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Anatomia

Camila S
Membros Inferiores

Ossos A cabeça do fêmur desliza na face semilunar, sendo esta, portanto,
Os ossos da pelve se unem anteriormente na sínfise púbica e a porção articular do acetábulo.
posteriormente com o sacro. Inferiormente ao acetábulo vê-se uma grande abertura, o
O osso da pelve é do tipo plano e suas funções incluem as de forame obturado, assim denominado porque no vivente ele é
movimento (participa das articulações com o sacro e o fêmur), de fechado, exceto numa pequena porção superior, pela
defesa (protege os órgãos pélvicos), e de sustentação (transmite aos membrana obturadora.
membros inferiores o peso de todos os segmentos do corpo Ílio
situados acima dele).
São os principais acidentes do osso ílio
Asa ilíaca – Superfície glútea e Fossa ilíaca;
Face glútea da asa do ílio;
Linhas glúteas posterior, anterior e inferior;
Crista ilíaca;
Espinhas ilíacas ântero-superior e ântero-inferior;
Espinhas ilíacas póstero-superior e póstero-inferior;
Em razão destas múltiplas funções o osso do quadril tem uma Tuberosidade ilíaca;
estrutura complexa e sua  formação envolve três ossos
Corpo do ílio;
isolados: o ílio, o ísquio e o púbis.
Linha arqueada;
Face auricular.
Ísquio
São os principais acidentes do osso ísquio:
Incisura isquiática maior e menor.
Corpo do ísquio;
Espinha isquiática;
Tuberosidade isquiática;
Observe que estas três peças ósseas se unem na região onde mais
Ramo do ísquio.
se faz sentir o peso suportado pelo osso do quadril, isto é, no
centro do acetábulo, fossa articular que recebe a cabeça do fêmur. Púbis
Assim, é neste ponto que se dá a união entre o esqueleto São os principais acidentes do osso púbis:
apendicular do membro inferior e a cintura pélvica. Ramo superior e inferior do púbis;
No homem, até a puberdade as três peças ósseas que Linha pectínea;
constituem o osso da pelve permanecem unidas umas às outras
Tubérculo púbico;
por cartilagem;  a  partir desta  época dá-se a ossificação da
cartilagem e o osso do quadril passa a ser  único, embora se Sínfise púbica (articulação).
conserve as denominações das peças ósseas que o constituem
originalmente.
Observe o osso do quadril visto lateralmente e localize o
acetábulo, fossa articular que recebe a cabeça do fêmur.
A parede desta cavidade é interrompida, inferiormente, pela
incisura do acetábulo.
Note que no acetábulo é possível distinguir uma porção lisa em
forma de ferradura, a face semilunar, e outra, situada entre os
ramos da ferradura, rebaixada, a fossa do acetábulo, contínua
com a incisura do acetábulo.

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Fêmur Muitos vasos de pequeno calibre penetram no colo do fêmur e
constituem a fonte mais importante de irrigação da cabeça do
O maior osso do esqueleto é classificado como um osso longo,
fêmur.
apresentando portanto duas epífises, proximal e distal, e um
Nas fraturas do colo, e são bastante frequentes, estes vasos podem
corpo, ou diáfise.
ser lesados, resultando eventualmente na necrose da cabeça do
O fêmur articula-se pela sua extremidade proximal com o osso do fêmur.
quadril e pela extremidade distal com a tíbia.
O exame cuidadoso do ponto de união do colo com o corpo do
Observe no esqueleto articulado que, em virtude das articulações fêmur, em vista anterior, mostra uma linha saliente, a linha
dos quadris serem muito afastadas, devido à construção da pelve,
intertrocantérica, mascarada lateral e superiormente pela pre-
os fêmures dirigem-se inferior, medial e anteriormente,
sença de uma grande massa óssea, o trocânter maior.
convergindo para os joelhos e formando com as tíbias um ângulo
obtuso. Vê-se, pois, que o trocânter maior está justaposto à base do colo
do fêmur.
Examine a extremidade proximal do fêmur e localize a cabeça
do fêmur, esferóide. Observado pela face posterior, o trocânter maior, na sua parte
mais superior recobre urna depressão profunda, a fossa
Veja em um esqueleto articulado como ela se encaixa no
acetábulo do osso do quadril. trocantérica e está em conexão com uma projeção óssea menor
e medial, o trocânter menor, através da crista
A cabeça do fêmur apresenta uma pequena depressão, a fóvea
intertrocantérica.
da cabeça do fêmur onde se fixa um dos ligamentos da
articulação do quadril, o ligamento da cabeça do fêmur.
A conexão da cabeça femoral com o corpo do osso faz-se pelo
colo do fêmur: repare como ele se dirige superior, medial e um
pouco anteriormente.
Na verdade, o colo do fêmur é um prolongamento do corpo do
osso, tanto no seu desenvolvimento quanto na sua ossificação e
estrutura.
Assim, no nascimento o colo é curto e espesso, alongando-se a
medida que o osso se desenvolve.
Do mesmo modo, o ângulo que o eixo longitudinal do colo forma
com o eixo longitudinal da diáfise, denominado ângulo de
inclinação, varia com o crescimento do osso, sendo mais aberto
nos jovens.

O corpo do fêmur  (diáfise)  tem uma secção de forma


aproximadamente   triangular no terço médio e, assim, apresenta
as faces anterior, medial e lateral.
As faces medial e lateral, estão delimitadas, posteriormente pela
linha áspera, que é bastante visível.
Observe a linha áspera no terço médio do corpo femural: note
que ela é dupla, podendo-se distinguir um lábio medial e outro
lateral.
No terço médio os lábios estão muito próximos mas nos terços
proximal e distal eles tendem a divergirem.
No terço proximal ocorre uma bifurcação da linha áspera: o terço
medial dirige-se para o trocânter menor e denomina-se linha
Uma diminuição acentuada deste ângulo resulta numa condição pectínea; por sua vez o lábio lateral divergente é substituído por
conhecida como coxa vara (quadril inclinado). uma crista larga rugosa a qual recebe o nome de tuberosidade
glútea.
O aumento exagerado do ângulo de inclinação é conhecido como
coxa valga.
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No terço distal  os lábios medial e lateral da linha áspera Logo abaixo da localização da patela no joelho humano,
divergem,  delimitando entre eles uma superfície triangular, a encontra-se a tuberosidade da Tíbia – uma grande elevação
face poplítea. oblonga onde se insere o ligamento patelar.
As linhas divergentes recebem o nome de linhas Esta plataforma está constituída pelos côndilos medial e
supracondilares, medial e lateral. lateral da tíbia que apresentam faces articulares na sua parte
Examine agora a epífise distal e repare como ela se expande em superior, separadas por uma elevação mediana, a eminência
duas massas volumosas, os côndilos medial e lateral do fêmur. intercondilar.

Note que estão unidos anteriormente numa superfície lisa, a face Na verdade, esta projeção mediana está constituída de dois
patelar, para receber a patela. tubérculos, o intercondilar medial e o intercondilar lateral.

O contato da patela com a face patelar dá-se quando a perna está Observe a presença de 2 áreas, respectivamente, anterior e
totalmente fletida.Vistos posteriormente, os côndilos do fêmur posterior à eminência intercondilar:
mostram-se separados pela fossa intercondilar.Repare que na A anterior é maior, triangular, denominada área intercondilar
parte mais superior do côndilo medial apresenta-se uma projeção anterior;
óssea denominada tubérculo adutor.Observe na figura que
A posterior é menor, estreitada, área intercondilar
ambos os côndilos apresentam pequena projeção nas suas
posterior.Basicamente o corpo da tíbia tem forma triangular
superfícies não articulares, denominadas epicôndilos medial e
apresentando portanto 03 margens:
lateral.
Anterior, muito proeminente e subcutânea, medial e lateral,
Patela
que delimitam as 03 faces, medial, lateral e posterior.
Devido à posição do osso, pode-se palpar facilmente, não só a
margem anterior como também a face medial do corpo da tíbia
no vivente.
Observe como a margem lateral é cortante: aí se prende a
membrana interóssea, e por esta razão, esta   é também
conhecida como margem interóssea.
A margem anterior, muito nítida nos 2/3 proximais, atenua-se no
terço distal, e inclusive sofre um desvio medial, fazendo com que a
Tíbia face lateral, nesta região venha a ocupar uma posição
ligeiramente anterior.
Na parte mais superior da face posterior note a presença de uma
crista pouco marcada que, partindo da face articular fibular cruza
medial e obliquamente a face posterior para alcançar a margem
medial: é a linha do músculo sóleo (linha solear).

Observe como a extremidade proximal da tíbia se expande para


constituir uma plataforma destinada a articular-se com a
extremidade distal do fêmur.

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A extremidade distal da tíbia é uma continuação direta do corpo É um osso longo, muito menos volumoso que a tíbia com a qual
do osso que, estreitado na junção do terço médio com o distal, vai se articula proximal e distalmente.
se alargando para constituir aquela extremidade. Observe sua extremidade superior (na figura), constituída pela
Assim, observe que a face medial do corpo termina expandindo- cabeça da fíbula e identifique, na sua superfície medial, uma
se numa robusta projeção óssea, o maléolo medial, facilmente faceta oval, situada posteriormente, destinada à articulação com
palpável sob a pele, ao nível do tornozelo. a face articular fibular do côndilo lateral da tíbia: é a face
Na parte posterior do maléolo medial está presente o sulco articular da cabeça da fíbula
maleolar, no qual se aloja o tendão do m. tibial posterior. .O corpo da fíbula, bastante delgado, está unido à extremidade
A face lateral do maléolo é lisa, articula-se com o tálus e recebe o proximal por uma zona estreitada, o colo, de limites imprecisos, e
nome de face articular do maléolo. apresenta-se ligeiramente torcido em espiral.
Note que ela é contínua com a face articular inferior da Por esta razão, das suas três bordas (interóssea, anterior e
extremidade distal da tíbia, retangular, também destinada a posterior), somente a primeira pode ser identificada com
articular-se com o tálus. facilidade.
Finalmente, observe que a face lateral da epífise distal é marcada Como o nome indica, prende-se aí a membrana interóssea.
pela presença de uma incisura, a incisura fibular, que recebe a A extremidade distal da fíbula tem forma triangular e sua
extremidade distal da fíbula. superfície lateral é subcutânea, facilmente palpável no nível do
tornozelo e termina em ponta, constituindo o maléolo lateral.
Na verdade, pode-se dizer que a extremidade distal da fíbula é o
maléolo lateral.
Na sua superfície medial nota-se uma face articular para a ar-
ticulação com o tálus e, posteriormente a ela, a fossa do
maléolo lateral.
Observe que não há uma face articular para a articulação com a
tíbia: a região situada acima da face articular do maléolo,
justapõe-se à incisura fibular.Este detalhe pode ser melhor
examinado em um esqueleto articulado.

Fíbula

Ossos do pé e tornozelo

Clinicamente o pé é dividido em três porções: antepé, mediopé


e retropé.

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O esqueleto do pé, como o da mão, constitui-se de ossos Note em um esqueleto articulado, que estas superfícies se
irregulares articulados entre si: articulam com a tíbia e a fíbula.

O ossos do tarso se articulam cinco ossos longos em conjunto O restante do corpo do tálus repousa sobre o calcâneo que, para
denominados metatarsos. recebê-lo, apresenta uma projeção medial denominada, por esta
razão, sustentáculo do tálus, visível numa vista inferior do es-
Esses por sua vez, articulam-se as falanges dos dedos. queleto do pé.
A descrição feita a seguir é um estudo do esqueleto do pé como Observe como grande parte do calcâneo ultrapassa
um todo e, assim, deve ser acompanhada tendo-se em mãos um posteriormente os limites do tálus.
esqueleto articulado deste segmento.

Observe a figura e identifique os ossos que constituem o


esqueleto do pé.
Ossos do tarso:
Tálus;
Calcâneo;
Navicular;
Cubóide;
Cuneiformes (medial, lateral e intermédio).
 Identifique também os ossos metatársicos de l a V;
E reconheça as falanges dos dedos (proximal, média e distal). Entre o tálus e o calcâneo, mais particularmente entre a porção
anterior do calcâneo e a cabeça do tálus apresenta-se um
verdadeiro canal, ou funil, o seio do tarso.
A cabeça do tálus articula-se com o osso navicular e este com os
três cuneiformes (medial, intermédio e lateral) enquanto o
calcâneo articula-se com o cubóide.

O tálus termina anteriormente numa projeção arredondada, a


cabeça do tálus, unida ao restante do osso, o corpo, por uma
porção estreitada, o colo.
A parte superior do corpo apresenta superfícies articulares que, no
conjunto, constituem a tróclea do tálus.

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Antepé Inclui o glúteo máximo (extensao e rotação lateral do quadril),
glúteo médio (abducao e rotação medial da coxa), glúteo mínimo (
Constituído pelos metatarsos e falanges. 
abdução e rotação medial da coxa/ As fibras anteriores realizam
A articulação entre o mediopé e antepé, articulação flexão do quadril) e o tensor da fáscia lata (flexão, abdução e
tarsometatarsal, também é conhecida como articulação de rotação medial do quadril e rotação lateral do joelho).
Lisfranc.
Mediopé
Formado pelos ossos navicular, cubóide e cuneiformes medial,
intermédio e lateral. 
A principal articulação é entre os ossos navicular (do mediopé)
com o tálus e calcâneo (retropé), denominada de articulação
taluscalcâneonavicular (local onde tem grande mobilidade para os
movimentos de inversão e eversão do pé).
Retropé
O retropé: formado pelos ossos tálus e calcâneo. 
A articulação entre o tálus e calcâneo é denominada de
articulação subtalar (articulação de Choupart).

Camada profunda – Rotadores laterais profundos: grupo


de músculos menores que atuam principalmente para girar
lateralmente o fêmur.

Músculos
A região glútea é uma área anatômica localizada posteriormente
à cintura pélvica, na extremidade proximal do fêmur.
Os músculos dessa região movem o membro inferior na Inclui o quadrado femoral (rotacao lateral e adução da coxa),
articulação do quadril e podem ser divididos em dois piriforme ( abducao e rotação lateral da coxa), gêmeo superior
grupos: (rotacao lateral da coxa), gêmeo inferior ( rotação lateral da coxa)
e obturador interno ( rotação lateral da coxa).
Camada superficial – Abdutores e extensores: grupo de
grandes músculos que abduzem e estendem o fêmur. Musculos da Coxa
Os músculos da coxa são organizados em três
compartimentos por septos intermusculares que seguem
profundamente entre os grupos musculares, da face interna da
fáscia lata até a linha áspera do fêmur.
São denominados de acordo com a localização ou ação na
articulação do joelho.
Os compartimentos são:
Anterior ou extensor;Medial ou adutor;E posterior ou flexor.

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-Extensores da coxa mas também flexores da articulação do rotação medial do joelho ), obturador externo ( rotação lateral da
quadril coxa ).

Pectineo (flexao do quadril e adução da coxa), iliopsoas, psoas


menor (flexao da pelve e coluna lombar), sartório (flexao, abdução -Compartimento posterior ou flexor
e rotação lateral da coxa e flexão e rotação medial do joelho). Biceps femoral (cabeca curta e caneca longa/ extensão do
-Extensores do joelho quadril, flexão do joelho e rotação lateral da coxa ),
Quadriceps femoral ( reto anterior, vasto lateral, vasto medial, semimembranaceo ( extensão do quadril, flexão e rotação medial
vasto intermedio) do joelho ), semitendineo ( extensão do quadril, flexao e rotação
medial do joelho ).

-Compartimento medial ou adutor


Adutor curto ( adução da coxa ), adutor longo ( adução da coxa ),
adutor magno ( adução da coxa ), grácil ( adução da coxa, flexão e

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Musculos da Perna -Compartimento posterior
A musculatura da perna é dividida em três compartimentos: -superficial-
Anterior:  tibial anterior, extensor longo dos dedos, extensor Gastrocnemio ( flesso do joelho e flexão plantar do tornozelo ),
longo do hálux e fibular terceiro. sóleo ( flexão plantar do tornozelo ), plantar ( auxilia o triceps
sural ).
Lateral: fibular longo e fibular curto.
E posterior – que é dividido em compartimentos.
Superficial: gastrocnêmio, sóleo e plantar.
E profundo: Poplíteo, tibial posterior, flexor longo dos dedos e
flexor longo do hálux.
-Compartimento anterior
Tibial anterior ( flexão dorsal e inversão do pé ), extensor longo
dos dedos, extensor longo do hálux e fibular terceiro ( emersão do
pé ).

-profundo-
Poplíteo ( flex e rotacao medial do joelho ), tibial posterior ( flexão
plantar e inversão do pé ), flexor longo dos dedos, flexor longo do
halux.

-Compartimento lateral
Fibular longo ( flexão plantar e eversão do pé ), fibular curto
(flexao plantar e eversão do pé ).

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