Você está na página 1de 54

RESUMO HABILIDADES MÉDICAS IV

Rafaella Medeiros

 Discussão da Semiologia do Tórax: pontos de referencia anatômicos,


linhas e regiões torácicas; exame das mamas; exame dos pulmões:
inspeção estática e inspeção dinâmica.
 Introdução: O exame físico do tórax compreende a avaliação das
mamas, dos pulmões, do coração e do mediastino bem como das
estruturas componentes da caixa torácica (pele, tecido celular
subcutâneo, linfonodos, panículo adiposo, musculatura, sistema
vascular superficial, ossos e cartilagem.
 Principais pontos anatômicos:
 Costelas: a contagem das costelas e dos espaços intercostais
faz-se de cima pra baixo seguindo-se a linha paraesternal.
 Espaços intercostais: abaixo do ângulo de louis está o segundo
espaço intercostal
 Ângulo de Louis/Ângulo esterno-manubrial: linha transversal
traçada ao nível da junção do manúbrio com o corpo do esterno (nível 2ª

costela)
 4ª Vertebra torácica: mesma altura do ângulo de Louis
 7ª vertebra cervical ou proeminente
 Clavículas
 Articulação xifoesternal
 Incisura supraesternal
 Ângulo de Charpy(abertura das últimas cartilagens costais no ponto
em que se inserem as costelas)

Obs: para o reconhecimento do 2ª costela toma-se como referencia o


ângulo de Louis, após isso o examinador desliza os dedos médio e
indicador abertos de dentro pra fora de modo a deixar entre eles a
extremidade anterior do 2º arco costal, assim torna-se mais fácil
identificar as demais costelas e espaços intercostais.

 Linhas Torácicas
 Linha medioesternal: linha torácica traçada no centro do esterno, limita
os dois hemitórax.
 Linha paraesternal: é vertical equidistante entre a linha esternal e a linha
hemiclavicular.
 Linhas esternais: próximo as bordas do esterno. Tem seu ponto mais alto
na articulação esterno-clavicular e segue a borda lateral do esterno
 Linhas hemiclaviculares/linha mamilar: que se originam no meio das
clavículas.
 Linha axilar anterior: linhas cujas a referencia são as pregas axilares
anteriores. Separa a região anterior do tórax das regiões laterais
 Linha axilar posterior: passa pelas pregas axilares posteriores. Separa
a região posterior do tórax das regiões laterais
 Linha axilar média: desce entre a axilar anterior e a axilar posterior
 Linha medioespinhal ou espondileia: que liga as apófises espinhosas
das vertebras.
 Linha paravertebral: tangente a borda lateral das vertebras
 Linhas escapulares : passam pelo ângulo inferior das omoplatas
 Regiões torácicas
 Região supraclavicular : delimitada pela borda superior da
clavícula ,prolongamento cervical da linha esternal e pela borda superior do
trapézio
 Região clavicular : área de projeção superficial da clavícula
 Região infraclavicular: delimitada pela borda inferior da clavícula, borda
anterior do deltoide, pela linha horizontal a partir da 3ª articulação
condroesternal e pela borda do esterno.
 Região supraesternal: limite superior são os primeiros anéis da traqueia;
limite inferior é a fúrcula esternal; limites laterais são os bordas internas dos
músculos esternocleidomastóideos
 Região esternal superior: o limite superior é a fúrcula esternal, o inferior
uma linha transversa que passa pela 3ª articulação condroesternal e os
limites laterais são as linhas esternais
 Região axilar : limitada pelo côncavo axilar, pelas linhas axilares anterior e
posterior e pelo prolongamento horizontal que passa pela 6ª articulação
condroesternal
 Região infra-axilar: limite inferior da região axilar até a reborda costal.
Limites laterais são as linhas axilares anteriores e posteriores
 Região supraescapular: limite superior é a borda superior do trapézio, o
inferior é a borda superior da omoplata e seu prolongamento até a coluna
vertebral e o limite interno é a linha medioespinal.
 Região supraespinhosa: fossa supraespinhosa
 Região infraespinhosa: fossa infraespinhosa
 Região infraescapular: limite superior é uma linha horizontal traçada pela
ponta inferior da escápula até a linha medioespinal, o limite inferior é próprio
limite do tórax.
 Região interescapulovertebral: área compreendida entre a borda internada
escápula e a linha medioespinal.

 Exame dos pulmões:


 Semiotécnica: compreende a inspeção, palpação, percussão e a
ausculta. O paciente deve sentar-se em uma banqueta,na mesa ou próprio
leito, o examinador deve ficar de pé movimentando-se ao seu redor.Se o
paciente não puder ficar sentado o exame é feito na posição deitada.

1. Inspeção: avalia-se o estado da pele, estruturas superficiais da parede


torácica.
1.1 Inspeção estática:
 Forma do tórax: apresenta variações em relação a idade, sexo e biotipo.
No adulto o diâmetro lateral é maior que o anteroposterior. Formas
anormais mais frequentes:
 Tórax chato: reduzido diâmetro anteroposterior com escápulas se

sobressaindo. É mais comum nos longilíneos e não tem significado

patológico.

 Toráx em tonel: grande diâmetro anteroposterior que praticamente

iguala-se ao transversal. A causa mais comum é o enfisema pulmonar

no entanto pode surgir em pessoas idosas livres de qualquer doença

pulmonar.

 Torax infundibuliforme( pectus excavatum): depressão mais ou

menos acentuada ao nível do terço inferior do esterno, pode ser

congênito ou adquirido. O raquitismo constitui a causa mais importante,

pode causar distúrbio pulmonar restritivo.

 Tórax cariniforme ( pectus carinatum): nota-se ao nível do

esterno uma saliência em forme de peito de pombo ou de quilha de

navio, pode ser congênito ou adquirido. O raquistismo infantil também é

a principal causa deste tipo de tórax o qual não compromete a ventilação

pulmonar

 Tórax em sino ou piriniforme: a porção inferior torna-se mais

larga lembrando um cone de base inferior. Surge nas grades

hepatoesplenomegalias e na ascite volumosa

 Tórax Cifótico: decorrente do encurvamento posterior da coluna

torácica, seja por defeito da postura ou por lesão de vertebras torácicas (

tuberculosa, osteomielite, neoplasia ou anomalia congênita)


 Tórax Escoliótico: tórax torna-se assimétrico em decorrência do

desvio lateral do segmento torácico da coluna vertebral, a causa mais

comum é anomalia congênita

 Tórax cifoescoliotico: combinação de uma alteração cifótica com

desvio lateral da coluna vertebral. Pode ser congênita ou secundaria a

alguma patologia. Pode causar restrição grave da expansão torácica,

causando insuficiência respiratória.

 Tórax instável traumático: quando há fraturas de várias costelas,

observam-se movimentos respiratórios paradoxais.

 Abaulamentos e depressões: Podem localizar-se em qualquer região


do tórax e indicam alguma lesão que aumentou ou reduziu uma das estruturas
da parede ou de órgãos intratorácicos. No aneurisma da aorta é possível
observar um abaulamento arredondado e pulsátil na parte anterossuperior do
tórax; tumor no timo pode causa abaulamento nessa mesma região; derrames
pleurais causam abaulamento na base do hemitórax; hipertrofia do VD
ocasiona abaulamento do precórdio; atelectasia ou lesões fibróticas causam
depressão no hemitorax correspondente. Malformações e consolidações de
fraturas de costelas exteriorizam-s com abaulamentos ou depressões.

1.2 Inspeção dinâmica


 Tipo respiratório:
 Costalsuperior: principalmente no sexo feminino, deve-se ao
predomínio da ação dos músculos escaleno e esternocleidomastoideo,
os quais deslocam a parte superior do tórax pra cima e pra frente
 Toracoabdominal: sexo masculino e crianças de ambos os
sexos. Há a grande importância do diafragma, na posição deitada
prevalece a respiração diafragmática, prevalecendo a movimentação da
metade inferior do tórax e da parte superior do abdome
 Amplitude da respiração: Superficial ( sono) ou Profunda ( grandes
emoções e esforços). Em regra em ritmos anormais de respiração os
movimentos respiratórios costumam ser mais amplos.
 Frequência respiratória: taquipneia ( pode surgir em condições
fisiológicas e patológicas), bradipneia ( fisiológica durante o sono e em
atletas, pode ser provocada por medicamentos e lesões cerebrais).apneia,
eupneia
 Tiragem: ocorre quando há um obstáculo em uma via respiratória e a
parte correspondente do pulmão não se expande, a pressão atmosférica ao
atuar sobre a área causa uma pequena depressão nos espaços
intercostais. Pode ser localizada em uma área restrita, unilateral, bilateral,
tudo em função altura da obstrução.
 Tiragem em hemitórax: indica oclusão de um brônquio principal –
direito ou esquerdo- por exsudato espesso, neoplasia ou corpo
estranho
 Tiragem bilateral: quando o obstáculo esta acima da bifurcação
traqueal, ocorre na angina diférica, laringite estridulosa, por corpo
estranho ou quando há compressão extrínseca da traqueia por
tumores mediastinais. Também observado na asma brônquica e
enfisema pulmonar.
 Expansibilidade dos pulmões: pode ser avaliada pela inspeção
 Inspeção do pescoço: observar se os músculos respiratórios
acessórios estão sendo utilizados
 Ritmo respiratório: observar no mínimo em 2 minutos a sequencia,
forma e amplitude de incursões respiratórias
 Respiração dispneica: sucessão regular de movimentos
respiratórios amplos e quase sempre desconfortáveis para o paciente.
Surge na insuficiência cardíaca, enfisema pulmonar, bronquite,
pneumonias, atelectasia, pneumotórax, derrame pleural e anemias
graves.
 Platipneia: dificuldade pra respirar em posição ereta e que se
alivia na posição deitada. Pode ocorrer após pneumectomia
 Ortopneia: dificuldade pra respirar mesmo na posição deitada
 Trepopneia: paciente se sente mais confortável para respirar em
decúbito lateral, pode ocorrer na insuficiência cardíaca congestiva e no
derrame pleural
 Respiração de Cheyne-Stokes/ Dispneia periodica: apresenta
de modo cíclico incursões respiratórias cada vez mais profundas até
atingirem um amplitude máxima, os movimentos começam a diminuir
podendo ocorrer apneia, se isso acontece o paciente permanece sem
respirar alguns segundos, e após isso repete-se a mesma sequencia.
Pode ser observada nos recém-nascidos saudáveis, indicando apenas
imaturidade do centro respiratório.
O baixo CO2 no momento de apneia-> estimula centro respiratório ->
respiração com amplitude cada vez maiores -> maior perda de CO2->
centro respiratório deixa de ser estimulado -> diminuição da
profundidade da respiração-> apneia-> ciclo recomeça

 Respiração de Biot: períodos de apneia que interrompem


sequencias de incursões respiratórias, acompanhada de variações
nítidas na amplitude dos movimentos torácicos. É comum na meningite,
neoplasias, hematoma extradural, traduzindo sempre lesão no centro
respiratório, no estado comatoso e nas afecções em que há grave
comprometimento do encéfalo.

 Respiração de Kussmaul: amplas e rápidas inspirações


interrompida por curtos períodos de apneia após as quais ocorrem
expirações profundas e ruidosas que por sua vez são sucedidas por
pequenas pausas de apneia (peixe fora d´agua). Observada em casos de
cetoacidose diabética , insuficiência renal com uremia e ouras acidoses.

 Respiração suspirosa: entre uma sequencia regular de


inspirações respiratórias surge uma inspiração mais profunda seguida de
uma expiração mais demorada. Individuos saudáveis apresentam
suspiros pronfundos “ relacionados quase sempre com tensão emocional.
Contudo se estes ocorrem com muita frequência , instala-se uma
verdadeira arritimia respiratória caracterizada como “falta de ar” “fome de
ar” “respiração insatisfatória” . Faz parte do quadro de transtorno de
ansiedade.

TAFTEIR
2. Palpação: investigam-se 3 parâmetros

 Estrutura da parece torácica: Pele, tecido celular subcutâneo,


músculos, cartilagens e ossos
 Expansibilidade ou mobilidade:
 Dos ápices: examinador atrás do paciente, repousa as mãos sobre a
região que corresponde aos ápices pulmonares, os polegares se tocam
em um ângulo quase reto ao nível da vertebra proeminente. Os demais
dedos exercem leve pressão sobre o toráx, solicita-se que o paciente
respire mais fundo e o examinador observa a movimentação das mãos.
 Das bases: examinador continua atrás do paciente de pé ou sentado.
Polegares próximos ou juntos na altura da 9ª ou 10ª vertebra torácica
enquanto a palma da mão e a face ventral dos dedos estendidos e
justapostos devem abraçar o máximo a área que corresponde as bases
pulmonares.Observa-se durante a respiração tranquila e também após
algumas incursões respiratórias profundas A amplitude da
movimentação das mãos do examinador indica o grau de
expansibilidades dos lobos inferiores dos pulmões
Obs: A diminuição da expansibilidade pode ser:
Unilateral: se for apical traduz processo infeccioso ou cicatricial do
ápice; se for basal pode traduzir derrame pleural, hepatomegalia,
esplenomegalia; se for difusa pode traduzir pneumotórax, hidrotorax,
atelectasia, pleurodinia e traumatisco torácico
Bilateral: se for apical indica processo infeccioso ou cicatrical; basal
ocorre na gravidez, ascite, obesidade grave e derrame pleural bilateral;
difusa indica enfisema pulmonar, esclerodermia e senilidade.
 Frêmito toracoval: vibrações percebidas na parede torácica pela
mão do examinador
 Semiotecnica: examinador pousa as mãos sobre as regiões do
tórax ao mesmo tempo que o paciente pronuncia as palavras “trinta e
tres” . O examinador desloca a mão percorrendo toda a extensão da
parede torácico. ( face anterior, face lateral e posterior), sempre
comprando regiões homologas.
 Os frêmitos são fisiologicamente mais fraco nas mulheres, em
pessoa com hipertrofia muscular ou aumento do panículo
adiposo.
 A intensidade das vibrações não é igual em todo tórax., é maior
no ápice direito e na região interescapulovertebral direta, isso
por que nestas áreas as vibrações tem mais facilidade de chegar
a superfície do tórax em razão do menor comprimento do
brônquio direito.
 .Aumento do frêmito pode indicar consolidação de área
pulmonar (pneumonia e infarto pulmonar),
 Diminuição do frêmito se relaciona com alguma anormalidade
que impede a transmissão de ondas sonoras originadas na
laringe, como o derrame pleural, espessamento da pleura,
atelectasia por oclusão brônquica, pneumotórax e no enfisema
pulmonar
3. Percussão: para percussão das faces anterior e laterais o paciente pode
estar sentado ou deitado. Já a percussão da face posterior é possível
apenas com o paciente sentado. Quanto percute-se as faces laterais o
paciente deve colocar as mãos na cabeça. Deve-se ficar atendo ao ruído
provocado pelo gole e resistência oferecida ao dedo pleximetro. Convém
inciar a percussão do tórax pela face anterior indo de cima pra baixo, de um
lado pro outro em pontos simétricos (a força do golpe deve ser a mesma) (
No portinho fala pra começar pela face anterior, já no portão fala pra
começar pela face posterior. Para percussão de áreas não homologas é
necessário aplicar golpes de diferentes intensidades
 Área de projeção do fígado: percute-se o hemitorax direito de cima
pra baixo seguindo a linha hemiclavicular, sempre com o paciente em
decúbito dorsal. Na parte mais alta percebe-se sonoridade pulmonar, na
altura do 4º espaço intercostal o som passa a ser submaciço, no 5º ou
6º espaço intercostal o som torna-se francamente maciço.
 Área de projeção do coração: percute-se a face anterior do tórax de
cima pra baixo, primeiro junto a borda esternal esquerda e em seguida
percorrendo linhas paralelas a borda esternal até atingit a linha
hemiclavicular esquerda, percebe-se som maciço
 Área de projeção do baço: com o paciente em decúbito lateral direito e
com a mão esquerda na cabeça, a submacicez esplênica é demarcada
pela percussão da face lateral esquerda do tórax, de cima pra baixo
seguindo as tres linhas da região axilar. O limite superior da submacicez
esplênica encontra-se ao nível do 11º espaço intercostal
 Área de projeção do fundo do estomago (espaço de Traube)
percute-se a face anterior do hemitorax esquerdo seguindo linhas
paralelas que vão da borda esternal até a linha axilar anterior, percebe-
se som timpânico semelhante a um tambor
 Demais regiões: encontra-se sonoridade pulmonar ou som claro
atimpânico. É mais intenso na face anterior e lateral do que na face
posterior, no ápice direito o som é um pouco mais claro que o esquerdo
e nas bases é menos intenso que no restante do tórax
 Alterações na percussão do tórax:
o Hipersonoridade pulmonar: mais claro e mais intenso, indica
aumento de ar nos alvéolos pulmonares sendo o enfisema
pulmonar a causa mais comum.
o Submacicez e macicez: traduzem diminuição ou
desaparecimento da sonoridade pulmonar e indicam redução ou
inexistência de ar no interior dos alvéolos. As causas mais
comuns são: pneumonia, tuberculose, infarto pulmonar,
neoplasia.

4. Ausculta: o paciente deve estar de preferencia sentado, com o tórax total


ou parcialmente descoberto. Quando o paciente está impossibilitado de
sentar faz-se o exame em decúbito dorsal e lateral. O receptor mais
adequado é o diafragma. É importante solicitar ao paciente respire um
pouco mais profundamente com os lábios entreabertos. Os sons normais
são:
 .Som traqueal e respiração brônquica:
 No som traqueal (audível na região de projeção da traqueia) há dois
componentes:
 Inspiratório: constituído de um ruído soproso mais ou menos rude -
seguido de um curto intervalo silencioso que separa os dos
componentes
 Expiratório:: um pouco mais forte e mais prolongado
 A respiração brônquica corresponde ao som traqueal audível na zona de
projeção de brônquios de maior calibre nas proximidades do
esterno.Diferencia-se do som traqueal apenas por ter o componente
expiratório menos intensos
 Murmúrio vesicular: decorre da turbulência do ar circulante. Não há
intervalo entre as duas fases da respiração. É mais fraco e suave que a
respiração brônquica. Ausculta-se o murmúrio vesicular em quase todo o
tórax com exceção da região esternal superior, interescapulovertebral
direita e ao nível da 3ª e 4ª vertebra torácica.É mais forte na parte
anterossuperior nas axilas e nas regiões infraescapulares

 Componente inspiratório é mais intenso mais duradouro e de som


mais alto em relação ao componente expiratório
 Componente expiratório: é mais fraco, de duração mais curta e de
tom mais baixo.Ausculta-se o murmúrio vesicular em quase todo o
tórax com exceção da região esternal superior,
interescapulovertebral direita e ao nível da 3ª e 4ª vertebra torácica.É
mais forte na parte anterossuperior nas axilas e nas regiões
infraescapulares
 Modificações :
o Murmúrio vesicular mais intenso ocorre quando o paciente
respira amplamente e de boca aberta; após esforço; em
crianças; em pessoas emagrecidas, nos portadores de
portadores de afecções pulmonares unilaterais o murmúrio
vesicular torna-se mais intenso no lado não afetado.
o Murmurio vesicular menos intenso: pneumotórax, hidrotorax,
espessamento pleura, enfisema pulmonar, oclusão parcial dos
brônquios ou bronquíolos
o Prolongamento da fase expiratória: surge na asma brônquica,
no enfisema e na bronquite com bronco espasmo, traduz a
dificuldade de saída do ar.
 Respiração broncovesicular: é auscultada na região esternal superior,
interescapulovertebral direita e ao nível da 3ª e 4ª vertebra torácica. A
intensidade e a duração dos componentes inspiratórios e expiratórios tem
igual magnitude, é um pouco mais forte que o murmúrio vesicular mas sem
atingir a intensidade da respiração brônquica.

Os sons anormais são:


 Sons ou ruídos anormais descontínuos: estertores, podem ser audíveis
na inspiração ou na expiração, superpondo-se aos sons respiratórios
normais.
 Estertores finos: são produzidos pela abertura sequencial de vias
respiratórias anteriormente fechadas em razão da pressão de liquido
ou exsudato ( pneumonia) ou por alteração no tecido de suporte das
paredes brônquicas ( doenças intersticiais pulmonares). Ocorrem no
final da inspiração, são agudos e são ouvidos principalmente nas
bases pulmonares. Comparado ao atrito de um punhado de cabelos
junto ao ouvido
 Estertores grossos: produzidos pela abertura e fechamento de vias
respiratórias que contem secreção viscosa e espessa, bem como
pelo afrouxamento das paredes brônquicas. São comuns nas
bronquites e bronquiectasias. Tem frequência menor e duração maior
que os finos. Sofrem nítida alteração com a tossa e podem ser
ouvidos em todo o tórax. São audíveis no inicio da inspiração e
durante toda a expiração.
 Sons ou ruídos anormais contínuos:
 Roncos: sons graves, originados das vibrações das paredes
brônquicas e do conteúdo gasoso quando há estreitamento dos
ductos, seja por espasmou edema, ocorre na asma brônquica,
bronquite e nas obstruções localizadas. Ocorrem tanto na
inspiração quanto na expiração ( predominantemente)
 Sibilos: sons agudos , produzidos pelas vibrações das paredes
bronquiolares e de seu conteúdo gasoso. São múltiplos e
disseminados por todo o tórax quando provocados por
comprometimento de toda arvore brônquica, e quando localizados
são provocados por obstrução por neoplasia ou corpo estranho.
Ocorrem na inspiração e expiração.
 Estridor: ruído inspiratório produzido pela obstrução da laringe ou
da traqueia, pode ser provocado por laringite aguda, câncer da
laringe e estenosa da traqueia.
 Som anormal de origem pleural:
 Atrito pleural: som de duração maior e de tom mais grave. Mais
comum auscultar nas regiões axilares inferiores, Sua principal
causa é a pleurite seca

 Ausculta da voz: o paciente vai falando “trinta e tres” enquanto o


examinador percorre o tórax com o receptor do estetoscopoio comparando
regiões homologas
 Em condições normais a ressonância vocal constitui-se de sons
incompreensíveis , quando o parênquima pulmonar está consolidado
( pneumonia, infarto pulmonar) as palavras ficam nítidas
 É mais intensa no ápice do pulmão direito, região interescapulovertebrais
e esternal superior
 Costuma ser mais forte em homens
 Há aumento da ressonância vocal ( broncofonia) quadno ocorre
condensação pulmonar
 Na atelectesia, espessamento pleura e derrames há diminuição da
ressonância vocal.
 Quando se houve com nitidez a voz falada chama-se pectoriloquia fônica
 Quando se ouve com nitidez a voz cochichada chama-se pectoriloquia
afônica

Discussão da semiologia cardíaca: projeção do coração no tórax, técnica


e aspectos semiológicos da inspeção,palpação e ausculta.

 Projeção do coração: a área de projeção tem uma forma mais ou


menos oval ,cujos limites podem ser delineados da seguinte maneira:
 Ao nível da junção da 3ª costela com o esterno inicia-se uma
linha que se estende para baixo e para fora, em forma de arco de
convexidade externa, em direção ao entrecruzamento do 4º ou 5º
espaçointercostal com a linha hemiclavicular esquerda.Nesta
altura recurva-se para dentro em direção a base do apêndice
xifoide. Do lado direito a projeção do coração corresponde a
borda esternal direita.
 Considerações anatômicas sobre o coração:
 A base do coração é formada pelos átrios que se situam atrás e
acima dos ventrículos.
 Atrio esquerdo é a estrutura mais posterior do coração
localizando-se a esquerda e atrás do átrio direito ( não pode ser
diretamente examinado)
 Atrio direito situa-se a direita e um pouco mais anteriormente em
relação ao esquerdo, constitui a borda direita do coração mas
habitualmente não pode ser identificado no exame físico
 Ventriculo direito ocupa a maior parte da superfície anterior do
coração
 Ventriculo esquerdo: situa-se atrás e a esquerda do ventrículo
direito constituindo-se a margem lateral esquerda do coração.
Sua extremidade inferior, mais estreita é denominada ápice
cardíaco ou ictus cordis. O ictus cordis está no nível do quinto
espaço intercostal esquerdo e da linha hemiclavicular na maioria
das pessoas. Sua extensão varia em torno de 1 a 3 cm de
diâmetro;
 Semiotecnica
1) Inspeção e palpação: devem ser avaliados simultaneamente. Os seguintes
parâmetros devem ser avaliados:
 Pesquisa de abaulamento: a observação da região precordial deve ser
feita tangencialmente ( com o examinador do lado direito do paciente) e
frontal com o examinador ficando junto aos pés do paciente ( que
permanece deitado). Abaulamento dessa região pode indicar aneurisma da
aorta,cardimegalia,derrame pericárdico. É importante diferenciar o
abaulamento por alteração da estrutura osteomuscular dos causados pela
dilatação do VD ( o elemento que distingue as duas é a presença de
impulsões do precordio que aparecem nos casos de aumento cardíaco)
 Nas crianças cuja parede é mais flexível a dilatação cardíaca
deforma com facilidade o precordio
 As cardiopatias congênitas e as lesões valvares reumáticas são as
causas mais frequentes de abaulamento precordial
 Analise do ictus cordis: Investiga-se
 Localização ( varia de acordo com o biotipo do paciente, nos
mediolineos situa-se no cruzamendo da linha hemiclavicular
esquerda com o 4º ou 5º espaço intercostal ;nos brevilineos desloca-
se uns 2 cm pra cima e pra fora ,situa-se no 4º espaço intercostal;
nos longilíneos costuma-se estar no 5º espaço intercostal 1 ou 2 cm
pra dentro da linha hemiclavicular esquerda.
Obs: o deslocamento do ictus cordis indica dilatação e/ou hipertrofia
do VE. Quando o paciente tem escoliose ,depressão do
esterno ,derrame pleural ,o deslocamento do ictus cordis não indica
hipertrofia do VE. A hipertrofia do VD pouco ou nada repercute sobre
o ictus cordis.
 Extensão: procura-se determinar quantas polpas digitais são
necessários para cobri-lo. Em condições normais corresponde de 2 a
3 cm de diâmetro. No caso de hipertrofia são necessários 3 polpas
digitais ou mais.
 Intensidade: avaliada mais pela palpação do que pela inspeção, é
mais forte em pessoas magras ou após exercícios e emoções . Obs (
para melhor visualização do ictus pede-se ao paciente que fique em
decúbito lateral esquerdo e mantenha-se sem respirar durante alguns
segundos). Na hipertrofia ventricular esquerda é constato os choques
de ponta mais vigorosos.
 Mobilidade: marca-se o local do choque com o paciente em
decúbito dorsal, em seguida adota-se os dois decúbitos laterais, em
condições normais o choque da ponta desloca-se 1 a 2 cm com a
mudança de posição.
 Ritmo: mais bem analisado pela ausculta
 Frequencia: mais bem analisado pela asculta
 FEMIR
 Analise de movimentos visíveis e/ou palpáveis
 Retração sistólica apical: se revela em casos de hipertrofia direita,
durante a sístole em vez de um impulso o que se percebe é uma
retração de ponta enquanto as regiões esternais e paraesternais são
projetadas para adiante
 Levantamento em massa do precordio: ocorre na hipertrofia
direita e é percebido como um impulso sistólico que movimenta uma
área relativamente grande da parede torácica nas proximidades do
esterno
 Choque valvar palpável: bulhas tornam-se hiperfoneticas podem
ser sentidas pela mão como um choque de curta duração.
 Pulsações epigástricas: transmissão das pulsações da aorta a
parede abdominal. Podem denunciar hipertrofia ventricular direita .
Pode significar pulso hepático em decorrência de estenose tricúspide.
 Pulsação supraesternal: pode ser observado em pessoas
saudáveis, quando muito intensas levantam suspeita de hipertensão
arterial e aneurisma da aorta
 Fremito cardiovascular: sensação tátil determinada por vibrações
produzidas no coração ou nos vasos. Ao encontrar um frêmito deve-
se determinar : localização, situação no ciclo cardicaco
( comparando com o pulso carotídeo) e intensidade.

2) Ausculta:
 Ambiente da ausculta: silencioso
 Posição do paciente e do examinador: a posição habitual é o
decúbito dorsal. Paciente pode estar sentado ou em decúbito lateral
esquerdo.
 Instrução adequada ao paciente
 Escolha correta do receptor: o diafragma é maios apropriado para
rudios de alta frequência, enquanto a canampula capta melhor os sons
de baixa frequência.
 Aplicação correta do receptor
 Relação dos batimentos cardíacos: o examinador deve prestar
atenção sobre a intensidade dos ruídos cardíacos.
 Focos da ausculta:
 Foco mitral: se situa no 4º ou 5º espaço intercostal esquerdo da
linha hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis.
 Foco pulmonar: localiza-se no 2º espaço intercostal esquerdo
junto ao esterno
 Foco aórtico: localiza-se no 2º espaço intercostal direito junto ao
esterno
 Foco ou área tricúspide: corresponde a base do apêndice xifoide
ligeiramente para a esquerda

 Outras áreas de ausculta:


 Borda esternal esquerda: corresponde ao espaço situado entre
a área pulmonar e área tricúspide
 Borda esternal direita: corresponde a região entre a área aórtica
e o 5º espaço intercostal
 Endoapex ou mesocardio. área situada entre o foco tricúspide e
o foco mitral
 Regiões infra e supraclaviculares direita e esquerda
 Regiões laterais do pescoço
 Regiões interescapulovertebrais
 Bulhas cardíacas:
 B1: fechamento das valvas mitrais e tricúspides,o primeiro
som é da mitral e o segundo da tricúspide.Coincide com o
ictus cordis e o pulso carotídeo ( não se pode reconhecer a 1ª
bulha pela onda de pulso radial) é de timbre mais grave e
duração um pouco maior que B2, apresenta maior intensidade
no foco mitral.(TUM)
 B2: fechamento das valvas aórticas e pulmonares.Ouve-se o
componente aórtico em toda a região precordial enquanto o
ruído originado na pulmonar é auscultado em uma área
limitada que corresponde ao foco pulmonar e a borda esternal
esquerda.Normalmente o componente aórtico precede o
pulmonar.Durante a expiração ambas as valvas se fecham
sincronicamente originando um único ruído.Na inspiração
quando a sístole do ventrículo direito se prolonga ligeiramente
em função do maior afluxo sanguíneo a este lado do coração o
componente pulmonar se retarda por tempo suficiente para se
perceberem de modo nítido os dois componentes
( desdobramento inspiratório).A B2 ocorre depois de um
pequeno silencio, seu timbre é mais agudo ,e soa de maneira
mais seca (TÁ). Quando a bulha está desdobrada seu ruído
corresponde a expressão TLA. É mais intensa nos focos
aórtico e pulmonar.
 B3: ruído protodiastolico ( terço inicial da diástole) de baixa
frequência que se origina de vibrações da parede ventricular
subitamente distendida pela corrente sanguínea que penetra
na cavidade durante o enchimento ventricular rápi)
 B4: é um ruído débil que ocorre no fim da diástole ou pré
sístole, em condições normais pode ser percebida em
ciranças, adultos e joves. Origina-se pela brusca
desaceleração do fluxo sanguineio, mobilizado pela contração
atrial ao encontrar massa sanguínea existente no interior dos
ventrículos.
 Momentos de sístole e da diástole: caso notar outros sons que
não sejam as bulhas, cumpre localizar exatamente na revolução
cardíaca:
 Protossistole: terço inicial da sistole
 Mesossistole: terço médio da sístole
 Telessistole: terço final da sístole
 Protodiastole: terço inical da diástole
 Mesodiastole: terço médio da diástole
 Telediastole: terço final da diástole
 Ritmo e frequência: se houver duas bulhas ( ritimo binário) se
houver um 3 bulha ( ritmo tríplice).

Exame das Mamas

1. Inspeção estática:

 Paciente sentada, com os membros superiores paralelos ao tronco


 Aréola:
 Volume
 Contorno
 Forma
 Simetria
 Pigmentação
 Solução de continuidade
 Aspecto da papila, retração, desvio, ulceração, eritema
 Presença de abaulamentos ou retrações, pedindo para que a paciente
eleve os braços pois tal manobra deixa mais evidentes as retrações e as
assimetrias
 Pele: abaulamento, retração, edema, eritema, nódulos subcutâneos
 Mamas: forma, volume e simetria

2. Inspeção dinamica.

 Duas manobras: levantamento dos braços para aumentar a tensão dos


ligamentos de Cooper e contração dos peitorais ( tem como objetivo
avaliar a mobilidade da mama, no câncer pode-se constatar imobilidade
da mama)

3.Palpação
 Realiza-se a palpação com a paciente deitada com as mãos atrás da
cabeça. A palpação deve ter inicio na região subareolar e estendendo-se
as regiões paraesternais, infraclaviculares e axilares. Avalia-se:
 Volume do panículo adiposo
 Quantidade de parênquima mamário e eventuais alterações :
 Áreas de condensação: apresentam consistência mais firme em
relação a áreas adjacentes
 Nódulos: avaliar quanto:
 Limites: bem delimitados são em geral benignos, as neoplasias
apresentam limites imprecisos e irregulares
 Consistência: neoplasias malignas apresentam consistência dura
 Mobilidade: neoplasias tornam o nódulo imóvel
 Fixação nas estruturas adjacentes: diminuição da mobilidade
das mamas
 Diametro
 Elasticidade da papila: rigidez da papila sugere lesão neoplásica
ou inflamatória.
 Expressão papilar: se há secreção, identificar
 Se a secreção vem um único conduto ou de vários
 Se o ostio ductal pe periférico ou central
 Localização
 Aspecto da secreção ( sanguíneo, seroso, claro, purulento,
leitoso, colostro, pastoso, esverdeado, acastanhado)
 Palpação dos linfonodos axilares e supraclaviculares
Discussão sobre semiologia abdominal: pontos de referência anatômicos e regiões do
abdome, projeção dos órgãos nas paredes torácica e abdominal, inspeção e palpação
superficial , palpação ( profunda, palpação do fígado, do baço, dos rins, da vesícula biliar, do
sigmóide, manobras especiais), percussão (tipos de sons, pesquisa de ascite) e ausculta.

 Pontos de referencia:
 Rebordas costais;
 Ângulo de charpy;
 Cicatriz umbilical;
 Cristas e espinhas ilíacas anteriores;
 Ligamento inguinal;
 sínfise pubiana.
 Regiões do abdome:
 Limite Superior: linha circular que passa pela junção xifoesternal e
pela apófise espinhosa da 7ª vertebra dorsal
 Limite Inferior: linha circular que passa pela apófise espinhosa da 4º
vertebra lombar, cristas ilíacas, espinhas ilíacas anteriores,
ligamentos inguinais, sínfise púbica.
 Divisão em quadro quadrantes: uma linha vertical e uma linha horizontal
que se cruzam perpendicularmente na cicatriz umbilical.
 Divisão em nove regiões : traçam-se duas linhas horizontais: linha bicostal
que unee dois pontos nos quais as linhas hemiclaviculares cruzam as
bordas costais correspondentes, e a linha bi-ilaca que une as espinhas
ilíacas anterossuperiores. Traçam-se duas linhas curvas da base do
apêndice xifoide até as linhas axilares médias. Por fim demarcam-se duas
ligeiramente obliquas uma de cada lado do abdome que ligam o ponto do
cruzamento da linha hemiclavicular com a reborda costal e o tubérculo do
púbis. Por duas linhas obliquas unem-se por fim as espinhas ilíacas
anteriossuperiores com o tubérculo do púbis.

1- Ausculta: Fornece informações a respeito da movimentação de gases e


líquidos no trato intestinal. É importante que faça a ausculta antes da
percussão e palpação. Em condições normais ocorrem mais ou menos a
cada 5 a 10 segundos ruídos de timbre agudo, de localização variável e de
aparecimento imprevisível. Em caso de diarreia os ruídos hidroaéreos
tornam-se mais intensos e são denominados borborigmos. Além de ruídos
hidroaéreos podem ser ouvidos no abdome sopros sistólicos ou
sistodiastolicos indicativos de estreitamento da luz de um vazo ou de fistula
arteriovenosa.

2- Inspeção: iluminação adequada, desnudamento da área corporal,.


 Pele
 Tecido celular subcutâneo;
 Musculatura;
 Circulação colateral;
 Lesões elementares de pele;
 Manchas hemorrágicas;
 Distribuição de pelo;
 Soluções de continuidade da pele
 Forma e volume do abdome: varia com idade, sexo, estado nutricional,
podendo ser encontrados os seguintes tipos:
 Abdome atípico ou normal:simétrico
 Abdome globoso ou protuberante: predomínio do diametro
anteroposterior sobre o transversal. Observado na gravidez,
ascite, distensão gasosa, obesidade, pneumoperitonio, obstrução
intestinal
 Abdome em ventre da batráquio: o paciente em decúbito dorsal
observa-se franco predomínio do diâmetro transversal sobre o
anteroposterior. Pode ser observado na ascite em fase de
regressão.
 Abdome em ventre ou ptotico: estando o paciente em pe as
vísceras pressionam a parte inferior da parede abdominal
produzindo nesse local uma protusão.Ocorre no período
puperperal.
 Abdome em avental: obesidade de grau elevado sendo
consequência do acumulo de tecido gorduroso na parede
abdominal.
 Abdome escavado: parede abdominal retraída, próprio de
pessoas muito magras portadores de doenças consunstivas.
 Cicatriz umbilical: normalmente apresenta forma plana ou levemente
retraída. Protrusão da cicatriz umbilical pode indicar existência de hérnia ou
acumulo de liquido. Importante observar presença de secreção. Sinal de
cullen: equimose periumbilical resultante de hemoperitonio
 Abaulamentos ou retrações localizadas: torna o abdome assimétrico,
irregular, indicando alguma anormalidade. Principais causas:
Hepatomegalia, útero gravido, retenção urinaria, tumores de ovário e de
útero, linfomas, aneurisma da aorta abdominal, megacólon chagásico
quando se apresenta fecaloma volumoso.
 Veias superficiais: geralmente pouco perceptível.
 Cicatrizes da parede abdominal
 Flanco direito: colecistectomia
 Flanco esquerdo: colectomia
 Fossa ilíaca direita: apendicectomia, herniorrafia
 Fossa ilíaca esquerda: herniorrafia
 Hipogástrio: histerectomia
 Linha média: laparotomia
 Região lombar: nefrectomia
 Linha vertebral: laminectomia
 Movimentos
 Respiratorios: no sexo masculino observa-se a respiração
toracoabdominal , cujos movimentos costumam desaparecer nos
processos inflamatórios do peritônio, nas afecções dolorosas do
andar superior do abdome também se inverte a forma de respiração
que passa a ser puramente torácica.
 Pulsações: quando ná hipertrofia do vd podem surgir pulsações na
região epigástrica.
 Movimentos peristálticos visíveis: na maioria das vezes indica
obstrução em algum segmento do tubo digestivo , deve-se observar a
localização e a direção.Podem ocorrer espontaneamente ou após
algumas manobras provocativas ao aplicar pirapotes na área
suspeita por exemplo
 Em pessoas magras as vezes são vistas ondas peristálticas
na ausência de qualquer anormalidade
 Obstrução pilórica: observação de ondas peristálticas em
região epigástrica que se dirigem de cima pra baixo e da
esquerda para a direita.
 Obstrução intestino delgado: observação de ondas
peristálticas em região umbilical, sem direção constante e
mais de uma onda ao mesmo tempo
 Obstrução intestino grosso: mais bem observadas no colon
transverso nos casos em que a sede da obstrução se localiza
no ângulo esplênico ou abixo dele
3- Palpação:
 Efetua-se a palpação do abdome com paciente em decúbito dorsal usando
a técnica de mão espalmada
 Tem como objetivo: avaliar o estado da parede abdominal, explorar a
sensibilidade abdominal, reconhecer as condições anatômicas das vísceras
abdominais e detectar alterações. O estomago , o duoedeno, o intestino
delgado, pâncreas, vias biliares e peritônio não são reconhecidos pela
palpação exceto em situações especiais.
3.1 . Palpação superficial:
 Sensibilidade: pode ser avaliada palpando levemente ou apenas roçar a
parede abdominal com objeto pontiagudo.
 Pontos dolorosos:
 Ponto xifoidiano: abaixo do apêndice xifoide, observada na cólica biliar
e afecções no esôfago, estomago e duodeno.
 Ponto epigástrico: corresponde ao meio da linha xifoumbilical ,
particularmente sensível nos processos inflamatórios do estomago, nos
processos ulcerosos e tumorais.
 Ponto biliar ou ponto cístico: situa-se no ângulo formado pela reborda
costal direita e a borda externa do musculo reto abdominal . Ao se
comprimir o local pede-se ao paciente que inspire profundamente -> o
diafragma fara o fígado descer -> a vesícula biliar vai alcançar o dedo
que esta comprimindo a área -> em caso de colecistite -> a dor faz com
que o paciente interrompa subitamente a inspiração ( sinal de Murphy)
 Ponto apendicular ( ponto de Mcburney): na extremidade dos dois
terços da linha que une a espinha ilíaca anterossuperior direita ao
umbigo. Deve ser feita uma pressão progressiva, lenta e continua,
descomprime-se bruscamente a região o que determina um estiramento
rápido do peritônio que se estiver inflamado causa uma dor aguda e
intensa (sinal de Blumberg)
 Ponto esplênico: localiza-se abaixo da reborda costal esquerda no
inicio do terço externo, infarto esplênico provoca dor nesse local
 Pontos ureterais: situa-se na borda lateral dos músculos retos
abdominais na intersecção com uma linha horizontal que passa pelo
umbigo e no cruzamento da linha que passa pela espinha ilíaca
anterossuperior. A palpação deve ser feita com as mãos superpostas
comprimindo-se a parede abdominal com as polpas digitais dos dedos
médio, indicador, anular e mínimo. Dor nos pontos ureterais surge nos
pacientes com cólica renal
 Resistencia da parede abdominal: quando se encontra a musculatura
contraída a primeira preocupação do examinador é diferenciar a contratura
voluntaria da involuntária. A contratura involuntária também chamada de
defesa da parede abdominal, obedece a um reflexo visceromotor cujo
estimulo se origina do peritônio inflamado. Pode ser generalizada ou
localizada.
 Continuidade da parede abdominal: deslocar a mão por toda a a parede
abdominal e se encontrar uma área de menor resistência tenta-se insinuar
mais polpas digitais naquele local
 Diástase: consiste na separação dos músculos retos . Quando o
paciente está em pé e faz esforço uma porção do intestino penetra pela
abertura. Estando o paciente em decúbito dorsal pede-se a ele para
contrair a musculatura abdominal , seja elevando as duas pernas , seja
levantando do travesseiro a cabeça.
 Hérnias: solução de continuidade por onde penetram uma ou mais
estruturas abdominais. Ao se suspeitar da hérnia deve-se pedir ao
paciente que tussa ( Manobra de Valsalva) O aumento da pressão
intra-abdominal pode tornar mais evidente uma hérnia. Os tipos mais
comuns de hérnia são a epigástrica, inguinal, femoral e a incisional.
 Pulsações: podem ser visíveis e palpáveis ou apenas palpáveis. Localizar
e caracterizar as pulsações.
3.2 Palpação profunda:
 Por meio da palpação profunda investigam-se os órgãos contidos na
cavidade abdominal e eventuais massas palpáveis e tumorações
 Estomago, duodeno, ID, vias biliares e colon ascendente e descendente em
condições normais não são palpáveis
 Ceco, transverso e sigmoide são facilmente palpáveis.
 Ao encontrar órgãos, massas palpáveis ou tumorações é preciso
avaliar:
 Localização
 Forma e Volume( comparação : azeitona, laranja, limão)
 Sensibilidade;
 Consistência (cística, borrachosa, dura ou pétrea)
 Mobilidade
 Pulsatilidade
 Palpação do fígado: paciente em decúbito dorsal.
Tecnicas:
 Método de Lemos torres:– Com a mão esquerda colocada sobre a
região lombar direita do paciente apoiando as duas últimas costelas, o
examinador traciona o fígado para a frente e com a mão direita
espalmada sobre a parede anterior do abdome, tenta palpar a borda
hepática, durante a inspiração profunda, com as falanges distais dos
dedos indicador e médio
 Método de Mathieu Posicionar o paciente em decúbito semilateral
esquerdo, enquanto o examinador se coloca do lado direito voltado para
os seus pés. As mãos do examinador em leve garra repousam sobre o
hipocôndrio direito, coordena-se a palpação com movimentos
respiratórios do paciente. A inspiração quando o órgão se desloca pra
baixo procura-se reconhecer sua borda. Procurar usar a face radial do
indicador ou face ventral dos dedos e polpas digitas do mínimo, médio e
anular.
 Dados semiologiogicos pesquisados:
 Distancia da reborda costal, graduada em dedos transversos ou em
centímetros: pequenas hepatomegalias são aquelas que o fígado
ultrapassa até dois dedos transversos a reborda costal,;hepatomegalias
medias o fígado distada reborda costal em torno de 4 dedos transversos,
grandes hepatomegalias a borda da viscera situa-se a mais de 4 dedos e
pode alcançar a cicatriz umbilical.
 Espessura da borda hepática ( fina ou romba),
 Superfície da borda ( lisa ou nodular). Nas cirroses os nódulos são
difusos, nas metastates são esparsos e no câncer primitivo do fígado ele
é unico
 Consistência da borda( diminuída, normal ou aumentada),
 Sensibilidade da borda( indolor ou dolorosa)
 DECSS
 Obs: toda hepatomegalia é palpável, mas nem todo fígado palpável
esta aumentado de volume. As causas mais comuns de
hepatomegalia são a insuficiência cardíaca direita, a cirrose, a
hepatite a esteatose.
 Palpação da vesícula biliar: somente se torna palpável em condições
patológicas. Sinal de Murphy: Ao se comprimir o local pede-se ao paciente
que inspire profundamente -> o diafragma fara o fígado descer -> a vesícula
biliar vai alcançar o dedo que esta comprimindo a área -> em caso de
colecistite -> a dor faz com que o paciente interrompa subitamente a
inspiração.
 Palpação do baço:
Técnicas de palpação do baço
 Manobra de Mathieu –Cardarelli -posicionando-se à esquerda do
paciente, a mão direita em garra procura sentir o pólo inferior, esplênico,
abaixo ou junto ao rebordo costal, esquerdo

 Manobra de Schuster: decúbito lateral direito, paciente com perna


direita estendida e coxa esquerda fletida sobre abdome em um ângulo
de 90, ombro esquerdo elevado colocando-se o braço sobre a cabeça. O
examinador posiciona-se diante do paciente, pousando a mao esquerda
com alguma pressão sobre a área de projeção do baço como se
quisesse desloca-lo para baixo. Enquanto isso a mão direita executa a
palpação, coordenando-a com movimentos respiratórios, durante a
inspiração o examinador avança sua mão no rumo da reborda costal.
Características semiológicas :

 Distancia entre a reborda costal e extremidade inferior do baço


medida em centímetros ou em dedos transversos, tomando como
referencia a linha hemiclavicular esquerda. Para que o baço se torne
palpável é necessário que ele dobre de tamanho
 Obs: esplenomegalia é causado principalmente por hipertensão
portal, mononucleose, hepatite por vírus, malária, anemia hemolítica,
linfoma de Hodgkin, artrite reumatoide, lúpus eritematoso,cistos.
Grandes esplenomegalias causam abaulamento do flanco esquerdo.
 Palpação do ceco: efetua-se a palpação deslizando a mão ao longo de
uma linha que une a cicatriz umbilical a espinha ilíaca anterossuperior.
Ao alcançar a borda do ceco percebe-se uma súbita elevação, vai
deslocando as polpas digitais até alcançar a espinha ilíaca, repetir a
manobra na direção oposta procurando deslocar o ceco para dentro
investigando a mobilidade. A manobra deve ser repetida mais de uma
vez. Ao deslizar a mão sobre essa viscera produzem-se ruídos
hidroaéreos conhecidos como borborigmos. Havendo dificuldade, usa-
se a mão esquerda para comprimir o colon ascendente enquanto a
direita realiza a palpação
 Palpação do colon transverso: desliza-se de preferencia ambas as
mãos de cima pra baixo e de baixo pra cima do abdome, geralmente é
percebido na região mesogastrica
 Palpação do sigmoide: situa-se no quadrante inferior esquerdo e
assemelha-se a uma corda de consistência firme e pouco móvel
 Palpação dos rins: paciente em decúbito dorsal a palpação do rim é
feita de preferencia pelo método bimanual, uma das mãos aplicadas
transversalmente sobre a parede abdominal a altura do flanco, a mão
palpadora é homônima do lado que se palpa. O paciente deve respirar
tranquilamente e a cada inspiração deve se sentir a descida do rim, cujo
polo inferior é reconhecido por sua superfície lisa. A mao esquerda
exerce pressão suave na região lombar direita. Ao final da inspiração e
inicio da expiração intensifica-se a pressão exercida sobre ambas as
maos
4- Percussão: paciente em decúbito dorsal,
 Tipos de som
 Som timpânico ( presença de ar dentro de uma viscera oca) é
percebido em quase todo o abdome porem é mais nítido na área de
projeção do fundo do estomago
 Hipertimpanismo : aumento de ar. Acontece na gastrectesia,
meteorismo, obstrução intestinal, pneumoperitonio

 Som submaciço: menor quantidade de ar. Figado, baço e útero


gravídico, assim como ascite e tumores
 Determinação do limite superior do fígado e da área de macicez
hepática
 Percutir o hemitorax direito ao nível da linha hemiclavicular direita
desde a clavícula ate o 4 ou 5 espaço intercostal, de inicio observa-
se som claro pulmonar, no 5 ou 6 espaço intercostal o som torna-se
submaciço correspondendo ao limite superior do fígado. O não
encontro da macicez hepática pode significar: atrofia hepática,
interposição da alta intestina entre fígado e parede costal e
pneumoperitonio
 Pesquisa de ascite de grande volume ( > 1500 ml)
 Paciente em decúbito dorsal coloca a bora cubital da mao sobre
alinha mediana do abdome exercendo uma ligeira pressão de modo
a impedir a transmissão pela parede abdominal , o examinador
coloca-se do lado direito do paciente e repousa a mao esquerda do
outro lado ,golpeia a face lateral do hemiabdome direito se tiver
liquido o suficiente a mão esquerda captara o choque das ondas
liquidas
 Pesquisa de ascite de volume médio ( quando o sinal de piparote é
negativo)
 Primeira etapa percute-se todo o abdome em decúbito dorsal , essa
posição determina macicez nos flancos e som timpânico na parte
media do abdome -> decúbito lateral direito : timpanismo no flanco
esquerdo e macicez no flanco direito se houver ascite, paciente
decúbito lateral esquerdo, percute-se todo o abdome haverá
timpanismo no abdome direito e macicez no esquerdo.
 Semicirculos de skoda: percute-se o abdome a partr do epigástrio,
radialmente em direção aos limites do abdome. Observa-se auma
transição entre o som timpânico para o submaciço e posteriormente
para maciço no sentindo craniocaudal. A junção dos pontos de
transição forma semicírculos com concavidade voltada pra cima
 Pesquisa de ascite de pequeno volume (< 500 ml)
 Consiste em fazer percussão por piparote na região de baixo ventre
estando o paciente de pé e com a bexiga vazia

Objetivo: ser capaz de realizar o exame físico do aparelho genital


feminino e de conhecer e realizar a técnica de sondagem vesical feminina

Aparelho Feminino:

 Anatomia:
 Orgãos femininos externos: monte de Vênus, períneo, vulva, grandes
e pequenos lábios, glândulas de Bartholin e de Skeene, meato uretreal e
introito vulvar
 Orgãos femininos internos: vagina, útero, ovários, tuba uterina
 Pelve feminina: bacia óssea, diafragma pélvico e urogenital
 Semiotecnica:
 A investigação semiótica deve ser realizada em um ambiente tranquilo e
agradável
 O exame ginecológico objetiva a avaliação da pelve feminina mediante
inspeção estática e dinamica, toque vaginal simples ou bimanual, e
exame especular.
 O exame é realizado tradicionalmente com paciente em decúbito dorsal,
com flexão de 90º do quadril e do joelho, expondo o períneo
 Inspeção estática:
 Avaliação da pilificação do monte de vênus, da região perineal, da
raiz das coxas e da região anorretal
 Avaliação da morfologia dos grandes e pequenos lábios
 Observação do hímen
 Lesões de pele e processos infecciosos
 Inspeção dinamica:
 Manobra de valsalva para verficar se ocorre procidência do útero,
abaulamento das paredes vaginais ou perda da urina
 Teste de collins ( azul de toluidina) para verificação de lesões
 Acido acético para verificação de lesões
 Exame especular:
 Espéculo de collins deve ser colocado num ângulo de 45º ,
posteriormente é colocado de tal forma que as paredes anteriores
e posteriores sejam deslocadas
 Inicia-se com a inspeção das paredes vaginais, observando o
trofismo que reflete a ação do estrogênio.
 Deve-se avaliar o aspecto e volume da secreção vaginal.
 Deve-se relatar a localização, morfologia, tamanho e aspecto do
orifício do colo do útero
 Realização do preventivo
 Toque bimanual: avaliação da vagina , do colo do útero e corpo do
útero ( tamanho, mobilidade, dor), dos anexos e o fundo do saco de
douglas
 Toque retal: avaliação do paramétrio, avaliação de crianças e virgens
 Principais afecções dos órgãos genitais femininos:
 Lesões ulceradas : herpes genital ( lesões vesiculares), sífilis primaria,
cancro mole.
 Cancer de Vulva : prurido, tumor vulvar, dor, ardor, sangramento
 Uretrite gonocócica: sensação de prurido, disúria, corrimento
purulento
 Uretritre não gonocócica: corrimento mucoide e discreto, disúria leve
e intermitente
 Vulvovaginite
 Vaginose bacteriana: corrimento vaginal branco-acinzentado, de
aspecto fluido ou cremoso, algumas vezes bolhoso, de odor fétido
 Candidiase: prurido, hiperema, colo com placas brancas aderidas a
mucosa
 Tricomoniase : corrimento abundante amarelo-esverdeado,
bolhoso,DIP, hiperemia da mucosa
 Infeccções por HPV
 Tumores uterinos
 Polipo cervical
 Cervicite: inflamação mucosa endocervical por clamídia e gonorreia
 Miomas: dor pélvica, sangramento menstrual execessivo
 Adenomiose: presença de glândulas e estroma endometrial no interior
do miométrio. Dor, menorragia, dismenorreia
 Endometriose
 Prolapso genital
 Gestação ectópica
 Dismeorreia
 Cisto ovariano
 SOP
 Piossalpinge e hidrossalpinge
 Sondagem vesical feminina
 Uretra feminina: tem um comprimento aproximado de 3,5 a 4,0
centímetros, apresentando um revestimento epitelial do tipo escamoso
em sua porção distal,enquanto no restante do seu trajeto o epitélio
presente édo tipo pavimentoso estratificado. Igualmente, a
uretrafeminina apresenta glândulas periuretrais, sendo que a maior
(glândula de Skene) se abre no assoalho da uretra,próximo ao meato
uretral
 Indicações:
 Esvaziar a bexiga em caso de retenção urinária.
 Prevenir complicações da retenção de urina (bexigoma).
 Preparo para algumas intervenções cirúrgicas.
 Colher urina asséptica para exames.
 Observar os aspectos da urina em paciente traumatizado
(hematúria).
 Contra-indicações:
 Traumatismo de períneo, com ou sem fraturas de ossos da pelve e
uretrorragia.
 Dificuldade na introdução da sonda.
 Processos infecciosos graves na região.
 Falta de cateteres apropriados.
 História de cirurgia na uretra.
 Tipos de cateter vesical
 Foley (de demora)
 Triplo lumen (de demora)
 Sonda de alívio ou intermitente (Nelaton)
 Material necessário:
 Carro de curativo ou superfície fixa ou mesa auxiliar.
 Luva estéril (três pares).
 01 cateter vesical de demora (Foley) compatível com o meato uretral do
paciente.
 01 tubo de lubrificante hidrossolúvel estéril (xilocaína gel).
 01 seringa de 10 ou 20 ml.
 01 campo estéril.
 01 bandeja para cateterismo vesical estéril.
 02 ampolas de água destilada.
 01 coletor de urina sistema fechado com válvula anti-refluxo.
 03 pacotes de gaze estéril.
 Material para higiene íntima (masculina e feminina).
 Adesivo específico e/ou esparadrapo.
 01 agulha 40X12. ( rosa)
 Solução antisséptica (Polvidine tópico ou clorexidina aquosa).
 01 impermeável.
 01 lençol.
 Equipamentos de proteção individual (gorro, máscara cirúrgica, óculos
de proteção, avental e/ou capote cirúrgico).
 Biombo
 Técnica:

1. Ler a prescrição médica.


2. Realizar higienização das mãos
3. Separar o material;
4. Apresentar-se ao paciente e acompanhante;
5. Checar a identificação do paciente;
6. Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento;
7. Promover privacidade, utilizando biombos, se necessário;
8. Colocar equipamentos de proteção individual: gorro, máscara, capote não-
estéril e óculos de proteção;
10 Posicionar adequadamente o paciente para o procedimento:
Mulheres :decúbito dorsal com membros inferiores fletidos.
11 Colocar luvas estéreis
12. Abrir todos os materiais sobre o campo esterilizado entre as pernas da
paciente, se o procedimento for realizado por apenas um profissional. Utilizar
técnica asséptica;
13. Colocar a solução antisséptica na cuba redonda, mantendo uma distância
segura para evitar contaminação;
14. Aspirar água destilada com seringa de 20 ml com agulha 40x12
15. Testar o balão do cateter com água destilada, observando o volume
indicado pelo fabricante, esvaziando-o após o teste;
16. Colocar lubrificante na ponta da sonda
17,Iniciar antissepsia com movimento unidirecional de cima para baixo,
desprezando a gaze ao final de cada região seguindo a ordem: monte de
Vênus, grandes lábios do lado distal para o proximal;
18.Afastar com a mão não dominante, os grandes lábios e com a mão
dominante proceder antissepsia dos pequenos lábios do lado distal para o
proximal;
19.Manter os grandes lábios afastados com a mão não dominante de forma a
visualizar o meato uretral e proceder a antissepsia do mesmo, de cima para
baixo (com a mão dominante);
20. Introduzir o cateter pré-conectado a um coletor de drenagem de sistema
fechado, por 5 a 7 cm no meato uretral, observando o retorno urinário
Insuflar o balonete com o volume de água recomendado pelo fabricante;
21.Tracionar o cateter lentamente, para fora, até sentir que está bem
posicionado;
22.Fixar o cateter na face interna da coxa, com esparadrapo ou com fixador
específico, deixando o sistema por cima da perna, entretanto, durante os
procedimentos cirúrgicos, a fixação do cateter poderá ser alterada de acordo
com o posicionamento da cliente;

Aparelho Genital Masculino

 Semiotecnica:
 Deve-se inspecionar o pênis e a bolsa escrotal observando se o
paciente é circuncisado, o tamanho do pênis e do escroto e se há
lesões.
 Se houver corrimento peniano deve observar suas características
 Em todos os pacientes com bolsa escrotal aumentada deve-se fazer o
exame de transiluminação da bolsa escrota
 O exame dos órgãos genitais internos é feito pelo toque retal
 Principais afecções dos órgãos genitais masculinos:
 Infantilismo: caracteriza-se pela presença de órgãos genitais internos
e externos menores do que o esperado em relação a idade
 Virilismo: criança com genitália de adulto
 Fimose: impossibilidade de retrair o prepúcio para tras da glande pelo
fato de ser o anel de abertura do prepúcio menor que ela.
 Prepucio exuberante: o anel é amplo permitindo a livre passagem da
glande. O retorno do prepúcio a posição anterior se faz com facilidade
 Parafimose: quando o anel fimotico permite com dificuldade a
exteriorização da glande, podendo formar uma constrição ao nível do
sulco balanoprepucial, dificultando a circulação linfática de retorno que
leva a um intenso edema da glande e do prepúcio.
 Balanite e balanoposite: inflamação da glande ( balanite) e da glande e
do prepúcio ( balanopostite). Diabetes é uma condição clinica
predisponente.
 Hipospadia: deformidade congênita na qual a uretra se abre na face
ventral do pênis, fora da sua posição normal
 Epispadia: deformidade congênita na qual a uretra se abre na face
dorsal do pênis, separando os dois corpos cavernosos
 Extrofia da bexiga: deformidade congênita caracterizada pelo não
fechamento da parede anterior do abdome
 Secreção peniana: fluxo continuo ou intermitente de liquido da uretra,
pode ser serosa, purulenta ou sanguinolenta
 Uretrire: caracteriza-se por secreção purulenta, abundante nos casos
agudos e discreta nos casos crônicos. A causa mais comum é
gonocócica.
 Estenose da uretra: diminuição da luz da uretra. Pode ser congênita
ou adquirida
 Aumento da bolsa escrotal: pode estar relacionada ao aumento do
epidídimo, hérnia, varicocele, espermatocele ou hidroecele
 Orquite aguda: testículo doloroso, hipersensível a palpação, e
edemaciado
 Epidimite: aumento do volume do órgão, calor local, rubor, e dor intensa
 Hidrocele: acumulo de liquido na túnica vaginal
 Neoplasia de testículo: aumento indolor do testículo que a palpação
apresenta-se extremamente endurecido
 Criptorquida: ausência na bolsa de um ou de ambos os testiculos
 Varicocele: são varizes do plexo pampiniforme que envolve todo o
cordão espermático
 VFLCSS
 Prostatite aguda:
 Volume: aumentado
 Forma: globosa
 Limites: Nitidos
 Superficie: Lisa
 Consistencia: Amolecida
 Sensibilidade: Extremamente Dolorosa
 HBP:
 Volume: aumentado
 Forma: globosa
 Limite: Nitido
 Superficie: Lisa
 Consistencia: Elastica
 Sensibilidade: Diminuida
 Cancer de próstata:
 Volume: aumentado
 Forma: disforme
 Limites: imprecisos
 Superficie: nodular
 Consistencia: dura ou pétrea
 Sensibilidade: dolorosa ao toque

Obs :Prostata normal


 Volume: tamanho de uma castanha
 Forma: triangular
 Limites: Nitidos
 Superficie: Lisa
 Consistencia: Muscular
 Sensibilidade: dolorosa

Dispnéia: Fisiopatologia da dispnéia. Características semiológicas da


dispnéia (freqüência, amplitude e tipos respiratórios)- Descrever cianose
e hipóxia.

Dispneia

 Definição: dificuldade pra respirar podendo o paciente ter ou não


consciência disso, em geral faz referencia “falta de ar ou cansaço”.
Apresenta-se sob duas formas: subjetiva ( sentida pelo paciente), objetiva
( aprofundamento ou pela aceleração dos movimentos respiratórios e pela
participação ativa dos músculos acessórios da respiração
 Causas da Dispneia:
 Causas Atmosféricas:
Baixo O2 -> Taquipneia -> Dispneia
 Causas Obstrutivas: laringite, edema angioneurotico, estenose por
tuberculose, neoplasia, bócio, anerumisma da aorta
 Causas parenquimatosas: redução da área de hematose determinada
por pneumonia, fibrose, enfisema
 Causas toracopulmonares: fraturas dos arcos costais, cifoescoliose,
mialgia intensa, mioisite -> alteração da dinamica toracopulmonar
 Causas diafragmáticas: paralisia, hérnias e elevações do diafragma
ocosionada por ascite, hepatoesplenomegalia ou gravidez -> dispneia
 Causas pleurais: pleurite seca que causa dor á inspiração fazendo
com o que paciente limite as incursções respiratórias, derrames pleurais
reduzem a expansibilidade pulmonar, pneumotórax
 Causas Cardíacas:
 Em todos os pacientes de dispneia decorrente de insuficiência
ventricular esquerda, há elevação da pressão do leito vascular
pulmonar. Logo, a congestão pulmonar é a causa básica da dispneia
dos cardiopatas, a congestão pulmonar provoca rigidez do
parênquima pulmonar o que diminui a expansibilidade torácica o que
exige maior esforço respiratório com redução da reserva respiratória
 A dispneia dos cardíacos costuma estar associado a taquipneia e
exarcebação do reflexo de Hering- Breuer.
 Dispneia aos esforços: mais comum na insuficiência ventricular
esquerda. Caracteriza-se por ser de rápida progressão
o Dispneia aos pequenos esforços: é o que ocorre ao fazer exercícios
leves, como tomar banho, trocar de roupa, mudar de posição na cama
o Dispneia aos médios esforços: surge durante a realização de
exercícios físicos de intensidade mediana como subir alguns degraus
de escada
o Dispneia aos grandes esforços: não consegue andar depressa,
subir uma rampa, ou praticar um esporte que anteriormente praticava
 Dispneia de decúbito: Decorrente de maior afluxo sanguíneo dos
membros inferiores e da área esplanica -> congestão pulmonar ->
assim que o paciente se deita ele relata dispneia -> paciente se ve
obrigado a se sentar com as pernas pra fora da cama e com a cabeça
baixa para ajudar o trabalho da musculatura acessoria ( ortopneia)
 Dispneia Paroxistica Noturna: Falencia ventricular esquerda aguda
ou obstrução da vida de entrada do VE -> Aumento da pressão do AE -
> Aumento da pressão das veias pulmonares -> Aumento da pressão
no leito capilar do pulmão-> algumas horas depois paciente acorda
com intensa falta de ar acompanha de sufocação, tosse seca,
broncoespamos, chieira (asma cardíaca) -> o que o obriga a levantar e
caminhar.
Obs: após determinado nível pressórico, pode haver transudação de
liquido para dentro dos alvéolos -> edema agudo do pulmão
Obs: nos casos mais graves há tosse com expectoração pulmonar
branca, cianose, respiração ruidosa, sibilos e estertores finos
 Dispneia periódica ou de Cheyne-Stokes: caracteriza-se por
períodos de apneia seguida de movimentos respiratórios mas que vão
ficando cada vez mais profundos até chegar a um máximo e depois vão
diminuindo até chegar a uma fase de apneia. As pausas de apneia
duram cerca de 10 a 30 segundos podendo atingir 60 segundos.
 Surge nos portadores de enfermidades cardiovasculares como
hipertensão, em pacientes com afecções do tronco espinal,
uremia, intoxicação por barbitúricos ou opiaceos.

 Mecanismos:
Apneia

Alto tensão de Co2 e Baixo 02

Estimulação Centro Respiratorio

Hiperpneia

Queda de Co2 e Aumento de O2

Insuficente estimulação do centro respiratório

Apneia

 Causas relacionadas com o sistema nervoso: Qualquer condição que


se acompanhar de hipertensão intracraniana -> alteração ritmo
respiratório
 Causas psicogênicas: Hiperventilação -> alcalose respiratoria -> perda
da consciência
Cianose
 Definição: coloração azulada da pele e das mucosas em razão do
aumento da hemoglobina reduzida ( desoxigenada) no sangue capilar
ultrapassando 5g por 100 ml ( a quantidade normal de hemoglobina
reduzida é 2,6 g)
 Considerações:
 Pacientes intensamente anêmicos não apresentam cianose pois
não tem hemoglobina reduzida suficiente pra isso
 O grau e a tonalidade da coloração cianótica podem ser variáveis,a
mucosa pode ficar levemente azulada mas a pele não aprsenta
mudança de cor, em outros casos a pele pode adquirir coloração
azul ou arroxeada
 Exame do paciente: deve ser feita sobre luz natural, sempre
observando os lábios, a ponta do nariz, bochechas, lóbulos da
orelha, língua, palatao, extremidade das mãos e pés. A inspeção
deve ser feita em lugares onde a pela é mais fina e em áreas ricas
em capilares sanguíneos
 A pigmentação e a espessura da pele podem modificar o aspecto
da cianose
 Deve-se determinar se a cianose surgiu no nascimento ou após
isso, e se ela aparece ou piora com exercício físico
 Determinar se a cianose é generalizada ou localizada
 Intensidade: leve, moderada ou grave
 Tempo de evolução
 Existencia ou não de hipocratismo digital ( dedos se tornam
globosos, é comum em cardiopatia congênitas e doenças
pulmonares)
 Classificação quanto a fisiopatologia:
 Central:
 Diminuição da tensão de o2 no ar inspirado ( grandes altitudes)
 Distúrbios da ventilação pulmonar (obstrução das vias
respiratórias, paralisia dos músculos respiratórios, depressão do
centro respiratório)
 Distúrbios de difusão por aumento da espessura da membrana
alveolocapilar (fibrose, bronquite)
 Distúrbios de perfusão em consequência de cardiopatia
congênita, grave insuficiência ventricular direita
 Curto circuito ou shunt do sangue da direita para esquerda, como
na comunicação intratrial e interventricuçar com hipertensão
pulmonar, tetralogia de Fallot
 Periférica: ocorre em consequência da perda exagerada de oxigênio
ao nível da rede capilar por estase venosa ou diminuição funcional
ou orgânica do calibre dos vasos da microcirculação, ocorre em
áreas distais e sempre se acompanha de pele fria

 Vasoconstrição generalizada devida a exposição ao ar ou agua


fria
 Insufiencia cardíaca congênita grave
 Obstaculo na circulação de retorno como acontece na flebite ou
flebotrombose
 Misto: cianos da insuficiência cardíaca congestiva grave,
 Cianose por Alteração na Hemoglobina: modificações químicas
que impedem a fixação do oxigênio por este pigmento
( metemeglobina por ingestão de substancias toxicas contendo
nitrito)
Hipoxia:
 Oxigenação inadequada do sangue nos pulmões por razoes extrínseca
( altitude, hipoventilação)
 Proporção ventilação perfusão anormal
 Diminuição difusão pela membrana respiratória
 Inadequação do transporte sanguíneo do oxigênio aos tecidos
 Envenenamento das enzimas de oxidação celular
 Diminuição da capacidade metabólica celular de usar oxigênio por causa
de toxidade, deficiência vitamínica e outros fatores

Tosse- Reflexo da tosse (fisiopatologgia) e espirro. Causas da tosse e


características semiológicas da tosse .

 Tosse:
 Fisiopatologia tosse

Material estranho Estimulos químicos irritativos

Alta sensibilidade de : brônquios, traqueia, laringe,carina


Bronquíolos terminais, Alveolos

Geração de impulsos neurais aferentes que partem das zonas tussigeneas

Transmissão via nervo vago

Bulbo

Inspiração rápida de 2,5 litros de ar


Nervo laríngeo inferior
Epiglote e cordas vocais se fecham fortemente aprisionando o ar dentro
dos pulmões

Musculos abdominais se contraem com força


Nervo frênico
Diafragma é empurrado

Musculos expiratórios se contraem com força ao mesmo tempo

Aumento da pressão pulmão até 100mmHg


Cordas vocais e epiglote subitamente se abrem

Ar sob alta pressão “explode” para o exterior pelas fendas brônquicas e


traqueal

Ar removido juntamente com qualquer material estranho que esteja presente


nos brônquios e traqueia.

 Definição tosse: consiste em uma inspiração rápida e profunda, seguida


de fechamento da glote e contração dos músculos expiratórios terminando
com uma expiração forçada, após abertura subida da glote. É um
mecanismo de alerta ou de defesa das vias respiratórias, as quais reagem
aos irritantes ou procuram eliminar secreções anormais.
 Causas da tosse: adenoide, sinusite, amigdalite, faringite, tabagismo,
asma brônquica, bronquite, câncer do pulmão, abcesso pulmonar, infarto
pulmonar, pleurites, neoplasias, esofagite, megaesôfago, estenose mitral,
irritação do canal auditivo externo, tosse psicogencia, inibidores da enzima
de conversão de angiotensina
 Estimulos que causam a tosse: pode ter origem psicogênica; inflamatória
(edema, hiperemia, secreções); mecânica (poeira, diminuição pressão
pleural); química; térmica (frio o calor excessivo)
 Avaliação semiológica:
 FIDEPTT
 Frequência
 Intensidade
 Tonalidade
 Presença ou não de expectoração (se houver caracterizar conforme
cor, volume, odor, transparência, consistência)
 Relação com o decúbito
 Período em que predomina
 Tipo de tosse:
 Seca ou improdutiva: pode ter origem em áreas fora da arvore
brônquica
 Tosse produtiva: que se acompanha de expectoração
 Rouca: comum nos tabagistas
 Bitonal: deve-se a paresia ou paralisia de uma das cordas vocais
 Quintosa: surgir em acessos mais frequentes de madrugada,
acompamhada de vomito e sensação de asfixia
 Sincope: após crise de tosse é acompanhada de perda de consciência
 Crônica: que persiste por mais de 3 meses

Espirro :

Irritação das vias nasais

Nervo trigêmeo

Bulbo

Uvula é deprimida

Passagem de grande quantidade de ar pelo nariz


Eliminação do material estranho

Regulação térmica e fisiopatologia da febre, Caracteres semiológicos da


febre e aferição da temperatura.

 Febre
 Definição: temperatura corporal acima da normalidade
 Causas : podem ser causadas por transtornos no próprio cérebro ou por
substancias toxicas que influenciam os centros termorreguladores
 Pirogenios são substancias são substancias secretadas por bactérias ou
liberados por tecidos em degeneração que podem provocar elevação do
ponto de ajuste do termostato hipotalâmico.Cabe ao hipotálamo regular
o nível em que a temperatura é mantida.Na febre este ponto está
elevado, a produção de calor não é inibida mas a dissipação do calor
está ampliada
 A febre pode ser resultado de infecções ,lesões teciduais, processos
inflamatórios, neoplasias malignas.
 Significado biológico da febre: A febre é mais um sinal de alerta do que
um mecanismo de defesa. Pode-se dizer que em algumas infecções a
hipertemia parece ser nitidamente benéfica. Apresenta alguns aspectos
nocivos: maior velocidade dos processos metabólicos, acentua perda de
 Sindrome Febril: A febre é na verdade constituinte de uma síndrome da
qual fazem parte outros sinais e sintomas: cefaleia, taquicardia, taquipneia,
taquisfigmia, oliguria, calafrios, sudoreses, náuseas, vômitos, delírio,
confusão mental.
 Patogenia da Febre: A febre é manifestação de diversos processos
metabólicos e não apenas infecciosos
 Efeitos da febre
 Na neoplasia maligna a temperatura elevada acelera a perda de peso
 A febre que acompanha o infarto do miocárdio aumenta a velocidade do
metabolismo sobrecarregando o miocárdio
 Caracteristicas semiológicas da febre
 IIDMT
 Inicio:
 Subito(nesse caso a febre se acompanha dos sinais e sintomas da
síndrome )
 Gradual ( o paciente muitas vezes não percebe)
 Intensidade (referencia axilar)
 Febre leve ou febrícula : até 37,5ºC
 Febre moderada : 37,6 a 38,5 ºC
 Febre alta ou elevada: acima de 38,6ºC
 Duração
 Modo de evolução
 Febre continua: aquela que permanece sempre acima do normal
com variações de ate 1ºC e sem grandes oscilações
 Febre irregular ou séptica: registra-se picos muito altos
intercalados por temperaturas baixas ou períodos de apirexia e
sem grandes oscilações. Não há qualquer caráter cíclico nestas
variações. Ex: septicemia.
 Febre remitente: hipertemia diária com variações de mais de 1ºC
e sem períodos de apirexia. Ocorre na pneumonia e tuberculose.
 Febre intermitente: a hipertemia é ciclicamente interrompida por
um período de tempetura normal
 Febre recorrente e ondulante: caracteriza-se por períodos de
temperatura normal que dura dias ou semanas até que sejam
interrompidos por períodos de temperatura elevada.
 Término:
 Crise: febre desaparece subitamente
 Lise: febre vai desaparecendo gradualmente
 Hipertermia vai desaparecendo gradualmente .
 Causas da febre:
 Doenças que causam aumento da produção de calor
( hipertireoidismo)
 Doenças que causam o bloqueio da perda de calor ( insuficiência
cardíaca congestiva)
 Doenças que causam lesões dos tecidos :
 Doenças do SN: AVC, hipertemia neurogênica, lesão
medular.
 Neoplasias malignas: linfomas, leucemia aguda, carcinoma
broncogenico, hipernefroma.
 Anemias hemolíticas e purpuras
 Doenças infecciosas e parasitarias.
 Anemia hemolítica e purpuras
 Artrite reumatoide
 Lupus eritematoso
 Fisiopatologia Febre

Lesões cerebrais Pirogênios

Elevação do ponto de ajuste hipotalâmico ( 37,1ºC)

Temperatura do sangue é menor que o ponto de ajuste

Calafrios, vasoconstrição, piloereção ( conservação e produção de calor)

Aumento da temperatura corporal

Semiologia do aparelho locomotor (ossos e articulações, coluna


vertebral, membros superiores e inferiores)

 Exame Fisico Ossos:


 O paciente pode estar na posição sentada, deitada ou em pé
1. Inspeção: marcha, desvio lateral da coluna vertebral aumento de um
segmento ósseo,.
2. Palpação: tecidos adjacentes ao osso, o aumento do volume deve
ser caracterizado quanto consistência, forma,localização tamanho e
relação com os tecidos moles. Sinais flogisticos
 Exame Fisico Articulações
 Forma e volume: devem-se pesquisar irregularidades do contorno e
modificações do tamanho das juntas. O aumento do volume pode ser
decorrente de varias causas como edema das partes moles e excesso
de liquido sinovial
 Posição das estruturas
 Massas musculares: muito comum encontrar atrofia em casos de
doença reumatoide
 Sinais inflamatórios
 Modificação de estruturas adjacentes: inclui fistulas, tumores e
irregularidades
 Crepitação: crepitação articular indica processo articular degenerativo,
enquanto crepitação óssea denuncia a presença de fratura
 Movimentação:
 Articulação temporo –mandibular:
 Abertura e fechamento da boca
 Protussão e retrocesso da mandíbula
 Movimentos de lateralidade
 Coluna vertebral cervical:
 Flexão ( o mento deve tocar a fúrcula esternal)
 Extensão
 Rotação esquerda e direita
 Coluna vertebral dorsal:
 Rotação direita e esquerda
 Flexão e extensão
 Lateralidade esquerda e direita
 Coluna lombar
 Flexão
 Extensão
 Rotação esquerda e direita
 Lateralidade esquerda e direita
 Ombros (paciente em pé
 Abdução
 Flexão
 Extensão
 Rotação externa
 Rotação interna
 Cotovelos:
 Extensão
 Flexao
 Pronação
 Supinação
 Pronossupinação
 Punhos:
 Flexão palmar
 Extensão dorsal
 Adução
 Abdução
 Quadris:
 Posição neutra
 Flexão
 Flexão permanente
 Abdução
 Adução
 Hiperextensão em decúbito ventral
 Joelho:
 Flexão
 Extensão
 Tornozelos:
 Dorsiflexão
 Flexão plantar
 Inversão
 Eversão
 Exame Fisico Coluna vertebral:
 Deve –se observar o perfil da coluna vertebral. Deve-se solicitar que
o paciente se incline pra frente para reconhecimento de escoliose ou
cifose
 Solicitar ao paciente que faça movimentos de flexão, extensão,
rotação e lateralidade

Teste de Lasègue: é usado para pesquisa de neurite do ciático nas


lombociatalgias, muito comuns nas hérnias de disco. O paciente é colocado
comodamentedeitado e relaxado. Testa-se, primeiramente, o lado
assintomático ou menos sintomático e, depois o lado afetado. Com uma mão
apoiando o calcanhar, eleva-se, vagarosamente, o membro inferior até mais
ou menos 40 graus. Quando há neurite esta manobra reproduz a dor do
paciente, ou seja, dor originária da
região lombar ou glútea irradiando-se para o membro inferior no território
do nervo ciático, muitas vezes acompanhada de parestesia. Se houver muita
dor a manobra deve ser interrompida antes do seu final e terá maior valor
semiológico. Além dos 40 graus, a manobra deixa de ter especificidade e
começa a existir movimentação da pelve associada à flexão do quadril,
surgindo dor originária de outras estruturas. O sinal de Lasègue só é
considerado positivo se reproduzir à dor espontânea do paciente. Para torná-lo
mais especifico faz-se, primeiro, a flexão do quadril com o joelho fletido. Não
deverá haver dor. Se for mantida a flexão do quadril e estender-se
vagarosamente o joelho, haverá desencacleamento da sintomatologia. A
dorsoflexão passiva do pé, também, agrava a dor. Lembre-se de que esta
manobra pode ser muito dolorosa,deve ser feita com cuidado, e interrompida
assimque a dor tornar-se típica.

Você também pode gostar