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AULA 5
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sistema metabólico possui para permanecer em esforços extremamente
intensos, utilizando predominantemente as vias anaeróbicas. Esses esforços
terão duração menor do que os esforços em que o sistema aeróbico está
predominante, no entanto terão maior intensidade.
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Existem outras tabelas normativas para classificar o consumo máximo de
oxigênio, no entanto a classificação apresentada foi realizada por indivíduos do
sul do Brasil. Outras tabelas poderão ser utilizadas, no entanto, ao classificar o
avaliado pela primeira vez com uma determinada classificação, o ideal é manter
as demais avaliações com a mesma tabela de classificação.
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sonoro. Caso chegue antes do estímulo, deverá esperar na linha demarcada até
o próximo sinal sonoro. E assim sucessivamente até a exaustão.
Os avaliadores deverão advertir o avaliado quando este não conseguir
alcançar as linhas demarcadas no momento do estímulo sonoro. Três
advertências excluirão o avaliado do teste.
O cálculo da estimativa de VO2máx é dada pelas equações (Léger et
al.,1988):
𝐾𝑚
Maiores e iguais a 18 anos - VO2máx = (𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚 𝑥 6,0) − 24,4
ℎ
𝐾𝑚
Menores de 18 anos - VO2máx = 31,035 + (𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚 𝑥 3,238) −
ℎ
𝐾𝑚
(𝐼𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑥 3,248) + (𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚 𝑥 𝐼𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑚 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑥 0,1536)
ℎ
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TEMA 3 – FERRAMENTAS DE CONTROLE E MENSURAÇÃO NO EXERCÍCIO
AERÓBIO
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A frequência cardíaca (FC) refere-se à quantidade de vezes que o coração
deve contrair para ejetar o sangue arterial para todas as células corporais por
minuto. Em indivíduos condicionados, espera-se que, em repouso, a FC tenha
valores abaixo de 50 bpm. Valores baixos de FC refletem eficiência cardíaca,
com exceção para indivíduos que possuam bradicardia patológica. À medida que
se inicia um esforço, espera-se que a FC aumente conforme aumenta a
intensidade. A observação desse comportamento é importante para a tomada de
decisão em continuar aumentando a intensidade do teste.
A intenção é levar o avaliado a seu máximo esforço, portanto, ao final do
esforço, espera-se obter a FC máxima real do avaliado. Com essa informação é
possível realizar prescrições baseadas em percentual de FC, levando também
em consideração a frequência cardíaca de repouso.
A percepção subjetiva de esforço é uma medida como o próprio nome
refere, subjetiva, e busca estabelecer, por meio de uma nota, a sensação
individual do esforço realizado. A escala de percepção subjetiva de esforço mais
conhecida é a escala de proposta por Borg (1982, citado por Guedes e Guedes,
2006), sendo a mais recente a escala numérica de 0 a 10 pontos, em que o
avaliado identifica o esforço percebido.
0 Extremamente fraco
1 Muito fraco
2 Fraco
3 Moderado
4
5 Forte
6
7 Muito forte
8
9
10 Extremamente forte
Fonte: Guedes, Guedes, 2006, p. 369.
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treinamento muito utilizado e de fácil aplicação, desde que respeitado sua
metodologia.
O controle do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático
pode ser avaliado pela variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Quando
avaliamos a frequência cardíaca, quantificamos quantos batimentos o coração
realiza por minuto. Entre cada batimento, existe uma variação entre os intervalos
RR denominada variabilidade da frequência cardíaca (Vanderley et al., 2009).
Segundo Sanches e Moffa (2001), essa variabilidade reflete as alterações entre
o domínio da atividade simpática e parassimpática (vagal), importantes para a
manutenção do equilíbrio autonômico. A interação entre o sistema nervoso
autônomo e as informações recebidas dos barorreceptores, quimiorreceptores,
do sistema respiratório, do sistema termorregulador, vasomotor, e renina-
angiotensina-aldosterona irá definir a permanência do estímulo vagal ou
simpático. Essa constante interação reflete nos intervalos RR dos batimentos
cardíacos, na VFC. Assim, maiores valores da VFC sugerem um padrão de
saúde adequado, e valores de baixa VFC, uma adaptação inadequada do
sistema nervoso autônomo (Vanderley et al., 2009).
A avaliação da VFC é simples e assemelha-se à avaliação da FC, visto
que o que se precisa é de um relógio frequencímetro que possua a análise da
VFC. Dentre os modelos da Polar®, o S810 foi validado para a avaliação da VFC
e, portanto, é recomendado para seu uso (Gamelin, Berthoin, Bosquet, 2006).
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Cada modalidade esportiva terá uma característica metabólica diferente a
ser considerada entre a relação da potência máxima e a capacidade anaeróbica.
Há modalidades esportivas que o objetivo é gerar uma grande e única potência
anaeróbica, outras exigem a máxima capacidade de permanecer em
metabolismo anaeróbico.
Zupan et al. (2009) propuseram uma tabela de referências com sete
escalas entres valores obtidos por atletas de elite e indicadores pobres
anaeróbicos realizados com o Wingate.
NA PRÁTICA
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Tabela 5 – Características de um indivíduo submetido a avaliação
Variáveis Descritivo
Sexo Masculino
Idade (anos) 24
Massa corporal (Kg) 95,0
Estatura (m) 1,72
IMC (kg/m²) 32,11
Percentual de gordura 25%
Condição física Sedentário
Frequência cardíaca máxima obtida ao final do Teste do Banco/
162 bpm
Queens College
Consumo máximo de O2 (VO2máx)
Classificação do VO2máx
Baseado no que aprendeu nesta aula, complete o quadro com as
variáveis faltantes.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
COOPER, K. H. The aerobic way. Nova York: Evans and Bantam, 1977.
GAMELIN, F. X.; BERTHOIN, S.; BOSQUET, L. Validity of the Polar S810 heart
rate monitor to measure R–R intervals at rest. Medicine and Science in Sports
and Exercise. v. 38, n. 5, p. 887-893, 2006.
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Cardiologia. São Paulo, v. 106, n. 5, p. 389-395, maio 2016. Disponível em:
<https://goo.gl/8NiKjD>. Acesso em 5 abr. 2019.
LÉGER, L.A.; LAMBERT, J. A maximal multistage 20-m shuttle run test to predict
VO2 max. European Journal Applied Physiology and Occupational
Physiology. v. 49, n.1, p. 1-12, 1982.
LÉGER, L. A. et al. The multistage 20 metre shuttle run test for aerobic fitness,
Journal of Sports Sciences, v. 6, n. 2, p. 93-101, 1988.
ZUPAN J, et al. Quantitative cell wall protein profiling of invasive and non-
invasive Saccharomyces cerevisiae strains. Journal Microbiology Methods, v.
79, n. 3, p. 260-5, 2009.
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