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A. MICROSCOPIA:
B. MICROBIOTA HUMANA
Importância da microbiota
Definição: Comunidade total de microbioma (ou microbiota) e biomoléculas associadas.
Disbiose Fatores que desencadeia
• Intestino: dieta, medicamentos ingeridos,
mucosa intestinal, sistema imunológico e a própria
microbiota → consequências: doenças
Alteração geral na composição da microbiota
inflamatórias, distúrbios metabólicos, doenças
autoimunes, distúrbios neurológicos, etc.
• Vaginal: vaginose, candidíase etc.
Microbiota
DISTRIBUIÇÃO E OCORRÊNCIA – AMBIENTES ESTÉREIS
sangue; líquidos cavitários e tecidos profundos
DISTRIBUIÇÃO E OCORRÊNCIA – AMBIENTES NÃO ESTÉREIS
Pele Olhos
• Staphylococcus spp. → S. epidermidis (90%) ➔ LÁGRIMA: contém lisozima destrói parede
e S. aureus (10a40%) bacteriana
• Propionibacteriumacnes ➔ CONJUNTIVA:
• Corynebacteriumspp. • Staphylococcus spp., S. epidermidis
• Cândida spp. • Corynebacterium spp.
• Pityrosporum spp. (Malassezia) • Outros: Moraxella spp., Haemophilus
• Streptococcus spp. parainfluenzae Neisseria não patogênicas
Orelha interna Orelha externa Trato respiratório Trato respiratório
superior interior
Predominam:
Staphylococcusspp.e
Corynebacteriumspp.
S. epidermidis, S.
Staphylococcus spp., BAIXA quantidade de
aureus, S. pneumoniae e
Normalmente livre de Corynebacterium spp. microrganismos
outros alfa-hemolíticos,
bactérias. Propionibacterium
Corynebacterium spp.,
spp.
Moraxella spp.,
Neisseria spp.,
Haemophilus spp. e
Micrococcus spp.
Microbiota
DISTRIBUIÇÃO E OCORRÊNCIA – AMBIENTES NÃO ESTÉREIS
TRATO GASTROINTESTINAL – INTESTINO TRATO GASTROINTESTINAL – INTESTINO GROSSO
DELGADO
DUODENO JEJUNO ÍLEO • Altamente colonizado 1011 MO/g de peso úmido;
aproximadamente Enterococcus Anaeróbios • > 1000 espécies diferentes;
• 300x mais anaeróbios que aeróbios;
1.000 bactérias spp.; Bacteroides
• Anaeróbios:
mL Cocos e lactobacilos, spp.) - BGN (bacteroides (fragilis, melaninogenicus, oralis) e
BGP). corinebactérias anaeróbios fusobacterium.
e C. albicans facultativos - BGP: bifidobacterium, eubacterium, lactobacillus,
(Escherichia clostridium perfringens.
coli) em • Anaeróbios facultativos: BGN Enterobacterales;
• Um adulto excreta aproximadamente 3x1013 (30
grande
trilhões) de células bacterianas diariamente pela defecação.
quantidade
SISTEMA URINÁRIO BOCA
RINS E URETERES BEXIGA • Saliva contém: 10 bactérias/mL;
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Rothia Streptococcus
(stomatococcus) Peptpstreptococ
Streptococca
Micrococcus cus
Micrococcaceae ceae
Kocuria
Kytococcus
Planococcus Enterococcus
➔ Ágar sangue, ágar chocolate, CLED, Chapman/manitol salgado (estafilococos) e meios cromogênicos.
A. Prova da Bacitracina:
➔ Esta prova se baseia, na inibição do crescimento do micro-organismo frente a uma pequena quantidade
de bacitracina.
➔ O crescimento é feito em meio MHA: Mueller-Hinton ágar, onde é adicionado um disco de infusão de
0,04 U de bacitracina.
RESISTENCIES A BACITRACINA 0,04 U SENSÍVEIS A BACITRACINA 0,04 U
Staphylococcus spp. É sensível quando o halo
Rothia (Stomatococcus)
Micrococcus de inibição ≥ 10 mm →
É resistente quando não há nenhuma zona ou halo não precisa fazer prova
Kocuria
de inibição ≤ 9 mm da coagulase
Kytococcus
precisa fazer prova da coagulase
Planococcus
PROVA DA COAGULASE
POSITIVA NEGATIVA
S. aureus, S. lutrae, S. intermedius, S. hyicus, S.
Staphylococcus coagulase negativa
delphini e S. schleiferi.
CALDO VOGES – PROSKAUER (VP – 48h) NOVOBIOCINA (5 µg)
Positiva Negativa Sensível Resistente
S. aureus ou S. S. lutrae, S. intermedius, Halo > 16 mm Halo ≤ 16 mm e média
schleiferi S. hyicus e S. delphini de 6 a 12 mm
Maltose / manitol Polimixina B Estafilococos coagulase Estafilococos
(aerobicamente - fermentação) (300U) negativa coagulase negativa
novobiocina sensível novobiocina resistente
Positiva Negativa Resistente Sensível
(ECNS) (ECNR)
Realizar provas do esquema S. saprophyticus
S.
S. aureus S. schleiferi S. hyicus de fermentação de açucares e outros estafilococos
intermedius
(esquema da apostila)
Alguns conceitos:
1) Prova com caldo Voges – proskauer (VP):
4. GENERALIDADES DO STAPHYLOCOCCUS:
➔ Foliculite;
➔ Furúnculo: nódulos elevados e dolorosos de tecido morto.
➔ Abscesso;
➔ Síndrome da pele escaldada: causado por bactérias produtoras da toxina esfoliativas (A e B),
atividade proteolítica na epiderme (dissolvem a matriz mucopolissacarídica da epiderme), abrupto surgimento
de eritema perioral local, estende para todo o corpo (em 2 dias), formação bolhosa (sem bactérias) e
descamação do epitélio, aparecimento de Acs protetores, recuperação do epitélio em 7 a 10 dias, sem
cicatrizes;
➔ Impetigo bolhoso: forma localizada da Síndrome da pele escaldada, altamente transmissível entre as
crianças, atinge principalmente lactentes e crianças de pouca idade, as vesículas contém bactérias.
➔ Impetigo pustular: acomete face e membros, causa mancha avermelhada e achatada, pústulas e
crostas.
➔ Síndrome do choque tóxico: infecção fatal com envolvimento cutâneo e tecidos moles, causada por
Estafilococos produtores de TSST-1, pode surgir após complicação de abscessos estafilocócicos, osteomielite,
infecções de ferida cirúrgica, etc., pode surgir após uso de absorventes interno, pode gerar febre, hipotensão,
rash eritematoso difuso, vertigem ortostática, vômito, diarréia, insuficiência renal, cefaléia, conjuntivite,
faringite, envolvimento de múltiplos órgãos e mortalidade alta.
➔ Intoxicação alimentar: alimento contaminado com a toxina (carnes processadas, presunto, porco
salgado, salada de batatas, sorvetes), transmitida pelo manipulador de alimentos, aquecimento posterior do
alimento irá eliminar a bactéria, mas não a toxina, início abrupto (4 horas) e desaparecem dentro de 24 h
(tratamento de suporte).
α-hemolítico
Grupo Mits Grupo Viridans
➔ Principal representante: Streptococcus ➔ Variedade de infecções: cárie dental,
pneumoniae. endocardite e infecções intra-abdominais
➔ CGP encapsulado; ➔ Microbiota normal de: orofaringe, trato
➔ Possui cerca de 92 sorotipos (classificados de gastrointestinal e trato genitourinário.
acordo com o antígeno capsular); ➔ Principais representantes: S. anginosus
➔ Crescem em meios enriquecidos com sangue (Trato urogenital e TGI), S. constellatus (Trato
➔ Necessitam de CO 2 para crescer. respiratório) e S. intermedius (abscessos de
➔ Atingem órgãos como cérebro, ouvido e cérebro e fígado).
principalmente pulmão.
β-hemolítico
ESTREPTOCOCOS DO GRUPO A ESTREPTOCOCOS DO GRUPO B
➔ Principal representante: Streptococcus ➔ Principal representante: Streptococcus
pyogenes agalactiae – também faz parte do grupo γ.
➔ Doenças: faringite; escarlatina (paciente pode ➔ Coloniza o trato gastrintestinal (TGI) e
avançar para um quadro de língua em “framboesa” e trato gênitourinário.
descamação cutânea); Piodermite (impetigo); ➔ Doença neonatal: causa sepse,
Erisipela; Faciite necrosante; pneumonia, meningite
➔ Sequelas: febre reumática (sequela mais grave ➔ Faz parte do grupo β-hemolítico e γ-
estreptocócica, pois frequentemente resulta em lesões hemolítico.
do miocárdio e válvulas cardíacas) e Glomerulonefrite.
γ-hemolítico
ENTEROCOCCUS
➔ Principais representantes: E. faecalis (parece um “terço) e E. faecium.
➔ Enterococos: “cocos entéricos” (TGI)
➔ Previamente classificados como estreptococos do grupo D.
➔ São encontrados no solo, fezes, alimentos, água, e no ambiente em geral
➔ Microbiota do TGI - Espécies mais comuns: E. faecalis e E. faecium
α-HEMOLÍTICO
β-HEMOLÍTICO
BACITRACINA
Prova empregada para diferenciar o gênero Staphylococcus dos gêneros Micrococcus e Stomatococcus,
além de diferenciar estreptococos do grupo A de outros β-hemolíticos
RESISTENTE SENSÍVEL
Se for resistente, deve-se realizar seguintes testes: Se for sensível, deve-se realizar o teste com:
➔ Camp-Teste: a atividade hemolítica da beta ➔ Sulfazotrim (SUT): separar presuntivamente
lisina estafilocócica sobre os eritrócitos é os estreptococos dos grupos A e B, dos estreptococos
intensificada por um fator extracelular, produzido β-hemolíticos pertencentes aos outros grupos.
por estreptococos do grupo B, denominado fator
CAMP. Se positivo: hemólise em ponta de seta.
➔ Hipurato: Capacidade de hidrolisar o
Hipurato de sódio Revelar com 200 µL de
Ninhidrina. Se positivo: anel roxo.
γ-HEMOLÍTICO
BILE ESCULINA
Habilidade de hidrolisar a esculina em esculetina e glicose, em presença de bile.
Se positivo: coloração negra
POSITIVO NEGATIVO
Realizar o teste MTS
Crescimento em presença de alta concentração de sal. Realizar o teste CAMP-TESTE e Hipurato
Se positivo: Turvação com ou sem viragem de pH
POSITIVO NEGATIVO NEGATIVO POSITIVO
α-hemólise:
Estreptococos Grupo
Viridans
β-hemólise:
Estreptococos Grupo Estreptococos β-
Viridans e Estreptococos hemolítico não Grupo A, Estreptococos
Enterococcus spp. Grupo D B ou D. Grupo B
Tem que ter PYR (+).
(S.bovis confirmar c/ γ-hemólise: (S. agalactiae)
provas específicas) Estreptococos γ
hemolítico não Grupo D
Abiotrophia;
Globicatella;
Leuconostoc
γ-HEMOLÍTICO
OUTRAS PROVAS BIOQUÍMICAS
MOTILIDADE MBE (6 AÇUCARES) ARGININA TELURINO
Habilidade de fermentar
o carboidrato e acidificar Enterococcus faecalis
Hidrólise da arginina
o meio se positivo fica cresce formando
amarelo. colônias pretas
Deve-se colocar óleo
Verificar se as bactérias
mineral para manter
são móveis • Açucares: sorbitol, Se positivo:
ambiente sem O2
sacarose, adonitol, colônias pretas
arabinose, rafinose,
Se positivo: roxo
manitol.
Determinar a sensibilidade de um
OPTOQUINA
micro-organismo a Optoquina
Se positivo: hemólise em
ponta de seta.
separar presuntivamente os
estreptococos dos grupos A e B, dos
SULFAZOTRIM
estreptococos β-hemolíticos
pertencentes aos outros grupos.
Hidrólise da arginina
Deve-se colocar óleo mineral para
ARGININA
evitar o contato com O2.
Se positivo: roxo
PIGMENTO Passar swab em um ágar ( com enterococos após 24 h de incubação e observar a cor)
Habilidade de fermentar o
carboidrato e acidificar o meio.
Se positivo: amarelo
6. COMO REPORTAR:
➔ Streptococcus pneumoniae
➔ Estreptococos do grupo Viridans
➔ Streptococcus agalactiae
➔ Streptococcus pyogenes
➔ Enterococcus faecalis
➔ Enterococcus faecium
➔ Enterococcus gallinarum
7. PARTE DA APOSTILA QUE CORRESPONDE AO CONTEÚDO DE CGP:
Os cocos Gram positivos (CGP) estão disseminados na natureza e podem ser isolados do ambiente ou
como habitantes comensais da pele, das mucosas e de outras partes do corpo dos seres humanos e animais. A
ubiquidade dessas bactérias na natureza dificulta, em certas ocasiões, a interpretação de seu isolamento de
amostras de pacientes, a não ser que existam manifestações clínicas aparentes de processo infeccioso. O
isolamento desses microrganismos a partir de amostras deve ser sempre correlacionado com o quadro clínico
do paciente antes que se possa estabelecer o seu papel no processo infeccioso.
A maioria dos cocos Gram positivos, recuperados de culturas aeróbias podem ser diferenciados com
as provas bioquímicas apresentadas nos fluxogramas 01 e 02. Desta forma, para facilitar a identificação dos
principais cocos Gram positivos aeróbios envolvidos em infecções humanas, podemos didaticamente dividi-
los em: catalase positiva, representados principalmente pelos Staphylococcus spp. e, em catalase negativa,
representados principalmente pelos Streptococcus spp. e Enterococcus spp.
PROVA DA CATALASE
BIOQUÍMICA ENVOLVIDA:
A enzima catalase está presente na grande maioria das bactérias aeróbias ou anaeróbias facultativas,
que contém o complexo citocromo. Usualmente, os microrganismos que não contém citocromos também não
possuem catalase. Grande parte das bactérias anaeróbias possuem peroxidase em vez de catalase. Na
decomposição da molécula de água oxigenada “in vitro”, uma molécula atua como substrato reduzido e a outra
como um doador. O substrato reduzido pelos átomos de hidrogênio cedidos pelo doador dá como resultado
um substrato reduzido (H20) e um doador oxidado (gás).
REATIVO EMPREGADO:
Peróxido de hidrogênio 3%
Conservar em geladeira a 4ºC.
TÉCNICA:
Com a alça ou agulha de semeadura bacteriológica depositar uma porção de um cultivo bacteriano
puro no centro de uma lâmina limpa e desengordurada. Adicionar uma gota de água oxigenada a 3%. “Não
inverter a ordem e não agitar”.
LEITURA:
PRINCÍPIO: Prova empregada para diferenciar o gênero Staphylococcus dos gêneros Micrococcus e
Stomatococcus, além de diferenciar estreptococos do grupo A de outros -hemolíticos.
BIOQUÍMICA ENVOLVIDA:
Esta prova se baseia, na inibição do crescimento do microrganismo frente a uma pequena quantidade
de bacitracina. Observa-se ao redor do disco contendo bacitracina, uma zona de inibição de crescimento.
TÉCNICA DE SEMEADURA :
Para Estreptococo:
1) Com o auxílio de uma alça, colher três ou quatro colônias isoladas de estreptococos -hemolíticos
e semear numa placa de ágar sangue, de forma homogênea, a bactéria em identificação de maneira a formar
uma área retangular (2cm de largura e 4cm de comprimento aproximadamente).
2) Com o auxílio de uma pinça estéril colocar um disco de bacitracina no centro da semeadura.
Comprimir o disco suavemente. Incubar a 35ºC por 18 - 24 horas.
Para Estafilococo:
1) Preparar uma suspensão do microrganismo a ser testado em salina, que deve ser equivalente a um
padrão de turvação 0,5 de McFarland;
3) Coloque de forma asséptica um disco de bacitracina no centro da área de inoculada e dê uma leve
batida no disco para ele aderir à superfície do Agar;
LEITURA:
COAGULASE
REATIVOS:
TÉCNICA DE SEMEADURA:
1) Semear por dispersão 1 a 3 colônias (de uma cultura pura) em caldo BHI e incubar em estufa a 37ºC
por 4 a 6 horas;
2) Transferir 0,1 mL do cultivo em caldo BHI em um tubo de ensaio contendo 0,5 mL de plasma de
coleho reconstituído;
3) Homogeneizar (não agitar);
4) Incubar por estufa a 37ºC por 4 horas e verificar a formação de coágulo, inclinando levemente o
tubo de ensaio;
Coagulase
Plasma coágulo de fibrina
bacteriana
Alguns autores sugerem que a coagulase é uma substância semelhante a protrombina que reage com
os fatores plasmáticos normais para formar uma substância semelhante a trombina que por sua vez ativa o
fibrinogênio para formar a fibrina.
Obs.: Um método alternativo é a emulsificação dessa mesma colônia suspeita em 0,5mL de plasma e incubado
da mesma forma.
LEITURA:
VP (Voges Proskauer)
Leitura e Interpretação:
1) Semear por dispersão 1 a 3 colônias (de uma cultura pura) em um tubo de meio VP e incubar em
estufa a 35ºC por 24 horas;
2) Transferir uma alíquota de 1 mL deste meio em um tubo de ensaio estéril;
3) Adicionar 0,6 mL da solução alcoólica de -naftol;
4) Adicionar 0,2 mL da solução de hidróxido de potássio a 40% (É essencial que os meios sejam
adicionados nesta ordem);
5) Homogenizar e deixar o tubo destampado (para maior oxigenação do meio), à temperatura ambiente,
por 10 a 15 minutos;
O teste não deverá ser lido além de 1 hora após a revelação, já que mesmo em testes negativos poderá
aparecer uma cor acobreada que dificultará a interpretação. Se negativo nas primeiras 24 horas, reincubar o
restante do meio por mais 24 horas e repetir a revelação (principalmente em caso de CGP).
NEGATIVO: desenvolvimento de uma coloração amarela ou acobreada na superfície do meio (cor dos
reativos).
BIOQUÍMICA ENVOLVIDA:
FÓRMULA
Extrato de carne 0,25g
Proteose peptona 2,50g
NaCl 1,25g
Água destilada 232,0mL
Púrpura de bromocresol 0,005g ou 7,8mL de solução a 0,2%
Ága-ágar 3,75g
TÉCNICA DE PREPARO:
Preparar o meio de acordo com as instruções do fabricante. Após autoclavado a 121ºC, durante 15
minutos e resfriado a uma temperatura de aproximadamente 50ºC adicionar assepticamente 10 mL de uma
solução de Manitol 25% previamente esterilizada por filtração. Envasar assepticamente em tubos 13 x 100
mm.
TÉCNICA DE SEMEADURA:
Semear por picada profunda, com auxílio de uma agulha de semeadura bacteriológica, dois tubos
contendo o meio. Após, adicionar de 10 - 15 gotas de vaselina líquida estéril em um dos tubos. Incubar a 35ºC,
por 48 - 72 horas.
LEITURA:
POSITIVO: Desenvolvimento de cor amarela no meio de cultivo.
NEGATIVO: Não alteração da cor do meio.
MALTOSE
FÓRMULA
TÉCNICA DE PREPARO:
Preparar o meio de acordo com as instruções do fabricante. Após autoclavado a 121ºC, durante 15
minutos e resfriado a uma temperatura de aproximadamente 50ºC adicionar assepticamente 10 mL de uma
solução de Maltose 25% previamente esterilizada. Envasar assepticamente em placas.
TÉCNICA DE SEMEADURA:
LEITURA:
PRINCÍPIO: Teste utilizado para distinguir várias espécies de estafilococos de importância clínica.
TÉCNICA DE SEMEADURA:
Fazer uma suspensão bacteriana e padronizar a turbidez com a escala de Mc Farland (0,5). Semear
com cotonete em ágar sangue ou Mueller Hinton Agar, de forma bem homogênea. Colocar assepticamente
um disco de Polimixina B (300U). Incubar a 35ºC por 16 - 24 horas.
LEITURA:
PRINCÍPIO: Teste utilizado para distinguir cocos resistentes à novobiocina, como S. saprophyticus, S.
xylosus, S. cohnii, etc. de outros sensíveis como por ex. S epidermidis.
TÉCNICA DE SEMEADURA:
Fazer uma suspensão bacteriana e padronizar a turbidez com a escala de Mc Farland (0,5). Semear
com cotonete em ágar sangue ou Mueller Hinton Ágar de forma bem homogênea. Colocar assepticamente um
disco de Novobiocina 5 g. Incubar a 35ºC por 16 - 24 horas.
LEITURA:
Semear a colônia, que se quer pesquisar o comportamento quanto à capacidade de produzir lise das
hemácias, em meio de Ágar Sangue (5% de sangue de carneiro) com o auxílio de uma alça ou agulha
bacteriológica estéril. Incubar a 35 - 37º C por 18 - 24 horas.
Verificar a presença ou não de halo transparente ou esverdeado ao redor das colônias.
OBS: Fazer “STABS” com a alça bacteriológica
LEITURA:
OPTOQUINA (5 µg)
TÉCNICA DE SEMEADURA:
Colônias suspeitas (com alfa-hemólise e centro em depressão) são estriadas em ágar sangue e um disco
de Optoquina 5µg é colocado assepticamente no centro da semeadura. A placa deve ser incubada por 18 - 24
horas a 35ºC em atmosfera de 5 - 10% de CO2.
BIOQUÍMICA ENVOLVIDA:
LEITURA:
PRINCÍPIO: Teste empregado para observar a capacidade das células bacterianas em produzir lise em
presença de sais biliares em um tempo e temperatura específicos. Útil na identificação presuntiva de
pneumococo, preferencialmente em associação com o teste da Optoquina.
BIQUÍMICA ENVOLVIDA:
O Streptococcus pneumoniae produz uma enzima intracelular autolítica que faz com que o
microrganismo sofra uma rápida autólise quando é cultivado em meios artificiais. Alguns autores afirmam
que o papel dos sais biliares é acelerar o processo autolítico natural. Os ácidos biliares combinam com as
células pneumococicas e as alteram de maneira que a enzima autolítica é ativada.
INTERPRETAÇÃO:
Positivo: o tubo contendo a solução de desoxicolato aparece límpido e o tubo com a solução fisiológica
permanece turvo.
Negativo: os dois tubos permanecem turvos.
CAMP-TEST
PRINCÍPIO: Este teste é utilizado para identificar presuntivamente os estreptococos do Grupo B (S.
agalactiae).
BIOQUÍMICA ENVOLVIDA:
A atividade hemolítica da beta lisina estafilocócica sobre os eritrócitos é intensificada por um fator
extracelular, produzido por estreptococos do grupo B, denominado fator CAMP. Sempre que os dois reagentes
se superpõem em uma placa de ágar sangue de carneiro, ocorre uma intensificação da reação beta-hemolítica.
TÉCNICA DE SEMEADURA:
Este teste é realizado semeando-se, em meio de ágar sangue de carneiro, a amostra de estreptococo a
ser testada, perpendicularmente a uma amostra de Staphylococcus aureus produtora de beta lisina. As duas
estrias de semeadura devem ficar bem próximas, porém sem se tocarem. As placas inoculadas devem ser
incubadas em atmosfera ambiente a 35ºC por 18 -24 horas.
LEITURA:
POSITIVA: Ocorre a formação de uma área de hemólise típica em forma de ponta de seta ou meia lua na
junção dos dois microrganismos.
NEGATIVA: Ausência da hemólise típica em forma de ponta de seta ou meia lua.
PRINCÍPIO: Este teste é utilizado para identificação presuntiva dos estreptococos do grupo B.
BIOQUÍMICA ENVOLVIDA:
PROCEDIMENTO:
-Pipetar 0,5 mL da solução de Hipurato de sódio em um tubo 13x100mm com tampa de rosca.
-Semear uma alçada cheia de colônias no tubo contendo a solução de Hipurato de sódio.
-Incubar em estufa a 35 ºC por 2 horas.
-Após a incubação, adicionar 0,2 mL da solução de ninhidrina a 3,5 %, sem agitar, e incubar a 35 ºC
por 5 a 10 min.
INTERPRETAÇÃO:
PYR
BIOQUÍMICA ENVOLVIDA:
TÉCNICA DE SEMEADURA:
Método rápido: Semear a bactéria, em “spot”, em um papel de filtro impregnado com o substrato da
enzima, previamente umedecido com água destilada (10 L). Incubar a temperatura ambiente por 2 minutos
e após, adicionar 1 gota do agente revelador.
LEITURA:
PRINCÍPIO: Discos contendo 1,25 mg de trimetoprim e 23,75 mg de sulfametoxazol podem ser usados para
separar presuntivamente os estreptococos dos grupos A e B, dos estreptococos -hemolíticos pertencentes
aos outros grupos.
TÉCNICA DE SEMEADURA:
LEITURA:
BIOQUÍMICA ENVOLVIDA:
FÓRMULA
Peptona 5,0 g
Extrato de carne 3,0 g
Bile de boi 40,0 g
Esculina 1,0 g
Citrato de ferro 0,5 g
Ágar-ágar 15,0 g
Água destilada 1000 mL
TÉCNICA DE PREPARO:
Preparar o meio de acordo com as instruções do fabricante. Distribuir 2,0 mL de meio para cada tubo
de 13 x 100 mm. Autoclavar a 121º C por 15 minutos. Deixar o meio na posição inclinada (superfície longa e
base curta).
TÉCNICA DE SEMEADURA:
Inocular por estrias superficiais, com auxílio de uma agulha bacteriológica, 2 a 3 colônias. Incubar a
35ºC por 24 - 48 horas.
LEITURA:
PRINCÍPIO: Este meio pode ser empregado para diferenciar os enterococos dos estreptococos que também
possuem o antígeno D, antigamente denominado de estreptococos não enterococos.
FÓRMULA:
TÉCNICA DE PREPARO:
Preparar o meio de acordo com as instruções do fabricante. Distribuir 2,5 mL de meio para cada tubo
13 x 100 mm. Autoclavar a 121º C durante 15 minutos.
TÉCNICA DE SEMEADURA:
Com auxílio de uma agulha de semeadura bacteriológica, semear por dispersão o microrganismo em
identificação. Incubar a 35ºC por 24 -72 horas.
BIOQUÍMICA ENVOLVIDA:
Este teste evidencia o crescimento de um microrganismo em presença de uma alta concentração de sal (6,5
%). Uma reação positiva é evidenciada por crescimento, podendo estar acompanhado de viragem do indicador
de pH púrpura de bromocresol incorporado ao meio, que em pH ácido, pela fermentação da glicose, apresenta-
se com coloração amarelada.
LEITURA:
POSITIVO: Crescimento evidenciado pela turbidez do meio. A alteração de cor não é necessária.
NEGATIVO: Ausência de crescimento.
PRINCÍPIO: Determinar a sensibilidade de um coco Gram positivo, catalase negativo frente a vancomicina.
TÉCNICA:
Pelo método de Facklam e Washington um inóculo “pesado” (5 a 10 colônias) é semeado, com auxílio
de um cotonete estéril, em mais da metade de uma placa de TSA com 5% de sangue de carneiro. Utilizando
uma pinça estéril, coloca-se um disco de vancomicina 30 g, no centro da área inoculada. Incubar a 35ºC por
18 - 24 horas em atmosfera enriquecida com CO2 (Jarra com vela).
LEITURA
Este meio pode ser preparado sem adicionar o carboidrato. Após a semeadura adiciona-se 3 gotas da
solução a 20% do carboidrato que se quer testar.
TÉCNICA DE PRODUÇÃO:
Preparar o meio básico com infusão de coração, Púrpura de bromocresol. Distribuir 2,5 mL por tubo
13 x 100 mm. Autoclavar a 121º C por 15 minutos.
TÉCNICA DE SEMEADURA:
Semear por dispersão, com auxílio de uma agulha de semeadura bacteriológica , o coco Gram positivo em
identificação. Adicionar assepticamente o carboidrato adequado (esterilizado por filtração), em cada tubo na
proporção indicada. Incubar a 35ºC por no mínimo 7 dias.
BIOQUÍMICA ENVOLVIDA:
Com a utilização do carboidrato adicionado ao meio de cultura haverá formação de ácidos devido a
fermentação do carboidrato no metabolismo bacteriano, o qual é detectado pela viragem de cor do indicador
de pH presente no meio de cultivo.
LEITURA:
TÉCNICA DE SEMEADURA
Semear por dispersão, com auxílio de uma agulha bacteriológica, uma colônia do coco Gram positivo
em identificação. Incubar a 10ºC e em Banho Maria a 45ºC, por no mínimo 7 dias.
LEITURA:
POSITIVO: Presença de turbidez com ou sem alteração da cor do meio de cultivo de púrpura para amarelo.
NEGATIVO: Ausência de crescimento bacteriano (não turbidez do meio, de cultivo).
GÁS DE GLICOSE
LEITURA:
POSITIVO: Presença de bolhas de gás no tubo de Durham
NEGATIVO: Ausência de bolhas de gás no tubo de Durham
Triptona 10 g
Extrato de Levedura 5,0 g
Fosfato Dipotássio (K2HPO4) 5,0 g
Cloreto Sódio 5,0 g
Piruvato Sódio 10 g
Azul de Bromotimol 104 mg
Água destilada 1L
Ajustar o pH p/ 7,1 a 7,4, se necessário. Dispensar 2 mL/tubo 13x100 rosca. Autoclavar/15 minutos.
Acertar o pH para 6,0 com HCl – 1N (ajustar em pH-mêtro). Autoclavar 121ºC/15 minutos. Resfriar a
90ºC, adicionar 25 mL de sangue desfibrinado de coelho ou carneiro. Misturar bem. Resfriar a 50ºC, adicionar
solução de Telurito de Potássio (0,25g de telurito potássio em 10 mL de água destilada). Misture bem, envazar
em placas.
FAMÍLIA MICRORGANISMOS
Enterobacter spp. Leclercia spp.
Escherichia spp. Pseudocitrobacterv spp.
Enterobacteriaceae Citrobacter spp. Raoultella spp.
Cronobacter spp. Salmonella spp.
Klebsiella spp. Shigella spp.
Proteus spp.
Morganellaceae Providencia
Morganella spp.
Yersinia spp.
Yersiniaceae
Serratia spp.
Pantoea spp.
Erwiniaceae Tatumella spp.
Erwinia spp.
Hafnia spp.
Hafniaceae
Edwarsiella spp.
Pectobacterium spp.
Pectobacteriaceae
Dickeya spp.
Budviciaceae Budvicia spp.
1. Ordem Enterobacterales:
➔ São amplamente distribuídos na natureza e são encontrados no: solo, água, vegetais e trato
gastrointestinal (TGI) de humanos e animais
➔ Colonizam o TGI humano, geralmente sem causar doença;
➔ Bactérias mais frequentemente isoladas de amostras clínicas;
➔ Tem a maior família de Gram-negativo causadora de infecção humana.
2. Importância clínica:
5. Meios de cultura:
➔ Ágar MacConkey:
PROVAS DE IDENTIFICAÇÃO
PROVA DA OXIDASE
Reagente: Dicloridrato de tetrametil-p-fenilenodiamino → azul de indofenol
Citocromo oxidase + O2
NEGATIVA POSITIVA
Sem desenvolvimento de cor Desenvolvimento de cor púrpura
Significa que reduziu Significa que oxidou –
PROVA DO MIO
MOTILIDADE INDOL ORNITINA/ lisina e arginina
POSITIVO NEGATIVO POSITIVO NEGATIVO POSITIVO NEGATIVO
Ler o fundo do tubo
Ocorre a formação Ocorre a formação O tubo fica com
O MO fica imóvel O tubo fica todo
Tubo fica de um anel de um anel fundo amarelo
ao redor da picada roxo pois
todo turvo VERMELHO no amarelo pois não possui
da semeadura conseguiu usar os
tubo ou sem cor enz para usar o
açucares
açúcar
PROVA DO CITRATO DE SIMMONS
Determinar se um MO é capaz de utilizar o citrato COMO ÚNICA fonte de carbono para o seu crescimento
com consequente alcalinização, ou seja, quando a bactéria cresce, usam o citrato como fonte de carbono e
o sal de amônia, produzindo NH3 no meio e o alcalinizando.
POSITIVO NEGATIVO
Forma um complexo verde Fica da cor do ágar ou do revelador (amarelo)
➔ Interpretação:
UNIDADE 4
INTRODUÇÃO
Principais gêneros desta ordem: Escherichia; Salmonella; Shigella; Citrobacter; Klebsiella; Proteus;
Providencia; Serratia; Enterobacter; Morganella; Yersinia.
PROVA DA OXIDASE
1. Finalidade: Determinar a presença da enzima oxidase (citocromo oxidase).
2. Fórmula:
Dicloridrato de tetrametil-p-fenilenodiamino 1,0 g
Água destilada 100 mL
3. Preparo do reagente: Dissolver o corante na água destilada aquecendo-se suavemente. Transferir
para um balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com água destilada. Distribuir em alíquotas
pequenas (1 mL) e conservar em congelador em frasco escuro recoberto com papel alumínio. Descongelar na
hora do uso. O reagente é muito instável, oxidando-se rapidamente. Portanto, realizar sempre o controle de
qualidade do reagente toda vez que este for descongelado para uso. Desprezar a alíquota que apresentar cor
azul intensa.
4. Mecanismo: os citocromos são hemeproteínas que agem como o último elo na cadeia da respiração
aeróbia, por transferir elétrons (Hidrogênio) para o oxigênio, com a formação de água. O sistema citocromo
ocorre em organismos aeróbios, microaerofílicos e em anaeróbios facultativos, podendo estar associado nestes
casos à enzima oxidase. A prova da oxidase é empregada para investigar aqueles microrganismos que
apresentam ou não está enzima ou que são anaeróbios obrigatórios (sem enzima). O teste utiliza certos
reagentes (corantes) tais como o dicloridrato de tetrametil-fenilenodiamino, que substituindo o oxigênio atua
como aceptor artificial de elétrons. O corante no estado reduzido é incolor, contudo, na presença do citocromo
oxidase e do oxigênio atmosférico é oxidado tomando uma coloração escura.
5. Execução do teste: atritar em um pedaço de papel de filtro uma
porção da colônia bacteriana a ser testada. Adicionar uma gota do reativo
sobre o inóculo.
6. Leitura e Interpretação:
Positivo: desenvolvimento de uma coloração púrpura
imediatamente após a adição de reativo
Negativo: sem o desenvolvimento de cor.
OBS: Existem no mercado brasileiro fitas ou discos impregnados
com o reativo.
3. Mecanismo:
A utilização dos açúcares presentes no meio de TSI pode ocorrer aerobicamente na superfície ou
anaerobicamente em profundidade, ou simultaneamente, dependendo do potencial enzimático do
microrganismo em questão. Basicamente encontramos no meio de TSI os 3 modelos de fermentação abaixo
apresentados:
* (1) Apenas a fermentação da glicose (K/A). A superfície alcalina (vermelha) indica a ocorrência da
degradação oxidativa da glicose. Após aproximadamente 18 horas de incubação, a glicose é totalmente
consumida devido a sua baixa concentração (0,1%) e o microrganismo começa então a utilizar as peptonas,
presentes no meio, para o seu crescimento. O catabolismo das peptonas resulta na liberação da amônia (NH3)
responsável pela alcalinização da superfície do meio de cultura. A profundidade do meio permanece amarela
devido a prévia fermentação da glicose com produção de ácidos relativamente estáveis. Portanto, o pH da base
se torna mais ácido que o da superfície do meio onde ocorreu a oxidação do açúcar.
* (2) Fermentação da lactose, sacarose e glicose (A/A). Alguns microrganismos têm a capacidade de
usar todos os açúcares presentes, resultando na acidificação da superfície e da base. Tanto a lactose como a
sacarose estão presentes em concentrações 10 vezes maiores do que a glicose; portanto, após 18 horas de
incubação a glicose é consumida, mas existem ainda grandes quantidades dos outros dois açúcares.
Dependendo do tempo de incubação, a superfície pode se apresentar alcalina devido a depleção da lactose e
sacarose com consequente utilização das peptonas presentes no meio.
* (3) Não fermentação da lactose, sacarose ou glicose (K/K) ou (K/NC). Certas bactérias,
principalmente bacilos Gram negativos não entéricos, são incapazes de fermentar os açúcares presentes no
TSI. O desenvolvimento destes microrganismos ocorre devido a degradação das peptonas. A reação K/K é
resultado da degradação tanto aeróbica quanto anaeróbica das peptonas, enquanto o modelo K/NC é devido
ao catabolismo somente aeróbico destas substâncias.
Os gases produzidos no meio de TSI são CO2 e H2 e as bactérias produtoras são chamadas aerogênicas.
No caso da não formação de gases, são ditas anaerogênicas.
O meio de TSI evidencia ainda a presença de bactérias produtoras de gás sulfídrico (H2S), resultante da
reação em duas etapas:
- A bactéria num ambiente ácido degrada o tiossulfato de sódio (substrato) com a produção de gás
sulfídrico que é um gás incolor e invisível.
- Numa segunda etapa, o H2S reage com o sulfato ferroso existente no meio (revelador) formando o sulfeto
ferroso que é um composto insolúvel, responsável pela coloração negra que aparece no meio de TSI. Observar
que a produção de H2S implica na produção de ácido mesmo que a coloração amarela não possa ser observada.
4. Técnica de semeadura: “picada profunda e estria superficial”
5. Técnica de preparo:
Meio encontrado comercialmente desidratado. Portanto, para o preparo do meio seguir as instruções do
fabricante.
6. Leitura e Interpretação:
Reação na superfície ou ápice / reação na profundidade ou base:
K: alcalino,
A: ácido
AG: ácido e gás
H2S: gás sulfídrico
NC: não crescimento
MIO (Motilidade/Indol/Ornitina)
Reativo de Kovacs:
3. Mecanismo:
O triptofano é um aminoácido que quando degradado por certas bactérias levam à formação
principalmente dos seguintes produtos metabólicos intermediários: indol, escatol (metil indol) e ácido indol-
acético. As várias enzimas intracelulares envolvidas neste processo fisiológico são coletivamente
denominadas de “triptofanases”. Os produtos intermediários formados em maior quantidade na degradação
do triptofano são o ácido indol pirúvico, que produz indol por desaminação-deaminação, e o escatol formado
pela descarboxilação do ácido indol-acético. A presença do indol no meio de cultivo é revelada pela adição
do reativo de Kovacs, ocorrendo então a seguinte reação química:
O p-dimetil-amino-benzaldeído se liga à molécula do indol produzindo um composto quinoidal de
coloração vermelha, evidenciado pela formação de um anel na camada alcoólica superficial do meio. A reação
de cor é na realidade devido a reação dos grupos CH2 do anel pirrólico da molécula do indol com o aldeído,
que num meio “ácido” forma uma “quinona”.
4. Técnica de preparo:
A prova do indol pode ser realizada utilizando-se um meio específico para esta prova. Entretanto, nos
laboratórios de rotina de microbiologia clínica, geralmente, empregam-se meios que fornecem leitura de outras
provas bioquímicas além do indol, como por exemplo o MIO (motilidade, indol e ornitina).
Os meios são encontrados comercialmente desidratados. Portanto, para o preparo seguir as instruções do
fabricante.
5. Leitura e Interpretação:
Adicionar 5 gotas de Reativo de Kovacs na superfície do meio inoculado:
- Positivo: desenvolvimento de anel vermelho na superfície do meio de cultivo.
- Negativo: sem desenvolvimento de cor na camada alcoólica.
Obs.: Pode ocorrer o desenvolvimento de uma coloração laranja na superfície do meio devido a presença de
escatol, que pode ser um dos precursores para a formação do indol.
LISINA/ARGININA/ORNITINA DESCARBOXILASE
6. Leitura e Interpretação:
- Positivo: desenvolvimento de uma coloração diferente de amarelo, normalmente
púpura.
- Negativo: desenvolvimento de uma coloração amarela.
OBSERVAÇÃO:
CITRATO DE SIMMONS
1. Finalidade: Determinar se um microrganismo é capaz de utilizar o citrato como única fonte de carbono
para o seu crescimento com conseqüente alcalinização.
2. Fórmula:
Sulfato de magnésio 0,2 g
Fosfato dihidrogenado de amônia 1,0 g
Fosfato dipotássico 1,0 g
Citrato de sódio 2,0 g
Cloreto de sódio 5,0 g
Ágar-ágar 15,0 g
Solução alcoólica de azul de bromotimol a 1% 0,08 g
Água destilada 1000 mL
pH: 6,9
3. Mecanismo:
Normalmente, o metabolismo do citrato envolve a condensação de uma molécula acetil com a
coenzima A mais o oxalacetato para iniciar o ciclo de Krebs. A grande maioria das bactérias utilizam o citrato
pelo ciclo dos ácidos tri-carboxílicos ou através da via fermentativa. A clivagem do citrato envolve a
participação da “citratase”. O citrato é transformado em acetato e oxalacetato sendo este último transformado
em piruvato e CO2. O meio de cultivo utilizado para a fermentação do citrato também contém um sal
inorgânico de amônia. O microrganismo que usa o citrato como única fonte de carbono também utiliza o sal
de amônia como única fonte de nitrogênio. A degradação destes sais produz amônia (NH3) com a conseqüente
alcalinização.
5. Técnica de preparo:
Meio encontrado comercialmente desidratado. Portanto, para o preparo do meio seguir
as instruções do fabricante.
6. Leitura e Interpretação:
- Positivo: crescimento bacteriano com ou sem alteração da cor do meio para azul.
- Negativo: ausência de crescimento bacteriano. Não ocorre alteração da cor do meio.
FERMENTAÇÃO DE CARBOIDRATOS
Meio Básico para Açúcar – MBA (Ex.: Rhamnose)
3. Mecanismo:
A fermentação é um processo metabólico anaeróbico de óxido-redução no qual um substrato orgânico
serve como aceptor final de hidrogênio. Na fermentação de substratos orgânicos como os carboidratos ocorrem
a formação de produtos oxidados e reduzidos, que dependem de alguns fatores tais como:
(1) o tipo de microrganismo
(2) a natureza do substrato a ser fermentado
(3) as condições ambientais de cultivo como temperatura, acidez, etc...
Os produtos de fermentação dos carbohidratos e álcoois, genericamente denominados de “açúcares”, são
poucos: dois gases (H2 e CO2), poucos ácidos e álcoois e uma cetona.
4. Técnica de preparo:
Pesar os ingredientes segundo a fórmula acima descrita. Dissolver, distribuir em tubos e esterilizar a
121ºC durante 15 minutos. Na hora do uso, adicionar assepticamente a solução de açúcar previamente
esterilizada por filtração ou tindalização de modo a obter uma concentração final de 1g%.
FENILALANINA DESAMINASE
1. Finalidade: Determinar a habilidade de um microrganismo em desaminar a fenilalanina com a conseqüente
modificação de meio de cultivo pela formação de ácido fenilpirúvico.
2. Fórmula:
DL-fenilalanina 2,0 g
Extrato de levedura 3,0 g
Cloreto de sódio 5,0 g
Fosfato dissódico 1,0 g
Ágar-ágar 12,0 g
Água destilada 1000 mL
Cloreto férrico a 12%
Cloreto férrico 12 g
Ácido clorídrico concentrado 2,5 mL
Água destilada q.s.p. 100 mL
3. Mecanismo:
O aminoácido aromático fenilalanina sofre desaminação oxidativa, catalisada por uma flavoproteína,
para produzir o ácido fenilpirúvico. A desaminação oxidativa resulta na liberação de um grupo amina (NH2)
do aminoácido para formar um alfa cetoácido de ligação dupla e amônia (NH3). Este processo ocorre em duas
etapas: inicialmente o hidrogênio é retirado do aminoácido formando um iminoácido. Este hidrogênio livre se
combina com o oxigênio para formar água e conseqüentemente o iminoácido é hidrolizado em um cetoácido.
A fenilalanina é desaminada em ácido fenilpirúvico e este durante a incubação é reduzido a ácido fenilacético.
O ácido fenilacético pode ser convertido em fenilalanina, com isso, iniciando novamente o ciclo. Uma pequena
quantidade de ácido fenilpirúvico é susceptível a ser descarboxilado a ácido fenil acético, o qual também pode
se reconvertido em fenilalanina. A evidenciação da desaminação da fenilalanina no meio de cultivo é revelada
pela adição do reativo cloreto férrico, ocorrendo a seguinte reação química: o cloreto férrico, que é um agente
oxidante, e os íons férricos (Fe+++), em solução ácida com hidrazina, formarão como produto final nitrogênio
e amoníaco. O cloreto férrico atua como agente quelante fazendo com que o ácido fenilpirúvico desenvolva
uma coloração verde.
4. Técnica de preparo: Meio encontrado comercialmente desidratado. Portanto, para o preparo do meio
seguir as instruções do fabricante.
PROVA DO MALONATO
1. Finalidade:
Verificar a capacidade do microrganismo em utilizar o malonato de sódio como sua única fonte de
carbono
2. Fórmula:
Glicose 0,25 g
Extrato de levedura 1,0 g
Sulfato de amônio 2,0 g
Fosfato dipotássico 0,6 g
Fosfato monopotássico 0,4 g
Cloreto de sódio 2,0 g
Malonato de sódio 6,0 g
Azul de bromotimol 0,025 g
H2O 1000 mL
pH 6,7
3. Mecanismo:
O malonato é um inibidor enzimático que interfere na oxidação do ácido succínico a ácido fumárico,
inibindo a enzima succinato-dihidrogenase. Com a supressão do ácido fumárico o ciclo de Krebs deixa de
funcionar privando a célula de energia.
O acúmulo do ácido succínico interfere também no ciclo do ácido glioxílico impedindo a produção de
substâncias intermediárias para a biossíntese de novos compostos necessários ao metabolismo. Como
resultado o microrganismo é incapaz de multiplicar-se a menos que possa fermentar ou utilizar o malonato de
sódio como única fonte de carbono. A adição de extrato de levedura e uma quantidade pequena de dextrose
como fonte de carbono respectivamente, estimula o crescimento de organismos que não são aptos a utilizar o
malonato ou sal de amônio.
5. Leitura e interpretação:
2. Fórmula:
Peptona 3,0 g
NaCl 5,0 g
KH2PO4 0,225 g
Na2HPO4 5,65 g
H2O 1000 mL
pH 7,6
3. Mecanismo:
A respiração aeróbia é um processo de óxido-redução que produz energia. A maioria dos organismo
aeróbicos possuem a enzima citocromo-oxidase que as tornam capazes de utilizar o oxigênio como aceptor de
hidrogênio. O Cianeto é um inibidor não competitivo do sistema citocromo-oxidase. No entanto, alguns
microrganismos aeróbicos não são sensíveis ao cianeto. Esta resistencia se deve provavelmente, a um sistema
de respiração flavoproteica.
4. Técnica de preparo:
Pesar os ingredientes segundo a fórmula acima descrita. Dissolver e distribuir em tubos de rosca e
esterilizar a 121º C durante 15 minutos.
Na hora de usar adicionar assepticamente 1 gota de solução de KCN (0,5 %) previamente esterilizada por
filtração.
FÓRMULA (base):
Peptona 1,0g
Glicose 1,0g
Cloreto de sódio 5,0g
Fosfato dipotássico 2,0g
Vermelho de fenol 0,012g
Agar 12,0g
Água destilada 1000mL
pH 6,8
SEMEADURA
Por estrias superficiais, utilizando-se de um inoculo “pesado”.
BIOQUÍMICA ENVOLVIDA
O substrato uréia é uma diamida do ácido carbônico, sendo freqüentemente referida como uma
carbamida. A hidrólise da uréia é catalizada por uma enzima específica “urease” , rendendo duas moléculas
de amônia (NH3). Em solução a hidrólize de uréia fornece um produto final o carbonato de amônia.
A urease é uma importante enzima relacionada a decomposição microbiana de compostos orgânicos. Ela
é considerada uma enzima constitutiva, pois é sintetizada pela bactéria na presença ou ausência do substrato
uréia.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO
1. IMPORTANTE:
➔ Septicemias
➔ ITU
➔ Pneumonias
➔ Feridas cirúrgicas
➢ Doenças de Base:
➔ Fibrose cística
➔ Neoplasias
➔ Doença granulomatosa crônica (defeitos na NADPH oxidase dos fagócitos)
➔ Pseudomonas aeruginosa
➔ P. putida
➔ P. fluorescens
➔ P. veronii
➔ P. oryzihabitans
➔ P. stutzeri
➔ P. mosselii
➔ P. alcaligenes
➔ P. pseudoalcaligenes
➔ P. luteola
➔ P. mendocina
➔ P. monteilii Significado clínico duvidoso
➢ Tipos de coloração:
➢ Manifestações clínicas:
➔ Foliculite
➔ Feridas operatórias
➔ Infecções de queimaduras
➔ Infecções pulmonares
➔ Infecção de ouvido
➔ Infecções urinárias
➔ Exsudação purulenta azulada, com odor de uva, devido a produção de piocianina, é característica.
➔ Infecções oculares (Após traumatismo da córnea (por lentes de contato, arranhadura...) e exposição à
água contaminada), Pneumonias, Endocardite, Meningites, Abscesso cerebral e Infecções ósseas/articulações.
➔ Ceratite: por P. aeruginosa adquirida pelo uso de lente de contato.
➔ Infecções pulmonares: Infecção respiratória em pacientes com fibrose cística (mucoviscidose).
➔ Em pacientes com fibrose cística exacerba a doença (isolados clínicos mucóides de difícil erradicação).
➔ Sério problema infecção crônica em aproximadamente 70 a 80 dos adolescentes e adultos;
➔ Fenótipo mucóide: acredita-se que pode inibir a fagocitose, aumentar a resistência aos
antimicrobianos e induzir uma significante resposta imune nos pulmões → dano aos pulmões → morte.
➔ Taxonomia confusa;
➔ CBGN;
➔ Oxidase negativa;
➔ Imóveis;
➔ 31 espécies;
➔ Complexo Acinetobacter calcoaceticus, Acinetobacter baumannii.
➔ A. lwoffii
➔ A. haemolyticus
➔ A. junii
➔ A. johnsonii
➔ São isolados na natureza;
➔ São importantes agentes de infecções hospitalares (IRAS);
➔ Sobrevivem em superfícies úmidas, mas tem secas (pele)
➔ Podem fazer parte da microbiota orofaríngea ou pele de pessoas “normais”.
➔ A. baumannii é a espécie mais comumente isolada de amostras clínicas humanas.
➔ Patógenos oportunistas;
➔ Infecções hospitalares: Vias aéreas, ITU (cateter), Feridas, Endocardite, Meningite, Pneumonia (pós
traqueostomia ou ventilação mecânica), Peritonite;
➔ Problema: Resistência antimicrobiana
➔ Resistência intrínseca: Ampicilina Amoxacilina, Cefalosporinas 1 ª e 2 ª geração e Nitrofurantoína.
➢ Stenotrophomonas maltophilia:
➔ BGN móvel: IRAS, qualquer sítio, contaminação de soluções desinfetantes; Steno: estreito
➔ Resistente: carbapenêmicos (imipenem, meropenem e ertapenem). Tropho: alimentação
➔ Sensível: colistina, polimixina B, sulfametoxazol-trimetoprima. Mono: um
➔ Bactéria emergente; Malto: “maltose”
➔ PAV (Pneumonia associado a ventilação); Philia: amiga
➔ Sepse;
➔ ITU;
➔ Imunocomprometidos
➔ BGN
➔ Crescimento ou não em McConkey: ágar seletivo para gram negativo pois os cristais violetas e sais
biliares presentes nele inibem o crescimento das gram positivas, e a lactose junto com o indicador de pH
evidencia os MO que degradam a lactose.
➔ Oxidase positiva (se negativa não exclui)
➔ Ausência de Fermentação da Glicose
➔ ÁGAR MacCONKEY É SELETIVO PARA GRAM NEGATIVO
4.1. Oxidase:
MEIOS
1) TSI 2) OXIDAÇÃO/FERMENTAÇÃO – OF
+ BGN-NF
Original TOPO DO OXIDATIVO
INERTE FERMENTATIVO
laranja TUBO + BGN-NF
VERMELHO
3) MEVAG
➔ Meio para o estudo da via de ataque aos glicídios
➔ Meio menos tamponado para melhor visualização da oxidação pelos BGN NF Indicador é o
vermelho de fenol.
➔ Se o topo do tubo ficar amarelo de cima para baixo, é positivo para BGN-NF, pois utilizou a via
oxidativa.
Este meio é menos tamponado e
detecta facilmente a oxidação É um
meio bom para identificar a
oxidação de outros açúcares que não
a glicose, pois detecta os ácidos
fracos formados
➔ Após fazer os testes para triagem inicial, deve-se seguir para as provas bioquímicas, onde existe alguns
fluxogramas que a distribui e que permitem identificar a bactéria.
➔ Lembrando que, para a escolha do fluxograma, deve-se seguir este roteiro acima antes, além da
identificação morfológica em microscópio, para saber se é um bacilo, cocobacilos ou cocos gram negativos,
que farão total diferença na escolha do fluxograma.
4.3.1. Motilidade:
➢ Citrato:
➢ Malonato:
Obs sobre o azul de bromotimol: quando o MO provoca mudanças no meio, em pH ácido o meio fica
amarelo, em pH neutro o meio fica verde e, em pH básico o meio fica azul.
4.3.5. DNAse:
➔ Determinar a capacidade de um micro-organismo em produzir
a enzima desoxirribonuclease.
➔ HCl 1 N precipita DNA íntegro.
➔ Positivo: ocorre a formação de um halo transparente/claro ao
redor do crescimento bacteriano;
➔ Negativo: não ocorre a formação deste halo transparente.
UNIDADE 5
1. INTRODUÇÃO
Bacilos Gram negativos não fermentadores de glicose (BGN-NF) vêm gradativamente adquirindo
importância na bacteriologia clínica, representando importantes agentes de infecções, principalmente em
pacientes imunocomprometidos. Entretanto a identificação bioquímica deste grupo de microrganismos é
bastante complexa, principalmente devido às dificuldades taxonômicas.
2. IDENTIFICAÇÃO
Para identificação destes microrganismos encontram-se descritos na literatura vários esquemas, como
por exemplo, Weaver-Hollis, Gilardi e Pickett; Oberhofer e colaboradores; Romeo, etc. Todos estes esquemas
utilizam-se de meios de cultura padronizados preparados nos laboratórios clínicos ou adquiridos
comercialmente.
Existem também esquemas disponíveis comercialmente, em forma de “kits” ou sistemas compactos de
identificação, como por exemplo: API 20E (bioMerieux Vitek, Inc., Hazelwood, MO); API NFT (bioMerieux
Vitek, Inc., Hazelwood, MO); OXI/ FERM Tube (Becton Dickinson Microbiology Systems, Cockeysville,
MD); N/F system (Remel Laboratories, Lenexa, KS); RapID NF Plus (Innovative Diagnostics Systems, Inc.,
Norcross, GA); etc. São sistemas geralmente simples, baseados em técnicas padronizadas, cujos resultados
reprodutíveis são iguais ou melhores que os procedimentos convencionais.
O principal problema inerente ao uso de muitos dos sitemas compactos para identificação de não
fermentadores é a tendência desses microrganismos apresentarem atividade bioquímica fraca ou tardia, o que
produz reações falso-negativas. O microbiologista deve ter uma experiência considerável para interpretar
certas reações incompletas ou fracas, que podem ocorrer durante o uso desses sistemas.
Existem também os sistemas automatizados capazes de identificar bacilos não entéricos em
concordância variando de 71% a 92% com os métodos convencionais. São exemplos os sistemas: Vitek
(bioMerieux Vitek, Inc., Hazelwood, MO); Autoscan-4; Walkaway-96 e Walkaway-40 (Todos da Dade
Behring, West Sacramento, CA) e Sensititre AP80 Identification (Accumed International, Inc., Westlake,
OH).
Nesta unidade apresentaremos o sistema de identificação de BGN-NF adotado pelo Laboratório de
Bacteriologia Clínica do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (LEPAC) desta universidade.
Este sistema foi adaptado a partir daquele utilizado no Instituto Adolfo Lutz – São Paulo e emprega
metodologia e meios de cultura padronizados.
2.1 Primeiros indícios de que um isolado desconhecido é um Não-Fermentador
Pode-se suspeitar que um BGN desconhecido pertença ao grupo de não-fermentadores quando se
observa uma ou mais das seguintes características:
1) Ausência de evidências de fermentação de glicose - Reação K/K (ápice e base alcalinos) em TSI ou
ágar ferro de Kligler;
2) Reação de citocromo oxidase- positiva - Os Não Fermentadores podem ser oxidase + ou -. Se a
bactéria for oxidase + podemos excluir a família Enterobacteriaceae (exceção do gênero Plesiomonas spp).
3) Dificuldade de desenvolver-se em meio de Mac Conkey (Não Fermentadores podem crescer ou não
em meio de Mac Conkey. Entretanto se não houver crescimento neste meio podemos excluir a família
Enterobacteriaceae).
2.3.1. Sistema adotado pelo Laboratório de Bacteriologia Clínica do Laboratório de Ensino e Pesquisa
em Análises Clínicas (LEPAC) desta universidade (FLUXOGRAMA DE IDENTIFICAÇÃO I e II). Este
sistema foi adaptado a partir daquele utilizado no Instituto Adolfo Lutz – São Paulo e emprega metodologia e
meios de cultura padronizados.
Confeccionar esfregaços a partir da colônia isolada, corar pela técnica de Gram e observar a
morfologia: Bacilo, Coco ou Cocobacilo.
2.3.1.1 b)- Prova da Utilização da Glicose
Semear em 2 tubos de meio OF (Hugh e Leifson) glicose ou MEVAG glicose vedando um dos tubos
com vaselina estéril. As tampas de rosca devem ficar levemente fechadas. Incubar a 30 - 35º C por 24 - 48
horas.
2.3.1.1 c)- Atividade do citocromo - oxidase
Utilizando alça de platina colocar a bactéria sobre um papel de filtro. Gotejar o reativo de tetrametil-
p-fenileno-diamina HCl 1%, ou utilizar tiras de oxidase comercial. O aparecimento de cor azul dentro de 10
segundos indica prova positiva.
uma alçada da suspensão bacteriana, obtida de cultivo com crescimento ativo em caldo a 25º C durante
6 a 24 horas, é colocada no centro de uma lamínula que será invertida sobre a concavidade de uma placa
escavada.
Examinar com objetiva de 40 X. A motilidade deve ser diferenciada do movimento browniano e das
correntezas de fluido causadas pela pressão da lâmina. Na verdadeira motilidade os organismos trocam de
posição em relação a eles mesmos, enquanto no movimento browniano e nas correntezas de fluido eles podem
parecer ativos, porém, estão sempre na mesma posição em relação aos outros organismos.
Usar um meio semi-sólido de ágar com teor de ágar não superior a 0,3%, para não impedir a difusão.
Inocular os 4 mm superior do meio. Incubar à temperatura ambiente ou 25ºC. Realizar leitura inicial
dentro de 4 a 6 horas. Outra leitura deve ser feita após 24-48 horas a fim de detectar cepas móveis de
crescimento lento.
Se a motilidade é o único critério para identificar uma espécie, torna-se necessário a coloração flagelar.
Os principais gêneros de bactérias, não fermentadoras da glicose, causadores de patologias em
humanos podem ser classificados preliminarmente, baseados nas provas acima, como:
A partir de colônia isolada fazer: Gram, oxidase e observar pigmento: amarelo ou rosa.
IMPORTANTE:
Fórmula:
Peptona 2,0 g
Dextrose 10,0 g
Azul de Bromotimol 0,03 g
Ágar 2,5 g
Cloreto de Sódio 5,0 g
Fosfato dipotássico 0,3 g
Água destilada 1000 mL
Fundamento:
O meio de O-F (Meio oxidativo e fermentativo de Hugh & Leifson , 1953), é o meio mais apropriado
para a caracterização e identificação dos Não Fermentadores.
Este meio contém 0,2% de peptona e 1% de carboidrato, com taxa de peptona/carboidrato no meio 0,2:
1, em contraste com a taxa de 2:1 encontrada nos meios convencionais utilizados para teste de fermentação
de carboidratos.
Esta baixa concentração de peptona minimiza a formação de aminas alcalinas provenientes da oxidação
da peptona, as quais tendem a elevar o pH do meio podendo neutralizar os ácidos fracos que são produzidos
pelas bactérias Gram negativas Não Fermentadoras. A concentração relativamente alta de carboidrato estimula
o organismo à produção do ácido. A consistência semi-sólida do meio e o emprego do Azul de bromotimol,
como indicador de pH, são fatores que tornam o meio de O-F um sistema mais sensível para a detecção das
pequenas quantidades de ácidos formados pelo metabolismo oxidativo.
Semeadura:
Inocular dois tubos de meio de O-F, sendo que um é selado com 1 cm de vaselina estéril; incubar a
36ºC por 24-48 horas.
Leitura e interpretação:
M.E.V.A.G.
( Meio para o Estudo da Via de Ataque dos Glicídios)
Fórmula:
Caldo simples 50 mL
KCl 5g
Agar-ágar 3g
Vermelho de fenol (sol.aquosa a 0,2%) 10 mL
Água destilada q.s.p. 1000 mL
Acertar o pH para 7,6-7,8 e autoclavar à 121ºC por 15 minutos.
Manter o meio em Banho-Maria a 56ºC e adicionar 5 mL do carboidrato (solução a 20%) para cada 95
mL de meio pronto.
Distribuir 5 mL em tubo 13 X 100.
Fundamento:
Este meio é menos tamponado e detecta facilmente a oxidação. É um meio bom para identificar a
oxidação de outros açúcares que não a glicose, pois detecta os ácidos fracos formados.
Semeadura:
Inocular dois tubos de meio de MEVAG -glicose , sendo que um é selado com 1 cm de vaselina estéril;
incubar a 36ºC por 24-48 horas. Para os outros carboidratos semear um tubo sem selar com vaselina.
Leitura e interpretação:
➔ MEVAG – Glicose:
REDUÇÃO DO NITRATO
Fórmula:
Peptona 20,0 g
KN03 2,0 g
Água destilada q.s.p. 1000 mL
Ajustar o pH a 7,0. Distribuir em alíquotas de 4 mL por tubo de 13 X 100 contendo tubos de Durham
invertidos. Autoclavar a 121ºC durante 15 minutos.
Reagentes:
SOLUÇÃO A:
SOLUÇÃO B:
Dissolver os pós na água e então adicionar o ácido acético. Guardar os reagentes A e B em frascos
conta-gotas (escuros), na geladeira.
Semeadura:
Inocular o meio de redução do nitrato com a bactéria em estudo. Incubar a 35-37ºC por 24-48 horas.
Adicionar 0,25 mL de solução A e 0,25 mL da solução B, nesta ordem. Homogeneizar e observar o
aparecimento de coloração (vermelha) dentro de 1 minuto.
Leitura e interpretação:
O aparecimento de cor vermelha indica a presença de nitrito, então houve a redução do nitrato. Se não
aparecer coloração vermelha significa que:
b) o nitrato foi reduzido além do estágio de nitrito para algum outro composto (amônia, óxido nítrico,
óxido nitroso) ou para gás nitrogênio (nitrogênio molecular: N2), que deverá estar contido nos tubos de
Durham. Os reativos A e B detectam unicamente nitrito. Para verificar o processo que ocorreu, adicionar uma
pitada de zinco em pó ao tubo com o caldo nitrato após a adição dos reativos A e B. Se o nitrato ainda estiver
presente, será reduzido pelo zinco e, então, uma coloração vermelha aparecerá dentro de 5 minutos. Se não
aparecer coloração vermelha significa que houve redução total do nitrato a outros compostos.
Equação química:
HIDRÓLISE DA ESCULINA
Fórmula:
Peptona 10,0 g
Citrato férrico amoniacal 1,0 g
Esculina 1,0 g
Ágar 20,0 g
Água destilada 1000 mL
Semeadura:
Inocular a superfície do ágar esculina com uma alçada proveniente do crescimento em meio sólido.
Incubar a 35 - 37º C por 24 - 48 horas.
Leitura e interpretação:
A esculina, neste meio, é fluorescente sob a luz ultravioleta. Quando ocorre a hidrólise da mesma, o
meio torna-se negro e não mais fluorescerá.
HIDRÓLISE DA GELATINA
Fórmula:
Semeadura:
Deixar o tubo com o meio de gelatina a 35 - 37º C até que a mesma se torne líquida. Inocule com alça
ou agulha a colônia de bactéria que se quer testar. Incube a 35-37ºC por 24 horas. Retire e coloque na geladeira
por 15 minutos.
Leitura e interpretação:
Se a bactéria produzir a enzima gelatinase a gelatina se hidrolizará e não se solidificará após ser
colocada em geladeira.
DNase
Princípio:
Fórmula:
Triptona 20,0 g
Ácido desoxirribonucleico 2,0 g
Cloreto de sódio 5,0 g
Ágar-ágar 15,0 g
Água destilada 1000 mL
Técnica de preparo:
Preparar o meio de acordo com as instruções do fabricante. Autoclavar a 121º C por 15 minutos.
Distribuir assepticamente em placas.
Técnica de semeadura:
Semear fazendo um “risco”, com auxilio de uma alça de semeadura bacteriológica, no meio contido
em placa. Incubar a 35ºC por 24 horas.
Bioquímica envolvida:
Com a produção da enzima Dnase pelo microrganismo, esta é difundida no meio de cultivo, e agindo
sobre o DNA presente no meio, quebrará sua dupla hélice. Ao se fazer a revelação com HCl 1N ocorrerá
precipitação do DNA íntegro, tornando desta forma o meio com aparência turva. Onde não houve precipitação
do DNA, por não estar íntegro, ruptura esta causada pela ação da enzima DNase, não ocorrerá turvação do
meio de cultura, aparecendo desta forma um halo transparente ao redor da semeadura do microrganismo
produtor da enzima.
Leitura
Cobrir toda a superfície do meio de cultura na placa com ácido clorídrico 1N. Aguardar alguns minutos
para fazer a leitura.
TSB (normalmente)
Fórmula descrita na UNIDADE 03
Incubação
Estufa específica
Por 24 a 48 horas
descritas na UNIDADE 05
Princípio:
É o mesmo definido para enterobactérias (UNIDADE 05), entretanto como muitos não fermentadores
apresentam fraca atividade descarboxilase e podem produzir aminas insuficientes para converter o sistema
indicador de pH, mesmo utilizando a base de Moeller (que apresenta uma quantidade menor de glicose em
sua composição), deve-se empregar um inóculo pesado a partir de um crescimento bacteriano ativo. É
essencial inocular um segundo tubo com meio de cultura, sem o aminoácido a ser testado, para servir de
controle durante a leitura. Em não fermentadores a conversão do meio para amarelo, devido ao acúmulo de
ácidos provenientes da degradação da glicose, não é observada. Deve-se cobrir o inóculo, nos dois tubos, com
vaselina, já que a reação de descarboxilase ocorre anaerobicamente.
Peptona 5g
Extrato de carne 5g
Púrpura de Bromocresol 0,01g
Vermelho de cresol 0,005g
Glicose 0,5g
Piridoxal 0,005g
Água destilada 1000mL
pH final = 6,0
Aminoácido: Adicionar 10g, para uma concentração final igual a 1%, da forma L (levo) do aminoácido
a ser testado. Dobrar esta concentração se a forma D (destrógena) for usada, já que somente a forma L é ativa.
Técnica de semeadura:
Leitura e interpretação:
POSITIVO: Intensificação da coloração púrpura no tubo teste quando comparado ao tubo controle.
NEGATIVO: Tubos teste e controle apresentam a mesma coloração (fracamente púrpura).
descritas na UNIDADE 06
MICROBIOTA
ORGÃO MICRORGANISMO
RINS E URETERES Normalmente livres de microrganismos
Mulher: muito discutido principalmente devido a
variação das coletas. Lactobacillus, Gardnerella,
Streptococcus (em pequenas quantidades, não
interferem nas culturas tradicionais).
BEXIGA
Homem: Estudos indicam a presença de
Microrganismos variadas espécies em pequena
quantidade.
Porção distal (próxima ao meato urinário)
➔ Bacteriúria Assintomática;
➔ Cistite;
➔ Pielonefrite;
➔ Prostatite aguda;
➔ Abscessos Perinéfricos e intra renais;
➔ Urosepsis;
➢ BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA:
➔ Mulheres: Bacteriúria significativa (≥ 104 - 105 UFC/ml) sem sintomas atribuíveis ao trato urinário,
em 2 amostras de urina coletadas por micção espontânea (jato médio) consecutivamente;
➔ Homem: Bacteriúria significativa (≥ 104 - 105 UFC/ml) sem sintomas atribuíveis ao trato urinário,
em 1 amostras de urina coletadas por micção espontânea (jato médio) consecutivamente
➔ A falta de sintomas é mais comum em: idoso, diabético e pacientes c/ cateter de demora.
❖ Cistite:
❖ Pielonefrite:
➔ Como aparecem: pielonefrite não tratada ou tratada de forma inadequada pode causar supuração,
liquefação e necrose do parênquima que, por fim, leva ao abscesso.
➔ Tipo de paciente: diabetes, doenças crônicas, estado imunocomprometido obstrução do trato urinário
e usuários de drogas intravenosas.
➔ Perirenais: A extensão da infecção para o espaço perirrenal é comum e podem ocorrer abscessos
perirrenais. Coleções extra parenquimatosas podem se estender ao músculo psoas, pelve ou virilha;
❖ Pielonefrite enfisematosa:
❖ Tuberculose renal:
➔ O trato urinário é o local extrapulmonar mais comum de infecção por Mycobacterium tuberculosis.
Resulta da disseminação hematogênica em 15 20 dos casos;
➔ O trato urinário pode estar envolvido, mesmo quando as radiografias de tórax não mostrem evidências
de TB;
➔ Vários granulomas caseosos se formam no córtex por causa de seu fornecimento de sangue favorável.
Estes podem permanecer dormentes ou reativar, espalhando bacilos para os túbulos, resultando em necrose
papilar. A infecção progressiva pode destruir o rim;
❖ Prostatite Bacteriana aguda:
➔ Infecção aguda da próstata que causa dor pélvica e sintomas do trato urinário, como disúria, frequência
urinária e retenção urinária, e pode levar a sintomas sistêmicos, como febre, calafrios, náusea, emese e mal-
estar;
➔ Agentes: mais frequentemente causada por Escherichia coli seguida por Pseudomonas aeruginosa
(associada a procedimentos diagnósticos com manipulação do trato genital) e espécies de Klebsiella
Enterobacter, Proteus e Serratia além de Enterococcus;
➔ Em homens sexualmente ativos, considerar Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis Pacientes
imunocomprometidos (por exemplo, pessoas com vírus da imunodeficiência humana) são mais propensos a
ter causas incomuns para prostatite como espécies de Salmonella, Cândida e Cryptococcus;
➔ Culturas de urina (primeiro jato ou após massagem protática).
❖ Urosepsis:
➔ Paciente pode ter falência renal, levando a quadros que necessitam de hemodiálise e dialise peritoneal.
➢ O Microrganismo poderá atingir o sistema urinário levando a infecção por três vias:
I. Via ascendente:
❖ Pela uretra o microrganismo poderá atingir a bexiga, ureter e o rim. Via mais frequente de infecção.
II. Via hematogênica: Devido a intensa vascularização do rim;
III. Via linfática: pelas conexões linfáticas entre o intestino e o rim e/ou entre o trato urinário inferior e
superior. Via mais rara.
I. Adesinas:
o Fimbriais: E. coli Fímbria P;
o Não fimbriais: Afimbrial
Adhesisns (AFA I, AFA II); Dr Adhesin
(receptor é o antígeno Dr do grupo
sanguíneo);
II. Toxinas: Hemolisinas E. coli
III. Estruturais: LPS, Antígenos capsulares
IV. Produção de enzimas: urease do
Proteus spp.
➔ Fatores complicadores:
➔
➢ ETIOLOGIA DAS ITUs
❖ Comunitárias:
❖ Hospitalar
➔ BGN:
➔ CGP:
▪ Staphylococcus aureus;
▪ Enterococcus spp.
➔ S. aureus
➔ Salmonella Typhi
➔ Leptospira spp.
➔ Mycobacterium tuberculosis
➔ Candida albicans
➔ Vírus: raramente envolvidos em infecção urinária. Alguns sorotipos de Adenovírus parecem estar
envolvidos com cistite. Poliomavírus JC e BK e citomegalovírus podem ser isolados de urina na ausência de
doença do TU.
➔ Antes do início da antibioticoterapia deve-se atentar ao tipo de coleta do local a ser analisado:
❖ Punção Suprapúbica:
- Orientações ao paciente:
• Colher a primeira urina da manhã ou depois de transcorrido no mínimo 3 horas entre uma micção e
outra;
• Lavar rigorosamente os genitais externos com água e sabão (na mulher separar os grandes lábios
mantendo-os separados até o fim da coleta e no homem afastar a glande do pênis);
• Enxaguar bem e enxugar com pano limpo, de preferência gaze;
• Desprezar o primeiro jato, em seguida coletar o jato médio em frasco estéril, adequadamente
identificado, com o nome e registro do paciente. Desprezar o último jato;
• Fechar o frasco assim que a urina for colhida. Enviar a urina imediatamente ao laboratório.
• Colher do local adequado, após correta assepsia (álcool 70%), com agulha e seringa estéreis.
• Colher até 24 h após a troca da sonda, não colher de sonda colocada há vários dias (contaminação).
• Exame Físico-químico;
• Exame microscópico;
• Hematúria;
• Leucocitúria;
• Cilindros;
• Bacteriúria.
• Cuidados na aferição:
• Meios de cultura:
▪ BD CHROMagar
Orientation Medium
▪ Laminocultura:
• Comunicação clínico e laboratório e definir o protocolo de acordo com o método de coleta e de sinais
e sintomas clínicos.
❖ Tipos de coleta:
URINA INVASIVA
Cultura c/ 1 tipo de bactéria Cultura c/2 tipos de bactéria Cultura c/ ≥ 3 tipos de bactéria
1 isolado
≥ 103 1 isolado ≥ 104
Ambos Ambos UFC/ mL UFC/ mL
em contagem em contagem Diferente
≥ 10 3
< 10 3
≥ 10 3 UFC/mL < 10 3 UFC/mL disso
UFC/mL UFC/mL 1 isolado e outros < 103
< 103 UFC/ mL
UFC/ mL
resultado resultado resultado resultado resultado resultado resultado
Valorizar
o isolado Valorizar o
Não Não
Valorizar Não valorizar valorizar ≥ 103 isolado
valorizar Valorizar
UFC/ mL ≥ 104 UFC/mL
(se apropriado)
➢ IDENTIFICAÇÃO DO MICRORGANISMO:
➢ DIAGNÓSTICOS DAS ITUs – RESULTADO: como escrever na prova
urina urina
Material: Urina
Material: Urina
Cultura: Desenvolvimento de bacilos Gram
Cultura: Desenvolvimento de cocos Gram positivos
negativos com caracteres bioquímicos de
com caracteres bioquímicos de Enterococcus
Escherichia coli.
faecalis.
Contagem de colônias: Superior 105 UFC/mL de
Contagem de colônias: 7,0 X 10 4 UFC/mL de urina
urina