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e caixa torácica
P R O F ª J U L I A N A F U R TA D O
Estrutura da vértebra torácica e da caixa
torácica
A região torácica, também conhecida como dorsal, é composta por 12 vértebras
e 24 costelas, dispostas a formar uma curva cifótica (posterior), formando uma
caixa, denominada torácica.
Na sua parte anterior, as costelas se articulam com o osso esterno, e este
apresenta em sua parte superior o manúbrio que se articula com as clavículas e
em sua parte inferior o processo xifoide.
Estrutura da vértebra torácica e da caixa
torácica
Dentro dessa caixa torácica estão localizados os pulmões, o coração, grandes
vasos, além de várias membranas, como a pleura e o pericárdio.
P R O F ª J U L I A N A F U R TA D O
Inspeção e palpação da coluna torácica
Na região inferior da margem lateral aparece o ângulo inferior, que fica na altura
do processo espinhoso de T7 .
A espinha da escápula é uma estrutura que inicia no acrômio atingindo a margem
medial, que fica na altura de T3 .
Os processos espinhosos das vértebras torácicas e lombares ficam mais salientes
com o tronco em flexão.
Inspeção e palpação da coluna torácica
P RO F JU L I A NA F URTA DO
Anatomia da coluna lombar
A parte inferior da coluna vertebral é formada pelos segmentos lombar, sacral e coccígeo.
A coluna lombar é formada por 5 vértebras, sendo que a primeira se articula com a T12 e a
última com a base do osso sacro, que é a base da coluna.
É um grupo de vértebras especializadas que conecta a base da coluna à pelve e quadril e por
meio de seus forames vertebrais passa a cauda equina, parte distal da medula espinal.
Anatomia da coluna lombar
Em algumas situações existe a presença de uma sexta vértebra lombar, também conhecida
como vértebra de transição.
A presença desta vértebra não causa nenhum mal maior para a coluna lombar, porém diminui os
espaços intervertebrais locais, o que pode promover dores em função de alterações posturais.
Essa vértebra de transição pode ser observada no exame de raios X sem maiores dificuldades,
inclusive é uma das regras básicas da leitura radiológica da coluna lombar, “contar as vértebras”
Anatomia da coluna lombar
A coluna lombar apresenta uma curvatura anteroposterior, sendo a L3 o ápice dela, este é um
ponto de referência nos exames de imagens para identificação de aumento ou diminuição da
curvatura.
A região sacral apresenta uma curva cifótica que tem relação angular com a coluna lombar em
torno de 35° a 37°, caso contrário ela pode assumir um alinhamento mais horizontal ou vertical
em relação a lombar, o que gera muitos transtornos para a coluna como um todo.
Anatomia da coluna lombar
Em relação às demais vértebras, os corpos vertebrais das lombares são maiores, o processo
espinhoso apresenta uma posição mais horizontalizada e não apresenta nenhuma bifurcação.
Em caso de alteração congênita, pode aparecer a espinha bífida, que é uma bifurcação
inadequada para essa vértebra.
O seu forame vertebral tem forma triangular e apresenta o processo transverso bem
desenvolvido. Não apresenta forame nem fóvea no processo transverso
Anatomia da coluna lombar
Outra estrutura muito importante na coluna vertebral são os ligamentos longitudinais anterior e
posterior, sendo este último mais atingido por compressões discais.
O ligamento longitudinal posterior, ricamente inervado, geralmente contribui para os espasmos
da musculatura lombar, que deixa o paciente em posição antálgica.
Anatomia da coluna lombar
A presença do disco intervertebral nessa área necessita de maior atenção, pois é muito comum
seu comprometimento com o passar da idade.
Constituído basicamente por água (núcleo pulposo) e cercado por tecido fibroso (ânulo fibroso),
tem principal função de absorver choques e impactos e auxiliar na estabilização da região.
Anatomia da coluna lombar
Considerando que a região lombar, principalmente a área de L4 e L5 , é a parte da coluna que
sofre a maior pressão, e que o disco intervertebral começa seu processo de desidratação
(degeneração) a partir dos 20 anos de idade, tudo isso associado às posturas inadequadas e o
sedentarismo, torna esta região muito vulnerável à formação das hérnias de disco.
Palpação e
inspeção da
coluna lombar
Inspeção da coluna lombar
Na inspeção da coluna lombar devemos ter primeiramente uma visão da postura
global da coluna vertebral, devendo o paciente ser observado na posição
ortostática e depois sentado.
Esta avaliação deve ser realizada em todas as faces, lateral direita e esquerda,
anterior e posterior, e o paciente deve estar vestido com roupa adequada para
não interferir na avaliação.
Inspeção da coluna lombar
O fisioterapeuta deve circular pelo paciente e não pedir para ele mudar de
posição. Deve observar a presença de assimetrias pélvicas, assimetria na
sustentação de peso, anteversão ou retroversão pélvica, o grau da curva da
coluna lombar (hiperlordose ou retificação).
Cor e textura da pele, a presença de cicatrizes, a tensão muscular e marcas
cutâneas também devem ser investigadas.
O membro inferior, assim como a articulação sacroilíaca e a sínfise púbica devem
ser observadas nessa avaliação, por ter relação direta com o quadril e a coluna.
Inspeção da coluna lombar
Nessa inspeção também devemos aproveitar, não apenas a verificação estática,
mas também a dinâmica, sendo solicitado ao paciente que realize a flexão
lateral e anterior de tronco (coluna) e a rotação e extensão do mesmo.
Nesse momento, o fisioterapeuta deve verificar diretamente a mobilidade da
coluna lombar, como a flexibilidade geral do tronco, que na inclinação lateral a
mão deve encostar na face lateral do joelho.
Palpação da coluna lombar
Na palpação dessa região o fisioterapeuta deve estar muito atento às tensões
musculares e à mobilidade articular das articulações vertebrais e da sacroilíaca.
Na face anterior deve-se palpar a crista ilíaca, a espinha ilíaca anterossuperior,
além do início dos músculos reto femoral, sartório e profundamente o iliopsoas,
que pode ser palpado entre o trocânter menor e a coluna lombar.
Entre o ramo púbico e a última costela será palpado o músculo reto abdominal e
mais lateralmente os oblíquos.
Palpação da coluna lombar
Na face posterior encontram-se a crista Ilíaca, a espinha ilíaca posterossuperior
e inferior, os processos espinhosos da coluna lombar e seus respectivos
processos transversos, logo ao lado (1 cm em relação ao processo espinhoso das
vértebras).
A palpação dessas vértebras tem início colocando as mãos em cima das cristas
ilíacas e os dois polegares paralelos na linha do quadril. Esses dois dedos irão
repousar sobre o espaço articular de L4 e L5.
Palpação da coluna lombar
Ainda tem o osso sacro, palpado através da crista sacral mediana e o cóccix,
este, com uma palpação muito delicada. Nessa face ainda pode-se palpar o
túber ou tuberosidade isquiática, local comum de acometimentos inflamatórios
(tendinite e bursite) nos atletas.
Nessa área também podemos palpar o trajeto do nervo isquiático e alguns
músculos como:
a) latíssimo do dorso, subindo mais lateralmente;
b) quadrado lombar, que cobre quase toda a região
c) paravertebrais, localizados mais na parte medial do tronco.
Goniometria da coluna lombar
É feita para verificar a amplitude de movimento de flexão, de extensão, de
inclinação lateral e rotação:
Flexão anterior – paciente em pé: ocorre no plano sagital, apresentando uma
amplitude de 0°-95°, segundo marques (2003), e 0° e 40/60°, segundo magee
(2002).
- Eixo – crista ilíaca.
- Régua móvel – no meio da face lateral de tronco.
- Régua fixa – no meio da face lateral de coxa.
Goniometria da coluna lombar
Extensão – paciente em pé: ocorre no plano sagital, apresentando uma amplitude de 0°-35°,
segundo marques (2003), e 0°-20/35°, segundo magee (2002).
- Eixo – crista ilíaca.
- Régua móvel – no meio da face lateral de tronco.
- Régua fixa – no meio da face lateral de coxa
Goniometria da coluna lombar
Flexão lateral (inclinação lateral) – paciente em pé: ocorre no plano frontal, apresentando uma
amplitude de 0°-40°, segundo (marques) 2003, e 0°-15/20°, segundo magee (2002).
- Eixo – L5 / S1.
- Régua móvel – coluna vertebral.
- Régua fixa – paralela ao chão, sobre a crista ilíaca.
Goniometria da coluna lombar
Rotação: paciente sentado: ocorre no plano frontal, apresentando uma amplitude de 0°-35°,
segundo marques (2003), e 0°-3/18°, segundo magee (2002).
- Eixo – no centro da face superior da caixa craniana.
- Régua móvel – sobre o ombro.
- Régua fixa – sutura sagital crânio.
Avaliação neurológica da coluna lombar
(sensibilidade/reflexo)