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SEJAM BEM-VINDOS

AO 3° e 4º PERÍODO!

ODONTOLOGIA MORFOFUNCIONAL DO
ECOSSISTEMA BUCAL
ODONTOLOGIA
MORFOFUNCIONAL
DO ECOSSISTEMA
BUCAL
Prof. Msc. Thiago Custodio Lino
Thiago Custodio
Lino
Cirurgião dentista – Faculdade FAESA –
Vitória (2015)

Especialista em Gestão Pública em Saúde –


FOP/UNICAMP

Mestre em Odontopediatria – São Leopoldo


Mandic - Campinas
Odontologia Morfofuncional do Ecossistema
Bucal
 60h = 3 tempos de 50 minutos

 Aulas teóricas:
 quartas-feiras: de 08h até as 09:15h – intervalo de 20 minutos – retorno às
09:35h-10:50h.

 Aulas práticas:
- Local Laboratorio de microbiologia - Todos os alunos das 08:00 – 10:50h
Foram planejadas (média) 07 aulas práticas no laboratório de
microbiologia/bioquímica.
Programação

 31/08/2023: Entrega do  09/11/2023: Entrega do relatório


relatório (laboratório) para (laboratório) para avaliação parcial
avaliação parcial. ou seminário.
 23/11/2023: Avaliação Oficial 2
 28/09/2023: Avaliação Oficial (avaliação teórica contendo todo
1 (avaliação teórica de conteúdo do semestre de acordo
acordo com o calendário com o calendário acadêmico.
acadêmico.
Odontologia Morfofuncional do Ecossistema
Bucal
LISTA DE MATERIAL INDIVIDUAL DO ALUNO

01 caneta de retroprojetor
01 caneta azul
02 escovas de mão com alça (azul e vermelha)
01 campo cirúrgico por trio (03)
01 par de luva cirúrgica por pessoa

EPI´s:
01 caixa de luva de procedimento gorro ou touca descartável
máscara descartável
óculos de proteção

Obs: em todas as aulas laboratoriais o aluno


deverá trazer: EPI, caneta de retroprojetor,
caneta azul, lápis.
Odontologia Morfofuncional do Ecossistema
Bucal
Unidades de Ensino:
1. ECOSSISTEMA BUCAL. IDENTIFICAÇÃO E CONTROLE DE MICRO-ORGANISMOS ORAIS
EM DIFERENTES NICHOS
 Lavagem das mãos: Técnica e papel nas rotinas de controle de micro-organismos
 Microbiota oral: Características da microbiota oral, papel da microbiota residente e
organização dos biofilmes
 Riscos e biossegurança no laboratório: Métodos de identificação e cultivo de micro-
organismos.

 AULA PRÁTICA (lavagem de mãos)


 AULA PRÁTICA (Isolamento de micro-organismos de nichos bucais e coloração de
GRAM)
Odontologia Morfofuncional do Ecossistema
Bucal

Unidades de Ensino:
2. SALIVA E EXAME SALIVAR
Aspectos bioquímicos da saliva e da Película Adquirida
Componentes orgânicos e Inorgânicos da Saliva
Fluxo salivar e capacidade tampão da saliva

AULA PRÁTICA (fluxo salivar e capacidade


tamponante da saliva)
AULA PRÁTICA (estudo dirigido)
Odontologia Morfofuncional do Ecossistema
Bucal

Unidades de Ensino:
3. BIOFILME ORAL E DOENÇAS INFECCIOSAS ORAIS: ASPECTTOS
MICROBIOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS
 Aspectos microbiológicos, Imunológicos e bioquímicos das doenças cárie,
periodontal e infecções endodônticas e periapicais
 Isolamento e Identificação de S. mutans salivar
 Teste de Snyder e de Fosdick
 Princípios do controle farmacológico de micro-organismos de interesse
bucomaxilofacial, antibiograma e sua aplicação na Odontologia
 AULA PRÁTICA (teste de Snyder)
 AULA PRÁTICA (antibiograma)
Odontologia Morfofuncional do Ecossistema
Bucal

Unidade de ensino
4. ESTUDO DO DESEQUILÍBRIO ECOLÓGICO NA CAVIDADE BUCAL E PRINCIPAIS
PATOLOGIAS CONSEQUENTES
Agentes desmineralizantes
Erosão Ácida e fluoretos na Odontologia

AULA PRÁTICA (Fluoretos e a solubilidade do esmalte


dentário em ácido)
AULA PRÁTICA (Princípios ativos em enxaguatórios e
dentifrícios bucais)
ECOSSISTEMA BUCAL - Terminologia

 ECOLOGIA: estudo científico das interações entre os organismos e seu


ambiente.

 ECOSSITEMA: reflete uma comunidade microbiana que vive em sítios


específicos circundadas por diferentes elementos químicos e físicos.

 Em ecologia, NICHO descreve o modo de vida de uma espécie. Cada espécie


possui um nicho específico.
Microbiologia

 Ciência que estuda os seres vivos de tamanho pequeno, cujas dimensões


permanecem ocultas ao olho humano mas podendo ser visualizados ao
microscópio.
Procarionte X Eucarionte
Terminologia

 MICROFLORA
Microrganismos vivos que são tão pequenos que só podem ser vistos com
microscópio e que mantém uma presença mais ou menos constante numa
determinada área.

Bactérias Vírus Protozoários Fungos

PROCARIONTES
EUCARIONTES
Vírus
 Sem células
HIV
 Parasitas intracelulares obrigatórios
 Não tem atividade metabólica

TRANSMISSÃO
 Sangue
 Secreção respiratória
INFLUENZA
 Excreções intestinais
 Secreções do trato reprodutor
Protozoários
 Variam de 2 a 1000µm
 Unicelulares
 Heterotróficos (ambientes externos)

TRANSMISSÃO
 Água e alimentos contaminados
 Hábitos de higiene
 Saneamento básico
 Animais
Fungos

 Constituídos de hifas
 Multicelulares nucleados

TRANSMISSÃO
 Inalação de esporos
 Pele
 Sdecreção
Bactérias
 Unicelulares
 Autótrofos ou heterótrofos
 Encontrados no solo, água, ar e em nosso organismo

•São úteis na produção de antibióticos, decomposição, digestão (E.coli)


Dentre todos os microrganismos presentes na boca, as bactérias são as
mais abundantes.

Neisseria meningiditis Pseudomonas aeruginosa


Morfologia das
Bactérias
Os estreptococos são os
mais predominantes na
boca.

Os bacilos são
frequentes
– importante papel na
progressão da cárie após
a colonização pelos S.
mutans
Estrutura das células bacterianas
Flagelo = mobilidade
Pilus e fimbrias =adesão
Cápsula = especificidade imunológica,
proteção contra fagocitose e fator de
virulência
Parede celular = pressão osmótica
Membrana plasmática = transporte de
moléculas
Conceitos
 Patógeno= organismo que vive na superfície ou no interior dos tecidos
causando danos. Ex vírus e bacterias

 Patogenicidade = capacidade do microrganismo de causar danos no


hospedeiro. Ex sarampo

 Virulência = grau de patogenicidade, ou seja, a dose ou o número de células


que resultará em resposta patológica num dado período de tempo. Ex.
sarampo mais forte.
Infecçã
o Invasão ou colonização do hospedeiro por um microrganismo patogênico
ou seus produtos resultando em doenças no hospedeiro.
Virulência bacteriana
1. Atingir os tecidos do 3. Resistir aos mecanismos
hospedeiro de defesa do hospedeiro

INFECÇÃO

2. Multiplicar na superfície 4. Causar danos no tecido


do hospedeiro do hospedeiro
Virulência bacteriana
 Aderência bacteriana
 Fatores de virulência = pilus e fimbria (transferência de DNA –resistência a antibióticos
Cápsulas = necessária para aderência e virulência
Endotoxinas - Lipopolissacarídeo (LPS) = desencadeiam propriedades
fisiopatológicas.
Exotoxinas = proteínas tóxicas

Porphyromonas gingivalis Streptococos mutans


POPULAÇÕES BACTERIANAS NAS
SUPERFÍCIES DOS ANIMAIS
 Há mais bactérias habitando na sua pele do que
gente no planeta.

 Para elas seu corpo é um paraíso, um lugar cheio


de oásis onde água e comida jorram o tempo todo,
na forma de água, sais minerais, gordura e
proteínas.

 As membranas mucosas de animais são


normalmente colonizadas por uma ampla
variedade de microrganismos.

 A microbiota oral reflete uma comunidade de


microrganismos que tem como seu habitat
principal a cavidade oral.
MICROBIOTA RESIDENTE OU
INDÍGENA
• Presentes em altos números (> 1%)

• São compatíveis com o hospedeiro, não comprometendo a sua sobrevivência

• Colonização em sítios específicos e coexistência

 Estima-se que o corpo humano seja formado por 1014 células, sendo que 90%
destas são os microrganismos da microbiota residente.
MICROBIOTA RESIDENTE OU
INDÍGENA
Funções dos microrganismos residentes quando em equilíbrio em relação ao
seu hospedeiro
• Barreira contra instalação de microrganismos patogênicos
• Modulação do sistema imunológico
• Produção de substâncias utilizáveis pelo hospedeiro
• Degradação de substâncias tóxicas
MICROBIOTA
SUPLEMENTAR
 Quase sempre em números reduzidos (< 1%). Estes microrganismos podem
tornar-se indígenas durante alterações ambientais na cavidade bucal.

-Lactobacillus cárie (pH ácido favorece seu crescimento)

-Espiroquetas, Porphyromonas gingivalis e Actinobacillus actinomycetencomitans


Doença periodontal
MICROBIOTA TRANSIENTE OU
TRANSITÓRIA
 Microrganismos não ou potencialmente patogênicos passam “temporariamente” pelo hospedeiro.
Originários do ambiente. São eliminados pelo sistema inume, microbiota residente ou condições físico-
químicas do ambiente.

 Podem causar doenças ao passar de um estado transitório para um dominante (patógenos


oportunistas).

.
INTER-RELAÇÕES BACTÉRIA-
HOSPEDEIRO
Simbiose = benéfica e estável.

Antibiose = bactérias e hospedeiro são antagonistas; instável

Anfibiose (Caráter Anfibiôntico) = estado intermediário no qual o hospedeiro e


a microbiota coexistem sob a forma de equilíbrio estável.
Cavidade oral: relação anfibiótica (não há demonstração de ser benéfica ou
prejudicial).
Parabéns Mulheres!
Cavidade oral
Sistema aberto onde microrganismos e
nutrientes são introduzidos e removidos.

Se estabelecem microrganismos que conseguem


se aderir e resistir às forças de remoção da
cavidade bucal.
 Streptococcus
 Actinomyces
 Prevotella
 Fusobacterium

Mais de 700 tipos diferentes de microrganismos


já foram identificados
Colonização da cavidade bucal
Ao nascer
Microrganismos da mãe e ambiente
(streptococcus salivarus)
3° mês de vida
(anterior à erupção dos dentes decíduos)

Primeiros Dentes = S. mutans, S.


sanguinis

Idade escolar - Adolescentes


(após erupção dos permanentes)
Microbiota
igual à do
adulto
Aumento do número de microrganismos e anaeróbios
facultativos = Veillonela e actinomyces
Adultos
Microbiota oral complexa, com aumento
de bacteroides e
ECOSSISTEMAS BUCAIS
Geralmente 20-30 tipos distintos de microrganismos predominam num sítio-específico

Mucosa vestibular
(Estreptococos Gram +) Sulco Gengival (região + anaeróbica)
Mucosa palatina
(=mucosa vestibular)
Dorso da Língua
predomínio de
S.salivarius e S. mitis e
Veillonella spp.
Reservatório de Superfície dentária (Gram + e -,
bactérias das doenças Estreptococos, anaeróbios
periodontais facultativos)
Sulco gengival
Saúde X Doença
Hospedeiro
suscetível

Ambiente Microrganismo
favorável patogênico

DOENÇA
Ecossistema Bucal – variações na microbiota

Saliva

Microbiota
Microbiota Imunidade
do
Oral hospedeiro

Estilo de
vida
PRESSÕES SELETIVAS
OPERANTES NA MICROBIOTA
ORAL
ANAEROBIOSE
• Boca= ambiente oxigenado com regiões de anaerobiose

I – Tensões de Oxigênio na Cavidade Oral

- Atmosfera = 21%.
- Boca= 12 a 14%
- Bolsa periodontal = 1 a 2 %.
=> placas subgengivais (predominam anaeróbios), placas supragengivais predominam
facultativos e microaerófilos.
PRESSÕES SELETIVAS
OPERANTES NA MICROBIOTA
ORAL
II – Potencial de Óxido-redução (Eh)
•Reflete a quantidade de oxigênio
Microrganismos que necessitam de Eh positivo = aeróbios
necessitam de um Eh negativo = anaeróbios.

Interior da Bolsa periodontal: tensão de oxigênio é muita baixa (favorece os


anaeróbios).
PRESSÕES SELETIVAS
OPERANTES NA MICROBIOTA
ORAL
TEMPERATURA E PH
•temperatura cavidade oral aprox. 37°C e em bolsas periodontais em atividade =
mais de 39°C (favorece periodontopatógenos)

•A variação do pH na cavidade bucal (superfície dentária com biofilme


acidogênico, sulcos subgengival, bolsas periodontais e saliva) limita e/ou
favorece o desenvolvimento de certos grupos microbianos.
PRESSÕES SELETIVAS
OPERANTES NA MICROBIOTA
ORAL
FONTES DE NUTRIENTES NA CAVIDADE ORAL
O hospedeiro fornece nutrientes para a microbiota da cavidade bucal.

Os nutrientes são derivados de cinco fontes:


 Dieta
 Saliva
 Fluido gengival
 Células epiteliais descamativas
 As próprias bactérias.
PRESSÕES SELETIVAS OPERANTES NA
MICROBIOTA ORAL
Fontes de Nutrientes
DIETA
 Consistência dos alimentos
 Nutrientes macromoleculares (amido, lipídio) = normalmente mão disponíveis para os
microrganismos
 Carboidratos solúveis de baixo peso molecular (sacarose ou lactose) = cariogênese

Maior disponibilidade de nutrientes

Maior crescimento bacteriano

Maior acúmulo de biofilme


Fontes de Nutrientes
SALIVA
• A maioria dos microrganismos utilizam as proteínas e glicoproteínas como a sua principal fonte de
nutrição.

•Contém 1% de glicoproteínas, sais inorgânicos, aminoácidos e glicose e vitaminas. Essas


quantidades são suficientes para sustentar o crescimento bacteriano nos períodos de jejum
do hospedeiro.
Fontes de Nutrientes
CÉLULAS DESCAMATIVAS
São renovadas constantemente pela hipotonicidade da saliva e os componentes
celulares ficam disponíveis para os microrganismos.

FLUIDO GENGIVAL
Presença de pequenas quantidades de transudato sérico que pode ser fonte de
nutrição para a população presente.
Fontes de Nutrientes
BACTÉRIAS
As próprias bactérias podem fornecer nutrientes umas às outras.
Em uma comunidade microbiana tal como na placa dentária, ocorrem
interações microbianas consideráveis.
Essas interações microbianas indicam que algumas das relações da microbiota
oral são microrganismo-dependentes, ou seja, não ocorrerá o crescimento
bacteriano na ausência do microrganismo produtor do requerimento
nutricional.
Biofilmes Bacterianos
Complexos ecossistemas microbianos, podem ser formados por populações
desenvolvidas a partir de uma única, ou de múltiplas espécies, podendo ser
encontrados em uma variedade de superfícies bióticas e/ou abióticas.
 Adesão bacteriana
– Adesão Célula-superfície

 Adesão bacteriana
– Adesão Célula-célula

 Adesão bacteriana
– Adesão Célula-célula
Dinâmica de formação de um biofilme:
EPS = matrix
exopolissacarídea
Fase de
aderência
inicial
Composição do Biofilme
-15 -20% microrganismos
700 espécies bacterianas

- 80-85% matriz extracelular

A matriz contém vários componentes: exopolissacarídeo (secretado para o meio


externo), proteínas, ácidos nucléicos, entre outros.

O EPS tem diferentes estruturas e funções, dependendo das comunidades e/ou


condições
ambientais:
- impedir fisicamente a penetração de agentes antimicrobianos e
dessecação;
- se adere a nutrientes essenciais para criar um ambiente rico em
nutrientes;
- proteção contra radiações UV;
- alterações de pH; age como tampão
Papel dos biofilmes nas doenças
As bactérias presentes nos biofilmes estão protegidas contra o sistema imune do
hospedeiro.

Estudos atuais mostram que a formação de biofilmes pode ser considerado um fator de
falha da antibioticoterapia no tratamento de doenças infecciosas.

Exemplos típicos de doenças associadas a biofilmes incluem as infecções de implantes


tais como válvulas cardíacas, catéteres, lentes de contato, etc.
Comunidades associadas às superfícies
Bactérias são onipresentes devido à sua plasticidade fenotípica.

Um importante aspecto associado a esta ubiqüidade está relacionado à capacidade destes organismos
migrarem para diferentes nichos, onde podem se propagar.

 As comunidades bacterianas têm importantes papéis na natureza, seja na produção e degradação de


matéria orgânica, na degradação de poluentes, ou na reciclagem de nitrogênio, enxofre e vários
metais - esforço coletivo de organismos com diferentes capacidades metabólicas:
•Metabolismo de esgotos e águas contaminadas - biorremediação;
•Separação de metais na natureza – biolixiviação
•Oxidação de tubos, brocas de perfuração, encanamentos, rotores e pás de máquinas...
•Reciclagem de substratos na superfície dentária na cavidade oral de seres humanos e
outros animais.
BIOFILMES
ORAIS
A placa dentária é
um biofilme, mas
nem todo biofilme é
uma placa dentária
Formação BIOFILME - PLACA
 DENTAL
1963 – Socransky e colaboradores: importância das bactérias na placa dental e seu papel na
etiologia da cárie dental e doenças periodontais.
Após a erupção dentária, vários depósitos orgânicos podem ser formados sobre as superfícies dos dentes.

Película adquirida = filme orgânico derivado da saliva


(glicoproteínas). Não contém bactérias.

Adesão de células bacterianas unitárias (0-24h)

Força de
Crescimento de bactérias aderidas – formação de aderência
microcolônias distintas (4-24h)

Sucessão microbiana ( e coadesão) = maior diversidade


de crescimento contínuo de microcolônias (1-7 dias)

Comunidade clímax/biofilme maduro (1 semana ou


mais)
1. Formação da película adquirida
 Os microrganismos não colonizam a superfície diretamente.
 Constituída de glicoproteínas salivares, fosfoproteínas, lipídeos.
 Inibe a desmineralização subsuperficial do esmalte.
 Papel potencial na determinação da microbiota inicial.
2. Colonização bacteriana
 Adesão de células bacterianas unitárias (0-24h)
3. Colonização microbiana inicial
 4-24h
 S. sanguinis, S. oralis e S. mitis = 95% da microflora total inicial.
 S. mutans = 2% a menos da microbiota inicial.

24h
4. Sucessão microbiana
1° colonizadores (Gram +)
Os estreptococos se
aderem à proteínas da
película adquirida da
saliva

2° colonizadores (Gram -)
Adesão de espécies como F.
nucleatum

3° colonizadores (Gram - )
Porphyromonas gingivalis
5. Composição microbiana da comunidade clímax (biofilme
maduro)
 A composição da placa dentária varia, incluindo uma variedade de bactérias Gram- e Gram+ muitas
das quais são anaeróbias facultativas ou obrigatórias.
 Cárie = altas concentrações de cocos Gram+ produtores de ácidos como os S. mutans, outros
estreptococos e bastonetes Gram+.

Alguns biofilmes apresentam forma


de “espiga de milho” na sua superfície
RESUMO
Durante a aderência inicial ocorrem interações entre as bactérias e a
película, posteriormente estão envolvidas relações entre as bactérias,
produtos bacterianos, matriz intermicrobiana, fatores do hospedeiro e
dieta.
Placa Específica X Inespecífica
 Apenas alguns microrganismos são capazes de causar doenças, apesar de uma
grande diversidade de microrganismos que podem se aderir à superfície
dentária
RELAÇÃO ENTRE A BIOFILME DENTAL E A MARGEM GENGIVAL
 O biofilme pode crescer sobre outras superfícies da cavidade bucal como sulcos e
fissuras das superfícies oclusivas, restaurações e coroas artificiais, bandas e
aparelhos ortodônticos removíveis, implantes dentais, e dentaduras.

 A taxa de formação do biofilme depende de variáveis como: dieta, idade,


fatores salivares, higiene oral, alinhamento dos dentes, doenças sistêmicas e
fatores do hospedeiro.
Biofilme supragengival
 Torna-se clinicamente detectável após atingir uma
boa espessura. À medida que o biofilme cresce e se
acumula uma massa globular visível com superfície
nodular e cor brancoamarelada é detectada.
Pode ser diferenciada em:
 - Biofilme coronário: contato apenas com a
 superfície dentária.
 - Biofilme marginal: associação com a superfície
 e margem gengival.
BIOFILME SUPRAGENGIVAL – FORMAÇÃO E BIOQUÍMICA
 Estrutura inicial: película.
 Após a colonização bacteriana a película passa a ser considerada parte da biofilme dental

Biofilme dental = película + bactérias + matriz intercelular

1.Adsorção de proteínas salivares às superfícies de


apatita => interação iônica eletrostática entre os íons
Ca++ e os grupamentos fosfato na superfície do
esmalte e dos grupos carregados opostamente nas
macromoléculas salivares.

2. Adsorção de glicoproteínas salivares

3.Transição - película => biofilme: cocos + pequeno no.


de células epiteliais e PMNs. As bactérias aderem-se
inicialmente a pequenas irregularidades, fissuras ou
áreas com imperfeição na superfície dentária que
estejam protegidas da limpeza oral.
4. Subsequentemente outros grupos microbianos se agregam gerando microcolônias

Matriz Intermicrobiana: material entre as bactérias no biofilme– 25% do volume


Complexo protéico-polissacarídico microbiano
Material salivar
Exudato gengival
Biofilme subgengival

 Normalmente fino, está contido no interior do sulco gengival ou da bolsa


periodontal e não pode ser detectada pela observação direta.
Detecção por sondagem ao redor da margem gengival.
BIOFILME SUBGENGIVAL – FORMAÇÃO E BIOQUÍMICA
 Com a maturação do biofilme supragengival, alterações inflamatórias modificam as relações
anatômicas da margem gengival em relação à superfície dental.
Edema e aumento gengival => aumento da área para colonização bacteriana.
•Este espaço dilatado protege as bactérias dos mecanismos naturais de limpeza oral.
Ao mesmo tempo ocorre renovação do epitélio e aumento do fluxo gengival e uma
renovação celular do epitélio da bolsa periodontal.
•Novo ambiente protegido do meio supragengival e banhado pelo fluido gengival
contendo células epiteliais descamativas, bactérias e seus produtos metabólicos.
CÁLCULO DENTAL
Depósito aderente em vias de calcificação ou calcificado sobre os dentes ou estruturas
sólidas presente na cavidade oral => placa bacteriana mineralizada.
Cálculo supragengival:
Cálculo coronário à margem gengival e visível na cavidade oral.

Cálculo subgengival:
Se forma abaixo da margem gengival, usualmente nas bolsas periodontais, não é visto no
exame oral.
COMPOSIÇÃO DO CÁLCULO
DENTAL:
Depósito mineralizado com conteúdo inorgânico similar ao osso, dentina ou cemento.
- Componente orgânico: mistura de complexos proteícos-polissacarídicos, células epiteliais
descamadas, leucócitos e diversos tipos de microrganismos como na placa dental.

 O cálculo supra e subgengival difere na proporção dos seus constituintes.

O acúmulo de placa serve como matriz orgânica para mineralização do cálculo. A


precipitação de minerais ocorre usualmente 1 a 14 dias após a formação da placa.

A mineralização começa pela ligação de cálcio aos complexos carboidratos-proteína na


matriz orgânica e subseqüente precipitação de sais cristalinos de fosfato de cálcio.

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