Você está na página 1de 19

Bloco Gestação 1

Paloma Faria

Anatomia

PL1 – ASPECTOS ANATÔMICOS DA PELVE

Pelve óssea

A pelve é a área de transição entre o tronco e os membros inferiores. É a parte do


corpo circundada pelo cíngulo do membro inferior (pelve óssea), parte do esqueleto
apendicular do membro inferior.
O cíngulo do membro inferior é um anel de ossos, em forma de bacia que une a
coluna vertebral aos dois fêmures. Funções: sustentar o peso da parte superior do
corpo nas posições sentada e de pé; transferir o peso do esqueleto axial para o
esqueleto apendicular inferior para ficar de pé e caminhar; oferecer fixação para os
músculos da locomoção e postura, bem como aqueles da parede do abdome; conter e
proteger as vísceras pélvicas e abdominais inferiores; proporcionar sustentação para
as vísceras abdominopélvicas e para o útero gravídico; proporcionar fixação para os
corpos eréteis dos órgãos genitais; proporcionar fixação para os músculos e
membranas, formando o assoalho pélvico.
Externamente a pelve é coberta pela parede anterolateral inferior do abdome;
pósterolateralmente pela região glútea do membro inferior; e inferiormente, pelo
períneo.

Osso do quadril

No indivíduo maduro, o cíngulo do


membro inferior é formado por três ossos:
ossos do quadril direito e esquerdo
(ossos grandes e irregulares, formado
pela fusão do ilío, ísquio e púbis) e sacro
(formado pela fusão de 5 vertebras
sacrais).
Os dois ossos do quadril são unidos entre
si pela sínfise púbica e articulam-se
posteriormente com o sacro nas
articulações sacroilíacas para formar o
cíngulo do membro inferior.

º Ílio: é a parte superior, em forma de


leque, do osso do quadril.
Partes: asa do ílio (abertura do leque) e
corpo do ílio (cabo do leque).
- Crista ilíaca: borda do leque.
- Espinhas ilíacas ântero-superior, ântero-inferior, póstero-superior e póstero-inferior
- Fossa ilíaca: formada pela face côncava ântero-medial da asa do ílio.

º Ísquio: tem um corpo (ajuda a formar o acetábulo) e um ramo (forma parte do


forame obturado).
- Túber isquiático: grande protuberância póstero-inferior.
- Espinha isquiática: pequena projeção póstero-medial pontiaguda perto da junção do
ramo e do corpo.
- Incisura isquiática menor: concavidade entre espinha isquiática e túber isquiático.
- Incisura isquiática maior: superior à espinha isquiática e parcialmente formada pelo
ílio.
Bloco Gestação 2
Paloma Faria

º Púbis: osso angulado, que tem um ramo superior (ajuda a formar o acetábulo) e um
ramo inferior (ajuda a formar o forame obturado).
- Crista púbica: espessamento na parte anterior do corpo do púbis.
- Tubérculo púbico: elevação proeminente lateral no fim da crista púbica.
- Linha pectínea do púbis: é a parte lateral do ramo superior do púbis.

º Sacro: formado pela fusão das 5 vértebras sacrais, é


um osso triangular. Sustenta a coluna vertebral e parte
posterior da pelve óssea.
- Base do sacro: superfície superior formada por S1.
- Ápice do sacro: extremidade inferior, afilada, tem uma
face oval para articulação com o cóccix.
- Canal sacral: é a continuação do canal vertebral no
sacro.
- Promontório sacral: marcado pelo contorno anterior do
corpo da primeira vértebra, na borda superior.
- Forames sacrais anteriores: 4 pares para a saída dos
ramos posteriores e anteriores dos nervos espinais. Os
anteriores (pélvicos) são maiores que os posteriores
(dorsais).
- Processo articular superior: da primeira vértebra
sacral, localizado na porção superior do sacro.
- Crista mediana: resultante da fusão dos processos
espinhosos das vértebras (menos S5, que não possui
processo espinhoso). E de cada lado da crista sacral mediana, há a intermediária,
produto da fusão dos processos articulares.
Bloco Gestação 3
Paloma Faria

- Hiato sacral:
abertura triangular,
localizado no
extremo inferior
posterior. Resulta da
ausência das lâminas
e do processo
espinhoso de S5. O
hiato sacral leva ao
canal sacral.

º Cóccix: vestígio de Linhas


cauda no extremo transversas
inferior da coluna
vertebral. Formado
pela fusão de 4
peças coccígeas em
pequeno osso
irregular. Partes:
base e ápice.

Divisões da pelve

º Abertura superior da pelve (entrada pélvica)


Circundada pela margem da pelve, formada por: promontório e asa do sacro; linha
arqueada na face interna do ílio; linha pectínea do púbis e crista púbica.
- Arco púbico: formado pelos ramos isquiopúbicos (ramos inferiores conjuntos do púbis
e do ísquio) dos dois lados, que encontram-se na sínfise púbica, definindo pela
margem inferior o ângulo subpúbico.
- Ângulo subpúbico: distancia entre os túberes isquiáticos direito e esquerdo, que pode
ser medida pelo toque vaginal durante um exame pélvico.

º Abertura inferior da pelve (saída pélvica)


É limitada por:
- anteriormente: arco púbico
- lateralmente: túberes isquiáticos
- póstero-lateralmente: margem inferior do ligamento sacrotuberal
- posteriormente: extremidade do cóccix

º Pelve maior (falsa)


Superior à abertura superior da pelve. Limitada pelas asas do ílio póstero- lateralmente
e pela face antero-superior da vertebra S1 posteriormente. Oferece proteção às
vísceras abdominais inferiores (íleo e cólon). É a parte inferior da cavidade abdominal.

º Pelve menor (verdadeira)


Situada entre as aberturas superior e inferior da pelve. Limitada pelas faces pélvicas
dos ossos do quadril, sacro e cóccix. Inclui a cavidade pélvica verdadeira e as partes
profundas do períneo. Oferece estrutura óssea para os compartimentos da cavidade
pélvica e do períneo do tronco, separados pelo diafragma da pelve. É o espaço dentro
do anel ósseo da pelve inferior. Contém: reto, bexiga, vagina e útero (mulher), próstata
(homem). Tem maior importância ginecológica e obstétrica.
Bloco Gestação 4
Paloma Faria

Morfologia da pelve masculina e feminina

º O cíngulo do membro inferior:


- masculino: é mais pesado e mais espesso
que o feminino, possuindo impressões
ósseas mais proeminentes.
- feminino: é mais largo, mais raso e possui
as aberturas superior e inferior da pelve
maior.
º Angulo subpúbico:
- mulher: é quase um ângulo reto.
- homens: consideravelmente menor (60°).

→ Pelve ginecoide: é o tipo feminino mais


comum, a abertura superior possui formato
oval, arredondado e um diâmetro transverso
largo.
→ Pelve androide: masculina ou afunilada.
Quando em mulher pode apresentar riscos
para o parto vaginal.

Pelve óssea Masculina Feminina


Estrutura Compacta e pesada Delgada e leve
Pelve maior Profunda Rasa
Pelve menor Estreita e profunda, afunilada Larga e rasa, cilíndrica
Abertura superior da pelve Em forma de coração, estreita Oval e arredondada,
larga
Abertura inferior da pelve Pequena Grande
Arco púbico e ângulo Estreitos (<70º) Largos (>80º)
subpúbico
Forame obturado Redondo Oval
Acetábulo Grande Pequeno
Incisura isquiática maior Estreita (~70º) Quase 90º
Bloco Gestação 5
Paloma Faria

Articulações da pelve

° Articulações lombossacrais: as
vértebras L5 e S1 articulam-se na
sínfise intervertebral anterior,
formada pelo disco L5/S1 entre
seus corpos e nas duas
articulações dos processos
articulares posteriores entre os
processos articulares dessas
vertebras. Essas articulações são
fortalecidas por ligamentos
iliolombares que se irradiam dos
processos transversos da vertebra
L5 até os ílios.

° Articulações sacroilíacas: unem o esqueleto axial e esqueleto apendicular inferior.


São articulações compostas, fortes, que sustentam o peso, formada por articulação
sinovial anterior e uma sindesmose posterior. Diferem da maioria das articulações
sinoviais porque a mobilidade é limitada, uma consequência de seu papel na
transmissão de peso da maior parte do corpo para os ossos do quadril.
O sacro está suspenso entre os ossos
ilíacos e firmemente fixado a eles pelos
ligamentos sacroilíacos interósseos:
- ligamento sacrotuberal: segue da
parte posterior do ílio e da parte lateral
do sacro e do cóccix até o túber
isquiático, transformando a incisura
isquiática do osso do quadril em um
grande forame isquiático.
- ligamento sacroespinhal: segue da
parte lateral do sacro e cóccix até a
espinha isquiática; subdivide esse
forame nos forames isquiáticos maior e
menor.

° Articulações sacrococcígea: é uma articulação cartilagínea secundária com um


disco intervertebral. A fibrocartilagem e os ligamentos unem o ápice do sacro à base
do cóccix. Os ligamentos sacrococcígeos anterior e posterior são longos filamentos
que reforçam a articulação.

° Sínfise púbica: articulação cartilagínea que


consiste em um disco interpúbico
fibrocartilagíneo e ligamentos adjacentes unindo
os corpos dos ossos do púbis no plano mediano.
O disco interpúbico geralmente é mais largo em
mulheres
- Ligamento púbico superior: une as faces
superiores dos corpos do púbis e disco
interpúbico, estendendo-se lateralmente até
tubérculo púbico.
- Ligamento púbico inferior: arco espesso de fibras que une faces inferiores dos
componentes articulares, arredondando o ângulo subpúbico quando forma o ápice do
arco púbico.
Bloco Gestação 6
Paloma Faria

Artérias da pelve

Artéria ilíaca comum: se bifurca em ilíaca interna e externa no nível do disco IV entre
as vertebras L5 e S1.
º Artéria ilíaca interna: é a mais importante da pelve, principal responsável pela
irrigação sanguínea das vísceras pélvicas e por parte da irrigação da porção músculo
esquelética da pelve, entretanto, também envia ramos para região glútea, regiões
mediais da coxa e períneo.
- Ramos da divisão anterior: são principalmente viscerais (irrigam bexiga urinária,
reto e órgãos genitais), mas também incluem ramos parietais que seguem até a
nádega e a coxa.
-- Artéria umbilical: antes do nascimento, é a principal continuação das ilíacas
internas. Ela segue ao longo da parede lateral da pelve e depois ascende pela parede
anterior do abdome, chegando ao anel umbilical e o atravessando para o cordão
umbilical. No período pré-natal ela conduz sangue com pouco oxigênio e nutrientes até
a placenta, onde é feita a reposição. Quando o cordão umbilical é seccionado, parte
desse vaso é ocluído, formando os ligamentos umbilicais medianos. No período pós-
natal, as partes pérvias das artérias umbilicais seguem anteroinferiormente entre a
bexiga urinária e a parede lateral da pelve, dando origem a artéria vesical superior que
emite numerosos ramos para o fundo da bexiga. Nos homens, a artéria do ducto
deferente geralmente se origina como ramo da artéria vesical superior.
-- Artéria obturatória: origem variável; em geral surge perto da origem da artéria
umbilical. Segue anteroinferiormente sobre a fáscia obturatória e passa entre veia e
nervo obturatórios. Deixa a pelve pelo canal obturatório e supre os músculos da face
medial da coxa. Na pelve, essa artéria emite ramos musculares: artéria nutrícia para o
íleo e um ramo púbico.
Nota: É denominada artéria obturatória acessória quando se origina da artéria
epigástrica inferior em vez da artéria ilíaca interna.
-- Artéria vesical inferior: ocorre apenas em homens, sendo substituída pela arterial
vaginal em mulheres. Irriga: glândulas seminais, próstata, fundo da bexiga e parte
inferior do ureter.
-- Artéria uterina: geralmente tem origem direta da ilíaca interna, mas pode originar-
se da artéria umbilical. Enquanto segue medialmente para chegar a junção do útero
com a vagina, a artéria uterina passa superiormente ao ureter. Ao chegar ao lado do
colo, divide-se em: ramo vaginal (descendente menor, irriga colo e vagina) e ramo
ascendente (maior, irriga corpo e fundo do útero). Este último ramo se bifurca em
ovárico e tubário, suprindo as extremidades mediais do ovário e tuba uterina, e
anastomosam-se com os ramos ovárico e tubário da artéria ovárica.
-- Artéria vaginal: pode-se originar da parte inicial da artéria uterina. Envia ramos
para as faces anterior e posterior da vagina, partes póstero-inferiores da bexiga e
parte pélvica da uretra. Anastomosa-se com ramo vaginal da artéria uterina.
-- Artéria retal média: pode ter origem independente da ilíaca interna ou origem
comum com a vesical inferior ou a pudenda interna. Irrigação: parte inferior do reto,
anastomosando-se com a retal superior e inferior, suprimindo glândulas seminais e
próstata ou vagina.
-- Artéria pudenta interna: maior em homens do que em mulheres. Deixa a pelve
entre os músculos piriforme e isquiococcígeo, atravessando a parte inferior do forame
isquiático maior. Passa ao redor da face posterior da espinha isquiática ou do
ligamento sacroespinhal e entra na fossa isquioanal através do forame isquiático
menor. Quando sai do canal do pudendo, divide-se em seus ramos terminais: artérias
profunda e dorsal do pênis ou clitóris.
-- Artéria glútea inferior: segue posteriormente entre os nervos sacrais e deixa a
pelve atrás da parte inferior do forame isquiático maior, inferiormente ao musculo
piriforme. Irriga os músculos e a pele das nádegas e a face posterior da coxa.
Bloco Gestação 7
Paloma Faria

- Ramos da divisão posterior:


-- Artéria iliolombar: segue superolateralmente de forma recorrente até a fossa ilíaca,
onde se divide em: ramo ilíaco (supre musculo ilíaco e ílio) e ramo lombar (supre o
musculo psoas maior e quadrado do lombo).
-- Artérias sacrais laterais: seguem medialmente e descem anteriormente aos ramos
sacrais anteriores, emitindo ramos espinhais, que atravessam os forames sacrais
anteriores e suprem as meninges vertebrais que envolvem as raízes dos nervos
sacrais.
-- Artéria glútea superior: maior ramo dessa divisão. Irriga os músculos glúteos nas
nádegas.

Veias pélvicas
Os plexos venosos são formados pelas veias que se anastomosam circundando as
vísceras pélvicas. Os vários plexos na pelve menor (retal, vesical, prostático, uterino e
vaginal) se unem e são drenados principalmente pelas tributárias das veias ilíacas
internas. Outras vias relativamente pequenas de drenagem venosa da pelve menor
são a veia sacral mediana parietal e, nas mulheres, as veias ováricas.
As veias ilíacas internas unem-se as veias ilíacas externas para formar as veias ilíacas
comuns, que se unem no nível da vértebra L4 ou L5 para formar a veia cava inferior.

Correlação anátomo-clínica
Determinação do parto vaginal
A realização do parto via vaginal depende da
proporção feto-pélvica. A possibilidade desse tipo de
parto é avaliada pela pelvimetria clínica. A distancia
do promontório sacral a margem inferior da sínfise
púbica (conjugada diagonal), pode ser medida
clinicamente pelo toque bimanual.

Diâmetros pélvicos:
Medidas do estreito superior:
° Conjugado diagonal (12,5 cm): medida da distância
da borda inferior da sínfise púbica até o promontório
do sacro. Pode ser medida pelo toque vaginal.
° Conjugado anatômico (11 cm): medida da menor distância da borda superior da
sínfise púbica até o promontório. Não tem importância obstétrica.
° Conjugado obstétrico (10,5 cm): mede a distância entre a face interna da sínfise
púbica ao promontório sacral. É a medida que realmente determina o parto natural.
Pode ser obtido subtraindo 2 cm da medida do conjugado diagonal.
Bloco Gestação 8
Paloma Faria

PL2 – ASPECTOS ANATÔMICOS DA CAVIDADE PÉLVICA

Parede pélvica

º Parede anteroinferior: é formada pelo corpo e ramos do púbis e pela sínfise púbica.
Participa na sustentação do peso da bexiga.
º Paredes laterais: são formadas pelos ossos do quadril direito e esquerdo, e cada
um deles tem um forame obturado fechado por uma membrana obturadora.
- Músculo obturador interno: cobre, e assim, protege a maior parte das paredes
laterais da pelve. As faces mediais desse músculo são coberta pela fáscia obturatória,
espessada centralmente como um arco tendíneo que oferece fixação para o diafragma
pélvico. A fixação pélvica do diafragma da pelve à fáscia obturatória divide o músculo
obturador interno em uma porção pélvica superior e uma porção perineal inferior.
º Parede posterior (póstero-lateral e teto): é formada pela parede e teto ósseos na
linha mediana (formados pelo sacro e cóccix) e pelas paredes póstero-laterais
musculoligamentares, formadas pelos ligamentos associados às articulações
sacroilíacas e músculos piriformes. Os ligamentos incluem o sacroilíaco anterior,
sacroespinhal e sacrotuberal.
- Músculos piriformes: originam da parte superior do sacro, lateralmente a seus
forames pélvicos. Seguem lateralmente deixando a pelve menor através do forame
isquiático maior para se fixarem na margem superior do trocanter maior de cada
fêmur. Esses músculos ocupam grande parte do forame isquiático maior, formando as
paredes póstero-laterais da cavidade pélvica. Uma abertura na margem inferior do
musculo piriforme permite a passagem de estruturas neurovasculares entre a pelve e
o membro inferior (região glútea).

Assoalho pélvico

É formado pelo:
Diafragma da pelve (profundo e posterior):
consiste nos músculos isquiococcígeo e
levantador do ânus e nas fáscias que
recobrem as faces superior e inferior
desses músculos. Situa-se na pelve
menor, separando a cavidade pélvica do
períneo, ao qual serve como teto.

- Músculo isquiococcígeo: originam-se


nas faces laterais da parede inferior do
sacro e cóccix, suas fibras carnosas
situam-se sobre a face profunda do
ligamento sacroespinhal e se fixam a ela.
- Músculo levantador do ânus: parte maior e mais importante do assoalho pélvico.
Está fixado aos corpos dos púbis anteriormente, às espinhas isquiáticas
posteriormente, e a um espessamento na fáscia obturatória (arco tendíneo do músculo
levantador do ânus). Possui três partes, denominadas de acordo com a fixação e
trajeto de sua fibras:
1- Músculo puborretal: parte medial, mais estreita e mais espessa. Consiste em
fibras musculares continuas. Forma uma alça muscular em U que passa posterior a
junção anorretal e delimita o hiato urogenital. Tem importância na manutenção da
continência fecal.
2- Músculo pubococcígeo: parte intermediária e mais larga, porém menos espessa.
Suas fibras laterais fixam-se ao cóccix e suas fibras mediais fundem-se àquelas do
Bloco Gestação 9
Paloma Faria

músculo contralateral para formar uma lamina tendínea, parte do corpo anococcígeo
entre o ânus e o cóccix. Circunda e sustenta uretra, vagina e canal anal. Rompe com
maior frequência no parto.
3- Músculo iliococcigeo: parte posterolateral, que se origina na parte posterior do
arco tendíneo e na espinha isquiática. É fina e pouco desenvolvida. Também se funde
ao corpo anococcígeo posteriormente.

 O músculo levantador
de anus forma um
assoalho dinâmico para
sustentar as vísceras
abdominopélvicas, e para
isso, encontra-se na
maior parte do tempo em
contração tônica, o que
também auxilia na
continência urinária e
fecal. Assim, esse
músculo tem que relaxar
para que ocorra a micção
e defecação.
Diafragma urogenital
(superficial e anterior):
relacionado à continência urinária.
Localizado no períneo,
inferiormente ao diafragma
pélvico, na sua porção anterior.

Formado pelos músculos:


- esfíncter da uretra
- bulboesponjoso
- ísquiocavernoso
- transverso superficial do períneo
- transverso profundo do períneo

Períneo

Localizado na extremidade mais


inferior do tronco, entre as
coxas, inferiormente ao
diafragma pélvico.

O períneo inclui: anus e


órgãos genitais externos
(pênis e escroto do homem e
vulva da mulher). Tem formato
losangular.

Limites: borda inferior da


sínfise púbica, ramos do púbis
e do ísquio, tuberosidades
isquiáticas, ligamentos
sacrotuberais, cóccix.
Bloco Gestação 10
Paloma Faria

Dividido por uma linha


imaginária que une as duas
tuberosidades isquiáticas:
• Trígono anal (triângulo
posterior): contém a
terminação do canal anal. É
igual nos dois sexos.
• Trígono urogenital (triângulo
anterior): contém as
estruturas urogenitais
externas. Apresenta
dimorfismo sexual.
º Fáscia do períneo
Tem camadas superficial e
profunda. A tela subcutânea
do períneo consiste em:
• Panículo adiposo superficial: * Nas mulheres, forma os lábios maiores do pudendo e
o monte do púbis, e é continuo com a tela subcutânea do abdome, tanto superior
quanto anteriormente. * Nos homens, esse panículo é diminuído, sendo totalmente
substituído no pênis e no escroto por musculo liso; é continuo entre o pênis ou escroto
e as coxas com o panículo adiposo do abdome.
• Camada membranácea profunda (estrato membranáceo): não se estende até a
região anal, está fixado posteriormente a margem posterior da membrana do períneo e
ao corpo do períneo. Nos homens, esse estrato é continuo com a túnica de dartos do
pênis e escroto; entretanto, de cada lado e anteriormente ao escroto, ele torna-se
continuo com o estrato membranáceo da tela subcutânea do abdome. Nas mulheres,
esse estrato passa superior ao panículo adiposo, formando os lábios maiores do
pudendo e torna-se continuo com o estrato membranáceo da tela subcutânea do
abdome.
- Fáscia superficial do períneo: reveste intimamente os músculos isquiocavernoso,
bulboesponjoso e transverso superficial do períneo. Anteriormente, funde-se ao
ligamento suspensor do pênis e é continua com a fáscia dos músculos que cobre o
obliquo externo do abdome e a bainha do musculo reto do abdome. Nas mulheres, a
fáscia superficial do períneo está fundida ao ligamento suspensor do clitóris, e como
nos homens, à fáscia profunda de revestimento do abdome.
º Espaço superficial do períneo
Espaço virtual entre a fáscia do períneo e a membrana do períneo, limitado
lateralmente pelos ramos isquiopúbicos. Contém:
- Nos homens: raiz do pênis e músculos associados; porção proximal da parte
esponjosa da uretra; músculos transversos superficiais do períneo; ramos perineais
profundos dos vasos pudendos internos e nervos pudendos.
- Nas mulheres: clitóris e músculos associados; bulbos do vestíbulo e músculo
adjacente; glândulas vestibulares maiores; músculos transversos superficiais do
períneo; vasos e nervos relacionados.
º Espaço profundo do períneo
É limitado inferiormente pela membrana do períneo, superiormente pela fáscia inferior
do diafragma da pelve, e lateralmente pela porção inferior da fáscia obturatória. Em
ambos os sexos, contém: parte da uretra; parte inferior do músculo esfíncter externo
da uretra; extensões anteriores dos corpos adiposos isquioanais.
- Nos homens, contém: parte intermédia da uretra; músculos transversos profundos do
períneo; glândulas bulbouretrais; estruturas neurovasculares dorsais do pênis.
- Nas mulheres, contém: parte proximal da uretra; massa de músculo liso associada ao
corpo do períneo; rede neurovascular dorsal do clitóris.
Bloco Gestação 11
Paloma Faria

Canal anal

É a parte terminal do intestino grosso e de todo sistema digestório. Estende-se da face


superior do diafragma da pelve até o ânus. Começa no ponto onde a ampola do reto
se estreita, no nível da alça em U formada pelo músculo puborretal. Termina no ânus.
É circundado pelos músculos esfíncteres externo e interno do ânus, desce
posteroinferiormente entre o corpo anococcígeo e o corpo do períneo.
º Músculo esfíncter externo do ânus: grande esfíncter voluntário que forma uma
faixa larga de cada lado dos dois terços inferiores do canal anal. Está fixado
anteriormente ao corpo do períneo e posteriormente ao cóccix por meio do corpo
anococcígeo; funde-se superiormente ao músculo puborretal. É suprido principalmente
por S4 através do nervo anal inferior.
º Músculo esfíncter interno do ânus: esfíncter involuntário que circunda os dois
terços superiores do canal anal. É um espessamento da túnica muscular circular. Sua
contração é estimulada e mantida por fibras simpáticas dos plexos retal superior e
hipogástrico.

Internamente, a metade superior do canal


anal possui estrias longitudinais denominadas
colunas anais. A junção anorretal, indicada
pelas extremidades superiores das colunas
anais, é o local onde o reto se une ao canal
anal. Válvulas anais unem-se as
extremidades inferiores das colunas anais. O
limite inferior dessas válvulas forma uma linha
irregular, a linha pectinada, a qual indica a
junção da parte superior com a inferior do
canal anal.

As partes inferior e superior à linha pectinada


possui diferenças:
- Acima: origem endodérmica; epitélio colunar
- semelhante ao reto; veias retais superiores (sistema porta); hemorroidas internas;
inervação visceral (mucosa anal insensível); linfonodos ilíacos internos.
- Abaixo: origem ectodérmica; epitélio estratificado - semelhante à pele; veias retais
médias e inferiores – veias pudendas internas - veias ilíacas internas; hemorroidas
externas; inervação somática (mucosa anal sensível); linfonodos inguinais.
Bloco Gestação 12
Paloma Faria

Fáscias pélvicas

A fáscia da pelve é o tecido conjuntivo que ocupa o espaço situado entre o peritônio
membranáceo e as paredes e o assoalho pélvico musculares e que não é ocupado
pelas vísceras pélvicas. Essa lâmina é uma continuação da fáscia endoabdominal
comparativamente fina, situada entre as paredes musculares abdominais e o peritônio
superiormente.
º Fáscia parietal da pelve: é uma lâmina membranácea de espessura variável que
reveste a face interna dos músculos que formam as paredes e o assoalho da pelve –
obturador interno, piriforme, isquiococcígeo, levantador do ânus, parte dos músculos
esfíncteres da uretra. As partes específicas da fáscia parietal recebem o nome do
músculo que cobrem. Essa lâmina é contínua superiormente com as fáscias
transversal e ilipsoas.
º Fáscia visceral da pelve: consiste na fáscia membranácea que reveste diretamente
os órgãos pélvicos, formando a lâmina adventícia de cada um.

Escavações pélvicas

- Retovesical (homem): entre reto e bexiga.


- Retouterina (mulher): entre reto e útero. Também chamada de “fundo de saco de
Douglas”. É o extremo inferior da cavidade peritoneal na mulher, por isso, possui maior
risco de infecção.
- Vesicouterina (mulher): entre bexiga e útero.

Inervação da pelve

A pelve é inervada principalmente pelos nervos espinhais sacrais e coccígeos e pela


parte pélvica do SNA. Os músculos piriforme e coccígeo formam um leito para os
plexos nervosos sacral e coccígeo.
Plexo sacral: está localizado na parede póstero lateral
da pelve menor, onde está intimamente relacionado à
face anterior do musculo piriforme. Os dois principais
nervos originados no plexo sacral, nervo isquiático e
pudendo, situam-se externamente à fáscia parietal da
pelve. A maioria dos ramos sai pelo forame isquiático
menor.
- Nervo isquiático: é o maior nervo do corpo. Formado
pelos ramos anteriores dos nervos espinhais L4-S3, que
convergem sobre a face anterior do musculo piriforme.
Bloco Gestação 13
Paloma Faria

Atravessa o forame isquiático maior para entrar na região glútea. Em seguida, desce
ao longo da face posterior da coxa para suprir a face posterior do membro inferior.
- Nervo pudendo: é o principal nervo do períneo e o principal nervo sensorial dos
órgãos genitais externos. Derivado dos ramos anteriores dos nervos espinhais S2 e
S4. Deixa a pelve pelo forame isquiático maior e entra no períneo pelo isquiático
menor. Inerva a pele e o musculo do períneo.
- Nervo glúteo superior: origina-se nos ramos anteriores dos nervos espinhais L4 e
S1 e deixa a pelve através do forame isquiático maior.
- Nervo glúteo inferior: origina-se nos ramos anteriores dos nervos espinhais L5- S2
e deixa a pelve através do forame isquiático maior. Acompanha a artéria glútea e
divide-se em vários ramos, que suprem o musculo glúteo máximo sobrejacente.
Plexo lombar: - Nervo obturatório: entra na pelve menor. Segue no tecido adiposo
extraperitoneal ao longo da parede lateral da pelve até o canal obturatório, uma
abertura na membrana obturadora que preenche o forame obturado. Divide-se em
anterior e posterior que deixam a pelve através desse canal e suprem os músculos
mediais da coxa.
Plexo coccígeo: pequena rede de fibras nervosas formadas pelos ramos anteriores
de S4 e S5 e os nervos coccígeos. Situa-se na face pélvica do músculo isquiococcígeo
e supre este músculo, parte do músculo levantador do ânus e a articulação
sacrococcígea. Os nervos anococcígeos originados nesse plexo perfuram o músculo
isquiococcígeo e o corpo anococcígeo para suprir uma pequena área da pele entre a
extremidade do cóccix e o ânus.

Correlação anátomo-clínica

Prolapso uterino
É a condição em que o útero, devido ao enfraquecimento dos
músculos, ligamentos e membranas que o sustentam, desce da
cavidade pélvica para o canal vaginal, ficando então mais
próximo ao exterior, podendo inclusive, nos casos mais graves,
aflorar na vagina. Isso faz parte de um quadro geral de enfraquecimento da
musculatura da pelve e do períneo que pode provocar também, em conjunto com o
prolapso uterino ou isoladamente, a queda da bexiga, do reto e de outras estruturas
anatômicas. A causa mais geral é o enfraquecimento muscular devido à idade. Outras
causas são: partos múltiplos; redução do estrogênio natural após a menopausa;
situações que levam a um aumento da pressão intra-abdominal como tosse crônica,
constipação intestinal, tumores pélvicos, acúmulo de líquido no abdome; obesidade;
cirurgias ou infecções da pelve; levantamento excessivo de pesos.
O tratamento do prolapso uterino pode ir desde exercícios para fortalecer os músculos
pélvicos até a remoção do útero. Se a mulher não quiser ou não puder remover o
útero, ele pode ser reposicionado ao seu local de origem, por meio de cirurgia aberta
ou laparoscopia. O útero pode ser mantido dentro da vagina por um aparelho chamado
pessário, que pode ser usado temporária ou permanentemente.

Episiotomia
Incisão cirúrgica que pode ser feita durante a cirurgia vaginal e o trabalho de parto,
para aumentar o óstio da vagina, visando diminuir a laceração traumática excessiva do
períneo e a ruptura irregular descontrolada dos músculos do períneo.
A episiotomia pode ser mediana ou médio-lateral (direito).
Bloco Gestação 14
Paloma Faria

PL3 – ANATOMIA DO SISTEMA GENITAL FEMININO

Genitália interna
ÚTERO

O útero não gravídico está localizado na pelve menor, com o corpo sobre a bexiga
urinária e o colo entre a bexiga urinária e o reto.
Posição: anteversão ou anteflexão
Partes: fundo (parte arredondada situada sobre os óstios uterinos), corpo (dois terços
superiores do órgão), istmo (separa o corpo do colo; segmento estreitado), colo (terço
inferior cilíndrico e relativamente estreito do útero).
Óstio externo do útero: circundado pela porção vaginal.

Camadas:
- perimétrio: serosa externa; consiste em peritônio sustentado por tecido conjuntivo.
- miométrio: camada média de músculo liso; onde se localiza principais nervos e vasos
sanguíneos.
- endométrio: camada mucosa interna; está firmemente aderido ao miométrio,
sofrendo modificações de sua estrutura a cada estágio do ciclo.

Ligamentos:
- largo: dupla camada de peritônio que se estende das laterais do útero até as paredes
laterais e o assoalho da pelve. Ajuda a manter o útero em posição.
- redondo: situa-se anteroinferiormente, entre as laminas do ligamento largo de cada
lado do útero.
- mesométrio: maior parte do ligamento largo,
inferior ao mesossalpinge e ao mesovário, que
serve como mesentério para o próprio útero.
- cervical lateral (cardinal): mais importante na
prevenção do prolapso uterino.
- útero-sacro

Relações:
- anterior: escavação vesico-uterina e face
superior da bexiga
- posterior: escavação reto-uterina
- lateral: ligamento largo e ureteres

Vascularização:
- Artérias uterinas (principalmente), com possível irrigação colateral das artérias
ováricas.
- Veias uterinas: penetram nos ligamentos largos com as artérias e formam o plexo
venoso uterino de cada lado do colo, o qual drena para a veia ilíaca interna e daí
para a veia cava inferior.

TUBA UTERINA

Partes:
- parte uterina: o segmento intramural curto da tuba que atravessa a parede do útero e
se abre, através do óstio uterino, para a cavidade do útero.
- istmo: parte da tuba que tem parede espessa e entra no corno uterino.
- ampola: parte mais larga e mais longa da tuba, que começa na extremidade medial
do infundíbulo.
Bloco Gestação 15
Paloma Faria

- infundíbulo: extremidade distal afunilada da tuba que se abre na cavidade peritoneal


através do óstio abdominal.
Fímbrias: processos digitiformes da extremidade fimbriada do infundíbulo; abrem-se
sobre a face medial do ovário.
Mesossalpinge: mesentério estreito, que forma as margens livres anterossuperiores
dos ligamentos largos.

OVÁRIO

- Mesovário: prega peritoneal que suspende o ovário. É uma subdivisão do ligamento


largo do útero.
- Ligamento suspensor do ovário: prega peritoneal na face súperolateral do ovário,
que se torna contínuo com o mesovário do ligamento largo. Por ele passam vasos
sanguíneos e linfáticos e os nervos ovarianos, que cruzam a margem da pelve.
- Ligamento útero-ovárico: fixa o ovário (extremidade proximal) ao útero (ângulo
lateral), imediatamente inferior a entrada da tuba uterina. Está medialmente ao
mesovário.
- Hilo do ovário: local onde penetra vasos e nervos.

Vascularização dos ovários e tubas uterinas


- Artérias ováricas: ramo da aorta abdominal e descem ao longo da parede
abdominal posterior. Na margem da pelve, cruzam sobre os vasos ilíacos externos e
entram nos ligamentos suspensores, aproximando-se das faces laterais dos ovários e
das tubas uterinas.
- Artéria uterina: ramo da artéria ilíaca interna. Possui ramos ascendentes que
seguem ao longo das faces laterais do útero e se aproximam das faces mediais dos
ovários e tubas uterinas.
→ Tanto a artéria ovárica como a uterina ascendente terminam bifurcando-se em
ramos ováricos e tubários, que irrigam os ovários e tubas uterinas das extremidades
opostas e anastomosam-se entre si, criando uma circulação colateral de origem
abdominal e pélvica para ambas as estruturas.
- Plexo venoso pampiniforme: formado pelas veias que drenam o ovário. Está no
ligamento largo perto do ovário e da tuba uterina. As veias desse plexo de fundem
para formar a veia ovárica, que deixa a pelve menor com a artéria ovárica. A veia
ovárica direita desemboca na veia cava inferior e a esquerda na veia renal esquerda.
Bloco Gestação 16
Paloma Faria

As veias tubárias drenam para as veias ováricas e para o plexo venoso uterino
(uterovaginal).

Drenagem linfática dos ovários e tubas uterinas: linfonodos aórticos-lombares.

VAGINA

Estende-se do meio do colo do útero até o óstio da vagina, a abertura na sua


extremidade inferior. Situa-se posteriormente à bexiga urinária e à uretra, sendo que
esta se projeta ao longo da linha mediana de sua parede anteroinferior.
- Vestíbulo da vagina: fenda entre os lábios menores do pudendo.
- Fórnice da vagina: recesso ao redor do colo; tem partes anterior, posterior (mais
profunda; tem relação com a escavação retouterina) e laterais.

Músculos: pubovaginal, esfíncter


externo da uretra, esfíncter uretrovaginal
e bulboesponjoso.

Relações
- anterior: bexiga e uretra
- laterais: músculo levantador do ânus,
ureteres
- posterior: canal anal, reto, escavação
reto-uterina

Vascularização:
- Parte superior: ramos das artérias
uterinas.
- Partes média e inferior: ramos das
artérias vaginais (no polo superior se
anastomosam com as artérias uterinas)
e da artéria pudenda interna.
- Plexos
venosos
vaginais:
formados pelas
veias vaginais, ao
longo das laterais
da vagina e na
túnica da mucosa
vaginal. Essas
veias são
continuas com o
plexo venoso
uterino, formando
o plexo venoso
uterovaginal, e
drenam para as
veias ilíacas
internas através
da veia uterina.

Inervação: apenas o quinto ao quarto inferior da vagina tem inervação somática, a


qual provém do nervo perineal profundo, um ramo do nervo pudendo.
Bloco Gestação 17
Paloma Faria

Genitália externa (vulva)

Monte púbico: eminencia adiposa, arredondada, anterior à sínfise púbica, tubérculos


púbicos e ramo superior do púbis. Formada por massa de tecido adiposo subcutâneo.
Lábios maiores: são pregas cutâneas proeminentes que protegem o clitóris e os
óstios da uretra e da vagina. Circundam a rima do pudendo.
Lábios menores: são pregas arredondadas de pele sem pelos e sem tecido adiposo.
Estão situados na rima do pudendo e circundam o vestíbulo da vagina.
Vestíbulo da vagina: espaço circundado pelos lábios menores do pudendo no qual se
abrem o óstio externo da uretra, o óstio vaginal e os ductos das glândulas vestibulares.
Bulbos do vestíbulo: são duas massas de tecido erétil alongado. Situam-se
lateralmente ao longo do óstio da vagina. São cobertos pelos músculos
bulboesponjosos.
Bloco Gestação 18
Paloma Faria

Glândulas vestibulares:
- maiores (glândulas de Bartholin): estão situadas no espaço superficial do períneo.
São redondas ou ovais, superpostas posteriormente pelos bulbos do vestíbulo.
Secretam muco para o vestíbulo durante a excitação sexual.
- menores: são pequenas glândulas de cada lado do vestíbulo da vagina que se abrem
nele entre os óstios da uretra e da vagina. Secretam muco para o vestíbulo da vagina,
o que umedece os lábios do pudendo e do vestíbulo da vagina.

Clitóris: órgão erétil localizado


no ponto de encontro dos lábios
menores do pudendo
anteriormente. Consiste em uma
raiz e um pequeno corpo
cilíndrico, formados por dois
ramos, dois corpos cavernosos e
a glande do clitóris. Atua como
órgão excitatório na relação
sexual.

Mama

São estruturas anexas da pele. Possui relações funcionais com os órgãos da


reprodução e seus hormônios.

Localização: situada sobre a fáscia peitoral (músculo peitoral maior) e fáscia do


músculo serrátil anterior.

Constituição:
• Parênquima: constituído pela glândula mamária, que apresenta 15 a 20 lobos
piramidais (drenam pelos ductos lactíferos).
• Estroma: formado por tecido conjuntivo que envolve cada lobo e o corpo mamário de
modo geral.
Bloco Gestação 19
Paloma Faria

Papila mamária: projeção onde


desembocam os 15 a 20 ductos lactíferos de
cada lobo.

Aréola mamária: área mais escura, onde


há glândulas sudoríparas e sebáceas com
formação de pequenos trabéculos.

Ligamentos suspensores: faixas fibrosas


entre a pele e a fáscia profunda que ajudam
a fixar a mama.

Correlação anátomo-clínica
Histerectomia

É uma cirurgia indicada quando há


sangramento uterino anormal. Há três vias
operatórias para a remoção do útero:
vaginal, laparotomia e a videolaparoscopia. É
necessário liberar o útero de seus anexos e
ligamentos, rebaixando a bexiga e ligar os
vasos uterinos. Uma vez liberado o útero,
abre-se a vagina e secciona-se a junção
cervico-vaginal. As principais complicações
cirúrgicas são sangramentos, infecções e
lesão do ureter e da bexiga.
O ureter pode ser lesado, pois a artéria
uterina cruza medialmente a pelve (no
interior do ligamento largo do útero), em
direção ao colo do útero, cruzando o ureter
anteriormente. Já a bexiga pode ser cortada
acidentalmente, levando a infecção e
incontinência urinaria.

Referência:
MOORE, K.L.; DALLEY, A.F.; AGUR, A.M.R. Anatomia orientada para clínica. 7ᵃ
ed., 2014.

Você também pode gostar