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Semiologia
Semiologia:
Semiotécnica:
▪ A noção de síndrome em psicopatologia clínica tem sido menos utilizada por não
ser adotada pela CID e pelo DSM.
Conceito de Normalidade
Critérios de Normalidade
Tem-se no mínimo 9 critérios, sendo que o mais divulgado é o usado pela Organização
Mundial da Saúde (OMS)
▪ Não se pode compreender ou explicar tudo o que existe em um homem por meio de
conceitos psicopatológicos.
Diagnóstico descritivo
Classificações nosológicas:
ANÁLISE PSICOPATOLÓGICA
Ex.: a forma de um livro é aquilo que faz com que reconheçamos que se trata
de um livro, e o conteúdo é sua mensagem.
SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA
HISTÓRIA CLÍNICA:
a) ANAMNESE
b) EXAME FÍSICO
c) EXAME DO ESTADO MENTAL
d) EXAME COMPLEMENTARES
ENTREVISTA PSIQUIÁTRICA
EXAME PSIQUIÁTRICO
CONCEITO
“O exame psiquiátrico é a ferramenta que o terapeuta possui, para não só
classificar o que se passa com o paciente, mas principalmente ter uma forma de
entender toda abrangência e complexidade de seu sofrimento.”
Por intermédio de uma entrevista realizada com arte e técnica, o profissional poderá
obter informações valiosas para o diagnóstico clínico, para o conhecimento da
dinâmica afetiva do paciente e o que pragmaticamente é mais importante para
uma melhor intervenção e planejamento terapêuticos.
A técnica e a habilidade em realizar entrevista é um atributo fundamental e insubstituível
do profissional de saúde
Referências bibliográficas
1. Juízo deficiente ou prejudicado: ocorre pela deficiência intelectual e pobreza cognitiva do indivíduo.
Juízos simplistas, concretos e sujeitos à grande influência do meio social.
2- Alteração do juízo de realidade ou delírio: segundo Karl Jaspers, as idéias delirantes ou delírio são juízos
patologicamente falseados. O delírio é um erro do ajuizar que tem origem na doença mental. Sua base é
mórbida e ele é motivado por fatores patológicos. Segundo Jaspers, o delírio tem 3 características
essenciais:
a) O paciente apresenta uma convicção extraordinária, uma certeza subjetiva praticamente absoluta. A sua
crença é total, para ele não se pode colocar em dúvida a veracidade de seu delírio.
b) É impossível a modificação do delírio pela experiência objetiva, por provas explícitas da realidade, por
argumentos lógicos, plausíveis e aparentemente convincentes. O delírio é irremovível, é inabalável.
c) O delírio é um juízo falso, seu conteúdo é da ordem do impossível. Alguns doentes podem delirar e seu
delírio ser verídico: alcoolista crônico com delírio de ciúmes, cuja mulher o trai realmente; líder político
com delírio de perseguição, sendo que há pessoas que querem prejudicá-lo ou matá-lo. Para ele, contudo,
seu juízo é delirante e foi determinado por fatores mórbidos.
d). O delírio é uma produção associal, idiossincrática em relação ao grupo cultural do doente. O delírio, na
maioria das vezes, não é produzido, nem compartilhado por um grupo religioso, político ou científico.
1. Convicção – até que ponto o paciente está convencido da realidade de suas idéias delirantes. A crença
delirante é muito arraigada.
2. Extensão – em que extensão as idéias delirantes envolvem diferentes áreas da vida do paciente.
4. Desorganização – até que ponto as idéias delirantes são consistentes internamente, têm uma lógica
própria e em que grau são sistematizadas.
5. Pressão – o quanto o paciente está preocupado e envolvido com suas crenças delirantes.
6. Resposta afetiva – o quanto as suas crenças delirantes abalam ou tocam afetivamente o paciente.
7. Comportamento desviante – o quanto o paciente age em função de seu delírio – as idéias passam a reger
toda a conduta do paciente.
- não-sistematizados ou sistematizados.
2. Delírios complexos: englobam vários temas ao mesmo tempo, com múltiplas facetas, conteúdos de
perseguição, místico-religioso, de ciúmes, de reivindicação etc.
3. Delírios não-sistematizados: são delírios sem uma concatenação consistente. Os conteúdos e detalhes
variam de um momento a outro.
4. Delírios sistematizados: são delírios bem organizados, com histórias ricas e consistentes, e que
preservam ao longo do tempo os seus conteúdos e detalhes. Ocorrem nas paranóias (transtornos
delirantes).
Os delírios surgem, em geral, após um período denominado de humor delirante (Jaspers) ou trema
(Konrad). Nesse período, o paciente experimenta aflição e angústia, sente como se alguma coisa terrível
estivesse para acontecer, mas ele não sabe exatamente por quê. Predomina uma sensação de
perplexidade, uma sensação de fim do mundo, e, essencialmente, de radical estranheza.
Este estado pode durar dias. O chamado humor delirante cessa quando o paciente configura o delírio,
quando “descobre”, como se fosse por uma revelação inexplicável, “o que está, de fato, acontecendo”:
“Ah, então é isso, os vizinhos organizaram um complô para me matar”.
Ou: “Já entendi, a minha esposa está tendo relações com todos esses homens”.
Após essa revelação do delírio, o paciente muitas vezes se acalma, como se tivesse encontrado uma
explicação plausível para aquela perplexidade inexplicável anterior.
- agudos
- crônicos
Delírios agudos – surgem rapidamente e podem desaparecer também rapidamente. Podem ser passageiros
e fugazes.
Delírios crônicos – são persistentes, contínuos, de longa duração, se modificam pouco ao longo do tempo.
Tipos mais freqüentes de delírio:
1. Delírio de perseguição ou persecutório – é o tema mais freqüente dos delírios; o paciente é sempre alvo
de uma perseguição.
2. Delírio de referência – de alusão ou auto-referência – tudo se refere ao sujeito, as pessoas estão falando
dele, dizendo que ele é ladrão ou homossexual etc. Paciente ouve o próprio nome e o xingam (alucinação
associada ao delírio de referência). Deduz que uma conversa é sobre ele (interpretação associada ao delírio
de referência). Ocorre nas psicoses em geral, especialmente na esquizofrenia paranóide.3. Delírio de
relação – o paciente constrói conexões significativas entre os fatos normalmente percebidos.
4. Delírio de influência – o paciente vivencia que está sendo controlado, comandado, influenciado por uma
força externa – antena, computador, ser extraterrestre, demônio. São freqüentes na esquizofrenia.
5. Delírio de grandeza – o paciente acredita ter poderes de origem superior, geralmente místicos e outros.
Ocorre nos quadros maníacos.
7. Delírio de invenção ou descoberta – paciente acredita ter descoberto a cura de uma doença grave ou
coisas que vão mudar o destino do mundo.
8. Delírio de reforma ou salvacionismo – paciente desenvolve sistema religioso ou político que acredita ser
o único capaz de salvar a humanidade.
9. Delírio místico ou religioso – paciente é um novo messias, um deus, um santo poderoso. É freqüente no
nosso meio cultural.
10. Delírio de ciúmes e de infidelidade – ocorre em todas as psicoses, especialmente no alcoolismo crônico
e na paranóia (transtorno delirante crônico atual).
11. Erotomania – ocorre também na paranóia e foi descrita por Clérambault. O paciente crê que uma
pessoa (em geral famosa) está totalmente apaixonada por ele.
12- Delírio de ruína ou niilista – paciente se sente condenado à miséria, ao sofrimento, ao fracasso.
13. Delírio de culpa e de auto-acusação – o paciente se sente culpado de tudo de ruim que acontece no
mundo e com as pessoas a sua volta – ocorre nas formas graves de depressão.
14. Delírio de negação de órgãos – o paciente experimenta profundas alterações corporais: o corpo está
destruído ou morto, não tem um ou vários órgãos, as veias estão secas, o corpo secou, as pernas estão se
esfarelando. Síndrome de Cottard: quando o delírio de negação de órgãos vem acompanhado de delírio de
imortalidade: “não vou morrer nunca, vou sofrer eternamente”. Ambos ocorrem nas depressões graves e
na esquizofrenia.
15. Delírio hipocondríaco – o paciente crê que tem uma doença grave. Às vezes é difícil de diferenciar das
idéias hipocondríacas não-delirantes; para fazê-lo: intensidade da crença, total ausência de crítica, grande
envolvimento com as idéias hipocondríacas. Ocorre nas depressões graves, paranóia, esquizofrenia.
16. Delírio cenestopático – paciente crê que existem animais (cobra, rato) ou objeto (laranja podre no
crânio) dentro do próprio corpo. É uma interpretação delirante de sensações corporais vividas pelo
paciente, mas sem a idéia da doença. Esquizofrenia e paranóia.
17. Delírio de infestação – Síndrome de Ekbon – paciente crê que o corpo está infestado por pequenos (mas
macroscópicos) organismos: bichinhos embaixo da pele, insetos nos cabelos, vermes, aranhas etc. Ocorre
na esquizofrenia, nas depressões, especialmente no delirium tremens.
18- Delírio fantástico ou mitomaníaco – narrativas fabulosas, totalmente irreais, contadas com plena
convicção e sem qualquer espécie de crítica. Ocorre tipicamente na parafrenia (Kraepelin a chamou de
parafrenia fantástica). É diferente da mitomania: tendência patológica a mentir, sabendo que o que está
relatando é falso. A mitomania corre nos transtornos de personalidade - sociopatia.
http://www.macjorge.pro.br/pdfs/aulas/psicopatologia_geral/Alteracoes_do_pensamento.pdf
UNIVERSIDADE BRASIL
Curso de Medicina Humana
2021/02
Módulo: SAÚDE MENTAL Sub-Módulo V: PSICOPATOLOGIA
Profa: Rosylene Machado Pelegrini – médica psiquiatra
A LINGUAGEM E SUAS
ALTERAÇÕES
1.DEFINIÇÕES BÁSICAS
Funções da Linguagem
2.ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM
Esses tipos de alterações são provocados por lesões neuronais identificáveis como:
acidentes vasculares cerebrais, tumores cerebrais e mal formações arterio-venosa,
essas alterações ocorrem mais no hemisfério esquerdo, nas regiões conhecidas
como áreas cerebrais da linguagem (frontal póstero-inferior, temporal póstero-
superior, etc.). É comum, portanto, que os déficits orgânicos da linguagem venham
acompanhados de hemiparesias do dimidio direito do corpo. A seguir apresentam-se
as alterações específicas da linguagem secundárias a lesão neuronal.
Agrafia: É a perda da linguagem escrita por uma lesão orgânica, sem que haja
perda cognitiva ou algum déficit motor.
Alexia: O paciente fica inapto a leitura, devido a uma perda de origem neurológica.
Dá-se coligado com as afasias e as agravias. Exemplo: Dislexia (disfunção leve da
leitura).
Dislalia: Nesse caso ocorre a substituição dos fonemas, a dislalia pode ser orgânica
quando o indivíduo apresenta defeitos na língua/lábios ou pode ser funcional, qual a
origem geralmente é psicogênica.
AFETIVIDADE
DEFINIÇÕES BÁSICAS:
Afetividade: é um termo genérico que compreende varias modalidades de
vivencias afetivas, como humor, as emoções e os sentimentos. A vida afetiva é a
dimensão psíquica que dá cor, brilho e calor a todas as vivencias humanas.
Quanto menor a distancia (real ou virtual) entre quem percebe e o objeto de
percepção, mais eles se confundem. Assim, vai desaparecendo a possibilidade
de configurar ou formar imagens delimitadas. A partir disso uma nova
modalidade de experiência intima surge, afetando a totalidade do individuo. É
onde surge a afetividade. Tipos de vivência afetiva: humor ou estado de animo,
emoções, sentimentos, afetos e paixões.
Humor ou estado de animo: tônus afetivo do individuo, o estado emocional
basal e difuso em que se encontra a pessoa em determinado momento.
Emoções: é um estado afetivo intenso, de curta duração, originado geralmente
como a reação do individuo a certas excitações internas ou externas,
conscientes ou inconscientes. Ou seja, podem ser definidas como reações
afetivas agudas, momentâneas, desencadeadas por estímulos significativos.
Sentimentos: são estados e configurações afetivas estáveis. Em relação às
emoções, são menos intensos e menos reativos a estímulos passageiros. Tipos:
1. Sentimentos da esfera da tristeza: melancolia, saudade, culpa tristeza,
nostalgia, vergonha, impotência, aflição, etc.
2. Sentimentos da esfera da alegria: euforia, expectativa, esperança, confiança,
etc.
3. Sentimentos da esfera da agressividade: raiva, ira, inveja, vingança, nojo, etc.
4. Sentimentos relacionados a atração pelo outro: amor, atração, tesão,
gratidão, apego, respeito, consideração, etc.
5. Sentimentos associados ao perigo: temor, receio, desamparo, abandono,
rejeição, etc.
6. Sentimentos do tipo Narcísico: arrogância, superioridade, orgulho,
prepotência, etc.
Universidade Brasil – Campus Fazenda
Estrada Projetada F1, S/N – Santa Rita – Fernandópolis, SP, 15600-000
Afetos: qualidade e tônus emocional que acompanha uma idéia ou
representação mental.
Paixões: estado afetivo extremamente intenso, que domina a atividade
psíquica como um todo, captando e dirigindo a atenção e o interesse do
individuo em uma só direção, inibindo os demais interesses.
CATATIMIA
Bleuler denominou de catatimia a importante influência que a vida afetiva, o estado
de humor, as emoções, os sentimentos e as paixões exercem sobre as demais
funções psíquicas. A atenção é captada, dirigida, desviada ou concentrada em
função do valor afetivo de determinado estímulo; a memória é altamente detalhada
ou muito pobre dependendo do significado afetivo dos fatos ocorridos, a
sensopercepção pode se alterar em função de estados afetivos intensos.
REAÇÕES AFETIVAS
A vida afetiva ocorre sempre em um contexto de relações do Eu com o mundo e
com as pessoas, variando de um momento para outro de acordo com as
circunstâncias. Há duas importantes dimensões da resposta ou reação afetiva de um
indivíduo. Denomina-se sintonização afetiva a capacidade de o indivíduo ser
influenciado afetivamente por estímulos externos; assim, o sujeito entristece-se com
ocorrências dolorosas, alegra-se com eventos positivos, ri com uma piada, enfim,
entra em sintonia com o ambiente.
A irradiação afetiva, por sua vez é a capacidade que o indivíduo tem de transmitir,
irradiar ou contaminar os outros com seu estado afetivo momentâneo; por meio da
irradiação afetiva faz com que os outros entrem em sintonia com ele. Na condição
de rigidez afetiva, o indivíduo não deseja, tem dificuldade ou impossibilidade tanto
de sintonização como de irradiação afetiva; ele não produz reações afetivas nos
outros nem reage afetivamente diante da situação existencial cambiante.
Ansiedade e Angústia
Ansiedade:
É definida como estado de humor desconfortável, apreensão negativa em relação ao
futuro, inquietação interna. Inclui manifestações somáticas e fisiológicas(ex:
dispneia, taquicardia, vasoconstrição, ou dilatação, tremores, sudorese, tontura)e
manifestações psíquicas(inquietação interna, apreensão, desconforto mental).
Angústia:
Relaciona-se diretamente à sensação de aperto no peito e na garganta, de
compressão, sufocamento. Assemelha-se muito à ansiedade, mas tem conotação
corporal e mais relacionada ao passado. Do ponto de vista existencial a angustia
tem significado mais marcante que a ansiedade, é algo que define a condição
humana, é um tipo de vivência mais pesada.
Em algumas correntes teóricas da psicopatologia, tem-se definido certos tipos de
angustia e ansiedade:
Apatia
É a diminuição da excitabilidade afetiva. Na apatia, o indivíduo, apesar de saber da
importância afetiva que determinada experiência deveria ter para ele, não consegue
sentir nada. O paciente torna-se hiporreativo. Trata-se de um quadro afetivo próprio
dos quadros depressivos, mas podem ocorrer em esquizofrênicos, personalidades
psicopáticas insensíveis e transtornos neuróticos. É uma alteração qualitativa.
Hipomodulação do afeto ou Rigidez afetiva
A rigidez afetiva caracteriza-se por uma perda da capacidade de modular a resposta
afetiva de acordo com a situação de cada momento, indicando rigidez na sua
relação com o mundo. Em oposição ao que ocorre na labilidade e na incontinência
afetiva, a expressão afetiva varia muito pouco no decorrer do tempo. Assim,
independentemente dos acontecimentos externos, o estado de humor do paciente
será parecido. A rigidez afetiva ocorre na esquizofrenia, na depressão, na demência
e, às vezes, na mania crônica irritável.
IV) Afetividade:
VIII) Orientação:
Alopsíquica: têmporo-espacial, significado da situação atual.
Autopsíquica: dados sobre si mesmo, conhecimento sobre seu próprio nome, idade, etc.
X) Psicomotricidade:
- Quantidade e velocidade dos movimentos (hiper ou hipoatividade).
- Alterações qualitativas: dispraxias, agitação psicomotora, compulsão, ecopraxia,
estereotipia, flexibilidade cérea, maneirismo, tique, etc.
PSICOPATOLOGIA AV1
Conceitos
Psicopatologia descritiva x psicopatologia dinâmica:
Descritiva: importante a estrutura dos sintomas, a vivência patológica como
sintoma
Dinâmica: importante o conteúdo da vivência, os sentimentos do indivíduo, sua
experiência subjetiva e pessoal
Semiologia: é a ciência dos signos; é campo de grande importância para o estudo da
linguagem, da música, das artes em geral e do todos os campos de conhecimento e
de atividades humanas que incluam a interação e a comunicação entre dois
interlocutores por meio de um sistema de signos.
Dividida em duas grandes subáreas:
1. Semiotécnica
2. Semiogênese
Semiologia Médica: é o estudo dos sintomas e dos sinais das doenças, estudo que
permite ao profissional de saúde identificar alterações físicas e mentais, ordenar os
fenômenos observados, formular diagnósticos e empreender terapêuticas.
Semiologia Psicopatológica: Cuida especificamente dos estudos dos sinais e
sintomas produzidos pelos transtornos mentais, signos que sempre contêm essa
dupla dimensão.
Campos da semiologia: são três:
1. Semântico: responsável pelo estudo das relações entre os signos e os objetos
a que tais signos se referem;
2. Sintaxe: que compreende as regras e as leis que regem as relações entre os
vários signos de um sistema de signos;
3. Pragmática: que se ocupa das relações entre os signos e os usuários, os
sujeitos que os utilizam concretamente.
Signo: é o elemento nuclear da semiologia; é um tipo de sinal (qualquer estímulo
emitido pelos objetos do mundo) sempre provido de significação.
Signos de maior interesse para a psicopatologia: sinais comportamentais objetivos,
verificáveis pela observação direta do paciente, e os sintomas, isto é, as vivências
subjetivas relatadas pelos pacientes, suas queixas e narrativas, aquilo que o sujeito
experimenta e, de alguma forma, comunica a alguém.
6º Semestre Hélem Machado
• Conteúdo
Circunstancialidade: muitos detalhes irrelevantes e tediosos, trivialidade;
Tangencialidade: objetivo da fala não é atingido, introduz pensamentos não
relacionados ao assunto, pobreza de conteúdo do pensamento.
Quando questionado, o paciente dá uma resposta que é apropriada para o tópico
geral, sem, de fato, responder à questão.
Perseveração: repete mesma resposta;
Fuga de ideias: pensamento acelerado com associações inapropriadas entre os
pensamentos;
Pensamento incoerente: perda de lógica, afrouxamento de associação de partes das
frases, sequencia incompreensível – salada de palavras;
Bloqueio de pensamento: interrupção súbita da fala;
Neologismos: cria novas palavras;
Ecolalia: repete palavras.
Prolixidade - O paciente revela grande dificuldade em sintetizar seu pensamento,
tornando-se a exposição abundante em detalhes supérfluos faltando, ao mesmo
tempo, a agilidade psíquica que permitiria desprezar os fatos secundários e utilizar
apenas os principais.
Delirium: rebaixamento da consciência (delirium tremens; delirium febril);
Delírio: alteração do pensamento (alteração do juízo);
• idéia delirante: também chamada de delírio verdadeiro; é primário e ocorre
com lucidez de consciência; não é consequência de qualquer outro fenômeno.
É um conjunto de juízos falsos, que não se sabe como eclodiu.
• idéia deliróide: é secundária a uma perturbação do humor ou a uma situação
afetiva traumática, existencial grave ou uso de droga. Há uma compreensão
dos mecanismos que a originaram.
Linguagem: A comunicação é o meio que permite ao indivíduo transmitir e
compreender mensagens. A linguagem é a forma mais importante de expressão da
comunicação. A linguagem verbal é a forma mais comum de comunicação entre as
pessoas.
A linguagem é considerada como um processo mental predominantemente
consciente, significativo, além de ser orientada para o social. É um processo dinâmico
que se inicia na percepção e termina na palavra falada ou escrita e, por isso, se
modifica constantemente.
6º Semestre Hélem Machado