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UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO

CAMILA DUARTE LAGE SANTOS


BLOCO GESTAÇÃO

PL
ANATO
MIA
BLOCO GESTAÇÃO CAMILA
DUARTE LAGE

Belo Horizonte
2021

Pl1: PELVE ÓSSEA


 Formada por:
o Quadril: ílio (2), ísquio (3) e púbis(4)
o Sacro (1)
o Cóccix (8)

ABERTURAS PÉLVICAS
 Abertura pélvica superior:
o Entrada da pelve.
o Formas variáveis.
o Delimitada por um plano oblíquo que passa sobre a crista púbica, linha
pectínea do osso púbis, linha arqueada do ílio, borda anterior da asa do
sacro e o promontório sacral.

 Abertura pélvica inferior:


o Saída da pelve.
o Tem forma de losango.
o Limitada pelas extremidades do cóccix, sínfise púbica e tuberosidades
isquiáticas e fechada posteriormente pelo ligamento sacrotuberal.
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CAVIDADE PÉLVICA
Espaço entre as aberturas pélvica superior e inferior
• Limite virtual:
o Ampla comunicação com a cavidade abdominal
o Órgãos podem trocar de cavidade temporariamente
• Órgãos e estruturas:
o Bexiga, parte terminal dos ureteres, órgãos genitais internos, reto,
nervos e vasos sanguíneos e linfáticos

ACIDENTES ÓSSEOS
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DIVISÕES DA PELVE
 Dividida em duas regiões pela linha que passa pela abertura pélvica
superior (terminal):
o Pelve maior (ou falsa) ROSA
o Pelve menor (ou verdadeira)AZUL

PELVE MAIOR
• Sem importância obstétrica
• Limites:
o Anterior: parte inferior da parede abdominal
o Lateral: fossas ilíacas
o Posterior: últimas vértebras lombares

• Contém:
o Intestinos
o Íleo
o Cólon (direito e esquerdo, sigmoide e reto)

PELVE MENOR
• Interesse obstétrico
• Limites:
o Anterior: sínfise púbica e ramo superior do púbis
o Lateral: corpo e ramo superior do ísquio e porção do íleo abaixo da linha
pectínea
o Posterior: sacro e cóccix

• Contém:
o Reto
o Bexiga
o Vagina e útero, na mulher
o Próstata, no homem
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PELVE MASCULINA

 Pelve maior mais profunda


 Abertura superior da pelve oval
 Abertura inferior da pelve pequena
 Ângulo sub-púbico estreito (60o)
 Acetábulo grande
 Forame obturado oval/arredondado

PELVE FEMININA

 Estrutura fina e leve


 Pelve maior rasa
 Pelve menor larga e rasa
 Abertura superior da pelve arredondada
 Ângulo sub-púbico largo (90o)
 Forame obturado oval/triangular
 Acetábulo pequeno

CLASSIFICAÇÃO DA PELVE
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ARTICULAÇÕES DO QUADRIL E CINTURA PÉLVICA


 As articulações do quadril e da cintura pélvica são importantíssimas no
suporte do peso e nos movimentos dos membros inferiores.
 A coxo-femoral é a verdadeira articulação do quadril, onde ocorrem os
principais movimentos dessa região e a união entre o acetábulo
(acidente ósseo do osso pélvico)e a cabeça do fêmur.

ARTICULAÇÕES SACROILÍACAS
 São articulações sinoviais fortes que suportam peso sobre as faces
auriculares.
 O sacro fica suspenso entre os ossos ilíacos e firmemente fixado a eles
por ligamentos sacroilíacos interósseos.

ARTICULAÇÃO SACROCOCCÍGEA
 Fibrocartilagem e ligamentos unem o ápice do sacro à base do cóccix
 Ligamentos sacrococcígeos reforçam a articulação
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 SÍNFISE PÚBICA
• Junção fibrocartilaginosa na linha mediana que une
os ramos superiores (direito e esquerdo) dos ossos púbicos
IRRIGAÇÃO DA PELVE

CORRELAÇÃO ÁNATOMO-CLÍNICA
A realização do parto via vaginal depende de vários fatores. A proporção feto-pélvica é o
principal determinante da via de parto. A pelvimetria clínica interna é uma maneira de se
avaliar a proporção feto-pélvica. Em muitas pelves anormais, o diâmetro ântero-posterior da
entrada pélvica (a conjugada obstétrica) está consideravelmente reduzida, mas só pode ser
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medida por técnicas radiológicas. A distância do promontório sacral à margem inferior da


sínfise púbica (conjugada diagonal), todavia, pode ser medida clinicamente através do toque
bimanual. Normalmente, o promontório não é facilmente atingido.

Quais os diâmetros pélvicos importantes na avaliação da proporção feto-pélvica?

Qual o tipo de pelve mais favorável ao parto transvaginal? Explique.

 Ginecóide, pois possui diamêtro igual nas 3 dimensões.

Pl2: Assoalho pélvico e períneo


ASSOALHO PÉLVICO
 O assoalho pélvico é formado pelo diafragma da pelve (separando a
cavidade pélvica do períneo),em forma de tigela ou funil, que consiste
nos músculos coccígeo e levantador do ânus e nas fáscias que
recobrem as faces superior e inferior desses músculos
 A fixação do diafragma à fáscia obturatória divide o músculo obturador
interno em uma porção pélvica superior e uma porção perineal inferior
 Situados medialmente às partes pélvicas dos músculos obturadores
internos estão os nervos e vasos obturatórios e outros ramos dos vasos
ilíacos internos
 Os músculos isquiococcígeos originam-se nas faces laterais da parte
inferior do sacro e cóccix, suas fibras carnosas situam-se sobre a face
profunda do ligamento sacroespinal e se fixam a ela
 O músculo levantador do ânus (uma lâmina muscular larga) é fixado aos
corpos dos púbis anteriormente, às espinhas isquiáticas posteriormente,
e a um espessamento na fáscia obturatória (o arco tendíneo do músculo
levantador do ânus) entre os dois pontos ósseos de cada lado
 Assim, o diafragma da pelve estende-se entre as paredes anterior,
lateral e posterior da pelve menor, conferindo-lhe a aparência de uma
rede suspensa por essas fixações, fechando grande parte do anel do
cíngulo do membro inferior
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 Uma abertura anterior entre as margens mediais dos músculos


levantadores do ânus de cada lado —o hiato urogenital — dá passagem
à uretra e, nas mulheres, à vagina
 O músculo levantador do ânus tem três partes, em geral mal
demarcadas, mas denominadas de acordo com as fixações e o trajeto
das fibras:
o Puborretal: a parte medial, mais estreita e mais espessa do músculo
levantador do ânus, que consiste em fibras musculares contínuas
entre as faces posteriores dos corpos dos púbis direito e esquerdo.
Forma uma alça muscular em formato de U (alça puborretal) que
passa posteriormente à junção anorretal e delimita o hiato urogenital.
Essa parte tem um papel importante na manutenção da continência
fecal.

o Pubococcígeo: a parte intermediária mais larga, porém menos


espessa, do músculo levantador do ânus, com origem lateral ao
músculo puborretal, a partir da face posterior do corpo do púbis e
arco tendíneo anterior. Segue posteriormente em um plano quase
horizontal; suas fibras laterais fixam-se ao cóccix e suas fibras
mediais fundem-se às do músculo contralateral para formar uma rafe
fibrosa ou lâmina tendínea, parte do corpo anococcígeo entre o ânus
e o cóccix (muitas vezes denominada clinicamente como “placa do
músculo levantador do ânus”).

Alças musculares mais curtas do músculo pubococcígeo que se


estendem medialmente e se fundem à fáscia ao redor de estruturas
na linha mediana são denominadas de acordo com a estrutura
próxima de seu término: pubovaginal (mulheres), puboprostático
(homens), puboperineal e puboanal.

o Iliococcígeo: a parte posterolateral do músculo levantador do ânus,


que se origina na parte posterior do arco tendíneo e na espinha
isquiática. É fina, em geral pouco desenvolvida (parecendo mais
aponeurótica do que muscular) e também se funde ao corpo
anococcígeo posteriormente.
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PERÍNEO
 O períneo é um compartimento pouco profundo do corpo
(compartimento do períneo) limitado pela abertura inferior da pelve e
separado da cavidade pélvica pela fáscia que reveste a face inferior do
diafragma da pelve, formado pelos músculos levantador do ânus e
isquiococcígeo.
 Na posição anatômica, a superfície do períneo — a região perineal — é
a região estreita entre as partes proximais das coxas; entretanto, quando
os membros inferiores são abduzidos, é uma área romboide que se
estende do monte do púbis anteriormente em mulheres, das faces
mediais (internas) das coxas lateralmente, e as pregas glúteas e a
extremidade superior da fenda interglútea posteriormente.
 Uma linha transversal que une as extremidades anteriores dos túberes
isquiáticos divide o períneo romboide em dois triângulos, cujos planos
oblíquos se cruzam na linha transversal.
 A região anal situa-se posteriormente a essa linha e o canal anal e seu
orifício, o ânus, são os principais pontos de referência profundo e
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superficial do triângulo, situados no centro e circundados pelo corpo


adiposo isquioanal.
 A região urogenital (UG) situa-se anteriormente a esta linha e ao
contrário da região anal, aberta, a região UG é “fechada” por uma fina
lâmina de fáscia profunda e resistente, a membrana do períneo, que se
estende entre os dois lados do arco púbico, cobrindo a parte anterior da
abertura inferior da pelve
 Assim, a membrana do períneo ocupa a abertura anterior no diafragma
da pelve (o hiato urogenital), mas é perfurada pela uretra em ambos os
sexos e pela vagina na mulher.
 A membrana e os ramos isquiopúbicos aos quais se fixa proporcionam
uma base para os corpos eréteis dos órgãos genitais externos — o pênis
e escroto dos homens e o pudendo das mulheres —que são as
características superficiais da região.
 O ponto médio da linha que une os túberes isquiáticos é o ponto central
do períneo.
 Essa é a localização do corpo do períneo, que é uma massa irregular,
com tamanho e consistência variáveis, e que contém fibras colágenas e
elásticas, músculo esquelético e liso.
 O corpo do períneo situa-se profundamente à pele, com relativamente
pouco tecido subcutâneo sobrejacente, posteriormente ao vestíbulo da
vagina ou bulbo do pênis e anteriormente ao ânus e canal anal.
 O corpo do períneo é o local de convergência e entrelaçamento de fibras
de vários músculos.

M
úsculos do períneo
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Pl3: SISTEMA GENITAL FEMININO


Conjunto de órgãos e substâncias associados à reprodução com o objetivo de
manter a espécie
 As mamas não fazem parte desse sistema
 O sistema reprodutor feminino é constituído por:
o Genitais internos
o Genitais externos (vulva)

GENITAIS EXTERNOS (VULVA)


 Formados por:
o Monte pubiano (monte de Vênus)
o Clitóris
o Intróito vaginal
o Pequenos e grandes lábios
o Bulbo do vestíbulo
o Glândulas vestibulares

 Funções:
o Permitir a entrada do esperma na vagina
o Proteger os órgãos genitais internos da entrada de agentes infecciosos
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 Montes pubianos:
o Formação anterior à sínfise púbica
o Constituído por tecido adiposo
o Possui pelos a partir da puberdade

 Lábios maiores:
o Pregas cutâneas alongadas com bastante pelos (na região externa)
após a puberdade
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o A fenda delimitada por eles é denominada rima do pudendo

 Lábios menores:
o Delimitam o vestíbulo da vagina que contém: óstio externo da uretra,
óstio da vagina e orifícios das glândulas vestibulares.

 Glândulas vestibulares:
o Maiores (Bartholin):
Região inferior do vestíbulo da vagina
Duas glândulas (bilaterais)
o Menores (Skene ou Parauretrais):
Região superior do vestíbulo da vagina
Número variável
ESTRUTURAS ERÉTEIS
 Estruturas que se dilatam pelo ingurgitamento sanguíneo
 Clitóris:
o Ramos
o Corpo
o Glande
o Prepúcio
 Bulbo do vestíbulo:
o Ao redor do óstio da vagina (m. bulboesponjoso)
o Aumentam o atrito entre o pênis e a vagina

GENITAIS INTERNOS
 Formados por:
o Vagina
o Útero
o Tubas uterinas
o Ovários
 Funções:
o Gametogênese
o Fertilização
o Nidação
o Desenvolvimento de embrião até feto

VAGINA
 Canal fibromuscular, distensível de 7-10 cm
 Abre-se externamente no óstio da vagina (localizado no vestíbulo da
vagina)
 Comunica-se com o útero através do óstio uterino
 Fórnice (fornix): recesso vaginal em torno do colo do útero
 Relações anatômicas:
 Anterior: bexiga (fundo) e uretra
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 Posterior: canal anal, reto e escavação reto-uterina


 Lateral: m. levantador do ânus, fáscia visceral e ureteres

 Irrigação:
o Região superior: artérias vaginais (no polo superior se anastomosam
com as artérias uterinas)
o Região inferior: aa. retais médias e aa.pudentas internas

 Drenagem venosa:
o Plexo venoso vaginal
o Plexos uterino e vesical
o Veia ilíaca interna
 Inervação:
o Plexo nervoso uterovaginal
o Nervo pudendo (região inferior)
 Drenagem linfática:
o Superior: ilíacos internos e externos
o Média: ilíacos internos
o Inferior: ilíacos comuns e sacrais
o Óstio da vagina: inguinais superficiais
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ÚTERO

 Órgão muscular piriforme com um espaço interno (cavidade


uterina).
 Camadas da parede:
o Perimétrio (externa)
o Miométrio (média)
o Endométrio (interna)
 Regiões do útero:
o Fundo
o Corpo
o Istmo
o Colo (óstio uterino)
 Posição: anteversão (90o)
 Ligamentos: útero-ovárico, redondo, largo, cervicais laterais
(cardinal) e uterossacro.
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 Drenagem venosa: veias uterinas (formam o plexo uterino que drena


para a veia ilíaca interna e daí para a veia cava inferior)
 Irrigação arterial: artérias uterinas, vaginais e ováricas

TUBA UTERINA
 Estrutura tubular que liga o útero à cavidade abdomino-pélvica e por
onde passam os óvulos.
 Partes: uterina, istmo, ampola, infundíbulo
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 Óstios: uterino, abdominal


 Fímbrias ováricas: estruturas digitiformes do infundíbulo
 Mesossalpinge: prega peritoneal localizada na borda livre do ligamento
largo
 Irrigação: ramo tubário da artéria uterina; ramos tubários da artéria
ovariana
 Drenagem venosa:
o Veias tubárias: drenam para as veias uterinas e estas para as ilíacas
internas
o Veias ovarianas: à direita drenam na veia cava inferior e à esquerda na
veia renal
 Drenagem linfática: feita para linfonodos aórtico-lombares

OVÁRIOS
 São glândulas sexuais femininas
 Região medular: rica em vasos
 Região cortical: localização dos folículos
 Bordas ovarianas:
o Borda livre (ou posterior).
o Borda fixa (ou mesovárica ou anterior): aderida ao mesovário e
demarca a localização do hilo(local por onde penetram os vasos
sanguíneos, linfáticos e nervos).
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 Ligamentos:
o Mesovário: prega peritoneal que se destaca do folheto dorsal do
ligamento largo do útero e atinge a margem anterior do ovário
o Útero-ovárico (próprio do ovário): vai do polo uterino do ovário ao ângulo
supero-lateral do útero
o Suspensor do ovário (ou infundíbulo-pelvino): entre o polo tubal do
ovário e a parede lateral da cavidade pélvica

 Irrigação:
 Artéria ovárica: ramo da aorta abdominal
 Ramos ovarianos da artéria uterina:
 ramo da a. ilíaca interna ou hipogástrica
 Drenagem venosa:
 Veias que formam o plexo ovariano ou pampiniforme
 A direita desemboca na veia cava inferior
 A esquerda na veia renal esquerda
 Drenagem linfática:
 linfonodos aórticos-lombares ou da cadeia ilíaca eterna
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MAMAS
 São estruturas anexas da pele
 Relações funcionais com os órgãos da reprodução e seus hormônios
 Localização: sobre a fáscia peitoral (m. peitoral maior) e fáscia do m.
serrátil anterior
 Constituição da mama:
o Parênquima: constituído pela glândula mamária, que apresenta 15 a
20 lobos piramidais (drenam pelos ductos lactíferos)
o Estroma: formado por tecido conjuntivo que envolve cada lobo e o
corpo mamário de modo geral
 Papila mamária: projeção onde desembocam os 15 a 20 ductos
lactíferos de cada lobo
 Aréola mamária: área mais escura, onde há glândulas sudoríparas e
sebáceas com formação de pequenos trabéculos
 Ligamentos suspensores (Cooper): faixas fibrosas entre a pele e a fáscia
profunda que ajudam a fixar a mama

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