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2.

DESENVOLVIMENTO: ANATOMIA DO SISTEMA URINÁ RIO

O Sistema urinário ou Aparelho urinário é um conjunto de ó rgã os


envolvidos, responsá vel pela formação, depósito e eliminação da urina. O
sistema uriná rio é constituído pelos órgãos uropoéticos, isto é, incumbidos de
elaborar a urina e armazená -la temporariamente até a oportunidade de ser
FIG.1-SISTEMA URINÁRIO: Imagem extraída do site: https://www.todamateria.com/sistema-urinario/
eliminada para o exterior. 

O Sistema uriná rio é composto por dois rins e pelas vias urinárias,


formada por dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. A urina é produzida nos
rins e conduzida à bexiga uriná ria através dos ureteres, onde é armazenada até
a micção, sua eliminaçã o através da uretra.

O aparelho uriná rio possui funçõ es realizadas através da formaçã o de urina


pelos rins, como:

 Manter o equilíbrio hídrico e eletrolítico;


 Excretar ureia e creatinina, derivados nitrogenados tó xicos;
 Regular volume e composiçã o dos líquidos corpó reos.

2.1. RINS

Ó rgã os em nú mero de dois, têm a forma de feijã o, estã o localizados na


regiã o retroperitonial, na altura do 11º e 12º par de costelas. O rim direito situa-se
em uma posiçã o inferior ao esquerdo, pois o fígado ocupa uma regiã o maior à
direita.
Cada rim tem aproximadamente de 10 a 12 cm de comprimento, 5,0 a 7,5
cm de largura e 2,5 cm de espessura. A borda lateral é convexa e a medial cô ncava.
Ao longo da borda medial existe uma depressã o, o hilo renal, por onde entra
a artéria renal e sai a veia renal e o ureter, os vasos linfá ticos e a inervaçã o do rim

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entram e saem. Na extremidade superior de cada rim situa-se a glâ ndula
suprarrenal que pertence ao sistema endó crino.
Externamente o rim é envolvido por uma cá psula fibro adiposa constituída
por três camadas: a externa, fá scia renal, de tecido conjuntivo que ancora o rim à
parede abdominal e ao peritô nio; a interna, cá psula renal (cá psula fibrosa), de
tecido fibroso, que é fixa à superfície do rim; entre elas a cá psula adiposa renal,
composta por uma massa firme de sustentaçã o e de tecido adiposo.
Internamente o rim apresenta o có rtex renal, que fica em contato com a
cá psula renal, e a medula renal, porçã o interna, que comporta as pirâ mides renais,
estruturas estriadas triangulares, onde os á pices sã o denominados papilas renais.
Entre as pirâ mides renais, có rtex renal estende-se formando as colunas
renais.
A papila renal prolonga-se em uma pequena depressã o denominada cá lice
menor, que na sua uniã o com outros cá lices menores formam o cá lice maior. Os
cá lices maiores unidos formam a pele renal, onde a urina é coletada e transportada
para o ureter. 
A estrutura funcional responsá vel pela formaçã o da urina é denominada
cá lice néfron. O rim contém mais de um milhã o de néfrons, que têm como funçã o
remover impurezas do sangue e regular seu conteú do líquido e eletrolítico, sendo
ricamente provido de vasos sanguíneos.

FIG.2-RIN: Imagem extraída do site: www.anatomiaresumida.com/sistema-urinario/

2.2 CIRCULAÇÃ O RENAL

A artéria renal entra pelo hilo e divide-se em artérias interlobares que


circulam as pirâ mides renais através das colunas renais. As artérias interlobares
ramificam-se até as arteríolas glomerulares afrentes, onde cada uma está
distribuída a uma néfron que se divide em uma rede capilar enovelada, o
glomérulo renal. O sangue deixa o glomérulo pelas arteríolas glomerulares
eferentes até chegar á rede venosa, como as veias interlobulares, veias arqueadas e
veias interlobares que passam pelas pirâ mides renais até deixar o rim em uma

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ú nica veia renal. O filtrado do sangue a á gua é produzido na capilar que elimina
á gua e resíduos dissolvidos, reabsorvendo a á gua e outras substâ ncias que nã o
podem ser eliminadas.

FIG.3-RIN/NÉ FRON: Imagem extraída do site: www.anatomiaresumida.com/sistema-urinario/

2.3. NÉ FRON

Responsá vel pelo controle da concentraçã o e volume do sangue; auxilia na


regulaçã o do pH sanguíneo; remove as impurezas tó xicas do sangue.
O néfron é formado pela cá psula glomerular, tú bulo contorcido proximal,
ramo descendente da alça do néfron (alça de Henle), ramo ascendente da alça do
néfron e tú bulo contorcido distal.
O glomérulo é envolvido pela cá psula glomerular (de Bowman),
constituindo, juntos, o corpú sculo renal. O filtrado glomerular permanece no
espaço capsular, entre as camadas viscerais internas e parietais externa, da cá psula
glomerular.
As células da camada interna unem-se à s células endoteliais dos capilares
do glomérulo e formam juntas umas membranas de filtraçã o que proporciona a
saída de solutos e líquidos do sangue para os tú bulos renais e impede a saída de
células sanguíneas e moléculas grandes de proteínas.
O filtro passa entã o para o tú bulo contorcido proximal, onde sã o
reabsorvidos á gua, sais e outras moléculas, através dos capilares que os envolvem.
Do tú bulo contorcido proximal passa para a alça de henle, que é conduzido
para a medula renal pelo ramo ascendente da alça até o tú bulo contorcido distal,
ú ltimo segmento do néfron.
Os tú bulos contorcidos distais desembocam nos tubos coletores que, por
sua vez passam pela papila renal e remete o líquido para os cá lices menores, para
os cá lices maiores, já como urina, que desemboca na pelve renal.
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Estã o localizados no có rtex renal, o glomérulo, a cá psula glomerular e os
tú bulos contorcidos proximal e distal.
Os néfrons realizam o principal trabalho do sistema uriná rio: controle do
volume e concentraçã o do sangue; auxílio na regulaçã o do pH sanguíneo; remoçã o
de impurezas tó xicas, através da remoçã o de materiais do sangue, devoluçã o de
alguns resíduos ainda necessá rios ao corpo e eliminaçã o dos restantes.
Obs: A urina compreende os materiais eliminados, sua formação envolve: filtração
glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular.

FIG.4-NÉ FRON: Imagem extraída do site: www.anatomiaresumida.com/sistema-urinario/

2.4. FILTRAÇÃ O GLOMERULAR

Tem início na membrana de filtraçã o, na entrada do glomérulo onde a


pressã o sanguínea força a passagem da á gua e das substâ ncias dissolvidas no
sangue, constituindo o filtrado glomerular.
O filtrado glomerular é composto de á gua e pequenos solutos do sangue,
porém nã o consiste em proteínas e células sanguíneas. Contém á gua, glicose,
vitaminas, aminoá cidos, Na, Cl, HCO³, K, á cido ú rico ureia, creatinina e outros
solutos com a mesma concentraçã o do plasma.
Os rins formam, a cada minuto, cerca de 125 ml de filtrado,
aproximadamente 180 L/dia, denominada Taxa de Filtraçã o Glomerular (TFG).
Três principais mecanismos regulam a TFG, sã o eles:

 Autorregulação renal: consiste na capacidade que os rins têm de conservar


a pressã o sanguínea e TFG constantes;
 Regulação hormonal: realizada pelos hormô nios angiotensina II e peptídeo
natriurético atrial (PNA).
 Regulação neural: regula o diâ metro das arteríolas através de estimulaçã o
simpá tica do sistema nervoso autô nomo, o qual pode contrair o vaso renal e
diminuir a TFG.

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FIG.5-ETAPAS DE FORMAÇÃ O DA URINA: Imagem extraída do site:
www.anatomiaresumida.com/sistema-urinario/

2.5 FORMAÇÃ O DA URINA

Aproximadamente 1% do filtro é eliminado e 99% sã o reabsorvidos, cerca


de 1 a 2 litros/dia. A reabsorçã o tubular ocorre ao longo dos tú bulos renais e tubos
coletores e envolve três processos: osmose, difusão e transporte ativo.
Sã o reabsorvidos íons, como Na, K, Cl e HCO³, á gua, glicose, aminoá cidos e
ureia.

FIG.6-PROCESSOS DE FORMAÇÃ O DA URINA: Imagem extraída do site:


www.anatomiaresumida.com/sistema-urinario/

2.6. SECREÇÃ O TUBULAR

Os materiais desnecessá rios e prejudiciais ao funcionamento do corpo


humano serã o assim eliminados pelas vias uriná rias. As células produzem muitos
resíduos que sã o produtos de seus metabolismos e que devem ser eliminados
(excretados) do organismo, além de substâ ncias que estã o em excesso no sangue.
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Tais resíduos sã o chamados excretas.
Desempenha os mecanismos de excreçã o de substancias, como: K, H, NH⁴
(amô nio), creatinina, ureia e algumas drogas, ao filtrado, acontece nas células
epiteliais dos tú bulos renais e tubos coletores. 
Tem a funçã o de eliminar certos materiais e auxiliar no controle do pH
sanguíneo.
URETERES

FIG.7-URETER: Imagem extraída do site:


www.anatomiaresumida.com/sistema-urinario/

Ó rgã os pares e tubulares, com aproximadamente 25 cm de comprimento,


estendem-se da pele renal ate a bexiga uriná ria. 
A parede do ureter é formada por três camadas: mucosa interna constituída
de epitélio de transiçã o; camada média constituída por fibras musculares,
permitindo que ou adventícia composta de tecido conjuntivo, o qual protege as
demais camadas.

2.7. BEXIGA URINÁ RIA

Ó rgã o muscular cuja funçã o é armazenar a urina até sua eliminaçã o. Está
situado na cavidade pélvica, posteriormente à sua sínfise pú blica, no homem está
anterior ao reto e na mulher, anterior à vagina e inferior ao ú tero.

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Sua forma depende da qualidade de urina que está contida. Quando cheia a
presenta uma forma ovoide, semelhante a uma pera, e piramidal quando vazia. Na
estrutura da bexiga uriná ria existe uma regiã o em forma de triâ ngulo denominado
trígono, no á pice do triâ ngulo, está a abertura da uretra e nos pontos da base, os
ureteres. 

FIG.8-BEXIGA URINÁ RIA: Imagem extraída do site:


www.anatomiaresumida.com/sistema-urinario/

A parede da bexiga uriná ria apresenta quatro camadas: tú nica mucosa, com
capacidade para expandir-se; tela submucosa, tú nica muscular composta por três
camadas de mú sculo liso; adventícia, mais externa que se une ao peritô nio. Ao
redor da abertura da uretra encontra-se o esfíncter interno da uretra e abaixo
deste, o esfíncter externo da uretra.
Sua capacidade de reserva pode chegar a 1 litro, porém quando atinge um
volume de 200 ml a 400 ml, impulsos sã o transmitidos à medula espinhal que
indiciam uma necessidade de urinar, um reflexo subconsciente envia impulsos
para relaxar o esfíncter interno da uretra e a porçã o consciente do cérebro envia
impulsos para relaxar o esfíncter externo da uretra e ocorrer a micçã o, ato de
expelir a urina.

2.8. URETRA

A uretra feminina tem a funçã o de expelir a urina para o exterior e está


localizada posterior à sínfise pú blica, tem aproximadamente 4 cm de extensã o. O
ó stio externo da uretra, abertura para o exterior, localiza-se entre o clitó ris e o
ó stio da vagina.
A uretra masculina tem a funçã o de expelir a urina e eliminar o líquido
seminal (sistema genital masculino), alonga-se através da pró stata passa pelo
mú sculo profundo do períneo até o pênis, tem aproximadamente 20 cm de
comprimento. A porçã o final do sistema uriná rio tem a forma tubular e liga
uriná ria à regiã o extrema do corpo.

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FIG.9-URETRA MASCULINA E FEMININA: Imagem extraída do site:
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COMPOSIÇÃ O DA URINA: A urina é um subproduto estéril do sistema


uriná rio e através de uma aná lise de seus componentes obtêm-se informaçõ es a
respeito do estado em que se encontra o corpo. O volume total diá rio de urina e um
adulto normal variam de 1.000 a 2.500 ml.

Quanto ás características físicas, a urina apresenta:

 Cor: amarela ou â mbar, mas pode sofrer alteraçõ es devido à dieta e à


concentraçã o uriná ria.
 Turbidez: torna-se turva ao ficar depositada;
 Odor: aromá tico e amoniacal quando depositado;
 pH: de 4,6 a 8,0;
 Densidade: de 1.001 a 1.035.

Composição química:

 Cerca de 95% é composta por á gua;


 Ureia;
 Creatinina;
 Á cido ú rico;
 Urobilinogênio;
 Na, K, Cl, Mg, SO2, NH4, Ca;
 Outras substâ ncias como carboidratos, pigmentos, enzimas, hormô nios e a
mucina.

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