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O Sistema Urinário: Anatomia


Funcional e Formação da Urina
pelos Rins
Capítulo 26 Tratado de Fisiologia Médica Guyton &
Hall
Maria Clara Rabelo - Turma 46

Múltiplas Funções dos Rins


Excreção de produtos indesejáveis do metabolismo e de substâncias químicas
estranhas
Os rins são responsáveis por eliminar:

Ureia →metabolismo dos aminoácidos;

Creatinina →da creatinina muscular;

Ácido úrico →dos ácidos nucleicos;

Bilirrubina →produtos finais da degradação da hemoglobina;

Metabólicos de vários hormônios;

Toxinas, pesticidas, fármacos e outras substâncias estranhas;

Regulação do equilíbrio de água e dos eletrólitos

A entrada de água e de muitos eletrólitos é controlada principalmente pela


alimentação da pessoa;

Os rins regulam o equílibrio de saída de água e eletrólitos do corpo;

Ganho > excreção →aumenta a quantidade de água e eletrólitos no corpo;

Ganho < excreção → diminui a quantidade de água e eletrólitos no corpo;

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Regulação da pressão arterial

Regulação da PA a curto prazo →secreção de hormônios e substâncias


vasoativas (renina) que formam produtos vasoativos (angiotensina II);

Regulação da PA a longo prazo →excreção de quantidades variáveis de


sódio e água;

Regulação do equilíbrio ácido-base

Os rins fazem a excreção de ácidos e a regulação dos estoques de tampões


dos líquidos corporais;

Eles são a única forma de eliminar certos tipos de ácidos do corpo →ácido
sulfúrico e fosfórico;

Regulação da produção de hemácias

Rins secretam o hormônio eritropoietina que estimula as células-tronco


hematopoiéticas da medula óssea a se diferenciarem em hemácias;

Rins → Eritropoietina →Células-tronco Hematopoiéticas →Hemácias

Hipoxia é um estímulo para secreção de eritropoietina;

Pacientes com doença renal grave/ fazem hemodiálise →desenvolvem


anemia grave como consequência da diminuição da produção de
eritropoietina;

Regulação da produção da 1,25 Di-hidroxivitamina

Os rins produzem a forma ativa da vidamina D (calcitriol);

Calcitriol faz a absorção de cálcio no trato gastrointestinal e a deposição


normal de cálcio nos órgãos;

Calcitrol →regula cálcio e fosfato no organismo.

Gliconeogênese

Processo que ocorre a síntese de glicose a partir de aminoácidos (durante


um jejum prolongado)

Anatomia Fisiológica dos Rins

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Organização Geral dos Rins e do Trato Urinário
Estruturas externas do rim

Situam-se na parede posterior do abdome e fora da cavidade peritoneal;

Hilo renal →artéria e veia renal, vasos linfáticos, suprimento nervoso e


ureter;

Cápsula fibrosa →reveste o rim e protege as estruturas internas;

Estruturas internas do rim

Dividido em duas principais regiões:

Córtex externo;

Medula interna:

Formada por 8-10 pirâmides renais. A base da pirâmide se origina


no limite da região cortical e medular e termina na papila;

Papila se projeta para a pelve renal. Na borda externa da pelve


existem cálices maiores que se dividem em cálices menores que
coletam a urina nos tubulos de cada papila.

As pardes dos cálices contêm elementos contráteis que propelam a


urina em direção à bexiga.

Suprimento Sanguíneo Renal

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O fluxo sanguíneo para osrins corresponde a cerca de 22% do débito cardíaco

1 100 ml/min.

Circulação renal
A. renal→a.interlobulares→a.arqueadas→a.interlobulares/radiais→a.aferentes
do glomérulo→capilares globulares (filtração glomerular e formação da
urina)→a.eferentes do glomérulo→capilares pertubulares (reabsorção e
secreção tubular) →v. interlobulares →v. arqueadas → v. interlobulares →v.
renal

A circulação renal é única e tem dois leitos de capilares

Capilares glomerulares:

Filtração glomerular → Com uma alta pressão hidrostática (60 mmHg)


que permite uma filtração rápida de líquidos e de eletrólitos

Capilares peritubulares:

Reabsorção tubular →Com um pressão hidrostática mais baixa (13


mmHg) permite uma rápida reabsorção de substâncias.

As arteríoloas auxiliam a regulação da pressão hidrostática nessas duas redes


de capilares, e através das modificações de resistência entre as arteríolas

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aferentes e eferentes, os rins regulam a intensidade das filtrações glomerulares e
reabsorções tubulares conforme as demandas homeostáticas do corpo.

O Néfron é a Unidade Funcional do Rim


Néfron

Cada rim humano tem cerca de 800 000 a 1 milhão de néfrons;

Os néfrons formam a urina;

O rim não pode regenerar novos néfrons;

Lesão renal, doenças ou envelhecimento podem reduzir o número de


néfrons funcionias →Os néfrons remanescentes podem sofrer alterações
adaptativas para suprir as demandas do corpo até certo ponto;

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Cada néfron contem:

Glomérulo →grupo de capilares glomerulares com alta pressão hidrostática


recorbetos pela cápsula de Bowman. O glomérulo filtra grandes quantidades
de líquido do sangue.

Túbulo proximal →o líquido filtrado pelos capilares glomerulares flui pela


cápsula de Bowman até adentrar no interior do túbulo proximal, na zona
cortical renal

Alça de Henle →a partir do túbulo proximal, o líquido flui para alça de Henle,
localizada na medula renal. A alça é dividida em ramos descendente e
ascendente;

Ramo descendente possui parades delgadas →segmento delgado da


alça de Henle;

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Ramo ascendente possui paredes mais espessas que retornam
parcialmente ao córtex →segmento espesso do ramo ascendente.

Mácula densa →pequeno segmento no final do ramo ascendente


espesso que possui células epiteliais especializadas com função
importante no controle do néfron.

Túbulo distal →após passar pela mácula densa, o líquido vai para o túbulo
distal, no cortex renal;

Túbulo conector

Túbulo coletor cortical

Ducto coletor → as partes iniciais de 8 a 10 ductos coletores corticais se


unem para formar único ductor coletor medular;

Ductos coletores se unem e formam ductos cada vez maiores qe se


esvaziam na pelve renal, por meio das extremidades das papilas renais.

Cada rim tem aproximadamente 250 ductos coletores que coletam urina
de cerca de 4 000 néfrons.

Diferenças Regionais na Estrutura do Néfron: Néfrons Corticais


e Justamedulares
Néfrons corticais

Possuem glómerulos localizados na zona cortical externa;

Possuem alças de Henle curtas, que penetram em na pequena extensão no


interior da medula;

Todo o sistema tubular é envolvido por uma extensa malha de capilares


peritubulares;

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Néfrons justamedulares

Possuem glomérulos mais profundos no córtex renal, perto da medula;

Possuem longas alças de Henle que adentram profundamente no interior da


medula, em direção às papilas renais;

Possuem longas arteríolas eferentes que se entendem dos glomérulos para


a região externa da medula e depois se dividem em capilares pertubulares
especiaizados chamados vasa recta, que se estendem para o interior da
medula, acompanhando as alças de Henle.

Micção

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Miccção é o processo pelo qual a bexiga se esvasia quando fica
cheia. É um reflexo autônomo da medula espinal e pode ser
inibido ou facilitado porcentros no córtex ou em tronco cerebrais.

A micção pode ser dividida em duas etapas:

1. A bexiga se enche progressivamente até que a tensão na sua parede atinja


um nível limiar;

2. Reflexo de micção →é um reflexo nervoso gerado pela tensão da bexiga


cheia. Esse reflexo esvazia a bexiga e causa um desejo consciente de
urinar.

Anatomia Fisiológica da Bexiga

A bexiga é uma câmera de músculo liso, composta por:

Corpo:

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Parte principal →local onde a urina é armazenada.

Colo:

Extensão afunilada do corpo, passando inferior e anteriormente ao


triângulo urogenital e conectando-se com a ureta.

A parte inferior do colo da bexiga (colo visceral) também pode ser


chamada de ureta posterior.

O músculo liso visceral é chamado de músculo detrusor.

Possui fibras musculares que estendem-se em todas direções e quando


contraídas, podem aumentar a pressão no interior da bexiga →40 - 60
mmHg.

A contração do músculo detrusor é a etapa principal no esvaziamento da


bexiga.

As células do músculo detrusor são acopladas eletricamente por vias de


baixa resistência elétrica →o potencial de ação pode se dinfundir por todo o
músculo detrusor, causando uma contração simultânea de toda a bexiga.

Trígono da bexiga

Localizado na parede posterior da bexigam acima do colo visceral.

Composto por uma mucosa pregueada

Ângulos superiores do trígono →dois ureteres adentram na bexiga.

Ápice do trígono →esá localizado a ureta posterior.

Nessa área está localizado o esfíncter interno →evita o esvaziamento


da bexiga até que a pressão na porção parcial se eleve acima do
limiaaar crítico.

Uretra

Passa pelo diafragma urogenital que contém camada múscular, chamada


esfíncter externo da bexiga →é um músculo esquelético voluntário, sendo
controlado pelo sistema nervoso e pode ser isadp para evitar
conscientemente a micção, até mesmo quando controles involuntários

Inervação da Bexiga
Nervos pélvicos.

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Fibras sensoriais:

Detectam o grau de distensão da parede vesical.

Intensos sinais de distenção da ureta posterior resultam no início dos


reflexos que produzem o esvaziamento da bexiga.

Fibras motoras:

São fibras parassimpáticas que terminam em células ganglionares da


parede da bexiga.

Pequenos nervos pós-ganglionares inervam o músculo detrusor

Nervo pudendo

Fibras motoras esqueléticas:

Inervam o músculo esquelético voluntário do esfíncter externo da bexiga


→fibras somáticas

Nervos hipogástricos

Inervação simpática na bexiga.

Estimulam principalmente os vasos sanguíneos e têm pouca relação com a


contração vesical

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Transporte da Urina a Partir do Rim, Através dos
Ureteres e Para a Bexiga
A urina expelida pela bexiga tem a mesma composição do líquido que sai dos
ductos coletores

O fluxo de urina dos ductos coletores para o interior dos cálices renais os
distende e aumenta sua inerente atividade marca-passo →desencadeia
contrações peristálticas.

As contrações peristálticas se difundem pela pelve renal e ao longo do ureter.

Ureter →contém músculo liso nas suas paredes e é inervado por fibras
simpáticas e parassimpáticas.

As contraçãos peristálticas ao ureter são aumentadas pela estimulação


parassimpática e inibidas pela estimulação simpática.

Os ureteres penetram na bexiga pelo músculo detrusor na região do trígono


vesical e percorrem vários centímetros obliquamente pela parede visical.

O tônu normal do músculo detrusor comprime parte do ureter inserida na


parede visical,evitando o refluxo da urina da urina quando ocorre o aumento
da pressçao intravesical durante a micção ou compressçao vesical.

Reflexo Ureterorrenal
Reflexo uretororrenal →evita o fluxo excessivo de líquido para o interior da pelve
renal quando o ureter está obstruído.

Quando o ureter é obstruído (ex. cálculo ureteral), ocorrem contrições reflexas


intensas associadas à dor muito forte.

Os impulsos da dor também causam reflexo simpático.

Os ureteres possuem muitas fibras nervosas para dor.

A Formação da Urina Resulta de Filtração


Glomerular, Reabsorção Tubular e
Secreção Tubular

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Taxa de excreção urinária = taxa de filtração - taxa de reabsorção + taxa de
secreção

Filtração glomerular

O filtrado glomerular é o líquido filtrado do sangue pelos cailares


glomerulares para a cápsula de Bowman.

A maior parte das substâncias no plasma (exceto proteínas) é livremente


filtrada no plasma.

Logo, a concentração de substâncias do filtrado glomerular é praticamente a


mesma do sangue.

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Substância A

Apenas filtração.

A substância A é livremente filtrada as não é absorvida e nem secretada.

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Intesidade de excreção = intensidade de filtração.

Ex: creatinina.

Substância B

Filtração e reabsorção parcial.

A subtância B é livremente filtrada, mas também é parcialmente reabsorvida


pelos túbulos de volta para a corrente sanguínea.

Intensidade de excreção = intensidade de filtração - intensidade de


reabsorção.

Ex: íons de sódio e cloreto.

Substância C

Filtração e reabsorção completa.

A substância C é livremente filtrada pelos capilares glomerulares e


totalmente reabsorvida ns túbulos, logo, não é excretada na urina.

Esse tipo de depuração permite a conserção de alguns tipos de substâncias


nos líquidos corporais.

Ex: aminoácidos e glicose

Substância D

Filtração e secreção.

A substância D é livremente filtrada pelos capilares glomerulares, não


reabsorvida, mas quantidades adicionais dessa substância são secretadas
do sangue capilar peritubular para os túbulos renais.

Intensidade de excreção = intensidade filtração + intensidade de secreção.

Ex: ácidos e bases orgânicos.

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