Microbiota normal, porque

devo conhecê-la?
FORMAÇÃO NO MOMENTO
DO NASCIMENTO
PELE

Microbiota cutânea se distribui por toda a

extensão da pele.

Maioria reside no estrato córneo e parte

superior do folículo piloso.

Maior concentração nas áreas úmidas e

quentes como axilas e períneo.
PELE

Algumas bactérias residem mais

profundamente para recolonizar a pele após
remoção das superficiais.

Banho pode reduzir em 90% - em 8h

normaliza.
PELE

Gêneros predominantes: Staphylococcus e

Corynebacterium, Propionibacterium.

S. epidermidis é encontrado em 90% das

pessoas e o S. aureus (10-40%).

S. aureus – 60% na vulva.

PELE

S. aureus – 50 - 70% nas fossas nasais de

indivíduos que trabalham em hospitais.

S. aureus – 80% dermatoses.

S. saprophyticus – 20% das mulheres na

vagina →ITU.
PELE

Corynebacterium minutissima – espécie

predominante e pode causar o eritrasma
quando penetra a pele.
PELE
 Propionibacterium
acnes – associada a
atividade secretora
das glând. sebáceas;

Não encontrada em
menores de 10 anos.
Cavidade oral e Vias aéreas superiores

Microbiota grande e diversificada.

Saliva – 108 bact./mL

Placa bacteriana – 1011 bact./mL

Cavidade oral e Vias aéreas superiores

Gêneros encontrados cav. oral:

Staphylococcus, Streptococcus...

Fossas nasais: Staphylococcus e

Corynebacterium, porém em uso de β –
lactâmicos – K. peumoniae, E. coli, P.
aeruginosa.
Cavidade oral e Vias aéreas superiores

Alguns estudos sugerem que S. viridans

produzem substâncias que inibem o
crescimento de Gram-negativos.

Microbiota oral importante em odontologia e

medicina: cáries, doenças periodontais,
endocardites.
VAGINA
Microbiota variável – idade, pH e secreção
hormonal.

1° mês de vida, e da puberdade até a

menopausa = Lactobacillus sp. (bacilos de
Döderlein).

Entre o 1° mês e a puberdade, e também na

menopausa = Staphylococcus, Corynebacterium
e Escherichia.
VAGINA

Bacilo de Döderlein – fermenta glicogênio = ↓

pH = ↓ crescimento de bactérias que proliferam
em pH neutro.
Uretra anterior

Pode apresentar: S. epidermidis,

Corynebacterium sp., S. faecalis e às vezes E.
coli.

Obs. Considerar na interpretação de culturas

de secreções uretrais e urina.
Conjuntiva

Geralmente estéril;

Pode ser colonizada por: Corynebacterium

xerosis, S. epidermidis.
Orelha interna

Semelhante a da pele.
Intestinos

N° de bactérias 10x > que o número de células

dos nossos tecidos;

Composição completa ainda desconhecida;

 Intestinos
(3) Estômago e (4) Duodeno
101-103 UFC/mL
Lactobacillus, Streptococcus

(6) Jejuno e (7) Íleo

104-108 UFC/mL
Lactobacillus, Bacteróides,
Enterobacteriaceae, Streptococcus

(8) Cólon (grosso)

1010-1012 UFC/mL
Lactobacillus, Bacteróides,
Enterobacteriaceae, Streptococcus,
Clostridium, Staphylococcus
Intestinos

Controle e Regulação da microbiota

Acidez Gástrica
• É importante pelo número reduzido de
bactérias no intestino delgado proximal –
resistem cocos e bacilos Gram-positivos.

• H. pylori (Gram-negativo) – 30-50% dos

indivíduos – associado úlcera gástrica.
Intestinos

Controle e Regulação da microbiota

Acidez Gástrica

• Paciente em uso de redutores da secreção

ácida ou pós-gastrectomia parcial -
microbiota mista.
Intestinos CURIOSIDADES

1. E. coli inibe o crescimento de Shigella;

2. in vitro Lactobacillus competem com outras

bactérias por sítios de adesão;

3. Lactobacillus produzem diferentes subst.

(bacteriocinas, ác. Orgânicos, H2O2) que
inibem o crescimento de outros membros da
microbiota.
Microbiota Intestinal do RN
• Crianças amamentadas ao seio materno (IgA)
são menos colonizadas por Klesiella e
Enterobacter;
• Além disso, é menor a frequência de E. coli
portadora de antígeno K1 – bacteremias e
meningite no RN;
• Microbiota difere entre RN de países
desenvolvidos e subdesenvolvidos.
Microbiota Intestinal – Papel na SAÚDE

• É inquestionável o papel protetor da

microbiota intestinal contra infecções e
também outras doenças.

• A microbiota intestinal induz quimiotaxia de

linfócitos e macrófagos.
Microbiota Intestinal – Papel na SAÚDE

• Algumas bactérias transformam o colesterol

em coprostenol que é excretado nas fezes;

• Bacterioides fragilis e E. coli produzem

vitamina K.
Microbiota Intestinal – INFECÇÕES

Inf. Intestinal - Enterocolite ulcerativa

• A administração de antibióticos
(clindamicina e ampicilina) pode provocar
diarréia (durante tratamento).

• Supercrescimento de Clostridium difficile –

toxinas – necrose e ulcera na mucosa.
Microbiota Intestinal – INFECÇÕES

Infecção Urinária
• 80-90% das infecções adquiridas na
comunidade – E. coli;

• Mais frequentes em mulheres;

???
Microbiota Intestinal – INFECÇÕES

Infecções Intravasculares
• Pequena quantidade de bactérias passa
através da barreira mucosa (translocação);

• São mortas por macrófagos da vizinha;

• Septicemia em pacientes hospitalizados.

Microbiota Intestinal – termos conhecidos

a. Probióticos – suplementos alimentares

microbianos vivos ex. leite fermentado.
b. Prebióticos – ingrediente alimentar não
digerível (pelas enzimas digestivas) que
pode promover a seleção de bactérias
benéficas para o homem ex. fibras
alimentares.
c. Simbióticos – Pre e probióticos juntos.
Vamos cuidar para que os mocinhos
não se tornem vilões (CARMO, 2010).