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Anatomia pélvica

Feminina
Introdução
A pelve feminina é complexa, e extraordinária capaz de albergar órgãos
pélvicos, uma nova vida, nutri-la, protege-la e traze-la ao mundo, ela é
formada por ossos, fáscias, ligamentos, nervos, assim com veias artérias e
músculos, desta forma possibilita a biomecânica e a sinergia do aparelho
locomotor ou esqueleto apendicular.
A pelve feminina difere da masculina, pois a feminina alberga órgãos não
existentes na classe masculina como: útero, colo do útero ovários trompas
de Falópio e vagina.
Porém nos capítulos a seguir abordaremos com mais objectividade o
assunto em questão.
Pelve e Períneo

Pelve
O arcabouço ósseo da pelve é chamado de cintura pélvica. E é composto por
três ossos: Ílio Ísquio, Púbis, algumas literaturas acrescentam também sacro
e o cóccix, os ossos pélvicos são mantidos juntos pelas duas articulações
principais da pelve: a sínfise púbica e a articulação sacroilíaca, que são
reforçadas pelos músculos pélvicos.
Períneo
O períneo é a parte da pelve que contém a genitália externa e o ânus. É
inferior ao diafragma pélvico. Em relação à anatomia de superfície, a área
perineal é a região entre as coxas, estendendo-se desde a sínfise púbica
anteriormente até os sulcos interglúteos posteriormente.
O períneo tem um formato de diamante, e as pontas desse diamante são:
Sínfise púbica anteriormente
Sacro e cóccix posteriormente
Tuberosidades isquiáticas de cada lado
O diafragma pélvico forma o teto, enquanto a pele perineal forma o
assoalho.
Tipos de pelve
Segundo Caldwell e Moloy (1933), há quatro tipos de bacia, classificados com
base na forma do estreito superior:
Ginecóide: achatada mais favorável para o parto, existente em mulheres;
Antropóide: alongada;
Andróide: forma de coração é mais comum entre os homens;
Platipelóide:achatada;
A raça, as condições socioeconômicas, a actividade física, as características
nutricionais da infância e da adolescência e o habitat interferem na formação
da bacia. Assim, as bacias das mulheres negras tendem para o tipo
antropóide, sendo ela mais longa que o diâmetro transverso do estreito
superior esse tipo de bacia é favorável ao parto graças à maior amplitude
da hemipelve posterior. Nos meios urbanos, a criança, no período de
osteogênese, fica sentada, acentuando-se assim a curvatura dos ossos pélvicos,
que se tornam mais frágeis, enquanto que no campo a posição de cócoras é
mais frequente, tal posição possibilita uma maior amplitude da bacia, em uma
fase em que os ilíacos ainda estão na fase de plasticidade ótima.
Dessa forma, em virtude das misturas de raças e mudanças de hábito, sabe-se
hoje que existem outras formas mistas de bacias obstétricas, e não apenas as
quatro formas típicas.
Divisão da Pelve:
Pelve Maior
cavidade abdominal, também considerada pelve falsa.

Pelve Menor
cavidade pélvica, também considerada pelve verdadeira.
Função da Pelve

Movimento

Defesa

Sustentação
Ossos da Pelve:
Ílio,Ísquio,Púbis,Sacro,Cóccix
Musculatura
O sistema de sustentação é representado pelo conjunto músculo-fascial do
diafragma pélvico (m. levantador do ânus associado ao m. coccígeo) e
diafragma urogenital (m. transverso profundo do períneo e suas fáscias).
Fatores desencadeastes como aumento de peso, traumatismos, climatério,
podem promover situações de sobrecarga.
A musculatura pélvica se alonga de forma compensatória, porém, a fáscia
endopélvica rompe-se e se desprende de seu local habitual devido à falta de
elasticidade, ocasionando verdadeiras hérnias representadas pelas diversas
distopias pélvicas, porém vamos asseguir conhece-los:
Isquiocavernosos
Bulbocavernosos
Transverso superficial e profundo do períneo
Esfíncter anal externo, cuja função junto com a membrana perineal é ancorar
lateralmente a uretra,
a vagina e ânus em sua porção mais baixa,
promovendo estabilidades a essas estruturas.
Inervação e Circulação
Aqui podemos verificar ligamentos, vasos e nervos.
Ligamento longitudinal anterior, Iliolombar, Sacroilíaco anterior
Sacrococcígeo. O ramo pudendo interno é a principal artéria do períneo. O
restante inclui as artérias umbilical, obturadora, vesical inferior feminino,
uterina retal média e glútea inferior. A divisão posterior da artéria ilíaca
interna supre os músculos pélvico e glúteo. O sangue venoso da pelve é
drenado pelos plexos venosos que circundam os órgãos pélvicos. Incluem os
plexos venosos retal, vesical, uterino e vaginal.
A maioria deles se esvazia na veia ilíaca interna, que é uma afluente da
veia cava inferior. Além da veia cava, parte do sangue venoso flui para a veia
mesentérica inferior e depois para o sistema porta hepático.
Inervação
Tronco lombo sacral
Plexo sacral
Plexo coccígeo
Nervos pélvicos autonômos
O tronco lombos sacral é um feixe nervoso formado pelos ramos anteriores
dos nervos lombares L4-L5. É uma raiz que contribui para o plexo sacral. O
tronco lombos sacral e os ramos anteriores de S1-S4 se interligam para
formar o plexo sacral. Enquanto isso os ramos anteriores de S4, S5 e Co
(nervo coccígeo) se unem para formar o plexo coccígeo. Em relação aos
nervos pélvicos autonômicos, existem estímulos simpáticos e
parassimpáticos. Ambos são fornecidos pelos nervos esplâncnicos lombar,
sacral e pélvico. Os nervos esplâncnicos lombar e sacral suprem a pelve com
inervação simpática, enquanto o suprimento parassimpático é dado
pelos nervos esplâncnicos pélvicos. Os nervos esplâncnicos contribuem para
a formação de plexos pélvicos adicionais, como o plexo hipogástrico
inferior. Esse plexo é a fonte de todos os plexos subsequentes que
inervam as vísceras pélvicas: plexo prostático (masculino), plexo uterovaginal
(feminino) e plexo retal médio.
O plexo lombar (L1-L4) é formado pelos ramos anteriores de L1-L4 e uma
contribuição do ramo anterior de T12. O plexo se espalha sobre a superfície
anterior do músculo psoas maior. Formando seis ramos principais, fornece
inervação para os músculos da parede abdominal posterior e da coxa, bem
como para a pele do escroto, lábios, região inguinal e coxa. O plexo sacral é
formado pelo tronco lombos sacral (L4, L5), pelos ramos anteriores de S1-S4
e por uma parte do ramo anterior de S5. O plexo é encontrado inferiormente
ao plexo lombar, na superfície anterior do músculo piriforme. A maioria dos
seus ramos inerva os músculos glúteos e os músculos dos membros
inferiores. O períneo é suprido pelo nervo pudenda.
Músculos do Assoalho Pélvico (MAP)
O assoalho pélvico é formado pelo diafragma pélvico, que possui um
formato de funil. O diafragma pélvico é composto por um par de músculos
e suas fáscias; o músculo levantador do ânus e o músculo coccígeo. A
função do diafragma pélvico é sustentar os órgãos pélvicos e prevenir o seu
prolapso.
Relações anatômicas das vísceras pélvicas
femininas
Na vista medial anterior para posterior, vemos o reto imediatamente anterior
ao cóccix, a bexiga urinária posterior à sínfise púbica e o útero entre os dois.
O peritónio recobre as superfícies superiores desses órgãos, criando duas
bolsas peritoneais: a bolsa reto-uterina de Douglas, entre o reto e o útero, e
a bolsa vesico-uterina, entre o útero e a bexiga. Esses três órgãos se
comunicam com o exterior do corpo, estendendo-se através do períneo:
A uretra se estende da superfície inferior da bexiga e se abre no orifício
externo da uretra. A vagina se estende do colo do útero e se abre no óstio
vaginal, reto continua como canal anal que se abre no ânus.
Bibliografia
Drake, R. L., Vogl, A. W., & Mitchell, A. W. M. (2015). Gray’s Anatomy for
Students
(3rd ed.). Philadelphia, PA: Churchill Livingstone.
Moore, K. L., Dalley, A. F., & Agur, A. M. R. (2014). Clinically Oriented
Anatomy (7th ed.). Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins.
Standring, S. (2016). Gray's Anatomy (41tst ed.). Edinburgh: Elsevier
Churchill Livingstone

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