Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DOENÇAS HEPÁTICAS 1
ESTEATOSE, HEPATITES, CIRROSE E HIPERTENSÃO PORTAL
ESTEATOSE ALCOÓLICA
Os estágios iniciais de cicatrização podem regredir com a Em comparação com a alcoólica, as lesões da não alcoólica
cessação do uso de álcool, mas quanto mais o fígado avança estão centradas nos lóbulos, as células mononucleares po-
em direção à cirrose, mais os distúrbios vasculares impedem dem ser mais proeminentes, e os corpos de Mallory-Denk
uma restauração completa. A regressão completa da cirrose menos proeminentes.
alcoólica, ainda que relatada, é rara.
IN/OUT PHASE
CIRROSE
Assim como nas hepatites crônicas, nas cirroses há indicação Cirrose alcoólica em um alcoólico em fase ativa e após um
formal de biópsia hepática que serve para estadiamento da período de abstinência.
doença e grau de atividade, e sempre que possível estabele-
Na primeira imagem nota-se faixas de colágeno que separam
cimento de sua etiologia.
os nódulos cirróticos arredondados. Já na segunda imagem,
A classificação tradicional de cirrose é importante para rela- após a abstinência de 1 ano, a maior parte das cicatrizes de-
cionar com a etiologia da doença e divide a cirrose em: sapareceram.
• Cirrose macronodular
Aproximadamente 40% dos indivíduos com cirrose são assin-
• Cirrose micronodular (nódulos de 2 a 3 mm)
tomáticos até os estágios mais avançados da doença.
• Mistas
As causas determinantes de morte em insuficiência hepática
A cirrose também pode ser classificada segundo a CLASSI- crônica, sejam elas cirróticas ou não, incluem aquelas obser-
FICAÇÃO DE CHILD-PUGH em: vadas na insuficiência hepática aguda e fatores adicionais,
tais com desenvolvimento de carcinoma hepatocelular.
CLASSE A = bem compensada
CLASSE B = parcialmente compensada EXAMES DE IMAGEM
CLASSE C = descompensada
USG : permite uma avaliação rápida com diagnóstico, não
Essas 3 classes se correlacionam de forma histológica, porém
invasiva, sem riscos para a avaliação do parênquima hepá-
possuem características morfológicas diferentes. Essa classi-
tico e o rastreamento de neoplasias. Porém, possui limita-
ficação ajuda a monitorar o declínio de pacientes na evolu-
ções por não conseguir caracterizar a cirrose.
ção para a insuficiência hepática crônica.
Está em expansão a elastografia, um método de USG que
As lesões hepáticas na cirrose são importantes e determi-
avalia o grau de rigidez do fígado. Mostra-se útil para identi-
nam profundas modificações que alteram o funcionamento
ficar o grau de fibrose e de hipertensão portal.
do órgão. Sendo as duas repercussões principais: a insufici-
ência hepática e hipertensão portal, bem como risco par de- TC : complementar ao USG, podendo ser 1ª escolha em ca-
senvolvimento do carcinoma hepatocelular. sos como rastreamento de hepatocarcinoma em pacientes
com cirrose com diminuição significativa do tamanho do fí-
A cirrose ocorre de forma difusa por todo o fígado, consti-
gado e na presença de múltiplos nódulos de regeneração
tuindo-se de nódulos parenquimatosos regenerados, cerca-
(onde a USG não é útil).
dos por faixas densas de cicatriz e graus variáveis de deriva-
ções vasculares (shunts).
RM : indica-se de forma complementar ao UG e TC em casos
Dependendo da doença e sua causa, algumas características de lesões focais hepáticas.
são diferentes, como o tamanho de nódulos, o padrão da
formação de cicatrizes, o grau de colapso do parênquima,
em que nenhum tecido hepático viável está presente, o grau
da trombose vascular macroscópica.
(1) Ascite
(2) Formação de derivações venosas portossistêmicas
(3) Esplenomegalia congestiva
(4) Encefalopatia hepática