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AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

E RECURSOS
FISIOTERAPÊUTICOS
Evolução Histórica da Fisioterapia
Por que avaliar o paciente?
O fisioterapeuta deverá ser capaz de avaliar o seu paciente e, a partir de uma
avaliação minuciosa, determinar:
• Diagnóstico cinético funcional (Fisioterapêutico);
• Estabelecer os objetivos de tratamento fisioterapêutico;
• Determinar o prognóstico terapêutico;
• Prescrever as condutas e aplica-las no paciente.
• Acompanhar a evolução do quadro clínico e
• Estabelecer critérios de alta terapêutica.
Para isso, o fisioterapeuta deverá realizar uma boa anamnese de seu
paciente.
Identificação
• Nome:
_______________________________________________________________
• Data de nascimento: ___ / ___ / ___ Idade: ____ anos
• Gênero: ( ) Feminino ( ) Masculino
• Raca: ( ) Branca ( ) Negra ( ) Oriental ( ) Outra: ________________
• Naturalidade: __________________
• Estado civil: ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Divorciado ( ) Viuvo
• Escolaridade: ( ) Nenhuma ( ) Ens. Fundamental ( ) Ens. Medio ( ) Ens. Superior
Completo
• ( ) Ens. Superior Incompleto
• Profissão: _________________________Ocupação: __________________
Identificação
• Endereço:_____________________________________________ n. _____

• Compl.: ____________ CEP: ______ – ____ Cidade: ________________ UF: _______

• Telefones: ( ) ____________________ / ( ) _____________________

• E‑mail: __________________________________________

• DIAGNOSTICO MEDICO:____________________________________

• NOME DO MEDICO
RESPONSAVEL:___________________________________________________________

• Telefone: ( ) ____________________

• DIAGNOSTICO FISIOTERAPEUTICO (clinico‑funcional):


Anamnese
• A anamnese é caracterizada por uma entrevista minuciosa com o
paciente onde serão coletados os dados pessoais, a história clínica,
antecedentes familiares, sinais e sintomas etc. para que seja
elaborado o plano de tratamento do paciente.
• Ela é a primeira parte da avaliação e no dia a dia ela se torna cada vez
mais completa.
Observações:
• Sinais: tudo aquilo que podemos verificar no paciente, por meio dos
nossos sentidos. Ou seja, sinais são objetivos. Exemplo: febre.
• Sintomas: as queixas do paciente. Ou seja, sintomas são subjetivos.
Exemplo: dor.
A avaliação do paciente depende de um exame minucioso e sistemático,
que para levar a um diagnóstico correto, é necessário que o
fisioterapeuta possua:
• • conhecimento de anatomia;
• • histórico preciso do paciente;
• • exame físico detalhado.
Anamnese:
Quando um fisioterapeuta se depara com um paciente e vai realizar a anamnese, ele
deve colher primeiramente os dados pessoais do paciente, como:
• nome;
• idade/data de nascimento;
• gênero;
• cor;
• estado civil;
• peso;
• nacionalidade;
• naturalidade;
• profissão/ocupação.
Anamnese:
• O fisioterapeuta, de acordo com o Código de Ética do Coffito (2013),
deverá sempre chamar seu paciente pelo nome, respeitá‑lo, tratá‑lo
com dignidade e oferecer um tratamento integral e igualitário a todos
os pacientes, independentemente de cor, raça, credo, condição
socioeconômica, além de respeitar a intimidade e o pudor do
paciente.
• Ainda de acordo com o Código de Ética, o fisioterapeuta deverá estar
com o crachá em local visível, para que o paciente possa identificá‑lo.
Anamnese:
• Após a coleta dos dados pessoais, o fisioterapeuta deverá averiguar a
história clínica do paciente, ou seja, colher dados referentes à doença
apresentada pelo paciente ou, no caso de crianças, pelo
acompanhante.
• Para a anamnese, o fisioterapeuta deverá realizar perguntas claras e
de fácil entendimento do paciente e, ao mesmo tempo, mostrar‑se
interessado durante o procedimento, anotando todos os comentários
realizados pelo paciente, pois eles podem ser de extrema importância
para elaboração do tratamento fisioterapêutico. Nesta história clínica,
o fisioterapeuta deverá conhecer:
Anamnese:
Nesta história clínica, o fisioterapeuta deverá conhecer:
• A queixa principal do paciente: quais são os sintomas apresentados por ele.
Exemplos: — Por que procurou a fisioterapia? — Qual é a queixa?
História da moléstia atual (HMA):
• colher informações sobre o processo saúde‑doença atual do paciente;
• deve ser bem detalhada, e os sinais e sintomas deverão ser bem caracterizados.
Essas informações deverão ser escritas em uma ordem cronológica, obedecendo
a uma ordem de instalação dos sintomas, dos mais antigos para os mais recentes.
Exemplos: — Como aconteceu? Foi por trauma? dor intensa quando movimenta?,
dor à noite etc.? — Onde localizava‑se a dor ou outros sintomas no início do
problema? — Quais movimentos ou atividades causam dor? — Há quanto tempo
existe o problema?
Anamnese:
História da moléstia pregressa (HMP):
• colher informações sobre o passado do paciente, que a princípio não aparentam
correlação direta ou indireta de causa e efeito com a HMA.
• Devem constar dados sobre doenças prévias, traumatismos, gestações e partos,
cirurgias, hospitalizações, exames laboratoriais realizados, uso de medicamentos,
tabagismo, etilismo, uso de tóxicos, fatores de risco, imunizações, sono e hábitos
alimentares, entre outros.
• Esta é uma parte da anamnese muito importante e que pode trazer aspectos
relevantes ao tratamento do paciente. Use sempre uma linguagem coloquial,
sem muitos termos técnicos, para que o paciente consiga entender o seu
questionamento e fornecer as informações relevantes e necessárias ao seu
tratamento.
Anamnese:
Antecedentes familiares:
• doenças apresentadas por familiares (avós, pais, irmãos e filhos) que
podem estar relacionadas com a patologia do paciente, ou podem ser
um fator de risco para o desenvolvimento de determinada patologia.
Exemplos: histórico de câncer na família, doenças cardíacas, diabetes
etc.
Anamnese:
Lembretes:
As informações devem ser colhidas diariamente, seja com o próprio paciente,
com seu responsável legal ou mesmo com o seu acompanhante no momento
da internação em casos em que o paciente está impossibilitado de se
comunicar.
Muitas informações podem ser omitidas ou esquecidas na primeira
avaliação, e após o estabelecimento do vínculo terapeuta‑paciente, elas
poderão ser compartilhadas.
Uma boa anamnese não termina após o primeiro contato com o paciente, ou
no caso de pacientes em ambientes hospitalares, após a verificação do
prontuário.
Ela deve ser feita durante todo o período de terapia do paciente.
Anamnese:
Sinais vitais
Os sinais vitais são medidas que fornecem dados fisiológicos, indicando
o estado de saúde de uma pessoa, e evidenciam o funcionamento e as
alterações da função corporal com o objetivo de auxiliar na avaliação
do estado de saúde.
Anamnese:
Sinais vitais
Os sinais vitais são compostos por:
Pressão arterial (PA)
Informa a força que o sangue exerce sobre a parede das artérias, ou seja:
PA = volume sanguíneo X resistência periférica.
É composto por 2 números, sendo:
o primeiro, ou o de maior valor, chamado de sistólico, o qual corresponde à pressão da
artéria no momento em que o sangue foi bombeado pelo coração;
o segundo número, ou o de menor valor, é chamado de diastólico, e corresponde à pressão
na mesma artéria, no momento em que o coração está relaxado após uma contração.
A unidade de medida utilizada é o milímetro de mercúrio (mmHg).
Exemplo: 120 x 80 mmHg.
Para se realizar a aferição dessa medida, deve‑se utilizar um estetoscópio e o
esfigmomanômetro.
Anamnese:
Sinais vitais
Os sinais vitais são compostos por:
Pressão arterial (PA)
Anamnese:
Sinais vitais
Frequência cardíaca/pulso (FC/P)
• É uma sensação ondular que pode ser palpada em uma das artérias
periféricas (radial, braquial, pediosa do pé, carótida, temporal, femoral,
poplítea, tibial posterior) quando ocorre a contração ventricular.
• A cada contração ventricular, aproximadamente de 60 a 70 ml de
sangue entram na aorta (volume sistólico).
• A frequência cardíaca é o número de pulsações periféricas palpadas a
cada minuto.
• Para se verificar a frequência de pulsação, frequência cardíaca ou pulso,
devemos realizar uma palpação nas grandes artérias e em um período
de um minuto, contar quantas sensações de onda sentimos a palpação.
Anamnese:
Sinais vitais
Frequência cardíaca/pulso (FC/P)
• A unidade de medida é batimentos por minuto (BPM).
• Ela também pode ser aferida por meio de equipamentos como
monitores cardíacos ou oxímetros.
• Exemplo: Ao palpar a artéria radial de um paciente internado na
enfermaria ortopédica devido a uma fratura de fêmur ocasionada por
um atropelamento, foi encontrada uma frequência cardíaca de 95
BPM.
Anamnese:
Sinais vitais
Frequência cardíaca/pulso (FC/P)
Anamnese:
Sinais vitais
Frequência respiratória (FR)
• A respiração é a troca de gases dos pulmões com o meio exterior, que
tem como objetivo a absorção do oxigênio e a eliminação do gás
carbônico.
• A frequência respiratória, por intermédio do ritmo, profundidade e
som, reflete o estado metabólico do corpo e a condição do diafragma
e dos músculos do tórax, fornecendo O2 ao trato respiratório e aos
alvéolos.
• Deve‑se contar a frequência respiratória do paciente em um minuto,
e cada frequência corresponde a inspiração e expiração.
Anamnese:
Sinais vitais
Frequência respiratória (FR)
• A FR também pode ser fornecida por meio do ventilador mecânico,
caso o paciente encontre‑se sob o uso de uma via aérea artificial,
internado em uma UTI por não conseguir realizar as incursões
respiratórias voluntariamente.
• A unidade de medida é expressa em respirações por minuto (RPM) ou
incursões por minuto (IPM).
• Exemplo: Ao avaliar um paciente internado na enfermaria ortopédica
devido a uma fratura de fêmur ocasionada por um atropelamento em
1 minuto, ele apresenta uma FR de 19 RPM (cada RPM corresponde
ao movimento de inspiração e expiração).
Anamnese:
Sinais vitais
Frequência respiratória (FR)
Anamnese:
Sinais vitais
Temperatura (ºC)
• Consiste no equilíbrio entre a produção e a perda de calor do
organismo, mediado pelo centro termorregulador localizado no
hipotálamo.
• Para obtenção da medida deve‑se utilizar um termômetro digital, pois
o termômetro de mercúrio não pode mais ser utilizado.
• A temperatura também pode estar visível em monitores de sinais
vitais, e é aferida através de sensores que estão posicionados na axila
do paciente.
• A unidade de medida é graus Celsius.
Anamnese:
Sinais vitais
Temperatura (ºC)
Anamnese:
Sinais vitais
Observação
Os sinais vitais pressão arterial (PA), frequência respiratória (FR),
frequência cardíaca (FC), temperatura (ºC), bem como a análise do
nível de consciência do paciente, também deverão ser coletados e
analisados não somente na primeira avaliação, mas durante todo o
período que o paciente permanecer em terapia, ou no mínimo antes e
após a realização da terapia.
Anamnese:
Avaliação do nível de consciência
• O nível de consciência do paciente também é um fator muito
importante a ser avaliado e analisado pelo profissional durante sua
avaliação, pois através dela o fisioterapeuta consegue detectar se o
paciente em questão encontra‑se confuso, por exemplo, ou se está
apresentando uma redução do seu nível de consciência, sendo
necessária a utilização de alguns recursos, como o uso de oxigênio ou
uma abordagem médica imediata para uma intervenção mais
invasiva.
Anamnese:
Avaliação do nível de consciência
Para avaliação do nível de consciência, o fisioterapeuta poderá
utilizar‑se de recursos como:
• Escala de coma de Glasgow: avalia o comprometimento do nível de
consciência através da análise de três parâmetros, que são abertura
ocular, resposta verbal e resposta motora associadas à presença ou não
do reflexo pupilar.
• Escala de Ramsay ou RAAS: avalia o paciente que encontra‑se sob
uso de sedação.
Anamnese:
Avaliação do nível de consciência
EXAME FÍSICO
Inspeção:
• Pele
• Postura
• Edemas
• Movimentos involuntários
• Marcha
• Expressões faciais
Palpação:
• Assimetrias
• Dor
• Edemas
• Tônus muscular
EXAME FÍSICO
Ausculta pulmonar Ausculta cardíaca
PRÁTICA
• DIAGNÓSTICO CINÉTICO FUNCIONAL?

• OBJETIVOS DE TRATAMENTO?

• CONDUTAS FISIOTERAPÊUTICAS?
RECURSOS TERAPÊUTICOS
Cinesioterapia
• Exercícios passivos
• Exercícios ativos
Ativos livres
Ativos resistidos
• Exercícios ativos assistidos
RECURSOS TERAPÊUTICOS
1. Eletroterapia
Estimulação elétrica transcutânea – TENS: ANALGESIA
RECURSOS TERAPÊUTICOS
1. Eletroterapia
Correntes interferenciais – IFC: ANALGESIA, REAPARAÇÃO DE TECIDOS
E ESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR
RECURSOS TERAPÊUTICOS
1. Eletroterapia
Estimulação elétrica funcional – FES: ESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR
RECURSOS TERAPÊUTICOS
1. Eletroterapia
CORRENTE RUSSA: ELETROESTIMULAÇÃO MUSCULAR
RECURSOS TERAPÊUTICOS
1. Eletroterapia
CORRENTES DIADINÂMICAS DE BERNARD
RECURSOS TERAPÊUTICOS
1. Eletroterapia
CORRENTES GALVÂNICAS/CORRENTE DIRETA CONTÍNUA
RECURSOS TERAPÊUTICOS
2. Termoterapia
INFRAVERMELHO
RECURSOS TERAPÊUTICOS
2. Termoterapia
FORNO DE BIER
RECURSOS TERAPÊUTICOS
2. Termoterapia
ONDAS CURTAS
RECURSOS TERAPÊUTICOS
2. Termoterapia
MICRO - ONDAS
RECURSOS TERAPÊUTICOS
2. Termoterapia
ULTRASSOM TERAPÊUTICO
RECURSOS TERAPÊUTICOS
3. Fototerapia
Laser
RECURSOS TERAPÊUTICOS
4. MASSOTERAPIA

MANOBRAS CLÁSSICAS:
Deslizamento
Amassamento
Amassamento

O amassamento tradicional se divide em:


 parcial
 total
Rolamento
Beliscamento
Tração
• Pode ser dividida em longitudinal e transversa
• Realizada com a parte
lateral da mão
Percussão
Vibração
Fricção
MOVIMENTOS EFEITOS
Estimulação da circulação linfática e
Effleurage sangüínea superficial; mobilização da
Alisamento pele e dos tecidos subcutâneos,
Rolamento da pele promoção do relaxamento local e
geral; alívio da dor.
Mobilização do tecido muscular;
Amassamento estimulação da circulação mais
Torcedura profunda; promoção do relaxamento;
Beliscamento alívio da dor.

Cutiladas
Pancadas Estimulação da atividade muscular e
Socamento da circulação profunda.
Palmadas
Palmadas
Vibrações Mobilização e remoção das
Agitações secreções pulmonares.
Mobilização e alívio da dor em
Fricção profunda tendões; músculos, ligamentos e
cápsulas articulares.

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