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1 Introdução
Este manual prático tem como objetivo auxiliar e incentivar o estudo do exame físico
de tórax, pois trata-se de um passo muito importante da avaliação clínica dos pacientes.
O exame físico é um dos pilares da Medicina, é o momento que efetivamente temos
contato com o paciente, quando ele deixa de ser apenas um caso clínico contado. Além
de ser uma ferramenta, junto com uma anamnese completa e precisa, para determinar
ou excluir um diagnóstico e sugerir hipóteses diagnósticas
Abordaremos as técnicas básicas e dicas para um bom exame de tórax, as principais
alterações semiológicas e correlações clínico-patológicas. Para isso, este material
contempla imagens, fluxogramas, tabelas e recursos audiovisuais (disponíveis por meio
de QR codes ao longo do material) para facilitar o aprendizado do estudante.
A leitura deste manual não exclui a necessidade de complementar o conhecimento
com a leitura dos livros referenciados no Plano de Ensino da Disciplina, pois o material
faz apenas uma abordagem geral para auxiliar na introdução do aluno a esse tópico da
Disciplina.
Curitiba – PR
2020 4
Exame de Tórax - Manual Prático
Monitoria Semiologia II - Exame Físico
- “Dentre todos os não doentes, quantos vieram com o resultado, de fato, negativo no
teste X?”
- A porcentagem que “sobra” de especificidade representa os falsos positivos, então
quanto a especificidade, menor o número de falso positivo.
Em suma:
Boa Leitura!
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2 Anatomia e Fisiologia
Tórax: consiste na caixa torácica óssea, que envolve os pulmões, coração e o
esôfago, protengendo-os.
Esterno: a incisura supraesternal pode ser palpada como uma depressão na base do
pescoço; o ângulo esternomanubrial (também chamado de Ângulo de Louis) é uma
crista óssea situada, aproximadamente, 5 cm abaixo da incisura supraesternal e a
costela adjacente a esse marco anatômico é a 2ª costela
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No tórax lateral: linhas axilares anteriores (linhas verticais traçadas ao longo das
dobras axilares anteriores), linhas hemiaxilares (traças a partir de cada vértice da
axila) e linhas axilares posteriores (traçadas ao longo das dobras axilares posteriores)
São subdivididos em lobos. O pulmão direito tem 3 lobos: superior, médio e inferior.
O pulmão esquerdo tem 2 lobos: superior e inferior.
- Geralmente, os achados do exame físico correlacionam-se aos lobos subjacentes (p.ex:
alteração detectada em campo pulmonar superior direito, quase certamente tem
origem no lobo superior direito), entretanto, os sinais encontrados na região lateral do
hemitórax direito (campo pulmonar médio direito), podem ter origem em qualquer dos
3 lobos.
Ambos são envoltos pela pleura, que são serosas que separam os pulmões da parede
torácica. Cada pleura tem 2 componentes: pleura visceral (mais interna,
“encostado” no parênquima pulmonar) e pleura parietal (mais externa, reveste a
cavidade pleural). O espaço entre elas é a cavidade pleural, contendo mínima
quantidade de líquido pleural que permite com que as 2 pleuras deslizem entre si
durante a inspiração e a expiração
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- A pleura visceral não tem inervação sensitiva, mas a parietal é inervada pelos nervos
frênico e intercostais. A irritação da pleural parietal origina a dor pleurítica à inspiração
profunda, isso pode ocorrer devido a pleurite viral, pneumonia, embolia pulmonar, na
pericardite e nas colagenoses
- Quando o líquido pleural se acumula, ocorrem os derrames pleurais. Esse líquido pode
ser transudato (ICC, cirrose, síndrome nefrótica) ou exsudato (pneumonia, neoplasia
maligna, embolia pulmonar, tuberculose)
- A pneumonia por aspiração é mais comum nos lobos médio e inferior porque o
brônquio principal direito é mais verticalizado
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A tosse pode ser produtiva (com escarro) ou seca (sem escarro). Se for produtiva,
pergunte qual a quantidade, cor, odor, se tem sangue ou pús e consistência da
expectoração
Causas: o tabagismo é a causa mais comum de tosse crônica, é mais acentuada pela
manhã, diminui durante o sono, pode diminuir ou desaparecer em pacientes que
cessam o tabagismo. Uma tosse seca e irritativa pode ocorrer por asma ou
carcinoma dos brônquios e algumas vezes por insuficiência ventricular esquerda ou
doença pulmonar intersticial. Pode ocorrer também em infecções do trato
respiratório superior, daí geralmente melhora em 2-3 semanas, por uso de
medicamentos inibidores da ECA (enzima conversora de Angiotensina)
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Cuidado para não confundir com hematêmese (sangue vertido pela boca,
proveniente do sistema gastrointestinal)
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Diminuição do sibilo: pode ser por melhora do sinal efetivamente (abertura da via
aérea) ou agravamento (piora da obstrução da via aérea, condição chamada de
“tórax silencioso”- é um mau sinal no paciente com crise asmática)
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DOR TORÁCICA: diante desse sintoma precisamos pensar nas causas cardíacas e
torácicas.
- Dica: punho cerrado sobre o esterno sugere angina pectoris (sinal de Levine), dedo
apontado para uma região de hipersensibilidade na parede torácica sugere dor
musculoesquelética, movimento da mão na direção do pescoço para o epigástrio sugere
pirose.
- Dor pleurítica: sintoma comum de inflamação da pleura parietal, descrita como dor em
facada, lancinante, geralmente sentida durante a inspiração. Pode ser localizada em um
lado
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4.1 – Avaliação geral
Postura
A postura do paciente pode nos contar sobre algumas patologias relacionadas ao
sistema respiratório. Muitas vezes existe a impossibilidade, por questões de conforto
respiratório, de o paciente ficar deitado, sentado, de pé ou virado para algum dos
lados durante o exame e isso pode nos remeter a algumas patologias.
Aspectos do tórax
Durante a inspeção estática tanto com o paciente sentado como deitado,
notamos a forma, anomalias estruturais, retrações, abaulamentos e simetria. Além
disso, observamos coloração, hidratação e a existência de lesões elementares (alguma
modificação no tegumento).
Já na inspeção dinâmica notamos as incursões respiratórias de maneira atenta a
simetria, se existem sinais como batimento da asa do nariz, movimento paradoxal
abdominal (quando movimentos respiratórios abdominais e torácicos não estão em
sincronia) e uso de musculatura acessória.
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Pescoço
No pescoço podemos notar a utilização de musculatura acessória (levantamento
de clavícula e tórax anterior, retração de fossas supraclaviculares e músculos
intercostais), quando presente pode significar doença pulmonar obstrutiva. Quando
ocorre a contração do músculo trapézio e do esternocleidomastoideo na inspiração,
temos a angústia respiratória.
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Mãos
Devemos nos atentar ao batequeamento digital,
onde ocorre a perda do ângulo entre unha e falange
distal. Possível indicativo de dessaturação arterial.
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Sons respiratórios
Dentro da arvore respiratória temos sons fisiológicos diferentes de acordo com sua
localização.
Percussão
A percussão é a realização de leves batidas na superfície do tórax que também
oferece informações sobre estruturas subjacentes (cerca de 5-6cm). A batida realizada
cria vibrações que voltam tátil e auditivamente para o examinador
Achados:
Som claro pulmonar Áreas correspondentes ao pulmão, ar dentro dos alvéolos e
estruturas pulmonares
Timpanismo Área que contenha ar e seja recoberta de membrana flexível como
intestino ou espaço de Traube
Macicez Áreas desprovidas de ar como fígado ou baço
Submacicez Variação da percussão maciça, ar em quantidade restrita como em
região precordial
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Palpação
Na palpação devemos notar a expansibilidade:
Do ápice pulmonar
Da base pulmonar
Com as mãos espalmadas no dorso do paciente, como ilustrado na foto,
paciente inspira profundamente e é avaliado o movimento das mãos,
que deve ser simétrico em condições normais
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Frêmito toracovocal
Posicionamento da mão sobre o tórax do paciente
Paciente deve falar “trinta e três”
Sensação tátil da vibração transmitida para a mão do examinador
Espaços intercostais fora da região da escápula
Seguir mesmo raciocínio para um exame comparado, como por exemplo, de
cima para baixo e lado direito seguido de lado esquerdo na mesma altura
incluindo áreas laterais
Percussão
Realização da técnica correta de percussão do tórax:
Nos espaços intercostais e entre e abaixo das escápulas
Sem esquecer de comparar simetricamente as regiões
Ausculta
Na ausculta, instrua para que o paciente respire pausadamente com a boca aberta
Identifique os sons pulmonares normais
Procure sons adventícios
Use sequência de exame para fazer o ausculta comparativa
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Palpação
Posicionamento da traqueia
Dedo indicador acima da incisura supraesternal e movimentação lateral
deve identificar a traqueia
Posicionar dedo indicador e médio nos limites laterais da traqueia e traçar o
caminho palpável da traqueia
Posição normal deve ser evidenciada se a distância entre
a traqueia e as clavículas forem iguais
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Expansibilidade
De forma semelhante a expansibilidade posterior, o examinador deve
posicionar as mãos espalmadas no tórax anterior do paciente juntando os
polegares, para que com a inspiração profunda seja evidenciada simetria no
movimento das mãos
Frêmito toracovocal
Posicionamento da mão sobre o tórax do paciente
Paciente deve falar “trinta e três”
Sensação tátil da vibração transmitida para a ponta dos dedos do
examinador
Fossas supraclaviculares e espaços intercostais alternados iniciando na
clavícula
Seguir mesmo raciocínio para um exame comparado, como por exemplo, de
cima para baixo e lado direito seguido de lado esquerdo na mesma altura,
incluindo áreas laterais
Percussão
Realização da técnica correta de percussão do tórax:
Nas fossas supraclaviculares, exilas e espaços intercostais
Do terceiro ao quinto espaço intercostal esquerdo, pode-se encontrar
macicez por conta do coração
Sem esquecer de comparar simetricamente as regiões
Ausculta
Na ausculta, instrua para que o paciente respire pausadamente com a boca aberta
Identifique os sons pulmonares normais
Procure sons adventícios
Use sequência de exame para fazer o ausculta comparativa
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5 Correlações Clinicopatológicas
5.1 - RUÍDOS ADVENTÍCIOS:
Além dos sons pulmonares normalmente auscultados durante o exame físico de tórax,
em condições patológicas outros sons podem ser produzidos: são os ruídos adventícios.
Eles podem ser divididos em: contínuos, descontínuos e de origem pleural.
Contínuos: são assim nominados por terem duração acima de 250 ms. Têm caráter
musical e se superpõem ao murmúrio vesicular. Os sons contínuos são classificados
como sibilos, roncos ou estridores.
Sibilos:
Sons agudos, de alta frequência, auscultados principalmente durante a expiração
e indicam o estreitamento das vias aéreas.
Normalmente, as vias aéreas se dilatam na inspiração e se estreitam durante a
expiração. Em condições patológicas há broncoconstrição anormal, que ocorre
devido a broncoespasmos, edema da mucosa ou secreções, por exemplo.
Roncos:
Sons graves, de baixa frequência, que podem ser auscultados tanto na inspiração
quanto na expiração. Assim como os sibilos, ocorrem devido à obstrução do fluxo
aéreo, seja por espasmo muscular brônquico, edema de mucosa ou secreções
excessivas. No entanto, diferente do ruído anterior, aqui essa obstrução
acontece em brônquios maiores.
A condição patológica frequentemente associada aos roncos é a doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
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Estridores:
Sons agudos, de altíssima frequência, auscultados
principalmente na inspiração. Os estridores indicam
obstrução de vias aéreas superiores, como a laringe e a
traqueia, que pode ocorrer devido a um corpo estranho,
tumor, infecção (epiglotite) ou inflamação. Portanto, é um
sinal que requer atenção imediata.
Estertores finos:
Sons agudos, de alta frequência, que ocorrem no final da
inspiração. Não se alteram com a tosse, porém modificam-
se ou são abolidos com a movimentação do paciente.
Se originam em vias aéreas menores, como os alvéolos, e
correspondem a abertura desses alvéolos após ter ocorrido
colabamento.
São comuns em fibrose pulmonar, insuficiência cardíaca congestiva e
pneumonia, por exemplo.
Tradicionalmente são comparados ao ruído produzido ao friccionar os cabelos
próximo aos ouvidos.
Estertores grossos:
Têm frequência menor e ocorrem no início da inspiração e
em toda a expiração. Alteram-se com a tosse, porém não se
modificam com a movimentação do paciente.
Se originam em vias aéreas maiores e mais proximais que os
estertores finos, como os bronquíolos terminais, pela
passagem de ar nas vias aéreas estreitadas com secreções.
São comuns em bronquiectasias, bronquites, insuficiência
cardíaca congestiva e em pneumonias, por exemplo.
De origem pleural:
É o ruído adventício que chamamos de atrito pleural. Em casos de
pleurite, quando as superfícies pleurais estão espessadas e ásperas,
os folhetos viscerais e parietais deslizam um sobre o outro
produzindo um ruído irregular, descontínuo, de frequência baixa.
O som produzido é semelhante ao de “empurrar mesa”.
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Broncofonia:
Pede-se que o paciente diga “trinta e três” ou “um, dois, três” enquanto o
examinador ausculta o tórax.
Quando o parênquima pulmonar possui consolidação, a transmissão da voz é
facilitada e a ressonância vocal é aumentada, porém sem nitidez.
Essa transmissão aumentada de palavras faladas é chamada de broncofonia.
Egofonia:
É um tipo especial de broncofonia. O examinador ausculta uma área torácica na
qual se suspeita de consolidação, e o som falado pelo paciente será auscultado
com um timbre metálico ou nasalado, semelhante ao som emitido por cabras.
A parte superior dos derrames pleurais também pode produzir egofonia.
Pecterilóquia:
Aqui também pedimos para o paciente dizer “trinta e três” ou “um, dois, três”.
Assim como na broncofonia, se houver consolidação pulmonar, a transmissão
das palavras será aumentada, mas aqui as palavras serão claramente ouvidas de
forma nítida.
Quando ouvimos com nitidez a voz falada, chamamos de pectorilóquia fônica.
Quando ouvimos com nitidez a voz sussurrada, chamamos de pectorilóquia
afônica.
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Exame físico:
Inspeção: expansibilidade diminuída do lado afetado.
Palpação: expansibilidade diminuída do lado afetado e frêmito tóraco-vocal
aumentado do lado afetado.
Percussão: macicez ou submacicez no lado afetado.
Ausculta: no lado afetado teremos sons brônquicos substituindo o murmúrio
vesicular, broncofonia ou egofonia, pectorilóquia e estertores finos ou grossos.
5.3.2 – Atelectasia
Representa a perda do volume pulmonar e o colapso da parte do pulmão afetada,
podendo acontecer em todo um lobo pulmonar. Ocorre devido a obstrução brônquica,
fibrose, distúrbios na produção de surfactante, dentre outras causas.
Exame físico:
Inspeção: expansibilidade diminuída do lado afetado. Traqueia deslocada
ipsilateral.
Palpação: expansibilidade diminuída do lado afetado e frêmito tóraco-vocal
diminuído ou abolido do lado afetado.
Percussão: macicez ou submacicez do lado afetado.
Ausculta: murmúrio vesicular diminuído.
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Exame físico:
Inspeção: expansibilidade diminuída do lado afetado. Pode ocorrer
deslocamento da traqueia contralateralmente (derrames pleurais volumosos).
Palpação: expansibilidade diminuída do lado afetado e frêmito tóraco-vocal
abolido no lado afetado.
Percussão: macicez no lado afetado.
Ausculta: murmúrio vesicular abolido no lado afetado. Pode ocorrer som
brônquico acima do derrame (nesse local o paciente apresentaria egofonia).
5.3.4 – Pneumotórax
É o acúmulo de ar no espaço pleural, que pode ter penetrado devido à lesão traumática
ou ruptura de bolha subpleural, dentre outras causas.
Podem acontecer pneumotórax hipertensivos, os quais resultam do acúmulo de ar sob
pressão crescente no espaço pleural, causando considerável desvio de mediastino para
o lado contralateral. O pneumotórax hipertensivo é uma emergência médica.
Exame físico:
Inspeção: expansibilidade diminuída no lado afetado. Desvio contralateral da
traqueia em pneumotórax hipertensivo.
Palpação: expansibilidade diminuída do lado afetado e frêmito tóraco-vocal
diminuído no lado afetado.
Percussão: timpanismo no lado afetado.
Ausculta: murmúrio vesicular diminuído no lado afetado.
Exame físico:
Inspeção: normal ou com expansibilidade diminuída. Paciente pode ter
utilização de musculatura acessória e tiragem intercostal.
Palpação: expansibilidade normal ou diminuída. Frêmito tóraco-vocal normal ou
diminuído.
Percussão: normal ou com timpanismo.
Ausculta: normal ou murmúrio vesicular diminuído e sibilos múltiplos e difusos.
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5.3.6 – DPOC
É uma limitação crônica inflamatória e progressiva do fluxo de ar, não reversível,
causada pela exposição significativa a partículas e gases nocivos. Se desenvolve a partir
dos 50 anos, e os indivíduos são em maior parte fumantes: o cigarro provoca o aumento
do número de células inflamatórias, que produzem elastase, a qual destrói fibras
elásticas pulmonares.
Exame físico:
Inspeção: expansibilidade diminuída. Tórax em tonel, pelo aumento do diâmetro
anteroposterior, nas formas avançadas.
Palpação: expansibilidade diminuída, frêmito tóraco-vocal diminuído.
Percussão: timpanismo.
Ausculta: murmúrio vesicular diminuído, roncos e sibilos.
Exame físico:
Inspeção: expansibilidade normal.
Palpação: expansibilidade e frêmito tóraco-vocal normais.
Percussão: submacicez em bases pulmonares.
Ausculta: estertores finos nas bases pulmonares
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6 Referências Bibliográficas
BICKLEY, L. S.; SZILAGYI, P. G. BATES - Propedêutica médica. 12ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2018.
MACIEL, R.; AIDÉ, M.M. Prática Pneumológica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2017.
PORTO, C. C.; PORTO, A. L. Exame clínico. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2017.
PORTO, C.C; PORTO, A. L. Semiologia médica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,
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MELO, Adler Araujo Ribeiro; NAKAMURA, Flávia Tiemi Tashiro; POLHO, Gabriel
Berlingieri; CAVALIERI, Vinicius Alves. Apostila de Propedêutica – Exame Clínico. 1ª ed.
São Paulo: Extensão Médica Acadêmica da FMUSP
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