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1. Defina as regiões do abdome com base na divisão por 4 e por 9 quadrantes.

Divisão em 9 regiões, delimitadas por 2 planos sagitais e 2 planos transversos.


Os sagitais são: Plano medioclavicular/medioinguinais, que passam no ponto
médio da clavícula e no ponto inguinal.
Os transversais são: Plano subcostal, que se relaciona com a margem costal
da 10ª costela e com a L3, e o plano intertubercular, que é paralelo ao plano
subcostal, atravessa o tubérculo ilíaco e o corpo da L5.
As 9 regiões do abdome são denominadas Hipocôndrio direito e
esquerdo, Epigástrico, Lateral direito e esquerdo, Umbilical/Mesogástrio,
Inguinal direito e esquerdo e Hipogástrico.

Divisão em 4 quadrantes, superior esquerdo, superior direito, inferior esquerdo e


inferior esquerdo, delimitado pelo plano transumbilical e plano (sagital) mediano.

2. Descreva a organização dos estratos da tela subcutânea do abdome.


A distribuição da tela subcutânea é diferente no abdômen, variando de acordo com o
biotipo e o sexo. A primeira camada se chama panículo adiposo, diretamente profunda
a pele. A segunda é o estrato membranáceo, que é mais fibroso, só existe abaixo do
umbigo e se continua para a pelve, formando o estrato membranáceo pélvico.
Resumo: Na Região Supraumbilical, a tela subcutânea tem apenas panículo
adiposo e na região intraumbilical há panículo adiposo e estrato membranáceo.
3. Cite os vasos superficiais e suas anastomoses com demais vasos da tela
subcutânea do abdome.
Artéria Femoral: Origina esses ramos:
Artéria epigástrica superficial (segue com a veia do mesmo nome).
Artéria circunflexa ilíaca superficial (faz uma curvatura no íleo).
Vasos pudendos externos.
Obs: As veias que os seguem vão drenar para a Veia safena magna (está na coxa).
Além dessas, tem duas veias paraumbilicais (extremamente variáveis) que vão drenar
tanto para a veia epigástrica superficial e veia torácica lateral (ramo da axilar). Pode
haver uma anastomose entre a veia epigástrica superior e a veia torácica lateral,
formando a veia toracoepigástrica.
Obs: As veias cutâneas são vias colaterais cavais, se esta estiver obstruída, essas
veias superficiais podem ser um trajeto colateral do sangue para chegar ao coração
(em estágio avançado: cabeça de medula).
Obs: Se o sangue venoso não sair do fígado, pode-se anastomosear a veia umbilical e
passar o sangue por ela para ir para as veias paraumbilicais  Cava.
Obs: Varizes na parede do abdome é reflexo de hipertensão portal.
Anastomose  Neoangiogênese.
4. Com relação a parte profunda da parede anterolateral do abdome:
a) Cite a relação entre os músculos dessa parede;
Existem 4 pares: 3 planos e 1 vertical.
Os planos são músculo oblíquo externo do abdome, músculo oblíquo interno do
abdome e músculo transverso do abdome e o vertical é o músculo reto do abdome.
b) Cite os músculos que formam a bainha do músculo reto do abdome;
M. Oblíquo externo do abdome, M. Oblíquo interno do abdome, M. transverso do
abdome.
c) Explique a formação da linha arqueada;
Na borda lateral do m. reto do abdome essas aponeuroses se dividem formando a
bainha posterior ao passar posteriormente pelo m. reto do abdome, e formando a
bainha anterior ao passar anteriormente ao músculo.
A disposição das aponeuroses é diferente quando se observam os dois terços
superiores e o terço inferior da parede abdominal, os dois terços superiores estão
acima do umbigo e o terço inferior está abaixo do umbigo.
Nos dois terços superiores a aponeurose do m. oblíquo externo passa anteriormente à
m. reto do abdome. A aponeurose do m. oblíquo interno desdobra-se em duas
lâminas, uma que passa anteriormente ao m. reto do abdome e outra que passa
posteriormente. A aponeurose do m. transverso passa posteriormente ao m. reto do
abdome.
No terço inferior todas as aponeuroses passam anteriormente ao m. reto do abdome
deixando sua face posterior apenas recoberta pela fáscia transversal.
Neste ponto em que a aponeurose do m. transverso e a lâmina posterior da
aponeurose do m. oblíquo interno deixam de revestir a face posterior do m. reto do
abdome temos a formação da linha arqueada, também conhecida como Arcada de
Douglas.
Resumo: A linha arqueada é formada a partir da descontinuidade que demarca o final
da lâmina posterior da bainha do M. Reto do abdome. Possui formato arqueado.

d) Cite os músculos que possuem fixação na fáscia/aponeurose toracolombar;


M. Oblíquo interno do Abdome, M. Transverso do Abdome
e) Cite a localização do plano neurovascular;
Está entre o M. interno do abdome e o M. transverso do abdome.
f) Cite 3 relações nervosas com a superfície corporal.
Mamilo - T4
P xifoide - T5/T6
Umbigo - T10
R inguinal- L1
Os ramos cutâneos anteriores dos nervos toracoabdominais de T7 a T9
inervam a pele acima do umbigo.
O ramo cutâneo anterior do nervo toracoabdominal T10 inerva a pele ao redor
do umbigo;
O ramo cutâneo anterior do nervo toracoabdominal T11, mais os ramos
cutâneos dos nervos subcostal (T12), ílio-hipogástrico e ilioinguinal (L1),
suprem a pele inferior ao umbigo.
M. Oblíquo externo do abdome (nervos toracoabdominais T7 a T11 e nervo
subcostal).
Função: sustenta, comprime vísceras abdominais, flexiona e rotaciona o
tronco.
M. Oblíquo interno do abdome (nervos toracoabdominais T6 a T12 e primeiros
nervos lombares).
Função: sustenta, comprime vísceras abdominais, flexiona e rotaciona o
tronco.
M. Transverso do abdome (T6 a T12 e primeiros nervos lombares).
Função: sustenta e comprime vísceras abdominais.
M. Reto do abdome (nervos toracoabdominais T6 a T12).
Função: comprime vísceras abdominais, flexiona o tronco, estabiliza e
controla a inclinação da pelve.
5. Com relação a parede interna do abdome:
a) Cite as estruturas que delineiam a fossa supravesical, a fossa inguinal medial
e a fossa inguinal lateral.
Fáscia endoabdominal  Gordura extreaperitoneal  Peritônio parietal: Recobre
algumas estruturas que ficam externamente a ele, formando pregas (elevações) em
sua superfície, totalizando 5 pregas: 1 medial e 4 laterais (2 de cada lado).
Prega umbilical mediana: resquício do úraco do embrião, fica na linha mediana.
Prega umbilical medial: localizada lateralmente a prega umbilical mediana,
formada pelas artérias umbilicais obliteradas.
Prega umbilical lateral: lateralmente as pregas umbilicais mediais, nessas
passam os vasos epigástricos inferiores, ou seja, a única passível de
sangramento se seccionada, pois há vasos abertos passando nela.
Entre as pregas, formam-se espaços chamados fossas, que são
depressões. Nesses lugares há a maior chance de ocorrer hérnias.
Fossa supra vesical: entre a primeira e a segunda prega.
Fossa inguinal medial: é entre a segunda e a terceira prega.
Fossa inguinal lateral: fica após a prega umbilical lateral.
b) Cite a prega umbilical que sangra no adulto. Cite os vasos que estão situados
ali e suas origens.
Fáscia endoabdominal  Gordura extreaperitoneal  Peritônio parietal: Recobre
algumas estruturas que ficam externamente a ele, formando pregas (elevações) em
sua superfície, totalizando 5 pregas: 1 medial e 4 laterais (2 de cada lado).
Prega umbilical mediana: resquício do úraco do embrião, fica na linha mediana.
Prega umbilical medial: localizada lateralmente a prega umbilical mediana,
formada pelas artérias umbilicais obliteradas.
Prega umbilical lateral: lateralmente as pregas umbilicais mediais, nessas
passam os vasos epigástricos inferiores, ou seja a única passível de
sangramento se seccionada, pois há vasos abertos passando nela.
Prega umbilical lateral: lateralmente as pregas umbilicais mediais, nessas passam os
vasos epigástricos inferiores, ou seja, a única passível de sangramento se seccionada,
pois há vasos abertos passando nela.
6. Sobre o canal inguinal:
a) Cite a sua localização e a sua extensão;
O canal inguinal é uma estrutura de aproximadamente 3 a 4 cm disposto na região
média do ligamento inguinal.
b) Cite o seu conteúdo no homem e na mulher (inclua os nervos);
A formação do canal inguinal é orientada pelo próprio peritônio, que evagina formando
o processo vaginal, por onde vai passar...
... no homem: o funículo espermático.
Nos homens, o testículo se forma na parede abdominal posterior e se desloca
para o escroto ao longo da formação do embrião, nessa passagem, o
gubernáculo masculino é a estrutura que liga o testículo primitivo a parede do
abdome. Após sua passagem pelo canal inguinal, o que resta como conteúdo
deste é o funículo espermático (uma junção de fáscias espermáticas, vasos e
nervos que suprem o testículo e o ducto deferente).
... na mulher: o ligamento redondo do útero.
Nas mulheres, o peritônio também orienta a formação do canal inguinal
(processo vaginal), porém no período embrionário, a estrutura que liga o ovário
ao lábio maior pudendo é o gubernáculo feminino, e é importante saber que o
ovário fica na região pélvica, portanto este gubernáculo passa pelo canal
inguinal, e após o nascimento, este gubernáculo feminino passa a ser chamado
ligamento redondo do útero.
Obs: Por que o ovário não atravessa o canal? Pois há um ligamento que
o conecta ao útero, chamado de ligamento útero-ovárico, que impede
que o ovário tenha o mesmo comportamento migratório do testículo.
Dois nervos vão passar no canal, junto ao funículo espermático temos o ramo genital
do nervo genitofemoral e o outro é o nervo ilioinguinal (ramo do nervo de L1), que não
vai estar associado ao funículo espermático.
OBS: O nervo ilioinguinal é o que se encontra separado do funículo espermático, e o
ramo genital do nervo genitofemoral se encontra junto ao funículo e ao ligamento
redondo.
c) Cite as estruturas que formam o anel inguinal profundo;
Anel inguinal profundo tem como paredes lateral, medial e teto a fáscia transversal, e
como assoalho tem o trato íliopubico.
d) Cite as estruturas que formam o canal inguinal propriamente dito;
O canal inguinal tem a junção de fibras aponeuróticas m. oblíquo externo com a fáscia
transversal formando a parede lateral, medial e teto do canal, que lateralmente é
denominada foice inguinal e medialmente é denominado tendão conjunto, o assoalho
é ligamento inguinal.
e) Cite as estruturas que formam o anel inguinal superficial.
O anel inguinal superficial tem parede medial formada pelo pilar medial, a parede
lateral formada pelo pilar lateral, o teto formado pelas fibras intercrurais (para os
pilares não se abrirem), que são estruturas da aponeurose do reto do abdome, e o
assoalho é o ligamento inguinal refletido.
Off: Drenagem Linfática Superficial
Acima do umbigo  Linfonodos paraesternais e axilares.
Abaixo do umbigo  Linfonodos inguinais superficiais. /// Trajeto: Inguinais profundos
 ilíacos externos  ilíacos comuns  cavais externos e internos  cisterna do quilo
 Ducto Linfático  Ângulo Venoso E.
Off: Vasos
Artérias musculofrênica, epigástrica superior, intercostais posteriores e subcostais
descendem. (vem irrigar de cima pra baixo)
Artéria epigástrica inferior (forma a prega umbilical lateral) e faz anastomose com a
epigástrica superior do m. reto do abdome, e a artéria circunflexa ilíaca profunda que
passa mais lateralmente e mais produndamente.
As veias são homólogas, possuem o mesmo nome das artérias que as acompanham.
Off: Drenagem Linfática (+ profunda?)
Feita diretamente para os linfonodos da região inguinal ou ilíacos externos  ilíacos
comuns  cavais  aórticos  cisterna do quilo.
Off: Inervação
O dermátomo do umbigo é derivado do nervo de T10. Superiormente a ele temos a
inervação feita pelos nervos de T7 a T9. Inferiormente a ele temos de T11 a L1.
Off: Correlação Clínica
Hérnias inguinais: Protusões de estruturas que tem facilidade de ocorrer na região
inguinal.
Hérnia direta: fraqueza dos músculos abdominais e sai na região da virilha
(maior prevalência em idosos).
Hérnia indireta: Protusão da estrutura passa pelo canal inguinal e sai do anel
inguinal superficial, mais frequente em crianças do sexo masculino (hipótese:
falha do fechamento do canal inguinal na parede proximal).

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