospital Universitário R. Hospital; a melhora no relacionamento interpessoal
Animais entre pacientes e equipe. Teve por
objetivo descrever pontos importantes do
protocolo (projeto) de implementação do
programa.
8. Dez. A equoterapia no PRESTES, D. Não Ciências & B2 BVS-Psi Equo.; criança; Relação O estudo visou investigar os benefícios da
2010 desenvolvimento B.; WEISS, S.; Espec. Cognição dificuldade de homem- equoterapia no desenvolvimento motor e
motor e ARAÚJO, J. C. aprendizagem animal autopercepção de crianças da quarta série
autopercepção de O. do ensino fundamental com dificuldade de
escolares com aprendizagem. Observou-se que os

 
  127
dificuldade de sujeitos pesquisados tiveram grandes
aprendizagem avanços em diferentes áreas do
desenvolvimento. Os pesquisadores
acreditam que tal efeito se deva ao
ambiente equoterápico.
9. Jan.- Variabilidade da NEGRI, A. P.; Fisio. Terapia B3 Lilacs Equo.; PC; FC Relação A pesquisa teve por objetivo avaliar e
Fev. frequência cardíaca Manual homem- comparar o comportamento da frequência
2010 em praticantes de animal cardíaca (FC) de repouso e sua
equoterapia com variabilidade entre crianças com paralisia
paralisia cerebral cerebral (PC) e com desenvolvimento
motor adequado e verificar a influência da
equoterapia sobre a modulação
autonômica da FC das crianças com PC.
Os dados obtidos das crianças com PC
mostraram que a disfunção influencia
negativamente os valores da FC de
repouso e a modulação autonômica da
FC, resultando em menor atividade
parassimpática quando comparadas às
crianças com desenvolvimento motor
adequado da mesma faixa-etária.
Também conclui-se que uma sessão de
30 minutos de equoterapia não promove
influência.
10. Jan.- A equoterapia no ARAUJO, A. Fisio. Fisioterapia B3 Lilacs Criança com CURA Este estudo descritivo teve como
Fev. tratamento de crianças E. R. A. e; Brasil PC; Equo.; propósito avaliar mudanças posturais em
2010 com paralisia cerebral RIBEIRO, V. mudanças 27 crianças com paralisia cerebral após
no Nordeste do Brasil S.; SILVA, B. posturais; participação em programa de equoterapia
T. F. da ao longo de um ano, em 2006 e 2007.
Mudanças posturais significativas foram
obtidas, o que pode servir de incentivo
para que esta prática seja difundida pelo
Sistema Único de Saúde para o
tratamento de crianças com paralisia
cerebral
11. 2010 Equoterapia na SANCHES, S. Fisio. Fisioterapia e B2 Scielo; Equo.; CURA A pesquisa consiste num estudo de caso
reabilitação da M. N.; Pesquisa Lilacs meningoencef de uma menina de 3 anos com
meningoencefalocele: VASCONCEL alocele; Meningoencefalocele submetida a 18
estudo de caso OS, L. A. de P. equilíbrio sessões de equoterapia (em 3 fases:
postural; montaria, alimentação e escovação). O
desempenho Estudo buscou verificar os efeitos desse
psicomotor tratamento no equilíbrio, coordenação

 
  128
motora e funcionalidade de uma criança
com meningoencefalocele. A equoterapia
melhorou de maneira significativa o
equilíbrio e a coordenação motora da
criança, o que se refletiu no controle de
movimentos funcionais básicos para a
realização de atividades de vida diária.
12. Set.- A influência da NEGRI, A. P. Fisio. Terapia B3 Lilacs Equo.; PC; FC CURA O objetivo desse estudo foi avaliar e
Out. equoterapia na et al Manual comparar o comportamento da frequência
2009 modulação cardíaca (FC) de repouso e sua
autonômica da variabilidade entre crianças com paralisia
frequência cardíaca de cerebral (PC) e com desenvolvimento
crianças com paralisia motor típico, e verificar a influência da
cerebral equoterapia sobre modulação autonômica
da FC das crianças com PC. Os dados
obtidos das crianças portadoras de PC
mostraram que a disfunção influencia
negativamente nos valores da FC de
repouso e na modulação autonômica da
FC, resultando em menor atividade
parassimpática quando comparada às
crianças com desenvolvimento motor
típico da mesma faixa etária e que uma
sessão de 30 minutos de equoterapia não
influenciou nas respostas da FC e de sua
variabilidade nas crianças com PC.
13. Ago. Desenvolvimento e KOBAYASHI, Enferm. Revista B3 Scielo TAA; Projeto CURA; O artigo é um relato da experiência da
2009 implantação da C. T. et al. Brasileira de Amicão; TAA Diretoria de Enfermagem do Hospital São
Terapia Assistida por Enfermagem pacientes; Paulo da Universidade Federal de São
Animais em hospital hospital; Paulo no desenvolvimento e implantação
universitário atendimento da TAA, como um de seus projetos de
humanizado humanização hospitalar (Projeto Amicão).
O projeto tinha o objetivo de proporcionar
aos pacientes uma experiência positiva
diferente da rotina do ambiente hospitalar.
Os resultados alcançados entre pacientes,
acompanhantes e profissionais da saúde
foram positivos, além de despertar a
atenção e o interesse de outras
instituições de saúde e da mídia.
14. Set.- O uso da equoterapia TOIGO, T.; Fisio. Revista B3 Lilacs Equo.; terceira CURA O estudo mensurou a melhora do
Dez. como recurso LEAL Brasileira de idade; equilíbrio estático em dez indivíduos da

 
  129
2008 terapêutico para JÚNIOR, E. C. Geriatria e equilíbrio terceira idade com a prática da
melhora do equilíbrio P.; ÁVILA, S. Gerontologia equoterapia. A equoterapia foi capaz de
estático em indivíduos N. melhorar o equilíbrio estático e,
da terceira idade consequentemente, diminuir a
possibilidade de queda.
15. 2008 Da Domesticação à GARCIA, M. Psico. Interação em A2 Refer. TAA CURA; O artigo define TAA e aponta a obra de
Terapia: o uso de P.; BOTOMÉ, Psicologia Relação Jerson Dotti (Terapia & Animais) como a
animais para fins S. P. homem- mais completa existente no país, sendo
terapêuticos animal sua principal referência para a produção
do presente artigo.
16. Nov.- Comportamento COPETTI, F. Fisio. Revista B1 Lilacs; Criança com CURA; A pesquisa buscou verificar o efeito de um
Dez. angular do andar de et al. Brasileira de Scielo síndrome de Def./Dif. programa de equoterapia no
2007 crianças com Fisioterapia Down; Equo. comportamento angular do tornozelo e
síndrome de Down joelho de três crianças com síndrome de
após intervenção com Down. Após as intervenções observaram
equoterapia que a equoterapia promoveu alterações
positivas no comportamento angular da
articulação do tornozelo, com pouco efeito
sobre o joelho.
17. 2007 Atividades Assistida GODOY, A. C. Psicope. Ensaios e B3 Refer. TAA; Relação Articula as teorias de Decroly e Freinet
por Animais: aspectos De S.; Ciência aprendizagem Homem- com os animais no processo de
revisivos sob um olhar DENZIN, S. S. animal aprendizagem e AAA. Aponta o auxilio no
pedagógico processo de ensino aprendizagem de
todas as crianças
18. Set.- A influência da COIMBRA, S. Fisio. Fisioterapia B3 Lilacs Equo.; CURA; Este estudo consiste em uma análise da
Out. equoterapia no A. L. et al. Brasil Encefalopatia Def./Dif. interferência da Equoterapia no equilíbrio
2006 equilíbrio estático e Não estático e dinâmico em um paciente
dinâmico: Progressiva portador de Encefalopatia Não
apresentação de caso Crônica Progressiva Crônica do tipo diparético
clínico de espástico com 5 anos de idade. Os dados
encefalopatia não coletados permitem concluir que uma
progressiva crônica do sessão semanal de 30 minutos com o
tipo diparético animal a passo influencia positivamente o
espástico equilíbrio estático e dinâmico da criança,
aprimorando, desta forma, suas
habilidades motoras e contribuindo para o
prognóstico de marcha.
19. Jul.- Equoterapia: suas MARCELINO, Psico. Estudos de A2 BVS- Equo.; Def./Dif. A pesquisa teve o objetivo compreender
Set. repercussões nas J. F. de Q.; Psicologia Psi; prematuridade as repercussões do tratamento
2006 relações familiares da MELO, Z. M. Scielo; ; criança; equoterápico e seus elementos
criança com atraso de de Lilacs; intervenientes no desenvolvimento
desenvolvimento por socioafetivo da criança com atraso global

 
  130
prematuridade por prematuridade. O estudo ressaltou
uma melhora da criança no aspecto
socioafetivo, repercutindo nas relações
familiares.
20. Mar.- Atuação da DIAS, M. N. Não Revista B2 Lilacs Equo.; CURA; O objetivo desse estudo é investigar se a
Abril equoterapia na A.; FORTES, espec. Brasileira de espondilite Def./Dif. equoterapia pode ser utilizada como
2005 espondilite C. E. A.; DIAS, Reumatologia anquilosante; terapêutica auxiliar na espondilite
anquilosante R. P. anquilosante. Com a prática da
equoterapia os dois pacientes, portadores
de espondilite anquilosante participantes
do estudo, apresentaram melhora das
queixas subjetivas, das atividades da vida
diária e dos parâmetros objetivos
avaliados. Não foram observadas
alterações que causassem a piora do
quadro clínico dos pacientes ou que lhe
provocassem efeitos maléficos, durante a
prática da equoterapia. Deste modo, a
equoterapia mostrou-se como mais um
recurso disponível na terapêutica da
espondilite anquilosante, com resultados
satisfatórios.
21. 2005 Assistência BUSSOTTI, E. Enferm. Revista da B3 Scielo Enfermagem; CURA É um estudo de caso, referente aos
individualizada: posso et al. Escola de terapia efeitos positivos de uma única visita de um
trazer meu cachorro? Enfermagem alternativa; cachorro ao hospital em que sua dona,
da USP TAA; uma adolescente portadora de leucemia,
adolescente fazia tratamento e estava internada há 2
internado meses.
22. 2004 Discussão sobre o SILVA, C. H.; Psico. Psic B2 BVS- Crianças Def./Dif. O estudo buscou verificar se a
efeito positivo da GRUBITS, S. Psi; cegas; equo. equoterapia proporciona as crianças (5-11
equoterapia em Pepsic anos) cegas uma melhora nos aspectos
crianças cegas motores, cognitivos, afetivos e de
relacionamento. O processo mostrou que
a equoterapia proporciona melhoras nos
aspectos motores, cognitivos e
emocionais.
23. Jun. Relato de experiência: KAWAKAMI, Enferm. Nursing (São A1 Scielo TAA; relações CURA Este trabalho é um relato de experiência
2003 Terapia Assistida por C. H.; Paulo) enfermeiro- sobre os benefícios conseguidos por meio
Animais (TAA) – mais NAKANO, C. paciente da TAA em quatro instituições de saúde (1
um recurso na K. casa especializada em educação especial
comunicação entre para crianças com diversas síndromes; 1
paciente e enfermeiro que abriga idosos abandonados ou sem

 
  131
família; 1 que oferece apoio para crianças
com câncer; 1 que abriga e dá assistência
à crianças aidéticas) da cidade de São
Paulo. Observou-se que a visita de
animais possibilitou aos pacientes mais
alegria, mais disposição, mais diálogo
entre si e com os voluntários/profissionais.
24. Jan.- O efeito da BOTELHO, L. Não Medicina de B4 Lilacs Equo.; PC; Def./Dif. O objetivo deste estudo foi analisar os
Abril equoterapia na A. de A.; espec. Reabilitação lesão medular efeitos da hipoterapia na espasticidade de
2003 espasticidade dos OLIVEIRA, B. pacientes com paralisia cerebral (10) e
membros inferiores G. de; lesão medular (4). Todos os pacientes
SOUZA, S. R. tiveram melhora da espasticidade
N. de. graduada pela escala de Ashworth
modificada.
25. 2002 Cães-terapeutas: o MINERBO, M. Psico. Estilos da B1 BVS-Psi Paciente; Relação O artigo consiste num relato e análise dos
enquadre a serviço do clínica (USP) cães; TAA Homem- atendimentos feitos a uma paciente que
método na análise de animal ama animais, assim a terapeuta faz uso
uma adolescente da TAA, com intuito de criar um vínculo
terapeuta-paciente.
26. Dez. Equoterapia: SEVERO, J. T. Não Revista Acta B2 Lilacs Equo.; Prev. O artigo descreve o que é terapia e como
1997 equitação que espec. Fisiátrica equitação; ela é aplicada, as indicações e contra-
promove a saúde e a exercícios; indicações na saúde e como apoia a ação
educação saúde; pedagógica
educação
Fontes: BVS-Psi; Lilacs; Pepsic; Referências; Scielo.

SIGLAS
Atividade Assistida por Animais (AAA)
Frequência Cardíaca (FC)
Paralisia Cerebral (PC)
Terapia Assistida por Animais (TAA)
Universidade de São Paulo (USP)

 
  132

ABREVIAÇÕES
Deficiências/Dificuldades (Def./Dif.)
Educação Física (Ed. Física)
Enfermagem (Enferm.)
Equoterapia (Equo.)
Fisioterapia (Fisio.)
Medicina Veterinária (Med. Vet.)
Não Especificado (Não espec.)
Prevenção (Prev.)
Psicologia (Psico.)
Psicopedagogia (Psicope.)
Referências (Refer.)

Palavras-chave: Terapia animais; terapia assistida animais, equoterapia

 
  133

APÊNDICE L – TCC / MONOGRAFIAS

N ANO TÍTULO DO AUTOR ÁREA TIPO / FONTE TEMAS TRATADOS OBSERVAÇÕES


TRABALHO CIENTÍFICO INSTITUIÇÃO (PALAVRAS-CHAVE)
Geral Espec.
1. 2010 As contribuições da TAA – CAETANO, E. Psico. TCC / UNESC Refer. TAA, Relação Retrata um pouco da historia da
Terapia Assistida por C. S. Psico. homem- relação homem-animal e da TAA. É
Animais à Psicologia animal uma pesquisa bibliográfica
2. 2009 Benefícios e implicações FERNANDES, Psico. e Monografia / Bibliot. TAA; Relação O objetivo do estudo é investigar e
emocionais decorrentes da A. T. de J. Saúde PUC/SP animais; homem- refletir sobre o uso terapêutico do
Terapia Assistida por hospitaliz animal animal de estimação no processo de
Animais no contexto ação hospitalização infantil e sua
hospitalar repercussão na condição emocional
da criança. Ressaltando na pesquisa
a historia e os benefícios da relação
homem-animal e da TAA, e alcances
e limitações dessa terapia. Trata-se
de uma pesquisa de análise
comparativa entre as obras já
publicadas a respeito da temática (3
livros, teses, artigos)
3. 2009 Os efeitos da Fisioterapia MAGALHÃES, Fisio. TCC /UNAMA Bibliot. TAA; Relação O objetivo da pesquisa foi avaliar os
Assistida por Animais na A. M.; UNAMA Fisio.; homem- efeitos da Fisioterapia Assistida por
qualidade de vida de LIRA, K. de S.; Idosos; animal Animais na qualidade de vida de
idosos sedentários MORAES, L. sedentari idosos sedentários. Para isso foi
O. smo aplicado testes para avaliar
equilíbrio, capacidade funcional e
qualidade de vida dos idosos. Os
resultados da pesquisa comprovam
significância estatística da aplicação
da terapia nos idosos estudados.
4. 2008 Atividade e Terapia LIMA, R. B. A. Medic. TCC / UNIP Refer. AAA; TAA CURA; (Não tive acesso à obra, resumo
Assistida por Animais Vet. e/ou comentários.)
5. 2008 Equoterapia e Transtorno ESCOBAR, C. Psico. TCC / UCDB BVS-Psi Equo.; Def./dif. A pesquisa define equoterapia e os
de Déficit de Atenção / S. crianças efeitos destacados em estudos
Hiperatividade [TDAH] com anteriores. Apresenta como objetivo
TDAH verificar mudanças no
comportamento de 3 crianças com
TDAH em ambiente familiar e

 
  134
escolar, após quatro meses de
tratamento em Equoterapia. O
estudo percebeu melhoras
significativas em relação atenção,
capacidade de concentração,
desempenho escolar, disciplina,
respeito à individualidade das
pessoas, comportamento hiperativo
e socialização.
6. 2008 Fisioterapia Assistida por GONÇALVES, Fisio. TCC / Faculdade Refer. TAA; Relação Pesquisa bibliográfica que retrata a
Animais (FAA) em crianças D. A. Anhanguera de Fisio. homem- relação homem animal, o que é TAA,
e adolescentes Taubaté animal como atua na fisioterapia.
7. 2007 Educação Assistida por CHAVES, R. Psicope. Monografia / Refer. EAA; Def./dif. (Não tive acesso à obra, resumo
Animais: um estudo sobre N. PUC/SP crianças; e/ou comentários.)
a relação das crianças com leitura;
animais e como estes escrita OBS.: O estudo não foi publicado e
podem auxiliar na não está a disposição nas bibliotecas
superação das dificuldades da instituição em que foi
de leitura e escrita desenvolvida (PUCSP).
8. 2007 Terapia com animais: um GIANINI, P. B. Psico. TCC / UNISANTOS Refer. TAA; Relação (Não tive acesso à obra, resumo
estudo fenomenológico da homem; Homem- e/ou comentários.)
relação homem-animal animal animal
9. 2006 Emoções humanas na GEORGETTI, Psico. TCC / Centro Refer. Animais; Relação A pesquisa explana as emoções e a
interação com animais M. A. M; Universitário de Emoções Homem- simbologia dos animais. Uma
TABATSCHNI Santo André animal pesquisa de campo com 13
C, J. participantes. O Animal utilizado foi
um molusco.
10. 2004 Intervenção com animais ARAUJO, A. Psico. TCC / PUC/SP Bibliot. TAA; cão; Relação A pesquisa buscou compreender o
de estimação e a rede H. De idoso homem- impacto na qualidade de vida de
social de idosos animal idosos institucionalizados decorrente
institucionalizados de sua interação com cães. A
pesquisadora entrevistou 6 idosos
participantes do Projeto Cão do
Idoso, destacou a importância e
benefícios do contato homem-animal
Fonte: BVS-PSI: Index Psi TCCs; Bibliotecas; Referências.

 
  135

SIGLAS
Atividade Assistida por Animais (AAA)
Educação Assistida por Animais (EAA)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP)
Terapia Assistida por Animais (TAA)
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Universidade Católica de Santos (UNISANTOS)
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
Universidade da Amazônia (UNAMA)
Universidade Extremo Sul Catarinense (UNESC)
Universidade Paulista (UNIP)

ABREVIAÇÕES
Biblioteca (Bibliot.)
Deficiências/Dificuldades (Def./Dif.)
Equoterapia (Equo.)
Fisioterapia (Fisio.)
Medicina Veterinária (Med. Vet.)
Psicologia (Psico.)
Psicopedagogia (Psicope.)
Referências (Refer.)

Palavras-chave: Terapia animais; terapia assistida animais, equoterapia

 
  136
APÊNDICE M – DISSERTAÇÕES / TESES

 
N ANO TÍTULO DO AUTOR ÁREA / TIPO / FONTE TEMAS TRATADOS OBSERVAÇÕES
TRABALHO PROG. INSTITUIÇÃO (PALAVRAS-CHAVE)
CIENTÍFICO Geral Espec.
1. 2011 Terapia assistida por CASTRO, L. Psico. Dissertação / Bibliot. TAA; luto; CURA; O pesquisa refere-se a um estudo de caso de
animais como P. De Clinica PUC/SP terapia; def./dif. um menino de 7 anos, que em sua curta vida
recurso terapêutico família; teoria sofreu sucessivas perdas (pai, avós paternos,
no atendimento a do apego gato e cachorro). Objetivou-se “compreender
crianças enlutadas as implicações da inserção de um cão co-
terapeuta no processo psicodiagnóstico de
crianças enlutadas”. A autora define o TAA, o
preparo do cão co-terapeuta e as normas que
seguiu para o uso de animais em contextos
terapêuticos.
2. 2011 Terapia assistida por VIVALDINI, V. Psico. Dissertação / BVS-Psi DI; TAA; Relação A pesquisa teve o objetivo de avaliar a
animais: uma H. UMESP terapeutas homem- sociabilização da criança/adolescente com
abordagem lúdica (adestradores animal Deficiência Intelectual (DI) em TAA, e verificar
em reabilitação e profissionais a opinião de pais/responsáveis e terapeutas
clínica de pessoas treinados para sobre essa terapia. O estudo abrangeu 46
com deficiência o atendimento sujeitos (20 pacientes, 20 pais e/ou
intelectual em TAA) responsáveis e 6 terapeutas). Os resultados
apontam a validade da TAA como facilitadora
da sociabilização das crianças/adolescentes
com DI, aumento de sua motivação e
engajamento às intervenções, assim como
também repercussões positivas à autonomia,
em seu humor e em sua organização cognitiva
temporal e narrativa linguística.
3. 2010 Análise dos efeitos OLIVEIRA, W. Patologia Dissertação/ Domínio Equoterapia; CURA; O objetivo da pesquisa foi analisar os efeitos
da equoterapia em R. de Geral UFTM Público síndrome de Relação da equoterapia na função motora grossa de
pessoas com Down; Função homem- pessoas com Síndrome de Down. Após 20
Síndrome de Down motora grossa animal; sessões de equoterapia, foi verificado um
aumento significativo nas variáveis B (sentar),
C (engatinhar e ajoelhar), D (em pé) e E
(andar, correr e pular). Este trabalho ressalta o
papel da equoterapia no aprimoramento da
função motora grossa de pessoas com
Síndrome de Down. Também mostra que além
da idade, outros aspectos podem interferir no

 
  137
desenvolvimento da função motora grossa.
4. 2009 Terapia assistida por CAPOTE, P. Ed. Esp. Dissertação / Domínio TAA; CURA Este estudo teve por objetivo verificar o efeito
animais (TAA) e S. de O. UFSCAR Público deficiência da intervenção com animais (TAA) no
deficiência mental: mental; desenvolvimento psicomotor de crianças com
análise do desenvolvimen deficiência mental. Após a análise dos dados,
desenvolvimento to motor o estudo concluiu que a TAA traz benefícios
psicomotor às pessoas com deficiência mental em relação
ao desenvolvimento motor, motivação e
cuidado aos seres vivos.
5. 2009 A repercussão da JUSTI, J. Psico. da Dissertação / Domínio Equo.; atraso Def./dif. A pesquisa buscou estimular processos
equoterapia na saúde UCDB Público de linguagem dimensionais da linguagem na associação de
estimulação das dois procedimentos terapêuticos, Equoterapia
dimensões da e terapia fonoaudiológica, para crianças
linguagem infantil diagnosticadas com atraso de linguagem. A
avaliação pré-intervenção equoterápica
constatou prejuízos sintáticos, semânticos e
pragmáticos dos integrantes. Os dados
coletados pós-intervenção demonstraram
melhoras para os participantes nas três
dimensões estudadas. Os participantes deste
estudo obtiveram crescente número de
palavras emitidas espontaneamente durante
as terapias. Houve desenvolvimento em
aspectos psicomotores, perceptuais,
cognitivos e de desenvolvimento verbal.
6. 2009 Classes de GARCIA, M. Psico. Dissertação / Refer. Relação Relação Buscou responder a pergunta: “Quais as
comportamentos P. UFSC Homem- Homem- classes de comportamentos constituintes de
constituintes de animal; TAA; animal intervenções de psicólogos no subcampo de
intervenções de psicoterapia atuação profissional de psicoterapia com apoio
psicólogos no com cães de cães?”. Foram identificadas 196 classes
subcampo de que foram distribuídas em quatro classes mais
atuação profissional gerais de comportamentos. Tais classes de
de psicoterapia com comportamentos são o começo de uma
apoio de cães caracterização do que compõe uma
intervenção de psicoterapia com apoio de
cães e como ela pode ser feita, bem como o
que pode ser ensinado a aprendizes para
formar pessoas capazes de realizar esse
trabalho. Enfim, é uma pesquisa
extremamente grande e densa, sobre o uso de
cães na terapia.
7. 2008 Efeitos da ESPINDULA, Patologia Dissertação / Domínio Equo.; autismo CURA O estudo visou analisar em nove praticantes

 
  138
equoterapia em A. P. Geral UFTM Público autistas submetidas à Equoterapia os
praticantes autistas possíveis efeitos relacionados: a função
neuropsicomotora; a percepção do meio
externo; ao ajuste tônico-postural e
comunicação. A Equoterapia é um método
eficaz já que com ela conseguimos
proporcionar aos praticantes autistas melhoras
após os estudos realizados nas áreas
relacionadas à Percepção Auditiva;
Desenvolvimento na Sessão de Equoterapia;
Área Emocional; Percepção Temporal;
Desenvolvimento Perceptivo; Percepção
Espacial e Tátil. Porém vale ressaltar que essa
evolução é variável de acordo com a fase de
desenvolvimento de cada criança. O estudo
confirma que a Equoterapia promove nos
praticantes autistas melhoras na qualidade de
vida; proporcionando-lhes confiança e ganho
da autoestima.
8. 2007 Terapia DOMINGUES, Fono. Dissertação / Bibliot. Fono.; TAA; CURA A pesquisa buscou investigar os possíveis
Fonoaudiológica C. M. PUC/SP Cães efeitos advindos da relação terapeuta-
Assistida por Cães: paciente-cão no atendimento à criança com
Estudo de casos distúrbio de linguagem. Em todos os casos
clínicos acompanhados observou-se que a presença
do cão favoreceu a interação
terapeuta/paciente, intensificou a atividade
dialógica entre o par, a gestualidade e a
movimentação corporal comunicativamente
eficientes dos pacientes, a motivação para
escrever e ler. Em síntese ocorreu a
diminuição e a superação dos sintomas
manifestos na linguagem oral e/ou gráfica,
além de mobilização da afetividade positiva
dos pacientes.
9. 2007 A Equoterapia na ARAUJO, A. Saúde Dissertação / Domínio Equo., CURA A pesquisa avaliou os benefícios posturais em
reabilitação de E. R. de A. e Materno UFMA Público crianças com 27 crianças com paralisia cerebral após a
crianças portadora Infantil paralisia participação num programa de equoterapia
de paralisia cerebral cerebral durante um ano. Verificou-se benefícios
posturais estatisticamente significantes em
todos os segmentos corporais; especialmente
naqueles que apresentaram as piores
condições de assimetria antes do tratamento;
 
  139
como o tronco e pélvis. Concluiu-se que a
equoterapia influenciou positivamente no
ajuste postural assim como no equilíbrio
estático e dinâmico da criança; aprimorando
desta forma; suas habilidades motoras e
contribuindo para o prognóstico de marcha
10. 2007 A prática da MOTTI, G. S. Psico. da Dissertação / Domínio Equo.; CURA Buscou avaliar as possibilidades da utilização
equoterapia como Saúde UCDB Público ansiedade da equoterapia enquanto recurso terapêutico
tratamento para no tratamento de indivíduos com diagnóstico
pessoas com de Transtorno de Ansiedade Generalizada.
ansiedade Após cinco meses de intervenção
equoterápica, as participantes apresentaram
melhoras nos sintomas da ansiedade, na
relação afetiva, autocontrole, autoconfiança e
descontração. Logo, observou-se que a
equoterapia é um recurso terapêutico válido
para o tratamento da ansiedade generalizada
e um trabalho intensivo poderá proporcionar
maiores benefícios.
11. 2006 Adolescentes com ALTHAUSEN, Psico. Dissertação / BVS-Psi Criança/adoles Def./dif. O estudo avaliou através do TAA o nível de
síndrome de Down e S. USP cente com sociabilização no comportamento da
cães: compreensão síndrome de criança/adolescente com deficiência
e possibilidades de Down; TAA; intelectual. A pesquisa envolveu 46 sujeitos
intervenção intervenção (pacientes, pais e profissionais). Os resultados
lúdica; apontam a validade da TAA como facilitadora
sociabilização da sociabilização das crianças/adolescentes
com deficiência intelectual, com aumento da
motivação e engajamento às intervenções,
assim como, com repercussões positivas em
sua autonomia, humor, organização cognitiva
temporal e narrativa linguística.
12. 2006 A repercussão da RIBEIRO, R. Psico. Dissertação / Domínio Equo.; Lesão Relação O objetivo do estudo foi avaliar a possível
equoterapia na P. UCDB Público Medular homem- influência da equoterapia na qualidade de vida
qualidade de vida da Traumática animal dos portadores de Lesão Medular Traumática.
pessoa portadora de Os participantes investigados apresentaram,
lesão medular após a intervenção equoterápica, uma melhor
traumática qualidade de vida, tanto nos domínios do
componente físico, quanto do mental,
independente do sexo, idade, nível e tempo de
lesão. Esse recurso terapêutico melhora a
percepção de saúde global de pacientes com
Lesão Medular Traumática

 
  140
13. 2006 A percepção das SILVA, M. C. Psico. da Dissertação / Domínio Equo.; mães; Relação A pesquisa analisou o conhecimento e a
mães de crianças Saúde UCDB Público percepção homem- percepção que as mães dos pacientes
atendidas em animal possuem sobre a Equoterapia. As 22 mães
equoterapia participantes deste estudo possuem
conhecimento suficiente sobre a Equoterapia,
todas perceberam mudanças nos seus filhos
após o início desse recurso, porém
apresentam algumas diferenças que têm
relação com as características sócio-
demográficas e ocupacionais das
participantes. As mães que são cuidadoras
identificam também mudanças mais sutis,
como o relaxamento, e conseguem relacionar
ganhos obtidos por seus filhos nas atividades
da vida diária. A possibilidade de
acompanharem os atendimentos dos filhos faz
com que essas mães compreendam as
potencialidades de suas crianças,
percebendo-as de um modo diferente, e essa
experiência pode ser transferida para o
ambiente familiar.
14. 2005 A representação LIMA, A. C. de Psico. da Dissertação / Domínio Equo.; Relação Esta pesquisa analisou os sentidos da
social da Saúde UCDB Público interdisciplinari homem- interdisciplinaridade para os profissionais das
interdisciplinaridade dade; animal de áreas de Educação Física, Fisioterapia,
para os profissionais profissionais; Fonoaudióloga, Equitação, Pedagogia,
que atuam com Psicologia e Terapia Ocupacional que
equoterapia trabalham com a equoterapia. Os resultados
mostraram que: para a maioria dos
participantes o conhecimento sobre a
interdisciplinaridade ocorreu por meio de sua
prática profissional, e não pelos conteúdos
discutidos nas disciplinas durante a sua
graduação; a maioria descreveu o processo
interdisciplinar com clareza e o considerou
essencial para a sua prática profissional;
segundo os participantes o ambiente da
equoterapia favorece a interdisciplinaridade.
No entanto, também foi identificado pelo relato
dos profissionais que a interdisciplinaridade
nas equipes estava relacionada aos
profissionais graduados, muito embora na
equipe participasse profissionais de nível
técnico.
 
  141
15. 2004 Características da GOMES, A. R. Psico. Dissertação / BVS-Psi Equo.; criança Relação A análise das interações feitas (entre uma
interação W. UFSC com PC; Homem- criança com Paralisia Cerebral - PC,
psicoterapêutica interação animal terapeutas e cavalos) permitiu identificar as
entre criança com homem-animal respostas da criança e a natureza da classe
paralisia cerebral, de estímulos antecedentes e consequentes às
terapeutas e cavalo respostas apresentadas. Os dados
em sessões de possibilitaram caracterizar a natureza das
equoterapia relações estabelecidas entre criança,
terapeutas e cavalo e elucidar as funções e as
necessidades de cada um no contexto
terapêutico.
16. 2004 Repercussões da QUEIROZ, Psico. Dissertação / BVS- Equo.; criança; Def./dif. A pesquisa teve o objetivo compreender as
equoterapia nas J. F. De UNICAP Psi; prematuridade repercussões do tratamento equoterápico na
relações Domínio criança com atraso de desenvolvimento
socioafetivas da Público; neuropsicomotor devido à prematuridade. De
criança com atraso acordo com o estudo houve uma melhora da
de desenvolvimento criança no aspecto socioafetivo, repercutindo
por prematuridade nas relações familiares.
17. 2003 Equoterapia como MONTEIRO, Psico. Dissertação / BVS-Psi Equo.; Def./dif. A pesquisa investigou os efeitos da
técnica auxiliar na A. C. B. PUC/ crianças com equoterapia em crianças com necessidades
terapia motora de Campinas necessidades educativas especiais, descrevendo a evolução
crianças com educativas motora de cada uma delas. Todos os casos
necessidades especiais estudados houve progresso no
educativas especiais desenvolvimento motor.
18. 2003 Animais em sala de FARACO, C. Psico. Dissertação / Refer. Sala de aula; Relação O trabalho aborda a intervenção mediada por
aula: um estudo das B. PUC/RS crianças; homem- animais em sala de aula, utilizando diferentes
repercussões animais animal espécies de animais nos encontros. Buscou
psicossociais da investigar a interferência da presença dos
intervenção mediada animais, produzindo modificações no clima do
por animais grupo e no interesse das crianças pelas
atividades acadêmicas
19. 2000 Velhos, cães e BERZINS, M. Gerontolo Dissertação / Bibliot. Simbologia do Relação O estudo busca desvelar e analisar o discurso
gatos: interpretação A. V. da S. gia PUC/SP animal na Homem- simbólico de um grupo singular de idosos
de uma relação velhice animal atendidos pelo centro de controle de Zoonoses
da Prefeitura Municipal de São Paulo, através
da interpretação dos depoimentos de idosos
com mais de 10 animais em seu domicilio.
Fonte: Bibliotecas; BVS-Psi; Domínio Público.

 
  142

SIGLAS
Deficiência Intelectual (DI)
Paralisia Cerebral (PC)
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/Campinas)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP)
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS)
Terapia Assistida por Animais (TAA)
Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
Universidade de São Paulo (USP)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)
Universidade Metodista de São Paulo (UMESP)

ABREVIAÇÕES
Biblioteca (Bibliot.)
Deficiências / Dificuldades (Def./Dif.)
Educação Especial (Ed. Esp.)
Equoterapia (Equo.)
Fonoaudiologia (Fono.)
Psicologia (Psico.)
Referências (Refer.)

Palavras-chave: Terapia animais; terapia assistida animais, equoterapia

 
  143

APÊNDICE N – LIVROS PUBLICADOS NO BRASIL

N ANO TÍTULO AUTOR CIDADE EDITORA TEMAS TRATADOS OBSERVAÇÕES


(PALAVRAS-CHAVE)
Geral Espec.
1. 2013 Os animais em nossa vida: MCCARDLE, P. São Paulo Papirus TAA; relação CURA; História da relação homem-animal;
família, comunidade e et al. (orgs.) homem-animal Relação benefícios da interação; intervenções
ambientes terapêuticos Homem- terapêuticas; animais em sala de aula;
animal equoterapia.
2. 2013 Os animais e seu poder SANTOS, L. P. São Paulo Exceção Equoterapia; CURA Definição e trabalhos desenvolvidos com
terapêutico: atividades e TAA; AAA equoterapia, exemplo de trabalhos
publicações desenvolvidos, estudos na área,
possibilidades de atividades e animais
usados no atendimento.
3. 2013 Equoterapia – WALTER, G. B. Não Atheneu Equoterapia; CURA Concilia a reabilitação com as evidências
Fundamentos Científicos encontrado reabilitação científicas validadas pelas pesquisas e os
comprovados efeitos terapêuticos. Retrata
temas acerca da: Plasticidade Neuronal e
Equoterapia; Equoterapia em Lassidão
Pélvica; Alimentação e Escovação em
Patologias Neurológicas; Equoterapia em
Neuroses e Psicoses; Benefícios no
Tratamento da Esquizofrenia; Equoterapia
como Terapia Complementar na
Dependência Química; Contraindicações
para Equoterapia.
4. 2012 Kion Branquelo, Joe ISSA, L. São Paulo All print TAA; EAA Def./Dif. A autora conta um pouco do cotidiano do seu
Caramelo & Amigos: as consultório no atendimento a seus pacientes
aventuras e o trabalho de com o auxilio dos seus cães terapeutas. É
quatro cães terapeutas importante destacar que a autora é
psicopedagoga e a maioria dos seus
pacientes apresentam queixas sobre o
desemprenho escolar.
5. 2012 A equoterapia aplicada no BRESLAU, S. L. Não Ideias & Letras Equoterapia; CURA A obra defende a equoterapia como um
tratamento da M. encontrado esquizofrenia método eficiente para combater os sintomas
Esquizofrenia negativos da esquizofrenia, proporcionando
benefícios tanto no aspecto físico, quanto no
psicológico, pois por meio da relação com o
 
  144
animal, o paciente pode readquirir a
confiança em si mesmo e em sua habilidade
de se relacionar com o mundo exterior.
6. 2011 Terapia Assistida por CAPOTE, P. S. São Carlos Edufscar TAA CURA; Este estudo teve por objetivo verificar o
Animais: Aplicação no de O.; COSTA, Def./Dif. efeito da intervenção com animais (TAA) no
desenvolvimento da M. da P. R. da. desenvolvimento psicomotor de crianças
criança com deficiência com deficiência mental. Após a análise dos
intelectual dados, o estudo concluiu que a TAA traz
benefícios às pessoas com deficiência
mental em relação ao desenvolvimento
motor, motivação e cuidado aos seres vivos.
7. 2011 Equoterapia: Teoria e SOARES, D. F. Caratinga Centro Equoterapia Relação (Não tive acesso à obra, sinopse e/ou
prática G.; Universitário Homem- comentários.)
FAICO, M. M. de de Caratinga animal.
M.;
OTONI. G. A.
8. 2010 Terapia fonoaudiológica DOMINGUES, C. São Paulo Educ TAA; Fono.; CURA Breve esboço da relação homem e animal;
assistida por cães M. dificuldades de um pouco da história e da definição de TAA
linguagem e da Fonoaudiologia Assistida por Cães;
delineia um perfil de cão terapeuta e as
implicações clínicas da TAA.
9. 2010 Equoterapia: equitação, SEVERO, J. T. São Paulo Senac Equoterapia; Relação O livro reúne textos de diversos especialistas
saúde e educação (org.) saúde; homem- na área de equoterapia. Inicialmente, a obra
educação animal; relata um histórico da relação homem-
CURA cavalo, em seguida descrevem o corpo
humano e as mudanças ocorridas quando
sobre um cavalo; o desenvolvimento dos
equinos e a equoterapia, sua definição,
indicação e utilização em praticantes com
qualquer necessidade especial. Por fim,
retrata as diversas áreas e seu papéis na
equoterapia.
10. 2009 Prática em Equoterapia: ALVES, E. M. R. Rio de Atheneu Equoterapia; CURA; A obra é direcionada basicamente à
uma abordagem Janeiro fisioterapia Relação fisioterapeutas que se iniciam na equoterapia
fisioterápica Homem- e aos que a praticam. Orienta acerca da
Animal unificação da nomenclatura de posturas;
manobras e exercícios aplicados ao
tratamento.
11. 2008 Equoterapia: Noções MEDEIROS, M.; Rio de Revinter Equoterapia Relação Definição, fundamentação teórica e
Elementares e Aspectos DIAS, E. Janeiro Homem- benefícios da equoterapia no desabrochar
NeurocientÍficos Animal das potencialidades do indivíduo, melhora da
auto-estima e no processo de auto-

 
  145
avaliação, importante na construção da inter-
relações pessoais.

12. 2007 A criança com disfunção MEDEIROS, M. Rio de Revinter Equoterapia; CURA; O livro retrata como a integração da
neuromotora, a equoterapia Janeiro Bobath; Def./Dif. equoterapia e do Bobath ampliam a visão
e o Bobath na prática disfunção terapêutica, contribuindo para o
clínica neuromotora; desenvolvimento da criança com
criança Encefalopatia Crônica da Infância
13. 2007 A terapia ocupacional CASTILHOS, A. Lages Editora do Equoterapia; Relação (Não tive acesso à obra, sinopse e/ou
utilizando o "cuidar do A. Autor T. O.; cuidar Homem- comentários.)
cavalo" como recurso Animal
principal na equoterapia
14. 2007 Prevenção e intervenção HUTZ, C. S. São Paulo Casa do Crianças; Prev. Reúne textos escritos por profissionais
em situações de risco e (org.) Psicólogo adolescentes; doutores, doutorandos e especialistas em
vulnerabilidade situações de Psicologia, que desenvolvem pesquisas nas
(capítulo 7. Terapia risco áreas de que tratam os capítulos. Dentre
Assistida por Animais, TAA: eles a TAA como alternativa terapêutica no
alternativa terapêutica no contexto comunitário.
contexto comunitário)
15. 2006 Terapia Assistida por SANTOS, K. C. São Paulo Paulinas TAA; paralisia CURA Baseou-se na experiência e no sucesso da
Animais: Uma Experiência P. T. dos cerebral; terapia com animais nos casos de paralisia
Além da Ciência autismo cerebral e autismo. A função terapêutica
exercida pelo convívio com animais facilita
os diversos tratamentos psíquicos e
fisioterápicos nos aspectos físico, cognitivo,
emocional e social, não substitui a
intervenção direta das demais modalidades
terapêuticas (fisioterapeuta, T. O., psiquiatra,
psicólogo, clínico geral e outros), mas
sempre as complementa com benefícios
psicológicos, pedagógicos e sociais aos
participantes. A obra mostra que a TAA
contribui positivamente nas modalidades
terapêuticas tradicionais utilizadas no
tratamento de crianças/adolescentes/adultos
com necessidades especiais.
16. 2005 Terapia e animais: DOTTI, J. São Paulo Noética Animais; AAA; CURA; Este livro é referência para todos os
Atividade e Terapia TAA; relação Relação profissionais que atuam com TAA, pois é
Assistida por Animais – homem-animal homem- como um guia para o trabalho com TAA,
A/TAA. Práticas para animal definindo-o e descrevendo detalhadamente
organizações, profissionais os procedimentos para a implantação do
e voluntários TAA; relata a responsabilidade, atendimento,

 
  146
cuidado, perfil e especificações dos animais
usados no TAA; destaca algumas doenças
que podem ser beneficiadas com A/TAA.
Ainda tem nos apêndices artigos de
diferentes profissionais sobre TAA, dentre
eles “Animais na Escola” da Professora Dra.
Maria de Fátima Martins.
17. 2005 Equoterapia: Aplicação em UZUN, A. L. de L. São Paulo Vetor Equoterapia; CURA; A obra contempla o resultado de estudos na
distúrbios do equilíbrio distúrbio do Def./Dif. área neurológica, a experiência prática e a
equilíbrio vivência da autora em equipe interdisciplinar
dentro da Equoterapia. Apresenta um painel
geral sobre os distúrbios do equilíbrio, e
informações valiosas sobre as possibilidades
de atuação da equoterapia.
18. 2005 Fisioterapia na SANTOS, S. L. Não Ideias & Letras Equoterapia; Relação (Não tive acesso à obra, sinopse e/ou
Equoterapia: Análise de M. dos encontrado Fisioterapia homem- comentários)
seus efeitos sobre o animal
Portador de Necessidades
Especiais
19. 2004 Psicomotricidade na LERMONTOV, T. Aparecida Ideias & Letras Equoterapia; CURA O livro conceitua a psicomotricidade e a
equoterapia Psicomotricida equoterapia, analisando a relação direta de
de uma terapia com a outra. Descreve, também,
exercícios psicomotores realizados na
equoterapia e com o detalhamento de um
caso clínico.
20. 2004 Equoterapia para cegos: SILVA, C. H. Campo UCDB Equoterapia; Def./Dif. A obra ressalta os fundamentos teóricos da
teoria e técnica de Grande cegueira equoterapia; os impactos psicológicos e de
atendimento desenvolvimento na pessoas cegas; as
implicações práticas da equoterapia para os
cegos. Destacou a técnica de atendimento
desenvolvida durante as pesquisas e os
resultados obtidos.
21. 2003 O poder curativo dos BECKER, M. Rio de Bertrand Brasil TAA; animais Relação O livro retrata o poder curativo dos animais
bichos: como aproveitar a Janeiro de assistência; homem- em diferentes modalidades como câncer, dor
incrível capacidade dos Equoterapia animal crônica, problemas cardíacos, Alzheimer,
bichos de manter as idosos, vida sedentária e terapia assistida
pessoas felizes e por animais, abrangendo o cavalo e
saudáveis cachorro. Indica ainda como escolher e qual
o melhor animal para diferentes pessoas
(idosos, alérgicos, artrite, diabetes, TDAH).
22. 2003 Distúrbio de Aprendizagem: MEDEIROS, M. Rio de Revinter Equoterapia; Relação A obra ressalta os inúmeros benefícios da
A Equoterapia Na Janeiro Distúrbio de homem- Equoterapia e suas possibilidades de

 
  147
Otimização do ambiente aprendizagem animal; atuação, em especial, com pessoas com
terapêutico Def./Dif. distúrbio de aprendizagem.

23. 2002 Equoterapia: Bases e MEDEIROS, M.; Rio de Revinter Equoterapia Relação Histórico, definição e fundamentos teóricos
fundamentos DIAS, E. Janeiro homem- da equoterapia.
animal;

24. 1999 Equoterapia teoria e FREIRE, H. B. G. São Paulo Vetor Equoterapia; Def./Dif. Histórico, definição, fundamentos teóricos e
técnica: uma experiência Autismo indicação de equoterapia; definição,
com crianças autistas diagnóstico e manifestação do autismo;
aplicação da equoterapia em crianças com
autismo.
25. 1998 Gatos, a emoção de lidar SILVEIRA, N. Da Rio de Léo Christiano Gatos Relação (Obra não encontrada)
Janeiro Editorial homem-
animal
26. 1992 O mundo das imagens SILVEIRA, N. Da São Paulo Ática Coterapeutas; Relação Retrata um pouco do amor da autora pelos
(capítulo 7. Simbolismo do animais; homem- animais, a historia da relação homem-animal
Gato) tratamento animal; e dos animais como seus coterapeutas no
CURA atendimento de seus pacientes.
Fonte: Bibliotecas, livrarias e autores
SIGLAS
Atividade Assistida por Animais (AAA)
Educação Assistida por Animais (EAA)
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Terapia Assistida por Animais (TAA)

ABREVIAÇÕES
Deficiências/ Dificuldades (Def./Dif.)
Fonoaudiologia (Fono.)
Organizador (Org.)
Prevenção (Prev.)
Terapia Ocupacional (T. O.)

Palavras-chave: Terapia animais; terapia assistida animais, equoterapia.

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