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Técnico de Enfermagem

Módulo I
Anatomia e Fisiologia
Parte 5
Professora Cibeli Dias – email: cibelidias12@gmail.com

Formação: Graduada em Enfermagem pela Universidade Guarulhos;


Técnica de Radiologia pelo Instituto CIMAS;
Pós graduanda em cuidados paliativos, FAVENI.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Urinário
 O sistema urinário é formado pelos órgãos responsáveis pela
formação da urina que é um dos veículos de excreção do
organismo. Os órgãos que compõem esse sistema são: os rins,
os ureteres, a bexiga urinária e a uretra.

 Sua função é realizar a manutenção do balanço interno


(homeostase) através da eliminação ou preservação de água e
demais produtos do metabolismo celular, tais como, a ureia, o
ácido úrico e a creatinina.
Anatomia e Fisiologia do
Sistema Urinário
 Além de produzir o hormônio eritropoietina responsável por
estimular a produção dos eritrócitos (hemácias) do sangue. É
ainda no sistema excretor que ocorre a regulação da composição
e do pH do líquido intersticial, isso acontece através da seleção
dos rins, ao impedirem que substâncias vitais para o corpo
sejam expelidas, liberando apenas a saída de substâncias tóxicas
garantindo a sobrevivência das células.
Rim

 Localizados na região retro peritoneal, esses dois órgãos estão


fixados na parede posterior da cavidade abdominal localizados à
direita e à esquerda da coluna vertebral, sendo o direito uma
posição inferior em relação ao esquerdo, em virtude da
presença do fígado à direita.
Rim
 Na anatomia externa dos rins podemos visualizar:

• Faces
Anterior e posterior.

• Polos
Superior (glândula
suprarrenal) e inferior.

• Bordas
Medial e lateral.

Anatomia Externa do Rim


Camadas de revestimento

 Formada por cápsula fibrosa, cápsula adiposa e fáscia renal. A


borda medial do rim apresenta uma fissura vertical chamada
hilo renal, por onde passam o ureter, a artéria e a veia renal,
linfáticos e nervos que em conjunto constituem o pedículo renal.

 Dentro do rim, o hilo se expande em uma cavidade central


denominada seio renal que funciona como alojamento para a
pelve renal que na verdade é a porção dilatada do ureter.
Camadas de revestimento

 Já na anatomia interna do rim pode-se observar mais


perifericamente uma região de coloração menos evidente
denominada córtex renal e ainda uma região mais escura
denominada medula renal.

 O córtex renal se projeta na medula renal dividindo estruturas


chamadas de pirâmides renais. Estas estruturas do córtex são
chamadas de colunas renais.

 As pirâmides renais tem os ápices voltados para a pelve renal,


enquanto suas bases são envolvidas pelo córtex renal, estando
portanto, voltadas para a superfície do órgão.
Camadas de revestimento

 A pelve renal por sua vez, está dividida em dois ou três tubos
curtos e largos, os cálices renais maiores que se subdividem em
números variável de cálices renais menores.

 Cada um destes últimos oferecem um encaixe em forma de taça,


para receber o ápice das pirâmides renais. Este ápice denomina-
se papila renal, região anatômica que apresenta uma área
perfurada, área crivosa, por onde goteja o ultrafiltrado que
serão recebidos nos cálices renais menores.

 Um exame cuidadoso da medula renal mostra a presença de


estriações, os raios medulares.
Camadas de revestimento

Anatomia Interna do Rim


Camadas de revestimento

 Os rins são sustentados pela artéria renal, que tem sua origem na
aorta.

 Divisão das artérias no rim: estes ramos se subdividem em várias


artérias segmentares que irão irrigar os vários segmentos do rim.
Das artérias segmentares surgem as artérias interlobares, que na
junção córtico-medular dividem-se para formar as artérias
arqueadas e, posteriormente as artérias interlobulares. Dessas
artérias surgem as arteríolas aferentes, as quais sofrem divisão
formando os capilares dos glomérulos, que em seguida,
confluem-se para forma a arteríola eferente.
Camadas de revestimento

 A análise microscópica de um corte de tecido renal mostra a presença


de numerosas estruturas afuniladas, com longos tubos enrolados,
denominados néfrons. Os néfrons são estruturas funcionais dos rins.
Cada rim tem aproximadamente um milhão de nefrons.

 O néfron é formado por duas regiões principais: o glomérulo e o túbulo


renal. O glomérulo é um novelo de capilares envolvido por uma
pequena camada denominada cápsula de Bowmann. Cada glomérulo
juntamente com sua respectiva cápsula de Bowmann constitui o
crepúsculo renal ou corpúsculo de Malpighi.
Camadas de revestimento
Camadas de revestimento

Anatomia do Tecido Renal


Camadas de revestimento

 Através da artéria renal o sangue chega ao rim e se ramifica em


larga escala no interior do órgão, dando origem a um grande
número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramifica-se no
interior da cápsula de Bowman do néfron, formando um
enovelado de capilares denominado glomérulo de Malpighi.

 O sangue arterial é conduzido nos capilares do glomérulo sob


uma pressão de 70 a 80 mmHg, que faz com que parte do
plasma seja transportado para a cápsula de Bowman; esse
processo é denominado filtração.
Camadas de revestimento

 As substâncias Essas substâncias extravasadas para a cápsula de


Bowman formam o filtrado glomerular, muito parecido em
composição química, com plasma sanguíneo, com a diferença de
que não possui proteínas, incapazes de atravessar os capilares
glomerulares.

 Na sequência O filtrado glomerular vai para o túbulo contorcido


proximal, que possui uma parede formada por células adaptadas
ao transporte ativo. Nesse túbulo, acontece a reabsorção ativa
de sódio.
Camadas de revestimento
 Depois, o líquido percorre o ramo descendente da alça de Henle,
ocorrendo a passagem de água por osmose do líquido tubular
(hipotônico) para os capilares sanguíneos (hipertônicos) – esse
processo é denominado reabsorção. O ramo descendente percorre
regiões do rim com gradientes crescentes de concentração.
Camadas de revestimento

 Consequentemente, ele perde ainda mais água para os tecidos, de forma


que, na curvatura da alça de Henle, a concentração do líquido tubular é
alta.

 Esse líquido muito concentrado passa para a parte ascendente da alça de


Henle, que é formado por células impermeáveis à água e que estão
adaptadas ao transporte ativo de sais. Nessa região, ocorre remoção ativa
de sódio, ficando o líquido tubular hipotônico.

 Ao passar pelo túbulo contorcido distal, que é permeável à água, ocorre


reabsorção por osmose para os capilares sanguíneos. Ao sair do néfron, a
urina entra nos dutos coletores, onde ocorre a reabsorção final de água.
Camadas de revestimento

 Em 24 horas são filtrados aproximadamente 180 litros de fluido


do plasma; no entanto apenas 1 a 2 litros de urina são formados
por dia, ou seja, aproximadamente 99% do filtrado glomerular é
reabsorvido.

Componetes da urina:
Água 95%
Cloreto de sódio 1%
Uréia 2%
Ácido úrico 0,5%
Camadas de revestimento

 Ao longo dos túbulos renais também acontece a reabsorção


ativa de aminoácidos e glicose. Dessa maneira, ao final do
túbulo distal, essas substâncias já não são mais encontradas.

 Os capilares que reabsorvem as substâncias úteis dos túbulos


renais se reúnem para formar um vaso único, a veia renal, que
leva o sangue para fora do rim, em direção ao coração.
Camadas de revestimento

Filtração Glomerular
Camadas de revestimento

 Para se ter uma função renal bem regulada é importante e


básico a regularização da quantidade de líquidos no corpo.

 Quando há carência de água os rins reabsorverá uma


necessidade de reter água no interior do corpo, a urina fica
mais concentrada em função da maior reabsorção de água; já
se houver excesso de água no corpo a urina fica menos
concentrada causando uma menor reabsorção de água.
Camadas de revestimento

 O ADH é o principal agente regulador do equilibro hídrico na vida


de um indivíduo, produzido no hipotálamo e armazenado na
hipófise.

 Esse hormônio passa pela corrente sanguínea indo atuar sobre os


túbulos distais e sobre os túbulos coletores do néfron
transformando as células desse grupo mais permeáveis à água,
assim a reabsorção de água é maior e a urina fica mais
concentrada; já quando há muita água no plasma a produção do
ADH é inibida causando também uma menor absorção de água
nos túbulos distais e coletores, fazendo com que o excesso de
água seja excretado tornando a urina mais diluída.
Camadas de revestimento

 A aldosterona é outro elemento participante do equilíbrio hidro


iônico do organismo sendo produzida nas glândulas
suprarrenais. Esse hormônio é capaz de aumentar a reabsorção
ativa de sódio nos túbulos renais, fazendo com que haja uma
maior retenção de água no organismo.

 A aldosterona começa a ser produzida quando a concentração


de sódio no túbulo renal diminui, uma proteína chamada renina
é produzida pelo rim, que age sobre o angiotensinogênio
(inativo), outra proteína produzida no fígado e encontrada no
sangue, para depois ser convertida em angiotensina (ativa). Essa
substância estimula as glândulas suprarrenais a produzirem
aldosterona.
Ureteres
 É um canal condutor revestido de
musculatura lisa que conduz a urina da
pelve renal até a bexiga. São pares,
levando a urina dos dois rins
desembocando na bexiga urinária.
Possuem cerca de 20 a 40 cm de
comprimento cada um.
Bexiga
 A bexiga é um órgão flexível, de
paredes musculares, localizado na
pelve. A sua principal função é
armazenar urina antes de ser
eliminada do corpo.

 É um órgão oco e muscular. Um


adulto saudável consegue reter
de 400 a 700 ml de urina.
Bexiga
Uretra

 É o canal condutor da urina constituindo o último segmento das


vias urinárias. É importante lembrar que ela difere nos dois
sexos, mas em ambos tem a função de estabelecer a
comunicação entre a bexiga urinaria e o meio exterior.

 No homem ela mede cerca de 20cm e funciona como uma via


comum para a passagem da micção e ejaculação. No sexo
feminino, a uretra é menor, possui aproximadamente 4 cm de
comprimento e localiza-se anteriormente a vagina.
Uretra Masculina

 A uretra masculina é composta por quatro porções:

• Intramural
Que é constituída por musculatura lisa da bexiga, musculatura esta
que apresenta fibras circulares que constituirão o esfíncter interno
da uretra. Enquanto na mulher, serve apenas a excreção da urina.

• Prostática
Atravessa longitudinalmente a próstata.

• Membranácea
Atravessa o diafragma urogenital.
Uretra Masculina

 A uretra masculina é composta por quatro porções:

• Esponjosa
É a maior das porções uretrais, localizada do diafragma urogenital
até o óstio externo da uretra. Dentro da glande fica a fossa
navicular da uretra, que é uma dilatação que diminui a pressão de
chegada da urina minimizando a possibilidade de ocorrência de
micro lesões nas paredes que se seguem.
Uretra

Ureter, Bexiga e Uretra


Uretra Feminina

 A uretra feminina é composta por apenas duas porções:

• Intramural
Que é circundada por musculatura lisa da bexiga, musculatura esta
que apresenta fibras circulares que constituirão o esfíncter interno
da uretra, enquanto na mulher, serve apenas a excreção da urina.

• Membranácea
Atravessa o diafragma urogenital.
Uretra

Ureter, Bexiga e Uretra


Anatomia e Fisiologia do
Sistema Reprodutor
 O aparelho reprodutor tem como principal função perpetuar a
espécie através da reprodução. O sistema reprodutor feminino é
um pouco mais complexo pelo fato de possuir um órgão a mais,
logo, apresenta mais uma função: o útero que abriga e
proporciona o desenvolvimento de uma nova vida, resultante da
união dos gametas.

 O início do processo de reprodução humana é marcado pelo


percurso que o ovócito faz através das tubas uterinas até chegar
ao útero. Durante esse trajeto, vários milhões de
espermatozoides poderão ir ao encontro, mas somente os mais
fortes, conseguem atingir o óvulo e apenas um deles fecundá-lo.
Sistema reprodutor masculino

 O sistema reprodutor masculino é formado pelos testículos


(gônadas masculinas), um sistema de ductos (ducto deferente,
ducto ejaculatório e uretra), as glândulas sexuais acessórias
(próstata, glândula bulbouretral e vesículas seminais) e diversas
estruturas de suporte, incluindo o escroto e o pênis.
Pênis

 O pênis é o órgão erétil e copulador masculino, quando penetra


nas vias genitais femininas lança os espermatozoides. É
constituído de tecido flácido, formado por:

• Dois corpos cavernosos são fixados ao osso da bacia através


dos ramos do pênis – extremidades posteriores.
• Um corpo esponjoso, apresentando duas dilatações: glande
(anterior) e bulbo (posterior).
Pênis

Pênis
Sêmen

 O sêmen é um líquido constituído basicamente por


espermatozoides e fluido seminal. É composto por: secreções da
próstata (30%) e vesículas seminais (70%).

 O fluido seminal é formado de: água, muco, açúcar, bases e


prostaglandinas (hormônios que vão desencadear contrações do
útero e tuba uterina) . E sua função é ajudar a nutrir os
espermatozóides.
Escroto

 O escroto é um saco musculocutâneo frouxo e enrugado, dividido


em dois compartimentos que contêm os testículos, os epidídimos e
a parte mais proximal dos cordões espermáticos. Tem como função
sustentar os testículos e também regular a temperatura local em
relação ao ambiente.

 O escroto é constituído por camadas de tecido diferentes que se


estratificam da períferia para a profundidade, nos planos seguintes:

• Cútis
Formado por uma pele enrugada e fina com pregas transversais e
com pelos esparsos. Na linha mediana está localizada a rafe do
escroto.
Escroto
• Túnica dartos
Músculo cutâneo composto por fibras musculares lisas.

• Fáscia espermática externa


Derivada do músculo oblíquo externo do abdome, funciona como uma
lâmina conjuntiva, descendo do ângulo inguinal superficial para entrar
na constituição do escroto.

• Fáscia cremastérica
Este plano é representado por uma delgada lâmina conjuntiva que
prende inúmeros feixes de fibras musculares estriados de direção
vertical. No conjunto, essas fibras musculares constituem o músculo
cremáster e derivam das fibras do músculo oblíquo interno do
abdome.
Escroto

• Fáscia espermática interna


Lâmina conjuntiva que deriva da fáscia transversal.

• Túnica vaginal
Serosa cujo folheto parietal representa a camada mais
profunda do escroto, enquanto o folheto visceral envolve o
testículo, epidídimo e início do ducto deferente.
Escroto

Escroto
Testículos

 O testículo é um órgão par (direito e esquerdo) também


chamado de gônadas sexuais masculinas, fica localizado no
escroto, na região anterior do períneo, logo por trás do pênis.

 Cada testículo tem forma ovoide, possui eixo quase vertical, e


levemente achatado no sentido lateromedial, apresentando
duas faces, duas bordas e duas extremidades.

 As faces são classificadas em lateral e medial, as bordas em


anterior e posterior e a extremidades em superior e inferior.
Testículos

 A túnica albugínea é uma cápsula de natureza conjuntiva que


envolve o testículo, com a função de enviar os septos para o seu
interior, sendo subdivididos em lóbulos.

 Nos lóbulos dos testículos encontramos em uma larga escala os


túbulos seminíferos contorcidos que são ductos longos e sinuosos de
calibre quase capilar; neste local são formados os espermatozoides.

 Os túbulos seminíferos convergem para o mediastino dos testículos e


vão se anastomosando, constituindo túbulos seminíferos retos, os
quais se entrecruzam formando uma verdadeira rede, chamada Rede
de Haller, ao nível do mediastino.
Testículos

Testículos
Testículos

 Além de produzirem os espermatozoides, durante a fase da


puberdade os testículos produzem também hormônios –
testosterona -, responsáveis pelo aparecimento dos caracteres
sexuais secundários, por isso são considerados glândulas mistas.

 A temperatura ideal para produção e armazenamento de


espermatozoides é de 35 oC, isso nos faz compreender a razão
pela qual os testículos não se localizam no interior do corpo
humano. A temperatura corporal é em torno de 37o C.
Vias Espermáticas

 As vias espermáticas, que conduzem os espermatozoides, são


compostas pelo epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e
uretra.

 O epidídimo é uma estrutura em forma de C, constituída de


cabeça, corpo e cauda, situada na margem posterior de cada
testículo. Além de atuar como via condutora de gametas
também armazena espermatozoides até o momento da
ejaculação.

 É no epidídimo que os espermatozoides sofrem a maturação


durante seu desenvolvimento, que ocorre aproximadamente em
2 meses.
Vias Espermáticas

 O Ducto Deferente é um prolongamento da cauda do epidídimo


responsável pela condução do espermatozoide até o ducto
ejaculatório.

 O ducto ejaculatório é formado pela junção do ducto deferente


com o ducto da vesícula seminal, também serve como via
condutora de gametas, no entanto possui menor dimensão e
calibre do que as demais vias condutoras de espermatozoides.
Seu trajeto passa pelo interior da próstata.
Uretra
 A uretra possui em média 20 centímetros de comprimento e serve para a eliminação
de urina e para ejaculação.

 O canal da uretra é subdividido em: uretra prostática que transcorre pela próstata,
uretra membranosa que percorre o assoalho da pelve e uretra peniana que passa pelo
corpo esponjoso do pênis.
Vesículas Seminais
 As vesículas seminais são duas bolsas membranosas lobuladas,
em média possuem 7,5cm de comprimento, e tem a função de
produzir um líquido para ser adicionado na secreção dos testículos.

 A face ventral está em contato com o fundo da bexiga, estendendo-se


do ureter à base da próstata. Esse líquido contém frutose (açúcar
monossacarídeo), prostaglandinas e proteínas de coagulação (vitamina
C).

 O líquido possui uma natureza alcalina colabora com a neutralização do


ambiente ácido da uretra masculina e do trato genital feminino, se isso
não acontecesse mataria os espermatozoides. Esse líquido constitui
cerca de 60% do volume do sêmen.
Próstata

 É uma glândula acessória composta de musculatura lisa, tecido


fibroso e glândulas. Fica localizada sob a bexiga (proporcionando
assim, a sua palpação pelo toque retal), atrás da sínfise pubiana
e abaixo das vesículas seminais.

 Possui fibras musculares estriadas, além de células glandulares


espalhadas em tubos ramificados cuja secreção é drenada pelos
ductos prostáticos.

 Como está localizada em torno da uretra, a próstata também é


responsável por liberar a urina ou o esperma, de acordo com o
estímulo. Produz um líquido de aspecto leitoso que dá ao
esperma a cor e odor característicos.
Glândulas Bulbouretrais

 Também considerada uma glândula anexa, as glândulas


bulbouretrais são duas formações esféricas e pequenas, estão
situadas próximas ao bulbo e envolvidas por fibras transversas
do esfíncter uretral.

 Localizam-se inferiormente a próstata e drenam suas secreções


(Mucosa) para a parte esponjosa da uretra. Seus ductos
desembocam na uretra peniana, secretando um líquido mucoso
que auxilia na ejaculação.
Órgãos Genitais Masculino
Fisiologia do Sistema
Reprodutor Masculino
 O ato sexual masculino é iniciado pela ereção, que acontece por
meio de fenômenos vasculares que proporcionam uma congestão
sanguínea nos tecidos eréteis do pênis, tornando-o ereto, rígido e
com maior volume.

 O fenômeno da ereção ocorre através de excitação na região sacral


da medula espinhal transmitida por meio de nervos
parassimpáticos.

 Logo depois um circuito neuronal que fica na lombar alta da


medula espinhal é ativado e por meio de nervos autônomos
simpáticos, causam vários fenômenos que provocarão a emissão, e
logo depois a ejaculação.
Fisiologia do Sistema
Reprodutor Masculino
 É no processo de emissão que ocorrem as contrações do epidídimo,
canais deferentes, vesículas seminíferas, próstata, glândulas
bulbouretrais e glândulas uretrais. A uretra, então, se enche de líquido
contendo milhões de espermatozoides.

 Logo após a emissão ocorre a ejaculação, onde aproximadamente 3,5 a


5 ml de sêmen são expelidos para o exterior do aparelho masculino.
Este volume de sêmen contém cerca de 200 a 400 milhões de
espermatozoides.

 O líquido prostático neutraliza a acidez da vagina, possibilitando o


movimento dos espermatozoides no interior do aparelho reprodutor
feminino.
Reprodutor Masculino - Espermatozóides
 Espermatogênese é um processo que ocorre no interior dos testículos e é
responsável pela produção dos gametas masculinos: os espermatozoides.
Ocorre nos túbulos seminíferos e epidídimo.

 O espermatozoide maduro é composto por três porções: a cabeça, a peça


intermediária e a cauda. Na cabeça está o núcleo, que contém o material
genético (cromossomos X e Y), e uma estrutura rica em enzimas que
ajuda no processo de fecundação. A peça intermediária é rica em
mitocôndrias, e a cauda ajuda na movimentação do espermatozoide.
Reprodutor Masculino - Espermatozóides
Sistema reprodutor feminino

 Tal como no sistema genital masculino, o sistema genital


feminino é o conjunto de órgãos encarregados da reprodução na
mulher. É composto pelos ovários, tubas uterinas, útero, vagina
e vulva. Os ovários, as tubas uterinas e o útero são órgãos
intraperitoneais situados profundamente na pelve.
Sistema reprodutor feminino

Útero, Tuba Uterina, Ovários


Ovários
 São duas gônadas ou glândulas sexuais femininas, também
chamados de órgãos primários. Localiza-se na parte inferior da
cavidade abdominal, um de cada lado do útero. Possui
aproximadamente 3cm de comprimento, 2cm de largura e 1,5cm de
espessura.

 Durante a puberdade os ovários começam a produzir os hormônios


sexuais, estrógeno e progesterona. O estrógeno é produzido pelas
células dos folículos maduros, já o corpo lúteo produz grandes
quantidades de progesterona e pouco estrógeno.
Tuba uterina

 Tuba uterina são dois tubos localizados no ângulo superior de


cada lado do útero; apresenta um calibre irregular medindo
cerca de 10 cm de comprimento.

 Conforme se afasta do útero vai se dilatando, por um funil de


borda franjada. É subdividida em 4 regiões, que no sentido
médio-lateral são: parte uterina, istmo, ampola e infundíbulo.

 As principais funções da tuba são transportar o óvulo do ovário


ao útero e ser o local onde acontece a fertilização do óvulo pelo
espermatozoide.
Útero
 É um órgão oco que possui formato de pêra invertida e se situa
entre a bexiga urinaria e o reto. Comunica-se por um lado com a
tuba uterina e por outro com a vagina.

 É dividido em quatro partes:

• Corpo do útero
• Fundo do útero
• Istmo
• Colo do útero
Útero

 E possui uma estrutura dividida em três camadas:

• Camada interna ou endométrio;


• É modificada pelo ciclo menstrual ou até mesmo na gravidez
(é onde o embrião se instala, ocorre a nidação). É preparado
para receber o óvulo mensalmente, através do aumento da
espessura e da formação de redes capilares. Caso não
aconteça fecundação ele sofre descamação e ocorre o
processo da menstruação;
• Camada média ou miométrio;
• Camada externa ou perimétrio.
Vagina

 Funciona como um canal muscular membranoso, sua extensão


vai desde o colo do útero até a vulva. Possui uma estrutura
elástica coberta por uma pele fina, com várias pregas. No ato
sexual, é a vagina que recebe o pênis, por ela também passa os
fluxos menstruais e também o feto na hora do parto.

 Na sua entrada existe uma proteção formada por uma


membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício
vulvo-vaginal e geralmente se rompe nas primeiras relações
sexuais.
Vagina

Vagina e Vulva
Clitóris

 É um órgão de formato alongado e erétil,


fica localizado na parte posterior da vulva,
apresenta uma porção oculta entre os
lábios maiores e outra livre, que termina
numa extremidade chamada glande,
coberta pelo prepúcio. Possui 8 mil
terminações nervosas.
Grandes lábios, pequenos lábios
e monte púbico
 Os grandes lábios são duas dobras cutâneas, alongadas, que
possuem uma fenda entre elas. No período da puberdade
começam a aparecer pelos na parte externa, em seu interior
permanecem lisas.

 Os pequenos lábios, também chamados de ninfas, são duas


dobras cutâneas pequenas localizadas medialmente aos lábios
maiores.

 Monte púbico é uma pequena elevação formada basicamente


de tecido adiposo
Óstio da vagina e Óstio da uretra
 É a abertura vaginal. É envolta pelos pequenos lábios onde está
contida a uretra, a vagina e os ductos das glândulas vestibulares.
Durante a excitação sexual essas glândulas liberam uma
pequena quantidade de muco durante, que serve para deixar as
estruturas úmidas e propicias para a relação sexual.

 A uretra feminina é menor que a masculina e serve apenas


como via de micção (no caso do homem é também via de
ejaculação). Mede aproximadamente 4 cm e apresenta uma
abertura denominada óstio interno da uretra.
Mamas

 São dois órgãos formados por um


conjunto de glândulas que tem
como principal função produzir o
leite materno durante o período
de lactação da mulher.
Ovulogênese ou ovogênese
 O processo de ovogênese, que ocorre no ovário da mulher, resulta na
formação do gameta feminino, o ovócito que contem material genético
(cromossomos XX).
Fisiologia do Sistema
Reprodutor Feminino
 Na conclusão do desenvolvimento embrionário de uma menina,
ela já possui todas as células necessárias para serem
transformadas no final do desenvolvimento embrionário de uma
menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em
gametas nos seus dois ovários.

 Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro de


estruturas denominadas folículos ovarianos. O início da
puberdade feminina é marcada pelo aparecimento da primeira
menstruação, (MENARCA – entre 11 e 13 anos), e vai até a
última menstruação (MENOPAUSA - entre 45 e 50 anos).
Fisiologia do Sistema
Reprodutor Feminino
 A partir da menarca a menina passa a ser capaz de gerar uma nova
vida, além disso, ocorre o desenvolvimento dos caracteres sexuais
secundários como o desenvolvimento das mamas e o aparecimento
de pelos em determinadas regiões do corpo.

 Durante a vida fértil da mulher, amadurece normalmente apenas


um folículo a cada 28-30 dias produzindo um óvulo fértil, que cai na
tuba uterina, onde poderá ser fecundado ou não.

 No ponto de ruptura do folículo, na parede do ovário, as células


foliculares formam um tecido de cicatrização de função endócrina,
o chamado corpo lúteo (ou amarelo).
Fisiologia do Sistema
Reprodutor Feminino
 Se não houver fecundação, o corpo lúteo degenera após 10 dias.
Se, no entanto, o óvulo for fecundado, o corpo amarelo cresce
muito e permanece alguns meses produzindo a progesterona, que
é o hormônio da gravidez.
Ciclo menstrual

 Compreende um período de 28 a 30 dias, durante o qual se


origina um óvulo que, não fecundado, será expulso junto com
secreções, sangue e restos do endométrio, que continua se
desenvolvendo para garantir a fixação, proteção e nutrição do
futuro embrião.

 Nos primeiros 14 dias do ciclo, a hipófise, produzindo FSH


(Hormônio Folículo Estimulante), estimula a maturação de um
folículo ovariano. Este produz estrógenos, que, chegam ao útero
promovendo o crescimento do endométrio.
Ciclo menstrual

 No 14° dia ocorre a ovulação e nos 14 dias finais do ciclo a


hipófise produz alta taxa de LH (hormônio luteinizante), que
estimula o desenvolvimento do corpo amarelo.

 Este tecido endócrino produz então a progesterona, que


continua estimulando o crescimento do endométrio,
preparando-o para receber o zigoto. O aumento da taxa de
progesterona atua sobre a hipófise inibindo a produção do LH.

 Assim, o corpo amarelo degenera, cai a taxa de progesterona e


ocorre o desprendimento do endométrio, eliminado como fluxo
menstrual.
Ciclo menstrual

Ciclo Menstrual
Gravidez

 O óvulo leva de dois a quatro dias para atingir o útero, e a essa


altura já pode ser chamado de embrião. O embrião encontra o
útero com as paredes espessadas, cheias de vasos sanguíneos e
vilosidades, implanta-se nessas paredes (nidação) e se
desenvolve.

 Quando chega ao útero, o óvulo já iniciou a formação do


embrião. O desenvolvimento embrionário é rápido e em poucos
dias o embrião já conta com muitas células. Com o tempo,
certas camadas de células se diferenciam para formar as
membranas extraembrionárias.
Gravidez
 Os espermatozoides lançados na vagina deslocam-se em direção ao
útero e às tubas uterinas. Quando encontram um óvulo no interior das
tubas, ocorre a fecundação.

 Imediatamente, a membrana do óvulo fica completamente impermeável


à penetração de outro espermatozoide. A partir do instante da
fecundação, a célula-ovo começa a se dividir e a ser “empurrada” em
direção ao útero por contrações leves da musculatura lisa da tuba e pelo
movimento dos cílios
Gravidez
Gravidez

 Umas dessas camadas é o córion, que se desenvolve em


contado com a parede do útero, formando inúmeros
prolongamentos. A mucosa uterina se desenvolve mais e se une
estreitamente a esses prolongamentos, formando a placenta.

 É por intermédio da placenta que as substâncias dissolvidas no


plasma materno passam para o feto, alimentando-o. Ela se
comunica com o embrião através do cordão umbilical, dentro do
qual passam a artéria e as veias umbilicais.
Gravidez

 É pela artéria umbilical que o embrião recebe nutrientes e


oxigênio retirados do sangue da mãe. Entre o embrião e as
membranas existentes existe um liquido chamado líquido
amniótico. Três a quatro semanas após a fecundação, o coração
do embrião começa a bater.

 Ao fim do segundo mês o embrião já tem membros, dedos e


face com características humanas. Desse ponto em diante
recebe o nome de feto (entre 8 a 10 semanas de gestação).
Gravidez
Menopausa

 Depois de uns 400 ciclos menstruais completos, ou menos,


sobrevém o declínio sexual da mulher. A menopausa, ou
interrupção permanente da menstruação, não é o climatério em
si, mas uma das manifestações desse período. Além da
suspensão da menstruação, o climatério envolve profundas
alterações orgânicas e psíquicas, é o período de transição em
que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de pós-
menopausa.
Métodos Contraceptivos
• Pílulas anticoncepcionais: Contém hormônios que evitam a
produção de óvulos.
• DIU (dispositivo intrauterino): O DIU é composto por um objeto
de plástico parecido com uma flecha. Ele possui um fio de cobre
enrolado na parte inferior. Evita a gravidez de duas formas, o
cobre tem função espermicida; e o DIU impede que o embrião se
implante na camada do útero. Isto para alguns é considerado
abortivo.
• Abstinência: Não ter relação sexual. (único método 100% efetivo)
• Coito interrompido: Retirar o pênis antes da ejaculação, é um
método pouco seguro.
• Cremes espermicidas: Substâncias aplicadas na vagina que
matam o espermatozoides, são pouco eficientes e geralmente são
associados ao diafragma.
Métodos Contraceptivos

• Diafragma: Tem a forma de um chapeuzinho, feito de borracha


fina e macia, que é colocado no fundo da vagina, cobrindo todo
o colo do útero, impedindo assim a passagem dos
espermatozoides.
• Tabelinha: Evita ter relação sexual no dia da ovulação.
• Camisinha (Masculina e feminina): Impede que o esperma seja
depositado dentro do corpo feminino. Único método que
também protege contra as DST’s.
• Vasectomia: Corte do vaso deferente e o amarro de suas pontas.
Pode ser reversível (amarras) ou irreversível (corte).
• Laqueadura Tubária: Corta-se as pontas das tubas uterinas
impedindo que os espermatozoides entrem em contato com o
óvulo. Pode ser reversível (amarras) ou irreversível (corte).
Métodos Contraceptivos

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