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SE7ECENTROTECNOLOGGICO
Nefrologia
Técnico em Enfermagem
Aula
AULA1 1
• Córtex Renal
• Ao corte frontal, que divide o rim em
duas partes, é possível reconhecer
o córtex renal, uma camada mais
externa e pálida, e a medula renal,
uma camada mais interna e escura.
RINS
• Medula Renal
• Glomérulos;
• Túbulos;
• Interstício;
• Vasos sanguíneos.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS
DOENÇAS RENAIS
• Gastrointestinais:náuseas,vômitos,gastrite,úlcera gastroduodenal,
hemorragia, desnutrição.
Glomerulopatias e Nefropatias
GLOMERULOPATIAS
• As perturbações do rim em que a inflamação afeta principalmente
os glomérulos denominam-se glomerulopatias.
• Nefropatia diabética;
• Nefropatia lúpica;
• Nefropatia hipertensiva;
• Nefropatia por analgésicos;
• Nefropatia isquêmica;
• Nefrose é uma nefropatia não inflamatória;
• Nefrite é uma doença renal inflamatória.
NEFROPATIA DIABÉTICA
• A nefropatia diabética (ND) é uma das complicações mais graves
do diabetes mellito. Seu curso é lento e silencioso e os primeiros
sinais laboratoriais costumam aparecer entre 10 e 15 anos após o
início do estado hiperglicêmico.
• A doença renal no diabetes tipo 1 e tipo 2 é semelhante,
compartilhando mecanismos fisiopatológicos, evolução e
tratamento. Entre os principais fatores de risco de progressão da
doença estão o controle glicêmico ruim e a presença de
hipertensão arterial.
NEFROPATIA DIABÉTICA
• Uma vez instalada e se não tratada, a doença tende a ter um
curso progressivo, levando a piora progressiva da função renal,
com necessidade eventual de terapia renal substitutiva (TRS).
• A lesão renal na nefropatia diabética é complexa e multifatorial. De
forma didática, pode-se dividir os insultos iniciais como de origem
hemodinâmica e metabólica. Entretanto, estes dois tipos de
insultos convergem para uma resposta inflamatória no rim, que é a
responsável, em última instância, pela agressão ao glomérulo e ao
túbulo renal.
ACHADOS CLÍNICOS
• A principal característica clínica da nefropatia diabética é seu curso
insidioso.
• Presença de urina espumosa e, a depender do grau de proteinúria,
edema.
• Conforme a doença renal progride, é comum haver agravamento
da hipertensão arterial, com aumento na necessidade de drogas
anti-hipertensivas.
• Os sintomas que surgem posteriormente já são decorrentes mais
da insuficiência renal em si, isto é, sintomas de uremia e
congestão.
DIAGNÓSTICO
• Dois exames fundamentais para isso são a taxa de depuração de
creatinina e a albuminúria.
• Creatinina: pode ser feito de diversas formas, seja por medição em
urina de 24 horas, seja por meio das fórmulas de estimativa de
depuração.
• Albuminúria: pode ser feito de várias formas: em urina de 24
horas, em urina de 12 horas (preferencialmente após repouso).
DIAGNÓSTICO
• Outro dado muito importante no diagnóstico da nefropatia
diabética é a presença das outras complicações microvasculares,
sobretudo da retinopatia diabética, que costuma ser vista em 85 a
90% dos casos de nefropatia diabética macroalbuminúrica.
• O início recente de diabetes, a ausência de retinopatia ou outras
lesões em órgãos-alvo, a presença de hematúria, hepatopatias ou
sinais clínicos de doenças sistêmicas devem ser levadas em
consideração para diagnóstico diferencial com glomerulonefrites
primárias e glomerulonefrites secundárias.
DIAGNÓSTICO
• A investigação não invasiva pode ser feita por meio de
ultrassonografia renal com Doppler, angiorressonância magnética
de artérias renais (para pacientes com clearance superior a 30
mL/min), tomografia computadorizada com contraste ou cintilografia
renal.
• O exame confirmatório é a arteriografia renal. Os exames com uso
de contraste iodado devem ser bem indicados e realizados com o
preparo adequado para prevenção de nefropatia por contraste.
TRATAMENTO
O tratamento da nefropatia diabética está fundamentado em três
medidas essenciais:
• controle da glicemia,
• controle da pressão arterial
• e uso de medicamentos.
Aula
AULA6 1
• Anfotericina B
• Pentamidina
ANALGÉSICOS
• Causam lesão renal pelo uso prolongado, era muito comum até a
década de 80, e caiu progressivamente após a retirada da
Fenacetina do mercado. Hoje as lesões relacionadas aos
analgésicos são causados pelo uso diário e prolongado do
Paracetamol (acetaminofeno), principalmente se associado ao
ácido acetilsalicílico (AAS). Também são lesões raras, mas que
existem.
• A Dipirona é muito pouco usada na Europa e nos EUA, por isso
existem poucos estudos sobre sua toxicidade renal.
CONTRASTE DE EXAME RADIOLÓGICO
Doentes com insuficiência renal devem evitar contrastes radiológicos
sempre que possível. Se o exame for imprescindível, deve-se realizar
uma preparação do paciente para minimizar os efeitos. Os principais
exames que usam contrastes nefrotóxicos são:
• Tomografia computadorizada
• Cateterismo cardíaco
• Urografia excretora
• Angiografia
• Ressonância magnética (perigoso apenas em insuficiência renal
avançada)
OUTRAS DROGAS
• LÍTIO: usada principalmente no distúrbio bipolar (antigo distúrbio
maníaco-depressivo)
• ACICLOVIR: antiviral
• INDINAVIR: antirretroviral usado na SIDA (AIDS)
• CICLOSPORINA: imunossupressor usado em transplantes e
doenças autoimunes
• TACROLIMUS: igual ciclosporina
• CICLOFOSFAMIDA: imunossupressor usado em doenças
autoimunes e algumas neoplasias
Aula
AULA7 1
Transplante Renal
CONCEITO
• Substituição de um órgão ou tecido que perdeu sua função por um
órgão ou tecido sadio.
• Alguns órgão podem ser doados em vida e outros só após a morte.
TIPOS DE DOADORES
• Doador vivo: órgãos duplos ou partes de órgãos.
Ex: rim, parte do pulmão, parte do fígado, medula óssea.
• Doador cadáver: morte encefálica ou parada cardíaca.
Ex: coração, pulmões, fígado, pâncreas, rins, intestino, ossos, córnea
e pele.
ÓRGÃOS E TECIDOS
Órgão – tecido Tempo p/ retirada Tempo de preservação
extracorpórea
*Realizados na Bahia
LEGISLAÇÃO
• Leis n° 9.434 de 04 de fevereiro de 1997
• “Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e parte do corpo
humano para fins de transplantes e tratamento e dá outras
providências.”
• Art. 11 ° “É obrigatório para todos os estabelecimentos de saúde,
notificar às Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de
Órgãos da Unidade Federativa onde ocorrer o diagnóstico de
morte encefálica, feita em paciente por eles atendidos.”
CAPTAÇÃO E DOAÇÃO - CRITÉRIOS
• Idade: 01 mês a 65 anos *
• Ausência de doenças transmissíveis
• Ausência de doenças malignas exceto do SNC
• Ausência de trauma direto no órgão procurado
• Ausência de sepse bacteriana ou fúngica ativa
• História negativa de abuso de drogas ilícitas
MORTE ENCEFÁLICA
Causas
• Trauma Craniano: acidentes automobilísticos e outros traumas;
• Hemorragia Cerebral: sub-aracnóide, intracerebral
• Anoxia Cerebral: overdose, asma, PCR, inalação tóxica, asfixia;
• Tumores cerebrais primários.
MORTE ENCEFÁLICA
Critérios Diagnósticos:
• Lesão intracraniana conhecida e irreversível;
• Ausência de movimentos espontâneos;
• Apneia;
• Ausência de reflexos do tronco cerebral;
• Teste comprobatório: ausência de atividade circulatória elétrica ou
metabólica encefálica.
MORTE ENCEFÁLICA
• Art. 5° Os intervalos mínimos entre as duas avaliações clínicas
necessárias para a caracterização da morte encefálica serão
definidos por faixa etária, conforme abaixo especificado:
▪ a) eletrocardiógrafo;
▪ b) carro de emergência composto de monitor cardíaco e
desfibrilador;
▪ c) ventilador pulmonar manual (AMBU com reservatório);
RESOLUÇÃO – RDC Nº 154, 15 DE JUNHO DE 2004
Hemodiálise
INTRODUÇÃO
• Muitas pessoas, em todo o mundo, sofrem de uma doença renal
crônica que leva à perda permanente das funções dos seus rins.
Para sobreviver todas elas necessitam de algum tipo de terapia
renal substitutiva.
• Atualmente só existem dois métodos de tratamento para a
insuficiência renal crônica, o transplante renal e a diálise.
CONCEITOS
Diálise Peritoneal
DIÁLISE PERITONEAL
• É uma modalidade de diálise onde, uma solução hipertônica é
infundida na cavidade peritoneal, tendo como acesso um cateter
(rígido ou flexível) implantado na parede abdominal.
TIPOS
• DPI: 2 vezes na semana – 18 a 24 horas de sessão – 40 litros de
solução.
• DPAC: 24 horas por dia, 7 dias por semana – 4 a 5 trocas de
solução 2,0 a 2,5 litros.
• CCPD ou DPA: similar a DPAC – trocas durante à noite/dia com
cicladora de 4 a 5 ciclos total de 9 a 10 horas – período curto,
intercalando com longo tempo de permanência.
DIÁLISE PERITONEAL INTERMITENTE
• A diálise peritoneal é realizada de 1 a 2 vezes por semana,
perfazendo-se em um total de aproximadamente 48 horas.
• Introduz-se de 1 a 3 litros de solução dialisadora na cavidade
peritoneal, através de um cateter de silicone.
• As toxinas presentes e o excesso de líquido movem-se do
sangue e tecidos circunjacentes para a solução de diálise por
difusão e ultrafiltração, havendo a remoção, quando o dialisato é
drenado.
EXEMPLOS
COMPOSIÇÃO DA SOLUÇÃO
PREPARO DO PACIENTE PARA INSTALAÇÃO DA
DIÁLISE PERITONEAL (DP)
• Orientar o paciente sobre o tratamento;
• Promover esvaziamento vesical e intestinal;
• Pesar o paciente;
• Verificar os sinais vitais;
• Promover tricotomia da região abdominal;
• Promover antissepsia rigorosa da região abdominal com solução
a base de clorexidina alcoólica a 0,5%
TEMPERATURA E VOLUME DA SOLUÇÃO
DIALISADORA
• Isto significa que somente 10% (ou menos) da função renal estará
presente para desempenhar o trabalho de eliminar o excesso de
água e os produtos tóxicos do metabolismo interno do nosso
organismo.
INTRODUÇÃO
• Uma dieta adequada irá reduzir a presença destes produtos
tóxicos prejudiciais no organismo.
• O sentimento de bem-estar dependerá não somente do
acompanhamento do tratamento dialítico e da medicação, mas
também da orientação dietética renal.
• As pessoas que estão adequadamente dialisadas devem
sentir-se bem, ter bom apetite e níveis de pressão normais. O
médico tem meios de checar aquilo que se chama "adequacidade
da diálise".
INTRODUÇÃO
• Sem uma diálise adequada, ocorre perda de apetite e de peso, que
pode levar à hospitalização e diminuição da sobrevida.
• Desta maneira, ele tem uma ideia do que está sendo feito para
alcançar os objetivos.
• A diálise peritoneal (CAPD) permite ao paciente um regime
alimentício mais liberal do que a hemodiálise, pois a CAPD não
causa grande variação na quantidade de líquido retido no corpo,
como acontece na hemodiálise. Isto significa menos esforço para o
coração e vasos sanguíneos e menos restrições na dieta.
CALORIAS
• As calorias estão presentes nos carboidratos, gorduras e
proteínas. Quando o nível de calorias está abaixo da necessidade,
o organismo queima seus próprios tecidos e músculos a fim de
obter a energia necessária.
SÓDIO
• Os rins normais eliminam o excesso de sódio através da urina,
para manter o equilíbrio necessário. O sódio é encontrado
naturalmente na maioria dos alimentos.
• O sal de cozinha é cloreto de sódio. Uma colher de chá de sal
tem 2000 miligramas de sódio. Há necessidade de eliminar o total
da ingestão de sódio e, desta maneira, precisamos estar atentos
para o sódio contido (oculto) nos alimentos.
SÓDIO
• O excesso de sódio causa um aumento na pressão arterial, sede e
retenção de líquido, podendo culminar com a insuficiência cardíaca.
• Algumas comidas são ricas em sódio como o sal, temperos contendo
sal, molhos de soja, sopas enlatadas, picles, azeitonas, bacon, frios e
alguns tipos de queijo;
• Os pacientes em CAPD têm que usar um líquido de diálise com alta
concentração de glicose como de 4,25% para ajudar a tirar o excesso
de líquido que as refeições salgadas fazem reter. O líquido de diálise
de 4,25% de glicose é o que contém mais calorias, isto faz com que o
paciente ganhe peso e assim se forma um círculo vicioso.
POTÁSSIO
• Os rins saudáveis excretam qualquer quantidade excessiva de
potássio. Quando são insuficientes, perde-se a capacidade de
excretar adequadamente o potássio.
• O principal perigo da sobrecarga de potássio é que isto pode
causar uma irregularidade nos batimentos cardíacos. Este fato
pode ocorrer sem um aviso prévio.
• Altos níveis de potássio no sangue podem levar a parada
cardíaca. Níveis muitos baixos de potássio na dieta, também
podem ser prejudiciais.
POTÁSSIO
• As maiores fontes de potássio são o leite, batatas
(especialmente batata frita), bananas, laranjas, frutas secas,
leguminosas, nozes.
• O potássio elevado no sangue pode ser um risco para
manutenção da vida. Isso deve ser tratado como emergência
médica.
• Alguns pacientes, por qualquer razão, são simplesmente
incapazes de manter um nível seguro de potássio no sangue.
POTÁSSIO
Psiconefrologia
PSICONEFROLOGIA
• É uma área de atuação que se dedica ao estudo e ao trabalho com
pacientes que se encontram com a função renal comprometida,
com relação às suas reações perante a doença, seus conflitos,
suas limitações, suas dificuldades e suas características
peculiares.
PSICONEFROLOGIA
• Envolvimento da família;
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
• Um simples toque;
• Gestos de carinho;
• Envolvimento emocional;
• Amizades;
• Prioridades;
• Ética.
Referências
1. ATUALIDADES EM NEFROLOGIA - Volumes 11, 12 e 13. Editores – Cruz,Jenner; Cruz, Helga Maria
Mazzarolo; Kirsztajn, Gianna Mastroianni, Barros, Rui Toledo; Editora – Sarvier, São Paulo.
2. ÉTICA E LEGISLAÇÃO NA PRÁTICA NEFROLÓGICA - Portaria, Decretos e Leis de Interesse - Portarias
sobre Transplante renal, Diálise e Assuntos gerais. Em: Portal da Sociedade Brasileira de Nefrologia
http://www.sbn.org.br/index.php?portarias&menu=9
3. FISIOPATOLOGIA RENAL - 2ª edição, 2011. Editor - Roberto Zatz; Editora Atheneu, São Paulo.
4. JORNAL BRASILEIRO DE NEFROLOGIA – BRAZILIAN JOURNAL OF NEPHROLOGY – 2010 a 2013.
Edição impressa - Editora Elsevier, São Paulo. Versão online - Acessar: http://www.jbn.org.br/ ou
http://www.scielo.br/scielo (2009 - 2010).
5. MANUAL DE DIÁLISE – 4ª edição, 2008. Editores – Daugirdas, John T.; Blake, Peter G.; Ing, Todd S.
Editora – Guanabara Koogan, Rio de Janeiro.
6. NEFROLOGIA: GUIA DE MEDICINA AMBULATORIAL E HOSPITALAR DA UNIFESP/EPM 3ª edição,
2010. Editores – Ajzen, Horácio; Schor, Nestor. Editora – Manole, São Paulo.
7. O RIM - BRENNER & RECTOR - REFERÊNCIA RÁPIDA – 7ª edição, 2007. Editores – Clarkson, Michael
R.; Brenner, Barry M. Editora – Artmed, São Paulo.
https://www.todamateria.com.br/nefron/ - Acesso 2023