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Sistemas Urinário e Genital

Conteudista: Prof.ª Dra. Viviane Rodrigues Esperandim Sampaio


Revisão Textual: Laís Otero Fugaitti

Objetivos da Unidade:

Determinar os componentes do sistema urinário;

Compreender e identificar os órgãos reprodutores femininos internos (ovários,


tubas uterinas e útero) e externos, bem como os órgãos reprodutores
masculinos (testículos, ducto deferente, vesícula seminal, próstata, glândulas
bulbouretrais, uretra masculina e pênis).

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Visão Geral do Sistema Urinário 


Quando pensamos em sistema urinário, a primeira coisa que nos vem em mente é: eliminação de
substâncias desnecessárias do corpo humano. Entretanto, vamos aprender que o sistema
urinário não está simplesmente relacionado com a eliminação de escórias metabólicas, ele
também desempenha várias outras funções importantes! Ficou animado(a)? Vamos estudar!

O sistema urinário é composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra, e a
Urologia é o ramo da Medicina que trata dos sistemas urinários masculino e feminino e do
sistema genital masculino. As principais funções realizadas no sistema urinário são
desempenhadas pelos rins. As demais partes do sistema se constituem, principalmente, em vias
de passagem e áreas de armazenamento. Os rins possuem as seguintes funções:

Regulação da composição iônica do sangue: os rins auxiliam na regulação dos


níveis sanguíneos de vários íons, por exemplo: íons sódio (Na+), potássio (K+),
cálcio (Ca+), cloreto (Cl-) e fosfato (HPO42-);

Regulação do pH do sangue: os rins são responsáveis por excretarem uma


quantidade variável de íons hidrogênio (H+) na urina, além de conservarem os íons
bicarbonato (HCO3-); ambas as atividades participam na regulação do pH do sangue;

Regulação do volume sanguíneo: os rins participam no ajuste do volume sanguíneo


por meio da conservação ou eliminação de água na urina. O aumento do volume
sanguíneo pode levar a um aumento da pressão arterial, enquanto a diminuição do
volume sanguíneo produz uma redução da pressão arterial;
Regulação enzimática da pressão arterial: a regulação da pressão arterial também
pode ser regulada por meio da secreção da enzima renina, que provoca
indiretamente o aumento da pressão arterial;

Manutenção da osmolaridade sanguínea: os rins mantêm a osmolaridade


sanguínea constante por meio da regulação separada da perda de água e da perda de
solutos na urina. A osmolaridade de uma solução é a medida do número total de
partículas dissolvidas por litro de solução;

Produção de hormônios: são dois principais hormônios produzidos pelos rins: o


calcitriol, a forma ativa da vitamina D, responsável por regular a homeostasia do
cálcio; e a eritropoetina, que estimula a produção de eritrócitos;

Regulação do nível de glicemia: os rins possuem a capacidade de liberar a glicose no


sangue para ajudar a manter um nível de glicemia normal por meio da utilização do
aminoácido glutamina na gliconeogênese;

Excreção de escórias metabólicas e substâncias estranhas: através da produção da


urina, os rins auxiliam na excreção de substâncias sem função útil no organismo.
Vários resíduos excretados provêm de reações metabólicas no organismo, por
exemplo, amônia e a ureia, originadas da desaminação dos aminoácidos; a
bilirrubina, que é produzida pelo catabolismo da hemoglobina; a creatinina,
originada da decomposição do fosfato de creatina nas fibras musculares; e o ácido
úrico, proveniente do catabolismo de ácidos nucleicos. Ainda, são liberadas pela
urina algumas substâncias estranhas provenientes da dieta, como fármacos e
toxinas ambientais.

Anatomia dos Rins


Os rins são órgãos pareados avermelhados, com formato semelhante a um feijão, localizados
imediatamente acima da cintura, entre o peritônio e a parede posterior do abdome. São
considerados órgãos retroperitoneais, por ocuparem uma posição posterior ao peritônio da
cavidade abdominal. Os rins se situam entre os níveis das vértebras T-XII e L-III, parcialmente
protegidos pelas costelas XI e XII. Contudo, essa localização é uma faca de dois gumes: uma vez
que acontecer uma fratura dessas costelas inferiores, pode ocorrer a perfuração dos rins,
provocando danos significativos e até mesmo potencialmente fatais. O rim direito é ligeiramente
inferior ao esquerdo. Isso se deve ao fígado, que ocupa um espaço considerável no lado direito,
de maneira superior ao rim.

Anatomia Externa dos Rins


Um rim de adulto possui de 10 a 12 cm de comprimento, 5 a 7 cm de largura e 3 cm de espessura,
o que é aproximadamente o tamanho de um sabonete, e possui uma massa de 125 a 170 g. Cada
margem medial côncava de um rim se volta para a coluna vertebral. O hilo renal é uma estrutura
que emerge do ureter, juntamente com vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos, ficando
situado próximo ao centro da margem côncava.

Cada rim é constituído por três camadas de tecido. A cápsula fibrosa é a camada mais profunda,
uma lâmina transparente e lisa de tecido conjuntivo denso não modelado, que é contínua com a
camada externa do ureter. Essa camada possui um papel de barreira contra o traumatismo e
ajuda a manter o formato do rim. A cápsula adiposa é a camada média, constituída por tecido
adiposo que envolve a cápsula fibrosa. Também protege o rim contra traumatismos e o mantém
firmemente estável dentro da cavidade abdominal. A camada superficial é a fáscia renal, outra
camada de tecido conjuntivo denso não modelado, que liga o rim às demais estruturas
adjacentes e à parede abdominal; situa-se profundamente ao peritônio.

Anatomia Interna dos Rins


Através de um corte frontal do rim, é possível observar duas regiões distintas: uma região
superficial, de coloração vermelho-clara, denominada córtex renal, e uma segunda região mais
profunda, castanho-avermelhada, denominada medula renal. A medula renal é determinada por
várias pirâmides renais cônicas. A extremidade mais larga é a base de cada pirâmide e se volta
para o córtex renal, enquanto a extremidade mais estreita é o ápice, nomeado como papila renal,
e aponta em direção ao hilo renal. O córtex renal possui uma textura lisa e se estende desde a
cápsula fibrosa até as bases das pirâmides renais e os espaços entre elas. Divide-se, ainda, em
uma zona cortical externa e uma zona justamedular interna. As regiões que se estendem entre as
pirâmides renais são denominadas colunas renais. Uma pirâmide renal, a área sobrejacente de
córtex renal e metade de cada coluna renal adjacente originam um lobo renal.
O córtex renal e as pirâmides da medula renal constituem o parênquima ou parte funcional do
rim. Dentro do parênquima, encontram-se as unidades funcionais do rim, que são
aproximadamente 1 milhão de estruturas microscópicas denominadas néfrons. O filtrado
formado pelos néfrons drena nos ductos papilares, que se estendem através das papilas renais
das pirâmides. Os ductos papilares drenam em estruturas caliciformes, denominadas cálices
renais maiores e menores.

Encontram-se, em cada rim, de oito a dezoito cálices renais menores e de dois a três cálices
renais maiores. Um cálice renal menor recebe o filtrado dos ductos papilares de uma papila
renal e transporta até um cálice renal maior. Após a entrada nos cálices, o filtrado se torna urina,
uma vez que não acontece mais a reabsorção. Isso se deve ao epitélio simples do néfron e dos
ductos se transformar em epitélio de transição nos cálices. A partir dos cálices maiores, a urina
drena para uma única cavidade grande, nomeada pelve renal, e, posteriormente, por meio do
ureter, até a bexiga urinária.

O hilo renal se expande e origina uma cavidade dentro do rim, o seio renal, que contém parte da
pelve renal, os cálices, ramos dos vasos sanguíneos e nervos renais. O tecido adiposo é
responsável por auxiliar na estabilização dessas estruturas no seio renal. Na Figura 1 é possível
observar todas as estruturas (externas e internas) dos rins.
Figura 1 – Anatomia renal
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons
Saiba Mais
A glomerulonefrite é a inflamação do rim que acomete os glomérulos. A
principal causa é a reação alérgica às toxinas produzidas por
estreptococos que infectaram recentemente outra parte do corpo,
particularmente a parte oral da faringe. Pode ocorrer lesão permanente
dos glomérulos, levando à insuficiência renal crônica.

Adrenal
As glândulas adrenais, também chamadas de glândulas suprarrenais, são pares, localizadas de
maneira superior a cada rim no espaço retroperitoneal e apresentam uma forma piramidal
achatada. Em um adulto típico, cada glândula suprarrenal mede de 3 a 5 cm de altura, de 2 a 3 cm
de largura e menos de 1 cm de espessura; possui peso de aproximadamente 3,5 a 5 g e apenas
metade de seu peso ao nascimento. Durante o desenvolvimento embrionário, as glândulas
suprarrenais se diferenciam em duas regiões com funções e estruturas distintas: um grande
córtex da glândula suprarrenal, que se desenvolve a partir do mesoderma, localizado
perifericamente e que representa 80 a 90% do peso, e uma pequena medula da glândula
suprarrenal, desenvolvida a partir do ectoderma e com uma localização central.

O córtex da glândula suprarrenal possui papel importante na formação de hormônios que são
essenciais para a vida. A perda completa dos hormônios adrenocorticais pode levar à morte em
alguns dias ou semanas, decorrente de desidratação e desequilíbrio eletrolítico. Entretanto, a
terapia de reposição hormonal pode ser iniciada imediatamente para reverter essa situação.
Ainda, o córtex se subdivide em três zonas e cada uma delas é responsável por secretar
hormônios diferentes: 1) a zona externa, localizada abaixo da cápsula fibrosa denominada zona
glomerulosa, que secreta hormônios mineralcorticoides, os quais afetam o metabolismo dos
minerais sódio e potássio (ex.: aldosterona); (2) a zona intermediária, denominada zona
fasciculada, responsável por secretar glicocorticoides (ex.: cortisol) que afetam o metabolismo
da glicose; e (3) a zona interna, chamada zona reticulada, responsável por sintetizar pequenas
quantidades de androgênios fracos, que são hormônios que exercem efeitos masculinizantes.

A medula da glândula suprarrenal é recoberta por uma cápsula de tecido conjuntivo e é


responsável por produzir dois hormônios: a norepinefrina e a epinefrina.

Figura 2 – Glânculas suprarrenais


Fonte: Adaptada de Getty Images

Após seus estudos, reunimos as informações de que a urina flui através dos cálices renais
menores, que se unem para formar cálices renais maiores, os quais se unem para formar a pelve
renal. A partir da pelve renal, iniciam-se os processos para transporte, armazenamento e
eliminação dessa urina. Vamos estudar todas as estruturas que atuam nesse funcionamento.
Ureteres
Cada um dos dois ureteres é responsável por transportar a urina da pelve renal de um rim para a
bexiga urinária. O transporte rumo à bexiga urinária se deve às contrações peristálticas das
paredes musculares dos ureteres, entretanto, a pressão hidrostática e a gravidade também
contribuem. A frequência das ondas peristálticas que se propagam da pelve renal para a bexiga
urinária varia de uma a cinco por minuto, o que depende da velocidade da formação da urina.

Os ureteres (Figura 3) são tubos estreitos com paredes espessas, possuem de 25 a 30 cm de


comprimento e diâmetro de 1 a 10 mm (desde o seu trajeto entre a pelve renal e a bexiga
urinária). Assim como os rins, os ureteres são retroperitoneais. Na base da bexiga urinária, eles
possuem uma curva medial e seguem um caminho oblíquo pela parede do fundo da bexiga
urinária.

Ainda que não exista uma válvula anatômica na abertura de cada ureter para dentro da bexiga
urinária, há uma válvula fisiológica muito favorável. Durante o enchimento da bexiga urinária, a
pressão na região interior comprime os óstios oblíquos dos ureteres, impedindo o fluxo
retrógrado de urina e, uma vez que essa válvula fisiológica não funciona adequadamente, é
possível que micróbios que estão presentes na bexiga ascendam pelos ureteres, ocasionando em
uma infecção de um ou de ambos os rins.

Os ureteres são formados por três túnicas ou camadas. A camada mais profunda é a túnica
mucosa, uma membrana mucosa com epitélio de transição e uma lâmina própria subjacente de
tecido conjuntivo frouxo, além de possuir uma quantidade considerável de colágeno, fibras
elásticas e tecido linfático.

O epitélio de transição possui capacidade de se distender, o que é uma grande vantagem para
todo o órgão, que precisa acomodar um volume variável de líquido. Já o muco secretado pela
mucosa impede que as células das paredes do ureter entrem em contato com a urina, o que é de
extrema importância, visto que a concentração de solutos e o pH da urina pode diferir
drasticamente daquele do citosol das células que formam as paredes do ureter.

A camada intermediária é a túnica muscular e se caracteriza por quase toda a extensão do ureter.
É composta pelas camadas longitudinal interna e circular externa de fibras musculares lisas. A
peristalse constitui a principal função da túnica muscular.

A camada superficial é denominada túnica adventícia, constituída de tecido conjuntivo frouxo


que contém vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos responsáveis por suprirem as túnicas
muscular e mucosa. Ainda, a túnica adventícia se funde com o tecido conjuntivo adjacente e fixa
os ureteres em posição.

O suprimento arterial dos ureteres acontece devido às artérias renal, testicular ou ovárica, ilíaca
comum e vesical inferior. As veias possuem nomes correspondentes aos das artérias e,
finalmente, terminam na veia cava inferior.
Figura 3 – Representação do sistema urinário para
visualização dos ureteres
Fonte: Adaptada de Freepik

Bexiga Urinária
A bexiga urinária é um órgão muscular oco e distensível, localizado na cavidade pélvica
posteriormente à sínfise púbica. Nos homens, possui localização diretamente anterior ao reto. Já
nas mulheres, situa-se anteriormente à vagina e inferiormente ao útero. A bexiga urinária se
mantém em posição através de pregas de peritônio e condensação de tecido conjuntivo na pelve.
Seu formato depende da quantidade de urina que ela contém. Quando a bexiga está vazia,
apresenta-se colapsada; quando distendida, torna-se esférica e, conforme o aumento do
volume de urina, torna-se piriforme e ascende para a cavidade abdominal. A capacidade média
da bexiga urinária é 700 a 800 mL (nas mulheres, essa quantidade é menor devido ao útero, que
ocupa o espaço imediatamente superior à bexiga).

No assoalho da bexiga urinária, há uma pequena área triangular denominada trígono da bexiga,
que apresenta uma aparência lisa devido à firme ligação entre a túnica mucosa e a túnica
muscular. Os dois ângulos posteriores do trígono possuem os dois óstios dos ureteres; a
abertura da uretra, o óstio interno da uretra, situa-se no ângulo anterior.

São três túnicas que constituem a parede da bexiga urinária. A mais profunda, denominada
túnica mucosa, é uma membrana mucosa composta de epitélio de transição e de uma lâmina
própria subjacente, semelhante àquela dos ureteres. Ainda, observa-se a presença de pregas.

Circundando a túnica mucosa, encontra-se a túnica muscular intermediária, também chamada


músculo detrusor, que possui três camadas de fibras musculares lisas: as camadas longitudinal
interna, circular média e longitudinal externa. Em volta do óstio da uretra, as fibras circulares
originam um músculo esfíncter interno da uretra, cujas fibras são de diâmetro menor e
morfologicamente diferente daquelas do músculo detrusor da parede da bexiga urinária.
Inferiormente ao músculo esfíncter interno da uretra, visualiza-se o músculo esfíncter externo
da uretra.

A túnica mais superficial da bexiga urinária nas faces posterior e inferior é a túnica adventícia,
uma camada de tecido conjuntivo frouxo que é contínua com a dos ureteres. Por fim, na face
superior da bexiga urinária está a túnica serosa, uma camada de peritônio.
Figura 4 – Anatomia da bexiga urinária
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons

Uretra
A uretra é um pequeno tubo que se estende do óstio interno da uretra no assoalho da bexiga
urinária até o exterior do corpo. Tanto nos homens quanto nas mulheres, a uretra é a parte
terminal do sistema urinário e a via de passagem para a eliminação da urina do corpo. Nos
homens, também participa como via de saída do sêmen, além do seu comprimento e seu trajeto
serem consideravelmente diferentes daqueles nas mulheres.

A uretra masculina, que também é constituída de uma túnica mucosa profunda e de uma túnica
muscular superficial, subdivide-se em três partes anatômicas: (1) a parte prostática da uretra,
que atravessa a próstata; (2) a parte membranácea da uretra, que é uma parte mais curta e passa
através dos músculos profundos do períneo; e (3) a parte esponjosa da uretra, uma parte mais
longa e que tem passagem pelo pênis.

Nas mulheres, a uretra possui 4 cm de comprimento e é localizada posteriormente à sínfise


púbica; segue uma direção oblíqua inferior e anterior. A abertura da uretra para o exterior, o
óstio externo da uretra, localiza-se entre o clitóris e o óstio da vagina. A parede da uretra
feminina consiste em uma túnica mucosa profunda e em uma túnica muscular superficial.

Visão Geral do Sistema Genital Masculino e Feminino


Os órgãos genitais masculinos e femininos podem ser agrupados por função. As gônadas
(testículos nos homens e ovários nas mulheres) são responsáveis por produzirem os gametas e
secretar hormônios sexuais. Os ductos armazenam e transportam esses gametas. As estruturas
de apoio, como o pênis nos homens e a vagina nas mulheres, são responsáveis por auxiliarem a
transferência dos gametas.

Vamos entender, a princípio, como funciona a anatomia do sistema genital masculino. Na Figura
5 você pode observar as estruturas que serão citadas a seguir e encontrar suas determinadas
localizações.

Figura 5 – Aparelho reprodutor masculino e órgãos anexos


Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons
Sistema Genital Masculino

Escroto
O escroto é a estrutura anatômica que contém os testículos; é constituído por uma bolsa
formada de pele frouxa e tela subcutânea que pende da raiz (ou parte fixa) do pênis.
Externamente, o escroto possui semelhança com uma bolsa de pele dividida em porções laterais
por uma crista mediana, denominada rafe (sutura). Internamente, divide-se pelo septo do
escroto em duas bolsas distintas, e cada uma delas contém um testículo. O septo é constituído de
tela subcutânea e tecido muscular, o músculo dartos, composto de feixes de fibras musculares
lisas. Associado a cada testículo no escroto, está o músculo cremaster, que é constituído por
várias pequenas faixas de músculo esquelético que descem, como uma extensão do músculo
oblíquo interno do abdome, através do funículo espermático e circundam o testículo.

Saiba Mais
A localização do escroto e a contração de suas fibras musculares
regulam a temperatura dos testículos, uma vez que a produção normal
de espermatozoides depende de uma temperatura de cerca de 2°C a 3°C
abaixo da temperatura central do corpo.

Testículos
Os testículos são duas glândulas ovais que se localizam no escroto e medem cerca de 5 cm de
comprimento, 2,5 cm de diâmetro e pesam entre 10 a 15 g. Os testículos são revestidos
parcialmente pela túnica vaginal, uma membrana serosa derivada do peritônio que se forma
durante a descida dos testículos. Possui também uma lâmina visceral e uma lâmina parietal e
forma uma relação de “punho dentro do balão” com o testículo. O acúmulo de líquido seroso na
cavidade da túnica vaginal é denominado hidrocele e pode ser causado por lesão dos testículos
ou inflamação do epidídimo. Na região interna à lâmina visceral da túnica vaginal, o testículo é
coberto por uma cápsula fibrosa branca formada de tecido conjuntivo denso não modelado,
denominado túnica albugínea, que se estende para dentro e forma septos que dividem cada
testículo em uma série de compartimentos internos chamados lóbulos. Cada um dos duzentos a
trezentos lóbulos possui de um a três túbulos densamente espiralados, denominados túbulos
seminíferos, local em que são produzidos os espermatozoides. O processo de produção dos
espermatozoides nos túbulos seminíferos é denominado espermatogênese.

Epidídimo
O epidídimo é um órgão com aproximadamente 4 cm de comprimento com curvatura ao longo
da margem posterossuperior de cada testículo e quando visto de perfil, possui o formato de uma
vírgula. Cada epidídimo é formado pelo ducto do epidídimo, que é muito espiralado. Na região
superior e maior do epidídimo, denominada cabeça, os ductos eferentes do testículo se unem ao
ducto do epidídimo. O corpo é a região média estreita do epidídimo e a cauda é a região inferior,
menor.

Saiba Mais
O ducto do epidídimo possuiria aproximadamente 6 m de comprimento
se esticado. É revestido por epitélio colunar pseudoestratificado e
circunda por uma camada de músculo liso.
A principal função do epidídimo é proporcionar um local de maturação dos espermatozoides,
processo pelo qual estes adquirem motilidade e capacidade de fertilizar o óvulo. Além dessas
funções, o epidídimo também armazena espermatozoides e, durante a excitação sexual, auxilia
no impulsionamento por meio da contração peristáltica de seu músculo liso para o ducto
deferente. O armazenamento dos espermatozoides pode durar meses, e todos aqueles que não
são ejaculados depois desse tempo acabam por ser fagocitados reabsorvidos.
Figura 6 – Anatomia do epidídimo
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons

Ducto Deferente
O ducto deferente possui 45 cm de comprimento, ascende ao longo da margem posterior do
epidídimo e segue pelo funículo espermático até o ponto, na parede abdominal inferior, em que
atravessa o canal inguinal e entra na cavidade pélvica. A partir daí, faz uma curva sobre o ureter,
passa sobre a face lateral da bexiga e desce ao longo de sua face posterior. A parte terminal
dilatada do ducto deferente é denominada ampola do ducto deferente. A túnica mucosa desse
ducto é composta por epitélio colunar pseudoestratificado e lâmina própria de tecido conjuntivo
areolar. A túnica muscular possui três camadas: as camadas interna e externa são longitudinais,
e a média é circular.

Durante a excitação sexual, o ducto deferente conduz os espermatozoides do epidídimo para a


uretra por contrações peristálticas de sua túnica muscular. Ainda, ele armazena espermatozoide
durante vários meses, e aqueles não ejaculados, acabam por serem reabsorvidos.

Ductos Ejaculatórios
Cada ducto ejaculatório possui 2 cm de comprimento e é composto pela união do ducto da
glândula seminal à ampola do ducto deferente. Os ductos ejaculatórios curtos se originam logo
superiores a base (parte superior) da próstata e seguem pela próstata, em sentido inferior e
anterior. Eles terminam na parte prostática da uretra, na qual ejetam os espermatozoides e as
secreções da glândula seminal logo antes da liberação do sêmen da uretra para o exterior.

Uretra
A uretra masculina é o ducto terminal compartilhado pelos sistemas genital e urinário, dando
passagem tanto ao sêmen quanto à urina. Possui 20 cm de comprimento, atravessa a próstata,
os músculos profundos do períneo e o pênis. Você pode rever a anatomia da uretra na seção
sobre o sistema urinário!
Glândulas Seminais
As duas glândulas seminais, ou vesículas seminais, são estruturas que se assemelham a bolsas
enoveladas, com comprimento de 5 cm, e se localizam na base da bexiga e posteriormente a ela,
em posição anterior ao reto. Através dos ductos, liberam um líquido viscoso e alcalino que possui
frutose (monossacarídeo), prostaglandinas e proteínas da coagulação diferentes daquelas
encontradas no sangue. A alcalinidade no líquido participa na neutralização do meio ácido da
uretra masculina e do sistema genital feminino, que, por outras maneiras, inativaria e destruiria
os espermatozoides. A frutose é utilizada para produção de adenosina trifosfato (ATP) e as
prostaglandinas contribuem para a motilidade e viabilidade dos espermatozoides, além de
estimularem contrações musculares no sistema genital feminino. As proteínas de coagulação
ajudam a evitar a saída dos espermatozoides na vagina. Cerca de 60% do volume do sêmen é
constituído pelo líquido produzido pelas glândulas seminais.

Próstata
A próstata (Figura 7) é uma glândula com formato de anel, com o tamanho aproximado de uma
bola de pingue-pongue – 4 cm de largura, 3 cm de altura e 2 cm de profundidade. Localiza-se
inferiormente à bexiga e circunda a parte prostática da uretra. A próstata cresce devagar desde o
nascimento até a puberdade e, depois, se expande rapidamente. O tamanho se mantém estável
dos 30 até os 45 anos e, após essa idade, pode voltar a aumentar, constringindo a uretra e
interferindo com o fluxo da urina.
Figura 7 – Próstata com vesículas seminais e ductos
seminais, vistas de frente e por baixo
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons

A próstata secreta um líquido leitoso e levemente ácido (pH próximo à 6,5) que possui várias
substâncias:

Ácido cítrico: utilizado pelos espermatozoides para a produção de ATP;


Enzimas proteolíticas: como antígeno específico da próstata (PSA), pepsinogênio,
lisozima, amilase e hialuronidase, que decompõem as proteínas de coagulação das
glândulas seminais;

Fosfatase ácida: que possui sua função ainda desconhecida;

Seminalplasmina: um antibiótico responsável por destruir as bactérias


naturalmente presentes no sêmen e no sistema genital inferior feminino.

As secreções da próstata entram na parte prostática da uretra através de muitos ductos


prostáticos. Cerca de 25% do volume do sêmen se constitui das secreções prostáticas,
responsáveis principalmente por motilidade e viabilidade dos espermatozoides.

Glândulas Bulbouretrais
As duas glândulas bulbouretrais, também chamadas glândulas de Cowper, possuem tamanho
aproximado de uma ervilha e se localizam inferiormente à próstata de cada lado da parte
membranácea da uretra nos músculos profundos do períneo. Durante a excitação sexual, as
glândulas bulbouretrais liberam uma substância alcalina responsável por neutralizar os ácidos
da urina presentes na uretra, o que protege os espermatozoides que por ali passam. Ainda
secreta muco, que lubrifica a extremidade do pênis e o revestimento da uretra, o que reduz a
quantidade de espermatozoide danificados durante a ejaculação.

Pênis
O pênis é uma estrutura de apoio do sistema genital masculino que contém a uretra e dá
passagem para a ejaculação do sêmen e a excreção da urina. É uma estrutura cilíndrica formada
por corpo, glande e raiz. O corpo do pênis é composto de três massas cilíndricas de tecido e cada
uma delas é envolvida pela túnica albugínea, um tecido fibroso. As duas massas dorsolaterais do
corpo do pênis são denominadas corpos cavernosos do pênis. A massa ventral média, uma
estrutura menor, denominada corpo esponjoso do pênis, possui a parte esponjosa da uretra e a
mantém aberta durante a ejaculação. A pele e a tela subcutânea revestem as três massas,
formadas de tecido erétil. Esse tecido erétil é composto de muitos seios que possuem sangue, ou
espaços vasculares, revestidos de células endoteliais e envolvidos por músculo liso e tecido
conjuntivo elástico.

A glande do pênis é a extremidade distal do corpo esponjoso do pênis, caracterizada por ser uma
região pouco dilatada e globosa, e sua margem é denominada coroa. A parte distal da uretra se
expande na glande, com uma abertura terminal em formato de fenda, o óstio externo da uretra.
O revestimento frouxo que cobre a glande do pênis não circuncisado é denominado prepúcio.

Você Sabia?
O termo priapismo é referente à ereção persistente do pênis,
geralmente dolorosa, não associada a desejo ou excitação sexual. Sua
durabilidade pode ser de até horas, acompanhada de palpitações. Suas
causas são anormalidades dos vasos sanguíneos e nervos, geralmente
em resposta a medicamentos usados para produção da ereção, ou
distúrbios da medula espinhal, leucemia, doença falciforme ou tumor
pélvico.

Sistema Genital Feminino

Ovários
Os ovários são duas glândulas que se assemelham em tamanho e formato a amêndoas sem
casca. São as gônadas femininas, homólogas aos testículos, ou seja, possuem a mesma origem
embrionária. Localizam-se um de cada lado do útero e descem até a margem da parte superior da
cavidade pélvica durante o terceiro mês de desenvolvimento. Diversos ligamentos mantêm a
posição dos ovários. O ligamento largo do útero, que é uma prega de peritônio, é responsável por
fixar os ovários por meio de um subgrupo dessa prega peritoneal chamada mesovário.
O ligamento útero-ovárico que ancora os ovários no útero e o ligamento suspensor do ovário é
responsável por prendê-los à parede pélvica. Cada ovário possui um hilo, que é o ponto de
entrada e saída de vasos sanguíneos e nervos ao longo do qual se fixa o mesovário. A formação
de gametas nos ovários é determinada oocitogênese.

Figura 8 – Visualização do ligamento do útero-ovárico


Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons

Tubas Uterinas
As mulheres possuem duas tubas uterinas, também nomeadas como ovidutos, que se estendem
lateralmente a partir do útero. Medem cerca de 10 cm de comprimento e se situam nas pregas do
ligamento largo do útero; conduzem oócitos secundários e óvulos fertilizados dos ovários até o
útero. O infundíbulo é a parte afunilada de cada tuba uterina e está perto do ovário, mas é aberto
para a cavidade peritoneal. Termina em uma franja de projeções digitiformes chamadas
fímbrias, uma das quais está presa à extremidade lateral do ovário.

A tuba uterina se estende em sentido medial a partir do infundíbulo e posteriormente, de


maneira inferior, fixa-se no ângulo lateral superior do útero. A ampola da tuba uterina é a parte
mais larga e longa, caracterizando dois terços laterais de seu comprimento. O istmo da tuba
uterina é a parte de parede espessa mais medial, curta e estreita que se une ao útero.

Figura 9 – Anatomia do sistema genital feminino


Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons

Útero
O útero é uma estrutura que possui diversas funções, como no trajeto dos espermatozoides
depositados na vagina da mulher até chegarem às tubas uterinas. É também o local de
implantação do blastocisto, do desenvolvimento do feto durante a gravidez e do trabalho de
parto. Quando essa implantação não acontece, o útero é a origem do fluxo menstrual.

Localiza-se entre a bexiga e o reto, com tamanho e formato de uma pera invertida. Em mulheres
que nunca engravidaram, mede aproximadamente 7,5 cm de comprimento, 5 cm de largura e
2,5 cm de espessura. Em mulheres que estiveram grávidas recentemente, o útero é maior e,
quando os níveis de hormônios sexuais estão baixos (ex.: após a menopausa), o útero fica
atrofiado.

A anatomia do útero é dividida da seguinte maneira: (1) uma parte em formato de cápsula,
superiormente às tubas uterinas, denominada fundo do útero; (2) uma região afilada,
denominada corpo do útero; e (3) o colo do útero, uma parte estreita e inferior que se abre na
vagina. Entre o corpo e o colo do útero, encontra-se o istmo, uma região estreitada que mede
cerca de 1 cm de comprimento. A cavidade do útero se dá no interior do corpo do útero e o
interior do colo estreito é o canal do colo do útero. Esse canal se abre na cavidade do útero,
através do óstio anatômico interno do útero, e na vagina, por meio do óstio do útero.

Normalmente, há projeção do fundo e de parte do corpo do útero sobre a bexiga urinária, em


posição denominada anteflexão. A retroflexão, que é a inclinação posterior do útero, é uma
variação da posição normal que não causa prejuízo. Não há uma causa conhecida, mas pode
ocorrer após o parto ou em decorrência de um cisto ovariano.

Glossário
Cisto ovariano: é uma bolsa cheia de líquido sobre o ovário ou dentro
dele. Cistos são relativamente comuns, não costumam ser cancerosos e
desaparecem sozinhos. Eles podem ocasionar pressão, dor contínua e
fraca ou distensão abdominal, dor durante a relação sexual,
menstruação tardia e hemorragia vaginal. A maioria dos cistos
ovarianos não requer tratamento, mas alguns maiores (mais de 5 cm)
podem ser removidos cirurgicamente.

Diversos ligamentos (que são extensões do peritônio parietal ou dos fascículos


fibromusculares) são responsáveis por manter a posição do útero. Os dois ligamentos
largos são pregas duplas de peritônio responsáveis por fixar o útero de cada lado da cavidade
pélvica. Os dois ligamentos retouterinos, que também são extensões peritoneais, situam-se de
cada lado do reto e unem o útero ao sacro. Os ligamentos transversos do colo do útero se situam
inferiormente às bases dos ligamentos largos e se estendem da parede da pelve até o colo do
útero e a vagina. Os ligamentos redondos são faixas de tecido conjuntivo fibroso entre as
camadas do ligamento largo e se estendem de um ponto no útero imediatamente inferior às
tubas uterinas até uma parte dos lábios maiores dos órgãos genitais externos. Embora
normalmente mantenham a posição antefletida do útero, os ligamentos também permitem
movimento suficiente do corpo do útero para que haja posição anômala do órgão.
Figura 10 – Anatomia do útero
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons

Vagina
A vagina é um canal fibromuscular tubular de aproximadamente 10 cm de comprimento,
revestido por túnica mucosa que se estende a partir do exterior do corpo até o colo do útero. É a
via que recebe o pênis durante a relação sexual, possibilita o trajeto de saída do fluxo menstrual e
dá passagem ao feto no parto. Situa-se posteriormente à bexiga urinária e à uretra e
anteriormente ao reto; a vagina segue em direção superior e posterior até se inserir no colo do
útero. Fórnice é o nome dado a um recesso que circunda a fixação da vagina ao colo do útero.
Quando inserido de maneira correta, o diafragma contraceptivo apoia-se no fórnice, em que é
mantido no lugar e recobre o colo do útero.

Possui um meio ácido que resulta na retardação da proliferação microbiana, entretanto, é


prejudicial aos espermatozoides. Os componentes alcalinos do sêmen, originados pelas
glândulas seminais, elevam o pH do líquido na vagina e aumentam a viabilidade dos
espermatozoides.

A túnica mucosa da vagina é contínua com a túnica mucosa do útero. A da vagina possui grandes
depósitos de glicogênios, cuja decomposição produz ácidos orgânicos. A túnica muscular é
composta de uma camada longitudinal superficial e uma camada circular profunda de músculo
liso que pode se distender bastante para receber o pênis durante a relação sexual e o lactente
durante o parto. A túnica adventícia, que é a camada superficial, ancora a vagina a órgãos
vizinhos, como a uretra e a bexiga urinária anteriormente, e ao reto e ao canal anal
posteriormente.

O hímen é uma prega delgada de túnica mucosa vascularizada. Ele forma uma orla em torno do
óstio da vagina, a extremidade inferior da abertura para o exterior, fechando-a parcialmente.
Após a ruptura (geralmente depois da primeira relação sexual), há apenas remanescentes do
hímen. Algumas vezes, o hímen cobre todo o óstio, uma condição denominada hímen
imperfurado, podendo haver necessidade de cirurgia para abrir o óstio e permitir a saída do
fluxo menstrual.

Pudendo Feminino
O termo pudendo feminino, ou vulva, refere-se aos órgãos genitais femininos externos. São
eles:
O monte do púbis, que se localiza anteriormente aos óstios da vagina e da uretra e
possui uma elevação de tecido adiposo recoberta por pele e pelos púbicos espessos,
responsáveis por proteger a sínfise púbica;

A partir do monte do púbis, existem duas pregas cutâneas longitudinais,


denominadas lábios maiores do pudendo, que se estendem de maneira inferior e
posterior. Os lábios maiores são recobertos por pelos púbicos. Possuem grande
quantidade de tecido adiposo, glândulas sebáceas e glândulas sudoríferas apócrinas.
São homólogos ao escroto;

Na região medial aos lábios menores, existem duas pregas cutâneas menores, os
lábios menores do pudendo. Eles não possuem pelos púbicos como os lábios
maiores, nem gordura. Têm poucas glândulas sudoríferas, mas possuem muitas
glândulas sebáceas, responsáveis por produzirem substâncias antimicrobianas,
além de garantir a lubrificação durante a relação sexual. Os lábios menores são
homólogos à parte esponjosa (peniana) da uretra;

O clitóris é uma pequena massa cilíndrica composta de tecido erétil e nervos que se
localizam na junção anterior dos lábios menores. O prepúcio do clitóris é uma
camada de pele que se forma no ponto em que os lábios menores do pudendo se
unem e recobrem o corpo do clitóris. O corpo do clitóris possui dois corpos de tecido
erétil, denominados corpos cavernosos. São similares aos do pênis, curvam-se
posteriormente e se fixam aos ramos de púbis e ísquio, como os ramos do clitóris. O
clitóris aumenta em resposta à estimulação tátil e participa da excitação sexual
feminina;

O vestíbulo da vagina é a região entre os lábios menores do pudendo. Nele se


encontram o hímen (se ainda for presente), o óstio da vagina, o óstio externo da
uretra e as aberturas dos ductos de várias glândulas. O vestíbulo é homólogo à parte
membranácea da uretra masculina. O óstio da vagina é a abertura para o exterior,
que ocupa a parte maior do vestíbulo, e é limitado pelo hímen. O óstio externo da
uretra é a abertura da uretra para o exterior e se localiza na posição anterior ao óstio
da vagina e posterior ao clitóris. De cada lado desse óstio há aberturas dos ductos
das glândulas parauretrais ou glândulas de Skene, responsáveis pela secreção de
muco, e se alojam na parede da uretra. Essas glândulas são homólogas à próstata. De
cada lado do óstio da vagina encontram-se as glândulas vestibulares maiores ou
glândulas de Bartholin, que se abrem através de ductos, em um sulco localizado
entre o hímen e os lábios menores. As glândulas vestibulares maiores são
homólogas às glândulas bulbouretrais masculinas. Diversas glândulas vestibulares
menores também possuem sua abertura no vestíbulo;
O bulbo do vestíbulo é composto de duas massas alongadas de tecido erétil em
posição profunda em relação aos lábios de cada lado do óstio da vagina. Ele se
ingurgita com sangue durante a relação sexual. O bulbo do vestíbulo é homólogo ao
corpo esponjoso e ao bulbo do pênis masculino.

Figura 11 – Anatomia externa do sistema genital feminino


(vulva)
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons

Períneo
O períneo é uma área com formato de losango com posição medial às coxas e nádegas de
homens e mulheres. Contém os órgãos genitais externos e o ânus. Os limites do períneo são:
anterior, sínfise púbica; lateral, túberes isquiáticos; e posterior, cóccix. Uma linha transversal
entre os túberes isquiáticos separa o períneo em uma região urogenital anterior, que contém os
óstios da uretra e da vagina, e uma região anal posterior, que contém o ânus.
Leitura
Atuação de Profissionais de Saúde e Qualidade das Ações no Controle
de Câncer Cervicouterino: um Estudo Transversal
Agora que você conheceu toda a anatomia dos sistemas genitais
masculino e feminino, leia o artigo a seguir.

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ʪ Material Complementar

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Resumo do Sistema Urinário

RESUMO DO SISTEMA URINÁRIO


Anatomia do Sistema Urinário

Anatomia do sistema urinário

Sistema Reprodutor Masculino

Sistema Reprodutor Masculino


Sistema Reprodutor Feminino

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO


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ʪ Referências

DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana básica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2011.

TORTORA, G. J.; NIELSEN, M. T. Princípios de anatomia humana. 12. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2013.

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