Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PREÂMBULO
SIGLAS E ABREVIATURAS
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
Yin-Yang
Ritmo circadiano
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
Essências Orgânicas
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
Factores Etiológicos
CAPÍTULO VII
Semiologia
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
Tou-jing xue (cabeça e pescoço): Xiongbu-fubu xue (região tóraco- Beibu-yaobu xue (região dorso-
– Pontos clássicos abdominal): lombar):
– Pontos contemporâneos – Pontos clássicos – Pontos clássicos
– Pontos contemporâneos – Pontos contemporâneos
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XIV
Auriculoterapia
Pontos auriculares:
CAPÍTULO XV
Áreas e pontos:
CAPÍTULO XVI
Terapêutica
Outros tratamentos
Coma espástico Anexite Distonia neurovegetativa
Coma flácido Cistite Insónias
Convulsões febris Hemorróides Tonturas e vertigens
Convulsões não febris Prolapso rectal Cólica intestinal
Golpe de calor superficial Prolapso uterino Diarreia
Golpe de calor profundo Alopécia seborreica Dispepsia
Lipotímia Celulite nadegueira e coxo-femural Náuseas e vómitos
Dispareunia Chalázio e terçol Obstipação
Dor escrotal, inguinal e Escaras, úlceras cutâneas e Dependência alcoólica
suprapúbica quelóides Dependência tabágica
Odontalgias Excesso ponderal e obesidade Dependência de drogas
Precordialgias Galactoforite ilícitas
Porofoliculite
APÊNDICE
BIBLIOGRAFIA
PREÂMBULO
Após "séculos de silêncio", constata-se nos nossos dias, paralelamente a um desenvolvimento técnico e
científico nunca antes atingido, um reavivar do interesse pelo mais ancestral processo terapêutico de que
há conhecimento – a acupunctura.
Embora muitas sejam as conclusões sobre as indicações e os mecanismos de acção da acupunctura, existe
ainda um longo e sinuoso caminho a percorrer até que, finalmente, se possa "fazer luz" nos espíritos, não
só daqueles que escrupulosa e metodicamente procuram as respostas desconhecidas, como dos que
constantemente pondo em causa a eficácia de tal processo terapêutico (indirectamente favorecendo o
charlatanismo de inúmeros oportunistas), acabarão por se render à veracidade dos factos.
Por muitas que sejam as contestações, dúvidas não existem já sobre a eficácia da acupunctura analgésica
que, através de mecanismos opióides (endorfinas) e não opióides, exerce uma acção supressora a nível da
dor, ocupando os neurotransmissores um papel inquestionável na regulação dos diferentes aparelhos e
sistemas.
Inúmeros trabalhos de investigação clínica comprovaram já a eficácia da acupunctura e alguns dos seus
mecanismos de acção, quer através da estimulação manual, quer da estimulação eléctrica (electro-
acupunctura e estimulação transcutânea), sendo incontáveis as experiências e conclusões sobre o papel do
sistema nervoso, central e periférico, nos mecanismos de percepção e modulação da dor, variando a sua
acção em função das diferentes frequências e intensidade das estimulações utilizadas.
Com o presente trabalho, não se pretende mistificar a acupunctura nem relegar para plano secundário a
Medicina Hipocrática. Antes pelo contrário, a sua finalidade é facilitar uma prática clínica integrada e
minimizar os anseios de todos aqueles que acreditam na eficácia (e eficiência) da acupunctura e que
responsavelmente a aplicam.
AC Antes de Cristo
AD Anno Domini (era cristã)
AH Antihelix
AT Antitragus
B Bexiga
BY Região dorso-lombar (bei yaobu)
CV Meridiano da concepção (conception vessel)
G Vesícula (gall)
GB Vesícula biliar (gall bladder)
GV Meridiano da governação (governing vessel)
H Coração (heart)
IC Cavum conchae (inferior conchae)
J Ponto clássico (jiuxue)
K Rim (kidney)
L Pulmão (lung)
LI Cólon (large intestine)
Liv Fígado (liver)
Lu Pulmão (lung)
MTC Medicina Tradicional Chinesa
NA Nomina anatómica (nomenclatura
anatómica)
P Pericárdio
RPC República Popular da China
S Estômago (stomach)
SC Cymba conchae (superior conchae)
SF Fossa escafóide (scaphoid fossa)
SI Intestino delgado (small intestine)
SJ Triplo aquecedor (san jiao)
Sp Baço (spleen)
St Estômago (stomach)
SZ Membro superior (shang zhi)
TE Triplo aquecedor (triple warmer)
TF Fossa triangular (triangular fossa)
TJ Cabeça e pescoço (tou jing)
UB Bexiga (urinary bladder)
X Ponto contemporâneo (xinxue)
XF Região tóraco-abdominal (xiong fubu)
XZ Membro inferior (xia zhi)
CAPÍTULO I - HISTÓRIA DA ACUPUNCTURA E MOXIBUSTÃO
Numerosos livros e tratados históricos referem lendas relacionadas com a origem da acupunctura e
moxibustão, tais como "Diwang Shiji" (Séculos dos Imperadores) e "Zhenjiu Jiayi Jing" (Clássico de
Acupunctura e Moxibustão), escritos no século III AD, "Beiji Qianjin Yaofan" (Mil Prescrições de Ouro
para Emergências) e "Xinxiao Beiji Qiajin Yaofan" (Nova Colecção das Mil Prescrições de Ouro para
Emergências), respectivamente dos séculos VII e XI AD e "Lu Shi" (História dos Caminhos), escrito em
finais do século XII AD. Nomes como Tai Hao, chefe da lendária tribo Yi da província de Shandong
(tribo da Idade da Pedra que fabricou a primeira bian), Fu Xi, o primeiro agricultor da história chinesa e
"Huang Di", o famoso Imperador Amarelo, encontram-se frequentemente relacionados com as origens da
acupunctura e moxibustão.
De acordo com inúmeros textos escritos nos séculos V AC-I AD, os instrumentos para a prática de
acupunctura das sociedades primitivas eram feitos de pedra (pedra Bian), tal como a maior parte dos
utensílios de então. Em "Zuo Zhuan" (Comentário aos Anais da Primavera e do Outono), escrito por Zang
Sun no ano 550 AC, pode ler-se: "o sofrimento provocado pela doença custa mais que a picada da Bian";
também em "Shuowen Jiezi" (Dicionário Analítico dos Caracteres), escrito por Fu Wen no ano 100 AD,
se mencionam as bian como sendo pedras muito pontiagudas utilizadas para "puncionar doenças".
Também os achados arqueológicos no distrito de Duolun, na Mongólia Interior, e de Rizhao, na província
de Shandong, reforçam a teoria de que as origens da acupunctura remontam à Idade da Pedra.
Coincidindo com o aparecimento da escravatura na China, durante os períodos de Xia, Shang, Zhou do
Poente, Primavera e Outono, nos séculos XXI-III AC, surge a Era do Bronze e com ela a progressiva
introdução do bronze no fabrico das bian. Objectos recentemente descobertos, tais como ossos e
carapaças de tartaruga, com origem aproximada nos séculos XIII-VIII AC, evidenciaram inscrições
hieroglíficas sobre a prática da acupunctura com agulhas de bronze e de tratamentos com moxibustão.
Referências a acupunctores então famosos, como Yi Huan e Yi He, do século VI AC e Qin Yueren, do
século V AC, foram frequentemente encontradas. Em "Zuozhuan", escrito há cerca de 2500 anos, relata-
se a morte do imperador Jing ocorrida em 581 AC, após ter sido tratado por Yi Huan: "a doença penetrou
profundamente no gao huang (ravina vital) e a acupunctura e moxibustão não conseguiram ser
benéficas".
Durante aquele período, surgem as teorias filosóficas de Yin-Yang, ou "Harmonia Taoista dos Opostos" e
de Wu Xing, ou teoria dos "Cinco Elementos" (madeira, fogo, terra, metal e água). Termos como qi
(energia vital), jing (meridianos), shen (rim), pangguang (bexiga), xin (coração), fei (pulmão) e outros,
começam a ser utilizados na clínica quotidiana, o estudo do pulso ganha cada vez mais entusiastas e a
teoria do "Equilíbrio harmonioso homem-natureza" (teoria da adaptação do homem ao ambiente que o
rodeia) começa a delinear-se.
Entre o Período dos Estados Guerreiros e a Dinastia Han do Poente (475 AC-21 AD), estabeleceu-se e
fortificou-se o sistema feudal na China, tendo o aumento da força laboral e as alterações ocorridas no
sistema social promovido o aprofundamento dos conhecimentos médicos e farmacológicos até então
existentes.
Escrito há mais de 4500 anos sob a forma de diálogo entre o imperador Huang Di, um dos três lendários
grandes imperadores da China (além de Fu Xi e Sha Nang), e o seu primeiro ministro Chi Po, "Huang-di
Neijing" tornou-se um marco na história da civilização chinesa, sendo o maior tratado histórico de
medicina actualmente existente. Originalmente em dois volumes, "Lingshu" (Portão Misterioso) e
"Suwen" (Assuntos Importantes), contém as teorias Yin-Yang e Wu Xing, Zang-Fu (vísceras maciças e
ocas), jingluo (sinartérias), espírito e mente, qi, sangue e fluidos corporais, cinco emoções, etc., referindo-
se a acupunctura e moxibustão como as principais técnicas terapêuticas. Durante o mesmo período
escreveram-se ainda "Shi Yi" (Anais Históricos), "Huang-di Bashiyi Nanjing" (Tratado Imperial de
Oitenta e Um Problemas Difíceis) e "Mintang Kongxue Zhenjiu Zhiyao" (Atlas dos Principais Pontos de
Acupunctura e Moxibustão).
Entre a Dinastia Han do Nascente (256 AC) e o Período dos Três Estados (25 AC), procedeu-se à
sumarização e compilação de todos os conhecimentos sobre a MTC. Hwa Tuo, estudioso do fenómeno
jingluo, ou fenómeno da propagação dos estímulos ao longo das sinarterias, e autor de "Zhenzhong Jiuci
Jing", descobriu inúmeros pontos de acupunctura (os Hwatuo Jiaji) e foi o pioneiro da anestesia com
acupunctura, combinando esta com ervas medicinais.
Durante as dinastias Jin do Norte e Jin do Sul, nos anos 215-581 AD, enquanto o país era assolado por
guerras sem fim e se encontrava no caos económico e político, a acupunctura continuou o seu progresso e
evolução, quer pela sua utilização no tratamento de várias patologias, quer através da publicação de
numerosas obras, tanto originais como de compilação e revisão bibliográfica. Entre os anos 256 e 260 da
Era Cristã, Huangfu Mi escreveu "Zhenjiu Dacheng" (Compêndio de Acupunctura e Moxibustão),
constituído por doze volumes formados de estratos de livros anteriores, como "Huang-di Neijing" e
"Mintang Kongxue Zhenjiu Zhiyao", e fazendo referência a mais de trezentos pontos de acupunctura.
Com o sistema feudal das dinastias Sui e Tang (589-907), a China entrou num período de prosperidade
cultural e económica, tendo Zhen Quan efectuado, entre 627 e 649, a revisão e actualização de todos as
grandes obras e textos de acupunctura então conhecidos. Também Sun Simiao compilou "Beiji Qianjin
Yaofan" em 650-652, "Qianjin Yifan" (Mil Prescrições Suplementares para Emergências) em 680 e
"Mintang Sanren Tu" (Diagrama das Três Figuras) em 682-685, este último com os doze meridianos
regulares, os oito meridianos secundários e cerca de seiscentos e cinquenta pontos de acupunctura.
Durante estes períodos apareceram outros trabalhos de valor, nomeadamente "Guzhengbing Yinfang"
(Moxibustão em Doenças Mortais), de Cui Zhiti, em que se fazia referência à etiopatogenia e tratamento
da actual tuberculose pulmonar. No ano de 862 surge "Xinji Beiji Jinjing" (Novas Terapêuticas de
Emergência com Moxibustão), o primeiro livro da história da humanidade a ser impresso manualmente.
Ainda durante a Dinastia Tang é fundado o primeiro Colégio Médico Imperial, com seis especialidades
médicas, incluindo a acupunctura e moxibustão, com um professor de medicina, um doutor em
acupunctura, dez instrutores, vinte técnicos auxiliares e vinte alunos.
Durante o Período dos Cinco Estados e das dinastias Song, Yin e Yuan (907-1368), a técnica de
impressão popularizou-se e facilitou o desenvolvimento e disseminação da MTC por toda a China. Com o
apoio do Governo Song do Norte, o célebre médico acupuncturista Wang Weiyi reviu e actualizou as
localizações de todos os jingxue, bem como as suas relações com os orgãos zang e vísceras fu. Em 1026,
o mesmo autor publicou um "Manual Ilustrado dos Pontos de Acupunctura e Moxibustão" e em 1027
mandou moldar duas figuras de bronze com um metro e oitenta centímetros de altura (presentemente no
Museu da História do Homem, em Nanjing e Beijing), onde era possível observar a relação interna dos
zang-fu e a distribuição superficial de todos os jingluo e jingxue. Em 1341, durante a Dinastia Yuan, Hwa
Shou (o pai da actual Teoria dos Jingluo) publicou "Shisi Jing Fahui" (Melhor Conhecimento dos
Catorze Meridianos), depois de investigar e actualizar as localizações de todos os pontos e meridianos de
acupunctura.
Testemunhando o progresso então atingido, ainda durante o último daqueles períodos teve início a
hiperdiferenciação da acupunctura, com vários médicos a aprofundarem os conhecimentos que possuíam
e a dedicarem-se a campos muito delimitados e específicos. Assim surgiram várias sub-especialidades tais
como a acupunctura mano-podal, a acupunctura craniana, a acupunctura nasal, a auriculoterapia, a
acupunctura pediátrica, etc.. Inúmeros e preciosos trabalhos foram publicados, como "Xiaoer Mintang
Zhenjiujing" (Tratado de Acupunctura e Moxibustão Pediátrica), "Yongju Shenmi Jiujing" (Tratado de
Moxibustão para Úlceras e Abcessos) e "Beiji Jiufa" (Moxibustão em Emergências Médicas), e várias
técnicas de manipulação foram testadas e divulgadas, tanto no âmbito da acupunctura terapêutica como
no da acupunctura anestésica (anestesia pré e per-operatória).
Até à Dinastia Ming (1368-1644), a acupunctura atingiu o seu clímax, sendo o principal processo
terapêutico em toda a China. Nomes como Chen Hui, Ling Yun e Yang Jizhou, tiveram uma importância
fundamental na difusão de todos os conhecimentos até então obtidos e uma enorme influência na
introdução e disseminação da acupunctura na Europa. É a esta dinastia que remontam os mais variados e
completos trabalhos sobre o assunto, sendo ainda possível consultarem-se numerosos tratados históricos
como por exemplo, "Puji Fang" (Cura Universal) e "Zhenjiu Men" (Portão da Acupunctura e
Moxibustão), escritos em 1406, "Zhenjiu Daquan" (Colecção Completa de Acupunctura e Moxibustão)
escrito por Xu Feng, "Zhenjiu Juying Fahui" (Actualização em Acupunctura e Moxibustão) escrito por
Gao Wu em 1529, "Zhenjiu Wendui" (Perguntas e Respostas sobre Acupunctura e Moxibustão) de Wang
Ji (1530), "Zhenfang Liuji" (Seis Volumes com Prescrições em Acupunctura) escrito em 1618 por Wu
Kun, e "Zhenjiu Dacheng" que foi impresso em 1601 e cujo conteúdo se baseava essencialmente no
original de Yang Jizhou, escrito durante a Dinastia Jing.
Com o início da Dinastia Qing (1644-1912), começou o declínio desta terapia multimilenar.
Progressivamente substituída pela "jovem" medicina científica ocidental, a MTC (e mais especificamente
a acupunctura) entrou numa era de proibicionismo que se prolongou por cerca de três séculos. Com uma
história de mais de 1200 anos, em 1822 foi encerrado o Colégio Médico Imperial, fundado no reinado dos
Tang. Porém, a acupunctura não morreu por completo, e devido à subsistência de alguns focos de
resistência conservadora, que se opunham à ocidentalização do império, foram ainda publicados alguns
livros. Assim surgiu "Yizong Jinjian Cijiu Xinfa" (Acupunctura, o Espelho de Ouro da Medicina), escrito
por Wu Qian, em 1742, e "Zhenjiu Fengyuan" (As Origens da Acupunctura e Moxibustão), escrito por Li
Xuechuan e publicado em 1817.
Após o início da Guerra do Ópio, em 1840, e com ela o aparecimento de um sistema semi-feudal e semi-
colonial na China, ocorreu a imposição da Medicina Alopática e a total proibição da acupunctoterapia. A
partir de então a acupunctura começou a ser utilizada quase exclusivamente como método de tortura, de
tal forma que as agulhas anteriormente utilizadas como salvadoras e agentes da saúde e bem-estar da
população, passaram a ser denominadas "agulhas da morte".
Em Outubro de 1944, após as palestras proferidas por Mao Zedong nas regiões de Shaanxi, Gansu e
Ningxia, numerosos médicos ocidentais que prestavam assistência aos jovens revolucionários iniciaram a
sua aprendizagem de acupunctura, sendo muitas as áreas de investigação a que se dedicaram. Em Abril de
1945, no Hospital Internacional da Paz, na província de Yunan, inaugurou-se a primeira clínica de
acupunctura da "nova era", com o nome de Clínica Norman Bethuman. Em 1947, na região de Jinan,
publicou-se o "Guia de Acupunctura e Moxibustão" e, em 1948, sob os auspícios do Ministério da Saúde
do Governo Popular da China do Norte, teve início o primeiro curso de acupunctura daquela que em
breve daria origem à actual República Popular da China (RPC).
Como pequenas sementes, todos aqueles acontecimentos contribuíram para a promoção, compreensão e
disseminação das técnicas de acupunctura e moxibustão no mundo ocidental. Após a fundação da RPC,
um dos lemas e preocupações do novo governo foi a integração das medicinas ocidental e tradicional
chinesa, razão porque a partir de Outubro de 1949, marco do início da nova era da acupunctura e
moxibustão, estas técnicas conheceram uma promoção e popularidade sem precedentes.
Assim, em 1951 foi fundada a Clínica Experimental de Acupunctura e Moxibustão, logo a seguir
denominada Instituto de Acupunctura e Moxibustão, o qual deu origem em 1955, à actual Academia de
Medicina Tradicional Chinesa de Beijing. Durante a década de cinquenta, inúmeras organizações e
instituições surgiram por toda a China, quer a nível de municípios e de províncias como de regiões
autónomas, dedicando-se sobretudo a trabalhos de investigação sobre a farmacopeia e medicina
tradicionais, tendo sido criados departamentos de herbologia e de acupunctologia, tanto em comunas
como nos grandes centros urbanos de Beijing (Pequim), Nanjing (Nanquim), Shanghai (Xangai), Xian e
Guangzhou (Cantão).
Até aos nossos dias, a "acupunctura da nova era" passou por três estádios evolutivos. Durante os anos
cinquenta, efectuou-se a sistematização da filosofia da MTC, reavaliaram-se as indicações clínicas da
acupunctura e moxibustão e actualizaram-se os conceitos da acupunctura histórica. Na década de
sessenta, todos os grandes tratados foram profundamente revistos, actualizados e resumidos, estudaram-se
e compararam-se diferentes técnicas em inúmeras patologias, a anestesia com acupunctura ganhou
popularidade e iniciaram-se incontáveis estudos de investigação sobre os possíveis mecanismos de acção
da acupunctura. A partir dos anos setenta, aprofundou-se o estudo da acupunctura analgésica e anestésica,
sendo incontáveis as conclusões surgidas até hoje, no campo da neuroanatomia, da bioquímica, da
fisiologia da analgesia, da anestesiologia, da cirurgia, etc..
Com o início da década de oitenta, pode-se dizer que a acupunctura entrou no seu quarto estádio
evolutivo. Investigadores dos cinco continentes têm estudado atentamente o "fenómeno de propagação
dos estímulos nas sinartérias" (fenómeno jingluo), referenciado por Hwa Tuo há mais de dois mil anos,
sem menosprezar os conceitos clássicos que, sendo ancestrais, se tem comprovado permanecerem actuais.
Embora a substituição total da tradicional "técnica das agulhas" seja muito improvável, numerosos
ensaios clínicos utilizando novos processos de tratamento, nomeadamente pressão digital, estimulação
nervosa transcutânea, microondas e laser, bem como estudos fisiológicos com agatermografia, são
frequentes nos nossos dias.
Actualmente integrando a denominada Medicina Han, a acupunctura foi introduzida na Coreia no ano 541
da Era Cristã, tendo-se conferido o primeiro título de professor em acupunctura em 693. Ainda durante o
reinado dos Jin, foi introduzida no Japão, tendo o governo chinês oferecido ao Mikado, em 552, o
"Grande Tratado de Acupunctura".
No decurso do século VII, numerosos médicos japoneses foram enviados para a China, com objectivo de
se familiarizarem e de aprofundarem os seus conhecimentos e com a finalidade de mais tarde se adoptar o
sistema médico chinês da Dinastia Tang, tal como foi decretado em 702. A partir de então tornou-se
obrigatório o estudo da acupunctura em todas as escolas médicas do país e a MTC no Japão passou a ser
conhecida como Medicina Kampo.
Com o intercâmbio cultural entre a China e os países do Sudeste Asiático, a acupunctura espalhou-se
rapidamente por todo o continente asiático. No século XVI, durante o reinado dos Ming, a acupunctura foi
introduzida na Europa, tendo a França desempenhado um papel fundamental na sua disseminação e
aceitação pelo mundo. Após a fundação da RPC (1 de Outubro de 1949) e devido aos acordos de
cooperação sino-soviéticos, a acupunctura foi introduzida em todos os países de ideologia comunista.
Com a acção dinamizadora dos líderes Mao Zedong e Hwa Kofeng, e após três séculos de estagnação e
proibicionismo, a acupunctura readquiriu a sua merecida dignidade, sendo actualmente os institutos de
acupunctura da Academia de Beijing e dos Colégios de Medicina Tradicional de Nanjing e de Shanghai,
os grandes mestres do ensino da acupunctura em todo o mundo.
Em finais da década de setenta, sob o lema da "saúde para todos no ano 2000", a Organização Mundial de
Saúde começou a patrocinar cursos de acupunctura e moxibustão para a médicos estrangeiros, tendo-se
até hoje graduado mais de dez mil acupuncturistas com formação básica em "medicina científica
ocidental".
Finalizando, e para confirmar o apogeu que a acupunctura atingiu antes do término do século XX,
paralelamente ao aparecimento de algumas instituições idóneas para formação de técnicos acupunctores e
de médicos acupuncturistas, integrando escolas e universidades de renome internacional, fundaram-se a
Associação Chinesa de Acupunctura e Moxibustão, em 1979, a Associação Internacional de Médicos
Acupuncturistas, em 1985 (Gotemburgo, Suécia) e, em Novembro de 1987, a Federação Mundial das
Sociedades de Acupunctura.
Em Huangdi Neijing, as numerosas as referências a Tao (ente supremo da filosofia Taoista, cujo patriarca
foi Lao Tze) raramente aparecem isoladas, mas antes em conjunto com os dois componentes básicos do
universo — Yin e Yang.
Embora desde tempos imemoriais o Paraíso tivesse sido sempre considerado o poder supremo, nunca foi
reconhecido como sendo o criador do universo. No conceito chinês da criação não existe lugar para a
mitologia, tendo-se desenvolvido uma interpretação cosmológica mais científica. Segundo Lao Tze, a
criação teve lugar a partir do "Caos" quando os três elementos primários do universo — força, forma e
substância — se encontravam ainda por dividir. O segundo estádio ou "Grande Princípio", caracterizou-
se pela separação da força, seguindo-se o "Grande Começo" com o aparecimento da forma. Finalmente,
durante o quarto estádio ou estádio da "Grande Homogeneidade", surgiram as coisas ou substâncias
visíveis. Originou-se então o Paraíso, proveniente da ascensão das substâncias puras e leves, tendo as
substâncias mistas e pesadas originado a Terra - Quadro 2.1. Esta divisão das substâncias em
componentes leves e pesados não passa de uma das muitas características de Yin-Yang, o poder dualista
da crença chinesa.
Sendo Yin e Yang os elementos primogénitos do universo, é natural que possuam inúmeras qualidades
sendo, em conjunto, a base de todo o universo, o princípio da criação de todas as coisas, a raiz e a fonte
da vida e da morte.
Yin-Yang, termos cuja tradução fiel é praticamente impossível, são simultaneamente vagos para o
pensamento ocidental e extremamente precisos para a filosofia Taoista, caracterizando Yin toda a
inactividade e Yang todos os princípios activos da existência. A teoria de Yin-Yang representa pois a lei
universal governando os mundos material e imaterial.
Segundo Neijing, o homem divide-se em três grandes regiões — inferior, média e superior —
subdividindo-se cada uma delas num elemento paraíso, terra e homem, os quais se subdividem ainda nos
componentes Yin e Yang ou, por outras palavras, pode-se dizer que o corpo humano é constituído por três
componentes Yin e por três componentes Yang. Uma vez que o tratamento de uma determinada doença ou
orgão dependerá essencialmente da sua localização em determinada parte de Yin ou de Yang, o
conhecimento daquelas subdivisões é muito importante para o diagnóstico e tratamento das diferentes
patologias da MTC.
Para melhor se poder compreender o dualismo Yin-Yang, no quadro 2.2. referem-se alguns dos seus
inúmeros atributos.
A interrelação cosmológica de Yin-Yang pode também ser transferida para a estrutura humana. Assim,
considera-se que "Yin activo no interior é o guardião de Yang, e Yang activo no exterior é o regulador de
Yin", razão porque a abordagem holística do corpo humano (o corpo humano como um todo em
permanente sinergismo), estabelece a correspondência de Yin com o seu interior e de Yang com o seu
exterior.
Porém, a correspondência acabada de referir é insuficiente, uma vez que não é possível estabelecer e
compreender o interior (Yin) e o exterior (Yang), ou o inferior (Yin) e o superior (Yang) em termos
absolutos, pois sendo Yin-Yang relativos na essência haverá obrigatoriamente que se dispor de uma
referência ou padrão.
Assim, tal como o tórax (homem-neutro) é superior em relação ao abdómen (Yin-terra-negativo) e inferior
em relação à cabeça (Yang-paraíso-positivo), cada um dos outros segmentos do corpo humano encerrarão
os três elementos principais da filosofia da MTC - terra (Yin), homem (neutro) e paraíso (Yang).
Se a segmentação dos membros superiores e inferiores é fácil (Quadro 2.3), o mesmo não se aplica às
restantes regiões do corpo humano. A cabeça, que na consideração holística do corpo humano é Yang,
subdivide-se em três planos: a) um plano superior, celestial e subtil (Yang), onde se encontram os olhos,
os quais só conseguem apreender o imaterial (luz, cor), sendo incapazes de absorver as substâncias
materiais; b) um plano intermédio, simultaneamente subtil e material (neutro), onde se encontra o nariz, o
qual é capaz de absorver uma parte material do meio ambiente (ar) e de apreender igualmente o subtil e
imaterial (odores); e c) um plano inferior, terrestre e material (Yin), representado pela boca, a qual é capaz
de absorver muitas substâncias materiais (alimentos).
O tronco, pertencente ao elemento homem (neutro), subdivide-se também em três planos: a) um plano
superior, correspondendo ao tórax (Yang), o qual contém os únicos orgãos animados de um movimento
periódico e ritmado (coração e pulmões), lembrando a revolução dos corpos celestes; b) um plano
inferior, ou abdómen (Yin), correspondendo ao mesogastro, hipogastro, flancos e fossas ilíacas, o qual
contém as vísceras com capacidade de eliminação, devolvendo à terra os produtos não assimilados
(intestinos, rins e bexiga); e c) um plano intermédio (neutro), equivalente ao epigastro e hipocôndrios,
encerrando orgãos cuja principal função é a selecção, transformação e síntese de substâncias materiais
essenciais (estômago, baço/pâncreas e fígado).
Pode-se portanto concluir que cada segmento do corpo humano se divide em três planos, que por sua vez
são constituídos por três elementos básicos. Na verdade, sejam quais forem os planos considerados,
encontrar-se-ão sempre aqueles três elementos essenciais. Os olhos, apreendendo a luz e as cores (céu),
apercebem-se também das formas e do espaço (terra), efectuando a síntese (homem) das suas percepções
(identificação). A boca, recebendo os alimentos (terra), apreende neles o gosto (céu) e efectua a síntese
(homem) do alimento, que depois de identificado é absorvido ou rejeitado. O pulmão, orgão de natureza
Yin e pertencendo a uma região Yang, é igualmente constituído pelos três elementos anteriores: a) o
parênquima pulmonar (céu), em contacto com o ar; b) os vasos sanguíneos (terra); e c) a região alvéolo-
capilar (homem), que efectua as trocas de oxigénio e dióxido de carbono.
Yin e Yang constituem pois os pratos de uma balança cujo fulcro é o homem, sendo o seu equilíbrio
harmonioso indispensável à existência da humanidade. Tudo o que estiver relacionado com Yin-Yang
implica indivisibilidade, interdependência e interrelacionamento, factores que norteiam a liberdade de
Lao Tze e a metafísica de Chuang Tze.
Correspondendo respectivamente aos "Shiva" e "Shakti" do Hinduísmo, os termos Yin-Yang representam
ainda as divisões e complexidades da Existência, tal como refere Lao Tze no seguinte estrato de "Tao Teh
Jing" :
Tal como a água (Yin) e o fogo (Yang) são neutros em si próprios, todas as coisas podem ser boas ou más,
com efeitos relativamente benéficos ou deletéricos, os quais dependem unicamente do seu dualismo
relativo. Yin-Yang representam pois a singularidade e a complexidade das coisas interdependentes e
interactuantes.
Também ao ritmo circadiano se pode aplicar a "Teoria da Harmonia Taoista dos Opostos", pois Yin-Yang
não são estáticos, encontrando-se em permanente movimento. Como à noite (Yin) sucede o dia (Yang),
também ao dia se segue a noite - Figura 2.1.
Figura 2.1 - Nictemera e Yin-Yang
A forma e natureza de Yin-Yang podem ainda ser representadas pelo Tai Ji, o qual é alternadamente claro
e escuro, contráctil e expansivo, inactivo e activo - Figura 2.3. O término e o começo são indistintos nas
suas origens, pelo que o início de uma coisa pode ser considerado o fim de outra, ou o fim de uma coisa a
origem da seguinte. São pois indistintos mas bem delimitados.
Segundo a MTC, cada orgão ou tecido, independentemente da sua natureza Yin ou Yang, é constituído por
um elemento Yin e um elemento Yang. Enquanto que as estruturas histológicas e as substâncias orgânicas
são Yin, as actividades funcionais (fisiologia) pertencem ao elemento Yang. Do mesmo modo, qualquer
situação patológica é sempre resultado de uma rotura do equilíbrio harmonioso Yin-Yang, quer seja por
excesso (shi) ou por défice (xu) de qualquer um daqueles elementos - Figura 2.5.
Figura 2.5 - Síndromes Shi e Xu
Shi (excesso) e Xu (défice) representam dois princípios gerais da MTC, extremamente importantes para o
diagnóstico diferencial. Enquanto que o último representa geralmente uma hipofunção, um défice
orgânico ou uma resistência corporal diminuída, os síndromes shi estão de um modo geral relacionados
com uma hiperfunção, ou traduzem a existência de factores etiológicos exógenos, numa fase em que os
mecanismos de defesa do organismo ainda não se encontram diminuídos.
Ritmo Circadiano
O ritmo do dia e da noite, nictemera, ou ritmo circadiano, faz parte da cronobiologia e estuda os ritmos
biológicos e as variações fisiológicas do organismo em função das horas do dia. Em MTC, cada ciclo
biológico é constituído por doze horas, correspondendo cada um dos períodos (horas) da nictemera
chinesa a duas unidades horárias "ocidentais" - Figura 2.6.
Durante o quinto intervalo, o Zu Yangming (Yang da luz solar do pé), ou meridiano Wei-estômago, está
hiperactivo, sendo este o intervalo ideal para a ingestão alimentar, razão porque inúmeros nutricionistas
recomendam um pequeno almoço abundante para a prevenção das crises hipoglicémicas, mais frequentes
entre as 9 e as 11 horas, ou seja, durante o período de maior actividade do Zu Taiyin (Yin maior do pé) ou
meridiano do Pi-baço / pâncreas.
Às 11 horas inicia-se o período mais activo do Shou Shaoyin (Yin menor da mão), ou meridiano Xin-
coração, pelo que as perturbações do comportamento terão a sua maior expressividade durante o sexto
intervalo da nictemera chinesa. O Shou Taiyang (Yang maior da mão), ou meridiano Xiaochang-intestino
delgado, estará hiperactivo entre as 13 e as 15 horas, sendo este o período ideal para a assimilação dos
nutrientes essenciais.
O nono intervalo será o período mais activo do Zu Taiyang (Yang maior do pé), ou meridiano
Pangguang-bexiga, muito importante para a distribuição dos fluidos corporais. Assim, a desregulação
naquela distribuição pode originar a deplecção de fluidos ou, pelo contrário, a sua acumulação em
determinadas regiões, conduzindo esta ao aparecimento de edemas. Entre as 17 e as 19 horas, ou período
Zu Shaoyin (Yin menor do pé), ocorrerá a "actividade suprarrenal-gónadas" caracterizada pela maturação
Shen-rim que habitualmente antecede o coito ou qualquer outra actividade sexual.
Durante o décimo primeiro intervalo estará activo o Shou Jueyin (Yin absoluto da mão), ou meridiano
Xinbao-pericárdio, sendo o período de maior vulnerabilidade cardíaca. Finalmente, entre as 21 e as 23
horas, com a hiperactividade do Shou Shaoyang (Yang menor da mão), ou meridiano Sanjiao-triplo
aquecedor, surge o último intervalo da nictemera chinesa, e com ele a maior parte das manifestações de
disfunção parassimpática.
Assim, um indivíduo com síndrome shi (de excesso) do Dan-vesícula, que apresente, por exemplo,
perturbações do sono, irritabilidade fácil, taquicardia, cefaleias e perturbações digestivas, deverá ser
tratado durante o primeiro intervalo da nictemera chinesa, pois será o período ideal para a "dispersão"
(redução do excesso) do referido meridiano. Se o quadro clínico apresentado sugerir a existência de um
síndrome xu, deverá efectuar-se a "tonificação" (atenuação do défice) do mesmo meridiano. Caso não seja
possível fazer-se acupunctura naquele período (entre as 23 e a 1 hora), esta poderá ser efectuada no
intervalo oposto, ou seja, entre as 11 e as 13 horas, período em que a tonificação do Xin-coração exercerá
um efeito dispersante sobre o Dan-vesícula.
A estratégia alternativa acabada de referir tem como base a relação cronobiológica inter-sinartérias e pode
ser utilizada no tratamento de todas as patologias, directa ou indirectamente relacionadas com os
diferentes zang-fu.
CAPÍTULO III - WU XING
"Vede a terra e os astros,
o raio e a luz,
o sol e a lua,
a tempestade e a aurora,
tudo o que vai pela existência fora,
como em uma alma só se continua!"
Tao Teh Jing
Embora alguns autores questionem a origem da "Teoria dos Cinco Elementos", alguns dos quais a
relacionam com o Hinduísmo, ela é sem dúvida alguma oriunda da China e surgiu por volta do ano 500
AC. Tendo surgido como uma tentativa de interpretação das capacidades de adaptação do homem ao seu
meio ambiente, aquela teoria procurou estabelecer a correspondência e interdependência entre homem e
natureza, bem como classificar e sistematizar em diferentes categorias todos os fenómenos naturais.
Segundo Tao, também os elementos primários da natureza (terra, metal, água, madeira e fogo) resultaram
da divisão de Yin-Yang - Figura 3.1.
Sendo o homem um dos produtos da natureza, fruto da Terra e do Paraíso e resultado da interacção Yin-
Yang, compreende-se e aceita-se a sua íntima relação com os Cinco Elementos, embora dependente de
factores naturais tais como as condições climatéricas e geográficas, as estações do ano, etc..
Para melhor compreensão da inter-relação entre Yin-Yang e os Cinco Elementos, e destes com o homem e
a natureza, no quadro 3.1 referem-se algumas das suas inúmeras correspondências.
A ordenação dos cinco elementos varia segundo a enumeração inicial, originando-se e destruindo-se
reciprocamente de modo a que o equilíbrio harmonioso Yin-Yang seja mantido permanentemente.
── : ciclo da criação
- - - : ciclo da subjugação
De acordo com Huangdi Neijing, a interacção essencial ao equilíbrio entre os Cinco Elementos pode ser
dividida em dois ciclos básicos, tal como a figura 3.2 permite objectivar:
b) o ciclo da subjugação ou da interacção, implica controlo e cada elemento actua como controlador,
sendo simultaneamente subjugado por outro. A sua sequência é a seguinte:
Ainda segundo Huangdi Neijing, com o aparecimento de excessos ou défices no ciclo da subjugação,
surgirão fenómenos anormais responsáveis pelo desequilíbrio na "inter-relação homem-natureza", os
quais constituem basicamente: o a) o ciclo da hiper-acção sinérgica em que o Metal destrói a Madeira, a
Água extingue o Fogo, a Madeira penetra a Terra, o Fogo dissolve o Metal e a Terra absorve a Água; e o
b) ciclo da hiper-acção antagónica em que o Metal abafa o Fogo, a Água inunda a Terra, a Madeira
destrói o Metal, o Fogo evapora a Água e a Terra extermina a Madeira - Figura 3.3.
Quando um elemento pertencente a determinada estação do ano se encontra no seu apogeu (na primavera
será a madeira), o elemento relacionado com a estação anterior (no inverno será a água) estará em
expansão, o elemento da estação seguinte (no verão será o fogo) estará em declínio e o elemento seguinte
(será a terra, relativamente aos exemplos anteriores) ficará eclipsado temporariamente.
Com base na teoria Wu Xing, a MTC estabeleceu a relação homem-natureza e estudou a "fisiopatologia"
dos zang-fu. Quando determinado zang ou fu é afectado por um desequilíbrio, outros orgãos e vísceras
podem ser também atingidos, podendo a patologia disseminar-se ou mudar de características clínicas.
Assim, por exemplo, se o Fei-pulmão for influenciado de um problema originário do Pi-baço/pâncreas, a
doença será referida como "mãe afectando o filho", tal como se referiu anteriormente a propósito da
relação de causalidade no ciclo da criação. Porém, se o mesmo zang sofrer a influência de uma alteração
do Shen-rim, então será "o filho a afectar a mãe".
Considerando as doenças pulmonares, estas podem ser devidas a várias causas, como por exemplo
problemas cardíacos ou disfunção hepática. No primeiro caso existirá uma hiper-acção sinérgica do Fogo
(coração) em relação ao Metal (pulmão), enquanto que na segunda hipótese a relação causal pode ser
estabelecida com base numa hiper-acção antagónica na relação Metal-Madeira.
Quando surgir uma tonalidade cutânea amarelo-esverdeada, associada a desejos de ingestão de alimentos
ou de bebidas ácidas, a primeira suspeita de diagnóstico deverá recair numa hepatopatia. Se o sinais e
sintomas anteriores ocorrerem na primavera, principalmente durante períodos ventosos, maior será a
hipótese de desequilíbrio no Zu Jueyin (meridiano Gan-fígado).
Se um doente com problemas cardíacos apresentar cútis escura e alterações na coloração e volume
urinários, muito provavelmente a patologia cardíaca será devida a hiper-acção sinérgica do elemento
Água (rim) relativamente ao elemento Fogo (coração).
Na prática clínica, as teorias Yin-Yang e Wu Xing complementam-se, não devendo ser dissociadas, tanto
na interpretação da etiopatogenia das doenças, como nas metodologias de diagnóstico e de orientação
terapêutica. Presentemente, a teoria dos Cinco Elementos é pouco utilizada como método exclusivo de
diagnóstico e de selecção de pontos de acupunctura.
CAPÍTULO IV - ESSÊNCIAS ORGÂNICAS
Essência vital (qi), sangue e fluidos orgânicos, são as substâncias fundamentais para as actividades
fisiológicas dos zang-fu e tecidos corporais.
Segundo a MTC, toda a fisiologia do corpo humano assenta na inter-relação funcional dos jingluo
(sinartérias), zang-fu (orgãos maciços e vísceras ocas), qi (essência e energia vital), sangue, espírito e
fluidos orgânicos.
Qi - Essência Vital
Qi, termo intraduzível do léxico médico chinês, tem como base a filosofia da "Harmonia Taoista dos
Opostos" e pode ser interpretado como função, movimento, tendência e energia.
Existem duas variedades de qi. Enquanto que uma está relacionada com a matéria sem forma e é
responsável pelo aparecimento de determinados sinais e sintomas resultantes da rotura do equilíbrio Yin-
Yang, a outra diz respeito ao aspecto funcional do corpo humano. Existe pois uma dicotomia indivisível
entre matéria e energia. Segundo Huangdi Neijing, substância e função são dois conceitos diferentes mas
intimamente relacionados, não podendo ser dissociados, pois cada função está alicerçada em
determinadas substâncias e certas substâncias específicas interligadas representam uma determinada
função. Na MTC estas duas variantes são os "qi-substância e "qi-função", relacionados respectivamente
com as substâncias nutrientes e as actividades funcionais.
Tudo no universo é constituído por qi, o qual é também a essência base na constituição do corpo humano.
No corpo humano existem diferentes tios de qi, que variam consoante a sua origem, distribuição e
funções - Quadro 4.1.
O Yuan-qi ou Shen-qi, representa a energia base do organismo. Podendo traduzir-se respectivamente por
"qi-origem da vida" e "qi-renal", aqueles termos referem-se ao qi congénito e estão relacionados com o
crescimento e desenvolvimento e, principalmente, com a função reprodutora e o sistema imunológico.
O Ying-qi, ou "qi-nutriente", proveniente de nutrientes essenciais, circula com o sangue dentro dos vasos
sanguíneos e tem como principais funções a formação e transformação do sangue, coadjuvando-o ainda
na nutrição dos tecidos do organismo. Pode ser comparado ao soro, plasma e elementos figurados do
sangue, da medicina ocidental.
O Wei-qi, ou "qi-defensivo", proveniente dos nutrientes essenciais, alguns dos quais são transportados
pelos alimentos, aquece e alimenta os músculos e tecido celular subcutâneo, regula a abertura das
porosidades, protege e humedece a pele e os cabelos e defende o organismo contra a invasão dos agentes
patogénicos exógenos. Não circula dentro dos vasos sanguíneos. Está parcialmente relacionado com a
imunidade adquirida.
O Zhen-qi, ou "qi-genuino", é uma variante do Ying-qi e está sobretudo relacionado com a imunidade
congénita e adquirida. Também denominado "qi antipatogénico", circula nos meridianos yang durante o
período diurno e nos meridianos yin no período nocturno da nictemera chinesa.
De todos os tipos de qi, o mais importante é o Yuan-qi, o qual constitui a fonte de excitação de orgãos e
tecidos do organismo sendo também a energia de suporte da vida de cada indivíduo.
Dependendo da sua localização, o Yuan-qi subdivide-se ainda em: a) zangfu-qi, que representa a
actividade fisiológica dos diferentes orgãos e vísceras, e b) jingluo-qi, relativo às funções de transporte
das sinartérias.
Qi e Sangue
Na MTC o conceito de sangue é bastante mais vasto que na medicina científica ocidental, sendo também
considerado uma "força" e um nível de actividade orgânica, suportadas pelos nutrientes alimentares.
Segundo Huangdi Neijing, os alimentos são digeridos e absorvidos pelos pi-baço e wei-estômago e os
seus nutrientes transformados e transportados para os xin-coração e fei-pulmão. Nestes zang-fu,
pertencendo respectivamente aos zhongjiao e shangjiao ("aquecedor intermédio" e "aquecedor superior"),
o sangue é manufacturado a partir daqueles nutrientes e do qi proveniente dos pulmões (oxigénio).
Qi e sangue estão intimamente relacionados e, tal como na Teoria Yin-Yang, na ausência de um deles o
outro não pode existir. Qi pertence ao elemento yang e o sangue ao elemento yin - Figura 4.1.
De acordo com a filosofia da MTC, qi comanda o sangue e este é o substrato daquele. Enquanto que o
sangue depende de qi para a sua formação, a vitalidade deste depende do poder nutritivo daquele.
Clinicamente, um síndrome qi-xu (défice de qi) origina invariavelmente sangue-xu, e um défice de sangue
resulta sempre em défice de qi. Do mesmo modo, uma estagnação de qi acarreta geralmente estagnação
de sangue, e uma diminuição na velocidade de circulação do sangue origina fenómeno idêntico na
circulação de qi.
O shen-rim produz e armazena essência vital (qi), ou essência renal, a qual produz a medula óssea, que
por sua vez origina o sangue. Os pi-baço e wei-estômago digerem e absorvem os nutrientes essenciais dos
alimentos que, depois de transportados aos xin-coração e fei-pulmão são transformados em sangue. A
essência renal do shen-rim, promove as funções yun-hua (transporte e transformação) dos pi-baço e wei-
estômago e reforça as funções de transformação dos xin-coração e fei-pulmão. O sangue é pois
constituído por qi (Ying-qi) e fluidos corporais, sendo o shen-qi o substrato para a manufactura e
desempenho das funções do sangue. Ainda segundo Huangdi Neijing, a formação e circulação do sangue
dependem de qi, enquanto que a formação e distribuição de qi dependem do sangue.
Essência e Espírito
O "espírito" pertence ao elemento yang e pode ser equiparado a uma força omnipotente que controla
todas as acções e estados mentais. De um modo geral, pode-se dizer que todas as formas de consciência e
de pensamento são manifestações do espírito.
Fluidos Orgânicos
Na MTC os fluidos orgânicos incluem a saliva, o suor, a urina, as lágrimas e todas as secreções do
organismo. Provêm dos alimentos e bebidas que são ingeridos, absorvidos e transformados, e existem em
todos os interstícios e tecidos do organismo.
Os fluidos jing, límpidos e finos, pertencem ao elemento yang e aquecem e alimentam os músculos e as
membranas dos orifícios dos órgãos dos sentidos e dos orgãos excretores, e humedecem a superfície
corporal.
Os fluidos ye, turvos e espessos, pertencem ao elemento yin e permeiam o cérebro e os órgãos internos e
lubrificam os ossos, articulações e todos os orifícios orgânicos.
CAPÍTULO V - ZANG−FU
O termo zang-fu não abarca unicamente as estruturas anatómicas da Medicina Hipocrática, uma vez que
também pretende traduzir, filosoficamente, as funções fisiológicas do organismo. Se não se compreender
e interpretar correctamente o conceito zang-fu, qualquer tentativa terapêutica com os métodos tradicionais
− ervanária, qicong, acupunctura e moxibustão − terá grandes probabilidades de fracassar.
Zang-fu é um termo semi-abstracto e complexo que interrelaciona as funções dos diferentes órgãos e
sistemas do organismo. Pode não corresponder inteiramente às estruturas anatómicas da medicina
ocidental, tal como acontece com o sanjiao, ou "triplo aquecedor", que representa a generalização das
funções dos zang-fu localizados nas três regiões do tronco. Por esta razão, nunca se devem referir
unicamente como pulmão ou coração, mas serem sempre precedidos da respectiva terminologia chinesa
(pinyin), como por exemplo, para os órgãos acabados de mencionar, fei-pulmão e xin-coração − Quadro
5.1.
De acordo com as suas funções, os zang (órgãos maciços) pertencem ao elemento yin e os fu (vísceras
ocas) ao elemento yang:
a) os zang (yin) produzem e armazenam as substâncias essenciais (essência vital, energia vital, sangue e
fluidos orgânicos), e
b) os fu (yang) recebem, digerem e absorvem as substâncias essenciais, e transportam e eliminam os
excreta (fezes, urina, expectoração, etc.).
Segundo a abordagem holística do corpo humano, entre os zang-fu existe uma inter-relação específica de
pares (cada zang relaciona-se interna-externamente com um fu específico), estrutural e funcionalmente, e
uma inter-relação colectiva (todos os zang e fu estão relacionados uns com os outros).
As inter-relações acabadas de mencionar verificam-se não só a nível dos zang-fu, como entre estes e os
"cinco orgãos dos sentidos" − olhos, língua, boca, nariz e ouvidos − e de todos os anteriores com os
"cinco tecidos orgânicos" − tendões, vasos sanguíneos, músculos, pele e cabelos.
Para que melhor se compreenda a relação existente entre as terminologias da MTC e da Medicina
Hipocrática, no quadro seguinte apresentam-se as correspondências possíveis entre os diferentes órgãos,
aparelhos e sistemas − Quadro 5.2.
Quadro 5.2 - Correspondências entre os Zang-Fu e os orgãos, aparelhos e sistemas da Medicina
Hipocrática.
Zang-Fu Jingluo Correspondência
(órgãos e vísceras) (sinartérias)
Yin (Zang):
Gan-fígado Zu Jueyin Fígado; vascularização hepática; metabolismo hepático.
Xin-coração Shou Shaoyin Bomba cardíaca (músculo e câmaras); tensão arterial.
Pi-baço/pâncreas Zu Taiyin Sistema linfóide; pâncreas endócrino, secretor de insulina (ilhéus
de Langerhans).
Fei-pulmão Shou Taiyin Parênquima pulmonar; brônquios; traqueia; irrigação sanguínea
e aérea dos pulmões.
Shen-rim Zu Shaoyin Glândula supra-renal, secretora de adrenalina, cortisona e
hormonas sexuais.
Xinbao-pericárdio Shou Jueyin Pericárdio; circulação sanguínea.
Yang (Fu):
Dan-vesícula Zu Shaoyang Vesícula biliar; canais cístico, hepático e colédoco.
Xiaochang-intestino Shou Taiyang Jejuno e íleo.
Wei-estômago Zu Yangming Glândulas salivares; esófago; estômago; duodeno; pâncreas
exócrino, secretor de pancreatina.
Dachang-cólon Shou Cólon ascendente, transverso e descendente; ampola rectal e
Yangming ânus.
Pangguang-bexiga Zu Taiyang Rins; ureteres; bexiga; uretra.
Sanjiao-triplo Shou Representa a generalização das funções de todos os zang-fu
aquecedor: Shaoyang localizados no tronco:
− shangjiao “aquecedor superior”, representa a fisiologia dos órgãos da
cavidade torácica
− zhongjiao “aquecedor intermédio”, representa a fisiologia dos órgãos
intraperitoneais
− xiajiao “aquecedor inferior”, representa a fisiologia dos órgãos
extraperitoneais
Estão relacionados interna-externamente e pertencem ao elemento madeira. Abrem nos olhos, controlam
os tendões e os ligamentos, e o seu estado de desequilíbrio reflecte-se sobretudo nas unhas. O
restabelecimento do equilíbrio yin-yang, faz-se essencialmente através dos zu jueyin e zu shaoyang.
Relacionam-se ainda com a primavera, o vento, a agressividade, o ódio e a cólera e com os odores
lascivos - Quadro 3.1.
Segundo Huangdi Neijing, gan e dan são os principais responsáveis pela livre circulação de energia vital
(qi), a qual facilita o equilíbrio funcional de todos os zang-fu e jingluo, principalmente as funções yun hua
dos pi-baço e wei-estômago.
O gan relaciona-se ainda com as emoções, principalmente com a depressão, o ódio e a cólera. Não só
eventuais episódios de cólera ou de depressão, enfraquecem o gan e a circulação normal de qi, como
desequilíbrios primários deste zang acompanham-se geralmente de perturbações emocionais, sobretudo
cólera e depressão mental.
Embora todos os zang-fu exerçam alguma influência nos orgãos da visão, as funções oculares dependem
essencialmente da normalidade funcional do gan (equilíbrio yin-yang), uma vez que este zang não só
armazena o sangue, como as suas sinartérias comunicam directamente com os olhos.
As principais funções do xin-coração são: a) o controlo do sangue e dos vasos sanguíneos; b) a regulação
da actividade cardíaca; c) a promoção das faculdades mentais e das funções fisiológicas do cérebro; e d) o
controlo da motilidade da língua.
Segundo Huangdi Neijing, "o xin-coração domina os vasos sanguíneos, e estes alimentam o espírito", ou
seja, o xin é responsável pelas actividades mentais. O xin-coração é também o principal responsável pela
irrigação adequada de todos os órgãos e tecidos do organismo, ou seja, pela sua nutrição e funcionamento
harmonioso. No que se refere ao órgãos dos sentidos, a actividade funcional do coração pode ser
analisada através da observação da cor, forma, motilidade e capacidades gustativas da língua, pois esta é
"o espelho do coração".
PI-baço e WEI-estômago
Segundo Huangdi Neijing, a energia vital do pi-baço mantém todos os órgãos e vísceras nas posições
adequadas. Pi-baço e wei-estômago são a fonte de saúde de todos os organismos vivos e como tal não
devem ser considerados separadamente.
FEI-pulmão e DACHANG-cólon
As principais funções do dachang-cólon são: a) a recepção dos produtos enviados pelo intestino delgado;
b) a absorção da matéria líquida contida nos produtos anteriores; e c) o transporte e eliminação das
excreções sólidas (fezes).
Segundo Huangdi Neijing, "o fei-pulmão domina as funções vitais do organismo". Devido às suas
características descendentes e dispersantes, aquele zang inala qing-qi (qi límpido) e elimina zhu-qi (qi
turvo), contribuindo para a existência de um estado energético equilibrado em todo o organismo.
Enquanto que pela acção dispersante, o fei-pulmão excreta uma parte da água sob a forma de suor, pela
sua acção descendente grande parte dos líquidos corporais são enviados para o shen-rim, sendo depois
excretados pelo pangguang-bexiga, sob a forma de urina. Através daquela acção dispersante dissemina
ainda os nutrientes essenciais, sobretudo alimentares, pela pele e cabelos, e regula o fecho e a abertura
dos poros.
SHEN-rim e PANGGUANG-bexiga
Segundo Huangdi Neijing, o shen-rim representa a origem de yin-yang do corpo humano, dominando e
controlando a reprodução, o crescimento e o desenvolvimento de todos os seres vivos. Origina ainda a
medula que alimenta os ossos, que produz o sangue e que enche a cavidade craniana. Em relação à
capacidade auditiva, esta depende da capacidade nutritiva do shen qi.
Em conjunto, fei-pulmão e shen-rim controlam e regulam os fluidos orgânicos. Através da sua acção
descendente, o fei-pulmão envia uma parte dos fluidos orgânicos para o shen-rim, para que este, através
da sua função yang, efectue a separação das fracções límpida e turva daqueles fluidos. Enquanto que a
primeira é retida no organismo, a fracção turva é excretada pela bexiga. A acção combinada daqueles
zang é ainda responsável pela distribuição de qing qi por todo o organismo, sendo o qing qi (qi
atmosférico límpido) inalado pelo fei-pulmão e controlando o shen-rim a sua recepção.
Estão relacionados interna-externamente. Enquanto que o xinbao-pericárdio tem uma função protectora
específica sobre a bomba cardíaca, o sanjiao-triplo aquecedor é o grande enigma da MTC, pois representa
a "generalização das actividades fisiológicas dos zang-fu" até aqui descritos. O tratamento dos seus
desequilíbrios yin-yang, faz-se sobretudo através dos shou jueyin e shou shaoyang. Xinbao e sanjiao
relacionam-se ainda com o fogo ministerial, ou fogo divinal da Filosofia Taoista.
Segundo Huangdi Neijing, "sanjiao-triplo aquecedor é o fu com nome e sem forma". Funcionalmente
subdivide-se em: a) shangjiao, ou "aquecedor superior", que representa a região torácica e está
relacionado essencialmente com as funções de transporte de qi e sangue pelos xin-coração e fei-pulmão;
b) zhongjiao, ou "aquecedor intermédio", que representa a cavidade abdominal superior e as funções yun
hua dos pi-baço e wei-estômago; e c) xiajiao, ou "aquecedor inferior", que representa a cavidade
abdominal inferior, mais concretamente os órgãos extraperitoneais, e generaliza as funções dos shen-rim e
pangguang-bexiga relativas ao metabolismo da água.
Órgãos Secundários
De acordo com a MTC, o cérebro e o útero são "órgãos secundários" da estrutura humana, uma vez que
resultaram da ascensão e da descida da essência do shen-rim.
Segundo Huangdi Neijing, a essência do shen-rim produz medula que, depois de ascender, forma o
cérebro, sendo o xin-coração o "guardião do espírito (mente)" e o gan-fígado o responsável pela
manutenção do livre fluxo de essência e energia vital. Assim, estes zang são os principais responsáveis
pela origem e actividades mentais do cérebro, cuja actividade fisiológica respeita sobretudo o pensamento
e a memorização.
Resultante da descida de shen qi, o útero, tem como principais funções a regulação da menstruação e a
nutrição fetal após a concepção. Está relacionado com os shen-rim e gan-fígado, com os doze meridianos
regulares e é a origem dos meridianos "penetrante" (chong mai) e da "concepção" (ren mai). O ren mai
regula as funções de todos os meridianos yin e é responsável pela nutrição fetal, o chong mai regula o qi e
sangue dos doze meridianos regulares. Enquanto que o shen-rim regula o volume do fluxo menstrual e é
responsável pela fecundação e crescimento fetal, o gan-fígado, através das suas funções de
armazenamento de sangue e de regulação do volume de sangue circulante, regula e controla os períodos
menstruais (periodicidade). O ciclo menstrual é ainda influenciado pelo qi e sangue dos doze meridianos
regulares, uma vez que todos eles estão directa ou indirectamente relacionados com o útero.
Embora os zang-fu e órgãos secundários necessitem de todas as essências orgânicas para as suas
actividades fisiológicas, algumas delas estão directamente relacionadas com determinados zang - Quadro
5.3. Não só os desequilíbrios essência orgânica originam perturbações nos zang de que dependem
directamente, como perturbações primárias de um zang se repercutem de imediato nas suas essências
específicas.
Os pi-baço, gan-fígado e xin-coração, estão directamente relacionados com o sangue. Assim, qualquer
distúrbio nesta essência orgânica será causa de desequilíbrio em qualquer daqueles zang.
De acordo com a filosofia Taoista, a saúde é um estado que resulta do equilíbrio harmonioso entre as duas
forças do universo e o corpo humano, ou seja, no processo de saúde-doença, yin-yang constituem os dois
pratos de uma balança cujo fulcro é o homem, e qualquer rotura no equilíbrio yin-yang conduzirá
inevitavelmente ao aparecimento de um "estado de não saúde".
A prevenção das doenças através da promoção da saúde e do tratamento precoce das desarmonias, ocupa
deste tempos imemoriais um papel de relevo na MTC, tal como se infere do seguinte estrato de Huangdi
Neijing: "tratar as doenças após o aparecimento dos sintomas, é como escavar a terra à procura de água
somente quando se tem sede".
Em MTC, a capacidade de defesa do organismo contra a acção dos inúmeros agentes patogénicos deve-se
ao factor antipatogénico, ou qi-antipatogénico, o qual é responsável pela manutenção do balanço relativo
entre o exterior e o interior do corpo humano e, entre este e o meio ambiente.
Sempre que houver perda do equilíbrio harmonioso yin-yang, com preponderância de um ou outro,
surgirão os processos patológicos. Assim, a doença será o resultado da derrota do factor antipatogénico
perante os factores patogénicos.
A eficácia da acupunctura e moxibustão não se limita à terapêutica curativa, possuindo também, pelas
suas acções reguladora e revitalizadora de qi-antipatogénico, um papel preventivo inquestionável,
permitindo a manutenção ou o restabelecimento do equilíbrio no corpo humano e entre este e o meio
ambiente.
Existem três grandes grupos de factores patogénicos: a) factores exógenos ("os seis excessos"), b)
factores emocionais ("as sete emoções"), e c) factores heterogéneos ("os seis heterogéneos") – Quadro
6.1.
A análise dos factores patogénicos, com base nas manifestações clínicas é muito importante para o
diagnóstico correcto das diferentes patologias e para as respectivas orientações terapêuticas.
Segundo Huangdi Neijing, "o tratamento deve ser feito com base na diferenciação das síndromes", ou
seja, as causas das doenças devem ser determinadas através do estudo e caracterização dos sinais e
sintomas que constituem os diferentes quadros clínicos, e o tratamento deve ser instituído com base
nessas mesmas causas.
Os factores patogénicos exógenos, ou "seis excessos", são o vento, o frio, o calor estival, a humidade, a
secura e o calor, fogo e aquecimento – Quadro 6.1.
De um modo geral, são factores em relação aos quais o organismo não apresenta capacidade de adaptação
e caracterizam-se essencialmente por:
Vento
Este agente patogénico invade sobretudo a região superior (yang) do corpo, enfraquecendo o wei qi (qi
defensivo) e desregulando a abertura e o fecho das porosidades orgânicas.
As doenças causadas pelo vento têm geralmente início súbito e o seu quadro clínico altera-se muito
rapidamente. Os sinais e sintomas mais frequentes são:
As doenças provocadas pelo vento exógeno, geralmente afectam em primeiro lugar o fei-pulmão e a pele,
cabeça e garganta. As doenças provocadas pelo vento endógeno, são quase sempre devidas a
hiperactividade de yang do gan-fígado e podem dar origem a tonturas, convulsões e hiperpirexia.
Calor Estival
É um factor patogénico que pertence ao elemento yang e surge exclusivamente nos dias quentes de Verão.
As suas principais características são:
Humidade
É um factor patogénico que pertence ao elemento yin, surgindo sobretudo na estação chuvosa do período
terminal do Verão. As suas principais características são:
a) viscosidade e estagnação,
b) turvação, lentidão e peso,
c) conspurcamento e nocividade,
d) capacidade de obstrução das passagens de qi,
e) capacidade de destruição de yang do pi-baço/pâncreas.
Secura
Frio
É um factor patogénico que pertence ao elemento yin e é preponderante durante o Inverno. As suas
principais características são:
Pertencem ao elemento yang e não têm relação com as quatro estações. Embora sejam da mesma
natureza, são diferentes em intensidade, sendo o factor fogo o elemento mais grave e o factor
aquecimento, ou calor ligeiro, o menos grave. As suas principais características são:
As "sete emoções", são os principais factores etiológicos para o aparecimento das doenças endógenas e
reflectem o estado mental (espírito) do homem perante as diferentes solicitações ambientais. Estão
directamente relacionadas com os wu xing e em condições de equilíbrio não são causa de doenças.
Porém, perante uma grande hipersensibilidade individual, quando a sua intensidade e persistência são
acentuadas, podem romper o equilíbrio yin-yang e originar alterações patológicas nos zang-fu e na
circulação de qi e sangue.
Os principais grupos de factores emocionais são a alegria, o ódio e cólera, a melancolia, a meditação, a
tristeza, o terror, o medo e receio – Quadro 6.1.
Cada um dos grupos de factores emocionais apresenta determinada apetência para zang-fu específicos –
Quadro 6.2. Contudo, as perturbações mais observadas na clínica respeitam sobretudo os xin-coração,
gan-fígado e pi-baço/pâncreas.
A frustração, embora não integre as "sete emoções", é a precursora da cólera e ódio, uma vez que,
perturbando as funções do gan-fígado, dificulta a livre circulação de qi.
Considerando os respectivos zang-fu, os sete grupos de factores emocionais podem ser causa de (Quadro
6.3):
FACTORES HETEROGÉNEOS
Actualmente raro, este factor pernicioso é ainda muitas vezes fatal, sendo o causador das grandes
epidemias e pandemias, nomeadamente de cólera, peste, febre amarela e SIDA. As infecções de
transmissão sexual e a maior parte das doenças infecciosas, transmissíveis ou não, são, segundo a MTC,
devidas a este agente patogénico.
Embora as suas características sejam idênticas às do calor patogénico, este agente é mais pernicioso e
combina-se frequentemente com a humidade tóxica.
Fleuma
Em MTC, o termo fleuma não se refere unicamente às secreções expelidas pelo pulmão, mas sobretudo à
retenção hídrica no organismo e a qualquer outro desequilíbrio no balanço hidro-electrolítico.
Perturbações e desequilíbrios na fisiologia normal dos fei-pulmão e shen-rim, e principalmente na função
yun hua do pi-baço, originam alterações no metabolismo da água.
Segundo Huangdi Neijing, o "pi-baço é a grande fonte de fleuma do organismo", a qual tanto pode ser
causa como consequência de desequilíbrios orgânicos. Quando se verifica estagnação prolongada da água
corporal, devida sobretudo a qi xu (défice de qi) e xu de calor, esta transforma-se geralmente em fleuma.
Consoante o local onde ocorre a acumulação de fleuma, assim podem surgir diversas manifestações
clínicas:
a) a acumulação de fleuma e humidade no fei-pulmão origina dispneia e tosse produtiva, sendo esta
geralmente mucopurulenta;
b) o excesso de fleuma no wei-estômago provoca eructações frequentes, regurgitação, náuseas e vómitos;
c) a invasão dos jingluo dá origem ao aparecimento de edemas, hemiparesias e hemiplegia;
d) o aparecimento de rouquidão, delírio e coma pode ser devido ao obscurecimento do xin-coração por
excesso de fleuma;
e) a sua acumulação no tecido celular subcutâneo facilita a formação de tumorações, tanto de nódulos
benignos como de tumores malignos.
Sangue Estagnado
Como já se referiu em capítulos anteriores, na MTC o conceito de sangue é mais vasto que na medicina
ocidental. Segundo Zhongguo Zhenjiu Gaoyao (Bases da Acupunctura e Moxibustão Chinesa), o sangue
estagnado abarca dois conceitos distintos mas indissociáveis, o "sangue substancial" e o "sangue
imaterial". Enquanto que o último se refere aos sintomas relacionados com a patologia do sangue
substancial, este respeita o líquido vermelho que circula dentro dos vasos sanguíneos.
A redução acentuada da velocidade de circulação do sangue pode conduzir à sua estagnação, com o
consequente extravasamento para diferentes regiões do organismo. Caso tal extravasamento de sangue se
verifique, além de focos hemorrágicos, equimoses, ptéquias e púrpuras, podem ainda ocorrer outras
disfunções, manifestadas sobretudo por tumorações abdominais e diversa sintomatologia dolorosa.
Dieta Desiquilibrada
A ingestão alimentar desequilibrada refere-se sobretudo ao não cumprimento das Leis da Alimentação
Racional, as quais, além de incluírem as actualmente chamadas "leis de Escudero", realçam ainda a
importância da adequação dos intervalos pandreais.
O exercício físico é um factor importante na manutenção do equilíbrio harmonioso yin-yang, mas a sua
inexistência ou os excessos na sua prática conduzem inevitavelmente ao aparecimento de doenças.
O esforço físico intenso e prolongado, pode consumir o agente antipatogénico e dar origem a astenia,
hipersudorese, palpitações, tonturas e obnubilação. A ausência de prática de exercício físico moderado,
pode causar uma redução na velocidade de circulação de qi e sangue, com o consequente
enfraquecimento de qi-antipatogénico e aparecimento de lassidão, astenia generalizada, dispneia fácil,
obesidade e doenças debilitantes.
Segundo a filosofia chinesa, o excesso de actividade sexual perturba o qi do shen-rim (no homem) e o qi
do gan-fígado (na mulher), destruindo o equilíbrio yin-yang destes zang e alterando as características
congénitas do yuan qi. No homem podem surgir tinitus, tonturas, amnésia, lombalgias, fraqueza dos
membros (sobretudo inferiores), lassidão astenia, oligospermia e impotência sexual. Na mulher podem
ocorrer tonturas, amnésia, perturbações do comportamento, astenia, irritabilidade, dismenorreia e
irregularidade menstruais.
Traumatismos
Termo do léxico médico chinês contemporâneo, engloba todas as lesões traumáticas de origem exógena,
tais como ferimentos perfurantes, incisões, contusões, mordeduras de animais, picadas de insectos, etc. Os
traumatismos são os factores patogénicos menos importantes da MTC.
CAPÍTULO VII – SEMIOLOGIA
De acordo com a filosofia Taoista da MTC, a doença é um estado que resulta da preponderância relativa
dos factores patogénicos, em relação ao agente anti-patogénico, com consequente desequilíbrio no
balanço energético do organismo. É no reconhecimento e análise desse desequilíbrio que assenta o
diagnóstico da medicina chinesa.
Qualquer que seja o tipo de medicina praticada, o diagnóstico deve ser sempre o elo de ligação entre os
conhecimentos teóricos e o tratamento e, embora por processos diferentes, tanto a MTC como a Medicina
Hipocrática propõem-se atingir os mesmos objectivos: "o restabelecimento do equilíbrio".
Qualquer técnico responsável, seja médico acupuncturista ou terapeuta acupunctor, para a prática idónea
da acupunctura, deve formular o seu diagnóstico com base em três aspectos fundamentais:
Anamnese
O inquérito ao doente, ou interrogatório sobre a história da sua doença actual e sobre os antecedentes
pessoais e familiares, é muito importante. Contudo, não deve ser considerado de modo isolado, mas
sempre em combinação com os outros aspectos referidos anteriormente, principalmente com o exame
objectivo.
Segundo Huangdi Neijing, existem oito aspectos da anamnese que devem ser exaustivamente analisados,
alguns dos quais estão relacionados com os orgãos dos sentidos, com as características da dieta, ou com
os hábitos e características psicológicas dos indivíduos.
Arrepios e Febre
A ocorrência simultânea de arrepios de frio e febre, no estádio inicial de uma doença, permite formular a
hipótese de uma "síndrome exterior", em que os agentes patogénicos não invadiram o interior do
organismo, encontrando-se ainda na superfície corporal. Enquanto que a preponderância relativa de
arrepios de frio aponta para uma síndrome causada por vento-frio, o predomínio de febre orienta para uma
síndrome originada por vento-calor. A alternância entre aqueles sinais, com uma distribuição temporal
idêntica, é patognomónica da invasão do interior do organismo por uma "síndrome exterior".
Hiperpirexia persistente, não acompanhada de arrepios, indica geralmente "síndrome interior", devida a
invasão dos wei-estômago, xiaochang-intestino e dachang-cólon, por calor patogénico exógeno. Se a
hipertermia se acentuar durante o período nocturno, a doença terá um prognóstico reservado.
Temperatura sub-febril ou febre ligeira, inferior a trinta e oito graus centígrados, ocorrendo geralmente ao
fim da tarde ou no início do período nocturno, não acompanhada de arrepios, mas com sudorese nocturna
profusa e sensação de calor nas regiões palmar e plantar, levanta a suspeita de síndrome de calor
endógeno por yin xu (défice de yin). Períodos irregulares de alternância entre apirexia e temperaturas sub-
febris, orientam para qi xu (défice de qi).
Sudorese
As características da sudorese e a análise dos períodos em que ocorre, complementam o estudo dos
restantes sinais e sintomas que constituem o quadro clínico de uma doença.
Se numa "síndrome exterior", não ocorrer transpiração, deverá pensar-se em wei qi xu (défice de qi
defensivo) com incapacidade das defesas orgânicas para repelirem a invasão de um dos factores
patogénicos exógenos.
Enquanto que a hipersudorese nocturna não acompanhada de redução progressiva da temperatura corporal
indica deplecção ou enfraquecimento acentuado de wei qi, a transpiração espontânea durante o dia é
geralmente devida a yang qi xu e a fraqueza ligeira de wei qi.
A hipersudorese nocturna ocorre de um modo geral nas síndromes yin xu devidas a yang shi, ou
síndromes de calor em excesso por hiperactividade de yang.
Em síndromes exteriores, a transpiração indica geralmente invasão do organismo por vento-calor e a sua
ausência sugere invasão por vento-frio.
Nas síndromes interiores de longa duração, a hipersudorese fria é patognomónica de colapso de yang qi,
situação que conduz inevitavelmente à morte.
Apetite e Sede
Existe uma relação estreita entre os factores patogénicos exógenos e as características individuais do
apetite e da sede.
Se por um lado a polifagia e polidipsia, em conjunto, caracterizam as síndromes de calor dos pi-baço e
wei-estômago − como por exemplo na diabetes mellitus da Medicina Hipocrática − já a anorexia e a
parosmia, acompanhadas de enfartamento pós-pandreal, orientam para patologias xu daqueles zang-fu.
Eructações pútridas repetidas, anorexia e azia, sugerem síndromes shi de retenção alimentar.
Também os diferentes sabores, relacionados com os wu xing, permitem caracterizar as disfunções dos
zang-fu. Assim, por exemplo, a ausência de paladar acompanhada de anorexia, orienta o diagnóstico para
um estado de calidez no zhongjiao, ou seja, para "retenção de humidade-calor no aquecedor intermédio".
Visão e Audição
Segundo a MTC, os orgãos da visão estão associados ao gan-fígado. Se por um lado a hiperactividade
yang do gan-fígado pode originar congestão e hiperemia conjuntival, já a diminuição da visão, associada
a perda do brilho dos olhos, é consequência os da audição são orgãos sensoriais relacionados com o shen-
rim.
Os orgãos sensoriais relacionados com o shen-rim são os ouvidos. A diminuição progressiva da audição,
tinitus e zumbidos, são quase sempre sinais prodrómicos de uma síndrome xu daquele zang que, quando
invadido por calor exógeno, pode conduzir a uma redução irreversível da capacidade auditiva.
Secreções e Excreções
A análise das secreções e excreções constituem outro aspecto semiológico importante para o diagnóstico
em MTC. Estes dois termos referem-se sobretudo às fezes, urina, secreções vaginais e fluxo menstrual,
embora a rinorreia e expectoração também se possam considerar.
Genericamente, pode-se dizer que as secreções e excreções claras e de tonalidade esbranquiçada são
características das síndromes xu (défice) e de frio, enquanto que as turvas e de tonalidade amarelada
indicam síndromes shi (excesso) e de calor.
Enquanto que um quadro clínico com diarreia maciça de início súbito, significa desequilíbrio shi, já a
existência de diarreia crónica orienta o diagnóstico para uma síndrome xu por défice de yang dos shen-
rim e pi-baço. Nas pessoas de idade avançada, a diarreia que ocorre no início da madrugada − conhecida
como "diarreia do cantar do galo" − faz parte de um quadro diarreico crónico que é consequência de yang
qi xu dos pi-baço e wei-estômago.
Se a diarreia se acompanhar de dor abdominal que alivia com a defecação, a causa provável será uma
patologia shi originada por desequilíbrio na função yun hua dos pi-baço e wei-estômago, com a
consequente retenção alimentar. Existem ainda situações de desequilíbrio entre pi-baço e wei-estômago,
em que diarreia e a dor abdominal não aliviam com a defecação, como é o caso das diarreias originadas
por situações estressantes, ou "diarreias do stress".
Quando à observação macroscópica se verifica que a urina é escura e concentrada, o diagnóstico mais
provável será uma síndrome de calor do tipo shi. Se houver referência a poliúria, com urina clara e pouco
concentrada, deve-se considerar em primeiro lugar a existência de uma síndrome de frio do tipo xu.
Sempre que houver referência a polaquiúria, deve-se confirmar a coloração da urina. Enquanto que uma
urina de tonalidade amarelo-escura faz pensar, em primeiro lugar, numa síndrome shi devida a
acumulação de humidade-calor no xiajiao-"aquecedor inferior", já uma tonalidade amarelo-clara orienta o
diagnóstico para uma síndrome xu, por excesso de frio nos shen-rim e pangguang-bexiga.
Disúria, tenesmo, urgência ou retenção urinárias, são geralmente devidas a yang xu do shen-rim ou a
estagnação de sangue. Qi xu dos shen-rim e pi-baço, podem também originar retenção de fluidos e
oligoanúria.
Se o doente for do sexo feminino, a sua história ginecológica deve também ser analisada. Interlúnios
curtos com cataménios excessivos, de cor vermelho-escura, orientam o diagnóstico para uma síndrome de
calor do tipo shi. Interlúnios irregulares e prolongados, com cataménios escassos e de cor vermelho-clara,
sugerem uma síndrome de frio do tipo xu.
O aparecimento de leucorreia espessa e amarelada, com cheiro intenso, aponta para uma síndrome shi,
devida a invasão do xiajiao-"aquecedor inferior" por humidade-calor. Leucorreia esbranquiçada e
inodora, acompanhada de lombalgias, sugere uma síndrome yang xu dos shen-rim e pi-baço, por
acumulação de frio endógeno. A ocorrência de leucorreia sanguíno-purulenta ou de metrorragias pós-
menopausicas, indicará, respectivamente, invasão do útero por um factor pestilento ou por humidade
tóxica.
Sintomatologia Dolorosa
As dores agravadas com a pressão são características das síndromes do tipo shi, devidas a invasão do
organismo por factores patogénicos exógenos ou heterogéneos, podendo ainda ser devidas a estagnação
de qi e sangue e obstrução dos jingluo. As dores que aliviam com a pressão, indicam quase sempre
síndromes do tipo xu, causadas por défice ou fraqueza de yin, ou por insuficiência de qi e sangue.
Enquanto que as cefaleias paroxísticas são geralmente devidas a invasão por agentes patogénicos
exógenos, as cefaleias intermitentes estão relacionadas com a invasão do espírito por fleuma e com a
estagnação do sangue circulante. Cefaleias constantes, acompanhadas de perturbações da visão e de
"sensação de vazio cerebral", podem ser devidas a défice acentuado de yin (yin xu), ou a défice de qi e
sangue (qi-sangue xu).
Enquanto que as cefaleias agravadas pelo calor são devidas a hiperactividade de yang do gan-fígado, as
cefaleias agravadas pelo frio são originadas quase sempre pela invasão das sinartérias cranianas por
vento-frio.
Características do Sono
Enquanto que um quadro clínico de insónias, irritabilidade fácil, palpitações e tonturas é geralmente
consequência de uma síndrome yin xu do xin-coração, já a ocorrência de insónias e pesadelos,
acompanhada de perturbações do comportamento, sugere uma síndrome shi por hiperactividade do fogo
do xin-coração.
Finalmente, estados de vigília ou de letargia podem ser devidos, respectivamente, a uma síndrome shi por
excesso de calor no xinbao-pericárdio, ou a uma síndrome yang xu dos xin-coração e shen-rim.
A análise dos hábitos e das características psicológicas dos indivíduos, complementa os restantes aspectos
semiológicos e contribui para a formulação de hipóteses de diagnóstico. Dependem dos wu xing e têm
como base o relacionamento homem-natureza - Quadro 3.1.
Exame Objectivo
Em MTC, o exame objectivo é o aspecto mais importante para a formulação de um diagnóstico correcto.
O exame objectivo estrutura-se fundamentalmente na inspecção, palpação, auscultação e olfacto - Quadro
7.1.
Inspecção
A análise da expressão individual engloba sobretudo o estudo das características da fala, do fácies e do
estado de espírito e de consciência. Se um indivíduo se encontrar num estado de equilíbrio orgânico, ou
for portador de uma moléstia sem gravidade, apresentará um fácies normal com expressão natural, os
olhos estarão brilhantes e claros e responderá lúcida e prontamente às questões que lhe forem formuladas.
Para a MTC, a expressão é uma manifestação exterior do zong qi (qi essencial) e traduz as características
das actividades vitais dos qi, sangue e zang-fu - Quadro 7.2.
Análise da Constituição:
Se um indivíduo se encontrar num estado de equilíbrio orgânico, apresentará uma postura normal, sem
desvios comissurais e não será obeso nem excessivamente magro. Para a MTC, a constituição é uma
manifestação exterior da vitalidade dos zang-fu - Quadro 7.2.
A análise da superfície corporal respeita sobretudo a coloração da pele, a qual, apesar de uma certa
variabilidade individual, depende dos diferentes padrões rácicos. O seu estudo permite também tirar
algumas conclusões sobre as actividades vitais dos qi e zang-fu.
a) tonalidade avermelhada, devida à hiperemia característica das síndromes de calor, pode indicar (1)
patologia yin xu, ou (2) patologia yang shi. No primeiro caso existirá ruborização malar e no segundo
ruborização generalizada;
b) tonalidade pálida, característica das síndromes de frio, pode indicar (1) xu de sangue, (2) yang xu ,
casos em a coloração é branco-pálida, ou (3) patologia shi por excesso de frio, com tonalidade cinzenta.
Enquanto que o frio de intensidade moderada pode originar estagnação de qi e sangue, por contracção dos
vasos sanguíneos, o frio extremo e prolongado pode consumir yang qi, causando síndromes do tipo xu;
c) tonalidade azul-púrpura, também característica das síndrome de frio, pode indicar (1) xu de yang qi, ou
(2) patologia shi por estagnação de qi. Na primeira a pele está cianosada e na segunda, além de dor
acentuada, a pele apresenta uma tonalidade azul-púrpura esbatida;
d) tonalidade amarelada, embora não seja característica de uma síndrome específica, pode indicar (1)
patologia qi xu do pi-baço, sendo a tonalidade branco-amarelada, ou (2) patologia shi por excesso de
humidade, em que existe uma tonalidade ictérica generalizada.
Exame da Língua:
A língua está relacionada com todos os zang-fu, jingluo e fluidos orgânicos em geral, e com o sangue,
xin-coração e pi-baço em particular, reflectindo as características das suas actividades vitais. A inspecção
desta estrutura anátomo-funcional inclui a observação do corpo e revestimento glossiano e deve efectuar-
se em ambientes com luminosidade natural adequada. A inspecção da língua é a componente mais
importante do exame objectivo, fornecendo dados semióticos extremamente importantes para a
classificação das doenças segundo "os seis excessos" (factores patogénicos exógenos) e "os oito
princípios" (referidos no capítulo VIII).
Em condições de normalidade fisiológica, o corpo lingual não apresenta limitações da mobilidade nem
desvios, tem uma tonalidade ligeiramente avermelhada e o seu revestimento é fino, esbranquiçado e
ligeiramente húmido. Antes do início da inspecção, deve-se proceder ao despiste da ingestão de alimentos
e bebidas contendo substâncias artificiais ou corantes, as quais podem mascarar ou alterar
temporariamente aquelas características.
a) língua pálida, devida geralmente à invasão de frio patogénico exógeno, pode indicar (1) patologia qi
xu, (2) xu de sangue, ou (3) patologia yang qi xu. Nos dois primeiros casos existirão lábios e gengivas
pálidas, palpitações e tonturas; no último caso aparecerão também arrepios de frio, extremidades frias e
fezes pastosas;
b) língua vermelha, característica das síndromes de calor, pode indicar (1) xu de fluidos yin, ou (2)
patologia shi por invasão de calor patogénico exógeno ou endógeno. Enquanto que os estados shi
provocados por calor patogénico exógeno se acompanham de hipertermia, arrepios e revestimento lingual
fino, os provocados por calor endógeno acompanham-se geralmente de hiperpirexia, sede e revestimento
lingual amarelado. As doenças do tipo xu, devidas a consumo de fluidos yin, exteriorizam-se geralmente
através de uma redução do revestimento lingual e de hipersudorese e febre nocturnas;
c) língua vermelho-carmim, também característica das síndromes de calor, pode indicar (1) patologia xu,
devida a consumo de fluidos yin, por hiperactividade do fogo endógeno, o qual ascende e perturba a
mente, (2) patologia shi, por invasão de calor patogénico exógeno (moderado), que penetra no interior do
organismo e atinge sobretudo o xin-coração, ou (3) síndrome de calor extremo, devida a invasão de calor
patogénico exógeno (extremo). A primeira acompanha-se de insónias e irritabilidade, na segunda existe
delírio e coma e a terceira está geralmente associada a doenças febris graves;
d) língua púrpura, que pode traduzir (1) síndromes shi, por estagnação de qi e sangue, (2) síndromes de
frio, por yang xu, com predomínio relativo de frio endógeno, ou (3) síndromes de calor, por yin xu, com
consumo de fluidos yin. No primeiro a língua apresenta nódulos de tonalidade púrpura-escura, existindo
ainda dor nos hipocôndrios e na região costal, agravada com a pressão. Enquanto que nas síndromes yang
xu a língua apresenta um revestimento viscoso escasso e uma tonalidade purpura-pálida, nas síndromes
yin xu a língua não tem qualquer revestimento e a sua tonalidade é vermelho-púrpura.
a) língua edemaciada, que pode indicar (1) yang qi xu do pi-baço, com acumulação de fleuma-humidade
no interior do corpo, ou (2) síndrome shi, com excesso de calor patogénico endógeno, devido a
hiperactividade do fogo no xin-coração. Se no primeiro caso a língua apresenta uma coloração branco-
pálida com revestimento viscoso e espesso, no último terá uma coloração carmim, sendo frequentes as
ulcerações do corpo glossiano;
b) língua emagrecida, característica das síndromes xu, pode ser devida a (1) défice de qi e sangue, ou a (2)
síndrome de calor que, consumindo os fluidos orgânicos, conduz a alterações no seu estado de nutrição.
Embora o revestimento seja fino em ambos os casos, no primeiro a coloração do corpo é branco-pálida e
no segundo é vermelha, existindo ainda, na primeira situação, insónias, palpitações e tonturas;
c) língua fendida, que pode ser devida a (1) yin xu por hiperactividade do fogo, com revestimento fino-
viscoso e corpo vermelho, a (2) síndrome de calor tipo xu, devido a preponderância de calor que consome
os fluidos yin, não existindo qualquer tipo de revestimento a cobrir um corpo lingual vermelho, ou a (3) qi
xu, ou a sangue xu, apresentando-se o corpo com uma tonalidade pálida e com revestimento fino. Na
ausência de outros sinais ou sintomas, as gretas e fendas glossianas podem ser devidas a características
congénitas, não reflectindo necessariamente uma situação patológica;
d) língua espinhosa ou gomosa, indicando uma síndrome shi complicada de xu, devida a hiperactividade
do calor patogénico, é uma língua vermelha com papilas hipertrofiadas.
Relativamente ao revestimento do corpo lingual, são dois os parâmetros que se devem analisar: a sua
espessura e a sua viscosidade - Quadro 7.3.
a) os revestimentos brancos, sugerem geralmente síndromes exteriores de frio, embora estejam por vezes
relacionados com síndromes de calor;
b) os revestimentos amarelos, estão quase sempre relacionados com síndromes de calor, podendo a
intensidade da coloração dar uma ideia aproximada da gravidade da doença (a doença será tanto mais
grave, quanto mais intensa for a coloração);
c) os revestimentos cinzentos, apontam geralmente para uma síndrome interior de prognóstico reservado,
que poderá ser de frio ou de calor.
Considerando a coloração, espessura e viscosidade, as alterações mais frequentes dos revestimentos
glossianos são:
a) revestimento branco-fino, que pode indicar (1) normalidade, (2) síndrome exterior de vento-frio com
invasão do fei-pulmão, o qual de acompanha de arrepios, ou (3) síndrome exterior de vento-calor, o qual
origina hipertermia;
d) revestimento branco-seco, que indica geralmente (1) invasão do organismo por um factor pernicioso,
(2) síndrome de calor, ou, menos frequentemente, (3) síndrome xu de yin ou yang;
g) revestimento amarelo-viscoso, que pode ser consequência de (1) síndrome interior de acumulação de
humidade-calor, ou (2) síndrome de fleuma-calor com obstrução do fei-pulmão;
h) revestimento amarelo-seco, que traduz geralmente uma síndrome interior de acumulação de calor nos
wei-estômago, xiaochang-intestino e dachang-cólon, com destruição de yin;
i) revestimento cinzento-viscoso, que pode indicar (1) síndrome interior de frio, com retenção e
acumulação de frio-humidade, ou (2) síndrome yang xu, devida a estase de frio endógeno extremo;
j) revestimento cinzento-seco, consequência de síndromes interiores de calor, que podem ser devidas a (1)
deplecção dos fluidos yin, ou (2) défice de yin por hiperactividade do fogo;
l) revestimento pelado, indica destruição de qi e de yin e o exame objectivo pode revelar (1) "língua
geográfica" ou (2) "língua espelhada". Enquanto que a primeira é característica de uma síndrome interior
de fraqueza de qi e yin do wei-estômago, apresentando o corpo glossiano uma tonalidade amarelada, com
um revestimento parcialmente "pelado", a segunda traduz uma destruição irreversível daquelas essências
vitais, apresentando-se o corpo glossiano vermelho e completamente despapilado;
Palpação
A segunda etapa semiológica engloba a pesquisa de sinais através da palpação (A) do pulso, (B) dos
jingluo e jingxue e (C) de áreas dolorosas, edemaciadas ou ruborizadas, quentes e tumefactas.
A última, serve sobretudo para a detecção de pontos dolorosos, ou ahshixue, os quais não têm
nomenclatura nem localização específicas e engloba a palpação de regiões anatómicas que apresentam
sinais inflamatórios idênticos aos "sinais cardinais de Celso" (tumor, calor, rubor e dor), da Medicina
Hipocrática.
A palpação dos jingluo e jingxue, embora deva ser efectuada nas três grandes regiões anatómicas, é
particularmente importante no tronco e nos membros.
Segundo Huangdi Neijing, a palpação do pulso, ou análise dos kou, é a etapa mais importante do
diagnóstico, sendo necessária uma longa e dedicada prática clínica para se conseguir uma interpretação
adequada das suas inúmeras variantes. De acordo com a MTC contemporânea, a palpação e interpretação
adequadas dos kou e o exame exaustivo do corpo e revestimento glossianos, constituem os aspectos
semiológicos mais importantes para a formulação de um diagnóstico correcto.
Palpação do Pulso:
A palpação e estudo do pulso, compreende a análise dos três kou − cunkou, guankou e chikou −
localizados simétrica e bilateralmente na região radial distal do antebraço, próximo da articulação radio-
cárpica − Figura 7.2.
O pulso deve ser analisado com o doente sentado, com os membros superiores em supino e formando um
ângulo de noventa graus entre braço e antebraço, encontrando-se as regiões kou e pré-cordial ao mesmo
nível. Os kou das mãos direita e esquerda do doente devem ser palpados, respectivamente, com os dedos
das mãos esquerda e direita do médico. Os dedos indicador, médio e anelar do médico devem ser
colocados, nesta sequência, respectivamente sobre as regiões cun, guan e chi, aumentando-se
progressivamente a pressão digital.
A análise global, ou seja, o "diagnóstico do pulso" deve considerar a observação dos kou, individualmente
e em conjunto, segundo as diferentes pressões utilizadas. As regiões cun, guan e chi correspondem,
respectivamente, aos fei-pulmão, pi-baço e yang do shen-rim, na mão direita, e aos xin-coração, gan-
fígado e yin do shen-rim, na mão esquerda do doente.
O pulso normal é rítmico, vigoroso e regular, deve ser detectado com uma pressão ligeira a moderada e a
sua frequência pode variar entre sessenta e noventa batimentos por minuto (média de setenta), ou entre
quatro e cinco batimentos por movimento respiratório. Na interpretação do pulso, além das variações
individuais relacionadas com o biótipo, devem-se considerar ainda o grau de actividade física do
indivíduo e as condições atmosféricas, as quais têm grande influência sobre o tipo e características do
pulso, no momento da observação.
Segundo a MTC, existem vinte e quatro tipos diferentes de pulso, cuja classificação depende dos
parâmetros que devem ser sempre analisados, nomeadamente (1) profundidade, (2) frequência, (3)
amplitude, (4) tonicidade, (5) forma e (6) ritmo - Quadro 7.4.
a) pulso superficial, ou flutuante, é perceptível à pressão ligeira, desaparece com a pressão moderada e
pode ser (1) vigoroso, como nas síndromes exteriores, ou (2) fraco, sugerindo uma síndrome xu por défice
de yin e yang qi, como acontece nas doenças debilitantes. Como nas síndromes exteriores o primeiro zang
a ser atingido é o fei-pulmão, a observação atenta do cunkou direito permitirá fazer o seu diagnóstico
precoce;
b) pulso intermédio, que traduz uma situação de normalidade fisiológica, se não existirem associados
dados semiológicos patológicos;
c) pulso profundo, perceptível somente com a pressão acentuada, indica que a doença invadiu o interior
do organismo e traduz, geralmente, síndromes interiores (1) do tipo xu, (2) do tipo shi, e, mais raramente,
(3) síndrome de retenção alimentar, ou (4) de estagnação de qi e sangue. No primeiro caso o pulso é forte
e no segundo é fraco;
d) pulso lento, com uma frequência inferior a sessenta batimentos por minuto, ou a quatro batimentos por
movimento respiratório, indica geralmente uma síndrome de frio por yang xu;
e) pulso moderado, característico das situações fisiológicas normais, tem uma frequência que varia entre
sessenta e noventa batimentos por minuto;
f) pulso rápido, com uma frequência superior a noventa batimentos por minuto ou a cinco batimentos por
movimento respiratório, pode indicar síndromes de calor (1) do tipo xu, por défice de yin, ou (2) do tipo
shi, por excesso de yang;
g) pulso longo, perceptível a montante e a jusante dos três kou, pode ser considerado um pulso normal se
não existir qualquer sintomatologia associada. Num indivíduo doente, pode traduzir (1) uma síndrome de
calor do tipo xu, por consumo de yin, ou (2) uma síndrome xu por défice de sangue yin;
h) pulso curto, perceptível somente em guankou, indica geralmente uma síndrome xu por défice de qi e
sangue;
i) pulso normal, tal como o nome indica é um pulso que não é longo nem curto, sendo o padrão da
normalidade em relação à amplitude;
j) pulso forte, perceptível ao contacto superficial, pode corresponder a uma situação normal quando não
houver suspeita de patologia, ou quando de trate de praticantes de desporto de competição. Num
indivíduo doente, este tipo de pulso sugere a existência de uma síndrome shi devida a (1) estagnação de qi
e sangue, ou a (2) retenção alimentar;
l) pulso fraco, ou "pulso xu", é um pulso dificilmente perceptível à palpação, mesmo com a aplicação de
pressão acentuada e é característico das síndromes xu por (1) défice de sangue, (2) défice de qi, ou por (3)
défice combinado de qi e sangue;
n) pulso escorregadio, ou pulso rolante, é facilmente perceptível, suave, vigoroso, mas de limites
imprecisos, lembrando "o deslizar de uma pequena bola num líquido viscoso". Numa mulher, quando os
três kou apresentarem bilateralmente aquelas características, deve-se suspeitar de gravidez. Embora por
vezes se palpe em pessoas saudáveis, nos homens e nas mulheres não grávidas traduz geralmente uma (1)
síndrome shi por excesso de fleuma ou, mais raramente, uma (2) síndrome shi de retenção alimentar;
o) pulso agitado, é um pulso rítmico, mas com ondas de forma irregular e pode indicar (1) síndrome shi
devida a estagnação de qi, (2) síndrome shi devida a estagnação de sangue, ou (3) síndrome xu por défice
de sangue;
p) pulso fibroso, é um pulso tenso e longo, lembrando ao toque "a palpação de uma corda de violino", que
geralmente traduz (1) uma síndrome shi, devida a hiperactividade de yang do gan-fígado, ou, mais
raramente, (1) uma síndrome xu por défice de yin;
s) pulso fino, é semelhante ao pulso filiforme, mas perceptível somente ao toque superficial e traduz
geralmente uma síndrome xu por défice de sangue e yin;
t) pulso vasto, é um pulso de mau prognóstico, perceptível com as diferentes intensidades de pressão
digital e embora traduza geralmente uma (1) síndrome de colapso de qi, também pode orientar o
diagnóstico para uma (2) síndrome de calor excessivo;
u) pulso rítmico, é o padrão dos pulsos quanto ao ritmo e apresenta ondas de frequência e amplitude
normais. Não tem significado patológico;
v) pulso impetuoso, é um pulso rápido, arrítmico e irregular, em que as ondas de sucedem de forma rápida
e irregular, com ausências irregulares de batimentos. Pode indicar (1) síndrome shi por excesso de yang
do xin-coração, (2) síndrome shi por estagnação de qi e sangue no shangjiao, (3) síndrome shi por
excesso de fleuma, (4) síndrome shi de retenção alimentar, ou (5) síndrome xu por colapso de qi e sangue,
com desequilíbrio irreversível de yin-yang. A última situação corresponde ao estádio terminal da doença;
w) pulso nodoso, é um pulso lento, arrítmico e irregular e pode indicar (1) síndrome interior do tipo shi,
devido a retenção de frio-fleuma no xinbao-pericárdio, (2) síndrome interior do tipo shi, devido a
estagnação de sangue no xin-coração, (3) síndrome interior do tipo shi, devido a excesso de yin, ou (5)
síndrome exterior de frio; e
x) pulso intermitente, é um pulso lento, com ondas de forma regular e com ausências regulares de
batimentos. Pode indicar uma (1) síndrome xu, por défice de qi e sangue, ou uma (2) síndrome xu por
consumo de yang qi.
O exame objectivo dos jngluo e jingxue deve efectuar-se de modo sistemático nas três grandes regiões
anatómicas, sendo particularmente importante a sua palpação no tronco e nos membros.
A prática clínica de milhares de anos demonstrou que as sinartérias podem apresentar reacções anormais
como consequência de estados de desequilíbrio yin-yang, tanto na superfície corporal como no interior do
organismo. Embora algumas vezes a observação macroscópica dos trajectos sinarterianos revele
ruborizações ou despigmentações cutâneas, a maior daquelas reacções traduzem-se em fenómenos
dolorosos, exacerbados pela palpação dos jingluo e jingxue.
Auscultação e Olfacto
A última etapa do exame objectivo deve ter em atenção as características da fala e da respiração do
indivíduo, bem como a tosse, pois são dados importantes para a avaliação das condições energéticas do
organismo.
De um modo geral, a respiração superficial e suave é característica das patologias do tipo xu, e a
respiração profunda e pesada está mais vezes associada às do tipo shi. Enquanto que nas síndromes shi do
fei-pulmão, por fleuma-calor ou por fleuma-humidade, a respiração é estertorosa, com marcada
dificuldade expiratória, nas síndromes xu do shen-rim a respiração é silenciosa, com dificuldade
inspiratória. Nas síndromes com qi xu dos xin-coração e fei-pulmão existe dificuldade inspiratória,
dispneia e sudorese profusa com os pequenos esforços.
Também as características da fala e da tosse ajudam a diferenciar as síndromes entre shi e xu. Se uma voz
débil ou indistinta orienta para uma síndrome xu, já uma voz forte e viva é mais sugestiva das síndromes
shi. Enquanto que a gaguez sugere obstrução das colaterais sinarterianas por vento-fleuma, os murmúrios,
resmungos frequentes ou a verborreia sem sentido orientam para um desequilíbrio da mente, traduzindo o
delírio um obscurecimento do xin-coração por excesso de fleuma. Se a tosse produtiva e borbulhante está
geralmente associada a uma síndrome shi por excesso de fleuma e/ou humidade, já a tosse improdutiva e
irritativa, ou tosse canina, é característica das síndromes de calor do fei-pulmão, originadas por yin xu.
Os odores sentidos pelo observador, e relativos às secreções e excreções do doente, também podem
fornecer dados importantes para o diagnóstico. Assim, se por um lado as secreções e excreções inodoras
caracterizam as síndromes de frio, do tipo xu, já os odores pútridos são característicos das síndromes de
tipo shi, de calor, de fleuma ou de humidade.
CAPÍTULO VIII - DIFERENCIAÇÃO DOS SÍNDROMES
Após a pesquisa exaustiva de sinais e sintomas, a etapa seguinte é a diferenciação dos síndromes, a qual
antecede a formulação do diagnóstico definitivo. Esta etapa tem como pilares fundamentais a observação
e a investigação empíricas, alicerçadas na racionalização da filosofia Taoista da MTC.
Embora a semiologia permita identificar a maior parte das doenças, o diagnóstico definitivo só pode ser
formulado após a avaliação do seu estádio evolutivo, da sua localização e do grau de preponderância
relativa entre os factores patogénico e anti-patogénico.
Segundo Huangdi Neijing, existem três campos analíticos fundamentais para a diferenciação dos
síndromes que, apesar de específicos, devem ser sempre considerados e avaliados em conjunto:
A análise dos "oito parâmetros" ou dos "oito princípios", tem como base a descrição preliminar dos
quatro pares de polaridades opostas, relativas à profundidade, ao tipo de agente, à intensidade e à natureza
de uma doença – Quadro 8.1.
Os síndromes interiores são geralmente originadas pela invasão de agentes patogénicos exógenos que
ultrapassam as barreiras defensivas da superfície corporal e penetram no interior do organismo, podendo
ainda ser consequência do ataque directo dos zang-fu. São doenças de gravidade variável, sendo o
prognóstico reservado caso a instituição da terapêutica adequada não se faça atempadamente.
Quadro 8.2 – Sinais e sintomas mais frequentes nos síndromes exteriores e interiores.
Síndromes Exteriores Síndromes Interiores
Febre com arrepios de frio, rinorreia, Febre sem arrepios de frio, cefaleias,
prurido orofaríngeo, obstrução nasal, tosse produtiva, dor orofaríngea,
intolerância ao frio. intolerância ao frio ou ao calor.
Pulso superficial e vigoroso. Pulso intermédio ou profundo.
Língua normal com revestimento Alterações do revestimento lingual.
branco.
Os sinais e sintomas dos síndromes exteriores e interiores constituem quadros gerais de referência, que
complementam a análise dos outros três pares de polaridades opostas, não servindo, "per si", para
formular um diagnóstico definitivo. Também a profundidade de uma síndrome não permite, só por si,
emitir considerações sobre o seu prognóstico.
Estes síndromes estão relacionados com a presença de factores patogénicos exógenos. Quando o
organismo é invadido por um agente de natureza yang (calor, secura, calor estival, etc.), ou quando ocorre
um défice de yin, surgirão sinais e sintomas relacionados com o calor. Quando ocorrerem sinais e
sintomas relacionados com o frio, estes podem ser devidos à invasão de agentes patogénicos de natureza
yin, principalmente de frio, ou a um défice relativo das actividades yang do corpo humano.
Ocasionalmente, a preponderância prolongada de frio pode dar origem a uma transmutação em calor.
Uma vez que os seus agentes são de natureza oposta, e como tal originam quadros clínicos distintos, o
diagnóstico diferencial entre os síndromes de calor e de frio é relativamente fácil – Quadro 8.3.
Quadro 8.3 – Sinais e sintomas mais frequentes nos síndromes de calor e de frio.
Síndromes de Calor Síndromes de Frio
Febre elevada e persistente; Febre ligeira ou apirexia;
Sede com desejos de bebidas frias; Desejo de bebidas quentes;
Fácies ruborizada e olhos congestionados; Fácies pálido;
Irritabilidade, delírio ou coma; Serenidade ou lassidão;
Sensação generalizada de calor; Membros e extremidades frias;
Dor agravada com o calor; Dor localizada e agravada com o frio;
Obstipação e / ou fezes duras; Diarreia e / ou fezes pastosas;
Secreções e excreções turvas, com mau cheiro; Secreções e excreções límpidas e inodoras;
Oligúria ou oligoanúria; Poliúria ou diurese normal;
Pulso rápido; Pulso lento;
Língua vermelha com revestimento amarelado. Língua pálida com revestimento esbranquiçado
Os síndromes de calor ou de frio devem ser sempre avaliadas de acordo com o estado fisiológico do
interior do organismo e relacionadas com a intensidade do factor patogénico, ou seja, com a sua
preponderância (shi) ou com o seu défice (xu) relativo – Figura 8.1.
Figura 8.1 – Relação entre síndromes de calor e de frio e estados de défice e de excesso.
Yin Yang
Estas síndromes traduzem a preponderância ou défice relativos dos factores patogénico e anti-patogénico.
Na prática clínica, os síndromes puras de tipo shi ou de tipo xu são muito raras, sendo mais frequentes os
síndromes xu complicadas de shi – Figura 8.2.
Figura 8.2 – Síndromes puras de défice (xu) e de excesso (shi), e síndromes complicadas (xu-shi).
a b a b a b
Xu Shi Xu-Shi
Nos síndromes xu, a causa primária da doença é um desequilíbrio interno de yin-yang, que origina um
défice nas capacidades defensivas do organismo, ou seja, um défice de qi anti-patogénico. Embora não
estejam em excesso, os agentes patogénicos são contudo preponderantes em relação ao agente
antipatogénico (qi).
Enquanto que a causas primárias dos síndromes xu podem ser estados de malnutrição adquirida ou
deficiências congénitas, os síndromes shi são geralmente devidas à invasão de factores patogénicos
exógenos ou a disfunções primárias dos zang-fu.
No quadro seguinte apresentam-se os sinais e sintomas mais frequentes dos síndromes xu e shi – Quadro
8.4.
Quadro 8.4 – Sinais e sintomas mais frequentes nos síndromes de défice e de excesso.
Síndromes de Défice - Xu Síndromes de Excesso - Shi
Doença de longa duração; Doença aguda ou recente;
Palidez, apatia, insónias; Rubor facial, agitação, nervosismo;
Amnésia, incapacidade de concentração; Perturbações do comportamento, exaltação;
Respiração superficial, dificuldade expiratória; Respiração estertorosa, dificuldade inspiratória;
Tinitus, obnubilação, voz fraca, palpitações; Sensação de plenitude torácica, voz pesada;
Dor aliviada com a pressão; Dor agravada com a pressão;
Hipersudorese nocturna, fezes pastosas; Hipersudorese, obstipação ou tenesmo;
Poliúria, urina de baixa densidade, enurese; Polaquiúria, disúria;
Ejaculação precoce, impotência sexual; Ejaculação nocturna frequente;
Pulso fino e fraco (tipo xu); Pulso forte (tipo shi);
Língua pálida com revestimento fino. Língua vermelha com revestimento espesso.
Consoante de trate de síndromes puras, xu ou shi, ou de síndromes xu complicadas de shi, assim variam
os métodos de estimulação das agulhas, para a "chegada de qi". Enquanto que nos síndromes xu e shi se
aplicam, respectivamente, os método de reforço (shi) e de redução (xu), nos síndromes complicadas
podem ser utilizados os métodos regular e de reforço-redução (shi-xu).
Como se compreende facilmente, na prática clínica é frequente encontrar-se uma correlação entre os
síndromes de tipo shi e os síndromes de calor, e entre os síndromes de tipo xu e os síndromes de frio.
Segundo Huangdi Neijing, as polaridades yin-yang constituem o substrato da teoria dos oito princípios,
permitindo classificar as doenças quanto à sua natureza, considerando-se ou não os restantes parâmetros
utilizados na sua nomenclatura.
Enquanto que os síndromes exteriores, de calor e de excesso estão geralmente correlacionadas com yang,
os síndromes interiores, de frio e de défice correspondem a yin. Naturalmente que esta correspondência é
relativa, pois yin-yang não são entidades absolutas e dependem de inúmeras condições e variáveis
relacionadas com determinado momento.
Quadro 8.5 – Sinais e sintomas mais frequentes nos síndromes yang xu e yin xu.
Síndromes Yang Xu Síndromes Yin Xu
Arrepios de frio, extremidades frias; Febre nocturna, rubor facial;
Ausência de sede; Boca seca e prurido orofaríngeo;
Edemas, sensação de frio; Sensação de calor nas regiões plantar e
Lassidão, incapacidade de concentração; palmar;
Hipersudorese espontânea, fezes pastosas; Irritabilidade, insónias;
Poliúria e urina pouco concentrada; Hipersudorese nocturna, obstipação;
Pulso profundo de tipo xu; Oligúria e urina concentrada;
Língua pálida com revestimento branco. Pulso filiforme e rápido de tipo xu;
Língua vermelha com revestimento escasso.
Quadro 8.6 – Sinais e sintomas mais frequentes nos síndromes colapsantes de yin e yang.
Síndromes de Yin Colapsante Síndromes de Yang Colapsante
Ruborização malar, aversão ao calor; Palidez, aversão ao frio;
Sensação generalizada de calor; Sensação generalizada de frio;
Dificuldade respiratória, agitação; Respiração superficial, apatia;
Sudorese espessa e pegajosa; Hipersudorese fria;
Sede intensa com desejo de bebidas frias; Sede com desejo de bebidas quentes;
Pulso filiforme e rápido de tipo xu; Pulso fino de tipo xu;
Língua vermelha com revestimento Língua pálida e húmida.
escasso
De acordo com a natureza yin ou yang, os síndromes de tipo xu subdividem-se ainda em síndromes de
défice não complicadas e em síndromes colapsantes, sendo estas mais graves e com pior prognóstico –
Quadros 8.5 e 8.6.
Durante a evolução de uma doença pode ocorrer uma alteração no balanço relativo de yin-yang. Enquanto
que a mutação de yin em yang tem prognóstico favorável, a mutação de yang em yin aponta para um
prognóstico reservado.
No quadro seguinte apresentam-se os sinais e sintomas mais importantes para o diagnóstico diferencial
entre os síndromes de calor e de frio e os síndromes de défice de yang e de yin – Quadro 8.7.
Quadro 8.7 – Diagnóstico diferencial entre síndromes de calor e de frio e síndromes de défice de yang e
de yin.
Parâmetro Yang Xu Frio Yin Xu Calor
Estado geral: Lassidão Apatia Agitação; insónias Irritabilidade;
delírio
Face: Pálida e Pálida Rubor malar Rubor generalizado
edemaciada
Membros: Frios Frios Calor plantar e Quentes
palmar
Corpo glossiano: Pálido Pálido ou normal Vermelho Vermelho
Revestimento Presente, por Presente, Escasso Amarelado
glossiano: vezes normal geralmente
normal
Pulso: Profundo, lento, Lento Filiforme, rápido, Rápido
tipo xu tipo xu
Sudorese: Espontânea Ausente Nocturna Acentuada
Sede: Ausente Ausente Marcada; boca Marcada
seca
Termia: Aversão ao frio Arrepios de frio Temperatura sub- Hipertermia
febril persistente
Urina: Pouco Poliúria Concentrada Concentrada;
concentrada oligúria
Fezes: Pastosas Pastosas Obstipação Obstipação
A diferenciação dos síndromes segundo a teoria dos jingluo, tem por base a distribuição anatómica das
sinartérias, a sua fisiologia e o seu relacionamento com os zang-fu.
Segundo Huangdi Neijing, o aparecimento de determinados sinais e sintomas permite avaliar o estado
fisiológico dos canais e colaterais e tirar conclusões sobre os zang-fu que apresentam alterações ou
desequilíbrios yin-yang. Em cada sinartéria, a circulação de energia vital (qi) é bem definida, e qualquer
alteração ao seu livre fluxo repercute-se em zang-fu específicos e origina perturbações generalizadas ou
localizadas, que variam de acordo com as sinartérias que estão atingidas.
Com base na teoria dos jingluo, indicam-se de seguida as principais manifestações clínicas das disfunções
nos doze meridianos regulares e nos meridianos da concepção e da governação.
As manifestações clínicas mais frequentes nas disfunções dos meridianos fei-pulmão e dachang-cólon,
são: prurido e dor orofaríngea, odinofagia, rinorreia mucopurulenta ou mucosa, epistaxis, hemoptises,
odontalgias, meteorismo e flatulência, diarreia ou obstipação, cólicas abdominais, sensação de plenitude
torácica, espasmo cervical (torcicolo), dispneia e dores articulares no membro superior.
As manifestações clínicas mais frequentes nas disfunções dos meridianos do wei-estômago e do pi-
baço/pâncreas, são: meteorismo e dispepsia, distensão e dores na região abdominal, náuseas e vómitos,
disfagia e congestão orofaríngea, icterícia, epistaxis, cefaleias, disartria, pré-cordialgias, ptose palpebral,
edemas, desvio da comissura labial, perturbações mentais e alterações na mobilidade dos membros.
As manifestações clínicas mais frequentes dos gan-fígado e dan-vesícula biliar, são: cefaleias e
obnubilação, azia e soluços, dor mandibular, sensação de plenitude torácica e dor torácica (lateral), dor no
hipocôndrio e região hipogástrica, disuria, enurese, dor nos membros inferiores e problemas mentais.
Síndromes do Du Mai
As manifestações clínicas mais frequentes nas disfunções do meridiano da governação são: cefaleias,
dismenorreia, opistótonus, problemas mentais e alterações nos tecidos e doenças dos zang-fu adjacentes.
As manifestações clínicas mais frequentes nas disfunções do meridiano da concepção são: leucorreia,
irregularidades menstruais, herniações ou eventrações, alterações nos tecidos e doenças dos zang-fu
adjacentes, nomeadamente, problemas cardíacos, pulmonares, urinários e intestinais.
A diferenciação dos síndromes segundo a teoria dos zang-fu, tem por base a fisiopatologia dos diferentes
orgãos e vísceras e constitui a pedra angular para a formulação de um diagnóstico definitivo correcto, e
consequente instituição da terapêutica adequada.
Os principais síndromes destes zang-fu são: a) défice de qi do fei-pulmão, ou fei qi xu, b) défice de yin do
fei-pulmão, ou fei yin xu, c) invasão do fei-pulmão por vento-frio, d) invasão do fei-pulmão por vento-
calor, e) acumulação de fleuma-humidade no fei-pulmão, f) retenção de fleuma-calor no fei-pulmão, g)
invasão do fei-pulmão por secura, h) retenção de humidade-calor no dachang-cólon, i) estagnação de
sangue com acumulação de calor no dachang-cólon, j) estase no dachang-cólon, l) défice de yang no
dachang-cólon, ou dachang yang xu, e m) excesso de frio no dachang-cólon.
Défice de Qi do Fei-pulmão:
Corresponde à bronquite crónica, ao enfisema pulmonar ou à tuberculose pulmonar da Medicina
Hipocrática.
QUADRO CLÍNICO: tosse, dispneia com polipneia, astenia, hipersudorese espontânea, voz débil,
aversão ao vento; língua pálida com revestimento fino esbranquiçado e pulso fraco e filiforme.
PRINCÍPIO TERAPÊUTICO: tonificar o qi do fei-pulmão.
Estase no Dachang-cólon:
Corresponde à oclusão ou à sub-oclusão intestinal da Medicina Hipocrática.
QUADRO CLÍNICO: dor abdominal agravada com a pressão, obstipação, náuseas e vómitos, mal estar
geral e, por vezes, febre ligeira ou moderada; língua com revestimento branco viscoso e pulso profundo
ou intermédio e forte.
PRINCÍPIO TERAPÊUTICO: remover a estase e promover as funções de transporte e de eliminação do
dachang-cólon.
Défice de Qi do Pi-baço:
Na Medicina Hipocrática pode corresponder a prolapso visceral, enterite crónica, hemorragia
gastrintestinal ou disfunção do peristaltismo intestinal.
QUADRO CLÍNICO: emaciação, lassidão, anorexia, enfartamento pós-pandreal e distensão epigástrica,
fezes pastosas ou diarreia crónica, hematemeses e/ou melenas, menorragia, prolapso rectal, prolapso
uterino, leucorreia esbranquiçada e excessiva, desidratação e, por vezes, gotejo urinário terminal; língua
pálida com revestimento normal ou escasso e pulso fraco e nodoso.
PRINCÍPIO TERAPÊUTICO: revitalizar o zhongjiao e tonificar o qi do pi-baço.
Colapso de Qi do Pi-baço:
Corresponde à cirrose hepática da Medicina Hipocrática.
QUADRO CLÍNICO: dispepsia, palidez e tonalidade sub-ictérica generalizada, atrofia muscular,
distensão abdominal, diarreia crónica, prolapso rectal e, por vezes, prolapso uterino; língua pálida com
revestimento esbranquiçado muito viscoso e pulso fino ou filiforme.
PRINCÍPIO TERAPÊUTICO: tonificar a energia vital (qi) e revitalizar os pi-baço e wei-estômago.
Os principais síndromes destes zang-fu são: a) défice de qi do xin-coração, ou xin qi xu, que pode ser
devido a défice ou a colapso de yang, b) défice de yin do xin-coração, ou xin yin xu, c) estagnação de
sangue no xin-coração, d) hiperactividade do fogo do xin-coração, e) calor no xiaochang-intestino
delgado, e f) calidez no xiaochang-intestino delgado.
Défice de Qi do Xin-coração:
Corresponde à insuficiência cardíaca.
QUADRO CLÍNICO: palpitações, pré-cordialgias e dispneia agravada com o esforço; língua pálida e
pulso fraco, fino ou intermitente. Quando houver défice de yang, o doente apresenta ainda palidez,
cianose, arrepios e extremidades frias. Se o défice de qi for devido a colapso de yang, existirá ainda
hipersudorese, obnubilação e coma.
PRINCÍPIO TERAPÊUTICO: aquecer e tonificar o yang do xin-coração.
Os principais síndromes destes zang-fu são: a) défice de qi do shen-rim, ou shen qi xu, b) défice de yang
do shen-rim, ou shen yang xu, c) défice de yin do shen-rim, ou shen yin xu, d) síndrome de retenção de
água por défice de shen yang, e) síndrome de fogo excessivo por fraqueza de shen yin, f) retenção de
humidade-calor no pangguang-bexiga, g) acumulação de calor no pangguang-bexiga, e h) acumulação de
frio por fraqueza de pangguang yang.
Défice de Qi do Shen-rim:
Corresponde à involução senil.
QUADRO CLÍNICO: dispneia inspiratória agravada com o esforço, voz débil, tosse e soluços frequentes,
arrepios e hipersudorese, palidez e edema facial, dor e fraqueza na região lombar, dor e falta de forças na
região articular do joelho, polaquiúria ou poliúria, enurese e gotejo urinário terminal, incontinência
urinária, tinitus e hipoacusia e, por vezes, emissão seminal nocturna; língua pálida com algum
revestimento viscoso e pulso fraco e filiforme.
PRINCÍPIO TERAPÊUTICO: reforçar a função de captação de energia vital do shen-rim.
Os principais síndromes destes zang-fu são a invasão do xinbao-pericárdio por calor e a disfunção geral
ou parcial do sanjiao-triplo aquecedor.
Calor no Xinbao-pericárdio:
Pode corresponder a esquizofrenia, neurose, delírio febril ou a acidente vascular cerebral.
QUADRO CLÍNICO: depressão mental, melancolia, murmúrios, resmungos, exaltação e euforia
frequentes, incoerência verbal, mania e, por vezes, inconsciência e coma; língua vermelha e pulso normal
ou impetuoso.
PRINCÍPIO TERAPÊUTICO: eliminar o calor e apaziguar a mente e o espírito.
Depressão de Qi do Gan-fígado:
Pode corresponder a neurose, distonia neurovegetativa (geralmente) ou a disfunção menstrual.
QUADRO CLÍNICO: dor e distensão nas regiões hipogástrica e dos hipocôndrios, sensação de incómodo
e de opressão torácica, suspiros e eructações frequentes, sensação de corpo estranho orofaríngeo,
irritabilidade fácil, flatulência, dismenorreia e irregularidades menstruais; revestimento glossiano fino e
pulso fibroso (longo e tenso).
PRINCÍPIO TERAPÊUTICO: regularizar a circulação de qi e normalizar as funções do gan-fígado.
Os meridianos ou sinartérias (jingluo) estabelecem a conexão não só entre os tecidos, orgãos maciços
(zang) e vísceras ocas (fu) do organismo, como entre estes e a superfície corporal. Enquanto que os
troncos principais das diferentes sinartérias irrigam e fornecem os nutrientes essenciais aos respectivos
zang-fu, as suas colaterais efectuam a irrigação de toda a superfície corporal.
Existem catorze sinartérias principais, seis sinartérias acessórias e quinze colaterais, bem como trezentos
e sessenta e cinco pontos principais de acupunctura (jingxue), inúmeros pontos dolorosos (ahshixue) e
mais de mil pontos extraordinários. As sinartérias principais podem ser subdivididas ainda em dois
grupos: o grupo dos doze pares de meridianos regulares, distribuídos simetricamente ao longo do corpo, e
o grupo dos dois meridianos secundários (du mai e ren mai), que percorrem a cabeça e o tronco ao longo
da sua região mediana.
De acordo com a terminologia pinyin (romanização da fonética mandarim), a denominação dos doze
pares de meridianos regulares deve considerar sempre a estrutura anatómica onde terminam ou onde têm
a sua origem (cabeça, tórax, pé ou mão), a natureza yin-yang dos seus trajectos, a sua categoria (segundo
a nomenclatura de Huangdi Neijing) e, opcionalmente, a designação do zang ou fu a que dizem respeito –
Quadros 9.1 e 9.2.
Quadro 9.1 – Nomenclatura das doze sinartérias regulares e sequência da circulação de qi.
Shou taiyin (fei-pulmão) Zu Jueyin (gan-fígado)
Os três meridianos shou yin são originários do tórax e terminam na mão, os três shou yang têm origem na
mão e terminam na cabeça, os três zu yang têm a sua origem e o seu término, respectivamente, na cabeça
e no pé, e os três meridianos zu yin terminam no tórax, sendo os respectivos trajectos originários de
determinados artelhos – Figuras 9.1, 9.2 e 9.3.
FIGURA 9.1
SINARTÉRIAS QUE PERCORREM A REGIÃO LATERAL DO CORPO
LI: Shou yangming jing (dachang),
sinartéria yang da luz solar da mão
(cólon);
DU: Du mai,
sinartéria da governação.
A energia vital (qi) e o sangue circulam nos meridianos regulares, sendo estes os responsáveis pela
ocorrência de doenças e pela sua transmissão aos zang-fu e restantes tecidos orgânicos.
As seis sinartérias acessórias estabelecem a conexão entre o grupo dos doze pares de sinartérias
principais, e destas com o grupo de sinartérias secundárias – Quadro 9.3. Existem ainda doze colaterais
pertencentes às doze sinartérias principais, duas colaterais pertencentes às duas sinartérias secundárias e
uma "colateral major" do zu taiyin.
No âmbito das prevenções primária, secundária e terciária, é possível obterem-se bons resultados
terapêuticos, desde que a regulação da circulação de energia vital e sangue no interior dos jingluo se faça
através da estimulação adequada de jingxue criteriosamente seleccionados.
Quadro 9.3 – Nomenclatura das sinartérias acessórias e seu significado em português.
Nomenclatura Significado em Português
1- Chong mai 1- Meridiano penetrante
2- Dai mai 2- Meridiano da cintura
3- Yinqiao mai 3- Meridiano yin do calcanhar
4- Yangqiao mai 4- Meridiano yang do calcanhar
5- Yinwei mai 5- Meridiano de conexão yin
6- Yangwei mai 6- Meridiano de conexão yang
Existem diferentes tipos de jingxue, que podem ser classificados de acordo com a sua localização,
características específicas e indicações. No quadro seguinte, apresenta-se a nomenclatura internacional
dos jingxue pertencentes aos catorze jingluo principais. Aquela nomenclatura normalizada inclui sempre o
nome dos pontos em fonética pinyin, seguido do respectivo código alfanumérico – Quadro 9.4.
C
Changqiang Du 1 ( GV - G ) Chengshan B 57 ( UB - B )
Chengfu B 36 ( UB - B ) Chize L 5 ( Lu - Pl )
Chengguang B 6 ( UB - B ) Chimai SJ 18 ( TB - TA )
Chengjiang Ren 24 ( CV - C ) Chongmén Sp 12 ( Sp - BP )
Chengjin B 56 ( UB - B ) Chongyang S 42 ( St - E )
Chengling G 18 ( GB - V ) Ciliao B 32 ( UB - B )
Chengman S 20 ( St - E ) Cuanzhu B 1 ( UB - B )
Chengqi S 1 ( St - E )
D
Dabao Sp 21 ( Sp - BP ) Daying S 5 ( St - E )
Dachangshu B 25 ( UB - B ) Dazhong K4 (K-R)
Dadu Sp 2 (Sp - BP ) Dazhu B 11 ( UB - B )
Dadun Liv 1 ( Liv - F ) Dazhui Du 14 ( GV - G )
Dahe K 12 ( K - R ) Dicang S 4 ( St - E )
Daheng Sp 15 ( Sp - BP ) Diji Sp 8 ( Sp - BP )
Daimai G 26 ( GB - V ) Diwuhui G 42 ( GB - V )
Daju S 27 ( St - E ) Dubi S 35 ( St - E )
Daling P7 (P-P) Duiduan Du 27 ( GV - G )
Danshu B 19 ( UB - B ) Dushu B 16 ( UB - B )
E
Erheliao SJ 22 ( TB - TA ) Ermen SJ 21 ( TB - TA )
Erjian LI 2 ( LI - IG )
F
Feishu B 13 ( UB - B ) Fufen B 41 ( UB - B )
Feiyang B 58 ( UB - B ) Fujie Sp 14 ( Sp - BP )
Fengchi G 20 ( GB - V ) Fuliu K7 (K-R)
Fengfu Du 16 ( GV - G ) Fushe Sp 13 ( Sp - BP )
Fenglong S 40 ( St - E ) Futonggu K 20 ( K - R )
Fengmen B 12 ( UB - B ) Futu S 32 ( St - E )
Fengshi G 31 ( GB - V ) Futuu LI 18 ( LI - IG )
Fuai Sp 16 ( Sp - BP ) Fuxi B 38 ( UB - B )
Fubai G 10 ( GB - V ) Fuyang B 59 ( UB - B )
G
Ganshu B 18 ( UB - B ) Guangming G 37 ( GB - V )
Gaohuangshu B 43 ( UB - B ) Guanmen S 22 ( St - E )
Geguan B 46 ( UB - B ) Guanyuan Ren 4 ( CV - C )
Geshu B 17 ( UB - B ) Guanyuanshu B 16 ( UB - B )
Gongsun Sp 4 ( Sp - BP ) Guilai S 29 ( St - E )
Guanchong SJ 1 ( TB - TA )
H
Hanyan G 4 ( GB - V ) Huangshu K 16 ( K - R )
Hegu LI 4 ( LI - IG ) Huantiao G 30 ( GB - V )
Henggu K 11 ( K - R ) Huaroumen S 24 ( St - E )
Heyang B 55 ( UB - B ) Huiyang B 35 ( UB - B )
Houding Du 19 ( GV - G ) Huiyin Ren 1 ( CV - C )
Houxi SI 3 ( SI - ID ) Huizong SJ 7 ( TB - TA )
Huagai Ren 20 ( CV - C ) Hunmen B 54 ( UB - B )
Huangmen B 51 ( UB - B )
J
Jiache S 6 ( St - E ) Jingmen G 25 ( GB - V )
Jianjing G 21 ( GB - V ) Jingming B 1 ( UB - B )
Jianli Ren 11 ( CV - C ) Jingqu L 8 ( Lu - Pl )
Jianliao SJ 14 ( TB - TA ) Jinmen B 63 ( UB - B )
Jianshi P5 (P-P) Jinsuo Du 8 ( GV - G )
Jianwaishu SI 14 ( SI - ID ) Jiquan H 1 ( H - Co )
Jianyu LI 15 ( LI - IG ) Jiuwei Ren 15 ( CV - C )
Jianzhen SI 9 ( SI - ID ) Jizhong Du 6 ( GV - G )
Jianzhongshu SI 15 ( SI - ID ) Juegu G 39 ( GB - V )
Jiaosun SJ 20 ( TB - TA ) Jueyinshu B 14 ( UB - B )
Jiaoxin K8 (K-R) Jugu LI 16 ( LI - IG )
Jiexi S 41 ( St - E ) Juliao G 29 ( GB - V )
Jimai Liv 12 ( Liv - F ) Juliao S 3 ( St - E )
Jimen Sp 11 ( Sp - BP ) Juque Ren 14 ( CV - C )
Jinggu B 64 ( UB - B )
K
Kezhuren G 3 ( GB - V ) Kufang S 14 ( St - E )
Kongzhui L 6 ( Lu - Pl ) Kunlun B 60 ( UB - B )
Kouheliao LI 19 ( LI - IG )
L
Laogong P8 (P-P) Lingdao H 4 ( H - Co )
Liangmen S 21 ( St - E ) Lingtai Du 10 ( GV - G )
Liangqiu S 34 ( St - E ) Lingxu K 24 ( K - R )
Lianquan Ren 23 ( CV - C ) Lougu Sp 7 ( Sp - BP )
Lidui S 45 ( St - E ) Luoque B 8 ( UB - B )
Lieque L 7 ( Lu - Pl ) Luxi SJ 19 ( TB - TA )
Ligou Liv 5 ( Liv - F )
M
Meichong B 3 ( UB - B ) Muchuang G 16 ( GB - V )
Mingmen Du 4 ( GV - G )
N
Naohu Du 17 ( GV - G ) Naoshu SI 10 ( SI - ID )
Naohui SJ 13 ( TB - TA ) Neiguan P6 (P-P)
Naokong G 19 ( GB - V ) Neiting S 44 ( St - E )
P
Pangguangshu B 28 ( UB - B ) Pohu B 42 ( UB - B )
Pianli LI 6 ( LI - IG ) Pucan B 61 ( UB - B )
Pishu B 20 ( UB - B ) Pushen B 61 ( UB - B )
Q
Qianding Du 21 ( GV - G ) Qiuxu G 40 ( GB - V )
Qiangjian Du 18 ( GV - G ) Qixue K 13 ( K - R )
Qiangu SI 2 ( SI - ID ) Quanliao SI 18 ( SI - ID )
Qichong S 30 ( St - E ) Qubin G 7 ( GB - V )
Qihai Ren 6 ( CV - C ) Quchai B 4 ( UB - B )
Qihaishu B 24 ( UB - B ) Quchi LI 11 ( LI - IG )
Qihu S 13 ( St - E ) Quepen S 12 ( SI - ID )
Qimai SJ 18 ( TB - TA ) Qugu Ren 2 ( CV - C )
Qimen Liv 14 ( Liv - F ) Ququan Liv 8 ( Liv - F )
Qinglengyuan SJ 11 ( TB - TA ) Quyuan SI 13 ( SI - ID )
Qingling H 2 ( H - Co ) Quze P3 (P-P)
Qishe S 11 ( SI - ID )
R
Rangu K2 (K-R) Riyue G 24 ( GB - V )
Renying S 9 ( St - E ) Rugen S 18 ( St - E )
Renzhong Du 26 ( GV - G ) Ruzhong S 17 ( St - E )
S
Sanjian LI 3 ( LI - IG ) Shenque Ren 8 ( CV -- C )
Sanjiaoshu B 22 ( UB - B ) Shenshu B 23 ( UB -- B )
Sanyangluo SJ 8 ( TB - TA ) Shentang B 44 ( UB -- B )
Sanyinjiao Sp 6 ( Sp - BP ) Shenting Du 24 ( GV -- G )
Shangguan G 3 ( GB - V ) Shenzhu Du 12 ( GV -- G )
Shangjuxu St 37 ( St - E ) Shidou Sp 17 ( Sp - BP )
Shanglian LI 9 ( LI - IG ) Shiguan K 18 ( K - R )
Shangliao B 31 ( UB - B ) Shimen Ren 5 ( CV - C )
Shangqiu Sp 5 ( Sp - BP ) Shousanli LI 10 ( LI - IG )
Shangqu K 17 ( K - R ) Shouwuli LI 13 ( LI - IG )
Shangwan Ren 13 ( CV - C ) Shuaigu G 8 ( GB - V )
Shangxing Du 23 ( GV - G ) Shufu K 27 ( K - R )
Shangyang LI 1 ( LI - IG ) Shugu B 65 ( UB - B )
Shanzhong Ren 17 ( CV - C ) Shuidao S 26 ( St - E )
Shaochong H 9 ( H - Co ) Shuifen Ren 9 ( CV - C )
Shaofu H 8 ( H - Co ) Shuigou Du 26 ( GV - G )
Shaohai H 3 ( H - Co ) Shuiquan K5 (K-R)
Shaoshang L 11 ( Lu - Pl ) Shuitu S 10 ( St - E )
Shaoze SI 1 ( SI - ID ) Sibai S 2 ( St - E )
Shencang K 25 ( K - R ) Sidu SJ 9 ( TB - TA )
Shendao Du 11 ( GV - G ) Siman K 14 ( K - R )
Shenfeng K 23 ( K - R ) Sizhukong SJ 23 ( TB - TA )
Shenmai B 62 ( UB - B ) Suliao Du 25 ( GV - G )
Shenmen H 7 ( H - Co )
T
Taibai Sp 3 ( Sp - BP ) Tianshu S 25 ( St - E )
Taichong Liv 3 ( Liv - F ) Tiantu Ren 22 ( CV - C )
Taixi K3 (K-R) Tianxi Sp 18 ( Sp - BP )
Taiyi S 23 ( St - E ) Tianyou SJ 16 ( TB - TA )
Taiyuan L 9 ( Lu - Pl ) Tianzhu B 10 ( UB - B )
Tanzhong Ren 17 ( CV - C ) Tianzhong SI 11 ( SI - ID )
Taodao Du 13 ( GV - G ) Tiaokou S 38 ( St - E )
Tianchi P1 (P-P) Tinggong SI 19 ( SI - ID )
Tianchong G 9 ( GB - V ) Tinghui G 2 ( GB - V )
Tianchuang SI 16 ( SI - ID ) Tongli H 5 ( H - Co )
Tianding LI 17 ( LI - IG ) Tongtian B 7 ( UB - B )
Tianfu L 3 ( Lu - Pl ) Tongziliao G 1 ( GB - V )
Tianjing SJ 10 ( TB - TA ) Toulinqi G 15 ( GB - V )
Tianliao SJ 15 ( TB - TA ) Touqiaoyin G 11 ( GB - V )
Tianquan P2 (P-P) Touwei S 8 ( St - E )
Tianrong SI 17 ( SI - ID )
W
Waiguan SJ 5 ( TB - TA ) Weishu B 21 ( UB - B )
Wailing S 26 ( St - E ) Weiyang B 39 ( UB - B )
Waiqiu G 36 ( GB - V ) Weizhong B 40 ( UB - B )
Wángu G 12 ( GB - V ) Wenliu LI 7 ( LI - IG )
Wàngu SI 4 ( SI - ID ) Wuchu B 5 ( UB - B )
Weicang B 50 ( UB - B ) Wushu G 27 ( GB - V )
Weidao G 28 ( GB - V ) Wuyi S 15 ( St - E )
X
Xiabai L 4 ( Lu - Pl ) Ximen P4 (P-P)
Xiaguan S 7 ( St - E ) Xingjian Liv 2 ( Liv - F )
Xiajuxu S 39 ( St - E ) Xinhui Du 22 ( GV - G )
Xialian LI 8 ( LI - IG ) Xinshu B 15 ( UB - B )
Xialiao B 34 ( UB - B ) Xiongxiang Sp 19 ( Sp - BP )
Xiangu S 43 ( St - E ) Xiyangguan G 33 ( GB - V )
Xiaochangshu B 27 ( UB - B ) Xuanji Ren 21 ( CV - C
)
Xiaohai SI 8 ( SI - ID ) Xuanli G 6 ( GB - V )
Xiaoluo SJ 12 ( TB - TA ) Xuanlu G 5 ( GB - V )
Xiaxi G 43 ( GB - V ) Xuanshu Du 5 ( CV - C )
Xiawan Ren 10 ( CV - C Xuanzhong G 39 ( GB - V )
)
Xiguan Liv 7 ( Liv - F ) Xuehai Sp 10 ( Sp - BP )
Y
Yamen Du 15 ( GV - G ) Yingxiang LI 20 ( LI - IG )
Yangbai G 14 ( GB - V ) Yinjiao Ren 7 ( CV - C )
Yangchi SJ 4 ( TB - TA ) Yinjiao Du 28 ( GV - G )
Yangfu G 38 ( GB - V ) Yinlian Liv 11 ( Liv - F )
Yanggang B 48 ( UB - B ) Yinlingquan Sp 9 ( Sp - BP )
Yanggu SI 5 ( SI - ID ) Yinmen B 37 ( UB - B )
Yangjiao G 35 ( GB - V ) Yinshi S 33 ( St - E )
Yanglao SI 6 ( SI - ID ) Yinxi H 6 ( H - Co )
Yanglingquan G 34 ( GB - V ) Yishe B 49 ( UB - B )
Yangxï LI 5 ( LI - IG ) Yixi B 45 ( UB - B )
Yaoshu Du 2 ( GV - G ) Yongquan K1 (K-R)
Yaoyangguan Du 3 ( GV - G ) Youmen K 21 ( K - R )
Yemen SJ 2 ( TB - TA ) Yuanye G 22 ( GB - V )
Yifeng SJ 17 ( TB - TA ) Yuji L 10 ( Lu - Pl )
Yinbai Sp 1 ( Sp - BP ) Yunmen L 2 ( Lu - Pl )
Yinbao Liv 9 ( Liv - F ) Yutang Ren 18 ( CV - C
)
Yindu K 19 ( K - R ) Yuzhen B 9 ( UB - B )
Yingchuang S 16 ( St - E ) Yuzhong K 26 ( K - R )
Yingu K 10 ( K - R )
Z
Zanzhu (zhanzhu) B 2 ( UB - B ) Zhongji Ren 3 ( CV - C )
Zhangmen Liv 13 ( Liv - F ) Zhongliao B 33 ( UB - B )
Zhaohai K6 (K-R) Zhonglushu B 29 ( UB - B )
Zhejin G 23 ( GB - V ) Zhongzhu Du 7 ( GV - G )
Zhengying G 17 ( GB - V ) Zhongting Ren 16 ( CV - C )
Zhibian B 54 ( UB - B ) Zhongwan Ren 12 ( CV - C )
Zhigou SJ 6 ( TB - TA ) Zhongzhu SJ 3 ( TB - TA )
Zhishi B 52 ( UB - B ) Zhongzhu K 15 ( K - R )
Zhiyang Du 9 ( GV - G ) Zhouliao LI 12 ( LI - Pl )
Zhiyin B 67 ( UB - B ) Zhubin K9 (K-R)
Zhizheng SI 7 ( SI - ID ) Zigong Ren 19 ( CV - C )
Zhongchong P9 (P-P) Zulinqi G 41 ( GB - V )
Zhongdu Liv 6 ( Liv - F ) Zuqiaoyin G 44 ( GB - V )
Zhongdu G 32 ( GB - V ) Zusanli S 36 ( St - E )
Zhongfeng Liv 4 ( Liv - F ) Zutonggu B 66 ( UB - B )
Zhongfu L 1 ( Lu - Pl ) Zuwuli Liv 10 ( Liv - F )
Os pontos localizados ao longo das catorze sinartérias principais são denominados pontos de acupunctura
principais e distribuem-se simetricamente ao longo da cabeça, tronco e membros, nas doze sinartérias
regulares, e ao longo da parte média da cabeça e do tronco nas sinartérias secundárias.
Existem ainda pontos acessórios de acupunctura, que podem ser pontos extraordinários ou pontos
dolorosos, não apresentando estes localizações definidas ou nomes específicos. A existência de pontos
dolorosos, ou ahshixue, fundamenta-se na filosofia de Huangdi Neijing de que "aonde existe um ponto
doloroso, existe um ponto de acupunctura que necessita de ser tratado". Os pontos extraordinários,
descobertos ao longo de milhares de anos de prática clínica, têm nomenclatura específica mas não
pertencem a nenhuma das catorze sinartérias principais.
Relativamente às três sinartérias yin do membro superior, os xue do shou taiyin utilizam-se no tratamento
de problemas da garganta, tórax e pulmão, os xue do shou jueyin servem para tratar principalmente
problemas mentais, do tórax, do coração e do estômago, e os xue do shou shaoyin são utilizados no
tratamento de problemas mentais, do tórax e do coração.
Em relação às três sinartérias yang do membro superior, os xue do shou taiyang utilizam-se no tratamento
de problemas da cabeça, sobretudo patologias da região occipital e dos foros oftálmico e
otorrinolaringológico, problemas mentais e doenças febris, os xue do shou shaoyang tratam problemas do
tórax e hipocôndrios, doenças febris, patologias dos olhos e da garganta, bem como patologias da região
parieto-temporal, nomeadamente as do foro auditivo, e os xue do shou yangming são utilizados no
tratamento de doenças febris e de problemas da cabeça, sobretudo da região frontal, da face, olhos, nariz,
garganta, dentes e ouvidos.
Nas três sinartérias yang do membro inferior, os xue do zu taiyang utilizam-se no tratamento de
problemas dos olhos, ouvidos e da região occipital, bem como de doenças febris e mentais e de problemas
genitais e do aspecto posterior do corpo, os xue do zu shaoyang servem para tratar patologias oftálmicas e
otorrinolaringológicas, problemas do tórax e hipocôndrios (sobretudo do aspecto lateral do corpo) e
doenças febris, e os xue do zu yangming são utilizados no tratamento de doenças do estômago e
intestinos, de doenças febris e mentais e de problemas da região anterior do corpo, principalmente da
face, nariz, garganta e dentes.
Finalmente, os xue dos ren mai e du mai são utilizados sobretudo no tratamento de problemas locais e dos
zang-fu com que estão relacionados.
Localizados sobretudo no tronco e membros, existem pontos de acupunctura que, além das indicações
gerais anteriormente referidas, têm características e funções bem definidas; são denominados "xue
específicos", ou "xue especiais". Segundo Huangdi Neijing, existem nove categorias de xue especiais,
nomeadamente:
— os xue shu, relacionados com a teoria wu xing (teoria dos cinco elementos) e utilizados de acordo com
o princípio da "relação mãe-filho", em que "numa síndrome xu se deve tonificar (reforçar) a mãe" e,
"numa síndrome shi, enfraquecer (reduzir) o filho". Em cada sinartéria existem cinco xue shu,
respectivamente os pontos (1) jing-origem, "pontos onde o qi sinarteriano começa a borbulhar" e que
estão indicados no tratamento de doenças mentais, (2) rong-fonte, "pontos onde o qi sinarteriano inicia o
seu florescimento" e que servem principalmente para o tratamento de doenças febris, (3) shu-corrente,
"pontos onde se dá o amadurecimento do qi sinarteriano", que servem essencialmente para tratar as
doenças provocadas pelo vento e/ou humidade, (4) jing-rio, "local onde o qi sinarteriano aumenta em
caudal", indicados principalmente no tratamento de doenças do fei-pulmão e, (5) he-oceano, "pontos onde
o qi sinarteriano atinge a maturidade", indicados na correcção de disfunções das vísceras fu específicas.
Os pontos he-oceano representam, de acordo com a filosofia da MTC, o local de confluência de todas os
vasos por onde circula a energia vital e são simbolicamente comparados ao estuário de um rio, depois
deste receber todos os seus afluentes e subafluentes equiparados. Os cinco xue shu localizam-se nos
membros, no sentido distal-proximal, segundo a sequência acabada de referir;
— os yuan-nascente, ou yuan-fonte da vida, "pontos onde se origina o qi primário dos zang-fu", estão
indicados no tratamento das doenças dos cinco zang e dos seis fu. Nas sinartérias yin estes pontos são
coincidentes com os xue shu-corrente;
— os luo-conexão, que fazem a conexão externa-interna dos zang-fu, estão indicados no tratamento de
patologias que afectam as respectivas "sinartérias opostas", como por exemplo, as patologias do fei-
pulmão, zang a que pertence a sinartéria shou taiyin, podem ser tratadas através do xue luo-conexão do
shou yangming, pertencente ao fu dachang-cólon, tal como as patologias deste fu podem ser tratadas
através do xue luo-conexão do shou taiyin;
— os shu-posteriores, "pontos onde o qi dos zang-fu é introduzido", devem ser utilizados no tratamento
de doenças profundas que afectam os respectivos zang-fu;
— os mu-anteriores, "pontos onde o qi dos zang-fu se encontra em maior concentração", estão indicados
no tratamento de doenças crónicas dos zang-fu respectivos. Enquanto que os xue mu-anteriores são de
natureza yin, os xue shu-posteriores são de natureza yang;
— os xue-influentes, em número de oito, são pontos importantes e efectivos que devem ser utilizados no
tratamento de todo o tipo de disfunções dos respectivos orgãos e tecidos orgânicos – Quadro 9.5; e
— os xue-confluentes, também em número de oito, são os "locais onde as doze sinartérias regulares
comunicam com as duas sinartérias secundárias e as seis acessórias". Estes pontos pertencem às doze
sinartérias regulares mas podem ser utilizados no tratamento de patologias das respectivas confluências –
Quadro 9.6.
Na prática clínica, a selecção dos pontos de acupunctura pode efectuar-se de três modos: (1) através da
selecção de pontos locais, (2) através da selecção de pontos localizados ao longo dos trajectos das
sinartérias e (3) através da selecção de pontos com propriedades específicas. O primeiro método diz
essencialmente respeito ao modo de selecção de ahshixue, de pontos adjacentes (proximais e distais), de
xue mu-anteriores e de xue shu-posteriores.
A selecção de pontos locais utiliza-se sobretudo para o tratamento de doenças localizadas, devidas a
disfunções dos jingluo. É um processo de selecção simples, que pode ser utilizado isoladamente ou em
combinação com o outro método.
Selecção de ahshixue:
A selecção destes pontos fundamenta-se no princípio da MTC de que "aonde existe dor existe um ponto
que necessita de tratamento". Estes pontos são efectivos no tratamento sintomático.
A principal aplicação deste método respeita sobretudo a selecção de pontos para o tratamento de doenças
localizadas quando, por qualquer motivo, não for possível puncionarem-se os ahshixue ou quaisquer
outros pontos de acupunctura relacionados directamente com a região ou com os orgãos afectados.
Assim, por exemplo, os pontos zanzhu (B 1) e jingming (B 2), são pontos adjacentes próximos do olho
que podem ser utilizados no tratamento de patologias deste orgão, os pontos juliao (S 3) e yingxiang (LI
20) são efectivos no tratamento de problemas nasais, e os pontos tinggong (SI 19) e tinghui (G 2) são
muito usados em patologias do ouvido. Também os pontos shangxing (Du 23) e tongtian (B 7) são úteis
no tratamento de disfunções nasais, os pontos fengchi (G 20) e fengfu (Du 16) são fundamentais no
tratamento de cefaleias e enxaquecas, e os pontos zhangmen (Liv 13) e tianshu (S 25) são muito usados
no tratamento de problemas gástricos. Enquanto que os primeiros três grupos de pontos são denominados
"pontos adjacentes proximais", por estarem muito próximo dos órgãos ou tecidos que se pretende tratar,
os últimos três grupos são denominados "pontos adjacentes distais".
A selecção destes pontos, baseia-se no princípio da aplicação de xue específicos dos zang-fu,
independentemente do tipo de patologia. São geralmente usados em combinação com outros pontos,
como é o caso de zhongwan (Ren 12) e weishu (B 21) que são, respectivamente, os mu-anterior e shu-
posterior do wei-estômago.
A selecção de pontos localizados ao longo do trajecto das sinartérias, embora seja o método mais
complicado de selecção, é o que dá melhores resultados na prática clínica. É utilizado para o tratamento
de doenças tanto superficiais como profundas e requer uma boa compreensão da fisiopatologia dos zang-
fu, das vias energéticas do organismo, das relações internas-externas dos jingluo, das características e
funções dos jingxue, bem como das teorias yin-yang e wu xing.
A selecção destes pontos baseia-se nas funções e características comuns dos pontos de um mesmo
jingluo, especialmente dos que estão situados a jusante do cotovelo e do joelho. Assim, por exemplo, tal
como os problemas pulmonares podem ser tratados exclusivamente com pontos localizados no shou taiyin
(fei-pulmão), como taiyuan (L 9), jingqu (L 8), lieque (L 7), kongzui (L 6), chize (L 5), etc., também nas
disfunções do zu yangming (wei-estômago), se podem usar zusanli (S 36), shangjuxu (S 37), xiajuxu (S
39), etc..
Este é o método de selecção mais complicado e moroso, principalmente se não houver um domínio
completo da filosofia da MTC, sobretudo da teoria wu xing.
Assim, por exemplo, as doenças do fei-pulmão (shou taiyin), podem ser tratadas através da punção de
pontos seleccionados na sinartéria shou yangming (dachang-cólon), ou nas sinartérias zu yangming e/ou
zu taiyin, ou nas sinartérias zu taiyang e/ou zu shaoyin. Enquanto que a selecção de pontos do shou
yangming, se fundamenta na sua relação interna-externa com o shou taiyin, já a selecção de pontos das
outras quatro sinartérias, se baseia exclusivamente na teoria wu xing, em que o elemento "terra" promove
o elemento "metal", gerando este o elemento "água" — uma vez que o fei-pulmão pertence ao elemento
"metal", os wei-estômago e pi-baço ao elemento "terra" e os shen-rim e pangguang-bexiga ao elemento
"água".
Este método de selecção tem por base a "relação mãe-filho", segundo a qual nas síndromes xu se devem
"reforçar os pontos-mãe" e nas síndromes shi se devem "reduzir os pontos-filho". Utilizam-se pois os
métodos de estimulação de reforço ou de redução, nos pontos jing-origem, rong-fonte, shu-corrente, jing-
rio e he-oceano – Quadros 9.7 e 9.8.
Este método de selecção pode ser utilizado quando se verificar o atingimento simultâneo de duas ou mais
sinartérias. Assim, por exemplo, quando ocorrer uma situação extrema de síncope ou de colapso, devida
à acção do calor ou do vento, devem seleccionar-se os doze jing-origem, ou, quando ocorrerem sequelas
originadas por um "golpe de vento" (sequelas de acidente vascular cerebral), devem seleccionar-se
simultaneamente pontos das três sinartérias yin e yang, tanto da mão como do pé.
Porém, muitas vezes não é possível puncionarem-se os pontos mais indicados, das várias sinartérias.
Sempre que tal se verifique, devem-se seleccionar pontos situados na trajectória dos troncos principais
dos meridianos afectados, ou das suas colaterais. Assim, por exemplo, se as sinartérias dos fei-pulmão, pi-
baço, shen-rim e do ren mai se encontrarem simultaneamente afectadas por uma determinada patologia
comum, o ponto a seleccionar em primeiro lugar deverá ser zhongji (Ren 3).
(continuação)
* JINGLUO WU HE-oceano XI-chave LUO- MU-anterior SHU-
XING conexão posterior
A Fei-Pulmão Metal Chize (L 5) Kongzui Lieque (L Zhongfu (L Feishu (B
(L 6) 7) 1) 13)
B Xin-Coração Fogo Shaohai (H Yinxi (H 6) Tongli (H Juque (Ren Xinshu (B
3) 5) 14) 15)
C Gan-fígado Madeira Ququan (Liv Zhongdu Ligou (Liv Qimen (Liv Ganshu (B
8) (Liv 6) 5) 14) 16)
D Pi- Terra Yinlingquan Diji (Sp 8) Gongsun Zhangmen Pishu (B
baço/pâncreas (Sp 9) (Sp 4) (Liv 13) 20)
E Shen-rim Água Yingu (K 10) Shuiquan Dazhong Jingmen (G Shenshu (B
(K 5) (K 4) 25) 23)
F Xinbao- Fogo Quze (P 3) Yimen (P Neiguan Tanzhong Jueyinshu
pericárdio 4) (P 6) (Ren 17) (B 14)
Relacionamento Wu Xing Água --- --- --- ---
*
Meridianos relacionados interna-externamente: A-A'; B-B'; C-C'; D-D'; E-E'; F-F' (comparar com o
Quadro 9.8 – xue especiais das sinartérias yang)
Dabao (Sp 21): é o luo-conexão da colateral major do pi-baço/pâncreas
Nos meridianos yin os pontos shu-corrente e yuan-nascente são coincidentes
Este método de selecção deve reservar-se para a escolha de pontos destinados ao tratamento de patologias
que afectam simultâneamente sinartérias relacionadas interna-externamente. Os pontos yuan-nascente
são seleccionados como pontos principais e os pontos luo-conexão como pontos acessórios. Assim, por
exemplo, se uma patologia afectar simulta-neamente os fei-pulmão e dachang-cólon, mas mais
marcadamente o primeiro, o ponto principal a seleccionar será taiyuan (L 9), ponto yuan-nascente do fei-
pulmão, e o ponto acessório será pianli (LI 6), ponto luo-conexão do dachang-cólon. Se o dachang-cólon
for mais afectado que o fei-pulmão, então o ponto principal a seleccionar será hegu (LI 4), ponto yuan-
nascente do dachang-cólon, e o ponto acessório será lieque (L 7), ponto luo-conexão do fei-pulmão.
Como já se referiu, estes pontos são utilizados no tratamento de quaisquer disfunções que afectem os
orgãos e tecidos orgânicos sem que exercem a sua "influência" – Quadro 9.5.
Assim, nas doenças do qi, como por exemplo a asma brônquica e a dispneia da Medicina Hipocrática,
deve seleccionar-se shanzhong (Ren 17), o ponto influente sobre aquela energia vital, nas doenças do
sangue, como hemoptises, rectorragias ou hemorragias uterinas funcionais, o ponto influente será geshu
(B 17), nas doenças dos ossos será dashu (B 11) e nos problemas dos vasos sanguíneos será taiyuan (L 9).
(continuação)
* JINGLUO WU HE-oceano XI-chave LUO- MU- SHU-posterior
XING conexão anterior
A' Dachang- Metal Quchi (LI 11) Wenliu Pianli (LI Tianshu (S Dachangshu
cólon (LI 7) 6) 25) (B 13)
B' Xiaochang- Fogo Xiaohai (SI Yanglao Zhizheng Guanyuan Xiaochangshu
intestino 18) (SI 6) (SI 7) (Ren 4) (B 27)
C' Dan-vesícula Madeira Yanglingquan Waiqiu Guangming Riyue (G Danshu (B 19)
(G 34) (G 36) (G 37) 24)
D' Wei- Terra Zusanli (S Liangqiu Fenglong Zhongwan Weishu (B 21)
estômago 36) (S 34) (S 40) (Ren 12)
E' Pangguang- Água Weizhong (B Jinmen Feiyang (B Zhongji Pangguangshu
bexiga 40) (B 63) 58) (Ren 3) (B 28)
F' Sanjiao-triplo Fogo Tianjing (SJ Huizong Waiguan Shimen Sanjiaoshu (B
aquecedor 10) (SJ 7) (SJ 5) (Ren 5) 22)
Relacionamento Wu Água --- --- --- ---
Xing
*
Meridianos relacionados interna-externamente: A-A'; B-B'; C-C'; D-D'; E-E'; F-F' (comparar com o
Quadro 9.7 – xue especiais das sinartérias yin)
Já mencionados anteriormente, estes pontos estabelecem a conexão entre as doze sinartérias regulares e as
restantes vias energéticas do organismo e são efectivos no tratamento de inúmeras patologias – Quadro
9.6. Devem ser sempre seleccionados em grupos de dois. Assim, por exemplo, neiguan (P 6) e gongsun
(Sp 4) devem ser seleccionados para o tratamento de doenças cardíacas, lieque (L 7) e zhaohai (K 6) para
tratar doenças respiratórias houxi (SI 3) e shenmai (B 62) para tratar doenças do intestino delgado e
waiguan (SJ 5) e zulinqi (G 41) devem ser seleccionados para o tratamento de problemas rectro-
auriculares ou de problemas da região do pescoço e do ombro.
Com base no princípio da MTC de que "doenças localizadas e unilaterais também podem ser tratadas
através da punção de pontos contralaterais", este método de selecção deve reservar-se para a utilização
terapêutica de pontos que pertencem a sinartérias que se cruzam. Assim se compreende a efectividade de
hegu (LI 4) direito na analgesia de uma odontalgia direita e vice-versa.
Estes pontos de acupunctura podem ou não pertencer aos vários tipos de sinartérias e a sua selecção faz-se
exclusivamente com base na investigação empírica de centenas de anos e na sua eficácia comprovada no
tratamento de inúmeras disfunções ou desequilíbrios orgânicos, por défice (xu) ou por excesso (shi).
Assim, hegu (LI 4) é utilizado no controlo da hipersudorese, neiguan (P 6) é capaz de induzir ou de inibir
o vómito (dependendo do método de estimulação), qihai (Ren 6) e guanyuan (Ren 4) são utilizados para
revitalizar o qi (energia vital), zusanli (S 36) tem acção tonificadora, renzhong (Du 26) usa-se em
ressuscitação, liangquan (Ren 23) serve para corrigir a gaguez primária, yingtang (Extra) é utilizado na
frenação de crises convulsivas, taiyang (Extra) é um ponto indispensável no tratamento de qualquer tipo
de cefaleias e dingchuan (Extra) é eficaz no controlo de crises asmáticas.
Os músculos e os ossos são as referências anatómicas mais importantes para a localização dos pontos de
acupunctura, uma vez que os pontos mais utilizados na prática clínica estão geralmente localizados nas
proximidades de depressões musculares e articulares.
Além da pesquisa de locais hipersensíveis ou dolorosos à palpação, existem três métodos principais de
localização dos pontos de acupunctura:
Porém, para a localização acurada de alguns pontos é necessária a utilização combinada de dois ou três
daqueles métodos.
As estruturas anatómicas são marcos importantes para a localização dos xue e incluem saliências e
depressões ósseas, articulares, musculares e tendinosas, pregas cutâneas, rebordos e leitos ungueais,
linhas de delimitação do couro cabeludo, mamilos, umbigo, pavilhões auriculares, olhos, nariz e boca. Os
pontos de acupunctura situados em tais estruturas, ou na sua proximidade, podem ser localizados fácil e
directamente.
Medição proporcional
A unidade de medição padrão é o cun ("tsun" em português), o qual varia de acordo com a constituição
do indivíduo e que corresponde, grosseiramente, à polegada (cerca de 2,4 centímetros).
Com base nas estruturas anatómicas anteriores, a unidade padrão cun é sobretudo utilizada na localização
de pontos distais, e permite fazer medições transversais e longitudinais, sem esquecer que esta unidade de
medida é proporcional à compleição do indivíduo a tratar e não à constituição do acupuncturista ou do
técnico acupunctor – Quadro 9.9 e Figura 9.4.
FIGURA 9.4
MEDIÇÃO PROPORCIONAL E DIGITAL – CUN
A medição digital tem como padrão os dedos do doente (e não os do acupuncturista ou os do terapeuta
acupunctor), devendo portanto ter em consideração o seu biótipo. Utiliza também como unidade de
medida o cun – Figura 9.4 e Quadro 9.10.
O shou taiyin jing, meridiano yin maior da mão, ou sinartéria do fei-pulmão, é utilizado sobretudo para o
tratamento de problemas pulmonares.
1. Esta sinartéria tem origem na região torácica, no zhongjiao (aquecedor médio), cavidade orgânica onde
a ramificação interna, no seu trajecto descendente, comunica com o dachang-cólon − Figura 10.1.
2. Depois de comunicar com aquela víscera fu, a mesma ramificação ascende até ao cárdia, atravessa o
diafragma e penetra no zang que domina, o fei-pulmão.
3. Em zhongfu (L 1), o shou taiyin torna-se superficial e desce ao longo do aspecto medial (região interna)
do braço, em frente às sinartérias dos xin-coração e xinbao-pericárdio, até à fossa cubital.
4. A jusante da fossa cubital continua o seu trajecto descendente, ao longo do bordo anterior do rádio, no
aspecto medial do antebraço, até atingir a região cunkou (uma das três regiões para análise do pulso da
MTC); passa por yuji (L 10) e termina na última falange do primeiro dedo da mão, em shaoshang (L 11).
5. Em lieque (L 7), na região articular do punho, emerge uma bifurcação que, depois de percorrer o
aspecto radial do segundo dedo da mão, comunica com a sinartéria do dachang-cólon, a qual está
relacionada interna-externamente com a sinartéria do fei-pulmão.
Figura 10.1
Shou taiyin jing − Sinartéria do fei-pulmão
L 1 - Zhongfu
Denominação: "mansão do meio" ou "entrada do grande yin".
Localização: debaixo da extremidade acromial da clavícula, 1 cun directamente abaixo de yunmen (L 2) e
6 cun lateral ao du mai − Figura 10.2.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1 cun. Pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): dispersar a sensação de distensão do peito.
Indicações: tosse, asma, dor torácica e sensação de distensão torácica.
Características: é um xue mu-anterior.
Figura 10.2
Shou taiyin xue − Pontos de acupunctura da sinartéria do fei-pulmão
L 2 - Yunmen
Denominação: "portão nebuloso".
Localização: no rebordo inferior da clavícula, entre os músculos grande peitoral e deltóide − Figura 10.2.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: tosse, asma, dor torácica ou sensação de opressão torácica e inflamação da região articular do
ombro.
L 3 - Tianfu
Denominação: "mansão paradisíaca" ou "janela celestial".
Localização: no aspecto medial do braço, 3 cun abaixo da prega axilar, na face radial do músculo bicípite
braquial, 6 cun acima de chize (L 5).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun.
Indicações: asma, epistaxis e dor na face interna do braço.
L 4 - Xiabai
Denominação: "aparência vistosa".
Localização: no aspecto antero-lateral do braço, 1 cun abaixo de tianfu (L 3).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun.
Indicações: embora tenha as mesmas indicações que tianfu, é um ponto pouco utilizado.
L 5 - Chize
Denominação: "pé pantanoso".
Localização: no cavado cubital, no aspecto radial do tendão do músculo bicípite braquial; deve ser
localizado com o cotovelo em flexão ligeira − Figura 10.3.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun.
Acção (MTC): eliminar calor do fei-pulmão e acalmar a ascensão turbulenta de qi.
Indicações: tosse, asma, hemoptises e dor espástica do cotovelo.
Características: é um xue he-oceano.
Figura 10.3
Shou taiyin xue − Pontos de acupunctura da sinartéria do fei-pulmão
L 6 - Kongzui
Denominação: "orifício supremo".
Localização: na face palmar (anterior) do antebraço, 7 cun acima de taiyuan (L 9) e 5 cun abaixo de chize
(L 5) − Figura 10.4.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun. Pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular o qi do fei-pulmão, promover a descida de qi do fei-pulmão, eliminar calor, atenuar
a dor e controlar hemorragias.
Indicações: tosse, asma, hemoptises, prurido orofaríngeo e dor do braço e cotovelo com limitação dos
movimentos. É eficaz no tratamento de doenças agudas.
Características: é um xue xi-chave.
Figura 10.4
Shou taiyin xue − Pontos de acupunctura da sinartéria do fei-pulmão
L 7 - Lieque
Denominação: "deficiência auditiva".
Localização: acima do processo estilóide do rádio, 1,5 cun acima da prega transversal do punho − Figura
10.4.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun. Pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): reforçar a função dispersante do fei-pulmão, eliminar vento, principalmente vento-frio e
remover a obstrução nos jingluo e activar a circulação de qi.
Indicações: tosse, asma, hemoptises, cefaleias, rigidez da nuca, paralisia facial, trismus, fraqueza na
região do punho e prurido orofaríngeo.
Características: é um xue luo-conexão.
L 8 - Jingqu
Denominação: "meridiano escavado".
Localização: 1,0 cun acima da prega transversal do punho, no rebordo interno do rádio − Figura 10.4.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: tosse, asma e dor torácica.
Características: é um xue jing-rio.
L 9 - Taiyuan
Denominação: "grande abismo".
Localização: na depressão da prega transversal do punho, no aspecto radial da artéria radial − Figura 10.4.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun. Pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): tonificar o yin e reforçar a função dispersante do fei-pulmão, eliminar vento e remover
fleuma.
Indicações: tosse, asma, hemoptises, palpitações, acrotismo, dores de garganta, dor torácica e dores na
face anterior do antebraço.
Características: é um xue shu-corrente e yuan-nascente, bem como um xue-influente nos vasos
sanguíneos.
L 10 - Yuji
Denominação: "fronteira do peixe".
Localização: a meio do primeiro metacarpiano, na sua região radial, na zona de transição entre as regiões
palmar e dorsal (na linha de junção das peles branca e vermelha) − Figura 10.4.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun. Pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar calor do fei-pulmão, eliminar o fogo da cabeça causado por depressão mental e
acalmar a garganta.
Indicações: tosse, hemoptises, dores de garganta, febre e edema da faringe.
Características: é um xue rong-fonte.
L 11 - Shaoshang
Denominação: "jovem mercador".
Localização: na face radial do quinto dedo, 0,1 cun posterior ao canto da unha − Figura 10.4.
Técnica: punção oblíqua a 0,1 cun. Pode ser submetido a sangria.
Acção (MTC): além de ter a mesma acção que yuji (L 10), serve ainda para eliminar vento quente e todos
os sintomas externos de disfunção da sinartéria do fei-pulmão.
Indicações: dor e edema da faringe, amigdalite, perda do conhecimento, doenças mentais, epistaxis e
contracturas dolorosas dos dedos.
Características: é um xue jing-origem e é muito utilizado em emergências.
Notas:
Em conjunto, lieque (L 7) e zhaohai (K 6) servem para tonificar yin, possuindo para este efeito, uma
acção mais marcada que taiyuan (L 9) isoladamente. São ainda eficazes na activação da função
descendente do pulmão e na atenuação de dores de garganta. Se as agulhas forem inseridas no sentido
ascendente, servem para tratar cefaleias e tonificar o qi do fei-pulmão; se forem inseridas no sentido
descendente, permitem tratar situações de dor no dedo polegar.
O shou yangming jing, meridiano yang da luz solar da mão, ou sinartéria do dachang-cólon, é utilizado
sobretudo no tratamento de problemas das extremidades superiores e da cabeça, incluindo os da face,
nariz, orofaringe e pescoço.
1. Esta sinartéria tem origem em shangyang (LI 1), na terceira falange do segundo dedo. Ascende ao
longo do lado radial do dedo indicador, atravessa o primeiro espaço intermetacarpiano e atinge a
depressão entre os tendões dos músculos extensor pollicis longus e brevis do punho. Percorre a face
antero-lateral do antebraço e braço e atinge jianyu (LI 15), o ponto mais elevado da região articular do
ombro – Figura 10.5.
2. Segue o bordo anterior do acrómio até ao nível da sétima vértebra cervical, dazhui (Du 14), aonde
inflecte anteriormente para a fossa supraclavicular.
3. Penetrando na fossa supraclavicular, comunica com o fei-pulmão, atravessa o diafragma e penetra no
intestino grosso.
4. Da fossa supraclavicular emerge uma bifurcação sinarteriana, a qual ascende ao longo do pescoço até à
goteira mentolabial, circunda os lábios, cruza o meridiano contralateral no philtrum e termina em
yingxiang (LI 20), na asa do nariz, aonde comunica com o zu yangming jing, ou sinartéria do wei-
estômago.
5. Finalmente, de shangjuxu (S 37) ascende uma colateral que termina na região distal do cólon
descendente.
Figura 10.5
Shou yangming jing − Sinartéria do dachang-cólon
LI 1 - Shangyang
Denominação: "intercâmbio yang".
Localização: no lado radial do dedo indicador, 0,1 cun posterior ao canto da unha – Figura 10.6.
Técnica: punção oblíqua a 0,1 cun. Pode ser submetido a sangria.
Acção (MTC): eliminar vento-calor.
Indicações: edema e dor orofaríngea, odontalgias, doenças febris e parestesias nos dedos; é um ponto
muito utilizado na recuperação da consciência em caso de lipotímia.
Características: é um xue jing-origem.
Figura 10.6
Shou yangming xue − Pontos de acupunctura da sinartéria do dachang-cólon
LI 2 - Erjian
Denominação: "segundo intervalo".
Localização: no lado radial da depressão distal da articulação metacarpofalângica do segundo dedo; deve
ser localizado com a mão relaxada – Figura 10.6.
Técnica: punção perpendicular a 0,1-0,2 cun.
Indicações: edema e dor orofaríngea, odontalgias, epistaxis, paralisia do facial, nevralgia do trigémio e
doenças febris.
Características: é um xue rong-fonte.
LI 3 - Sanjian
Denominação: "terceiro intervalo".
Localização: no lado radial da depressão proximal da articulação metacarpofalângica do segundo dedo;
deve ser localizado com a mão relaxada – Figura 10.6.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: edema e dor orofaríngea, odontalgias, nevralgia do trigémio, dor e irritação ocular e
inflamação da região dorsal da mão.
Características: é um xue shu-corrente.
LI 4 - Hegu
Denominação: "entroncamento dos vales".
Localização: entre o primeiro e o segundo metacarpianos, na proeminência muscular quando os dedos
indicador e polegar se encontram justapostos – Figura 10.6.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento, principalmente vento-calor, eliminar sintomas exteriores, atenuar a febre
devida a invasão de agentes patogénicos exógenos e activar a função dos intestinos; deve ser utilizado no
tratamento de sinais e sintomas da face.
Indicações: cefaleias, odontalgias, paralisia do facial, edema da face, epistaxis, problemas do foro
otorrinolaringológico, trismus, contractura dos dedos, dores no braço, hipertermia com anidrose,
amenorreia, indução do trabalho de parto, dor abdominal, obstipação e disenteria.
Contra-indicações: punção durante a gravidez, uma vez que tem acção abortiva.
Características: é um xue yuan-nascente.
LI 5 - Yangxi
Denominação: "corrente ascendente".
Localização: no lado radial do punho, na tabaqueira anatómica, entre os músculos extensor pollicis longus
e brevis – Figura 10.6.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): tratamento de problemas locais.
Indicações: dor no lado radial do punho.
Características: é um xue jing-rio.
LI 6 - Pianli
Denominação: "passagem inclinada".
Localização: no lado radial do antebraço, 3 cun acima de yangxi (LI 5) – Figura 10.7.
Técnica: punção perpendicular ou oblíqua a 0,3-0,7 cun.
Indicações: epistaxis, edema e dor orofaríngea, paralisia do facial e nevralgia do antebraço.
Características: é um xue luo-conexão.
Figura 10.7
Shou yangming xue − Pontos de acupunctura da sinartéria do dachang-cólon
LI 7 - Wenliu
Denominação: "encosta quente".
Localização: no lado radial do antebraço, 5 cun acima de yangxi (LI 5) – Figura 10.7.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun.
Indicações: edema e dor orofaríngea, estomatite, gengivite e paralisia do facial.
Características: é um xue xi-chave.
LI 8 - Xialian
Denominação: "ângulo inferior" ou "integridade inferior".
Localização: no lado radial do antebraço, 4 cun abaixo de quchi (LI 11) – Figura 10.7.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun.
Indicações: cefaleias e vertigens, dor e irritação ocular, mastite, dor abdominal e dor no braço e região
articular do cotovelo.
LI 9 - Shanglian
Denominação: "ângulo superior" ou "integridade superior".
Localização: no lado radial do antebraço, 3 cun abaixo de quchi (LI 11) – Figura 10.7.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun.
Indicações: hemiplegia, parestesias nos membros e dor abdominal.
LI 10 - Shousanli
Denominação: "terceira medida do membro superior".
Localização: no lado radial do antebraço, 2 cun abaixo de quchi (LI 11) – Figura 10.7.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,2 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): tratamento do edema do braço e de outros problemas locais.
Indicações: dor, hemiplegia e paresia do membro superior.
LI 11 - Quchi
Denominação: "charco tortuoso".
Localização: com a região do cotovelo em flexão de 90-100 graus, este ponto encontra-se a meia distância
entre o ponto terminal da prega do cotovelo e o epicôndilo umeral; com o membro superior em extensão,
é equidistante de chize (L 5) e da proeminência do epicôndilo umeral – Figura 10.7.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,2 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento-calor, regular a circulação de qi e sangue, remover calor do dachang-cólon,
remover a obstrução e lubrificar a articulação do cotovelo.
Indicações: dor, hemiplegia e paresia do membro superior, hipertensão. Sequelas de acidente vascular
cerebral, hipertermia, urticária, orofaringite e dores no pescoço e no ombro.
Características: é um xue he-oceano. O xue xiahe-oceano inferior do dachang-cólon é shangjuxu (S 37), o
qual também é utilizado no tratamento de problemas do intestino grosso.
LI 12 - Zhouliao
Denominação: "junção do cotovelo".
Localização: com a região do cotovelo flectida a 90 graus, encontra-se 1 cun acima de quchi (LI 11), no
rebordo do úmero.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos locais.
LI 13 - Shouwuli
Denominação: "quinta medida do membro superior".
Localização: no lado radial do braço, 3 cun acima de quchi (LI 11).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,2 cun; evitar a punção da artéria.
Indicações: dor no braço e no cotovelo, escrófula, pneumonia e hemoptises.
LI 14 - Binao
Denominação: "quinta medida do membro superior".
Localização: ligeiramente anterior ao ponto de inserção do músculo deltóide, na linha que une quchi (LI
11) a jianyu (LI 15) – Figura 10.7.
Técnica: punção perpendicular ou oblíqua a 0,5-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: dor no braço e ombro.
LI 15 - Jianyu
Denominação: "osso do ombro".
Localização: antero-inferior relativamente à articulação acrómio-clavicular; este ponto situa-se na
depressão mais anterior formada pela abdução completa do braço – Figura 10.8.
Técnica: punção perpendicular ou oblíqua a 0,5-1,2 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento, remover a obstrução do jingluo e lubrificar a articulação.
Indicações: dor no braço e ombro, diminuição da mobilidade do membro superior (AVC).
Figura 10.8
Shou yangming xue − Pontos de acupunctura da sinartéria do dachang-cólon
LI 16 - Jugu
Denominação: "grande osso".
Localização: na depressão entre a extremidade acromial da clavícula e a espinha da omoplata.
Técnica: punção ligeiramente oblíqua a 0,5-1,2 cun.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos da região articular do ombro.
LI 17 - Tianding
Denominação: "vaso do paraíso".
Localização: no bordo posterior do músculo esternocleidomastoideu, equidistante de futu (LI 18) e
quepen (S 12).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun.
Indicações: amigdalite, faringite, escrófula e paralisia do músculo hioglosso.
LI 18 - Futu
Denominação: "suporte da proeminência".
Localização: 3 cun lateral ao pomo de Adão, entre os feixes esternal e clavicular do músculo
esternocleidomastoideu.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: disfagia e tosse; é um ponto pouco utilizado.
LI 19 - Heliao
Denominação: "sulco da semente".
Localização: ao nível de renzhong (Du 26), abaixo do orifício nasal.
Técnica: punção horizontalizada a 0,3-0,5 cun, no sentido externo-interno; não deve ser aplicada
moxibustão.
Indicações: rinite, epistaxis e paralisia do facial.
LI 20 - Yingxiang
Denominação: "fragrância hospitaleira".
Localização: a meio da goteira nasolabial, 0,5 cun lateralmente à asa do nariz – Figura 10.9.
Técnica: punção perpendicular ou oblíqua a 0,3 cun.
Acção (MTC): eliminar vento-calor e remover a obstrução nasal.
Indicações: rino-sinusite, rinorreia, epistaxis, obstrução nasal, paralisia do facial, prurido e edema da face.
Características: é o ponto de conexão entre o dachang-cólon e o wei-estômago.
Figura 10.9
Shou yangming xue − Pontos de acupunctura da sinartéria do dachang-cólon
Zu Yangming – Estômago
O zu yangming jing, sinartéria do wei-estômago, ou meridiano yang da luz solar do pé, é utilizado no
tratamento de patologias do sistema digestivo e de problemas locais ao longo do seu trajecto,
nomeadamente da cabeça, face, tórax, abdómen e face anterior das extremidades inferiores.
1. Esta sinartéria tem origem em yingxiang (LI 20), lateralmente à ala nasi, ascende ao longo da base do
nariz e comunica com jingming (B 1), o primeiro ponto do zu taiyang jing, ou sinartéria do pangguang-
bexiga – Figura 10.10.
2. De chengqi (S 1) desce e penetra na região gengival do maxilar superior, circunda a região labial e
converge com o ren mai na goteira mentolabial. Circunda a região mandibular inferior e ascende até
touwei (S 8), no limite anterior do couro cabeludo, depois de cruzar com o zu shaoyang jing na região
anterior do pavilhão auricular.
3. Em daying (S 5), o seu ramo principal bifurca-se e desce ao longo da região antero-lateral do pescoço
até à fossa supraclavicular. Depois de atravessar a região mamilar continua o seu trajecto descendente,
paralelamente à linha branca abdominal, até qichong (S 30).
5. Depois de atravessar biguan (S 21) e futu (S 32), na região femural anterior, atinge a região anterior do
joelho.
6. Na perna, o ramo principal continua o seu trajecto descendente ao longo do bordo anterior da tíbia e
depois de atravessar a região dorsal do pé termina no aspecto lateral do segundo artelho. De zusanli (S
36) emerge uma colateral tibial que termina no aspecto lateral do terceiro artelho.
7. Na região dorsal do pé, em chongyang (S 42), emerge uma outra colateral que termina em yinbai (Sp
1), no aspecto medial da segunda falange do hallux, ponto onde se estabelece a conexão entre o zu
yangming e o zu taiyin jing (sinartéria do pi-baço/pâncreas).
Figura 10.10
Zu yangming jing − Sinartéria do wei-estômago
S 1 - Chengqi
Denominação: "receptáculo de lágrimas".
Localização: entre o globo ocular e o ponto médio do rebordo inferior da cavidade orbitaria – Figuras
10.11 e 10.12.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun, tangencialmente ao rebordo inferior da cavidade orbitaria.
Acção (MTC): eliminar vento, dar brilho aos olhos e relaxar os tendões.
Indicações: cegueira nocturna, retinite pigmentosa (ou retinite degenerativa pigmentar primária, doença
progressiva crónica com resultados terapêuticos duvidosos), congestão ocular, dor nos olhos, trémulo
palpebral, lacrimação excessiva e paralisia do facial.
Contra-indicações: moxibustão e manipulação.
Figura 10.11
Zu yangming jing − Sinartéria do wei-estômago
Figura 10.12
Zu yangming jing − Sinartéria do wei-estômago
S 2 - Sibai
Denominação: "quatro alvuras".
Localização: 0,7 cun directamente abaixo de chengqi (S 1), no foramen infraorbitário – Figuras 10.11 e
10.12.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun.
Acção (MTC): eliminar vento, dar brilho aos olhos e aliviar a dor.
Indicações: edema e congestão ocular, lacrimação excessiva e paralisia do facial (mais eficaz que chengqi
para o tratamento da paralisia de Bell).
Contra-indicações: punção profunda e moxibustão.
S 3 - Juliao
Denominação: "grande osso".
Localização: 1,0 cun directamente abaixo de sibai (S 2), no sulco nasolabial (lateral à ala nasi) – Figuras
10.11 e 10.12.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,4 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento, eliminar calor e remover obstruções do jingluo.
Indicações: epistaxis, odontalgias, obstrução nasal, rinorreia anterior, trémulo palpebral, edema labial e
paralisia do facial.
S 4 - Dicang
Denominação: "celeiro terrestre".
Localização: directamente abaixo de juliao, ao nível da comissura labial – Figuras 10.11 e 10.12.
Técnica: punção oblíqua a 0,5-1,0 cun, direccionada a jiache (S 6); pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento patogénico, revitalizar o zu yangming jing e remover a obstrução articular.
Indicações: odontalgias, desvio da comissura labial, salivação excessiva, trémulo palpebral, nevralgia do
trigémio e paralisia do facial (a electro-acupunctura é eficaz no tratamento destas patologias).
S 5 - Daying
Denominação: "boas vindas".
Localização: 0,5 cun anterior a jiache (S 6) – Figuras 10.11 e 10.12.
Técnica: punção horizontalizada ou oblíqua a 0,3-0,7 cun.
Indicações: odontalgias, bloqueio mandibular e paralisia do facial.
S 6 - Jiache
Denominação: "coche da mandíbula".
Localização: 1,0 cun antero-superior ao ângulo mandibular inferior, na proeminência do músculo
masseter; localiza-se com os dentes fortemente cerrados – Figuras 10.11 e 10.12.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun, ou punção oblíqua a 0,6-1,0 cun direccionada para dicang;
pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover a obstrução do jingluo, apaziguar o vento, reajustar a circulação de qi e eliminar
calor do zu yangming jing.
Indicações: odontalgias, espasmo masseteriano, bloqueio mandibular, trismus, paralisia do facial,
nevralgia do trigémio, torcicolite, trasorelho e edema da face. Em conjunto, jiache (S 6) e hegu (LI 4) são
geralmente eficazes no tratamento de problemas osteo-articulares da região mandibular.
S 7 - Xiaguan
Denominação: "portão inferior".
Localização: anterior ao processo condilóide da mandíbula, na depressão do rebordo zigomático inferior.
Deve ser localizado com a boca fechada – Figuras 10.11 e 10.12.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento patogénico, revitalizar o zu yangming e amaciar as articulações.
Indicações: artrite mandibular, tinitus, hipoacusia, otorreia, odontalgias, paralisia do facial e nevralgia do
trigémio. A combinação de xiaguan e neiting (S 44) é muito utilizada no tratamento de problemas
mandibulares.
S 8 - Touwei
Denominação: "cinta craniana".
Localização: 0,5 cun posterior ao limite anterior do couro cabeludo e 4,5 cun lateral ao du mai. A
distância entre os dois xue touwei, direito e esquerdo, é de 9 cun – Figura 10.12.
Técnica: punção horizontalizada, ascendente ou descendente, a 0,5-1,0 cun.
Acção (MTC): eliminar vento, dar brilho aos olhos e aliviar a dor.
Indicações: cefaleias, obnubilação, lacrimação excessiva e dor no globo ocular.
S 9 - Renying
Denominação: "homem bem-vindo".
Localização: 1,5 cun lateral ao pomo de Adão, muito próximo do trajecto da artéria carótida comum, no
bordo anterior do músculo esternocleidomastoideu – Figura 10.12.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun. A punção deve ser cuidadosa devido à proximidade da
artéria carótida.
Acção (MTC): eliminar calor, remover obstruções do jingluo e activar a circulação de qi e sangue.
Indicações: orofaringite, dispneia, tonturas, rubor facial e crise hipertensiva. Na crise hipertensiva a
manipulação deve ser redutora (manipulação vigorosa no sentido inverso à rotação dos ponteiros do
relógio).
S 10 - Shuitu
Denominação: "avanço da água".
Localização: no bordo anterior do músculo esternocleidomastoideu, equidistante de renying (S 9) e qishe
(S 11).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,7 cun.
Indicações: orofaringite, bronquite, disfunção das cordas vocais e bócio normotiroideu.
S 11 - Qishe
Denominação: "residência da energia".
Localização: directamente abaixo de renying (S 9), no extremo interno da clavícula entre as inserções dos
dois tendões do músculo esternocleidomastoideu.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun.
Indicações: orofaringite, bronquite, bócio normotiroideu e escrófula.
S 12 - Quepen
Denominação: "vaso vazio".
Localização: na depressão existente a meio do rebordo superior da clavícula, directamente acima do
mamilo (4 cun lateral à linha torácica mediana).
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun. A punção deve ser cuidadosa devido à proximidade da veia
jugular.
Indicações: bronquite, espasmo diafragmático (soluços) e escrófula.
S 13 - Qihu
Denominação: "guarida da energia".
Localização: a meio do rebordo inferior da clavícula, 4 cun lateral a xuanji (Ren 21).
Técnica: punção horizontalizada a 0,3-0,7 cun.
Indicações: bronquite, espasmo diafragmático (soluços) e nevralgia intercostal.
Contra-indicações: punção profunda.
S 14 - Kufang
Denominação: "armazém".
Localização: na linha mamilar, segundo espaço intercostal, 4 cun lateral a huagai (Ren 20).
Técnica: punção horizontalizada a 0,3-0,7 cun.
Indicações: bronquite, mastite e nevralgia intercostal.
S 15 - Wuyi
Denominação: "compartimento do rastreio-separação".
Localização: na linha mamilar, segundo espaço intercostal, 4 cun lateral a zigong (Ren 19).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,7 cun.
Indicações: bronquite, mastite e nevralgia intercostal.
S 16 - Yingchuang
Denominação: "postigo do peito".
Localização: na linha mamilar, terceiro espaço intercostal, 4 cun lateral a yutang (Ren 18).
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun.
Indicações: bronquite, mastite, nevralgia intercostal e borborigmos abdominais.
S 17 - Ruzhong
Denominação: "centro do peito".
Localização: no centro do mamilo. É apenas um ponto de referência anatómica, sem qualquer indicação
terapêutica – Figura 10.13.
Contra-indicações: punção, manipulação e moxibustão.
Figura 10.13
Zu yangming jing − Sinartéria do wei-estômago
S 18 - Rugen
Denominação: "raiz do peito".
Localização: directamente abaixo do mamilo, no quinto espaço intercostal – Figura 10.13.
Técnica: punção oblíqua a 0,3 cun.
Acção (MTC): regular a circulação de qi.
Indicações: bronquite, dispneia, mastite, défice de lactação (nas mulheres) e dor torácica.
Contra-indicações: punção profunda.
S 19 - Burong
Denominação: "entrada proibida".
Localização: 6 cun acima do umbigo e 2 cun lateral a juque (Ren 14) – Figura 10.13.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): impedir a ascensão de wei qi.
Indicações: distensão abdominal, epigastralgias, vómitos, anorexia e nevralgia intercostal.
S 20 - Chengman
Denominação: "receptáculo da plenitude".
Localização: 5 cun acima do umbigo e 2 cun lateral a shangwan (Ren 13) – Figura 10.13.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: distensão abdominal, epigastralgias, vómitos, anorexia, dispepsia, cólicas intestinais e
borborigmos.
S 21 - Liangmen
Denominação: "portão do feixe".
Localização: 4 cun acima do umbigo e 2 cun lateral a zhongwan (Ren 12) – Figura 10.13.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun.
Acção (MTC): regular a função yun hua dos pi-baço e wei-estômago.
Indicações: epigastralgias, vómitos, anorexia e diarreia.
S 22 - Guanmen
Denominação: "portão".
Localização: 3 cun acima do umbigo e 2 cun lateral a jianli (Ren 11) – Figura 10.13.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun.
Indicações: distensão abdominal, anorexia, dispepsia, borborigmos e diarreia.
S 23 - Taiyi
Denominação: "grande secundário".
Localização: 2 cun acima do umbigo e 2 cun lateral a xiawan (Ren 10) – Figura 10.13.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun.
Indicações: epigastralgias, cólicas intestinais, enurese e problemas mentais.
S 24 - Huaroumen
Denominação: "portão da carne escorregadia".
Localização: 1 cun acima do umbigo e 2 cun lateral a shuifen (Ren 9) – Figura 10.13.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun.
Indicações: epigastralgias e problemas mentais.
S 25 - Tianshu
Denominação: "eixo do paraíso".
Localização: 2 cun lateral ao centro do umbigo.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,2 cun; pode ser aplicada moxibustão – Figura 10.13.
Acção (MTC): regular as funções intestinal e menstrual e remover a estase de qi e sangue.
Indicações: distensão e dor abdominal, diarreia, obstipação, meteorismo, edema abdominal e
irregularidades menstruais.
Características: é o xue mu-anterior do dachang-cólon.
S 26 - Wailing
Denominação: "colina exterior".
Localização: 1 cun abaixo do umbigo e 2 cun lateral a yinjiao (Ren 7) – Figura 10.13.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,2 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: dor abdominal e dismenorreia.
S 27 - Daju
Denominação: "o maior dos grandes".
Localização: 2 cun abaixo do umbigo e 2 cun lateral a shimen (Ren 5) – Figura 10.13.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,2 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular a função intestinal e remover a estase de qi e sangue.
Indicações: dor abdominal inferior, oclusão intestinal, obstipação, diarreia, disúria, ejaculação precoce e
espermatorreia.
S 28 - Shuidao
Denominação: "via aquosa".
Localização: 3 cun abaixo do umbigo e 2 cun lateral a guanyuan (Ren 4) – Figura 10.13.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,2 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar calidez do xiajiao (aquecedor inferior).
Indicações: distensão abdominal inferior, ascite, retenção urinária, tenesmo, disúria e orquite.
S 29 - Guilai
Denominação: "regresso".
Localização: 3 cun abaixo do umbigo e 2 cun lateral a zhongji (Ren 3) – Figura 10.13.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,2 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar a estase de qi e sangue e remover a estase de sangue no útero.
Indicações: dor abdominal inferior, dismenorreia, amenorreia e prolapso uterino.
Contra-indicações: punção durante a gravidez, uma vez que tem acção abortiva.
S 30 - Qichong
Denominação: "manancial de energia".
Localização: 1 cun abaixo de guilai (S 29) e 2 cun lateral à linha branca abdominal (Ren mai) – Figura
10.13.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,5 cun.
Indicações: problemas genitais (do sistema reprodutor, masculino e feminino) e herniações.
Contra-indicações: punção profunda, devido à proximidade do cordão espermático (no homem) ou do
ligamento redondo (na mulher).
S 31 - Biguan
Denominação: "charneira da coxa".
Localização: directamente abaixo da espinha ilíaca antero-superior, na depressão existente no lado
externo do músculo costureiro. Deve ser localizado com a coxa em flexão.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento e activar a circulação de qi e sangue.
Indicações: hemiplegia, paresias na região inguinal e no membro inferior, atrofia muscular nadegueira e
da coxa.
S 32 - Futu
Denominação: "lebre misteriosa".
Localização: 6 cun acima do rebordo superior da rótula, na linha entre a espinha ilíaca antero-superior e o
ângulo superior externo da rótula.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): activar a circulação de qi e sangue no zu yangming jing, no seu trajecto ao longo do
membro inferior.
Indicações: hemiplegia, paresias no membro inferior, atrofia muscular da coxa, dor nas regiões ilíaca e
lombar e problemas musculo-esqueléticos da região articular do joelho.
S 33 - Yinshi
Denominação: "mercado de yin".
Localização: 3 cun acima do rebordo superior da rótula, entre os músculos recto femural e vasto lateral da
coxa.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,2 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: hemiplegia, atrofia muscular da coxa e problemas musculo-esqueléticos da região articular do
joelho.
S 34 - Liangqiu
Denominação: "cume da colina".
Localização: na depressão existente 2 cun acima do ângulo superior externo da rótula – Figura 10.14.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover a estase e activar a circulação de qi e sangue no zu yangming jing.
Indicações: hemiplegia, problemas musculo-esqueléticos da região articular do joelho, epigastralgias e
mastite. É um ponto eficaz no tratamento de patologias agudas; tem acção analgésica mais acentuada que
zusanli (S 36) ou gongsun (sp 4), em casos de sintomatologia dolorosa aguda.
Características: é um xue xi-chave.
S 35 - Dubi
Denominação: "focinho de bezerro". Para este xue também se utiliza a nomenclatura de xiyan, ou "olho
do joelho" – Figura 10.14.
Localização: na depressão existente no rebordo externo do ligamento rotuliano externo, imediatamente
abaixo da rótula. Deve ser localizado com o joelho em flexão de noventa graus.
Técnica: punção ligeiramente oblíqua a 0,7-1,0 cun e direccionada antero-posteriormente e externa-
internamente; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): aliviar a dor, remover a obstrução e revitalizar a circulação de qi e sangue no zu yangming
jing.
Indicações: hemiplegia, paresia e problemas musculo-esqueléticos da região articular do joelho.
S 36 - Zusanli
Denominação: "terceira milha da perna".
Localização: 3 cun abaixo de dubi (S 35), ou neixiyan, e 1 cun lateral à crista tibial anterior – Figura
10.14.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,3 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento e humidade, remover a estase e activar a circulação de qi e sangue no zu
yangming jing, regular a função yun hua dos pi-baço e wei-estômago e atenuar a fraqueza física e
psíquica.
Indicações: náuseas, vómitos, dispepsia, epigastralgias, distensão abdominal, meteorismo, obstipação,
mastite, tonturas e vertigens, depressão, problemas mentais, astenia, anorexia, artralgias, hemiplegia, dor
no membro inferior, lombalgias, problemas musculo-esqueléticos da região articular do joelho,
convalescença pós-operatória e convalescença de doenças crónicas e debilitantes.
Características: é um xue he-oceano. Tem acção tonificante acentuada e generalizada e, segundo huangdi
neijing, a aplicação diária de moxibustão permite prolongar a longevidade; é o xue mais utilizado em
acupunctura.
Figura 10.14
Zu yangming jing − Sinartéria do wei-estômago
S 37 - Shangjuxu
Denominação: "lacuna superior".
Localização: 6 cun abaixo de dubi (S 35), ou neixiyan, e 1 cun lateral à crista tibial anterior – Figura
10.14.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,3 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover calidez, eliminar plenitude torácica e tratamento de doenças crónicas do
dachang-cólon.
Indicações: distensão e dor abdominal, meteorismo, diarreia, obstipação, hemiplegia e hemiparesia.
Características: é o xue xiahe-oceano inferior do dachang-cólon, sendo o ponto principal no tratamento de
disfunções do intestino grosso.
S 38 - Tiaokou
Denominação: "abertura linear".
Localização: equidistante de dubi e jiexi (S 41), 2 cun abaixo de shangjuxu e 8 cun abaixo de dubi (S 35),
ou neixiyan – Figura 10.14.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento, remover a estase de qi no zu yangming jing e activar a circulação de qi e
sangue.
Indicações: hemiplegia e paresia dos membros inferiores, dor nas pernas e problemas musculo-
esqueléticos da região escápulo-umeral, incluindo o bloqueio agudo do ombro. No bloqueio agudo do
ombro a manipulação deve ser redutora (vigorosa e no sentido inverso à rotação dos ponteiros do relógio),
com punção a 2,0-2,5 cun direccionada a chengshan (B 57)
S 39 - Xiajuxu
Denominação: "lacuna inferior".
Localização: 9 cun abaixo de dubi (S 35), ou neixiyan, ou 3 cun abaixo de shangjuxu (S 37) e 1 cun
lateral à crista tibial anterior – Figura 10.14.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover a estase de qi e sangue e activar a circulação de qi no zu taiyang jing.
Indicações: distensão e dor hipogástrica, dor flanco-lombar com irradiação testicular (cólica renal), atrofia
muscular e hemiplegia e hemiparesia do membro inferior.
Características: é o xue xiahe-oceano inferior do xiaochang-intestino delgado, sendo o ponto principal no
tratamento de disfunções do intestino delgado.
S 40 - Fenglong
Denominação: "abundância e prosperidade".
Localização: 8 cun abaixo de dubi e 1 cun posterior a tiaokou (S 38), ou 8 cun antero-superior ao maléolo
externo – Figura 10.14.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar fleuma, apaziguar o xin-coração e tranquilizar a mente, eliminar fleuma-fogo do
wei-estômago, tonificar e eliminar humidade do zu taiyin jing.
Indicações: dor torácica, expectoração excessiva, tosse, dispneia, orofaringite, cefaleias, atrofia muscular,
hemiplegia e hemiparesia do membro inferior, tonturas e vertigens, epilepsia, histeria e outros problemas
mentais.
Características: é um xue luo-conexão.
S 41 - Jiexi
Denominação: "córrego livre".
Localização: na prega intermaleolar da junção do dorso do pé com a perna, equidistante dos dois
maléolos, entre os tendões dos músculos longo extensor dos artelhos e longo do grande artelho – Figura
10.14.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar frio-humidade e tonificar o zu yangming jing.
Indicações: edema da face, cefaleias, tonturas e vertigens, distensão abdominal, obstipação, atrofia
muscular, hemiplegia e paresia dos membros inferiores e psicose maníaco-depressiva.
Características: é um xue jing-rio.
S 42 - Chongyang
Denominação: "manancial de yang".
Localização: 1,5 cun a jusante de jiexi (S 41), na proeminência do dorso do pé, na depressão existente
entre os segundo e terceiro metatarsianos e o osso cuneiforme – Figura 10.15.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar calor e vento e remover a estase de qi e sangue.
Indicações: paralisia do facial, hemiplegia, paresias e atrofia muscular do pé.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração da artéria dorsal do pé.
Características: é um xue yuan-nascente.
Figura 10.15
Zu yangming jing − Sinartéria do wei-estômago
S 43 - Xiangu
Denominação: "vale escavado".
Localização: 1 cun a jusante de chongyang (S 42), na depressão entre o segundo e o terceiro
metatarsianos, directamente acima da face externa do segundo artelho – Figura 10.15.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: meteorismo, edema e dor na região dorsal do pé.
Características: é um xue shu-corrente.
S 44 - Neiting
Denominação: "pátio interior".
Localização: entre os segundo e terceiro metatarsianos, 0,5 cun proximal ao limite da prega interdigital –
Figura 10.15.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento e a sensação de plenitude no wei-estômago, atenuar o calor, remover a
obstrução dos shou yangming, zu yangming e shou taiyang jing, reajustar a circulação de qi e promover a
função yun hua dos pi-baço e wei-estômago.
Indicações: cefaleias, orofaringite, odontalgias, epistaxis, desvio da comissura labial, dor e distensão
abdominal, diarreia, dor e edema na região dorsal do pé e doenças febris.
Características: é um xue rong-fonte.
S 45 - Lidui
Denominação: "permuta austera".
Localização: 0,1 cun posterior ao ângulo postero-externo do leito ungueal do segundo artelho – Figura
10.15.
Técnica: punção oblíqua a 0,1 cun; pode ser aplicada moxibustão e sangria.
Acção (MTC): eliminar calor dos yangming jing e eliminar vento do zu yangming jing.
Indicações: odontalgias, epistaxis, desvio da comissura labial, edema da face e da região dorsal do pé,
sensação de distensão tóraco-abdominal, perturbações do sono e doenças febris.
Características: é um xue jing-origem.
O zu taiyin jing, meridiano yin maior do pé, ou sinartéria do pi-baço/pâncreas, é utilizado sobretudo no
tratamento de problemas dos sistemas gastrintestinal e geniturinário.
1. Tem origem na face interna da segunda falange do hallux, em yinbai (Sp 1). Depois de percorrer a
região interna do pé (aspecto medial), ao longo da junção das epidermes branca e vermelha, ascende pela
região maleolar anterior e pelo rebordo tibial posterior − Figura 10.16. No terço inferior da perna cruza o
zu jueyin jing, ou sinartéria do gan-fígado.
2. Depois de atravessar as faces interna da região articular do joelho e antero-interna da região femural,
atinge a região abdominal.
3. Percorre a região abdominal, penetra no pâncreas e no baço, comunica com o estômago, atravessa o
diafragma, ascende ao longo do esófago e atinge a base da língua, em cuja estrutura se dissemina.
Sp 1 - Yinbai
Denominação: "brancura misteriosa".
Localização: 0,1 cun posterior ao ângulo postero-interno do leito ungueal do hallux − Figura 10.17.
Técnica: punção oblíqua a 0,1 cun; pode ser aplicada moxibustão e sangria.
Acção (MTC): tonificar o pi-baço, controlar o sangue, regular a menstruação e apaziguar a mente.
Indicações: dor e distensão abdominal, metrorragias, hematemeses e melenas, perturbações do sono,
convulsões e psicose maníaco-depressiva. Nas hemorragias e perturbações do sono, a acupunctoterapia
deve ser complementada com moxibustão; a sangria pode ser efectuada em casos de convulsões ou de
psicose maníaco-depressiva.
Características: é um xue jing-origem.
Figura 10.17
Zu taiyin jing − Sinartéria do pi-baço/pâncreas
Sp 2 - Dadu
Denominação: "grande metrópole".
Localização: na junção das epidermes branca e vermelha, no aspecto medial do hallux e antero-inferior à
primeira articulação metatarsofalângica − Figura 10.17.
Técnica: punção perpendicular a 0,1-0,2 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): tonificar o pi-baço.
Indicações: dor e distensão abdominal, epigastralgias, diarreia, febre, edema do membro inferior e dor
local.
Características: é um xue rong-fonte.
Sp 3 - Taibai
Denominação: "brancura suprema".
Localização: postero-inferior à cabeça do primeiro metatarsiano, na junção das epidermes branca e
vermelha − Figura 10.17.
Técnica: punção perpendicular a 0,3 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): tonificar o pi-baço e eliminar humidade endógena.
Indicações: dor e distensão abdominal, epigastralgias, diarreia, obstipação, vómitos, astenia e sensação de
grande peso físico e dor local.
Características: é um xue shu-corrente e yuan-nascente.
Sp 4 - Gongsun
Denominação: "neto do avô".
Localização: na depressão antero-inferior à articulação metatarsofalângica do hallux, na junção das
epidermes branca e vermelha − Figura 10.17.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular a função yun-hua dos pi-baço e wei-estômago e revitalizar o chong mai.
Indicações: dor e distensão abdominal, epigastralgias, meteorismo, diarreia, vómitos e dor local. Tem
maior acção analgésica que taibai.
Características: é um xue luo-conexão. É um ponto de confluência com o chong mai.
Sp 5 - Shangqiu
Denominação: "colina do mercador".
Localização: na depressão antero-inferior ao rebordo do maléolo interno, equidistante da tuberosidade
navicular e proeminência maleolar − Figura 10.17.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular a função yun-hua dos pi-baço e wei-estômago, eliminar humidade e amaciar as
articulações.
Indicações: dor e rigidez glossianas, dor e distensão abdominal, diarreia, obstipação, e artralgias.
Características: é um xue jing-rio.
Sp 6 - Sanyinjiao
Denominação: "cruzamento dos três yin".
Localização: no rebordo tibial posterior, 3 cun directamente acima da proeminência do maléolo interno −
Figuras 10.17 e 10.18.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão e sangria.
Acção (MTC): regular a função yun-hua dos pi-baço e wei-estômago, remover a obstrução do zu taiyin
jing e revitalizar a circulação de qi e sangue, coadjuvar o gan-fígado na manutenção e promoção do livre
fluxo de energia vital, reforçar a função do shen-rim e eliminar humidade.
Indicações: a) dor e distensão abdominal, meteorismo, fezes pastosas e doenças gastrintestinais,
sobretudo patologias crónicas; b) impotência sexual primária, esterilidade, irregularidades menstruais,
metrorragias, amenorreia, leucorreia prolapso uterino, parto difícil e dor na região genital; c) disúria,
polaquiúria, enurese e retenção urinária; d) perturbações do sono e neurastenia; e) hemiplegia,
hemiparesia e atrofias musculares no membro inferior; e f) convalescença pós-operatória e convalescença
de doenças crónicas e debilitantes.
Contra-indicações: punção durante a gravidez, uma vez que tem acção abortiva.
Características: é o xue de interligação entre os três zu yin jing (sinartérias yin do membro inferior).
Figura 10.18
Zu taiyin jing − Sinartéria do pi-baço/pâncreas
Sp 7 - Lougu
Denominação: "vale vazio".
Localização: no rebordo tibial posterior, 3 cun directamente acima de sanyinjiao (Sp 6) − Figura 10.18.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: dor e distensão abdominal, meteorismo, disúria, polaquiúria e hematúria, hemiplegia,
hemiparesia e atrofias musculares no membro inferior.
Sp 8 - Diji
Denominação: "mecanismo terreno".
Localização: 3 cun abaixo do côndilo interno da tíbia, 3,5 cun abaixo de yinlingquan (Sp 9) − Figura
10.18.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular o sangue e o útero.
Indicações: dor e distensão abdominal, irregularidades menstruais, dismenorreia, disúria, diarreia e
anorexia. A combinação de diji e hegu (LI 4) é eficaz no tratamento de problemas menstruais.
Características: é um xue xi-chave.
Sp 9 - Yinlingquan
Denominação: "fonte yin da colina".
Localização: na depressão do rebordo inferior do côndilo tibial interno, entre o rebordo tibial posterior e o
músculo gastrocnemius − Figura 10.18.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): activar a circulação de qi e sangue no zu taiyin jing, ajustar e eliminar calidez do xiajiao-
aquecedor inferior.
Indicações: dor e edema na região articular do joelho, dor e distensão abdominal, diarreia, disúria,
incontinência urinária, ejaculação nocturna frequente e dor na região genital.
Características: é um xue he-oceano.
Sp 10 - Xuehai
Denominação: "oceano de sangue".
Localização: 2 cun acima do rebordo superior da rótula, na proeminência da região média do músculo
quadricípete femural. Deve ser localizado com o joelho em flexão (noventa graus) − Figura 10.18.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,2 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento e calor do sangue e regular a circulação de ying qi e sangue.
Indicações: irregularidades menstruais, dismenorreia, amenorreia, metrorragias, urticária, eczema, artrite
da região articular do joelho e dor na região interna da coxa. Este ponto é muito utilizado no tratamento
de problemas do foro urogenital, em conjunto com sanyinjiao (Sp 6) e yinlingquan (Sp 9).
Contra-indicações: punção durante a gravidez, uma vez que tem acção abortiva.
Sp 11 - Jimen
Denominação: "portão do cesto".
Localização: 6 cun acima de xuehai na região medial do músculo costureiro − Figura 10.16.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun.
Indicações: uretrites, enurese e linfadenite inguinal.
Sp 12 - Chongmen
Denominação: "portão da torrente".
Localização: no rebordo superior da sínfise púbica, 4 cun lateral a qugu (Ren 2) − Figura 10.16.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun.
Indicações: retenção urinária, endometrite e orquite.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração das artéria e veia femurais.
Sp 13 - Fushe
Denominação: "mansão do campo".
Localização: 0,7 cun acima de chongmen (Sp 12), 4 cun lateral à linha branca abdominal − Figura 10.16.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun.
Indicações: linfadenite inguinal, anexite e dor hipogástrica.
Sp 14 - Fujie
Denominação: "nó abdominal".
Localização: 3 cun acima de fushe, 4 cun lateral à linha branca abdominal − Figura 10.16.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: dor na região umbilical e diarreia.
Sp 15 - Daheng
Denominação: "grande horizontal".
Localização: 4 cun lateral ao umbigo, na linha mamilar − Figura 10.16.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar calidez e regular o xiajiao.
Indicações: distensão e dor meso-hipogástrica, diarreia e obstipação.
Contra-indicações: gravidez, pelo perigo de perfuração uterina.
Características: é um xue do yin wei mai.
Sp 16 - Fuhai
Denominação: "lamento abdominal".
Localização: 3 cun acima de daheng (Sp 15) e 4 cun lateral à linha mesosternal − Figura 10.16.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: dispepsia, dor na região umbilical, diarreia e obstipação.
Sp 17 - Shidou
Denominação: "cavidade alimentar".
Localização: no quinto espaço intercostal, 6 cun lateral à linha mesosternal − Figura 10.16.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,5 cun.
Indicações: nevralgia intercostal, epigastralgias, retenção urinária e ascite.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração da membrana pleural (à direita), ou do
músculo cardíaco (à esquerda).
Sp 18 - Tianxi
Denominação: "corrente paradisíaca".
Localização: no quarto espaço intercostal, 6 cun lateral à linha mesosternal − Figura 10.16.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,5 cun.
Indicações: bronquite, dispneia, espasmo diafragmático e mastite.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração da membrana pleural (à direita), ou do
músculo cardíaco (à esquerda).
Sp 19 - Xiongxiang
Denominação: "guarida do peito".
Localização: no terceiro espaço intercostal, 6 cun lateral à linha mesosternal − Figura 10.16.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,5 cun.
Indicações: nevralgia intercostal.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração da membrana pleural (à direita), ou do
músculo cardíaco (à esquerda).
Sp 20 - Zhourong
Denominação: "glória circundante".
Localização: no segundo espaço intercostal, 6 cun lateral à linha mesosternal − Figura 10.16.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,5 cun.
Indicações: nevralgia intercostal, pleurisia, bronquite, dispneia.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração da membrana pleural (à direita), ou do
músculo cardíaco (à esquerda).
Sp 21 - Dabao
Denominação: "grande envolvimento".
Localização: na linha axilar média, no sexto espaço intercostal (entre o centro da cavidade axilar e a
décima primeira costela) − Figura 10.16.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): revitalizar a circulação de qi e sangue.
Indicações: nevralgia intercostal, dispneia, dor hemitorácica, dor no hipocôndrio e astenia.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração da membrana pleural (à direita), ou do
músculo cardíaco (à esquerda).
Características: é um xue da luo-conexão major.
O shou shaoyin jing, meridiano yin menor da mão, ou sinartéria do xin-coração, é utilizado sobretudo para
tratar perturbações mentais e problemas do sistema cardiovascular.
1. Tem origem na bomba cardíaca e difunde-se por todo o sistema cardiovascular. Ainda no xin-coração,
bifurca-se e emite duas colaterais internas − Figura 10.19.
4. O ramo principal, depois de atravessar o fei-pulmão, emerge na região axilar em jiquan (H 1).
5. Desce ao longo da face antero-interna do braço e antebraço, entre as regiões axilar e pisiforme, sendo o
mais posterior dos três meridianos yin do membro superior (shou taiyin, shou jueyin e shou shaoyin).
Atravessa a região palmar e termina na face radial da última falange do quinto dedo, em shaochong (H 9),
onde comunica com o shou taiyang jing, ou sinartéria do xiaochang-intestino delgado.
Figura 10.19
Shou shaoyin jing − Sinartéria do xin-coração
H 1 - Jiquan
Denominação: "fonte suprema".
Localização: no centro do cavado axilar. Deve ser localizado com o braço levantado e formando um
ângulo de noventa graus com a região do tronco − Figura 10.19.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun.
Indicações: angor pectoris, nevralgia intercostal e inflamação perifocal da articulação escápulo-umeral.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração da artéria axilar.
H 2 - Qingling
Denominação: "espírito pleno de juventude".
Localização: 3 cun acima de shaohai (H 3) − Figura 10.19.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,5 cun.
Indicações: dor no braço e na região articular do ombro.
H 3 - Shaohai
Denominação: "oceano menor".
Localização: na depressão anterior ao côndilo umeral médio, na porção terminal interna da prega cubital.
Deve ser localizado com o cotovelo em flexão de noventa graus − Figura 10.20.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): revitalizar as colaterais, relaxar os tendões e regular o xin qi (energia vital do coração).
Indicações: angor pectoris, precordialgias, cotovelo de tenista e outros problemas articulares do cotovelo.
Contra-indicações: pressão acentuada e punção profunda, pois podem provocar inanição.
Características: é um xue he-oceano.
Figura 10.20
Shou shaoyin jing − Sinartéria do xin-coração
H 4 - Lingdao
Denominação: "via dos espíritos".
Localização: 1,5 cun acima de shenmen (H 7), no aspecto radial do tendão do músculo flexor cubital do
carpo. Deve ser localizado com a face palmar da mão virada para cima − Figura 10.20.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): revitalizar as colaterais e regular o xin qi (energia vital do coração).
Indicações: angor pectoris, precordialgias, convulsões e dor local.
Características: é um xue jing-rio.
H 5 - Tongli
Denominação: "abertura interior".
Localização: 1 cun acima de shenmen (H 7), no aspecto radial do tendão do músculo flexor cubital do
carpo. Deve ser localizado com a face palmar da mão virada para cima − Figura 10.20.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC):: regular o xin qi (energia vital do coração) e tranquilizar a mente.
Indicações: tonturas, palpitações, obnubilação, afasia, rigidez da língua e dor no antebraço e na região
articular do punho.
Características: é um xue luo-conexão.
H 6 - Yinxi
Denominação: "acumulação de yin".
Localização: 0,5 cun acima da prega transversal do punho, no aspecto radial do tendão do músculo flexor
cubital do carpo. Localiza-se com a face palmar da mão virada para cima − Figura 10.20.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover fleuma do xin-coração.
Indicações: angor pectoris, histeria e hipersudorese nocturna. Associado a fuliu (K 7) é muito utilizado
para reduzir a hipersudorese nocturna.
Características: é um xue xi-chave.
H 7 - Shenmen
Denominação: "portão dos espíritos".
Localização: na prega transversal do punho, entre os ossos pisiforme e cúbito, numa depressão existente
no aspecto radial do tendão do músculo flexor cubital do carpo. Deve ser localizado com a face palmar
da mão virada para cima − Figura 10.20.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover obstruções no shou shaoyin jing e apaziguar o xin-coração.
Indicações: insónia, palpitações, irritabilidade fácil, amnésia, sensação de calor palmar, icterícia, dor no
hipocôndrio e precordialgias.
Características: é um xue shu-corrente e yuan-nascente da vida.
H 8 - Shaofu
Denominação: "mansão menor".
Localização: na região palmar, entre os quarto e quinto metacarpianos e 1,5 cun distal à prega interdigital
− Figura 10.20.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: palpitações, prurido e sensação de calor palmar, trémulo e contractura do quinto dedo. Muito
utilizado em acupunctura manopodal.
Características: é um xue rong-fonte.
H 9 - Shaochong
Denominação: "torrente menor".
Localização: no aspecto radial do quinto dedo, 0,1 cun posterior ao ângulo da curvatura ungueal − Figura
10.19.
Técnica: punção oblíqua 0,1 cun; pode ser aplicada moxibustão e sangria.
Acção (MTC): remover estase de qi e sangue, eliminar calor e tonificar o xin qi.
Indicações: palpitações, precordialgias, perturbações mentais, perda da consciência, coma, angor pectoris,
golpe de calor e hipertermia. É muito utilizado em emergências.
Características: é um jing-origem.
O shou taiyang jing, meridiano yang maior da mão, ou sinartéria do xiaochang-intestino delgado, é
utilizado sobretudo no tratamento de problemas em regiões adjacentes ao seu trajecto, nomeadamente
região periorbitária, nuca, região dorsal superior e face interna do membro superior.
1. Origina-se em shaoze (SI 1), no aspecto cubital da última falange do quinto dedo, percorre o bordo
lateral da mão e emerge na apófise estilóide do cúbito, entre yanggu (SI 5) e yanglao (SI 6) − Figura
10.21.
2. Ascende ao longo do aspecto postero-externo do antebraço, cotovelo e braço até à região do ombro,
onde circunda as fossas infra e suprascapular, para depois atingir o cavado supraclavicular.
4. Do cavado supraclavicular desce uma colateral interna que, depois de comunicar com o coração, desce
ao longo do esófago, atravessa o diafragma, penetra no estômago e termina no xiaochang-intestino
delgado.
6. De quanliao (SI 18), na região infraorbitária, uma ramificação ascende até ao canto interno do olho e,
em jingming (B 1), comunica com o zu taiyang jing, ou sinartéria do pangguang-bexiga.
7. Do xiajiao parte uma colateral que desce ao longo do membro inferior e termina em xiajuxu (S 39), o
xue xiahe-oceano inferior do xiaochang-intestino delgado.
Figura 10.21
Shou taiyang jing − Sinartéria do xiaochang-intestino delgado
SI 1 - Shaoze
Denominação: "charco menor".
Localização: 0,1 cun posterior ao ângulo postero-externo da curvatura ungueal do quinto dedo − Figura
10.22.
Técnica: punção oblíqua a 0,1 cun; pode ser aplicada moxibustão e sangria.
Acção (MTC): dispersar vento-calor e promover o fluxo lácteo.
Indicações: mastite, hipolactação, orofaringite, lipotímias e cervicalgias.
Características: é um xue jing-origem.
SI 2 - Qiangu
Denominação: "vale dianteiro".
Localização: no aspecto cubital da articulação metacarpofalângica do quinto dedo, na junção das
epidermes branca e vermelha − Figura 10.22.
Técnica: punção perpendicular a 0,1-0,2 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: mastite, tinitus, parestesias no dedo e inflamação faríngea.
Características: é um xue rong-fonte.
SI 3 - Houxi
Denominação: "córrego posterior".
Localização: na depressão proximal à cabeça do quinto metacárpio, na junção das epidermes branca e
vermelha − Figura 10.22.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão e sangria.
Acção (MTC): dispersar vento-calor, relaxar os tendões e os músculos, remover obstruções do du mai e
clarificar a mente.
Indicações: cefaleias, congestão ocular, epilepsia, hipersudorese nocturna, hipoacusia, tinitus, tonturas,
doenças febris, torcicolite, nevralgia intercostal, cotovelo de tenista e contractura do antebraço e dedos.
Características: é um xue shu-corrente e um ponto confluente com o du mai.
Figura 10.22
Shou taiyang jing − Sinartéria do xiaochang-intestino delgado
SI 4 - Wangu
Denominação: "osso do punho".
Localização: no aspecto cubital da mão, na depressão entre a base do quinto metacárpio e o osso
pisiforme − Figura 10.22.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): dispersar humidade-calor e revitalizar o shou taiyang jing.
Indicações: cefaleias, doenças febris, vómitos, dor no hipocôndrio, torcicolite e problemas articulares do
cotovelo, punho e articulações interfalângicas.
Características: é um xue yuan-nascente.
SI 5 - Yanggu
Denominação: "vale do yang".
Localização: no aspecto cubital do punho, na depressão entre o processo estilóide do cúbito e o osso
pisiforme − Figura 10.22.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,4 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): dispersar humidade-calor e regular o shou taiyang qi.
Indicações: dor na região articular do punho e no aspecto cubital do antebraço.
Características: é um xue jing-rio.
SI 6 - Yanglao
Denominação: "nutrição do idoso".
Localização: na chanfradura óssea do aspecto radial do processo estilóide do cúbito. Deve ser localizado
com a região palmar virada para o tórax − Figuras 10.22 e 10.23.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): dar brilho aos olhos, relaxar os tendões e remover obstruções das colaterais.
Indicações: obnubilação e dor no membro superior.
Características: é um xue xi-chave.
SI 7 - Zhizheng
Denominação: "ramo erecto".
Localização: no rebordo cubital posterior e 5 cun acima do punho, na linha entre yanggu (SI 5) e xiaohai
(SI 8) − Figura 10.23.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): apaziguar a mente e revitalizar o shou taiyang jing.
Indicações: neurastenia e outros problemas mentais, torcicolite, dor e problemas articulares do cotovelo e
dedos.
Características: é um xue luo-conexão.
Figura 10.23
Shou taiyang jing − Sinartéria do xiaochang-intestino delgado
SI 8 - Xiaohai
Denominação: "pequeno oceano".
Localização: entre o olecrâneo e o epicôndilo umeral. Deve ser localizado com o cotovelo em flexão,
formando os braço e antebraço um ângulo de cerca de sessenta graus − Figuras 10.23 e 10.24.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover obstruções do shou taiyang jing.
Indicações: dores no membro superior, nevralgia e parestesias do nervo cubital e dor na região escápulo-
umeral.
Características: é um xue he-oceano.
Figura 10.24
Shou taiyang jing − Sinartéria do xiaochang-intestino delgado
SI 9 - Zianzhen
Denominação: "virtude escapular".
Localização: postero-inferior à articulação escápulo-umeral e 1 cun directamente abaixo da prega axilar
posterior − Figura 10.24.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): activar a circulação de qi no shou taiyang jing.
Indicações: problemas articulares na região do ombro, paralisia e paresias do membro superior e
hipersudorese axilar.
SI 10 - Naoshu
Denominação: "buraco da omoplata".
Localização: com o braço em adução, está directamente acima de zianzhen (SI 9) e no bordo inferior da
espinha da omoplata − Figura 10.24.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover a estase de qi no shou taiyang jing.
Indicações: problemas articulares na região escápulo-umeral, paralisia e paresias do membro superior,
hipertensão arterial e hipersudorese axilar.
SI 11 - Tianzhong
Denominação: "paraíso ancestral".
Localização: no centro da fossa infra-escapular.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão − Figura 10.24.
Acção (MTC): remover a estase de qi na região do ombro e dispersar a sensação de plenitude torácica.
Indicações: problemas articulares na região escápulo-umeral e hipolactação.
SI 12 - Binfeng
Denominação: "barreira do vento".
Localização: directamente acima de tianzhong, no centro da fossa supra-escapular, na depressão que se
forma com a abdução completa do braço − Figura 10.24.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,5-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): promover a circulação de qi e sangue no shou taiyang jing.
Indicações: problemas articulares na região escápulo-umeral e parestesias no membro superior.
SI 13 - Quyuan
Denominação: "parede arqueada".
Localização: na fossa supra-escapular, na depressão distal da espinha da omoplata − Figura 10.24.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): promover a circulação de qi e sangue no shou taiyang jing.
Indicações: dor e espasmos musculares na região escápulo-umeral.
SI 14 - Jianwaishu
Denominação: "buraco externo da omoplata".
Localização: 3 cun lateral ao bordo inferior do processo espinhoso da primeira vértebra torácica,
tangencialmente ao bordo interno da omoplata − Figura 10.24.
Técnica: punção oblíqua ascendente ou descendente a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): promover a circulação de qi e sangue no shou taiyang jing.
Indicações: dor e parestesias na região articular posterior do ombro.
SI 15 - Jianzhongshu
Denominação: "buraco médio da omoplata".
Localização: 2 cun lateral a dazhui (Du 14) − Figura 10.24.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,4 cun.
Indicações: dor e parestesias na região articular do ombro, torcicolite, bronquite e dispneia.
SI 16 - Tianchuang
Denominação: "janela do paraíso".
Localização: 3,5 cun lateral à protuberância laríngea (pomo de Adão), no rebordo posterior do músculo
esternocleidomastoideu, 0,5 cun posterior a futu (LI 18) − Figura 10.25.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,7 cun.
Indicações: torcicolite, orofaringite, bócio normotiroideu, tinitus e hipoacusia.
Figura 10.25
Shou taiyang jing − Sinartéria do xiaochang-intestino delgado
SI 17 - Tianrong
Denominação: "recheio do paraíso".
Localização: posterior ao ângulo da mandíbula, na depressão do bordo anterior do músculo
esternocleidomastoideu − Figura 10.25.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover calor-humidade do shou taiyang jing.
Indicações: dispneia, orofaringite, sensação de corpo estranho na orofaringe e torcicolite.
SI 18 - Quanliao
Denominação: "sulco da maçã do rosto".
Localização: directamente abaixo do canto externo do olho, na depressão do bordo inferior do osso
zigomático − Figura 10.25.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento do shou taiyang jing.
Indicações: odontalgias, espasmos dos músculos da face, nevralgia do trigémio e paralisia do facial.
SI 19 - Tinggong
Denominação: "palácio da audição".
Localização: na depressão entre o tragus e a articulação temporo-mandibular, anteriormente ao hélix −
Figura 10.25.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): acalmar os ouvidos e remover obstruções do shou taiyang jing.
Indicações: otorreia, hipoacusia, tinitus e zumbidos.
Zu Taiyang – Bexiga
1. Origina-se em jingming (B 1), no canto interno do olho. Ascende até ao vértex e, em baihui (Du 20),
comunica com o meridiano contralateral e penetra no cérebro. Do vértex continua o trajecto antero-
posterior até à região da nuca. Em baihui origina-se uma colateral que desce até à região temporal
− Figura 10.26.
2. Na região posterior do pescoço o tronco principal bifurca-se e desce paralelamente à coluna vertebral
até atingir a região lombo-sagrada.
3. Na região lombar comunica com o shen-rim e penetra no pangguang-bexiga.
6. No cavado poplíteo a bifurcação interna junta-se à externa, originando um único tronco descendente.
7. Depois do cavado poplíteo o tronco principal desce ao longo da face posterior da perna, atravessa a
região posterior do maléolo externo e, depois de percorrer a região dorsal do pé, ao longo do quinto
metatarsiano, termina na face externa da última falange do quinto artelho. Aqui comunica com zu
shaoyin jing, ou sinartéria do shen-rim.
Figura 10.26
Zu taiyang jing − Sinartéria do pangguang-bexiga
B 1 - Jingming
Denominação: "brilho dos olhos".
Localização: 0,1 cun superior ao canto interno do olho. Deve ser localizado com as pálpebras fechadas e
relaxadas (como a "pálpebra do olho perdido de Camões") − Figura 10.27.
Técnica: punção perpendicular a 0,3 cun.
Acção (MTC): dispersar vento, eliminar calor e dar brilho aos olhos.
Indicações: conjuntivite, cegueira nocturna, daltonismo, estrabismo, retinite, atrofia do nervo óptico e
trémulo palpebral recorrente.
Contra-Indicações: punção profunda, manipulação e moxibustão.
Figura 10.27
Zu taiyang jing − Sinartéria do pangguang-bexiga
B 2 - Zanzhu
Denominação: "bambu enrugado".
Localização: na região terminal interna da sobrancelha, directamente acima de jingming (B 1) − Figura
10.27.
Técnica: punção horizontalizada descendente ou lateral, respectivamente a 0,3 cun e 0,5 cun; pode ser
aplicada sangria.
Acção (MTC): dispersar vento, dar brilho aos olhos e apaziguar o gan-fígado yang.
Indicações: cefaleias, nevralgia do trigémio, paralisia do facial, dor na região periorbitária supero-interna,
e trémulo palpebral recorrente.
B 3 - Meichong
Denominação: "emanação da sobrancelha".
Localização: na linha que delimita anteriormente o couro cabeludo, directamente acima da região
terminal interna da sobrancelha, entre shenting (Du 24) e quchai (B 4) − Figura 10.27.
Técnica: punção horizontalizada a 0,2-0,3 cun.
Indicações: cefaleias, obstrução nasal e vertigens.
B 4 - Quchai
Denominação: "discrepância".
Localização: na linha que delimita anteriormente o couro cabeludo, 1,5 cun lateral a shenting (Du 24)
− Figura 10.27.
Técnica: punção horizontalizada a 0,2-0,3 cun.
Indicações: cefaleias, obstrução nasal, epistaxis e problemas oculares.
B 5 - Wuchu
Denominação: "cinco lugares".
Localização: 1 cun acima da linha que delimita anteriormente o couro cabeludo, 1,5 cun lateral a
shangxing (Du 23) − Figura 10.27.
Técnica: punção horizontalizada a 0,2-0,3 cun.
Indicações: cefaleias, vertigens e rinite.
B 6 - Chengguang
Denominação: "suporte luminoso".
Localização: 1 cun acima da linha que delimita anteriormente o couro cabeludo, 1,5 cun posterior a
wuchu (B 5) − Figura 10.26.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun.
Indicações: cefaleias, vertigens, rinite e coriza.
B 7 - Tongtian
Denominação: "paraíso aberto".
Localização: 1 cun anterior e 1,5 cun lateral a baihui (Du 20) − Figura 10.26.
Técnica: punção horizontalizada a 0,3-0,5 cun, no sentido antero-posterior.
Acção (MTC): eliminar vento.
Indicações: cefaleias, tonturas e vertigens, obstrução nasal e rino-sinusite.
B 8 - Luoque
Denominação: "declive".
Localização: no vértex, 1,5 cun posterior a tongtian (B 7) − Figura 10.26
Técnica: punção horizontalizada a 0,2-0,3 cun.
Indicações: cefaleias, vertigens, vómitos, paralisia do facial e rinite.
B 9 - Yuzhen
Denominação: "almofada de jade".
Localização: lateral ao rebordo superior da protuberância occipital externa, 1,3 cun lateral a naohu (Du
17) − Figura 10.26.
Técnica: punção horizontalizada a 0,2-0,3 cun.
Indicações: cefaleias e vertigens.
B 10 - Tianzhu
Denominação: "pilar do paraíso".
Localização: na região posterior do pescoço, 1,5 cun lateral a yamen (Du 15) − Figura 10.26.
Técnica: punção perpendicular a 0,5 cun. Não se deve aplicar moxibustão.
Acção (MTC): dispersar vento, dar brilho aos olhos e activar a circulação de qi e sangue no zu taiyang
jing.
Indicações: torcicolite, obstrução nasal, orofaringite, cefaleias, diplopia, tonturas e vertigens.
B 11 - Dazhu
Denominação: "grande nave".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da primeira vértebra dorsal − Figura
10.28.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento e remover a estase de qi no zu taiyang jing.
Indicações: dores na região cervical posterior, cefaleias, tosse e hipertermia.
B 12 - Fengmen
Denominação: "portão do vento".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da segunda vértebra dorsal − Figura
10.28.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento, atenuar os sintomas exteriores, regular a circulação de qi e reforçar a
função dispersante do fei-pulmão.
Indicações: cefaleias, bronquite asmática, sinusite crónica, rinite, obstrução nasal, tosse, torcicolite e
problemas musculo-esqueléticos da coluna dorsal. É utilizado frequentemente em anestesia para
intervenções cirúrgicas cranianas.
Contra-Indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pleuro-pulmonar.
B 13 - Feishu
Denominação: "ravina do pulmão".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da terceira vértebra dorsal − Figura
10.28.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento, atenuar o calor, regular a circulação de qi e activar a função dispersante do
fei-pulmão.
Indicações: bronquite asmática, tosse, obstrução nasal, hipersudorese nocturna e problemas musculo-
esqueléticos da coluna dorsal.
Contra-Indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pleuro-pulmonar.
Características: é o xue shu-posterior do fei-pulmão.
Figura 10.28
Zu taiyang jing − Sinartéria do pangguang-bexiga
B 14 - Jueyinshu
Denominação: "ravina do yin absoluto".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da quarta vértebra dorsal − Figura
10.28.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,5 cun.
Acção (MTC): apaziguar o fogo do xin-coração, regular o qi do xinbao-pericárdio, tranquilizar a mente e
remover obstruções do zu taiyang jing.
Indicações: precordialgias, angor pectoris, taquidisritmia cardíaca, epilepsia, histeria e perturbações do
sono.
Contra-Indicações: punção profunda, moxibustão e electro-acupunctura.
Características: é o xue shu-posterior do xin-coração.
B 15 - Xinshu
Denominação: "ravina do coração".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da quinta vértebra dorsal − Figura
10.28.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): tranquilizar a mente, apaziguar o xin-coração e activar a circulação de qi e sangue.
Indicações: precordialgias, palpitações, amnésia, epilepsia, neurastenia, perturbações do sono e problemas
musculo-esqueléticos da coluna dorsal.
Contra-Indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pleuro-pulmonar.
Características: é o xue shu-posterior do xin-coração.
B 16 - Dushu
Denominação: "ravina da governação".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da sexta vértebra dorsal − Figura
10.28.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: dor abdominal, meteorismo, espasmo diafragmático e alopécia.
Contra-Indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pleuro-pulmonar.
B 17 - Geshu
Denominação: "ravina do diafragma".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da sétima vértebra dorsal − Figura
10.28.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): apaziguar o qi do wei-estômago e eliminar a sensação de plenitude gástrica, diminuir a
fraqueza e regular a circulação de sangue.
Indicações: eructações frequentes, espasmo diafragmático, vómitos, disfagia, dispneia, e doenças
hemorrágicas crónicas.
Contra-Indicações: punção profunda, moxibustão e electro-acupunctura.
Características: é o xue shu-posterior do ge-diafragma. É um dos oito pontos influentes e domina e
sangue.
B 18 - Ganshu
Denominação: "ravina do fígado".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da nona vértebra dorsal − Figura
10.28.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): apaziguar os gan-fígado e dan-vesícula, eliminar calidez, remover a estagnação de qi e dar
brilho aos olhos.
Indicações: problemas hepáticos e vesiculares, epigastralgias, hematemeses, hemoptises, epistaxis,
perturbações da visão e problemas musculo-esqueléticos da coluna dorsal.
Características: é o xue shu-posterior do gan-fígado.
B 19 - Danshu
Denominação: "ravina da vesícula biliar".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da décima vértebra dorsal − Figura
10.28.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar calor dos gan-fígado e dan-vesícula, atenuar a ascensão turbulenta de qi do wei-
estômago e dar brilho aos olhos.
Indicações: problemas hepáticos e vesiculares, epigastralgias, gastrite, úlcera gástrica, hematemeses,
hemoptises, epistaxis, conjuntivite e cegueira nocturna.
Características: é o xue shu-posterior do dan-vesícula biliar.
B 20 - Pishu
Denominação: "ravina do baço".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da décima primeira vértebra dorsal
− Figura 10.28.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): promover a função yun hua e regular o qi do pi-baço, eliminar humidade devida a yang xu
do pi-baço, apaziguar o qi do wei-estômago e revitalizar o sangue.
Indicações: edema e distensão abdominal, vómitos, diarreia, dispepsia, gastrite, úlcera péptica e
problemas hemorrágicos agudos e crónicos.
Características: é o xue shu-posterior do pi-baço / pâncreas.
B 21 - Weishu
Denominação: "ravina do estômago".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da décima segunda vértebra dorsal
− Figura 10.28.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar humidade e regular o qi do wei-estômago
Indicações: distensão abdominal, azia e pirose, náuseas, regurgitação alimentar e vómitos, epigastralgias,
dor no hipocôndrio e diarreia crónica.
Características: é o xue shu-posterior do wei-estômago.
B 22 - Sanjiaoshu
Denominação: "ravina do triplo aquecedor".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da primeira vértebra lombar − Figura
10.28.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular as passagens de água, principalmente as do xiajiao-aquecedor inferior.
Indicações: distensão abdominal, náuseas, regurgitação alimentar e vómitos, epigastralgias, dor no
hipocôndrio e diarreia crónica.
Características: é o xue shu-posterior do sanjiao-triplo aquecedor.
B 23 - Shenshu
Denominação: "ravina do rim".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da segunda vértebra lombar − Figura
10.28.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar humidade, regular a circulação de qi e clarificar os olhos e os ouvidos.
Indicações: hipoacusia, tinitus, zumbidos, perturbações da visão, trémulo e fraqueza na região articular do
joelho, disúria, polaquiúria, tenesmo, retenção urinária, enurese, impotência sexual primária,
irregularidades menstruais, leucorreia e problemas musculo-esqueléticos da região lombo-sagrada.
Características: é o xue shu-posterior do shen-rim.
B 24 - Qihaishu
Denominação: "ravina do oceano de energia vital".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da terceira vértebra lombar − Figura
10.28.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): tonificar as costas e os joelhos e revitalizar a energia vital.
Indicações: astenia generalizada, obstipação, dor e distensão abdominal.
Características: é o xue shu-posterior do qi-energia vital.
B 25 - Dachangshu
Denominação: "ravina do grande intestino".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da quarta vértebra lombar − Figura
10.28.
Técnica: punção perpendicular descendente a 1,0-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular a circulação de qi e sangue e regular a função do dachang-cólon.
Indicações: dor e distensão abdominal, meteorismo, obstipação, diarreia e dor na região lombo-sagrada.
Características: é o xue shu-posterior do dachang-cólon.
B 26 - Guanyuanshu
Denominação: "ravina da charneira primária".
Localização: 1,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da quinta vértebra lombar − Figura
10.28.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular as passagens de água e de energia e revitalizar o zu taiyang jing.
Indicações: distensão abdominal, diarreia, enurese, polidipsia, polaquiúria, disúria e dor na região lombo-
sagrada.
B 27 - Xiaochangshu
Denominação: "ravina do pequeno intestino".
Localização: 1,5 cun lateral ao du mai, a nível do primeiro foramen sagrado − Figura 10.28.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): promover a função do xiaochang-intestino delgado e regular a circulação de qi e sangue
no zu taiyang jing.
Indicações: obstipação, diarreia, hematúria, piorreia, ciatalgia e dor lombo-sagrada.
Características: é o xue shu-posterior do xiaochang-intestino delgado.
B 28 - Pangguangshu
Denominação: "ravina da bexiga".
Localização: 1,5 cun lateral ao du mai, a nível do segundo foramen sagrado − Figura 10.28.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): promover a função do pangguang-bexiga, regular a circulação de qi e sangue no zu
taiyang jing e fortalecer as costas.
Indicações: diarreia, obstipação, lombalgias, enurese, tenesmo, urgência urinária, disúria e polaquiúria.
Características: é o xue shu-posterior do pangguang-bexiga.
B 29 - Zhonglushu
Denominação: "ravina do meio da coluna".
Localização: 1,5 cun lateral ao du mai, a nível do terceiro foramen sagrado − Figura 10.28.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular o xiajiao-aquecedor inferior e a circulação de qi e sangue no zu taiyang jing.
Indicações: dor hipogástrica, diarreia, lombalgias e ciatalgia.
B 30 - Baihuanshu
Denominação: "ravina do círculo alvo".
Localização: 1,5 cun lateral ao du mai, a nível do quarto foramen sagrado − Figura 10.28.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: dor hipogástrica, diarreia, lombalgias e ciatalgia.
B 31 - Shangliao
Denominação: "junção do osso de cima".
Localização: no primeiro foramen sagrado, a nível de xiaochangshu (B 27) − Figura 10.28.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): tonificar a cintura e os joelhos, remover a estase de sangue no útero, regular o xiajiao-
aquecedor inferior e revitalizar o qi do shen-rim.
Indicações: dor lombo-sagrada, obstipação, prolapso rectal, prolapso uterino, irregularidades menstruais,
menometrorragias, leucorreia, impotência sexual primária, polaquiúria e disúria.
Características: shangliao, ciliao (B 32), zhongliao (B 33) e xialiao (B 34), fazem parte das oito junções
sagradas – baliao.
B 32 - Ciliao
Denominação: "junção do segundo osso".
Localização: no segundo foramen sagrado, a nível de pangguangshu (B 28) − Figura 10.28.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,2 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): idêntica à de shangliao.
Indicações: as mesmas que shangliao.
B 33 - Zhongliao
Denominação: "junção do osso do meio".
Localização: no terceiro foramen sagrado, a nível de zhonglushu (B 29) − Figura 10.28.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,2 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): idêntica à de shangliao e ciliao.
Indicações: as mesmas que shangliao e ciliao.
B 34 - Xialiao
Denominação: "junção do osso de baixo".
Localização: no quarto foramen sagrado, a nível de baihuanshu (B 30) − Figura 10.28.
Técnica: punção perpendicular a 0,8-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): idêntica à de shangliao, ciliao e zhongliao.
Indicações: as mesmas que shangliao, ciliao e zhongliao.
B 35 - Huiyang
Denominação: "encontro do yang".
Localização: a nível do vértice coccígeo, 0,5 cun lateral à linha dorsal mediana − Figura 10.28.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: dismenorreia, leucorreia, impotência sexual primária, diarreia e hemorróides.
B 36 - Chengfu
Denominação: "receptáculo do suporte".
Localização: na região coxal posterior, no ponto médio da prega nadegueira − Figura 10.29.
Técnica: punção perpendicular a 0,8-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): activar a circulação de qi e tonificar o zu taiyang jing.
Indicações: dor nadegueira e lombo-sagrada, ciatalgia, hemiplegia, hemiparesia, obstipação, retenção
urinária e hemorróides.
Figura 10.29
Zu taiyang jing − Sinartéria do pangguang-bexiga
B 37 - Yinmen
Denominação: "portão da abundância".
Localização: na região coxal posterior, 6 cun directamente abaixo de chengfu (B 36), na linha entre este
ponto e weizhong (B 40) − Figura 10.29.
Técnica: punção perpendicular a 0,8-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): activar a circulação de qi e tonificar o zu taiyang jing.
Indicações: dor nadegueira e lombo-sagrada, ciatalgia, hemiplegia, hemiparesia, espasmos dos músculos
semitendinoso e bicípite femural, obstipação, hemorróides e retenção urinária.
B 38 - Fuxi
Denominação: "xi flutuante".
Localização: 1 cun directamente acima de weiyang (B 39) − Figura 10.29.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: hemiplegia, obstipação e diarreia.
B 39 - Weiyang
Denominação: "comando do yang".
Localização: no cavado poplíteo, 1 cun lateral a weizhong (B 40) − Figuras 10.29 e 10.30.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular o transporte de água no xiajiao-aquecedor inferior.
Indicações: distensão hipogástrica, obstipação, disúria, bloqueio da coluna lombo-sagrada, lombalgias e
espasmos dos músculos bicípite femural e gémeos.
Características: é o xue xiahe-oceano inferior do sanjiao-triplo aquecedor.
Figura 10.30
Zu taiyang jing − Sinartéria do pangguang-bexiga
B 40 - Weizhong
Denominação: "comando do meio".
Localização: no centro da prega transversal do cavado poplíteo, entre os tendões dos músculos
semitendinoso e bicípite femural. Este ponto está situado entre as artéria e veia poplíteas − Figuras 10.29
e 10.30.
Técnica: punção perpendicular a 0,8-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão e sangria.
Acção (MTC): relaxar os tendões, tonificar as cruzes (região lombo-sagrada), revitalizar as colaterais,
dispersar o calor estival e eliminar o calor do sangue.
Indicações: bloqueio da coluna lombo-sagrada, lombalgias, ciatalgia, espasmos e atrofia dos músculos
bicípite femural e gémeos, hemiplegia e hemiparesia, dor hipogástrica, vómitos, diarreia, impotência
sexual primária e disúria.
Características: é um xue he-oceano.
B 41 - Fufen
Denominação: "suplemento".
Localização: 3 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da segunda vértebra dorsal − Figura
10.26.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos das regiões do pescoço, ombro, cotovelo, braço e terço
superior da região dorsal.
Contra-Indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pleuro-pulmonar.
B 42 - Pohu
Denominação: "guarita da alma".
Localização: 3 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da terceira vértebra dorsal − Figura
10.26.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: bronquite asmática, tosse e problemas musculo-esqueléticos do terço superior da região
dorsal.
Contra-Indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pleuro-pulmonar.
B 43 - Gaohuangshu
Denominação: "ravina vital do diafragma".
Localização: 3 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da quarta vértebra dorsal − Figura
10.26.
Técnica: punção oblíqua descendente, orientada interna-externamente, a 0,5 cun; pode ser aplicada
moxibustão.
Acção (MTC): regular o qi do fei-pulmão e tonificar o corpo.
Indicações: bronquite asmática, tosse, hipersudorese nocturna, perturbações da memória e problemas
musculo-esqueléticos na metade superior da região dorsal.
Contra-Indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pleuro-pulmonar.
B 44 - Shentang
Denominação: "átrio dos espíritos".
Localização: 3 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da quinta vértebra dorsal − Figura
10.26.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: precordialgias, bronquite asmática e nevralgia intercostal.
Contra-Indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pleuro-pulmonar.
B 45 - Yixi
Denominação: "surpresa".
Localização: 3 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da sexta vértebra dorsal − Figura
10.26.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: precordialgias, bronquite asmática, espasmo diafragmático, nevralgia intercostal e problemas
musculo-esqueléticos no terço médio da região dorsal.
Contra-Indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pleuro-pulmonar.
B 46 - Geguan
Denominação: "charneira do diafragma".
Localização: 3 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da sétima vértebra dorsal − Figura
10.26.
Técnica: punção oblíqua descendente ou lateral a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: espasmo diafragmático, espasmo esofágico, nevralgia intercostal e problemas musculo-
esqueléticos no terço médio da região dorsal.
Contra-Indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pleuro-pulmonar.
B 47 - Hunmen
Denominação: "portão da alma".
Localização: 3 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da nona vértebra dorsal − Figura
10.26.
Técnica: punção oblíqua descendente ou lateral a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: neurastenia, epigastralgias e problemas do fígado e vesícula biliar.
Contra-Indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pleuro-pulmonar.
B 48 - Yanggang
Denominação: "parâmetro do yang".
Localização: 3 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da décima vértebra dorsal − Figura
10.26.
Técnica: punção oblíqua descendente ou lateral a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: epigastralgias e problemas do fígado e vesícula biliar.
B 49 - Yishe
Denominação: "residência da vontade".
Localização: 3 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da décima primeira vértebra dorsal
− Figura 10.26.
Técnica: punção oblíqua descendente ou lateral a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: epigastralgias e problemas do fígado e vesícula biliar.
B 50 - Weicang
Denominação: "celeiro do estômago".
Localização: 3 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da décima segunda vértebra dorsal
− Figura 10.26.
Técnica: punção oblíqua descendente ou lateral a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: epigastralgias, dor abdominal e dor no terço inferior da região dorsal.
B 51 - Huangmen
Denominação: "portão vital".
Localização: 3 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da primeira vértebra lombar − Figura
10.26.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: dor mesogástrica, dorsolombalgias, hemiplegia do membro inferior.
Contra-Indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração renal.
B 52 - Zhishi
Denominação: "compartimento da ambição".
Localização: 3 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da segunda vértebra lombar − Figura
10.26.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular o qi do shen-rim e remover obstruções do zu taiyang jing.
Indicações: lombalgias, impotência sexual primária, enurese, irregularidades menstruais e disúria.
B 53 - Baohuang
Denominação: "placenta vital".
Localização: 3 cun lateral ao du mai, a nível do segundo foramen sagrado − Figura 10.26.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: lombalgias, ciatalgia, retenção urinária, meteorismo e dor abdominal.
B 54 - Zhibian
Denominação: "limite da sequência".
Localização: 3 cun lateral ao du mai, a nível do quarto foramen sagrado − Figura 10.26.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular os jingluo e remover obstruções do zu taiyang jing.
Indicações: lombalgias, ciatalgia, hemiplegia, atrofia muscular, hemorróides e disúria.
B 55 - Heyang
Denominação: "confluência de yang".
Localização: 2 cun abaixo de weizhong, entre os dois feixes do músculo gémeos − Figuras 10.29 e 10.30.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: menometrorragias e parestesias nas regiões sagrada e femural posterior.
B 56 - Chengjin
Denominação: "tendões de suporte".
Localização: no centro da proeminência muscular dos gémeos, equidistante de heyang e chengshan (B
57) − Figura 10.30.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: cefaleias, hemorróides, lombalgias, caibras e hemiplegia do membro inferior.
B 57 - Chengshan
Denominação: "suporte da montanha".
Localização: inferior à proeminência muscular dos gémeos (barriga da perna), 8 cun directamente abaixo
de weizhong, equidistante deste ponto e de kunlun (B 60) − Figuras 10.29 e 10.30.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): promover a função dos chang-intestinos, relaxar os tendões e revitalizar as colaterais.
Indicações: lombo-sacralgias, ciatalgia, caibras, obstipação, hemorróides e prolapso rectal.
B 58 - Feiyang
Denominação: "elevador".
Localização: 7 cun directamente acima de kunlun (B 60) e 1 cun lateral a chengshan − Figuras 10.29 e
10.30.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento, apaziguar a mente e promover a função dos chang-intestinos.
Indicações: cefaleias, cervicalgias, lombo-sacralgias, ciatalgia, caibras, artrite reumatóide, caibras,
confusão mental, epilepsia, histeria e hemorróides.
Características: é um xue luo-conexão.
B 59 - Fuyang
Denominação: "yang do tarso".
Localização: 3 cun directamente acima de kunlun (B 60) − Figuras 10.29 e 10.30.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover obstruções e activar a circulação de qi no zu taiyang jing.
Indicações: sensação de peso na cabeça, cefaleias, cervicalgias, lombalgias, dor na região maleolar
externa e hemiplegia do membro inferior.
Características: é o xue xi-chave do yanqiao mai, ou meridiano yang do calcanhar.
B 60 - Kunlun
Denominação: "montanhas sagradas Kun e lun".
Localização: na depressão existente entre o maléolo externo e o tendão calcaneano − Figuras 10.29 e
10.30.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,6 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento, apaziguar a mente, promover a função uterina, relaxar os tendões, reforçar
a cintura, remover obstruções e activar a circulação de qi no zu taiyang jing.
Indicações: cefaleias, perturbações da visão, histeria, epilepsia, torcicolite, cervicalgias, lombalgias
crónicas, ciatalgia, dor na região maleolar externa, hemiplegia do membro inferior e indução do trabalho
de parto.
Contra-Indicações: punção durante a gravidez, uma vez que acção abortiva.
B 61 - Pushen
Denominação: "servo do conselheiro".
Localização: 1,5 cun directamente abaixo de kunlun − Figuras 10.29 e 10.30.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: lombalgias, ciatalgia, dor tibiotársica e hemiplegia do membro inferior.
B 62 - Shenmai
Denominação: "extensão do meridiano".
Localização: na depressão directamente abaixo do maléolo externo − Figura 10.31.
Técnica: punção perpendicular a 0,3 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): clarificar a mente, relaxar os tendões e remover obstruções do yangquiao mai.
Indicações: histeria, epilepsia, confusão mental, demência, perturbações do sono, cefaleias, tonturas,
lombo-sacralgias, artrite tibiotársica e outros problemas musculo-esqueléticos do membro inferior.
Características: é um dos oito xue confluentes e comunica com o yanqiao mai.
B 63 - Jinmen
Denominação: "portão dourado".
Localização: antero-inferior ao maléolo externo, na depressão lateral ao osso cubóide e posterior à
tuberosidade do quinto metatarsiano − Figura 10.31.
Técnica: punção perpendicular a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): apaziguar e clarificar a mente e regular a circulação de qi no zu taiyang jing.
Indicações: histeria, epilepsia, confusão mental, demência, distonia neurovegetativa, cefaleias lombo-
sacralgias, hemiplegia, artrite tibiotársica e outros problemas musculo-esqueléticos do membro inferior.
Características: é um xue xi-chave.
B 64 - Jinggu
Denominação: "osso fundamental".
Localização: postero-inferior à tuberosidade do quinto metatarsiano, na junção das epidermes branca e
vermelha − Figura 10.31.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): apaziguar e clarificar a mente e regular a circulação de qi no zu taiyang jing.
Indicações: histeria, epilepsia, cefaleias, torcicolite, lombo-sacralgias, artrite e problemas musculo-
esqueléticos do membro inferior.
Características: é um xue yuan-nascente.
Figura 10.31
Zu taiyang jing − Sinartéria do pangguang-bexiga
B 65 - Shugu
Denominação: "osso limite".
Localização: postero-inferior à cabeça do quinto metatarsiano, na junção das epidermes branca e
vermelha − Figura 10.31.
Técnica: punção perpendicular a 0,3 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): clarificar a mente, dar brilho aos olhos e remover obstruções no jingluo.
Indicações: epilepsia, confusão mental, demência, perturbações da visão, cefaleias, torcicolite e
problemas musculo-esqueléticos do pé.
Características: é um xue shu-corrente.
B 66 - Zutonggu
Denominação: "vale de conexão do pé".
Localização: na depressão antero-inferior à quinta articulação metatarsofalângica − Figura 10.31.
Técnica: punção perpendicular a 0,2 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): apaziguar e clarificar a mente, dar brilho aos olhos e remover obstruções no zu taiyang
jing.
Indicações: perturbações mentais, perturbações da visão, cefaleias, tonturas, bronquite asmática, epistaxis
e torcicolite.
Características: é um xue rong-fonte.
B 67 - Zhiyin
Denominação: "término do yin".
Localização: 0,1 cun posterior ao ângulo postero-externo da curvatura do leito ungueal do quinto artelho
− Figura 10.31.
Técnica: punção oblíqua antero-posterior a 0,1 cun; pode ser aplicada moxibustão e sangria.
Acção (MTC): clarificar a mente, dar brilho aos olhos, promover a função do útero e remover obstruções
à circulação de energia vital.
Indicações: distonia neurovegetativa, perturbações da visão, cefaleias, obstrução nasal, epistaxis, sensação
de calor na região plantar, correcção de malposições fetais (moxibustão) e indução do trabalho de parto.
Contra-Indicações: punção durante a gravidez, uma vez que acção abortiva.
Características: é um xue jing-origem.
Zu Shaoyin – Rim
O zu shaoyin jing, meridiano yin menor do pé, ou sinartéria do shen-rim, é utilizado sobretudo no
tratamento de problemas do sistema geniturinário.
1. Tem origem na face plantar do pequeno artelho, percorre obliquamente a região plantar no sentido
antero-posterior e, depois de atravessar yongquan (K 1), atinge o bordo inferior da tuberosidade do osso
navicular, emergindo em rangu (K 2) − Figura 10.32.
2. Depois de circundar o maléolo interno ascende ao longo da região interna da perna e do cavado
poplíteo.
4. Na região abdominal, depois de penetrar no rim e de comunicar com a bexiga atinge o fígado e a região
diafragmática.
6. Do pulmão emerge uma colateral que se difunde por toda a superfície pulmonar e que se liga ao shou
jueyin jing, sinartéria do xinbao-pericárdio, depois de atravessar o coração.
Figura 10.32
Zu shaoyin jing − Sinartéria do shen-rim
K 1 - Yongquan
Denominação: "fonte dos sentimentos".
Localização: entre os segundo e terceiro metatarsianos, na junção do terço anterior com o terço médio da
região plantar − Figura 10.32.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão e sangria.
Acção (MTC): tonificar o yin, atenuar o fogo, tranquilizar a mente e acalmar o xin-coração.
Indicações: dor no vértex, obnubilação, vertigens, lipotímia, convulsões, coma e sensação de calor na
região plantar. A terapêutica sangrativa é geralmente eficaz no tratamento de convulsões e lipotímias,
bem como na recuperação da consciência em estados pré-comatosos.
Características: é um xue jing-rio.
K 2 - Rangu
Denominação: "vale ardente".
Localização: antero-inferior ao maléolo interno na depressão inferior à tuberosidade navicular − Figura
10.33.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,4 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar o fogo do sangue, revitalizar o yinqiao mai e amaciar a garganta.
Indicações: hemoptises, prurido vulvar, prolapso uterino, irregularidades menstruais, emissão seminal
nocturna, diarreia, artralgias, edema e dor na região dorsal do pé.
Características: é um xue rong-fonte.
Figura 10.33
Zu shaoyin jing − Sinartéria do shen-rim
K 3 - Taixi
Denominação: "grande enseada".
Localização: na depressão entre a o maléolo interno e o tendão calcaneano − Figura 10.33.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,4 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): tonificar o shen qi, eliminar fogo, promover a função do útero e reforçar as regiões
lombar, da cintura e dos joelhos.
Indicações: odontalgias, hipoacusia, hemoptises, tonturas, insónias, bronquite, dispneia, faringite, dor
lombo-sagrada, irregularidades menstruais, poliúria, enurese, ejaculação precoce e impotência sexual
primária.
Características: é um xue shu-corrente e yuan-nascente.
K 4 - Dazhong
Denominação: "grande cálice".
Localização: 0,5 cun postero-inferior a taixi (K 3), entre o osso calcâneo e o rebordo interno do tendão
calcaneano − Figura 10.33.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar fogo do sangue e activar a circulação de qi no zu shaoyin.
Indicações: hemoptises e dor local e lombo-sagrada.
Características: é um xue luo-conexão.
K 5 - Shuiquan
Denominação: "fonte da água".
Localização: 1 cun directamente abaixo de taixi (K 3) − Figura 10.33.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): promover a função do útero e revitalizar o yinqiao mai.
Indicações: dismenorreia, irregularidades menstruais e prolapso uterino.
Características: é um xue xi-chave.
K 6 - Zhaohai
Denominação: "oceano resplandecente".
Localização: na depressão 1 cun directamente abaixo da proeminência do maléolo interno − Figura
10.33.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar calor, acalmar a mente, promover a função do útero, tonificar o fei yin e remover
obstruções no yinqiao mai.
Indicações: epilepsia, insónias, faringite, prurido orofaríngeo, bronquite crónica, disúria, polaquiúria,
irregularidades menstruais, prolapso uterino e prurido vulvar. Em conjunto com lieque (L 7) é muito
utilizado na tonificação de yin.
K 7 - Fuliu
Denominação: "corrente de retorno".
Localização: 2 cun directamente acima de taixi (K 3) − Figura 10.34.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular o shen qi, eliminar calidez e tonificar as costas.
Indicações: diarreia, meteorismo, distensão abdominal, edema das pernas, atrofia muscular, hipersudorese
nocturna, hemiplegia e hemiparesia e lombalgias.
Características: é um xue jing-rio.
Figura 10.34
Zu shaoyin jing − Sinartéria do shen-rim
K 8 - Jiaoxin
Denominação: "comunicação da crença".
Localização: anterior a fuliu (K 7), 2 cun directamente acima da proeminência do maléolo interno
− Figura 10.34.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: irregularidades menstruais, hemorragia uterina, retenção urinária, diarreia, obstipação e dor na
região interna do membro inferior.
Características: é o xue xi-chave do yinqiao mai, ou meridiano yin do calcanhar.
K 9 - Zhubin
Denominação: "hospedaria".
Localização: 5 cun acima de taixi (K 3) e 2 cun posterior ao rebordo tibial interno − Figura 10.34.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: espasmo do músculo gémeos, disúria, polaquiúria, tenesmo urinário e orquite.
Características: é o xue xi-chave do yinwei mai, ou meridiano de conexão yin.
K 10 - Yingu
Denominação: "vale do yin".
Localização: a nível de weizhong (B 40), na região interna do cavado poplíteo, entre os tendões dos
músculos semitendinoso e semimembranoso. Deve ser localizado com o joelho em flexão de noventa
graus − Figura 10.34.
Técnica: punção perpendicular a 0,8-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): tonificar o shen-rim, dispersar calor e regular o xiajiao.
Indicações: impotência sexual primária, hemorragia uterina e artrite do joelho.
Características: é um xue he-oceano.
K 11 - Henggu
Denominação: "osso horizontal".
Localização: na região hipogástrica, 0,5 cun lateral a qugu (Ren 2) − Figura 10.32.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: uretrites, incontinência urinária, espermatorreia e impotência sexual primária.
K 12 - Dahe
Denominação: "grande claridade".
Localização: na região hipogástrica, 0,5 cun lateral a zhongji (Ren 3) − Figura 10.32.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: leucorreia, espermatorreia e nevralgia do cordão espermático.
K 13 - Qixue
Denominação: "ponto da energia vital".
Localização: na região hipogástrica, 0,5 cun lateral a guanyuan (Ren 4) − Figura 10.32.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: leucorreia, irregularidades menstruais, amenorreia, disúria, polaquiúria e diarreia.
K 14 - Siman
Denominação: "quatro plenitudes".
Localização: na região hipogástrica, 0,5 cun lateral a shimen (Ren 5) − Figura 10.32.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: leucorreia, irregularidades menstruais, amenorreia, disúria, polaquiúria e diarreia.
K 15 - Zhongzhu
Denominação: "fluxo do meio".
Localização: na região hipogástrica, 0,5 cun lateral a yinjiao (Ren 7) − Figura 10.32.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: lombalgias, dor abdominal, obstipação e irregularidades menstruais.
K 16 - Huangshu
Denominação: "orifício vital".
Localização: 0,5 cun lateral a shenque (Ren 8) − Figura 10.32.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: espasmo diafragmático, gastralgias, dor mesogástrica e obstipação crónica.
K 17 - Shangqu
Denominação: "curva do mercador".
Localização: 0,5 cun lateral a xiawan (Ren 10) − Figura 10.32.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: dor e cólicas abdominais.
K 18 - Shiguan
Denominação: "charneira de pedra".
Localização: 0,5 cun lateral a jianli (Ren 11) − Figura 10.32.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: espasmo esofágico, espasmo diafragmático, gastralgias e obstipação.
K 19 - Yindu
Denominação: "metrópole de yin".
Localização: 0,5 cun lateral a zhongwan (Ren 12) − Figura 10.32.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: ptose gástrica, distensão e dor abdominal.
K 20 - Futonggu
Denominação: "vale de conexão do abdómen".
Localização: 0,5 cun lateral a shangwan (Ren 13) − Figura 10.32.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: nevralgia intercostal, palpitações, convulsões, vómitos e diarreia.
K 21 - Youmen
Denominação: "portão isolado (piloro)".
Localização: 0,5 cun lateral a juque (Ren 14) − Figura 10.32.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: nevralgia intercostal, gastrite crónica, dor e distensão gástrica.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração hepática.
K 22 - Bulang
Denominação: "orifício vital".
Localização: no quinto espaço intercostal, 2 cun lateral a zhongting (Ren 16) − Figura 10.32.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: nevralgia intercostal, gastrite, bronquite e rinite.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pleuro-pulmonar.
K 23 - Shenfeng
Denominação: "sinete dos espíritos".
Localização: no quarto espaço intercostal, 2 cun lateral a zhanzhong (Ren 17) − Figura 10.32.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: nevralgia intercostal, mastite e bronquite.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração cardíaca (à esquerda) e pleuro-pulmonar.
K 24 - Lingxu
Denominação: "ruínas dos espíritos".
Localização: no terceiro espaço intercostal, 2 cun lateral a yutang (Ren 18) − Figura 10.32.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: nevralgia intercostal, mastite, bronquite e vómitos.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração cardíaca (à esquerda) e pleuro-pulmonar.
K 25 - Shencang
Denominação: "celeiro dos espíritos".
Localização: no segundo espaço intercostal, 2 cun lateral a zigong (Ren 19) − Figura 10.32.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: nevralgia intercostal, bronquite e vómitos.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pleuro-pulmonar.
K 26 - Yuzhong
Denominação: "elegância intermédia".
Localização: no primeiro espaço intercostal, 2 cun lateral a huagai (Ren 20) − Figura 10.32.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: nevralgia intercostal, bronquite e vómitos.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pleuro-pulmonar.
K 27 - Shufu
Denominação: "residência no desfiladeiro".
Localização: 2 cun lateral a xuanji (Ren 21), na depressão abaixo do rebordo inferior da extremidade
interna da clavícula − Figura 10.32.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: dor torácica, bronquite, dispneia, vómitos e distensão abdominal.
O shou jueyin jing, meridiano yin absoluto da mão, ou sinartéria do xinbao-pericárdio, é utilizado no
tratamento de disfunções cardiovasculares e de problemas mentais e gástricos.
1. Origina-se na região torácica e comunica com o xinbao-pericárdio − Figura 10.35.
3. O ramo principal atravessa transversalmente a região hemitorácica e torna-se superficial 3 cun abaixo
da prega axilar anterior, em tianchi (P 1).
4. Depois de contornar a região axilar anterior, desce ao longo da face antero-interna do braço e
antebraço, entre os shou taiyin jing (fei-pulmão) e shou shaoyin jing (xin-coração), atingindo depois a
região palmar.
5. Em laogong (P 8), na região palmar, emerge uma colateral que depois de atingir a última falange do
quarto dedo comunica com o shou shaoyang jing, ou sinartéria do sanjiao-triplo aquecedor.
Figura 10.35
Shou jueyin jing − Sinartéria do xinbao-pericárdio
P 1 - Tianchi
Denominação: "lagoa do paraíso".
Localização: no quarto espaço intercostal, 1 cun lateral ao mamilo − Figura 10.35.
Técnica: punção oblíqua a 0,2 cun no sentido interno-externo; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): abrir o peito e libertar o xin qi.
Indicações: precordialgias, nevralgia intercostal, dor e edema na região axilar.
Contra-indicações: sangria e punção profunda, pelo perigo de perfuração pleural.
P 2 - Tianquan
Denominação: "fonte do paraíso".
Localização: na face antero-interna do braço, 2 cun abaixo da axila, entre os dois feixes do músculo
bicípite braquial − Figura 10.36.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: precordialgias, tosse e dor ao longo da face interna do braço.
Figura 10.36
Shou jueyin jing − Sinartéria do xinbao-pericárdio
P 3 - Quze
Denominação: "curvatura do charco".
Localização: na prega do cotovelo, na face interna do tendão do músculo bicípite braquial − Figura 10.36.
Acção (MTC): libertar o xin qi, dispersar o calor do sangue e regular os chang-intestinos.
Indicações: epigastralgias, vómitos, irritabilidade, precordialgias, palpitações, hipertermia, trémulo do
membro superior e dor no cotovelo e braço.
Características: é um xue he-oceano.
P 4 - Ximen
Denominação: "entrada da fenda".
Localização: 7 cun abaixo de quze e 5 cun acima da prega transversal do punho, entre os tendões dos
músculos grande palmar e flexor radial do carpo − Figura 10.36.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): acalmar a mente, apaziguar o xin-coração, abrir o peito e eliminar calor.
Indicações: precordialgias, palpitações, epistaxis e hematemeses. Está indicado no tratamento de
problemas agudos.
Características: é um xue xi-chave.
P 5 - Jianshi
Denominação: "intermediário".
Localização: 3 cun acima da prega transversal do punho, entre os tendões dos músculos grande palmar e
flexor radial do carpo − Figura 10.36.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): acalmar a mente, abrir o peito, regular o wei-estômago, dispersar o calor endógeno e
eliminar fleuma do xin-coração.
Indicações: precordialgias, palpitações, epigastralgias, vómitos, irritabilidade, problemas mentais, trémulo
do antebraço, dor e contractura do membro superior.
Características: é um xue jing-rio.
P 6 - Neiguan
Denominação: "portão interior".
Localização: 2 cun acima da prega transversal do punho, entre os tendões dos músculos grande palmar e
flexor radial do carpo − Figura 10.36.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): acalmar a mente, abrir o peito, regular a circulação de qi no shou jueyin jing, promover a
função yunhua do wei-estômago, regular o zhongjiao e abrir o yin wei mai ou meridiano yin de conexão.
Indicações: precordialgias, palpitações, epigastralgias, vómitos, espasmo diafragmático, irritabilidade,
convulsões epileptiformes, histeria, psicose maníaco-depressiva, esquizofrenia, distonia neurovegetativa,
dor e contractura do membro superior, hemiplegia e hemiparesia. A estimulação deste ponto exerce uma
acção acentuada nos sistemas nervoso, cardiovascular e digestivo, realçando-se a sua acção indutora ou
frenadora do vómito, a qual depende do tipo de estimulação utilizada.
Características: é um da xue luo-conexão e um dos oito pontos confluentes, comunicando com o win wei
mai.
P 7 - Daling
Denominação: "grande túmulo".
Localização: a meio da prega transversal do punho, entre os tendões dos músculos grande palmar e flexor
radial do carpo − Figura 10.36.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): dispersar o fogo e apaziguar o xin-coração, clarificar a mente e abrir o peito.
Indicações: precordialgias, palpitações, histeria e pânico injustificado.
Características: é um xue shu-corrente e yuan-nascente da vida.
P 8 - Laogong
Denominação: "palácio dos trabalhadores".
Localização: na face palmar, entre o segundo e o terceiro metacarpianos e tangencialmente ao rebordo
interno do último; está localizado na região central da mão − Figura 10.36.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): acalmar a mente, apaziguar o xin-coração, eliminar calor e humidade do zu yangming e
regular o wei-estômago.
Indicações: precordialgias, distonia neurovegetativa, estomatite aftosa, halitose e furunculose
Características: é um xue rong-fonte.
P 9 - Zhongchong
Denominação: "torrente do meio".
Localização: na ponta da última falange do terceiro dedo, ou 0,1 cun posterior ao canto radial do leito
ungueal − Figura 10.36.
Técnica: punção oblíqua ou perpendicular a 0,1 cun; pode ser aplicada moxibustão e sangria.
Acção (MTC): acalmar a mente e dispersar o fogo do xin-coração.
Indicações: precordialgias, palpitações, afasia, rigidez glossiana, hipersudorese e sensação de calor
palmar, hipertermia, convulsão infantil, lipotímia e coma. A terapêutica sangrativa está indicada em
ressuscitação.
Características: é um xue jing-origem
O shou shaoyang jing, meridiano yang menor da mão, ou sinartéria do sanjiao-triplo aquecedor, é
utilizado no tratamento de problemas relacionados com os sistemas visual e auditivo e de problemas
musculo-esqueléticos ao longo do seu trajecto.
1. Tem a sua origem no aspecto cubital da última falange do quarto dedo, em guanchong (SJ 1), atravessa
a face dorsal da mão, entre os quarto e quinto metacarpianos, e atinge a região dorsal do punho − Figura
10.37.
2. Ascende ao longo do aspecto lateral do antebraço e do braço, entre os shou taiyang e shou yangming
jing, e atinge a região articular do ombro.
5. Com origem na cavidade torácica, uma colateral emerge da fossa supraclavicular, a qual ascende ao
longo do pescoço e se bifurca na região auricular inferior.
6. Na região auricular, uma das bifurcações circunda posteriormente o pavilhão auricular e a outra
contorna a região anterior do mesmo pavilhão, terminando no canto externo do olho, em sizhukong (SJ
23), onde se liga à sinartéria do dan-vesícula.
7. Uma colateral proveniente de weiyang (B 39), ascende ao longo da coxa e comunica com o sanjiao-
triplo aquecedor.
Figura 10.37
Shou shaoyang jing − Sinartéria do sanjiao-triplo aquecedor
SJ 1 - Guanchong
Denominação: "portão da torrente".
Localização: no aspecto cubital da última falange do quarto dedo, 0,1 cun posterior à curvatura do leito
ungueal − Figura 10.38.
Técnica: punção oblíqua a 0,1 cun; pode ser aplicada moxibustão e sangria.
Acção (MTC): activar a circulação de energia vital, eliminar calor e acalmar a mente.
Indicações: cefaleias, orofaringite, congestão ocular, doenças febris e irritabilidade.
Características: é um xue jing-origem.
SJ 2 - Yemen
Denominação: "porta dos fluidos".
Localização: proximal à quarta prega interdigital. Deve ser localizado com a mão fechada − Figura
10.38.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular a circulação de qi e sangue e atenuar o calor endógeno.
Indicações: cefaleias, congestão ocular, hipoacusia e dor nas regiões da mão e do punho.
Características: é um xue rong-fonte.
Figura 10.38
Shou shaoyang jing − Sinartéria do sanjiao-triplo aquecedor
SJ 3 - Zhongzhu
Denominação: "ilhota do meio", ou "ilhota do meio da mão" (shou zhongzhu) − Figura 10.38.
Localização: no quarto espaço intermetacárpico, proximal à articulação metacarpofalângica.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular a circulação de energia vital, eliminar calor e acalmar o ouvido.
Indicações: cefaleias, tinitus, hipoacusia e dor no membro superior.
Características: é um xue shu-corrente.
SJ 4 - Yangchi
Denominação: "reservatório de yang".
Localização: na prega dorsal do punho, numa depressão existente entre os tendões dos músculos extensor
comum dos dedos e extensor do quinto dedo − Figura 10.38.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): relaxar os tendões, revitalizar as colaterais, reforçar o sanjiao e promover as funções dos
chong e ren mai, de revitalização da circulação de qi e sangue.
Indicações: tinitus, hipoacusia e problemas articulares da região do punho.
Características: é um xue yuan-nascente.
SJ 5 - Waiguan
Denominação: "portão exterior".
Localização: entre o cúbito e o rádio, 2 cun acima da prega dorsal do punho − Figura 10.39.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento, relaxar os tendões, revitalizar as colaterais e remover obstruções do
yangwei mai.
Indicações: enxaqueca, tinitus, hipoacusia, doenças febris devidas a invasão de agentes patogénicos
exógenos, v.g. gripe e pneumonia, trémulo da mão e problemas articulares do membro superior.
Características: é um xue luo-conexão e um xue de confluência com o yangwei mai, ou meridiano yang
de conexão.
SJ 6 - Zhigou
Denominação: "suporte do canal".
Localização: entre o cúbito e o rádio, 3 cun acima da prega dorsal do punho − Figura 10.39.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular a circulação de qi, remover obstruções dos chang-intestinos e arrefecer o sanjiao,
principalmente os shang e zhongjiao.
Indicações: tinitus, hipoacusia, vómitos, obstipação, rouquidão e torcicolite. É muito utilizado no
tratamento da zona (herpes zoster), em conjunto com yanglingquan (G 34).
Características: é um xue jing-rio
Figura 10.39
Shou shaoyang jing − Sinartéria do sanjiao-triplo aquecedor
SJ 7 - Huizong
Denominação: "reunião dos ancestrais".
Localização: no antebraço, 0,5 cun lateral a zhigou e tangencial ao rebordo interno do cúbito − Figura
10.39.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: tinitus, hipoacusia e dor no membro superior.
Características: é um xue xi-chave.
SJ 8 - Sanyangluo
Denominação: "conexão dos três yang".
Localização: entre o cúbito e o rádio, 1 cun acima de zhigou (SJ 6) − Figura 10.39.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover obstruções do jingluo e dos orifícios dos orgãos sensoriais.
Indicações: tinitus, hipoacusia, afasia e dor no membro superior.
SJ 9 - Sidu
Denominação: "quarto fosso".
Localização: entre o cúbito e o rádio, 5 cun abaixo do cotovelo. Deve ser localizado com o antebraço em
supinação − Figura 10.39.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,2 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular a circulação de qi e remover obstruções dos orifícios sensoriais.
Indicações: cefaleias, vertigens, tinitus, hipoacusia, odontalgias, e dor no membro superior.
SJ 10 - Tianjing
Denominação: "fonte do paraíso".
Localização: no braço, 1 cun acima do olecrâneo, na depressão que surge com o cotovelo em flexão de
noventa graus − Figura 10.39.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): activar a circulação de qi e remover obstruções do jingluo.
Indicações: hemicrania, cefaleias, torcicolite e problemas musculo-esqueléticos da região articular do
cotovelo.
Características: é um xue he-oceano.
SJ 11 - Qinglengyuan
Denominação: "golfo do arrefecimento".
Localização: 1 cun acima de tianjing (SJ 10) − Figura 10.39.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: cefaleias, dor no globo ocular e dor no braço e na região articular do ombro.
SJ 12 - Xiaoluo
Denominação: "degelo do luo".
Localização: no braço, equidistante de qinglengyuan (SJ 11) e naohui (SJ 13) − Figura 10.37.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: cefaleias, torcicolite, odontalgias e dor no braço.
SJ 13 - Naohui
Denominação: "encontro da articulação".
Localização: 3 cun abaixo de jianliao (SJ 14), no rebordo posterior do músculo deltóide − Figura 10.37.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: dor no braço e na região articular do ombro.
SJ 14 - Jianliao
Denominação: "osso do ombro".
Localização: 1 cun posterior a jianyu (LI 15), com o braço em adução, ou na depressão postero-inferior
ao acrómio, com o braço em abdução − Figura 10.37.
Técnica: punção perpendicular ou oblíqua a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): relaxar os tendões, revitalizar as colaterais e amaciar as articulações.
Indicações: hipersudorese, hemiplegia, dor na região escápulo-umeral e inflamação perifocal da região
articular do ombro.
SJ 15 - Tianliao
Denominação: "osso do paraíso".
Localização: na fossa suprascapular, equidistante de jianjing (G 21) e quyuan (SI 13).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun, em direcção à espinha da omoplata; pode ser aplicada
moxibustão − Figura 10.37.
Indicações: tendinite do músculo supra-espinhoso e dor na região escapular.
SJ 16 - Tianyou
Denominação: "janela do paraíso".
Localização: postero-inferior ao processo mastoideu, no rebordo posterior do músculo
esternocleidomastoideu − Figura 10.37.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun.
Acção (MTC): activar a circulação de qi e remover obstruções do jingluo.
Indicações: tinitus, hipoacusia, orofaringite e torcicolite.
SJ 17 - Yifeng
Denominação: "barreira do vento".
Localização: posterior ao lóbulo auricular, na depressão entre o processo mastoideu e a mandíbula −
Figura 10.37.
Técnica: punção perpendicular ou oblíqua, respectivamente a 0,3-0,5 cun e 0,7-1,0 cun; pode ser aplicada
moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento, revitalizar as colaterais e regular a audição e a visão.
Indicações: tinitus, hipoacusia, problemas oculares (punção oblíqua), paralisia do facial e artrite
mandibulotemporal (punção perpendicular).
SJ 18 - Qimai
Denominação: "nutrição do meridiano".
Localização: próximo da inserção do pavilhão auricular, a um terço da distância entre yifeng (SJ 17) e
jiaosun (SJ 20) − Figura 10.37.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: cefaleias, tinitus e hipoacusia.
SJ 19 - Luxi
Denominação: "repouso do crânio".
Localização: posterior ao pavilhão auricular, 1 cun acima de qimai (SJ 18) − Figura 10.37.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: cefaleias, otalgias, tinitus e hipoacusia.
SJ 20 - Jiaosun
Denominação: "ângulo da regeneração".
Localização: a nível do vértice do pavilhão auricular, no delimitação do couro cabeludo − Figura 10.37.
Técnica: punção horizontalizada a 0,2-0,3 cun.
Indicações: odontalgias, pannus e edema do pavilhão auricular.
SJ 21 - Ermen
Denominação: "porta do ouvido".
Localização: anterior ao tubérculo supratragico, ligeiramente acima do côndilo mandibular. Deve ser
localizado com a boca aberta − Figura 10.37.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular a audição e activar a circulação de qi.
Indicações: tinitus, hipoacusia, otorreia e artrite mandibulotemporal.
SJ 22 - Erheliao
Denominação: "osso da harmonia do ouvido".
Localização: antero-superior a ermen, na delimitação do couro cabeludo − Figura 10.37.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,3 cun.
Indicações: cefaleias, tinitus, artrite mandibulotemporal e paralisia do facial.
SJ 23 - Sizhukong
Denominação: "orifício do bambu sedoso".
Localização: na depressão existente na porção terminal externa da sobrancelha − Figura 10.37.
Técnica: punção horizontalizada a 0,3 cun. A moxibustão está contra-indicada.
Acção (MTC): dispersar vento, eliminar fogo e dar brilho aos olhos.
Indicações: cefaleias, problemas oculares e paralisia do facial.
O zu shaoyang jing, meridiano yang menor do pé, ou sinartéria do dan-vesícula biliar, é utilizado
sobretudo no tratamento de disfunções do sistema biliar e de problemas em regiões adjacentes ao seu
trajecto, nomeadamente olhos, ouvidos e hipocôndrios.
1. Origina-se em tongziliao (G 1), no canto externo do olho, ascende e circunda as regiões supra e retro
auricular e a região lateral do crânio, desce através do aspecto lateral e posterior do pescoço,
anteriormente ao shou shaoyang e atinge a região do ombro, onde cruza esta sinartéria, inflecte
anteriormente e atinge o cavado supraclavicular − Figura 10.40.
2. A sua primeira colateral parte da região auricular posterior, penetra no ouvido, atravessa a região pré-
auricular e termina no canto externo do olho.
3. Do canto externo do olho, a mesma colateral desce até daying (S 5), cruza o shou shaoyang na região
infra-orbitária e atinge a fossa supraclavicular, onde comunica com o ramo principal. Continua o seu
trajecto descendente e, depois do seu percurso intratorácico, atravessa o diafragma, comunica com o
fígado e penetra na vesícula biliar. Atravessa depois o hipocôndrio e a região inguinal e termina em
huantiao (G 30).
4. A partir do cavado supraclavicular, o ramo principal desce ao longo da região toraco-abdominal lateral
e atinge huantiao, onde se une à colateral profunda acabada de descrever.
5. Desce depois ao longo do aspecto lateral da coxa, do joelho e da perna, atravessa anteriormente a
região maleolar externa, percorre a região dorsal do pé e termina na região externa da última falange do
quarto artelho, em zuqiaoyin (G 44).
6. Na região dorsal do pé, em zulinqi (G 41), emerge uma colateral que percorre o primeiro espaço
intermetatarsiano e, em dadun (Liv 1), na última falange do grande artelho, estabelece a conexão entre o
zu shaoyang e o zu jueyin jing, ou sinartéria do gan-fígado.
Figura 10.40
Zu shaoyang jing − Sinartéria do dan-vesícula biliar
G 1 - Tongziliao
Denominação: "osso do aluno".
Localização: 0,5 cun lateral ao canto externo do olho, na depressão que existe no rebordo peri-orbitário −
Figura 10.41.
Técnica: punção horizontalizada a 0,2-0,3 cun, no sentido antero-posterior. A moxibustão está contra-
indicada.
Acção (MTC): dispersar vento-calor, eliminar fogo e dar brilho aos olhos.
Indicações: atrofia do nervo óptico, miopia, conjuntivite e hemicrania.
G 2 - Tinghui
Denominação: "confluência da audição".
Localização: directamente abaixo de tinggong (SI 19), no rebordo posterior do côndilo mandibular (na
depressão anterior ao nó intertragico). Deve ser localizado com a boca aberta − Figura 10.41.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão. Deve ser puncionado com a
boca ligeiramente aberta.
Acção (MTC): activar a circulação de qi e regular a audição.
Indicações: odontalgias, tinitus, hipoacusia e artrite mandibulotemporal.
Figura 10.41
Zu shaoyang jing − Sinartéria do dan-vesícula biliar
G 3 - Shangguan
Denominação: "portão de cima".
Localização: directamente acima de xiaguan (S 7), no rebordo superior do arco zigomático − Figura
10.41.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun.
Indicações: odontalgias, tinitus, hipoacusia, otorreia, artrite mandibulotemporal e paralisia do facial.
G 4 - Hanyan
Denominação: "aversão da mandíbula".
Localização: na têmpora, a um quarto da distância entre touwei (S 8) e qubin (G 7) − Figura 10.41.
Técnica: punção horizontalizada a 0,5-0,7 cun.
Indicações: hemicrania, cefaleias e tinitus.
G 5 - Xuanlu
Denominação: "crânio suspenso".
Localização: na têmpora, equidistante de touwei (S 8) e qubin (G 7) − Figura 10.41.
Técnica: punção horizontalizada a 0,5-0,7 cun.
Indicações: hemicrania, cefaleias, odontalgias, edema da face e neurastenia.
G 6 - Xuanli
Denominação: "milímetro suspenso".
Localização: a três quartos da distância entre touwei (S 8) e qubin (G 7) − Figura 10.41.
Técnica: punção horizontalizada a 0,5-0,7 cun.
Indicações: hemicrania, cefaleias, odontalgias, edema da face e neurastenia.
G 7 - Qubin
Denominação: "sutura da têmpora".
Localização: a nível do vértice do pavilhão auricular, 1 cun anterior a jiaosun (SJ 20) − Figura 10.41.
Técnica: punção horizontalizada a 0,5-0,7 cun.
Indicações: hemicrania, cefaleias, nevralgia do trigémio e espasmo do músculo temporal.
G 8 - Shuaigu
Denominação: "rumo ao vale".
Localização: directamente por cima do vértice do pavilhão auricular − Figura 10.41.
Técnica: punção horizontalizada a 0,3-0,5 cun, no sentido antero-posterior.
Acção (MTC): dispersar vento e atenuar vento-calor.
Indicações: hemicrania, cefaleias, vertigens e problemas oculares.
G 9 - Tianchong
Denominação: "torrente do paraíso".
Localização: 0,5 cun posterior a shuaigu (G 8) − Figura 10.41.
Técnica: punção horizontalizada a 0,3-0,5 cun.
Indicações: hemicrania e cefaleias.
G 10 - Fubai
Denominação: "brancura sobrenadante".
Localização: 1,0 cun postero-inferior a tianchong (G 9), na parte superior do processo mastoideu − Figura
10.41.
Técnica: punção horizontalizada a 0,3-0,5 cun.
Indicações: hemicrania, cefaleias, odontalgias, tinitus e hipoacusia.
G 11 - Touqiaoyin
Denominação: "cavidade craniana do yin".
Localização: na base do processo mastoideu, 1,0 cun abaixo de fubai (G 10) − Figura 10.41.
Técnica: punção horizontalizada a 0,3-0,5 cun.
Indicações: cefaleias, otalgias, tinitus, hipoacusia e torcicolite.
G 12 - Wangu
Denominação: "osso completo".
Localização: a nível de fengfu (Du 16), na depressão inferior ao rebordo posterior do processo mastoideu
e a 0,7 cun abaixo de touqiaoyin (G 11) − Figura 10.41.
Técnica: punção horizontalizada descendente a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento.
Indicações: cefaleias, odontalgias, edema da face e paralisia do facial.
G 13 - Benshen
Denominação: "origem do espírito".
Localização: na região frontal, 3 cun lateral a shenting (Du 24) − Figura 10.41.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: cefaleias, vertigens, torcicolite e hemiplegia.
G 14 - Yangbai
Denominação: "brancura yang".
Localização: na região frontal, a nível da pupila e 1 cun acima do meio da sobrancelha − Figura 10.41.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento e dar brilho aos olhos.
Indicações: cefaleias, trémulo e ptose palpebral, nevralgia supra-orbitária e perturbações da visão.
G 15 - Toulinqi
Denominação: "vizinhança das lágrimas cranianas".
Localização: directamente acima de yangbai (G 14), 0,5 cun acima da delimitação do couro cabeludo e
equidistante de shenting (Du 24) e touwei (S 8) − Figura 10.41.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: vertigens, obstrução nasal, pannus e perturbações da visão.
G 16 - Muchuang
Denominação: "janela da visão".
Localização: 1,5 cun acima de toulinqi (G 15) − Figura 10.41.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: odontalgias, cefaleias, vertigens e edema da face.
G 17 - Zhengying
Denominação: "bivaque direito".
Localização: 1,5 cun acima de muchuang (G 16) − Figura 10.41.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: odontalgias, cefaleias, vertigens, vómitos e torcicolite.
G 18 - Chengling
Denominação: "suporte do espírito".
Localização: 1,5 cun atrás de zhengying (G 17) − Figura 10.41.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: cefaleias, epistaxis, obstrução nasal e problemas da visão.
G 19 - Naokong
Denominação: "cavidade do cérebro".
Localização: na região occipital, a nível de naohu (Du 17) e directamente acima de fengchi (G 20) −
Figura 10.41.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: cefaleias, palpitações, tinitus e perturbações mentais.
G 20 - Fengchi
Denominação: "reservatório do vento".
Localização: na região infra-occipital, a nível de fengfu (Du 16), na depressão entre os músculos trapézio
e esternocleidomastoideu − Figura 10.41.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): apaziguar o yang e o gan-fígado, dispersar vento, eliminar calor, dar brilho aos olhos e
clarificar a mente.
Indicações: cefaleias, vertigens, rinite, tinitus, hipoacusia, torcicolite, perturbações do sono, problemas da
visão, doenças cerebrais e problemas mentais.
G 21 - Jianjing
Denominação: "fonte do ombro".
Localização: na proeminência do ombro, entre o acrómio e dazhui (Du 14) − Figura 10.41.
Técnica: punção perpendicular a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): activar a circulação de qi.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos na região articular do ombro.
G 22 - Yuanye
Denominação: "golfo dos fluidos".
Localização: a meio da linha axilar média, no quinto espaço intercostal e 3 cun abaixo do centro do
cavado axilar − Figura 10.40.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: nevralgia intercostal, linfadenite axilar e dor na região do ombro e no braço.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pulmonar.
G 23 - Zhejin
Denominação: "nervo do flanco".
Localização: no quinto espaço intercostal, 1 cun anterior a yuanye − Figura 10.40.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: nevralgia intercostal, linfadenite axilar e dor na região do ombro e no braço.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração pulmonar.
G 24 - Riyue
Denominação: "lua do sol".
Localização: no sétimo espaço intercostal, directamente abaixo do mamilo, ou 1 costela abaixo de qimen
(Liv 14) − Figura 10.40.
Técnica: punção oblíqua descendente e antero-posterior, a 0,2-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: epigastralgias, vómitos, espasmo diafragmático, problemas hepatobiliares e nevralgia
intercostal.
Contra-indicações: punção perpendicular ou profunda.
Características: é o xue mu-anterior do dan-vesícula biliar (ponto de alarme).
G 25 - Jingmen
Denominação: "porta da capital".
Localização: no rebordo inferior da porção terminal da décima segunda costela − Figura 10.40.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: distensão abdominal, meteorismo, diarreia, nevralgia intercostal e lombalgias.
Características: é o xue mu-anterior do shen-rim (ponto de alarme).
G 26 - Daimai
Denominação: "meridiano da cintura".
Localização: ao nível do umbigo, directamente abaixo de zhangmen (Liv 13) − Figura 10.40.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): regular o meridiano da cintura e atenuar o calor-humidade.
Indicações: paraplegia pós traumática, irregularidades menstruais e problemas urinários.
G 27 - Wushu
Denominação: "cinco eixos".
Localização: anterior à espinha ilíaca antero-superior, ao nível de guanyuan (Ren 4) − Figura 10.40.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: lombalgias e problemas útero-vaginais ou escrotais.
G 28 - Weidao
Denominação: "manutenção do caminho".
Localização: anterior e ligeiramente inferior à espinha ilíaca antero-superior, 0,5 cun inferior a wushu −
Figura 10.40.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: obstipação crónica, prolapso uterino e dor abdominal.
G 29 - Juliao
Denominação: "osso imóvel".
Localização: equidistante da espinha ilíaca antero-superior e do grande trocanter. Deve ser localizado
com o indivíduo em decúbito lateral − Figura 10.40.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun, ou oblíqua a 1,0-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover obstruções do jingluo e activar a circulação de qi.
Indicações: epigastralgias, dor hipogástrica, lombalgias e problemas musculo-esqueléticos da região
coxo-femural.
G 30 - Huantiao
Denominação: "salto circundante".
Localização: na junção do terço médio com o terço externo de uma linha imaginária unindo o grande
trocanter e o hiato sagrado (hiaoshu - Du 2). Deve ser localizado com o indivíduo em decúbito lateral e
com a articulação coxo-femural em flexão, formando um ângulo de cerca de sessenta graus (os joelhos
também devem estar em flexão) − Figura 10.40.
Técnica: punção perpendicular a 1,5-2,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover obstruções do jingluo, activar a circulação de qi e tonificar as costas.
Indicações: lombalgias e atrofias musculares lombares, ciatalgia, parestesias lombares e nos membros
inferiores, hemiplegia e problemas musculo-esqueléticos da região coxo-femural.
G 31 - Fengshi
Denominação: "mercado do vento".
Localização: no aspecto lateral da coxa, 7 cun acima do rebordo superior da rótula − Figura 10.43.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento, relaxar os tendões, revitalizar as colaterais e tonificar a cintura e os
joelhos.
Indicações: lombalgias e atrofias musculares lombares, ciatalgia, parestesias lombares e nos membros
inferiores, hemiplegia e problemas musculo-esqueléticos da região femural.
G 32 - Zhongdu
Denominação: "fosso do meio".
Localização: 2 cun abaixo de fengshi e 0,5 cun acima do rebordo superior da rótula − Figura 10.43.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento, relaxar os tendões e tonificar os joelhos.
Indicações: ciatalgia, hemiplegia e parestesias nos membros inferiores.
Figura 10.43
Zu shaoyang jing − Sinartéria do dan-vesícula biliar
G 33 - Xiyangguan
Denominação: "portão yang do joelho".
Localização: 3 cun acima de yanglingquan (G 34), na depressão antero-superior ao côndilo lateral do
fémur − Figura 10.43.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: ciatalgia, hemiplegia e parestesias nos membros inferiores.
G 34 - Yanglingquan
Denominação: "túmulo do yang primaveril".
Localização: na depressão antero-inferior à cabeça do perónio − Figura 10.43.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): apaziguar os gan-fígado e dan-vesícula, atenuar a humidade-calor, remover obstruções do
jingluo e activar a circulação de qi, tonificar os tendões e os ossos, eliminar fleuma-fogo do wei-estômago
e subjugar o yang do gan-fígado.
Indicações: hemiplegia e hemiparesia, atrofias musculares, artralgias e disfunções biliares.
Características: é um xue he-oceano e um dos oito pontos influentes (domina os tendões).
G 35 - Yangjiao
Denominação: "intersecção do yang".
Localização: 7 cun acima do maléolo externo, no rebordo peronial posterior − Figura 10.43.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: hemiplegia, hemiparesia e dor na face externa da perna.
G 36 - Waiqiu
Denominação: "colina externa".
Localização: equidistante de yanglingquan (G 34) e do maléolo externo, anterior a yangjiao (G 35), no
rebordo peronial anterior − Figura 10.43.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: cefaleias, hemiplegia e hemiparesia do membro inferior.
Características: é um xue xi-chave.
G 37 - Guangming
Denominação: "brilho da luz solar".
Localização: 5 cun acima do maléolo externo, no rebordo peronial anterior − Figura 10.43.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): activar a circulação de qi, eliminar vento e dar brilho aos olhos.
Indicações: cefaleias, hemicrania, cegueira nocturna, atrofia do nervo óptico e problemas musculo-
esqueléticos na região lateral do tornozelo.
Características: é um xue luo-conexão.
G 38 - Yangfu
Denominação: "socorro yang".
Localização: 4 cun acima do maléolo externo, no rebordo peronial anterior.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover obstruções do jingluo e activar a circulação de qi, eliminar vento e apaziguar o
yang − Figura 10.43.
Indicações: hemicrania, hemiplegia, hemiparesia e problemas musculo-esqueléticos da região articular do
joelho.
Características: é um xue jing-rio.
G 40 - Qiuxu
Denominação: "colina das ruínas".
Localização: antero-inferior ao maléolo externo, na depressão lateral ao tendão do músculo longo
extensor dos artelhos − Figuras 10.43 e 10.44.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover obstruções do jingluo e activar a circulação do qi do gan-fígado.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos da região do pescoço, regurgitação alimentar e vómitos,
atrofias musculares, hemiparesia e edema maleolar.
Características: é um xue yuan-nascente.
G 41 - Zulinqi
Denominação: "vizinhança das lágrimas podais".
Localização: na depressão anterior à junção dos quarto e quinto metatarsianos − Figura 10.44.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover obstruções do jingluo e activar a circulação do qi do gan-fígado, eliminar
humidade-calor e dar brilho aos olhos.
Indicações: cefaleias, dor na região adjacente ao canto externo do olho, obnubilação, dor no hipocôndrio,
dor e edema na região dorsal do pé.
Características: é um xue shu-corrente e um ponto confluente com o dai mai, ou meridiano da cintura.
G 42 - Diwuhui
Denominação: "quinto encontro terrestre".
Localização: 1 cun acima de xiaxi (G 43), entre os quarto e quinto metatarsianos − Figura 10.44.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: lombalgias e problemas musculo-esqueléticos da região dorsal do pé.
Figura 10.44
Zu shaoyang jing − Sinartéria do dan-vesícula biliar
G 43 - Xiaxi
Denominação: "córrego nobre".
Localização: 0,5 cun posterior à prega interdigital entre os quarto e quinto metatarsianos − Figura 10.44.
Técnica: punção oblíqua antero-posterior, a 0,2-0,3 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): activar a circulação do qi, desobstruir os ouvidos e dar brilho aos olhos.
Indicações: cefaleias, tinitus, dor na região adjacente ao canto externo do olho e obnubilação
Características: é um xue rong-fonte.
G 44 - Zuqiaoyin
Denominação: "cavidade yin do pé".
Localização: 0,1 cun posterior ao ângulo externo do leito ungueal do quarto artelho − Figura 10.44.
Técnica: punção oblíqua a 0,1-0,2 cun; pode ser aplicada moxibustão e sangria.
Acção (MTC): remover obstruções do jingluo e activar a circulação do qi e sangue, eliminar calor,
acalmar a mente, desobstruir os ouvidos e dar brilho aos olhos.
Indicações: cefaleias, hemicrania, hipoacusia, perturbações do sono e doenças febris.
Características: é um xue jing-origem.
Zu Jueyin – Fígado
O zu jueyin jing, meridiano yin absoluto do pé, ou sinartéria do gan-fígado, é utilizado sobretudo no
tratamento de problemas hepáticos, vesiculares e geniturinários.
1. Tem a sua origem em dadun (Liv 1), na face dorsal da última falange do grande artelho, percorre a
região dorsal do pé, ao longo do primeiro espaço intermetatarsiano e atinge zhongfeng (Liv 4), na região
anterior do maléolo interno − Figura 10.45.
2. Cruza o zu taiyin jing, ou sinartéria do pi-baço, ascende ao longo da face interna da perna e da coxa, e
atinge a zona perineal, onde circunda a região genital externa.
4. Uma das bifurcações continua o seu trajecto profundo ascendente até à nasofaringe e comunica com o
sistema visual.
5. Emerge na região frontal e, no vértex da calote craniana, comunica com o du mai, ou meridiano da
governação.
6. Uma colateral, proveniente do sistema visual, desce até ao maxilar superior e circunda a região labial
interna.
Figura 10.45
Zu jueyin jing − Sinartéria do gan-fígado
Liv 1 - Dadun
Denominação: "grande honestidade".
Localização: no aspecto lateral do hallux, 0,1 cun posterior ao ângulo do leito ungueal − Figura 10.46.
Técnica: punção oblíqua a 0,1-0,2 cun; pode ser aplicada moxibustão e sangria.
Acção (MTC): regular o xiajiao e activar a circulação de qi.
Indicações: dor originada por hérnias, enurese, orquite, prolapso uterino e metrorragias.
Características: é um xue jing-origem.
Liv 2 - Xingjian
Denominação: "caminhada intermédia".
Localização: proximal ao rebordo da primeira prega interdigital − Figura 10.46.
Técnica: punção oblíqua a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão e sangria.
Acção (MTC): eliminar fogo do gan-fígado, regular o xiajiao e activar a circulação de qi.
Indicações: cefaleias, vertigens, obnubilação, diplopia, congestão conjuntival, perturbações do sono,
hipersudorese nocturna, convulsões epileptiformes infantis, desvio da comissura labial, enurese, disúria,
hematúria, retenção urinária e hemorragia uterina.
Características: é um xue rong-fonte.
Liv 3 - Taichong
Denominação: "grande torrente".
Localização: na depressão proximal à junção dos primeiro e segundo metatarsianos, 0,5-1,0 cun acima da
primeira prega interdigital − Figura 10.46.
Técnica: punção perpendicular ou oblíqua a 0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar fogo, apaziguar os gan-fígado e dan-vesícula, remover obstruções do jingluo e
regular a circulação de qi e sangue.
Indicações: cefaleias, vertigens, obnubilação, diplopia, congestão conjuntival, perturbações do sono,
hipersudorese nocturna, convulsões, desvio da comissura labial, enurese, disúria, hematúria, retenção
urinária, hemorragia uterina, sensação de enfartamento e dor na região antero-interna do pé.
Características: é um xue shu-corrente e yuan-nascente da vida.
Figura 10.46
Zu jueyin jing − Sinartéria do gan-fígado
Liv 4 - Zhongfeng
Denominação: "marco do meio".
Localização: 1 cun anterior ao limite inferior do maléolo interno, equidistante de jiexi (S 41) e shangqiu
(Sp 5) e proximal ao tendão do músculo tibial anterior − Figura 10.46.
Técnica: punção perpendicular ou oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover obstruções do jingluo e activar a circulação de qi e sangue.
Indicações: dor originada por hérnias, dor na região genital e retenção urinária.
Características: é um xue jing-rio.
Liv 5 - Ligou
Denominação: "gruta do predador de insectos".
Localização: 5 cun acima da protuberância maleolar interna, tangencial ao rebordo tibial interno − Figura
10.47.
Técnica: punção perpendicular ou oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar calidez, remover obstruções do jingluo e activar a circulação de qi.
Indicações: dor na face interna da perna e na região genital, disúria e metrorragias.
Características: é um xue luo-conexão.
Liv 6 - Zhongdu
Denominação: "capital do meio".
Localização: 7 cun acima do maléolo interno, próximo ao rebordo interno da tíbia − Figura 10.47.
Técnica: punção perpendicular ou oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): remover a estase de sangue e activar a circulação de qi.
Indicações: paralisia do membro inferior e hemorragia uterina.
Características: é um xue xi-chave.
Liv 7 - Xiguan
Denominação: "portão do joelho".
Localização: na perna, 1 cun posterior a yinlingquan (Sp 9) − Figura 10.47.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: cefaleias e problemas musculo-esqueléticos da região articular do joelho.
Figura 10.47
Zu jueyin jing − Sinartéria do gan-fígado
Liv 8 - Ququan
Denominação: "fonte arqueada".
Localização: posterior ao côndilo tibial interno, no limite interno do cavado poplíteo − Figura 10.47.
Técnica: punção perpendicular 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): eliminar calidez, regular o xiajiao, relaxar os tendões e os canais musculares.
Indicações: dor muscular, hipogástrica e genital, disúria, prolapso uterino e prurido vulvar.
Características: é um xue he-oceano.
Liv 9 - Yinbao
Denominação: "invólucro do yin".
Localização: na região interna da coxa, 4 cun acima de ququan (Liv 8) − Figura 10.47.
Técnica: punção perpendicular a 0,8-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: lombalgias, enurese, retenção urinária e menstruação irregular.
Liv 10 - Zuwuli
Denominação: "quinta milha da perna".
Localização: na região interna da coxa, 1 cun abaixo de yinlian (Liv 11) − Figura 10.45.
Técnica: punção perpendicular a 0,8-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: dor na região interna da coxa, lassidão, enurese e retenção urinária.
Liv 11 - Yinlian
Denominação: "modéstia do yin".
Localização: na região interna da coxa, 2 cun abaixo de qichong (S 30) − Figura 10.45.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: dor na região interna da coxa, dor originada por hérnias e menstruação irregular.
Liv 12 - Jimai
Denominação: "pulso de urgência".
Localização: abaixo da sínfise púbica e 2,5 cun lateral à linha meso-abdominal − Figura 10.45.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: dor originada por hérnias, dor peniana, dor escrotal e prolapso uterino.
Contra-indicações: punção oblíqua profunda, pelo perigo de perfuração da artéria femural.
Liv 13 - Zhangmen
Denominação: "porta do sistema".
Localização: na linha axilar média, imediatamente por baixo da ponta da décima segunda costela − Figura
10.45.
Técnica: punção perpendicular ou oblíqua a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): promover a função do gan-fígado, regular a circulação de qi e sangue, eliminar a retenção
alimentar e reforçar a função yun hua dos pi-baço e wei -estômago.
Indicações: dor e sensação de opressão torácica, distensão abdominal, vómitos, diarreia, espasmo
diafragmático, dor no hipocôndrio e problemas hepáticos e esplénicos.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração do lobo direito do fígado ou da região
inferior do baço.
Características: é o xue mu-anterior do pi-baço e um ponto influente nos zang.
Liv 14 - Qimen
Denominação: "porta da esperança".
Localização: na linha mamilar, no sexto espaço intercostal, ou 6 cun acima do umbigo e 3,5 cun lateral a
juque (Ren 14) − Figura 10.45.
Técnica: punção oblíqua a 0,3 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): promover a função dos gan-fígado e dan-vesícula biliar, regular a circulação de qi e
sangue e reforçar a função yun hua dos pi-baço e wei -estômago.
Indicações: nevralgia intercostal, sensação de opressão torácica, espasmo diafragmático, vómitos,
distensão abdominal, vómitos, dor no hipocôndrio e problemas hepatobiliares.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de perfuração hepática ou esplénica.
Características: é o xue mu-anterior do gan-fígado.
2. Ascende ao longo da coluna vertebral até à região da nuca e, em fengfu (Du 16), uma colateral
profunda penetra no cérebro. No início do seu trajecto ascendente, emite ainda duas colaterais que
comunicam com o shen-rim.
3. Na cabeça percorre a linha média da região craniana, no sentido antero-posterior e, a partir do vértex,
desce pela região frontal e columella nasi até atingir a goteira nasolabial e, em yinjiao (Du 28), penetra no
freio do lábio superior.
Figura 10.48
Du mai − Meridiano da governação
Du 1 - Changqiang
Denominação: "grande suporte".
Localização: a meia distância entre o orifício anal e o vértice do cóccix − Figura 10.49.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,5 cun. Pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): desobstruir e regular os du e ren mai e os chang-intestinos.
Indicações: obstipação, diarreia, rectorragias, hemorróides, prolapso rectal, impotência sexual primária e
indução do trabalho de parto.
Características: é um xue luo, fazendo a conexão entre os du e ren mai.
Du 2 - Yaoshu
Denominação: "orifício coccígeo".
Localização: no hiato sagrado, abaixo da quarta vértebra sagrada − Figura 10.49.
Técnica: punção oblíqua a 0,5-1,0 cun, em direcção ao hiato sagrado; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: rectorragias, hemorróides, menstruação irregular, enurese, incontinência urinária, lombo-
sacralgias e paralisia do membro inferior.
Du 3 - Yaoyangguan
Denominação: "portão do yang lombar".
Localização: entre as apófises espinhosas das quarta e quinta vértebras lombares − Figura 10.49.
Técnica: punção perpendicular ou ligeiramente oblíqua (em direcção à coluna vertebral) a 0,5-1,0 cun;
pode aplicar-se moxibustão.
Acção (MTC): regular o shen qi, eliminar frio-humidade e amaciar a cintura e os joelhos.
Indicações: lombalgias, paralisia e parestesias dos membros inferiores, menstruação irregular, exudado
vaginal sanguinolento, espermatorreia, impotência sexual primária e diarreia crónica.
Du 4 - Mingmen
Denominação: "porta da vida".
Localização: entre as apófises espinhosas das segunda e terceira vértebras lombares − Figura 10.49.
Técnica: punção perpendicular ou ligeiramente oblíqua (em direcção à coluna vertebral) a 0,5-1,0 cun;
pode aplicar-se moxibustão.
Acção (MTC): regular o shen qi, eliminar calor-humidade, amaciar a cintura e acalmar a mente.
Indicações: lombalgias e bloqueio da coluna lombar, ciatalgia, sequelas de paralisia infantil, leucorreia,
espermatorreia, impotência sexual primária, enurese e diarreia crónica.
Figura 10.49
Du mai − Meridiano da governação
Du 5 - Xuanshu
Denominação: "eixo suspenso".
Localização: inferior à apófise espinhosa da primeira vértebra lombar − Figura 10.49.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: lombalgias, bloqueio da coluna lombar, diarreia, dor abdominal e prolapso rectal.
Du 6 - Jizhong
Denominação: "meio da espinha".
Localização: inferior à apófise espinhosa da décima primeira vértebra torácica − Figura 10.49.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: lombalgias e paralisia dos membros inferiores.
Du 7 - Zhongzhu
Denominação: "eixo do meio".
Localização: inferior à apófise espinhosa da décima vértebra torácica − Figura 10.49.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: lombalgias, epigastralgias e diminuição da visão.
Du 8 - Jinsuo
Denominação: "músculo contraído".
Localização: inferior à apófise espinhosa da nona vértebra torácica − Figura 10.49.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: nevralgia intercostal, problemas hepatobiliares e histeria.
Du 9 - Zhiyang
Denominação: "yang alcançado".
Localização: entre as apófises espinhosas das sétima e oitava vértebras torácicas, a nível do ângulo
inferior da omoplata − Figura 10.49.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Acção (MTC): atenuar a calidez, regular a circulação e a função de qi, apaziguar os gan-fígado e dan-
vesícula e eliminar a sensação de plenitude torácica.
Indicações: nevralgia intercostal, lombalgias, epigastralgias, problemas hepatobiliares e dispneia.
Du 10 - Lingtai
Denominação: "plataforma do espírito".
Localização: entre as apófises espinhosas das sexta e sétima vértebras torácicas − Figura 10.49.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: epigastralgias, problemas hepatobiliares e dispneia.
Du 11 - Shendao
Denominação: "caminho do espírito".
Localização: inferior à apófise espinhosa da quinta vértebra torácica − Figura 10.49.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: nevralgia intercostal, palpitações e hipertermia.
Du 12 - Shenzhu
Denominação: "pilar do corpo".
Localização: entre as apófises espinhosas das terceira e quarta vértebras torácicas − Figura 10.49.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Acção (MTC): eliminar calidez, regular a circulação de qi e apaziguar a mente.
Indicações: tosse, dispneia, dor torácica e lombar, epilepsia e outros problemas mentais.
Du 13 - Taodao
Denominação: "caminho da felicidade".
Localização: entre as apófises espinhosas das primeira e segunda vértebras torácicas − Figura 10.49.
Técnica: punção perpendicular, ou ligeiramente oblíqua e ascendente, a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada
moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento-frio, regular os yang jingluo e apaziguar a mente.
Indicações: cefaleias, hipertermia e problemas musculares da cabeça e do pescoço.
Du 14 - Dazhui
Denominação: "grande vértebra".
Localização: entre as apófises espinhosas da sétima vértebra cervical e da primeira vértebra torácica, ao
nível do ombro − Figura 10.49.
Técnica: punção perpendicular, ou ligeiramente oblíqua e ascendente, a 0,5-0,8 cun; pode ser aplicada
moxibustão.
Acção (MTC): eliminar vento-frio, remover obstruções à circulação de qi, regular os yang jingluo,
apaziguar a mente e atenuar os sintomas exteriores.
Indicações: cefaleias, epilepsia, hipertermia, tosse, dispneia, coriza e torcicolite.
Du 15 - Yamen
Denominação: "porta da mudez".
Localização: entre as apófises espinhosas das primeira e segunda vértebras cervicais, 0,5 cun abaixo de
fengfu (Du 16) e 0,5 cun acima da delimitação do couro cabeludo − Figura 10.50.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun.
Acção (MTC): remover obstruções nas colaterais, apaziguar a mente e clarificar os sentidos.
Indicações: rigidez da língua e afasia, cefaleias occipitais, convulsões e problemas mentais.
Contra-indicações: punção profunda ou oblíqua ascendente, pelo perigo de atingimento ou de perfuração
da medula espinal; punção mais profunda que 1,5 cun pode ser fatal. Também a moxibustão e a electro-
acupunctura estão contra-indicadas neste ponto.
Figura 10.50
Du mai − Meridiano da governação
Du 16 - Fengfu
Denominação: "mansão do vento".
Localização: directamente abaixo da protuberância occipital externa, na depressão existente entre os
músculos trapézios − Figura 10.50.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun.
Acção (MTC): eliminar vento, apaziguar a mente e clarificar os sentidos.
Indicações: cefaleias, obnubilação, epistaxis, rigidez da nuca, rigidez da língua e afasia após acidente
vascular cerebral, hemiplegia e problemas mentais.
Contra-indicações: punção profunda, pelo perigo de atingimento da medula espinal; punção superior a 1,0
cun pode ser fatal. Também a moxibustão e a electro-acupunctura estão contra-indicadas neste ponto.
Du 17 - Naohu
Denominação: "abrigo do cérebro".
Localização: no rebordo superior da protuberância occipital externa, cerca de 1,5 cun acima de fengfu (Du
16) − Figura 10.50.
Técnica: punção oblíqua ou horizontalizada a 0,3-0,5 cun.
Indicações: cefaleias, rigidez da nuca e perturbações do sono.
Du 18 - Qiangjian
Denominação: "suporte intermédio".
Localização: na região posterior do crânio, 1,5 cun acima de naohu − Figura 10.50.
Técnica: punção oblíqua ou horizontal a 0,3-0,5 cun.
Indicações: cefaleias, rigidez da nuca e perturbações do sono.
Du 19 - Houding
Denominação: "atrás do topo".
Localização: próximo do vértex, 1,5 cun atrás de baihui (Du 20) − Figura 10.50.
Técnica: punção oblíqua ou horizontal a 0,2-0,5 cun.
Indicações: hemicrania, convulsões e perturbações do sono.
Du 20 - Baihui
Denominação: "cem encontros".
Localização: na linha média do crânio, equidistante dos vértices dos pavilhões auriculares, ou 7 cun acima
da delimitação posterior do couro cabeludo − Figura 10.50.
Técnica: punção horizontal a 0,3-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Acção (MTC): erradicar o vento do gan-fígado, bloquear a ascensão de yang, clarificar os sentidos e
apaziguar o espírito.
Indicações: cefaleias, obnubilação, tonturas, tinitus, apoplexia, obstrução nasal, problemas mentais. A
moxibustão está indicada sobretudo no tratamento dos prolapsos rectal e uterino.
Contra-indicações: punção em indivíduos com hidrocefalia ou em crianças que ainda apresentem
afastamento da sutura interparietal.
Du 21 - Qianding
Denominação: "antes do topo".
Localização: na linha média do crânio, 1 cun anterior a baihui (Du 20) − Figura 10.50.
Técnica: punção oblíqua ou horizontal a 0,2-0,5 cun.
Indicações: cefaleias, vertigens, rinite crónica e convulsões infantis.
Du 22 - Xinhui
Denominação: "antes do topo".
Localização: na linha média do crânio, 2 cun anterior a baihui (Du 20) − Figura 10.50.
Técnica: punção oblíqua ou horizontal a 0,2-0,5 cun.
Indicações: cefaleias, vertigens, rinite crónica e convulsões infantis.
Du 23 - Shangxing
Denominação: "astro superior".
Localização: na linha média do crânio, 4 cun anterior a baihui (Du 20), ou 1 cun posterior à delimitação
anterior do couro cabeludo − Figura 10.50.
Técnica: punção oblíqua ou horizontal a 0,3-0,5 cun; moxibustão e sangria podem ser aplicadas.
Acção (MTC): eliminar vento-calor e desobstruir a cavidade nasal.
Indicações: cefaleias frontais, problemas mentais (moxibustão), obstrução nasal, rinorreia e epistaxis
(sangria).
Du 24 - Shenting
Denominação: "pátio do espírito".
Localização: na linha média do crânio, 0,5 cun posterior à delimitação anterior do couro cabeludo −
Figura 10.50.
Técnica: punção oblíqua ou horizontal a 0,2-0,4 cun.
Indicações: cefaleias, vertigens, rinorreia e estomatite.
Du 25 - Suliao
Denominação: "osso íntegro".
Localização: na ponta do nariz.
Técnica: punção perpendicular a 0,1 cun, oblíqua ou horizontal ascendente a 0,2-0,4 cun − Figura 10.50.
Acção (MTC): activar a circulação de qi e tonificar yang, eliminar calor e clarificar os sentidos.
Indicações: bradicardia, choque, lipotímia e perda da consciência.
Du 26 - Renzhong
Denominação: "meio do homem". Também é denominado shuigou (philtrum) − Figura 10.50.
Localização: na união do terço superior com o terço médio da goteira nasolabial, cerca de 0,2 cun abaixo
do nariz.
Técnica: punção oblíqua ou horizontal ascendente a 0,2-0,5 cun.
Acção (MTC): tonificar yang, eliminar calor e vento, apaziguar a mente e o espírito.
Indicações: problemas mentais, epilepsia, convulsões, coma, trismus, paralisia do facial e bloqueio agudo
da coluna lombo-sagrada.
Du 27 - Duiduan
Denominação: "término das permutas".
Localização: no vértice do philtrum − Figura 10.50.
Técnica: punção oblíqua a 0,1-0,2 cun.
Indicações: vómitos, obstrução nasal, convulsões e estomatite.
Du 28 - Yinjiao
Denominação: "junção das gengivas".
Localização: no meio do freio labial superior − Figura 10.48.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,1-0,2 cun.
Indicações: estomatites, gengivorragias, odontalgias e problemas mentais.
Ren Mai – Meridiano da Concepção
2. Percorre longitudinalmente a zona púbica, ascende anteriormente ao longo da região média do tronco e
atinge a mandíbula.
Figura 10.51
Ren mai − Meridiano da concepção
Ren 1 - Huiyin
Denominação: "períneo".
Localização: no centro do períneo, entre o escroto e o anus, ou entre o anus e a comissura labial posterior
da vagina − Figura 10.52.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Acção (MTC): eliminar calidez, promover a função do útero e regular o xiajiao.
Indicações: menstruação irregular, prurido vulvar, prostatismo, retenção urinária, enurese, hemorróides e
perturbações mentais.
Figura 10.52
Ren mai − Meridiano da concepção
Ren 2 - Qugu
Denominação: "osso tortuoso".
Localização: por cima da sínfise pública e 5 cun directamente abaixo do umbigo − Figura 10.52.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: menstruação irregular, prolapso uterino, disúria, polaquiúria e orquite.
Ren 3 - Zhongji
Denominação: "cume intermédio".
Localização: na linha branca abdominal, 4 cun directamente abaixo do umbigo − Figura 10.52.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Acção (MTC): eliminar calidez, promover a função do útero e regular o xiajiao. Em conjunto com ligou
(Liv 5) serve para dispersar fogo do zu jueyin.
Indicações: dismenorreia, menstruação irregular, hemorragia uterina, prolapso uterino, leucorreia, prurido
vulvar, retenção urinária, enurese, disúria, polaquiúria, impotência sexual primária, ejaculação precoce,
dor genital e dor hipogástrica.
Características: é o xue mu-anterior da bexiga.
Ren 4 - Guanyuan
Denominação: "portão das origens".
Localização: na linha branca abdominal, 3 cun directamente abaixo do umbigo − Figura 10.52.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Acção (MTC): revitalizar o yang, regular o shen-rim e tonificar o yuan qi.
Indicações: dismenorreia, amenorreia, menstruação irregular, hemorragia uterina, prolapso uterino,
leucorreia, retenção urinária, enurese, disúria, polaquiúria, poliúria, impotência sexual primária,
espermatorreia, ejaculação precoce, dor genital, diarreia e dor hipogástrica.
Características: é o xue mu-anterior do intestino delgado.
Ren 5 - Shimen
Denominação: "porta de pedra".
Localização: na linha branca abdominal, 2 cun directamente abaixo do umbigo − Figura 10.52.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Acção (MTC): eliminar calidez e regular a circulação de qi.
Indicações: amenorreia, menstruação irregular, hemorragia uterina, hemorragia pós-parto, prolapso
uterino, leucorreia, retenção urinária, enurese e anasarca.
Contra-indicações: não deve ser puncionado durante a gravidez, pois tem acção abortiva, e em indivíduos
do sexo masculino pode causar impotência sexual. Segundo Huangdi Neijing, a sua punção pode originar
esterilidade.
Características: é o xue mu-anterior do sanjiao-triplo aquecedor.
Ren 6 - Qihai
Denominação: "oceano de energia vital".
Localização: na linha branca abdominal, 1,5 cun directamente abaixo do umbigo − Figura 10.52.
Técnica: punção perpendicular a 1,0 cun, ou oblíqua descendente a 1,0-1,5 cun; pode ser aplicada
moxibustão.
Acção (MTC): eliminar humidade, regular a circulação de qi e revitalizar o shen qi.
Indicações: leucorreia, menstruação irregular, hemorragia uterina, hemorragia pós-parto, enurese,
impotência sexual primária, espermatorreia, obstipação, diarreia, astenia e neurastenia Tem uma marcada
acção tonificante.
Contra-indicações: não deve ser puncionado durante a gravidez, pois tem acção abortiva, e em indivíduos
com bexiga neurogénica.
Ren 7 - Yinjiao
Denominação: "junção yin".
Localização: na linha branca abdominal, 1 cun directamente abaixo do umbigo − Figura 10.52.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: leucorreia, menstruação irregular, hemorragia uterina e prolapso uterino.
Ren 8 - Shenque
Denominação: "santuário do espírito". Também é designado qizhong (centro do umbigo) − Figura 10.52.
Localização: no centro do umbigo.
Técnica: moxibustão indirecta ou directa não escarificante, durante 5-15 minutos.
Indicações: meteorismo, prolapso uterino e diarreia.
Contra-indicações: acupunctura.
Ren 9 - Shuifen
Denominação: "componente aquoso".
Localização: na linha branca abdominal, 1 cun directamente acima do umbigo − Figura 10.52.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: vómitos, diarreia e ascite.
Ren 10 - Xiawan
Denominação: "cavidade inferior".
Localização: na linha branca abdominal, 2 cun directamente acima do umbigo − Figura 10.52.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Acção (MTC): promover a função yun hua dos zang-fu pi-baço e wei-estômago.
Indicações: dispepsia, epigastralgias, distensão abdominal, meteorismo, vómitos, diarreia, síndrome de
malabsorção intestinal e ptose gástrica.
Ren 11 - Jianli
Denominação: "milha estabelecida".
Localização: na linha branca abdominal, 3 cun directamente acima do umbigo − Figura 10.52.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dispepsia, epigastralgias, meteorismo, ascite e dor abdominal.
Ren 12 - Zhongwan
Denominação: "cavidade intermédia".
Localização: na linha branca abdominal, 4 cun directamente acima do umbigo − Figura 10.52.
Técnica: punção perpendicular, oblíqua ou horizontal a 0,5-1,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): promover a função yun hua dos zang-fu pi-baço e wei-estômago, regular o wei qi e
impedir a sua ascensão, tonificar o pi-baço e eliminar humidade.
Indicações: anorexia, azia, pirose, regurgitação alimentar, vómitos, hematemeses, dor e distensão
abdominal, epigastralgias, ptose gástrica, meteorismo, síndrome de malabsorção intestinal e obstipação ou
diarreia.
Características: é o xue mu-anterior do wei-estômago e um ponto influente nos orgãos fu.
Ren 13 - Shangwan
Denominação: "cavidade superior".
Localização: na linha branca abdominal, 5 cun directamente acima do umbigo − Figura 10.52.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): promover a função yun hua dos zang-fu pi-baço e wei-estômago, regular o wei qi e
impedir a sua ascensão, tonificar o pi-baço, apaziguar o xin-coração e eliminar humidade.
Indicações: azia, pirose, regurgitação alimentar, vómitos, epigastralgias, distensão gástrica, precordialgias
e epilepsia.
Ren 14 - Juque
Denominação: "santuário imponente".
Localização: na linha branca abdominal, 6 cun directamente acima do umbigo, ou 2 cun abaixo do
apêndice xifóide − Figura 10.52.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Acção (MTC): regular o wei qi, acalmar o xin-coração e apaziguar o espírito.
Indicações: precordialgias, epilepsia, histeria e problemas mentais, perturbações do sono, anorexia,
disfagia e globo histérico, náuseas e problemas hepáticos.
Contra-indicações: punção superior a 0,7 cun, em indivíduos com hepatomegalia ou com cardiomegalia.
Características: é o xue mu-anterior do xin-coração.
Ren 15 - Jiuwei
Denominação: "cauda do pombo selvagem".
Localização: na linha branca abdominal, 7 cun directamente acima do umbigo, ou 1 cun abaixo do
apêndice xifóide. Deve ser localizado em decúbito dorsal, com os membros superiores em elevação e
extensão − Figura 10.52.
Técnica: punção oblíqua descendente a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Acção (MTC): regular o wei qi e acalmar o xin-coração e apaziguar o espírito.
Indicações: precordialgias, espasmo diafragmático, regurgitação alimentar, epilepsia, histeria e problemas
mentais.
Contra-indicações: punção superior a 0,3 cun, em indivíduos com hepatomegalia ou com cardiomegalia.
Características: é um xue luo-conexão.
Ren 16 - Zhongting
Denominação: "pátio do meio".
Localização: 1,5 cun abaixo de shanzhong (Ren 17), ao nível do quinto espaço intercostal − Figura
10.52.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dispneia, vómitos e globo histérico.
Ren 17 - Shanzhong
Denominação: "plataforma do meio".
Localização: na linha mesosternal e equidistante dos mamilos.
Técnica: punção horizontal ascendente ou transversa, a 0,3-0,7 cun; pode ser aplicada moxibustão −
Figura 10.52.
Acção (MTC): regular o wei qi e impedir a sua ascensão, diluir fleuma e tonificar a função do fei-pulmão,
amaciar o diafragma, atenuar a sensação de plenitude torácica e regular a circulação de essência vital.
Indicações: dispneia, espasmo diafragmático, precordialgias, nevralgia intercostal, mastites e défice de
lactação.
Características: é o xue mu-anterior do xinbao-pericárdio e um ponto influente no qi.
Ren 18 - Yutang
Denominação: "recinto de jade".
Localização: 1,5 cun acima de shanzhong, ao nível do terceiro espaço intercostal − Figura 10.52.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dispneia e nevralgia intercostal.
Ren 19 - Zigong
Denominação: "palácio púrpura".
Localização: 1,5 cun acima de yutang, ao nível do segundo espaço intercostal − Figura 10.52.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dispneia.
Ren 20 - Huagai
Denominação: "cobertura reluzente".
Localização: 1 cun abaixo de xuanji (Ren 21), ao nível do primeiro espaço intercostal − Figura 10.52.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dispneia, nevralgia intercostal e problemas faríngeos.
Ren 21 - Xuanji
Denominação: "estrela setentrional".
Localização: 1 cun abaixo de tiantu (Ren 22), na linha mesosternal − Figura 10.52.
Técnica: punção horizontal descendente a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dispneia e espasmos esofágico e do cárdia.
Ren 22 - Tiantu
Denominação: "proeminência do paraíso".
Localização: no centro do cavado suprasternal, 1 cun acima do esterno − Figuras 10.52 e 10.53.
Técnica: punção transversa descendente ou oblíqua, dirigida à região postero-inferior do estômago, a 0,3-
0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): diluir fleuma e promover a função dispersante do fei-pulmão, regular a circulação de qi e
impedir a sua ascensão descontrolada, arrefecer a garganta e tonificar a voz.
Indicações: tosse, dispneia, espasmo esofágico, espasmo diafragmático, problemas faríngeos, rouquidão e
outros problemas das cordas vocais.
Figura 10.53
Ren mai − Meridiano da concepção
Ren 23 - Lianquan
Denominação: "fonte da modéstia".
Localização: na depressão entre o rebordo inferior do osso hióide e o pomo de Adão − Figura 10.53.
Técnica: punção horizontal ascendente, dirigida à base da língua, a 0,5-0,7 cun.
Acção (MTC): eliminar vento, amaciar a garganta e tonificar a língua.
Indicações: dispneia, afasia, paralisia do músculo hioglosso, rouquidão, edema de Quinck, disfagia e
outros problemas faríngeos.
Ren 24 - Chengjiang
Denominação: "receptáculo de fluidos".
Localização: no centro do cavado mentolabial − Figura 10.53.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,2-0,3 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: nevralgia do trigémio, paralisia do facial, odontalgias e estomatites.
CAPÍTULO XI – SINARTÉRIAS ACESSÓRIAS E PONTOS
EXTRAORDINÁRIOS
Sinartérias Acessórias
Chong Mai
O chong mai, ou meridiano penetrante, origina-se na região abdominal inferior e emerge na região
perineal, onde se bifurca em dois ramos. Enquanto que o ramo posterior ascende ao longo da coluna
vertebral, o ramo anterior ascende ao longo do abdómen e da região cervical antero-lateral, terminando na
face, onde circunda os lábios. O trajecto abdominal da bifurcação anterior é coincidente com o trajecto zu
shaoyin, ou sinartéria do shen-rim − Figura 11.1.
Pontos: huiyin (Ren 1), qichong (S 30), henggu, dahe, qixue, siman, zhongzhu, huangshu, shangqu,
shiguan, yindu, tonggu e youmen (K 11-21).
Dai Mai
O dai mai, ou meridiano da cintura, tem origem no hipocôndrio, a nível da segunda vértebra lombar e
circunda transversalmente a cintura − Figura 11.2.
Indicações: cefaleias, vertigens, hipoacusia, hipertermia, leucorreia, menstruação irregular, dor
abdominal, sequelas de acidente vascular cerebral e reacções urticariformes.
Yinqiao Mai
O yinqiao mai, ou meridiano yin do calcanhar, origina-se na região posterior do osso navicular, ascende
ao longo da face interna da perna e da coxa, atravessa as regiões genital, abdominal e torácica, e atinge o
cavado supraclavicular. Ascende ainda ao longo do pescoço e da face, e termina no canto interno do
olho, onde comunica com o yangqiao mai − Figura 11.3.
Yangqiao Mai
O meridiano yang do calcanhar, tem a sua origem na região postero-inferior do maléolo externo, ascende
ao longo do rebordo posterior do perónio e da face externa da coxa e, antes de atingir a prega axilar
posterior, atravessa a região lateral do flanco e do tórax. No ombro, inflecte antero-superiormente,
ascende ao longo da face antero-lateral do pescoço, atravessa a comissura labial e termina no canto
interno do olho, onde comunica com o yinqiao mai. Finalmente, uma colateral continua o trajecto do zu
taiyang, ou sinartéria do dan-vesícula, e termina em fengchi (G 20) − Figura 11.4.
Indicações: cefaleias, hipersudorese craniana, dor na região das sobrancelhas, hipoacusia, epistaxis,
congestão ocular e problemas musculo-esqueléticos ao longo do seu trajecto.
Pontos: shenmai, pushen, fuyang (B 62, 61, 59), juliao (G 29), naoshu (SI 10), jianyu, jugu (LI 15, 16),
dicang, erjuliao, chengqi (S 4, 3, 1), jingming (B 1) e fengchi (G 29).
Yinwei Mai
O meridiano de conexão yin, origina-se na face interna da perna, na junção do terço médio com o terço
inferior, ascende ao longo da face interna da coxa, na região abdominal comunica com o zu taiyin,
atravessa obliquamente a região torácica e, em tiantu (Ren 22), na fossa suprasternal, comunica com o ren
mai − Figura 11.5.
Pontos: zhubin (K 9), fushe, daheng, fuhai (Sp 13, 15, 16), qimen (Liv 14), tiantu e lianquan (Ren 22,
23).
Yangwei Mai
O meridiano de conexão yang origina-se na região calcaneana externa e ascende ao longo da face externa
do membro inferior. No tronco ascende até à prega axilar posterior, atravessa a região escápulo-umeral e
a face postero-lateral do pescoço, atinge a região frontal e, inflectindo posteriormente, a região occipital,
onde comunica com o du mai − Figura 11.6.
Pontos: jinmen (B 63), yangjiao (G 35), naoshu (SI 10), tianliao (SJ 15), jianjing (G 21), touwei (S 8),
benshen, yangbai, toulinqi, muchuang, zhengying, chengling, naokong, fengchi (G 13-20), fengchu e
yamen (Du 16, 15).
Pontos Extraordinários
Como se referiu no Capítulo IX, além dos jingxue pertencentes aos catorze jingluo principais, existem
ainda pontos acessórios que podem ser classificados em ahshixue (pontos dolorosos) e xue
extraordinários. Enquanto que os primeiros não têm nomes específicos nem localizações definidas, os
últimos, embora não pertençam a nenhuma das sinartérias principais ou acessórias anteriormente
descritas, possuem nomenclatura específica e subdividem-se em "xue clássicos" e "xue contemporâneos".
A sua nomenclatura está normalizada e inclui o nome específico, em fonética pinyin, antecedido do
respectivo código alfanumérico Quadro 11.1.
Os pontos extraordinários são descritos nas páginas seguintes deste capítulo (acesso através do índice).
Cabeça e Pescoço
Figura 11.7
PONTOS CLÁSSICOS − CABEÇA E PESCOÇO
J-TJ.1 - Sishencong
Denominação: "quatro inteligências".
Localização: grupo de quatro pontos equidistantes, localizados antero-postero-lateralmente a 1 cun de
baihui (Du 20).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: cefaleias, tonturas, vertigens, amnésia, neurastenia e perturbações do sono.
J-TJ.2 - Ezhong
Denominação: "meio do fronte".
Localização: 1 cun acima de yintang (J-TJ.3).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: cefaleias, tonturas, vertigens, palpitações e sinusite.
J-TJ.3 - Yintang
Denominação: "átrio do selo".
Localização: equidistante das duas sobrancelhas.
Técnica: punção oblíqua ou horizontal a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Acção (MTC): dispersar vento-calor e apaziguar o espírito.
Indicações: cefaleias, vertigens, rinite, sinusite, congestão ocular e perturbações do sono.
J-TJ.4 - Shangen
Denominação: "sopé do mote".
Localização: na columella nasi, equidistante dos dois epicantos.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,3 cun.
Indicações: sinusite e perturbações do sono.
J-TJ.5 - Touguangming
Denominação: "portão craniano da luminosidade".
Localização: 0,3 cun directamente acima de yuyao (J-TJ.6).
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,3 cun.
Indicações: nevralgia do nervo supraorbitário e ptose palpebral.
J-TJ.6 - Yuyao
Denominação: "cintura do peixe".
Localização: directamente acima da pupila, na depressão existente no meio da sobrancelha.
Técnica: punção horizontal a 0,3-0,5 cun.
Indicações: trémulo e ptose palpebral, nevralgia do nervo supraorbitário e paralisia do facial.
J-TJ.7 - Yuwei
Denominação: "cauda do peixe".
Localização: 0,1 cun lateral ao canto externo do olho.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,3 cun.
Indicações: hemicrania e paralisia do facial.
J-TJ.8 - Qiuhou
Denominação: "atrás da bola".
Localização: no rebordo periorbitário inferior, na junção do quarto externo com os restantes três quartos
da distância entre os cantos interno e externo do olho.
Técnica: punção perpendicular a 0,8-1,0 cun.
Indicações: inflamação ou atrofia do nervo óptico, retinite pigmentosa, opacidade do corpo vítreo,
esotropia e miopia.
J-TJ.9 - Taiyang
Denominação: "esposa do yang - sol".
Localização: na têmpora, numa depressão 1 cun posterior ao ponto médio da distância entre o canto
externo do olho e a ponta da sobrancelha.
Técnica: punção perpendicular ou horizontal, respectivamente a 0,3-0,5 cun e 0,5-1,0 cun; pode ser
aplicada sangria (em problemas agudos).
Acção (MTC): dispersar vento, arrefecer e dar brilho aos olhos.
Indicações: hemicrania, cefaleias, nevralgia do trigémio, paralisia do facial e problemas oculares.
J-TJ.10 - Erjian
Denominação: "ponta da orelha".
Localização: no vértice auricular. Deve ser localizado com o pavilhão auricular dobrado no sentido
postero-anterior.
Técnica: punção perpendicular a 0,1 cun; pode ser aplicada sangria.
Indicações: hipertermia, pannus e outros problemas oculares.
J-TJ.12 - Erbeijingmaisantiao
Denominação: "três bifurcações da veia dorsal da orelha".
Localização: nas três veias visíveis na região posterior do pavilhão auricular.
Técnica: sangria.
Indicações: problemas oculares, hipertensão arterial e problemas dermatológicos.
J-TJ.13 - Yiming
Denominação: "barreira brilhante".
Localização: 1 cun posterior a yifeng (SJ 17)ás do pavilhão auricular.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: cefaleias, vertigens, tinitus, zumbidos, miopia, hipermetropia, cegueira nocturna, atrofia do
nervo óptico, perturbações do sono e problemas mentais.
J-TJ.14 - Bitong
Denominação: "passagem nasal".
Localização: no limite superior do sulco nasolabial, na base dos ossos próprios do nariz.
Técnica: punção horizontal ascendente a 0,2-0,4 cun.
Indicações: sinusite e rinites alérgica, atrófica ou hipertrófica.
J-TJ.16 - Biliu
Denominação: "corrimento nasal".
Localização: no rebordo lateral da narina, entre o septo nasal e a ala nasi.
Técnica: punção horizontal a 0,2-0,3 cun.
Indicações: rinite, nevralgia do trigémio e paralisia do facial.
J-TJ.17 - Sanxiao
Denominação: "sorriso contagiante".
Localização: no meio do sulco nasolabial, lateral e posterior a yingxiang (LI 20).
Técnica: punção horizontal a 0,2-0,3 cun.
Indicações: rinite e paralisia do facial.
J-TJ.18 - Jiachengjiang
Denominação: "avidez do receptáculo de fluidos".
Localização: no foramen mandibular, directamente abaixo de dicang (S 4).
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun.
Indicações: nevralgia do trigémio e paralisia do facial. Em conjunto com xiaguan (S 7) e hegu (LI 4), dá
bons resultados no tratamento da nevralgia mandibular do trigémio.
J-TJ.19 - Dihe
Denominação: "união terrestre".
Localização: no vértice mentoniano da mandíbula.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: odontalgias mandibulares e paralisia do facial.
J-TJ.23 - Hongyin
Denominação: "som imenso".
Localização: 0,5 cun lateral ao pomo de Adão.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun.
Indicações: problemas das cordas vocais.
J-TJ.24 - Panglianquan
Denominação: "fonte lateral da modéstia".
Localização: 0,5 cun lateral a lianquan (Ren 23).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun.
Indicações: edema glossiano e problemas das cordas vocais.
J-TJ.25 - Yaxue
Denominação: "orifícios da mudez".
Localização: são dois pares de pontos. O primeiro par encontra-se a 0,2 cun, lateralmente, de um ponto
equidistante de renying (S 9) e shuitu (S 10); o segundo par encontra-se 0,5 cun acima de fengchi (G 20).
Técnica: punção perpendicular a 0,5 cun, para o par da região anterior do pescoço, e 0,5-0,8 cun para o
par da região da nuca.
Indicações: disartria e problemas das cordas vocais.
Contra-indicações: punção oblíqua no par da região anterior, pelo perigo de perfuração da artéria carótida.
J-TJ.26 - Biantao
Denominação: "amigdalino".
Localização: anterior à artéria carótida, por baixo do rebordo inferior do ângulo da mandíbula.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: inflamação amigdalina e outros processos inflamatórios da faringe.
J-TJ.27 - Luojing
Denominação: "pescoço rígido".
Localização: abaixo de ronghou (X-TJ.24), no meio do músculo esternocleidomastoideu.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: torcicolite.
J-TJ.28 - Fengyan
Denominação: "rochedo do vento".
Localização: 0,5 cun anterior ao ponto médio de uma linha imaginária entre yamen (Du 15) e o rebordo
inferior do pavilhão auricular.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun.
Indicações: problemas mentais, cefaleias e sequelas de doenças cerebrais.
J-TJ.29 - Xinxi
Denominação: "novo reconhecimento".
Localização: 1,5 cun lateral à ponta da apófise espinhosa da terceira vértebra dorsal.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: cefaleias occipitais e torcicolite.
J-TJ.30 - Bailiao
Denominação: "cem fainas".
Localização: 2 cun acima e 1 cun lateral a dazhui (Du 14).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: tosse e torcicolite.
J-TJ.31 - Chonggu
Denominação: "osso sublime".
Localização: abaixo da apófise espinhosa da sexta vértebra cervical.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: torcicolite e problemas respiratórios relacionados com as vias aéreas superiores.
J-TJ.32 - Muming
Denominação: "visão resplandecente".
Localização: directamente acima da pupila, na delimitação do couro cabeludo, ou 0,5 cun abaixo de linqi
(G 15).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: diminuição da acuidade visual, congestão ocular e cefaleias.
J-TJ.33 - Neijingming
Denominação: "brilho interno dos olhos".
Localização: no canto interno do olho, imediatamente acima da carúncula lacrimal e internamente em
relação a jingming (B 1).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun.
Indicações: hemorragia retiniana, atrofia do nervo óptico e congestão ocular.
J-TJ.34 - Yankou
Denominação: "boca da andorinha".
Localização: na comissura labial.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: nevralgia do trigémio e paralisia do facial.
J-TJ.35 - Neiyingxiang
Denominação: "fragrância hospitaleira interior".
Localização: no rebordo superior da mucosa nasal, próximo da abertura da narina.
Técnica: sangria.
Indicações: golpe de calor, inflamação laríngea e congestão ocular.
J-TJ.36 - Juquan
Denominação: "fonte da arrecadação".
Localização: no centro da região dorsal do corpo glossiano.
Técnica: punção perpendicular a 0,1-0,2 cun.
Indicações: paralisia dos músculos glossianos, edema glossiano e dispneia.
J-TJ.37 - Haiquan
Denominação: "fonte do oceano".
Localização: no centro do freio glossiano.
Técnica: sangria.
Indicações: espasmo diafragmático e edema glossiano.
J-TJ.38 - Sheshu
Denominação: "pilar da língua".
Localização: no ponto de intersecção do freio com a prega glossiana.
Técnica: sangria.
Indicações: disartria e edema glossiano.
J-TJ.39 - Zhuding
Denominação: "cume da pérola".
Localização: no vértice do tragus auricular.
Técnica: punção perpendicular a 0,1-0,2 cun.
Indicações: odontalgias e problemas auditivos.
J-TJ.40 - Damen
Denominação: "grande porta".
Localização: no vértex, na linha mesocraniana, 0,5 cun posterior a qiangjian (Du 18).
Técnica: punção oblíqua ou horizontal a 0,3-0,5 cun.
Indicações: cefaleias occipitais e hemiplegia por acidente vascular cerebral.
Região Tóraco-Abdominal
Figura 11.8
PONTOS CLÁSSICOS − REGIÃO TÓRACO-ABDOMINAL
J-XF.1 - Chixue
Denominação: "orifício vermelho".
Localização: 1 cun lateral a xuanji (Ren 21).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: tosse, dispneia e nevralgia intercostal.
J-XF.2 - Tanchuan
Denominação: "fleuma e chiadeira".
Localização: 1,5 cun lateral a yingchuang (S 16).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: dispneia e bronquite crónica ou asmatiforme.
J-XF.3 - Longhan
Denominação: "mandíbula do dragão".
Localização: 1,5 cun directamente abaixo de jiuwei (Ren 15).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: precordialgias e epigastralgias.
J-XF.4 - Zuoyi, youyi
Denominação: "propriedade da direita e propriedade da esquerda".
Localização: 1 cun lateral à base da mama.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,3 cun; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: nevralgia intercostal e problemas inflamatórios da glândula mamária.
J-XF.5 - Meihua
Denominação: "flor de ameixeira".
Localização: conjunto de dois pares de pontos simétricos, com zhongwan (Ren 12) no centro, 0,5 cun
acima e abaixo de yindu (K 19).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dispepsia, úlcera péptica e gastrite crónica.
J-XF.6 - Sicang
Denominação: "celeiro".
Localização: 3 cun lateral a zhongwan (Ren 12).
Técnica: punção horizontal a 3,0-5,0 cun, dirigida ao aspecto lateral do umbigo, ou perpendicular a 0,5-
0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: epigastralgias e ptose gástrica.
J-XF.7 - Shiguan
Denominação: "portão da nutrição".
Localização: 1 cun lateral a jianli (Ren 11).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dispepsia, gastrite e diarreia.
J-XF.8 - Qisibian
Denominação: "quatro lados do umbigo".
Localização: são dois pares de pontos, equidistantes 1 cun do centro do umbigo.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se sucção e moxibustão.
Indicações: disfunção gástrica.
J-XF.10 - Qizhong
Denominação: "centro da energia vital - qi".
Localização: 1,5 cun lateral a qihai (Ren 6).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dor e distensão abdominal, meteorismo e anemia.
J-XF.11 - Jingzhong
Denominação: "centro do meridiano".
Localização: 3 cun lateral a qihai (Ren 6).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: disfunção gástrica, menstruação irregular e retenção urinária.
J-XF.12 - Waisiman
Denominação: "quatro plenitudes externas".
Localização: 1 cun lateral a siman (K 14).
Técnica: moxibustão indirecta durante 20-30 minutos.
Indicações: menstruação irregular.
J-XF.13 - Jueyun
Denominação: "malogro".
Localização: 0,5 cun abaixo de shimen (Ren 5).
Técnica: moxibustão indirecta durante 20-30 minutos.
Indicações: menstruação irregular e prevenção de abortamentos espontâneos recurrentes.
J-XF.14 - Yijing
Denominação: "espermatorreia".
Localização: 1 cun lateral a guanyuan (Ren 4).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: espermatorreia, ejaculação precoce e impotência sexual primária.
J-XF.15 - Qimen
Denominação: "porta da energia vital - qi".
Localização: 3 cun lateral a guanyuan (Ren 4).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: hemorragia uterina e cólicas abdominais.
J-XF.16 - Weibao
Denominação: "sustentáculo uterino".
Localização: 6 cun lateral a guanyuan (Ren 4).
Técnica: punção horizontal, ao longo do ligamento inguinal, a 1,0-1,5 cun.
Indicações: disfunção intestinal e prolapso uterino.
J-XF.17 - Changyi
Denominação: "retalho intestinal".
Localização: 2,5 cun lateral a zhongji (Ren 3).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: menstruação irregular, anexite, orquite e dor peniana.
J-XF.18 - Zigong
Denominação: "palácio das crianças".
Localização: 4 cun abaixo do umbigo e 3 cun lateral a zhongji (Ren 3).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dismenorreia, menstruação irregular, prolapso uterino e orquite.
J-XF.19 - Tingtou
Denominação: "cabeça erecta".
Localização: 0,5 cun abaixo de dahe (K 12).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: prolapso uterino.
J-XF.20 - Xinleitou
Denominação: "cabeça da nova costela".
Localização: dois pares de pontos simétricos do rebordo esternal, localizados no primeiro e no segundo
espaço intercostal.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dispneia, nevralgia intercostal e processos inflamatórios cartilagíneos.
J-XF.21 - Eni
Denominação: "soluços".
Localização: no sétimo espaço intercostal, directamente abaixo do mamilo.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: espasmo diafragmático.
J-XF.22 - Xiaoerjixiong
Denominação: "peito de galinha infantil".
Localização: são três pares de pontos simétricos nos segundo, terceiro e quarto espaços intercostais, 2,5
cun lateralmente à linha mesotorácica.
Técnica: moxibustão indirecta, em sessões terapêuticas de 20-30 minutos.
Indicações: peito de galinha (protraimento torácico geralmente devido a patologia obstrutiva respiratória
ocorrida durante a infância).
J-XF.23 - Sanjiaojiu
Denominação: "triângulo da moxibustão".
Localização: é um conjunto de três pontos localizados nos cantos de um triângulo equilátero, com o
umbigo por vértice.
Técnica: moxibustão indirecta, em sessões terapêuticas de 20-30 minutos.
Indicações: diarreia crónica, cólicas abdominais e espasmo gástrico.
J-XF.24 - Longmen
Denominação: "porta do dragão".
Localização: no rebordo inferior da sínfise pública.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão indirecta.
Indicações: hemorragia uterina, infertilidade feminina e incontinência urinária.
Região Dorso-Lombar
Figura 11.9
PONTOS CLÁSSICOS − REGIÃO DORSO-LOMBAR
J-BY.1 - Dingchuan
Denominação: "término da chiadeira".
Localização: 0,5 cun ou 1 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da sétima vértebra cervical,
respectivamente em crianças e adultos.
Técnica: punção ligeiramente oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: tosse, dispneia e torcicolite.
J-BY.2 - Baizhongfeng
Denominação: "cem espécies de vento".
Localização: 2,5 cun lateral a dazhui (Du 14).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: apoplexia e problemas musculo-esqueléticos da região posterior do ombro.
J-BY.3 - Liuhua
Denominação: "seis flores".
Localização: é um conjunto de três pares equidistantes de pontos, entre as segunda e quarta vértebras
dorsais, 1 cun lateralmente à coluna vertebral.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: astenia generalizada (devida a doenças crónicas) e dispneia.
J-BY.4 - Bahua
Denominação: "oito flores".
Localização: é um conjunto de quatro pares equidistantes de pontos, entre as quinta e sétima vértebras
dorsais, 1 cun lateralmente à coluna vertebral.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: astenia generalizada (devida a doenças crónicas) e dispneia.
J-BY.5 - Erzhuixia
Denominação: "abaixo da segunda vértebra".
Localização: abaixo da apófise espinhosa da segunda vértebra dorsal.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: convulsões epileptiformes e problemas mentais.
J-BY.6 - Huanmen
Denominação: "porta da aflição".
Localização: 0,3 cun acima de xinshu (B 15).
Técnica: moxibustão indirecta, em sessões terapêuticas de 20-30 minutos.
Indicações: astenia generalizada (devida a doenças crónicas) e dispneia.
J-BY.7 - Juqueshu
Denominação: "canal do grande palácio".
Localização: abaixo da apófise espinhosa da quarta vértebra dorsal.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dispneia, neurastenia e problemas gástricos.
J-BY.9 - Qichuan
Denominação: "chiadeira da energia vital - qi".
Localização: 2 cun lateral à apófise espinhosa da sétima vértebra dorsal.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dispneia.
J-BY.10 - Yinkou
Denominação: "boca de prata".
Localização: no ângulo inferior da omoplata.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: nevralgia intercostal e problemas musculares locais.
J-BY.11 - Bazhuixia
Denominação: "abaixo da oitava vértebra".
Localização: abaixo da apófise espinhosa da oitava vértebra dorsal.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: nevralgia intercostal e problemas hepáticos.
J-BY.12 - Yishu
Denominação: "canal do pâncreas".
Localização: 1,5 cun lateral à apófise espinhosa da oitava vértebra dorsal.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: nevralgia intercostal e problemas gástricos e pancreáticos.
J-BY.13 - Shubian
Denominação: "ao lado do eixo".
Localização: 1 cun lateral à apófise espinhosa da décima vértebra dorsal.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas gástricos e hepatobiliares.
J-BY.14 - Zhuogu
Denominação: "lavagem do conspurcado".
Localização: 2,5 cun lateral à apófise espinhosa da décima vértebra dorsal.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: anorexia e problemas hepatobiliares.
J-BY.15 - Jiegu
Denominação: "osso de conexão".
Localização: abaixo da apófise espinhosa da décima segunda vértebra dorsal.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: epigastralgias, diarreia e dorsolombalgias.
J-BY.16 - Pigen
Denominação: "raiz da inchação".
Localização: 3,5 cun lateral à apófise espinhosa da primeira vértebra lombar.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas gástricos e ptose renal.
J-BY.17 - Xuechou
Denominação: "preocupação do sangue".
Localização: acima da apófise espinhosa da segunda vértebra lombar.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: doenças hemorrágicas.
J-BY.18 - Changfeng
Denominação: "vento intestinal".
Localização: 1 cun lateral à apófise espinhosa da segunda vértebra lombar.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: espermatorreia, enurese e problemas gastrintestinais.
J-BY.19 - Xuefu
Denominação: "residência do sangue".
Localização: 4 cun lateral à apófise espinhosa da segunda vértebra lombar.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: amenorreia e espermatorreia.
J-BY.20 - Zhuzhang
Denominação: "cana de bambu".
Localização: acima da apófise espinhosa da terceira vértebra lombar.
Técnica: moxibustão indirecta, em sessões de 20-30 minutos.
Indicações: diarreia, hemorróides e prolapso rectal.
J-BY.21 - Xiajishu
Denominação: "canal do nível inferior".
Localização: abaixo da apófise espinhosa da terceira vértebra lombar.
Técnica: punção oblíqua a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: disúria, polaquiúria, lombalgias e paralisia do membro inferior.
J-BY.23 - Yaoyi
Denominação: "propriedade lombar".
Localização: 3 cun lateral à apófise espinhosa da quarta vértebra lombar.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas musculares da região lombo-sagrada.
J-BY.24 - Yaoyan
Denominação: "olho do lombo".
Localização: na depressão entre as apófises transversas da quarta e da quinta vértebras lombares.
Técnica: punção perpendicular ou oblíqua a 0,8-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: menstruação irregular, orquite, ptose renal e problemas musculares locais.
J-BY.25 - Shiqizhuixia
Denominação: "abaixo da décima sétima vértebra".
Localização: na depressão abaixo da apófise espinhosa da quinta vértebra lombar.
Técnica: punção perpendicular a 0,8-1,2 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dismenorreia, menstruação irregular, hemorragia uterina, ciatalgia, problemas musculo-
esqueléticos da região lombo-sagrada, paraplegia pós-traumática e problemas anais.
J-BY.26 - Zhongkong
Denominação: "espaço intermédio".
Localização: 3,5 cun lateral à apófise espinhosa da quinta vértebra lombar.
Técnica: punção perpendicular a 0,8-1,2 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos da região lombo-sagrada.
J-BY.27 - Yaogen
Denominação: "raiz do lombo".
Localização: 3 cun lateral à apófise espinhosa da primeira vértebra sagrada.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos da região sacro-ilíaca.
J-BY.28 - Jiuqi
Denominação: "salgueiro do pombo selvagem".
Localização: abaixo da apófise espinhosa da primeira vértebra sagrada.
Técnica: moxibustão indirecta, em sessões de 20-30 minutos.
Indicações: hemorragia uterina.
J-BY.29 - Yaoqi
Denominação: "miscelânea do lombo".
Localização: abaixo da apófise espinhosa da segunda vértebra sagrada.
Técnica: punção horizontal ascendente a 1,0-1,5 cun.
Indicações: convulsões epileptiformes.
J-BY.30 - Xiazhui
Denominação: "vértebra inferior".
Localização: abaixo da apófise espinhosa da terceira vértebra sagrada.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: menstruação irregular e problemas inflamatórios da região pélvica.
J-BY.31 - Yutian
Denominação: "campo de jade".
Localização: abaixo da apófise espinhosa da quarta vértebra sagrada.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: lombo-sacralgias e trabalho de parto prolongado.
J-BY.32 - Pinxueling
Denominação: "inspiração dos anémicos".
Localização: 0,3 cun abaixo de yutian.
Técnica: moxibustão indirecta, em sessões de 20-30 minutos.
Indicações: anemia crónica.
J-BY.33 - Tunzhong
Denominação: "meio das nádegas".
Localização: 3,5 cun lateral à apófise espinhosa da quarta vértebra sagrada.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: ciatalgia e paraplegia dos membros inferiores.
J-BY.34 - Huanzhong
Denominação: "meio do círculo".
Localização: equidistante de huantiao (G 30) e yaoshu (Du 2).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: lombalgias, ciatalgia e dor no membro inferior.
J-BY.36 - Dianxian
Denominação: "epilepsia".
Localização: equidistante de dazhui (Du 14) e do vértice coccígeo.
Técnica: moxibustão indirecta, em sessões de 20-30 minutos, ou moxibustão directa não escarificante, em
ciclos de 2-3 minutos intercalados de ciclos de 10-15 minutos de moxibustão indirecta, em sessões de 45-
50 minutos.
Indicações: prevenção de convulsões epilépticas.
J-BY.37 - Jisanxue
Denominação: "três orifícios vertebrais".
Localização: conjunto de três pontos paravertebrais simétricos. O primeiro encontra-se 1 cun abaixo e 0,5
cun lateral a yamen (Du 15), o segundo 0,5 cun lateral à apófise transversa da segunda vértebra dorsal e o
terceiro 0,5 cun lateral à apófise transversa da segunda vértebra lombar.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: espondilite anquilosante, mielite e radiculalgias.
J-BY.38 - Jifeng
Denominação: "osso vertebral".
Localização: conjunto de dezassete pontos dispostos lateral e simetricamente, a 4,5 cun, ao longo das
vértebras dorsais e lombares.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: espondilite, mielite e radiculalgias.
Contra-Indicações: punção perpendicular ou profunda, pelo perigo de perfuração de alguns zang-fu,
principalmente se houver organomegalias.
Membro Superior
Figura 11.10
PONTOS CLÁSSICOS − MEMBRO SUPERIOR
J-SZ.1 - Shixuan
Denominação: "dez declarações".
Localização: grupo de cinco pares de pontos localizados no centro da extremidade distal dos dedos (um
ponto por dedo), cerca de 0,1 cun abaixo do leito ungueal.
Técnica: sangria ou punção perpendicular a 0,1 cun.
Indicações: lipotímia, choque, coma, hipertermia, histeria, epilepsia e parestesias nos dedos.
J-SZ.6 - Muzhijiehengwen
Denominação: "prega transversa da articulação do polegar".
Localização: na face palmar do polegar, no centro da prega interfalângica.
Técnica: ciclos de 1-2 minutos de moxibustão directa não escarificante, em sessões de 15-20 minutos.
Indicações: panus.
J-SZ.7 - Fengyan
Denominação: "olhos do vento".
Localização: na face palmar do polegar, na extremidade radial da prega interfalângica.
Técnica: sangria.
Indicações: cegueira nocturna.
J-SZ.8 - Mingyan
Denominação: "olhos brilhantes".
Localização: na face palmar do polegar, na extremidade cubital da prega interfalângica.
Técnica: sangria.
Indicações: cegueira nocturna. e congestão ocular
J-SZ.9 - Sifeng
Denominação: "quatro junções".
Localização: na face palmar dos quatro primeiros dedos (polegar excluído), no centro das respectivas
pregas interfalângicas proximais.
Técnica: punção exsudativa, com extravasamento de pequenas quantidades de linfa, e ciclos de 1-2
minutos de moxibustão directa não escarificante, em sessões de 20-30 minutos.
Indicações: artrite dos dedos.
J-SZ.10 - Shouzhongping
Denominação: "nível do meio da mão".
Localização: na face palmar do terceiro dedo, no centro da prega metacarpofalângica.
Técnica: punção perpendicular a 0,1-0,2 cun.
Indicações: estomatite e artrite metacarpofalângica do terceiro dedo.
J-SZ.11 - Panglaogong
Denominação: "lateral ao palácio dos trabalhadores".
Localização: 0,5 cun internamente a laogong (P 8).
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun.
Indicações: odontalgias e parestesias nos dedos.
J-SZ.12 - Neiyangchi
Denominação: "reservatório de yang interno".
Localização: 1 cun distal ao ponto médio da prega transversal do punho.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun.
Indicações: estomatite.
J-SZ.13 - Banmen
Denominação: "porta da prancha".
Localização: no limite cubital da eminência tenar a 1 cun do seu ponto mais elevado.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun.
Indicações: dispneia e problemas orofaríngeos.
J-SZ.14 - Sanshang
Denominação: "três mercadores".
Localização: grupo de três pontos adjacentes à raiz ungueal do polegar.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun.
Indicações: hipertermia.
J-SZ.15 - Dagukong
Denominação: "espaço do grande osso".
Localização: no centro da prega interfalângica dorsal do polegar, oposto a muzhijiehengwen
Técnica: ciclos de 1 minuto de moxibustão directa não escarificante, em sessões de 20-30 minutos.
Indicações: vómitos. diarreia e problemas oculares.
J-SZ.16 - Zhjongkui
Denominação: "eminência do meio".
Localização: na face dorsal do terceiro dedo, no centro da primeira prega interfalângica.
Técnica: moxibustão directa não escarificante.
Indicações: espasmo diafragmático e esofágico, epistaxis e vómitos.
J-SZ.17 - Xiaogukong
Denominação: "espaço do pequeno osso".
Localização: na face dorsal do quinto dedo, no centro da primeira prega interfalângica.
Técnica: moxibustão directa não escarificante.
Indicações: problemas oculares e artrite do quinto dedo.
J-SZ.21 - Quanjian
Denominação: "ponta do punho".
Localização: no ponto mais elevado do nó do terceiro dedo.
Técnica: sangria ou moxibustão directa não escarificante.
Indicações: problemas oculares.
J-SZ.22 - Baxie
Denominação: "oito demónios".
Localização: grupo de quatro pontos na face dorsal da mão, próximo da inserção das pregas interdigitais e
equidistantes das cabeças metacarpianas, quando a mão se encontra fechada.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-1,0 cun; a mão deve estar fechada.
Indicações: torcicolite, odontalgias, cefaleias, problemas articulares e parestesias nos dedos.
J-SZ.24 - Luozhen
Denominação: "torcicolo".
Localização: na face dorsal da mão, 0,5 cun proximal e equidistante das articulações metacarpofalângicas
do segundo e terceiro dedos.
Técnica: punção perpendicular ou oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: dor no ombro e no braço, hemicrania, torcicolite e epigastralgias.
J-SZ.27 - Shoujinmen
Denominação: "porta dourada da mão".
Localização: 3,5 cun directamente acima do ponto médio da prega transversal do punho.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun.
Indicações: escrófula (eficácia terapêutica duvidosa).
J-SZ.28 - Dingshu
Denominação: "vale do carbúnculo".
Localização: 4 cun acima da extremidade cubital da prega transversal do punho.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dor e parestesia na face anterior do antebraço.
J-SZ.29 - Erbai
Denominação: "duas brancuras".
Localização: 4 cun directamente acima de daling (P 7).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: hemorróides, prolapso rectal e nevralgia do mediano.
J-SZ.30 - Bizhong
Denominação: "meio do antebraço".
Localização: equidistante dos pontos médios das pregas transversais do punho e cotovelo.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: hemiplegia, espasmos musculares do membro superior e nevralgia do mediano.
J-SZ.31 - Zexia
Denominação: "abaixo do pântano".
Localização: 2 cun abaixo de chize (L 5).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: odontalgias e dor no antebraço.
J-SZ.32 - Zeqian
Denominação: "antes do pântano".
Localização: 1 cun acima de chize (L 5).
Técnica: punção perpendicular ou oblíqua a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro superior.
J-SZ.33 - Zhongquan
Denominação: "fonte do meio".
Localização: equidistante de yangxi (LI 5) e yangchi (SJ 4).
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun.
Indicações: dispneia, epigastralgias e problemas musculo-esqueléticos locais.
J-SZ.34 - Cunping
Denominação: "polegada".
Localização: 1 cun acima e 0,5 cun lateral ao ponto médio da prega transversal dorsal do punho.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun.
Indicações: choque e parestesias na face posterior do antebraço.
J-SZ.35 - Xiawenliu
Denominação: "encosta quente inferior".
Localização: 2 cun acima da extremidade radial da prega transversal dorsal do punho.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun.
Indicações: odontalgias mandibulares.
J-SZ.36 - Cirao
Denominação: "cúbito e rádio".
Localização: 6 cun acima do ponto médio da prega transversal dorsal do punho.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas mentais, paralisia do membro superior e nevralgia do mediano.
J-SZ.38 - Sanchi
Denominação: "três reservatórios".
Localização: conjunto de três pontos, sendo um coincidente com quchi (LI 11) e os outros localizados
respectivamente 1 cun acima e 1 cun abaixo do primeiro.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dor no cotovelo e no braço.
J-SZ.39 - Zhoushu
Denominação: "desfiladeiro do cotovelo".
Localização: entre o olecrâneo e o epicôndilo umeral.
Técnica: punção perpendicular a 0,2 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos da região articular do cotovelo.
J-SZ.40 - Yeling
Denominação: "espírito axilar".
Localização: 0,5 cun directamente acima da prega axilar anterior.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos locais.
J-SZ.41 - Tianling
Denominação: "espírito do paraíso".
Localização: 1 cun acima da prega axilar anterior.
Técnica: punção oblíqua, dirigida externamente, a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos locais.
J-SZ.45 - Wuhu
Denominação: "cinco tigres".
Localização: no ponto mais elevado dos nós dos segundo e quarto dedos.
Técnica: moxibustão não escarificante.
Indicações: problemas articulares locais.
J-SZ.46 - Zhoujian
Denominação: "ponta do cotovelo".
Localização: na proeminência olecraneana. Deve se localizado com o cotovelo em flexão.
Técnica: moxibustão não escarificante.
Indicações: problemas articulares locais.
J-SZ.47 - Xiaotianxin
Denominação: "coração do pequeno paraíso".
Localização: 0,5 cun directamente abaixo de neiyangchi (J-SZ.12), ou 1,5 cun distal ao ponto médio da
prega transversal do punho.
Técnica: punção perpendicular a 0,1-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: febre reumática e palpitações.
J-SZ.48 - Jianneiling
Denominação: "túmulo interior do ombro".
Localização: no ombro, equidistante de jianyu (LI 15) e da prega axilar anterior.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos da região articular do ombro, hemiplegia e hipersudorese.
J-SZ.49 - Shiwang
Denominação: "dez príncipes".
Localização: grupo de dez pontos, localizando-se cada um no centro da raiz ungueal.
Técnica: sangria.
Indicações: lipotímia por golpe de calor.
J-SZ.50 - Shangbaxie
Denominação: "por cima dos oito demónios".
Localização: grupo de quatro pares de pontos, 0,5 cun acima de baxie (J-SZ.22).
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: torcicolite, odontalgias, cefaleias, problemas articulares e parestesias dos dedos.
Membro Inferior
Figura 11.11
PONTOS CLÁSSICOS − MEMBRO INFERIOR
J-XZ.1 - Lineiting
Denominação: "dentro do pátio interior".
Localização: na região plantar, na depressão anterior à articulação metatarsofalângica dos segundo e
terceiro artelhos.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: convulsões epileptiformes, dor nos artelhos e parestesias no pé.
J-XZ.2 - Muzhilihengwen
Denominação: "prega transversal do dedo grande".
Localização: na região plantar, no centro da prega transversal da articulação metatarso-falângica do
grande artelho.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: orquite e problemas articulares locais.
J-XZ.3 - Qianhouyinzhu
Denominação: "pérolas escondidas à frente e atrás".
Localização: grupo de dois pontos a 0,5 cun de yongquan (K 1), sendo um anterior e outro posterior.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: hipertensão arterial, convulsões epileptiformes, dor plantar e problemas articulares locais.
J-XZ.4 - Zuxin
Denominação: "planta do pé".
Localização: 1 cun posterior a yongquan (K 1).
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: cefaleias, hemorragia uterina, dor plantar e problemas articulares locais.
J-XZ.5 - Shimian
Denominação: "insónia".
Localização: na face plantar, no centro da região calcaneana.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: perturbações do sono e dor no calcanhar.
J-XZ.6 - Qiduan
Denominação: "extremidade da energia vital - qi".
Localização: grupo de dez pontos (cinco por pé), localizando-se cada ponto no centro da ponta dos
artelhos.
Técnica: punção perpendicular a 0,1 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: coma, paralisia dos artelhos e edema do pé, devidos a acidente vascular cerebral.
J-XZ.8 - Bafeng
Denominação: "oito ventos".
Localização: grupo de oito pontos (quatro por pé), localizando-se cada ponto no centro das pregas
interdigitais. Três deles correspondem a xinjian (Liv 2), neiting (S 44) e xiaxi (G 43).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dor e edema na região dorsal do pé, e as mesmas que xinjian, neiting e xiaxi.
J-XZ.9 - Nuxi
Denominação: "joelho de mulher".
Localização: na região posterior do calcanhar, no centro do calcâneo.
Técnica: punção perpendicular a 0,1-0,2 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dor na região calcaneana, devida a traumatismo ou degenerescência óssea.
J-XZ.10 - Quanshengzu
Denominação: "fonte podal".
Localização: no tendão calcaneano, a nível do rebordo superior do calcâneo.
Técnica: punção perpendicular a 0,1-0,2 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dor na região calcaneana, lombalgias, espasmo esofágico e doenças cerebrais.
J-XZ.11 - Taiyinqiao
Denominação: "yin maior do calcanhar".
Localização: na depressão imediatamente abaixo do rebordo inferior do maléolo interno.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: infertilidade feminina, menstruação irregular, prolapso e hemorragia uterinas.
J-XZ.12 - Xiakunlun
Denominação: "inferior às montanhas sagradas Kun e Lun".
Localização: 1 cun abaixo de kunlun (B 60).
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: lombalgias, paraplegia e artrite tibiotársica.
J-XZ.13 - Lanweixue
Denominação: "orifício apendicular".
Localização: 2 cun directamente abaixo de zusanli (S 36).
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dispepsia, apendicite crónica e paralisia do membro inferior.
J-XZ.14 - Zuzhongping
Denominação: "nível intermédio da perna".
Localização: 1 cun directamente abaixo de zusanli (S 36).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro inferior.
J-XZ.15 - Xixia
Denominação: "abaixo do joelho".
Localização: no ligamento patelar, abaixo do ponto médio do rebordo inferior da rótula.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos da região articular do joelho.
J-XZ.16 - Neixiyan
Denominação: "olho interno do joelho".
Localização: na depressão existente no rebordo interno do ligamento rotuliano interno, imediatamente
abaixo da rótula. Deve ser localizado com o joelho em flexão de noventa graus.
Técnica: punção ligeiramente oblíqua a 0,7-1,0 cun, direccionada antero-posteriormente e interna-
externamente; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: hemiplegia e problemas musculo-esqueléticos da região articular do joelho.
J-XZ.17 - Neihuaijian
Denominação: "cume do maléolo interno".
Localização: no centro da proeminência do maléolo interno.
Técnica: moxibustão indirecta ou directa não escarificante.
Indicações: espasmos musculares no aspecto interno do pé.
J-XZ.18 - Zhizhuanjin
Denominação: "controlo do entorse" ou "controlo do músculo com entorse".
Localização: no ponto médio do contorno superior do maléolo interno.
Técnica: moxibustão indirecta ou directa não escarificante.
Indicações: lombalgias, espasmos musculares dos gémeos e entorses.
J-XZ.19 - Shaoyangwei
Denominação: "conexão yang menor".
Localização: 1 cun acima do ângulo póstero-superior do maléolo interno, entre taixi (K 3) e fuliu (K 7).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro inferior.
J-XZ.20 - Chengming
Denominação: "sustentáculo da vida".
Localização: 3 cun acima de taixi (K 3).
Técnica: punção oblíqua a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: edema e paralisia do membro inferior.
J-XZ.21 - Jiaoyi
Denominação: "cerimónia do intercâmbio".
Localização: 5 cun acima da proeminência do maléolo interno, tangencial ao rebordo tibial.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: leucorreia, menstruação irregular, edema e paralisia do membro inferior.
J-XZ.22 - Waihuaijian
Denominação: "cume do maléolo externo".
Localização: no centro da proeminência do maléolo externo.
Técnica: sangria; pode aplicar-se moxibustão indirecta ou directa não escarificante.
Indicações: cefaleias intensas e refractárias a outras terapêuticas, odontalgias e paraplegia.
J-XZ.23 - Dannangxue
Denominação: "orifício da vesícula biliar".
Localização: 1 ou 2 cun directamente abaixo de yanglingquan (G 34), respectivamente em crianças e em
adultos.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas biliares, dor no hipocôndrio, paresias e paralisia do membro inferior.
J-XZ.24 - Linghou
Denominação: "atrás da tumba".
Localização: abaixo do joelho, na depressão posterior à cabeça do perónio.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: ciatalgia, paralisia do membro inferior e artrite do joelho.
J-XZ.25 - Linghouxia
Denominação: "abaixo e atrás da tumba".
Localização: 0,5 cun abaixo de linghou.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: ciatalgia, nevralgia do peronial, paralisia do membro inferior e artrite do joelho.
J-XZ.26 - Xiwai
Denominação: "fora do joelho".
Localização: ligeiramente anterior a weiyang (B 39), na extremidade externa da prega transversal do
cavado poplíteo.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos da região articular externa do joelho.
J-XZ.27 - Heding
Denominação: "topo da grua".
Localização: na depressão acima do ponto médio do rebordo superior da rótula.
Técnica: punção perpendicular ou oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos da região articular do joelho.
J-XZ.28 - Kuangu
Denominação: "rótula".
Localização: grupo de dois pontos, 1,5 cun à direita e à esquerda de liangqiu (S 34).
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro inferior e artrite do joelho.
J-XZ.29 - Shenxi
Denominação: "conexão do rim".
Localização: 1 cun abaixo de futu (S 32).
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro inferior.
J-XZ.30 - Guantu
Denominação: "portão do coelho".
Localização: equidistante de biguan (S 31) e futu (S 32).
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: epigastralgias, diarreia e sequelas de paralisia infantil.
J-XZ.31 - Liaoliao
Denominação: "junção das junções".
Localização: na proeminência do côndilo femural interno.
Técnica: punção oblíqua a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: menstruação irregular e hemorragia uterina.
J-XZ.32 - Dalun
Denominação: "grande roda".
Localização: no côndilo femural interno, 0,5 cun directamente acima de liaoliao.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: menstruação irregular, febre puerperal e artrite do joelho.
J-XZ.33 - Zuming
Denominação: "brilho da perna (pé)".
Localização: 1,5 cun directamente acima de liaoliao, ou 1 cun acima de dalun.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: menstruação irregular, febre puerperal e artrite do joelho.
J-XZ.34 - Baichongwo
Denominação: "ninho dos cem insectos".
Localização: 1 cun directamente acima de xuehai (Sp 10).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: reacções urticariformes e eczematosas.
J-XZ.35 - Zuluo
Denominação: "laço da perna (pé)".
Localização: 3 cun directamente acima de dalun.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: menstruação irregular, febre puerperal e dor na coxa e no joelho.
J-XZ.36 - Chenggu
Denominação: "osso completo".
Localização: na proeminência do côndilo femural externo.
Técnica: sangria; pode aplicar-se moxibustão indirecta, ou directa não escarificante.
Indicações: lombalgias e problemas musculo-esqueléticos da região articular do joelho.
J-XZ.37 – Yinwei
Denominação: "delegação de yin".
Localização: grupo de três pontos localizados a 1, 2 e 3 cun acima da extremidade externa da prega
transversal do cavado poplíteo.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas mentais e problemas musculo-esqueléticos da região do joelho.
J-XZ.38 - Silian
Denominação: "quarta conexão".
Localização: 4 cun acima da extremidade externa da prega transversal do cavado poplíteo.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas mentais e problemas musculo-esqueléticos da região do joelho.
J-XZ.39 - Wuling
Denominação: "quinto espírito".
Localização: 5 cun acima da extremidade externa da prega transversal do cavado poplíteo.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas mentais e problemas musculo-esqueléticos da região do joelho.
J-XZ.40 - Lingbao
Denominação: "tesouro do espírito".
Localização: 6 cun acima da extremidade externa da prega transversal do cavado poplíteo.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas mentais e problemas musculo-esqueléticos da região do joelho.
J-XZ.41 - Shangbafeng
Denominação: "acima dos oito ventos".
Localização: grupo de quatro pontos em cada pé, localizados 0,5 cun acima dos respectivos bafeng (J-
XZ.8). Três deles correspondem a taichong (Liv 3), xiangu (S 43) e dihuwui (G 42).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: edema na região dorsal do pé e as mesmas que taichong, xiangu e dihuwui.
Cabeça e Pescoço
Figura 11.12
PONTOS CONTEMPORÂNEOS − CABEÇA E PESCOÇO
X-TJ.1 - Shangjingming
Denominação: "acima do brilho dos olhos".
Localização: 0,2 cun acima de jingming (B 1). Deve ser localizado com as pálpebras fechadas e relaxadas
(como a "pálpebra do olho perdido de Camões").
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun.
Indicações: conjuntivite, ametropia, estrabismo, retinite e atrofia do nervo óptico.
Contra-indicações: punção profunda e moxibustão.
X-TJ.2 - Xiagjingming
Denominação: "abaixo do brilho dos olhos".
Localização: 0,2 cun abaixo de jingming (B 1). Deve ser localizado com as pálpebras fechadas e
relaxadas (como a "pálpebra do olho perdido de Camões").
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun.
Indicações: conjuntivite, ametropia, estrabismo, retinite e atrofia do nervo óptico.
Contra-indicações: punção profunda e moxibustão.
X-TJ.3 - Jianming
Denominação: "brilho reforçado".
Localização: 0,4 cun abaixo de jingming (B 1), tangencialmente ao rebordo inferior da cavidade
orbitaria. Deve ser localizado com as pálpebras fechadas e relaxadas.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun.
Indicações: dacrocistite, panus, cegueira nocturna, ametropia, estrabismo, atrofia do nervo óptico, retinite
e retinite pigmentosa.
Contra-indicações: punção profunda e moxibustão.
X-TJ.4 - Shangming
Denominação: "brilho superior".
Localização: directamente abaixo do ponto médio da sobrancelha, tangencial ao rebordo superior da
cavidade orbitaria. Deve localizar-se com as pálpebras fechadas e relaxadas.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun.
Indicações: ametropia, opacidade do corpo vítreo, atrofia do nervo óptico e retinite.
Contra-indicações: punção profunda e moxibustão.
X-TJ.5 - Zengming
Denominação: "brilho aumentado".
Localização: grupo de dois pontos distanciados 0,2 cun de shangming, interna e externamente. Devem
ser localizados com as pálpebras fechadas e relaxadas.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun.
Indicações: ametropia, opacidade da córnea, atrofia do nervo óptico e retinite.
Contra-indicações: punção profunda e moxibustão.
X-TJ.6 – Waiming
Denominação: "brilho externo".
Localização: 0,3 cun directamente acima do canto externo do olho. Deve ser localizado com as pálpebras
fechadas e relaxadas.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun.
Indicações: ametropia, opacidade da córnea, atrofia do nervo óptico e retinite.
Contra-indicações: punção oblíqua ou profunda e moxibustão.
X-TJ.8 - Tingxue
Denominação: "orifício auditivo".
Localização: equidistante de tinggong (SI 19) e tinghui (G 2).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; deve ser puncionado com a boca entreaberta.
Indicações: tinitus, zumbidos e hipoacusia.
X-TJ.9 - Tingling
Denominação: "inspiração auditiva".
Localização: equidistante de tingxue e tinghui (G 2).
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; deve ser puncionado com a boca entreaberta.
Indicações: tinitus, zumbidos e hipoacusia.
X-TJ.10 - Tingcong
Denominação: "audição".
Localização: 0,2 cun directamente abaixo de tinghui (G 2).
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: hipoacusia.
X-TJ.11 - Tingmin
Denominação: "sensibilidade auditiva".
Localização: no ponto mais inferior da inserção do pavilhão auricular.
Técnica: punção perpendicular a 0,7 cun
Indicações: hipoacusia.
X-TJ.12 - Shangergen
Denominação: "acima da raiz da orelha".
Localização: no ponto mais superior da inserção do pavilhão auricular.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: esclerose lateral e hipoacusia.
X-TJ.13 - Houtinggong
Denominação: "palácio posterior da audição".
Localização: ponto retroauricular na raiz do pavilhão, a nível de tinggong (SI 19).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: hipoacusia.
X-TJ.14 - Houtingxue
Denominação: "orifício posterior da audição".
Localização: equidistante de tinggong (SI 19) e yilong (X-TJ.15).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: hipoacusia.
X-TJ.15 - Yilong
Denominação: "barreira da surdez".
Localização: na depressão retroauricular 0,5 cun acima de yifeng (SJ 17).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun.
Indicações: tinitus, zumbidos e hipoacusia.
X-TJ.16 - Houcong
Denominação: "audição posterior".
Localização: na raiz do pavilhão auricular, equidistante de shangergen e houtinggong.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,3 cun.
Indicações: hipoacusia.
X-TJ.17 - Ciqian
Denominação: "antes do reservatório".
Localização: 0,5 cun anterior a fengchi (G 20).
Técnica: punção oblíqua a 0,5-1,0 cun, dirigida a yifeng (SJ 17).
Indicações: tinitus e hipoacusia.
X-TJ.18 - Yimingxia
Denominação: "abaixo da barreira brilhante".
Localização: 0,5 cun abaixo de yiming (J-TJ.13).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: cefaleias, vertigens, tinitus, zumbidos, hipoacusia, cegueira nocturna e atrofia do nervo
óptico.
X-TJ.19 - Tianting
Denominação: "audição do paraíso".
Localização: 0,5 cun abaixo de eranmian (X-TJ.22).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: tinitus, zumbidos e hipoacusia.
X-TJ.20 - Qianzheng
Denominação: "tracção correcta".
Localização: anterior ao lobo auricular, 0,5 cun anterior e superior a tingmin (X-TJ.11).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun, dirigida anteriormente.
Indicações: inflamação da parótida e paralisia do facial.
X-TJ.21 - Yanchi
Denominação: "rochedo do reservatório".
Localização: na delimitação do couro cabeludo, no ponto mais elevado da mastóide.
Técnica: punção oblíqua a 0,5-0,7 cun, dirigida posteriormente.
Indicações: hipertensão arterial e vertigens.
X-TJ.22 - Anmian (yianmian, eranmian)
Denominação: "sono pacífico (primeiro e segundo)".
Localização: grupo de dois pontos equidistantes de yifeng (SJ 17) e yiming (D-TJ.13), e de fengchi (G
20) e yiming e denominados, respectivamente, yianmian e eranmian.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun.
Indicações: hipertensão arterial, hemicrania, insónias, tinitus, palpitações e vertigens.
X-TJ.23 - Xingfen
Denominação: "excitação".
Localização: 0,5 cun directamente acima de eranmian.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun.
Indicações: bradicardia, idiotia e hipersonolência secundárias.
X-TJ.24 - Ronghou
Denominação: "atrás da contenção".
Localização: posterior a tianrong (SI 17) e 1,5 cun abaixo de yifeng (SJ 17).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun.
Indicações: odontalgias, cefaleias e hipoacusia.
X-TJ.25 - Qiangyin
Denominação: "som forte".
Localização: 2 cun lateral ao pomo de Adão, póstero-superior a renying (S 9).
Técnica: punção oblíqua a 0,5 cun, dirigida à base da língua; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: afasia devida a problemas das cordas vocais.
X-TJ.26 - Zengyin
Denominação: "som aumentado".
Localização: equidistante do pomo de Adão e do ângulo mandibular.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun, dirigida à laringofaringe; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: afasia devida a problemas das cordas vocais.
X-TJ.27 - Xiafutu
Denominação: "abaixo da lebre misteriosa".
Localização: 0,5 cun directamente abaixo de futu (S 32).
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,2-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: bócio normotiroideu, trémulo e paralisia do membro superior.
X-TJ.28 - Jingzhong
Denominação: "meio do pescoço".
Localização: no rebordo posterior do esternocleidomastoideu, 2 cun abaixo de eranmian.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: torcicolite, rigidez da nuca e hemiplegia.
X-TJ.29 - Jianei
Denominação: "dentro da face".
Localização: na mucosa bucal, ao nível do primeiro molar.
Técnica: sangria ou punção horizontal ascendente a 0,3-0,5 cun, dirigida à orelha.
Indicações: paralisia do facial e hipoacusia.
X-TJ.30 - Sizhong
Denominação: "quatro no meio".
Localização: conjunto de quatro pontos a 2 cun de baihui (Du 20), anterior, posterior e lateralmente.
Técnica: punção horizontal a 0,5-1,0 cun.
Indicações: hidrocefalia (resultados duvidosos).
X-TJ.31 - Tounie
Denominação: "templo da cabeça".
Localização: 1 cun posterior a taiyang (D-TJ.9).
Técnica: punção oblíqua a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: amnésia e perda progressiva da memória.
X-TJ.32 - Dingshen
Denominação: "espírito fixo".
Localização: na junção do terço inferior com o terço médio da goteira nasolabial, cerca de 0,4 cun abaixo
do nariz.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas mentais, epilepsia, convulsões e dismenorreia.
X-TJ.33 - Guancai
Denominação: "portão luxuriante".
Localização: 0,2 cun anterior a jiaosun (SJ 20).
Técnica: moxibustão indirecta ou directa.
Indicações: inflamação da parótida.
X-TJ.34 - Xinzanzhu
Denominação: "novo bambu enrugado".
Localização: 0,5 cun acima e lateralmente a shangjingming (X-TJ.1).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun.
Indicações: nevralgia supraorbitária e rinite.
X-TJ.35 - Tongming
Denominação: "brilho da pupila".
Localização: 0,5 cun directamente abaixo de tongziliao (G 1).
Técnica: punção oblíqua a 0,5-0,7 cun.
Indicações: ametropia.
X-TJ.36 - Tingxiang
Denominação: "audição do som".
Localização: 0,1 cun directamente acima de ermen (SJ 21).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: hipoacusia.
X-TJ.37 - Shanglong
Denominação: "surdez de cima".
Localização: equidistante de ermen (SJ 21) e tinggong (SI 19).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun, com a boca entreaberta; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: mutismo e surdez.
X-TJ.38 - Tinglongqian
Denominação: "entre a audição e a surdez".
Localização: equidistante de tingxue (X-TJ.8) e tinggong (SI 19).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun, com a boca entreaberta; pode ser aplicada moxibustão.
Indicações: hipoacusia e surdez.
X-TJ.39 - Yaming
Denominação: "chamada muda".
Localização: 1 cun anterior a fengchi (G 20).
Técnica: punção oblíqua a 0,5-1,0 cun, dirigida à ponta do nariz; pode aplicar-se moxibustão
Indicações: inflamação laríngea, hipoacusia e surdez.
X-TJ.40 - Chixia
Denominação: "abaixo do reservatório".
Localização: 0,5 cun directamente abaixo de fengchi (G 20).
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: cefaleias occipitais, vertigens, problemas da visão e retinite pigmentosa.
X-TJ.41 - Tongerdao
Denominação: "através do canal auditivo".
Localização: 1 cun directamente abaixo de yiming (D-TJ.13).
Técnica: punção oblíqua a 0,5-1,0 cun, em direcção ao tímpano; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: tinitus, hipoacusia, surdez e mudez.
X-TJ.42 - Waierdaokou
Denominação: "abertura do canal auditivo".
Localização: no meio do contorno superior do orifício do canal auditivo externo.
Técnica: punção perpendicular a 0,1-0,3 cun.
Indicações: tinitus, hipoacusia e surdez.
X-TJ.43 - Qiying
Denominação: "inchaço de energia vital".
Localização: 0,2 cun anterior e superior a shuitu (S 10).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,7 cun.
Indicações: bócio normo ou hipertiroideu.
X-TJ.44 - Shangtianzhu
Denominação: "acima do pilar do paraíso".
Localização: na região posterior do pescoço, 0,5 cun acima de tianzhu (B 10).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun.
Indicações: hipertiroidismo, cefaleias e tonturas.
X-TJ.45 - Xiayamen
Denominação: "abaixo da porta da mudez".
Localização: 1 cun directamente abaixo de yamen (Du 15).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun.
Indicações: cefaleias occipitais, convulsões, problemas mentais e sequelas de acidente vascular cerebral.
X-TJ.46 - Fuyamen
Denominação: "porta secundária da mudez".
Localização: 1 cun abaixo e 0,5 cun lateral a yamen (Du 15).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun.
Indicações: cefaleias occipitais, convulsões, problemas mentais e sequelas de acidente vascular cerebral.
X-TJ.47 - Xinyi
Denominação: "um novo".
Localização: entre as apófises espinhosas da quinta e da sexta vértebras cervicais.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas mentais e convulsões.
X-TJ.48 - Xiaxinshi
Denominação: "novo reconhecimento inferior".
Localização: 0,5 cun abaixo de xinshi (J-TJ.29).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas hipofisários e cefaleias occipitais.
X-TJ.49 - Zhongjie
Denominação: "conexão intermédia".
Localização: 0,5 cun directamente acima de fengfu (Du 16).
Técnica: punção oblíqua lateral a 0,3-0,5 cun.
Indicações: cefaleias, obnubilação, epistaxis e problemas mentais.
X-TJ.50 - Dijia
Denominação: "bócio endémico".
Localização: 0,5 cun acima e lateralmente a dazhui (Du 14).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: bócio endémico.
X-TJ.51 - Zhinao
Denominação: "cérebro curado".
Localização: grupo de cinco pontos equidistantes e localizados no ponto médio de uma linha imaginária
entre a base das apófises espinhosas da segunda à sétima vértebras cervicais.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: sequelas de doenças cerebrais.
X-TJ.52 - Huxi
Denominação: "respiração".
Localização: 0,5 cun abaixo do ponto de cruzamento da veia jugular com o rebordo posterior do músculo
esternocleidomastoideu.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dispneia, apneia, paralisia dos músculos respiratórios e espasmo diafragmático.
X-TJ.53 - Zhiou
Denominação: "paragem do vómito".
Localização: equidistante de lianquan (Ren 23) e tiantu (Ren 22).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun, dirigida a tiantu; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: vómitos e excesso de expectoração.
Região Tóraco-Abdominal
Figura 11.13
PONTOS CONTEMPORÂNEOS − REGIÃO TÓRACO-ABDOMINAL
X-XF.1 - Shuishang
Denominação: "acima da água".
Localização: 0,5 cun acima de shuifen (Ren 9).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dor e distensão abdominal, diarreia e hiperacidez gástrica.
X-XF.2 - Weile
Denominação: "felicidade gástrica".
Localização: 0,2 cun acima e 4 cun lateral a shuifen (Ren 9).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: epigastralgias e ptose gástrica.
X-XF.3 - Zhixie
Denominação: "paragem da diarreia".
Localização: 2,5 cun directamente abaixo do umbigo.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: enurese, retenção urinária e diarreia.
X-XF.4 - Titouxue
Denominação: "orifício de sustentação e elevação".
Localização: 4 cun lateral a guanyuan (Ren 4).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dor hipogástrica e e prolapso uterino.
X-XF.5 - Chongjian
Denominação: "entre aguaceiros".
Localização: 3 cun lateral a qugu (Ren 2).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia das pernas e prolapso uterino.
X-XF.6 - Shuxi
Denominação: "caminho do rato".
Localização: 3 cun inferior e 1 cun lateral a titouxue (X-XF.4).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: fraqueza dos músculos adutores da coxa.
X-XF.7 - Xiongdaji
Denominação: "grande peitoral".
Localização: 1,5 cun lateral ao mamilo.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: atrofia do músculo grande peitoral.
X-XF.8 - Ganshi
Denominação: "domicílio do fígado".
Localização: no sexto espaço intercostal, directamente abaixo do mamilo.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dor no hipocôndrio.
X-XF.9 - Chuangxinmen
Denominação: "porta recém-criada".
Localização: 4 cun lateral e 3 cun acima do umbigo, tangencialmente ao rebordo inferior da grade costal.
Técnica: punção oblíqua a 0,2-0,4 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas hepáticos ou esplénicos, meteorismo e parasitoses intestinais.
X-XF.10 - Tiwei
Denominação: "elevador do estômago".
Localização: 4 cun lateral a zhongwan (Ren 12).
Técnica: punção oblíqua a 1,5-2,0 cun dirigida a tianshu (S 25); pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dispepsia e ptose gástrica.
X-XF.11 - Tongbian
Denominação: "borborigmos".
Localização: 3 cun lateral ao umbigo.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: obstipação e sub-oclusão intestinal.
X-XF.12 - Xinqixue
Denominação: "orifício da nova energia vital - qi".
Localização: 0,5 cun acima e 1,5 cun lateral a qihai (Ren 6).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: infertilidade feminina e problemas inflamatórios dos orgãos da cavidade pélvica.
X-XF.13 - Xiazhongji
Denominação: "abaixo do cume intermédio".
Localização: 0,5 cun abaixo de zhongji (Ren 3).
Técnica: punção oblíqua a 1,0-1,2 cun dirigida ao púbis; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: incontinência urinária por acidente vascular cerebral.
X-XF.14 - Yeniao
Denominação: "urina nocturna".
Localização: 1 cun lateral a xiazhongji.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun.
Indicações: enurese e incontinência urinária.
X-XF.15 - Zigongjing
Denominação: "colo uterino".
Localização: grupo de dois pontos localizados nas extremidades do diâmetro transversal do orifício do
colo uterino, ou seja, "às três e às nove horas".
Técnica: punção perpendicular a 0,3 cun.
Indicações: cervicite crónica.
Contra-Indicações: punção profunda, retenção e manipulação da agulha filiforme.
X-XF.16 - Tigangjixue
Denominação: "elevador do orifício anal".
Localização: na comissura vaginal posterior, 0,5 cun anterior e lateral a huiyin (Ren 1).
Técnica: punção perpendicular do músculo elevador do ânus, a 1,0-1,5 cun.
Indicações: prolapso uterino.
X-XF.17 - Yinbian
Denominação: "lateral aos orgãos genitais".
Localização: no rebordo inferior da sínfise púbica, 0,5 cun lateral a longmen (J-XF.24).
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,3-0,5 cun.
Indicações: problemas funcionais da bexiga, devidos a acidente vascular cerebral.
X-XF.18 - Weishangxue
Denominação: "acima do orifício do estômago".
Localização: 3 cun lateral a xiawan (Ren 10).
Técnica: punção horizontal a 1,0-1,5 cun, dirigida ao umbigo; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: distensão abdominal e ptose gástrica.
Região Dorso-Lombar
Figura 11.14
PONTOS CONTEMPORÂNEOS − REGIÃO DORSO-LOMBAR
X-BY.1 - Liujingzhuipang
Denominação: "lateral à sexta vértebra cervical".
Localização: 0,5 cun lateral à apófise espinhosa da sexta vértebra cervical.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: rinite e parosmia.
X-BY.2 - Xueyadian
Denominação: "ponto da pressão sanguínea".
Localização: 2 cun lateral à apófise espinhosa da sexta vértebra cervical.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: hipertensão arterial e crise hipotensiva.
X-BY.3 - Qijingzhuipang
Denominação: "lateral à sétima vértebra cervical".
Localização: 0,5 cun lateral à apófise espinhosa da sétima vértebra cervical.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: processos inflamatórios da orofaringe.
X-BY.4 - Dingchuan
Denominação: "término da chiadeira".
Localização: 0,5 cun ou 1 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da sétima vértebra cervical,
respectivamente em crianças e adultos.
Técnica: punção ligeiramente oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: tosse, dispneia e torcicolite.
X-BY.5 - Waidingchuan
Denominação: "exterior ao término da chiadeira".
Localização: 1,5 cun lateral a dazhui (Du 14).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun, dirigida à coluna; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: tosse e dispneia.
X-BY.6 - Jiehexue
Denominação: "orifício da tuberculose".
Localização: 3,5 cun lateral a dazhui (Du 14).
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,4 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: tuberculose, tosse, dispneia e outros problemas pulmonares.
X-BY.7 - Weirexue
Denominação: "orifício do calor do estômago".
Localização: 0,5 cun lateral à apófise espinhosa da quarta vértebra dorsal. É um dos huatuo jiaji xue (J-
BY.35).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun, dirigida à coluna; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: epigastralgias e vómitos.
X-BY.8 - Ganrexue
Denominação: "orifício do calor do fígado".
Localização: 0,5 cun lateral à apófise espinhosa da quinta vértebra dorsal. É um huatuojiaji.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun, dirigida à coluna; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dispneia, nevralgia intercostal e problemas hepatobiliares.
X-BY.9 - Jiantongdian
Denominação: "ponto da dor no ombro".
Localização: no ponto médio do rebordo lateral da omoplata.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos da região articular do ombro.
X-BY.10 - Pirexue
Denominação: "orifício do calor do baço".
Localização: 0,5 cun lateral à apófise espinhosa da sexta vértebra dorsal. É um huatuojiaji.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun, dirigida à coluna; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas hepatobiliares, esplénicos e pancreáticos.
X-BY.11 - Shenrexue
Denominação: "orifício do calor do rim".
Localização: 0,5 cun lateral à apófise espinhosa da sétima vértebra dorsal. É um huatuojiaji.
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun, dirigida à coluna; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: disúria, polaquiúria e outros problemas nefro-urológicos.
X-BY.13 - Kuiyangxue
Denominação: "orifício da úlcera".
Localização: 1,5 cun lateral a weicang (B 50).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: úlcera péptica e dispepsia.
X-BY.14 - Weishu
Denominação: "conforto do estômago".
Localização: 4,5 cun lateral à apófise espinhosa da segunda vértebra lombar.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: epigastralgias, úlcera péptica e dispepsia.
X-BY.15 - Shenji
Denominação: "coluna do rim".
Localização: 0,5 cun lateral à apófise espinhosa da segunda vértebra lombar.
Técnica: punção perpendicular a 0,8-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: espondilite, inflamação dos ligamentos vertebrais e paralisia do membro inferior.
X-BY.16 - Tiaoyue
Denominação: "salto".
Localização: 2 cun posterior e inferior ao ponto mais elevado da espinha ilíaca.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: sequelas de paralisia infantil.
X-BY.17 - Zuogu
Denominação: "ísquion".
Localização: 1 cun abaixo do ponto médio entre o grande trocanter e a ponta do cóccix.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: ciatalgia e paralisia do membro inferior.
X-BY.18 - Pangqiang
Denominação: "ao lado do suporte".
Localização: 1,5 cun lateral a changqiang (Du 1).
Técnica: punção oblíqua ascendente a 1,5-2,0 cun.
Indicações: prolapso rectal e uterino.
X-BY.19 - Juguxia
Denominação: "abaixo do grande osso".
Localização: 2 cun abaixo de jugu (LI 16).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas musculo-esqueléticos da região articular do ombro.
X-BY.20 - Feirexue
Denominação: "orifício do calor do pulmão".
Localização: 0,5 cun lateral à apófise espinhosa da terceira vértebra dorsal. É um dos huatuo jiaji xue (J-
BY.35).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun, dirigida à coluna; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dorsalgias, dispneia e outros problemas respiratórios.
X-BY.22 - Zhongjiaoshu
Denominação: "sulco do aquecedor intermédio".
Localização: 2 cun lateral à apófise espinhosa da décima segunda vértebra dorsal.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: parasitoses intestinais.
X-BY.23 - Shenxin
Denominação: "novo rim".
Localização: 0,5 cun lateral a shenshu (B 23).
Técnica: punção oblíqua a 0,7-1,0 cun, dirigida à coluna; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: febre reumática.
X-BY.24 - Zhantan
Denominação: "combate à paralisia".
Localização: 2,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da segunda vértebra lombar.
Técnica: punção oblíqua a 1,5-2,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paraplegia.
X-BY.25 - Xishang
Denominação: "acima do córrego".
Localização: 0,5 cun lateral ao rebordo inferior da apófise espinhosa da quarta vértebra lombar. É um dos
huatuo jiaji xue (J-BY.35).
Técnica: punção perpendicular a 1,2-2,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dor no membro inferior e problemas musculo-esqueléticos da região lombar.
X-BY.26 - Zhigao
Denominação: "no mais alto".
Localização: grupo de pontos que variam de acordo com a localização das raízes nervosas que se
pretendem estimular. Estão localizados duas vértebras acima dos locais atingidos, no ponto médio dos
corpos vertebrais.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paraplegia.
X-BY.27 - Gaoweishu
Denominação: "sulco do mais alto".
Localização: 1,5 cun lateral a qualquer um dos zhigao.
Técnica: punção oblíqua a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paraplegia.
X-BY.28 - Diwei
Denominação: "posição baixa".
Localização: grupo de pontos que variam de acordo com a localização das raízes nervosas que se
pretendem estimular. Estão localizados duas vértebras abaixo dos locais atingidos, no ponto médio dos
corpos vertebrais.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paraplegia.
X-BY.29 - Diweishu
Denominação: "sulco da posição baixa".
Localização: 1,5 cun lateral a qualquer um dos diwei.
Técnica: punção oblíqua a 0,5-0,8 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paraplegia.
X-BY.30 - Juejin
Denominação: "escavação anterior".
Localização: grupo de quatro pares de pontos dispostos simetricamente ao longo da coluna lombar, 2 cun
lateralmente e 1 cun abaixo do rebordo inferior das apófises espinhosas, respectivamente da primeira,
segunda, terceira e quarta vértebras.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,2 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paraplegia.
X-BY.31 - Maigen
Denominação: "raiz dos vasos".
Localização: 3 cun lateral e 0,5 cun abaixo do segundo foramen sagrado.
Técnica: punção perpendicular a 1,5-2,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: na síndrome constituída por fadiga fácil, cãibras nas pernas, parestesias nos pés e dor limitada
a um dos artelhos, a qual é geralmente devida a doença vascular oclusiva crónica das veias e artérias
periféricas das extremidades inferiores (doença de Buerger).
X-BY.32 - Dayan
Denominação: "golpe no olho".
Localização: 2,5 cun lateral e 0,5 cun abaixo de yaoshu (Du 2).
Técnica: punção perpendicular a 1,5-2,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: incontinência de urina e fezes devida a paraplegia por acidente vascular cerebral.
X-BY.33 - Libian
Denominação: "regulador das excreções".
Localização: 1 cun lateral ao vértice coccígeo.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: incontinência de urina e fezes devida a paraplegia por acidente vascular cerebral.
X-BY.34 - Bikong
Denominação: "buraco fechado".
Localização: 2 cun lateral ao vértice coccígeo.
Técnica: punção perpendicular a 1,5-2,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: ciatalgia e paralisia dos membros inferiores.
X-BY.35 - Weigupang
Denominação: "lateral ao cóccix".
Localização: 0,5 cun posterior a huiyin (Ren 1).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: incontinência de urina e fezes devida a paraplegia por acidente vascular cerebral.
X-BY.36 - Qiaohoushangji
Denominação: "espinha ilíaca póstero-superior".
Localização: na espinha ilíaca póstero-superior.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia dos membros inferiores.
X-BY.37 - Huanyue
Denominação: "cerco".
Localização: no ponto de cruzamento de duas linhas imaginárias, uma traçada entre o grande trocanter e a
apófise espinhosa da quinta vértebra lombar, e outra entre a espinha ilíaca antero-superior e o vértice do
cóccix.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,2 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia dos membros inferiores.
X-BY.38 - Xiajiaoshu
Denominação: "sulco do aquecedor inferior".
Localização: equidistante de changqiang (Du 1) e do orifício anal.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 1,0-1,5 cun.
Indicações: incontinência de fezes e parasitoses intestinais.
X-BY.39 - Gangmensixue
Denominação: "quatro orifícios do ânus".
Localização: grupo de quatro pontos equidistantes 0,5 cun do ânus; o orifício anal ocupa a posição
central e os pontos estão localizados antero-postero-lateralmente.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: incontinência de urina e fezes devida a paraplegia por acidente vascular cerebral.
Membro Superior
Figura 11.15
PONTOS CONTEMPORÂNEOS − MEMBRO SUPERIOR
X-SZ.1 - Yatong
Denominação: "odontalgia".
Localização: na face palmar, entre o terceiro e o quarto dedos, 1 cun acima da articulação
metacarpofalângicas.
Técnica: punção perpendicular a 0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão directa ou indirecta.
Indicações: odontalgia.
X-SZ.2 - Nuemen
Denominação: "porta da malária".
Localização: na face dorsal, entre o terceiro e o quarto dedos, na junção das epidermes branca e vermelha.
Técnica: punção oblíqua a 0,5-0,8 cun.
Indicações: problemas oculares e acessos febris originados pela malária.
X-SZ.3 - Luolingwu
Denominação: "metade do torcicolo".
Localização: na face dorsal da mão, 0,5 cun acima de luozhen (J-SZ.24).
Técnica: punção oblíqua a 0,5-0,8 cun.
Indicações: hipertensão arterial, epigastralgias e torcicolite.
X-SZ.4 - Shanghouxi
Denominação: "acima do córrego posterior".
Localização: na face dorsal da mão, equidistante de houxi (SI 3) e wangu (SI 4).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: hipoacusia, tinitus e parestesias dos dedos.
X-SZ.5 - Xishang
Denominação: "acima da fenda".
Localização: no antebraço, 3 cun acima de ximen (P 4).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: palpitações e problemas musculares locais.
X-SZ.6 - Luoshang
Denominação: "acima da conexão".
Localização: no antebraço, 3 cun acima de waiguan (SJ 5).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: hipoacusia e paralisia do membro superior.
X-SZ.7 - Yingxia
Denominação: "abaixo do olecrâneo".
Localização: entre o cúbito e o rádio, 3 cun abaixo do olecrâneo.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: hipoacusia e paralisia do membro superior.
X-SZ.8 - Niushangxue
Denominação: "orifício do entorse que bloqueia".
Localização: 1,5 cun abaixo de quchi (LI 11).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: bloqueio agudo da coluna lombar.
X-SZ.9 - Gongzhong
Denominação: "meio do úmero".
Localização: no braço, 2,5 cun abaixo de tianquan (P 2).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro superior, ombro congelado, pulso caído e palpitações.
X-SZ.10 - Jubi
Denominação: "elevador do braço".
Localização: na região do ombro, 2 cun abaixo de taijian (X-SZ.11).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: sequelas de paralisia infantil.
X-SZ.11 - Taijian
Denominação: "ombro levantado".
Localização: na região do ombro, 1,5 cun antero-inferior ao acrómio.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: sequelas de paralisia infantil.
X-SZ.12 - Yingshang
Denominação: "acima do olecraneo".
Localização: 4 cun directamente acima do olecraneo.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: palpitações e sequelas de paralisia infantil.
X-SZ.13 - Jianming
Denominação: "ver o brilho".
Localização: 0,5 cun posterior à inserção umeral do deltóide.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas visuais e paralisia do membro superior.
X-SZ.14 - Naoshang
Denominação: "acima da omoplata".
Localização: na proeminência do músculo deltóide.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro superior e problemas musculo-esqueléticos da região escápulo-umeral.
X-SZ.15 - Hubian
Denominação: "ao lado do tigre".
Localização: na face dorsal da mão, equidistante de sanjian (LI 3) e hegu (LI 4).
Técnica: punção oblíqua a 0,5-1,0 cun, dirigida a houxi (SI 3); pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: convulsões, histeria e outros problemas mentais.
X-SZ.16 - Zhizhang
Denominação: "palma do dedo".
Localização: na face palmar, entre as articulações metacarpofalângicas do terceiro e do quarto dedos.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: insónias, perda progressiva da memória e convulsões.
X-SZ.17 - Neihegu
Denominação: "interior ao entroncamento dos vales".
Localização: na face palmar, proximal à cabeça do segundo metacarpiano.
Técnica: punção oblíqua a 0,5-0,7 cun, dirigida a hegu (LI 4); pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: torcicolite.
X-SZ.18 - Tongling
Denominação: "interior ao entroncamento dos vales".
Localização: na face dorsal da mão, entre o terceiro e o quarto metacarpianos, 1 cun posterior ao nó dos
dedos.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: cefaleias, odontalgias e epigastralgias.
X-SZ.19 - Yaotong
Denominação: "lombalgia".
Localização: na face dorsal da mão, entre o terceiro e o quarto metacarpianos.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: lombalgias pós traumáticas.
X-SZ.20 - Sanliwai
Denominação: "fora da terceira milha".
Localização: no antebraço, 1 cun lateral e 2 cun abaixo de quchi (LI 11).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: distensão do cotovelo e paralisia do membro superior.
X-SZ.21 - Xinquchi
Denominação: "novo charco tortuoso".
Localização: no braço, 0,5 cun directamente acima de quchi (LI 11).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: hipertensão arterial.
X-SZ.22 - Shangquchi
Denominação: "acima do charco tortuoso".
Localização: no braço, 1,5 cun directamente acima de quchi (LI 11).
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro superior.
X-SZ.23 - Zhiyang
Denominação: "paragem da comichão".
Localização: no braço, 1 cun directamente acima de zhouliao (LI 12).
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: prurido e reacções urticariformes.
X-SZ.24 - Shenzhou
Denominação: "extensão do cotovelo".
Localização: no aspecto cubital do braço, 1,5 cun acima do olecraneo.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: rigidez da articulação do cotovelo após imobilização prolongada.
X-SZ.25 - Xiaxiabai
Denominação: "aparência vistosa inferior".
Localização: no braço, 3 cun abaixo de xiabai (L 4).
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: palpitações e febre reumática.
X-SZ.26 - Xiaokuai
Denominação: "eliminação do inchaço".
Localização: na extremidade apical da prega axilar anterior.
Técnica: punção oblíqua ascendente a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão indirecta ou directa não
escarificante.
Indicações: tumefacções e tumorações mamarias.
X-SZ.27 - Zhitan
Denominação: "controlo da paralisia".
Localização: na depressão inferior à extremidade acromial da clavícula.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: hemiplegia por acidente vascular cerebral e problemas musculo-esqueléticos da região
articular do ombro.
Membro Inferior
Figura 11.16
PONTOS CONTEMPORÂNEOS − MEMBRO INFERIOR
X-XZ.1 - Zhiping
Denominação: "ao nível do dedo".
Localização: na face dorsal dos artelhos, no ponto médio da prega transversal da articulação
metatarsofalângica.
Técnica: punção oblíqua a 0,1-0,2 cun; pode aplicar-se moxibustão directa ou indirecta.
Indicações: paraplegia e sequelas de paralisia infantil.
X-XZ.2 - Panggu
Denominação: "vale vizinho".
Localização: na face dorsal do pé, 1 cun proximal à prega interdigital entre o terceiro e o quarto artelhos.
Técnica: punção perpendicular a 0,2-0,3 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: sequelas de paralisia infantil.
X-XZ.3 - Genping
Denominação: "ao nível do tornozelo".
Localização: no centro do tendão de Aquiles, a nível das proeminências maleolares.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,4 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: pé caído, como consequência de paralisia infantil.
X-XZ.4 - Naoqing
Denominação: "cérebro desobstruído".
Localização: 1,5 cun acima de jiexi (S 41).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: lassidão, vertigens, amnésia e pé caído, como consequência de paralisia infantil.
X-XZ.5 - Jingxia
Denominação: "abaixo da tíbia".
Localização: 3 cun acima de jiexi (S 41) e 1 cun lateral à crista tibial anterior.
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: pé caído, como consequência de paralisia infantil e paralisia do membro inferior.
X-XZ.6 - Wanli
Denominação: "dez mil milhas".
Localização: 0,5 cun directamente abaixo de zusanli (S 36).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: ametropia, cegueira nocturna e atrofia do nervo óptico.
X-XZ.7 - Liwai
Denominação: "fora da milha".
Localização: 1 cun lateral a zusanli (S 36).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: sequelas de paralisia infantil.
X-XZ.8 - Lishang
Denominação: "acima da milha".
Localização: 1 cun acima de zusanli (S 36).
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: sequelas de paralisia infantil.
X-XZ.9 - Genjin
Denominação: "calcanhar rígido".
Localização: 9 cun directamente abaixo do ponto médio da prega do cavado poplíteo.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: pé caído, como consequência de paralisia infantil.
X-XZ.10 - Jiuwaifan
Denominação: "correcção da rotação externa".
Localização: 0,5 cun directamente abaixo de sanyinjiao (Sp 6).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: pé em rotação externa, como consequência de paralisia infantil.
X-XZ.11 - Jiuneifan
Denominação: "correcção da rotação interna".
Localização: 1 cun lateral a chengshan (B 57).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: pé em rotação interna, como consequência de paralisia infantil.
X-XZ.12 - Chengjian
Denominação: "entre os suportes".
Localização: equidistante de chengshan (B 57) e chengjin (B 56).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: sequelas de paralisia infantil.
X-XZ.13 - Shangxi
Denominação: "enseada de cima".
Localização: 0,5 cun acima de taixi (K 3).
Técnica: punção perpendicular a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: pé em rotação externa.
X-XZ.14 - Ganyandian
Denominação: "ponto da hepatite".
Localização: 2 cun acima do maléolo interno.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas hepáticos, dismenorreia e enurese.
X-XZ.15 - Dijian
Denominação: "força terrena".
Localização: 1 cun abaixo de diji (Sp 8).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: pé em rotação externa.
X-XZ.16 - Zuyicong
Denominação: "audição beneficiada da perna".
Localização: 3 cun abaixo da cabeça do perónio.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: tinitus, zumbidos, hipoacusia e surdez.
X-XZ.17 - Lingxia
Denominação: "abaixo da tumba".
Localização: 2 cun abaixo de yanglingquan (G 34).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: tinitus, zumbidos, hipoacusia e surdez.
X-XZ.18 - Jianxi
Denominação: "reforço do joelho".
Localização: 3 cun acima do ponto médio do rebordo superior da rótula.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro inferior e artrite do joelho.
X-XZ.19 - Siqiang
Denominação: "quatro forças".
Localização: 4 cun acima do ponto médio do rebordo superior da rótula.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro inferior.
X-XZ.20 - Jixia
Denominação: "abaixo do cesto".
Localização: 2 cun abaixo de jimen (Sp 11).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro inferior e fraqueza dos músculos adutores da perna.
X-XZ.21 - Xinfutu
Denominação: "nova lebre misteriosa".
Localização: 0,3 cun lateral a futu (S 32).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro inferior e artrite do joelho.
X-XZ.22 - Maibu
Denominação: "passo largo".
Localização: no músculo recto femural, 3 cun directamente acima de futu (S 32).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: hemiplegia e sequelas de paralisia infantil.
X-XZ.24 - Jiaoling
Denominação: "inspiração reforçada".
Localização: 3 cun directamente abaixo de wuli (Liv 10).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: hemiplegia e sequelas de paralisia infantil.
X-XZ.25 - Weishang
Denominação: "acima do comando".
Localização: 3 cun directamente acima de weizhong (B 40).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dor na perna e sequelas de paralisia infantil.
X-XZ.26 - Zhili
Denominação: "erecto".
Localização: 4 cun acima e 0,5 cun lateral a weizhong (B 40).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: sequelas de paralisia infantil.
X-XZ.27 - Waizhili
Denominação: "erecto externo".
Localização: 4 cun acima e 1,5 cun lateral a weizhong (B 40).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: sequelas de paralisia infantil.
X-XZ.28 - Yinshang
Denominação: "acima da abundância".
Localização: 2 cun acima de yinmen (B 37).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: cefaleias, lombalgias e ciatalgia.
X-XZ.29 - Yinkang
Denominação: "excesso de yin".
Localização: 1,5 cun lateral a chengfu (B 36).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: sequelas de paralisia infantil e ciatalgia.
X-XZ.30 - Houxuehai
Denominação: "mar de sangue posterior".
Localização: 1,5 cun posterior a xuehai (Sp 10).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: andar de tesoura, devido a paralisia cerebral.
X-XZ.31 - Jiejian
Denominação: "tesoura aberta".
Localização: 4 cun acima de houxuehai (X-XZ.30).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: andar de tesoura, devido a paralisia cerebral.
X-XZ.32 - Houyangguan
Denominação: "portão posterior do yang".
Localização: 1 cun posterior a xiyangguan (G 33).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: problemas mentais, gonalgias e paralisia do membro inferior.
X-XZ.33 - Shangyangguan
Denominação: "portão superior do yang".
Localização: 1 cun acima de xiyangguan (G 33).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro inferior e problemas musculo-esqueléticos da região articular do joelho.
X-XZ.34 - Shangfengshi
Denominação: "mercado superior do vento".
Localização: 2 cun acima de fengshi (G 31).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: ciatalgia, hemiplegia e sequelas de paralisia infantil.
X-XZ.35 - Qianjin
Denominação: "avanço".
Localização: 2,5 cun acima de fengshi (G 31).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paraplegia, hemiplegia e sequelas de paralisia infantil.
X-XZ.36 - Zhiwen
Denominação: "prega do dedo".
Localização: na face plantar, no ponto médio da prega transversal da articulação metatarsofalângica do
grande artelho.
Técnica: sangria ou punção perpendicular a 0,1-0,2 cun.
Indicações: correcção de posições defeituosas do grande artelho, como flexão ou torção.
X-XZ.37 - Sili
Denominação: "quatro milhas".
Localização: 1,5 cun abaixo de zusanli (S 36) e 2 cun lateral à crista tibial anterior.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: sequelas de paralisia infantil, hemiplegia e paraplegia.
X-XZ.39 - Tanfu
Denominação: "convalescença da paralisia".
Localização: 2,5 cun acima do ângulo supero-externo da rótula.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro inferior.
X-XZ.40 - Tanli
Denominação: "erecto por paralisia".
Localização: 4 cun acima do ângulo supero-externo da rótula.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,2 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro inferior.
X-XZ.41 - Tankang
Denominação: "saúde da paralisia".
Localização: 6 cun acima do ângulo supero-externo da rótula.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro inferior.
X-XZ.42 - Qiabinzhong
Denominação: "entre o íleo e o joelho".
Localização: 3 cun acima e 1 cun lateral a futu (S 32).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro inferior, artrite do joelho e lombalgias.
X-XZ.43 - Xiachengshan
Denominação: "suporte inferior da montanha".
Localização: 0,5 cun directamente abaixo de chengshan (B 57).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: pé de atleta.
X-XZ.44 - Weixia
Denominação: "abaixo do comando".
Localização: 4 cun abaixo e 1,5 cun lateral a weizhong (B 40).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: atrofia do músculo gémeos e sequelas de paralisia infantil.
X-XZ.45 - Yinxia
Denominação: "abaixo da abundância".
Localização: equidistante de chengfu (B 36) e weizhong (B 40).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: lombalgias, ciatalgia e paralisia do membro inferior.
X-XZ.46 - Yangkang
Denominação: "excesso de yang".
Localização: 1,5 cun lateral a chengfu (B 36).
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: ciatalgia e sequelas de paralisia infantil.
X-XZ.47 - Xinhuantiao
Denominação: "novo salto circundante".
Localização: 3 cun lateral ao vértice do cóccix.
Técnica: punção perpendicular a 1,5-2,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: ciatalgia e paralisia do membro inferior.
X-XZ.48 - Chuqixue
Denominação: "orifício de saída da energia vital - qi".
Localização: 0,5 cun posterior a rangu (K 2).
Técnica: punção oblíqua a 0,3-0,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: dor e distensão gastrintestinal.
X-XZ.49 - Yiniao
Denominação: "incontinência".
Localização: 1 cun directamente acima de sanyinjiao (Sp 6).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-0,7 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: incontinência de esfíncteres.
X-XZ.51 - Lijiminggandian
Denominação: "ponto sensível da disenteria".
Localização: é um ahshixue entre yinlingquan (Sp 9) e o maléolo interno.
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: sequelas de paralisia infantil e diarreia.
X-XZ.52 - Shangququan
Denominação: "fonte arqueada superior".
Localização: na face interna da coxa, 3 cun acima da extremidade interna da prega do cavado poplíteo.
Técnica: punção perpendicular a 1,5-2,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: as mesmas que maigen (X-BY.31) - doença de Buerger.
X-XZ.53 - Xinsheng
Denominação: "vida nova".
Localização: 3 cun acima de shangququan (X-XZ.52).
Técnica: punção perpendicular a 1,5-2,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: doença de Buerger - as mesmas que maigen (X-BY.31) e shangququan.
X-XZ.54 - Shangxuehai
Denominação: "oceano de sangue superior".
Localização: 3 cun acima de xuehai (Sp 10).
Técnica: punção perpendicular a 0,5-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paralisia do membro inferior e dificuldade em efectuar a elevação da coxa.
X-XZ.55 - Jiankua
Denominação: "coxa fortalecida".
Localização: abaixo da crista ilíaca e 1,5 cun directamente acima do grande trocanter.
Técnica: punção perpendicular a 1,0-1,5 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paraplegia e hemiplegia.
X-XZ.56 - Kuanjiu
Denominação: "acetábulo".
Localização: 0,5 cun directamente acima do grande trocanter.
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: flacidez da região articular coxofemural, como consequência de paralisia infantil.
X-XZ.57 - Qiangkua
Denominação: "coxa reforçada".
Localização: no rebordo femural posterior, 2 cun directamente abaixo do grande trocanter.
Técnica: punção perpendicular a 1,5-2,0 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: paraplegia.
X-XZ.58 - Waiyinlian
Denominação: "modéstia exterior do yin".
Localização: no ligamento inguinal, 1 cun lateral ao ponto de percepção do pulso femural.
Técnica: punção ligeiramente oblíqua a 0,5-0,7 cun, dirigida externamente.
Indicações: dor e paralisia do membro inferior, nevralgia do femural e lombalgias.
Contra-Indicações: punção profunda, perpendicular ou oblíqua interna, pelo perigo de perfuração da
artéria femural.
X-XZ.59 - Erliban
Denominação: "duas milhas e meia".
Localização: 0,5 cun directamente acima de zusanli (S 36).
Técnica: punção perpendicular a 0,7-1,2 cun; pode aplicar-se moxibustão.
Indicações: vómitos, diarreia, dor e distensão abdominal, devidas a gastrenterite aguda.
CAPÍTULO XII – TÉCNICAS DE PUNÇÃO E ESTIMULAÇÃO.
POSICIONAMENTO DO DOENTE.
As agulhas mais utilizadas em acupunctura são em aço inoxidável e filiformes. O aço, pela sua
resistência, maleabilidade, durabilidade e, sobretudo, pelo seu preço, substituiu o ouro e a prata na
confecção das agulhas clássicas. Porém, ainda hoje algumas patologias, como por exemplo a escrófula,
são tratadas com agulhas fabricadas com aqueles metais nobres.
Estruturalmente a agulha filiforme é constituída por cinco partes: a cauda, o cabo, a raiz, o corpo e a
ponta − Figura 12.1.
FIGURA 12.1
ESTRUTURA DA AGULHA FILIFORME DE ACUPUNCTURA
Embora possam ter comprimentos e diâmetros variáveis (Quadro 12.1), as boas agulhas devem ser em
material imperecível, resistente e flexível, o seu corpo deve ser liso e a ponta filiforme e fina, sem estrias
ou angulações. As agulhas não descartáveis devem ainda ser inspeccionadas com regularidade,
eliminando-se aquelas que apresentarem fendas, angulações ou pontas demasiado rombas.
Em moxibustão e electro-acupunctura, o material das agulhas a utilizar também deve ser bom condutor do
calor e da electricidade.
Para que seja possível evitar-se qualquer tipo de infecções secundárias, só devem ser utilizadas agulhas
devidamente esterilizadas, descartáveis ou não. As agulhas não descartáveis devem ser esterilizadas
depois de cada utilização, bem como todo o material acessório, nomeadamente tubos guia e recipientes de
acondicionamento. A esterilização em água em ebulição (durante uma hora), em autoclave a 150 graus
centígrados (durante vinte minutos), ou em óxido de etileno, são suficientes para se garantir a sua
assepsia.
Métodos de Punção
A punção pode ser efectuada com ou sem o auxílio de um "tubo guia". Como a agulha filiforme é
geralmente muito fina e flexível, a sua introdução sem tubo guia requer uma certa perícia e rapidez, as
quais só se adquirem através de treino contínuo e persistente.
De modo a minimizar-se a dor eventual do doente, originada pela punção, a força posta nos dedos do
técnico acupunctor, ou do médico acupuncturista, e a velocidade de inserção da agulha, são aspectos que
devem ser completamente dominados antes da realização de qualquer tipo de sessões terapêuticas.
O treino inicial pode consistir na inserção de agulhas de calibre sucessivamente maior, num pequeno
novelo de algodão comprimido ou num conjunto de folhas de papel justapostas, aumentando-se
progressivamente a sua consistência e resistência – Figura 12.2.
FIGURA 12.2
TREINO DE PUNÇÃO COM A AGULHA FILIFORME
A inserção numa superfície de cartão, de uma agulha de calibre trinta e dois, com 2 cun de comprimento,
sem torções do seu corpo, é geralmente um indicador de aptidão para a punção no doente. Contudo, será
boa prática se, antes do primeiro tratamento no doente, qualquer iniciado se autopuncionar, por exemplo
em hegu (LI 4), quchi (LI 11), neiguan (P 6), waiguan (SJ 5) ou zusanli (S 36) e praticar os diferentes
métodos de estimulação possíveis.
C: método do estiramento
D: método combinado
E: método do pregueamento
Método da pressão ungueal. A unha do primeiro dedo da mão auxiliar comprime a zona desejada e a mão
activa introduz a agulha. É utilizado sobretudo com agulhas de 0,5-1,0 cun.
Método simples. Envolvido em algodão esterilizado, o corpo da agulha é segurado entre o primeiro e o
segundo dedos da mão auxiliar e a mão activa introduz a agulha. É muito utilizado com agulhas de 1,5-
2,5 cun.
Método do estiramento. Enquanto que dois dedos da mão auxiliar estiram a pele suprajacente ao ponto
que se quer puncionar, a mão activa introduz rapidamente a agulha. É um método que facilita a inserção
indolor de agulhas com 0,5-2,0 cun;
Método combinado. Enquanto que o primeiro e o terceiro dedos da mão auxiliar estiram a pele, o segundo
dedo comprime a zona adjacente ao ponto e a mão activa introduz rapidamente a agulha. É muito
utilizado com agulhas de 0,5-2,0 cun;
Método do pregueamento. O primeiro e o segundo dedos da mão auxiliar levantam e pregueiam a pele e o
tecido subjacente da zona a puncionar. É o método de eleição para a punção horizontal e para a punção de
zonas com pequena quantidade de tecido subcutâneo, como por exemplo zanzhu (B 2), dicang (S 4) ou
yintang (J-TJ.3);
Método do tubo guia. Enquanto que a mão auxiliar segura o tubo sobre o ponto desejado, exercendo uma
ligeira pressão, o segundo dedo da mão activa martela a cauda da agulha. Naturalmente que o calibre e o
comprimento do tubo guia devem ser adequados às dimensões da agulha;
Método rápido. É idêntico ao método simples, mas enquanto que a mão auxiliar estira a pele da zona a
puncionar, a mão activa segura o corpo da agulha próximo da sua ponta e insere-a no ponto desejado.
Apesar de ser um método clássico, o acupunctor deve ter cuidados especiais de higiene com as suas mãos.
Deve ser reservado para agulhas superiores a 3,0 cun, salvaguardando-se as necessárias condições de
assepsia.
O ângulo de punção depende da localização do ponto e dos objectivos do tratamento, podendo variar
entre zero e noventa graus − Figura 12.4.
FIGURA 12.4
ÂNGULOS DE INSERÇÃO MAIS UTILIZADOS EM ACUPUNCTURA
Em relação ao ângulo entre a agulha e a superfície corporal, são quatro os tipos de punção mais
utilizados:
Punção perpendicular. A agulha forma um ângulo de noventa graus com a superfície cutânea. É a mais
utilizada.
Punção oblíqua. O ângulo de inserção é superior a quarenta e inferior a sessenta graus. Esta angulação é
utilizada sobretudo quando a distância entre o local de punção e os órgãos ou vísceras do corpo é
relativamente reduzida, ou quando o tecido celular subcutâneo é pouco abundante.
Punção oblíqua-horizontalizada. O ângulo de inserção varia entre os quinze e os trinta graus. É o ângulo
ideal para a punção na face e no crânio, ou quando se pretende mobilizar o qi numa determinada direcção.
Punção horizontal. A agulha forma com a área a puncionar um ângulo inferior a quinze graus. Utiliza-se
sobretudo em pontos da face e do crânio, ou quando se pretender estimular simultaneamente dois ou mais
pontos.
A profundidade da punção varia com a localização do ponto e depende do estado físico do doente e da
natureza da doença, bem como do balanço entre a intensidade da sensação referida pelo doente e a
intensidade de estimulação pretendida.
Para a remoção da agulha, deve utilizar-se uma pressão digital ligeira em redor da área puncionada,
evitando-se o contacto do orifício punctiforme com os dedos do acupunctor. Durante a remoção a agulha
deve ser ligeiramente rodada nos dois sentidos e, no final, a superfície cutânea deve ser limpa com um
desinfectante ou um anti-séptico, como por exemplo uma solução de cloreto de benzalcónio (cetavlon,
savlon, etc.).
Após a inserção da agulha deve-se procurar a "chegada de qi", a qual pode ser traduzida pelo doente
como uma sensação ligeira de dor, choque, queimadura, formigueiro, peso, distensão, repuxamento ou,
mais frequentemente, como uma impressão estranha de difícil caracterização. A obtenção desta sensação
é extremamente importante para o sucesso terapêutico e só após a "chegada de qi" se deve efectuar a
manipulação da agulha. Convém portanto não confundir a "chegada de qi" com eventuais sensações
resultantes da manipulação, processos de estimulação estes que são distintos – Figura 12.5.
FIGURA 12.5
MÉTODOS DE ESTIMULAÇÃO PARA SE OBTER A "CHEGADA DE QI"
PRINCIPAIS:
1- método da
ascensão-pressão
2- método da rotação
ALTERNATIVOS:
3A- método da
raspagem do cabo
3B- método da
agitação unidireccional
3C- método pendular
(simples e misto)
3D- método do
piparote
3E- método da
vibração
Método da ascensão-pressão. Após a sua inserção, a agulha deve ser movimentada para cima e para
baixo, com uma amplitude vertical que não deve exceder 0,5 cun. Quanto mais activa for a
movimentação, mais forte será a estimulação, desaconselhando-se contudo quaisquer movimentos
vigorosos. Se com este método não se conseguir a sensação desejada, pode-se recorrer a um dos métodos
alternativos, mormente o método pendular, da agitação unidireccional ou da raspagem.
Método da rotação. Após a punção efectua-se a rotação lenta da agulha, no sentido dos ponteiros do
relógio e inversamente, com ângulos entre cento e oitenta e duzentos e setenta graus. Rotações superiores
a trezentos graus ou num único sentido não são aconselháveis.
método da raspagem do cabo da agulha, com o a unha do segundo ou do terceiro dedo da mão activa, que
permite reforçar a expansão da sensação da "chegada de qi";
método da agitação unidireccional da agulha, com o primeiro e o segundo dedo da mão activa;
método pendular, que pode ser simples ou misto, respectivamente com rotação ou com vibração da
agulha;
método da vibração, idêntico ao método da ascensão-pressão, mas mais rápido e vigoroso, e de menor
amplitude;
método do meridiano, em que se pressiona ligeiramente a pele a montante e a jusante do ponto, mas
sempre no trajecto da sinartéria a que ele pertence. É o método ideal para se obter a "chegada de qi" em
indivíduos pouco reactivos.
Algumas vezes a sensação da "chegada de qi" é espontânea, não sendo necessária qualquer estimulação.
Este facto significa, geralmente, que estamos em presença de um indivíduo hiper-reactivo, com grandes
probabilidades de resposta favorável ao tratamento logo nas primeiras sessões terapêuticas.
A ausência da sensação anterior pode ser devida a: (1) punção fora do local adequado, (2) ângulo e
direcção impróprios, (3) profundidade inadequada da inserção, (4) método de estimulação incorrecto, (5)
obstrução à circulação de qi, devendo neste caso seleccionar-se outro xue, (6) doente muito debilitado ou
idoso, com qing qi xu.
Embora a sensação da "chegada de qi" seja importante, o método e o tipo de manipulação constituem os
pilares fundamentais do sucesso terapêutico.
Após a punção e a obtenção daquela sensação, a agulha é retida por períodos de tempo que variam com o
tipo de patologia, e que podem ser de alguns segundos ou de uma ou duas horas, sendo então manipulada
de acordo com a natureza da doença. Os métodos de manipulação mais utilizados em acupunctoterapia
são:
Método de reforço (bu). A agulha é movimentada para cima e para baixo, com rotações de pequena
amplitude e de baixa frequência, sendo o movimento ascendente suave e lento e o descendente pesado e
vigoroso. É o método de eleição em síndromas xu, em doentes nervosos, debilitados e com baixa
tolerância ao tratamento, sendo muito utilizado na estimulação dos xue mu-anteriores e shu-posteriores;
Método de redução (xie). É o oposto do método anterior. A agulha é movimentada para cima e para baixo
com rotações de elevada frequência e de grande amplitude, o movimento ascendente é rápido e o
descendente é suave e lento. É o método de eleição em síndromas shi, desde que os doentes apresentem
boa constituição física e boa tolerância aos tratamentos. Enquanto que os métodos de reforço e regular são
utilizados essencialmente no controlo dos ben, ou seja da etiologia e das causas precipitantes e
agravantes, o método de redução está indicado sobretudo na atenuação ou eliminação dos sinais e
sintomas agudos que constituem os síndromas shi-excesso;
Método regular. É um método intermédio em relação aos anteriores, com rotações de média amplitude e
movimentos ascendentes e descendentes suaves. É o método de eleição em síndromas xu complicados de
shi;
Método da "querela dragão-tigre". Após a "chegada de qi" a agulha é rodada nove vezes no sentido dos
ponteiros do relógio ("ataque do dragão") e seis vezes no sentido inverso ("defesa do tigre"), efectuando-
se um movimento ascendente-descendente nos intervalos das rotações. É um método de estimulação
intensa, muito utilizado em síndromas shi, sobretudo nos devidos a acumulação excessiva de calidez
(calor-humidade) e é o método de eleição para a atenuação da dor em cólicas renais ou vesiculares. Este
tipo de manipulação implica a estimulação contínua até ao alívio dos sintomas e dá melhores resultados
que a estimulação com electro-acupunctura.
Quanto ao tipo, a manipulação poder ser (1) intermitente ou (2) contínua. Enquanto que na segunda a
manipulação pode ir de alguns minutos a várias horas, sem qualquer interrupção, na primeira efectuam-se
várias manipulações com intervalos que podem variar entre trinta segundos e alguns minutos. A
estimulação intermitente é a mais frequente, sendo utilizada sobretudo para a obtenção de sedação,
analgesia ou de efeito anti-inflamatório. A estimulação contínua, embora seja utilizada algumas vezes
para a obtenção de um efeito analgésico marcado, é o método de eleição em ressuscitação e anestesia.
Embora os estimuladores eléctricos possam ser utilizados para os dois tipos de estimulação, estão mais
indicados para a estimulação contínua.
Posicionamento do Doente e Complicações
A posição do doente é importante para o sucesso terapêutico da acupunctura e deve variar de acordo com
as regiões a puncionar – Figura 12.6.
FIGURA 12.6
POSTURAS IDEAIS DO DOENTE
A- sentado com o tronco em extensão
As posições ideais são seis, devendo facilitar o relaxamento completo do doente e permitir a livre
circulação do terapeuta acupunctor e do médico acupuncturista.
A primeira sessão de um doente que se submeta pela primeira vez a este processo de tratamento, deve ser
efectuada em decúbito e num compartimento com ventilação adequada, de modo a evitar-se a sua queda
inesperada.
Sem se considerar eventuais complicações terapêuticas resultantes de uma prática clínica irresponsável
(conhecimentos insuficientes, inépcia, charlatanismo, etc.), os efeitos colaterais e acidentes mais
frequentes com a acupunctura são:
- Hematoma. Ocorre por vezes, não significando necessariamente inserção descuidada. Enquanto persistir
não se deve efectuar qualquer punção na área atingida;
- Sensação "a posteriori". Traduz-se numa ligeira sensação de desconforto após a remoção da agulha,
sendo devida geralmente a estimulação exagerada. A massagem do local e a aplicação de termoterapia
superficial (moxibustão) permite atenuar o desconforto;
- Agulha retida. Após a punção, pode acontecer que a manipulação da agulha seja difícil ou, quiçá,
impossível. Tal situação pode ser consequência de um espasmo muscular acentuado ou do envolvimento
da agulha por tecido fibroso. A interrupção da manipulação durante alguns minutos, a massagem da área
circundante, a aplicação de calor no local, ou a inserção de outras agulhas a cerca de 1 cun de distância
permitem solucionar o problema;
A origem da moxibustão (termoterapia com lã de moxa), ou jiu em fonética pinyin, remonta à época do
aparecimento do fogo e a sua eficácia tem sido demonstrada ao longo de milhares de anos de prática
clínica. Também a sucção, ou baohuoguan em pinyin, tem uma longa história como um dos métodos
terapêuticos complementares da acupunctura e, de acordo com alguns clássicos da literatura médica
chinesa, já na Dinastia Tang era utilizada no tratamento de determinadas pneumopatias. A sangria venosa,
outra técnica complementar com uma história de pelo menos três mil anos, consiste na punção de
pequenos vasos superficiais do corpo com propósitos terapêuticos.
Técnicas de Moxibustão
Para se tentar compreender o mecanismo de acção da moxibustão, os conceitos fisiológicos não podem
ser dissociados dos metafísicos, nem o modo de racionalização ocidental deve colidir com o do
pensamento oriental tradicional. Também a moderna medicina ocidental não se pode considerar mais
racional que a medicina chinesa, embora a primeira possa ser mais facilmente analisada e interpretada.
Embora as terminologias das duas medicinas sejam distintas, tem sido possível o estabelecimento de
paralelismos e aproximações entre os conceitos fisiológicos da medicina ocidental e a terminologia
essencialmente filosófica da MTC.
Assim, os principais mecanismos de acção da moxibustão, de (a) remoção de obstruções dos jingluo, de
(b) regulação da circulação de sangue, de (c) tonificação ou revitalização do yang, de (d) eliminação de
calidez, ou de (e) activação da circulação de qi e sangue, podem ser interpretados em termos médicos
ocidentais, como (a) estimulação do sistema nervoso central, (b) estimulação da circulação sanguínea, (c)
estimulação das funções corticais, (d) promoção do metabolismo orgânico, ou (e) estimulação
imunológica.
As folhas secas de artemísia, cujo princípio activo é a artemisina, constituem a matéria prima mais
utilizada no fabrico da "lã de moxa". Brotando espontaneamente, a artemísia vulgaris distribui-se por
toda a Europa e Médio Oriente, onde pode ser encontrada em inúmeros terrenos baldios e nas bermas de
estradas. Mais aromática, a artemísia veriotorum encontra-se sobretudo no norte e centro da China.
Outras espécies, como a artemísia abrotanum ou a artemísia cappilaris, podem ser encontradas na Índia,
na costa meridional da China e no Japão. Todas estas variedades podem ser utilizadas em moxibustão.
● se na mesma sessão terapêutica houver necessidade da sua aplicação em várias partes do corpo, a região
posterior do tronco deverá ser tratada primeiro que a região tóraco-abdominal, a cabeça e o tronco
primeiro que os membros e, nestes, a parte final do tratamento deve ser nos inferiores;
● numa sessão terapêutica não se devem aplicar mais que nove cones grandes de moxa;
● em cada sessão terapêutica, o tempo máximo recomendado de moxibustão contínua com cilindro é de
trinta minutos;
● em síndromas yin xu ou yang shi, originados pela a invasão de agentes patogénicos exógenos e
acompanhados de hipertermia, não se deve aplicar moxibustão;
● tianfu (L 3), jingqu (L 8), yingxiang (LI 20), touwei (S 8), renying (S 9), ruzhong (S 17), jingming (B
1), meichong (B 3), wuchu (B 5), chengguang (B 6), sizhukong (SJ 23), yamen, (Du 15), fengfu (Du 16),
suliao (Du 25) e renzhong (Du 26).
Depois de preparada, a lã de moxa pode ser obtida no mercado em três formas de apresentação: (a) bruta
ou desfiada, (b) cones pré-moldados e (c) charutos ou cilindros.
Os cones de moxa podem ser moldados a partir da forma bruta e, apesar de poderem ter diversas
formatações e dimensões, os tamanhos mais utilizados na clínica são: (A) cone pequeno, com 0,5
centímetros de base e 1 centímetro de altura, (B) cone médio, com 1x1,5 centímetros e (C) cone grande,
com 1,5x2 centímetros. O tamanho médio dos charutos de moxa é de 1,5 centímetros de diâmetro por 20
centímetros de comprimento – Figura 13.1.
FIGURA 13.1
CONES E CILINDROS DE MOXA PARA TERMOTERAPIA
A dimensão dos cones depende da área da zona a tratar e do tempo de combustão pretendido, sendo
preferível utilizarem-se os cones pequenos e médios na moxibustão directa e os cones grandes na
moxibustão indirecta. Os charutos mais utilizados são os de combustão moderada.
Os métodos de moxibustão mais utilizados na prática clínica são cinco e dependem do tipo de tratamento
que se pretende aplicar, do local e da área a tratar – Quadro 13.2.
Moxibustão escarificante
FIGURA 13.2
TERMOTERAPIA COM CONES DE ARTEMISIA
MOXIBUSTÃO DIRECTA:
Escarificante – yu banhen
jiufa
Não escarificante – wu
banhen jiufa
MOXIBUSTÃO INDIRECTA
Com gengibre – gejiang
jiufa
Com alho – gesuan jiufa
Em cada sessão terapêutica seleccionam-se 2-3 xue e depois da desinfecção da pele aplicam-se 6-9 cones
pequenos de moxa, até à sua combustão completa. Um ciclo terapêutico é constituído em média por sete
sessões diárias ou em dias alternados. No final de cada sessão faz-se o emplastramento dos respectivos
locais com danshuigao, produto da ervanária chinesa com acção anti-infecciosa e anti-inflamatória. Antes
do término do ciclo terapêutico aparece geralmente uma supuração que não deve ser tratada e que
resolverá espontaneamente cerca de um mês depois, deixando uma pequena cicatriz.
A moxibustão directa não escarificante com cones de moxa, ou wu banhen jiufa, é utilizada sobretudo no
tratamento de asma bronquica, diarreia crónica, dispepsia e síndromas de frio do tipo xu.
Em cada sessão terapêutica seleccionam-se 3-4 xue e depois da limpeza da pele aplicam-se 3-6 cones
médios ou grandes de moxa. A sua combustão não deve ser completa, substituindo-se os cones logo que o
doente referir a mais pequena sensação de queimadura. Um ciclo terapêutico é geralmente constituído por
doze sessões, diárias ou em dias alternados.
Na moxibustão indirecta com cones de moxa pode utilizar-se o gengibre, o alho ou o sal, sendo cada ciclo
terapêutico constituído por uma média de quinze sessões, efectuadas diariamente ou em dias alternados.
Em cada sessão terapêutica aplicam-se em cada xue, 5-6 cones médios ou grandes de moxa, devendo
estes ser substituídos logo que o doente referir calor muito intenso ou uma ligeira sensação de
queimadura.
Na moxibustão com gengibre, ou gejiang jiufa, utilizam-se pequenas rodelas de gengibre com dez ou
vinte milímetros de espessura. Este tipo de termoterapia superficial está indicado sobretudo no tratamento
de artralgias, paralisia de Bell, diarreia crónica, hipertensão arterial e síndromas yang xu.
Na moxibustão com alho, ou gesuan jiufa, utilizam-se pequenas fatias de alho com cerca de dez
milímetros de espessura. Está indicada no tratamento de mordeduras de insectos.
O método da moxibustão indirecta com cones e sal, ou geyan jiufa, é idêntico aos anteriores e está
indicado sobretudo no tratamento de diarreia, vómitos e mastites.
A moxibustão indirecta com cilindros de moxa, ou aijuan jiu, surgiu durante a Dinastia Ming e desde logo
se revelou como sendo o método ideal de moxibustão, pela facilidade na sua aplicação e no controlo da
temperatura desejada.
Em cada sessão terapêutica o seu tempo de aplicação varia geralmente entre quinze e trinta minutos,
sendo cada ciclo terapêutico constituído em média por quinze sessões, efectuadas diariamente ou em dias
alternados.
Existem duas variantes principais deste método de moxibustão indirecta: (a) com cilindro estático, ou
wenhe jiufa e (b) com cilindro móvel, ou gezhuo jiufa. A última variante pode ainda ser subdividida,
segundo o tipo de movimento, em: (A) tipo rotativo, em que se descrevem movimentos circulares, num
diâmetro de um centímetro em redor do ponto e no sentido dos ponteiros do relógio e (B) tipo "pardal
pequinês", com movimentos pendulares sobre o ponto, com amplitudes que variam entre meio e cinco
centímetros – Figura 13.3.
FIGURA 13.3
TERMOTERAPIA COM CHARUTOS DE ARTEMISIA – AIJUAN JIU
MOXIBUSTÃO
INDIRECTA
Charuto
estático –
wenhe jiufa
Charuto móvel
– gezhuo jiufa:
A: tipo
rotativo
B: tipo pardal
pequinês
A aplicação de moxibustão, com cachimbos de bambu para moxa, em orifícios naturais, como por
exemplo no canal auditivo externo, foi descrita pela primeira vez por Sun Simiao, no seu livro de "Qianjin
Yifang", escrito durante a Dinastia Tang.
Com cinco ou seis centímetros de comprimento total e com cerca de seis milímetros de diâmetro na sua
parte central, o cachimbo para moxa apresenta uma das extremidades cortada em "bico de pato", sendo a
outra circular e com um diâmetro médio de quatro milímetros. Enquanto que a última se introduz num
orifício do corpo, na extremidade em bico de pato coloca-se a lã de artemísia incandescente – Figura
13.4.
FIGURA 13.4
TERMOTERAPIA COM CACHIMBO "BICO DE PATO"
Actualmente este tipo de instrumento é utilizado sobretudo no tratamento da paralisia do facial. Dois ou
três ciclos terapêuticos, constituídos em média por vinte sessões, com cerca de trinta minutos cada, são
geralmente suficientes para tratar esta patologia; naturalmente que a acupunctura é o método principal de
tratamento.
FIGURA 13.5
RECIPIENTES METÁLICOS PARA TERMOTERAPIA COM LÃ DE ARTEMISIA
Para a aplicação de moxibustão indirecta em áreas que excedem os diâmetros dos cones e charutos
referidos anteriormente, ou quando se pretende abarcar simultaneamente vários pontos, podem-se utilizar
vasos metálicos idênticos aos da Figura 13.5, disponíveis no mercado, ou pequenas caixas de madeira
semelhantes à exemplificada na Figura 13.6.
FIGURA 13.6
CAIXAS DE MADEIRA PARA TERMOTERAPIA COM LÃ DE ARTEMISIA
Interiormente as caixas de madeira devem possuir uma rede metálica de malha fina, a cerca de três
centímetros de distância da zona que está em contacto com corpo, para evitar a queda de moxa
incandescente, ou das suas cinzas.
Utilizada desde o início da Dinastia Han do Poente, a agulha aquecida com lã de moxa incandescente é o
método de eleição para a aplicação simultânea de acupunctura e moxibustão.
Após a punção, fixa-se um pequeno fragmento de cilindro de artemísia, com cerca de dois centímetros de
comprimento, na cauda do cabo da agulha filiforme. O fragmento de moxa deve ser acesso na sua
extremidade proximal, relativamente ao local de inserção – Figura 13.7.
FIGURA 13.7
AGULHA AQUECIDA COM LÃ DE ARTEMISIA
A sucção, processo simples e prático, tem como princípio terapêutico a congestão sanguínea local e
obtém-se através da aplicação de ventosas de borracha, ou da criação de vácuo num pequeno recipiente
que adere à superfície cutânea que se pretende tratar. As ventosas clássicas eram em bambu, sendo as de
vidro mais recentes – Figura 13.8.
FIGURA 13.8
VENTOSAS E SUCÇÃO COMBINADA COM ACUPUNCTURA
Embora simples e praticamente sem efeitos colaterais, a sucção apresenta algumas contra-indicações:
Outro processo milenar utilizado como complemento da acupunctura é a terapêutica sangrativa. Segundo
os tratados clássicos da MTC, a sangria tem como finalidade restabelecer o equilíbrio yin-yang, regular o
fluxo de qi, promover a sua circulação nos jingluo e atenuar ou eliminar os factores patogénicos
endógenos e exógenos.
Os materiais mais utilizados nas terapêuticas sangrativas são: (A) agulhas lanceoladas, (B) agulhas
filiformes de 1,5 cun e calibre 20-22, (C) escalpelos com calibre 12-14, (D) agulhas estreladas de sete
pontas, (E) garrotes de diferentes tamanhos, (F) ventosas, (G) algodão com álcool e (H) soluto de álcool
iodado a 2% – Figura 13.9.
FIGURA 13.9
MATERIAL PARA TERAPÊUTICA SANGRATIVA
A: agulhas lanceoladas
B: agulhas filiformes
C: escalpelos
D: agulhas de sete pontas
E: algodão
F: ventosas
G: garrotes
Embora em desuso, os métodos clássicos de sangria actualmente mais utilizados são: (a) luoci, ou punção
de pequenas colaterais, (b) zanci, ou punção perpendicular repetida e (c) baowena, ou punção de canais e
colaterais em redor da área afectada.
Após a selecção dos xue, a desinfecção adequada dos locais de punção e a garrotagem, podem utilizar-se
várias técnicas de sangria:
Punção lenta, a cerca de 0,1 cun, corresponde ao método clássico luoci e efectua-se com uma agulha
lanceolada que é retirada de imediato após a punção. Com a desgarrotagem sairá uma pequena quantidade
de sangue vermelho-claro, devendo-se limpar e comprimir o local puncionado com algodão alcoolizado,
logo que o volume de sangue perdido for considerado suficiente. Esta técnica é utilizada sobretudo na
punção de pequenas veias e de pontos como, por exemplo, taiyang (J-TJ.9), weizhong (B 40) ou quze (P
3);
Punção rápida, a cerca de 0,1 cun, efectua-se perpendicularmente com um escalpelo ou uma agulha
lanceolada, a qual é retirada de imediato, comprimindo-se simultaneamente toda a área adjacente. Esta
técnica é utilizada na sangria de shaoshang (L 11), para o catarro orofaríngeo, de shixuan (J-SZ.1), no
tratamento da insolação, ou dos doze xue jing-origem para a recuperação da consciência após acidente
vascular cerebral (fase aguda);
Punção regular, é efectuada obliquamente com uma agulha lanceolada, devendo-se comprimir
simultaneamente toda a área adjacente. É a técnica aconselhada para as sangrias na cabeça, no tórax e em
regiões com massas musculares reduzidas;
Punção circunjacente, é idêntica ao método clássico baowena e é efectuada com uma agulha
lanceolada ou filiforme. Após a selecção e punção de 10-30 pequenas áreas em redor da zona afectada,
aplica-se sucção de modo a provocar a vasodilatação local para aumentar o débito da sangria. Esta técnica
é utilizada sobretudo no tratamento de artralgias e de edemas;
Punção superficial, semelhante ao método clássico zanci, é efectuada com uma agulha estrelada de
sete pontas, sendo a profundidade de inserção de 0,01-0,05 cun. É utilizada quase exclusivamente no
tratamento de problemas cutâneos, mormente da alopécia seborreica.
Para evitar o aparecimento de complicações é fundamental que o doente esteja deitado e completamente
relaxado; antes da realização de cada sangria, o doente deve permanecer em repouso por um período de
tempo não inferior a dez minutos. Se ocorrerem tonturas, o tratamento deve ser imediatamente suspenso;
se houver perda do conhecimento, deve-se estimular renzhong (Du 26) ou recorrer-se à medicina
alopática, efectuando-se as manobras de reanimação necessárias.
A frequência deste tipo de tratamentos depende do tipo de patologia, podendo variar entre sangrias diárias
e sangrias mensais. De um modo geral, um ciclo terapêutico é constituído por 3-7 sessões de terapêutica
sangrativa.
CAPÍTULO XIV – AURICULOTERAPIA
Muitos textos chineses atribuem as origens da acupunctura auricular às mesmas fontes históricas que
conduziram ao desenvolvimento da acupunctura corporal.
Segundo a MTC, o pavilhão auricular é parte integrante do todo orgânico, estando estreitamente
relacionado com os zang-fu e jingluo. Ao contrário dos jingxue, a nomenclatura dos pontos auriculares
está relacionada principalmente com as suas indicações específicas ou com as estruturas anatómicas que
representam. Assim, por exemplo, enquanto que os pontos Hipertensão ou Odontalgia estão indicados no
tratamento das patologias ou problemas específicos, já os pontos Pulmão e Estômago se utilizam no
tratamento de disfunções dos respectivos zang-fu.
Neste capítulo descrevem-se cerca de duas centenas de pontos, áreas e segmentos auriculares, muitos
deles de fácil localização e memorização se for considerada a relação que existe entre as estruturas
auriculares e a anatomia fetal de "feto invertido". Contudo, a representação somatológica clássica do feto
invertido não corresponde totalmente à que parece de facto existir e que foi demonstrada recentemente
(década de oitenta), através de trabalhos de investigação efectuados por cientistas americanos. Embora a
posição invertida e a proporção entre as áreas das várias regiões fetais se tenham confirmado, as
conclusões daquelas investigações indicam que o "homunculus auricular representa um feto com o tronco
e a cabeça em hiperextensão", negando-se portanto a posição fetal característica, ou seja, o seu
posicionamento de torção em anteroflexão.
Tal como acontece com os jingxue e os pontos extraordinários referidos nos capítulos anteriores, também
a nomenclatura dos pontos auriculares, ou erxue, está normalizada e inclui o nome específico, em pinyin,
antecedido do respectivo código alfanumérico. Porém, naquele código não se considera a fonética pinyin
do nome da região onde se encontra o ponto, mas sim as siglas relativas às áreas auriculares principais
(segundo a terminologia inglesa) – Quadro 14.1.
Procurando facilitar a sua esquematização e localização, a referência que antecede o código alfanumérico
de cada ponto ou área representa o seu número de ordem nos diagramas apresentados (Figuras 14.1 e
14.2).
Mais importante que a exploração individual de cada erxue, o exame minucioso das diferentes áreas
auriculares facilitará não só a formulação de um diagnóstico correcto como a detecção e selecção
adequada dos pontos que devem ser puncionados. Se a perspicácia e a experiência clínica do
acupuncturista não permitirem a detecção das alterações auriculares geralmente associadas às diferentes
patologias, dever-se-á então recorrer à selecção de pontos segundo as suas indicações específicas e de
acordo com o quadro clínico referido pelo doente.
Os principais métodos de detecção dos pontos auriculares são o exame auricular macroscópico, a
palpação de pontos dolorosos com um ponteiro de pressão e a medição da resistência eléctrica dos pontos
auriculares. Embora o primeiro seja o mais importante, sempre que possível devem utilizar-se
conjuntamente os três métodos.
Exame macroscópico
Procura detectar e avaliar eventuais alterações na morfologia e coloração da superfície cutânea. As duas
orelhas devem ser examinadas e comparadas antes da limpeza da pele e as conclusões devem considerar a
idade, a ocupação e o meio ambiente habitual do doente.
Consiste na pressão ligeira das áreas suspeitas com um ponteiro de pressão auricular, procurando-se os
pontos mais dolorosos passíveis de tratamento. A pressão nos erxue deve ser uniforme e constante, em
termos de força e de tempo de aplicação. O diagnóstico e a selecção dos pontos para tratamento só se
deve efectuar após a comparação com a região auricular contralateral. A reactividade dolorosa, moderada
ou intensa, deve considerar-se como um "sinal positivo".
É um método simples e indolor que utiliza um ponteiro capaz de medir a resistência eléctrica de um ponto
cutâneo e de assinalar, luminosa ou sonoramente, eventuais reduções. Estas reduções da resistência
eléctrica cutânea, podem indicar pontos passíveis de tratamento. Embora a maior parte dos estimuladores
eléctricos actualmente disponíveis no mercado incorporem este tipo de ponteiro, existem ainda aparelhos,
como o punctoscópio e o diascópio, destinados exclusivamente à detecção de pontos auriculares
susceptíveis de tratamento. De um modo geral este método de detecção de erxue dá um grande número de
falsos positivos, pois a resistência eléctrica da pele varia muito com o seu grau de humidificação, com as
condições atmosféricas e com a própria localização dos pontos. A pressão repetida ou prolongada induz
igualmente em erro, pois também altera a resistência eléctrica dos pontos.
Para se tentar reduzir o número de sinais positivos falsos, existem alguns aspectos que devem ser
considerados antes de se iniciar a detecção eléctrica dos pontos auriculares:
● a região auricular deve ser limpa com algodão alcoolizado e só cerca de cinco minutos depois se deve
iniciar a detecção eléctrica;
● o meio ambiente da clínica deve ser sossegado e os níveis de humidade devem ser inferiores a 60%;
● o ponteiro deve ser colocado nos pontos retro-auriculares da Medula Espinal (159-160), efectuando-se
então o ajustamento inicial da corrente eléctrica necessária, a qual deve ser aumentada lenta e
progressivamente até o doente referir uma sensação muito ligeira de picada;
● selecção de pontos segundo a localização da doença: por exemplo os pontos Estômago (108), Cotovelo
(23) ou Artelhos (34), podem ser seleccionados para o tratamento de epigastralgias, dor na região articular
do cotovelo ou nos dedos do pés;
● selecção de pontos segundo a fisiopatologia da doença: como por exemplo a selecção dos pontos
Simpático (42) e Boca (105), para o tratamento de ulcerações na mucosa bucal, ou dos pontos Endócrino
(83) e Útero (92) para a regulação dos períodos menstruais;
● selecção de pontos segundo a filosofia da MTC: exemplificada pela selecção do ponto Fígado (125)
para o tratamento de problemas oftalmológicos, uma vez que o gan-fígado abre nos olhos;
● selecção de pontos não específicos, cuja denominação não tem qualquer relação com a região
anatómica ou a doença específica, mas que a experiência clínica acumulada ao longo dos anos
demonstrou serem eficazes no tratamento de determinadas patologias, como por exemplo o tratamento da
neurodermatite pela punção do ponto Parótida (76), ou a utilização do ponto Ápex (11) para atenuação da
febre.
MÉTODOS DE TRATAMENTO
Punção regular
A punção e estimulação regular com agulhas filiformes é o método de eleição para a analgesia em
processos dolorosos crónicos. É utilizada igualmente com bons resultados no tratamento da hipoacusia e
da dor musculo-esquelética, bem como na redução da obesidade e nos tratamentos de desabituação para
toxicodependentes e fumadores.
Após a detecção e selecção dos erxue, deve-se efectuar a desinfecção adequada da pele para a profilaxia
de condrites e de processos infecciosos secundários. A punção é efectuada com agulhas de 0,5 cun, com
calibre 32-38 e a profundidade de inserção pode variar entre 0,1 e 0,3 cun. O tempo de retenção da
agulha, após a "chega da de qi", depende do tipo de patologia a tratar, variando geralmente entre quinze e
sessenta minutos; em alguns casos de dor refractária o tempo necessário para a indução de analgesia,
através de estimulação manual, pode ser superior. A manipulação deve efectuar-se com a periodicidade
de 5-10 minutos.
Quanto à frequência, as sessões terapêuticas são geralmente diárias ou em dias alternados. Cada ciclo
terapêutico é constituído em média por quinze sessões, as quais devem ser suspensas, ou os pontos
seleccionados reavaliados, se não se obtiver qualquer melhoria após a realização das cinco primeiras
sessões terapêuticas. O intervalo de repouso interciclos pode variar entre uma e quatro semanas e um
programa terapêutico não deve exceder os seis ciclos.
Este método requer cuidados especiais de assepsia pois a permanência relativamente prolongada das
agulhas favorece o aparecimento de processos infecciosos. Embora menos eficaz que o método clássico
das agulhas filiformes, a punção com agulhas semipermanentes dá resultados satisfatórios no tratamento
da dor crónica, na desabituação tabágica e na redução da obesidade.
A punção é efectuada com agulhas de calibre 36-38 e 0,1-0,2 cun, não devendo o seu período de retenção
exceder os cinco dias; durante a estação quente e húmida aquele período deve ser reduzido para três dias.
Não se devem tratar simultaneamente mais que três erxue, recomendando-se igualmente a alternância dos
pontos a puncionar. Depois da sua inserção, as agulhas devem ser fixas com um pequeno penso plástico
esterilizado e estimuladas várias vezes por dia, pelo próprio doente. Este tipo de tratamento não deve ser
aplicado a crianças muito jovens, grávidas e idosos com sinais marcados de involução senil.
Electro-acupunctura
A acupressão auricular pode ser efectuada com sementes de "vaccaria segetalis", com grânulos de
chumbo ou com magnetes de cobalto. As duas primeiras variantes implicam uma estimulação manual
frequente, efectuada diariamente pelo doente, e estão indicadas no tratamento da dor e de processos
inflamatórios crónicos. Os magnetes de cobalto devem ser reservados para o tratamento de problemas
musculares e constituem um processo de tratamento que, além de cómodo, não requer da parte do doente
qualquer tipo de preocupação.
Enquanto que os grânulos de chumbo são usados principalmente no Japão, Europa e América, as
sementes de "vaccaria" são utilizadas na maior parte dos países do norte e centro do continente asiático.
A "vaccaria segetalis", wangbu liuxing em pinyin, é uma herbácea da família das carophyllaceæ e faz
parte da herbologia da MTC, sendo as suas folhas, depois de secas, muito utilizadas na preparação de um
chá medicinal para o tratamento de infecções urinárias, perturbações menstruais, mormente amenorreia e
menometrorragias, bem como para a dissolução de cálculos renais e ureterais.
Os magnetes de cobalto devem emitir um fluxo magnético superior a mil gauss e ser fixados com um
penso plástico de modo a manter-se uma pressão constante até à sua remoção. A remoção respeita
unicamente os pensos e deve efectuar-se cada 2-3 dias; os magnetes são reutilizáveis por períodos que
podem ir até vinte dias, dependendo da sua qualidade. A estimulação contínua que exercem pode ainda
ser reforçada pela massagem ou pela pressão manual.
Punção sangrativa
Obedecendo aos princípios referidos no capítulo anterior, a sangria auricular pode ser efectuada com
escalpelos e agulhas lanceoladas ou filiformes.
Moxibustão
Os métodos mais usados na prática clínica respeitam a moxibustão directa não escarificante, com charutos
ou agulhas aquecidas, embora por vezes também se aplique a moxibustão indirecta com cachimbos, como
por exemplo no tratamento coadjuvante da paralisia facial periférica (paralisia de Bell).
O pavilhão auricular é constituído por uma placa cartilagínea, circundada por uma fina camada de tecido
adiposo e conjuntivo, intrincadamente enervada por:
● nervos grande auricular e occipital menor, provenientes dos segundo e terceiro nervos espinocervicais;
● ramo auriculotemporal do nervo trigémio (V par craniano), proveniente do tronco terminal posterior do
seu ramo mandibular;
● ramo auricular posterior no nervo facial (VII par craniano), proveniente do seu ramo colateral
extrapetroso;
● ramo misto, resultante da junção do ramo anastomótico do VII par craniano proveniente da fossa
jugular, ou ramo de Curveiller, com o ramo cervical do nervo pneumogástrico (X par craniano) e com o
ramo anastomótico do nervo glossofaríngeo (IX par craniano), ou asa de Haller.
Considerando-se a sua estrutura anatómica, a região auricular pode ser subdividida em dezanove regiões:
FIGURA 14.2
PONTOS E ÁREAS DA REGIÃO AURICULAR POSTERIOR
Pontos auriculares
71 - Frontal (A-AT.1 - E)
Localização: na região anterior e inferior do antitragus.
Indicações: cefaleias frontais e rinite.
ACUPUNCTURA CRANIANA
Embora a importância da cabeça seja reconhecida desde os primórdios da MTC, a acupunctura craniana
constitui uma alternativa terapêutica recente que resultou da combinação de técnicas de punção ancestrais
com os conhecimentos científicos contemporâneos, relativos às diferentes áreas e funções do córtex
cerebral. Considerando-se a estreita relação que existe entre determinados pontos do couro cabeludo e
algumas áreas corticais, através da estimulação de áreas cranianas específicas é possível restabelecer-se a
sua normalidade funcional, ou seja, o equilíbrio yin-yang do córtex cerebral.
Em acupunctura craniana devem ser utilizadas agulhas filiformes de calibre 28-32, com 1,0-1,5 cun para a
punção individual, ou com 1,5-2,0 cun quando se pretender estimular simultaneamente dois ou mais
pontos. O ângulo de inserção é geralmente inferior a quinze graus e a estimulação deve ser vigorosa e
rápida. Contudo, após a inserção da agulha até à profundidade pretendida, a estimulação manual deve ser
efectuada exclusivamente com movimentos de rotação, no sentido dos ponteiros do relógio e
inversamente. A frequência da estimulação varia entre cem e duzentas rotações por minuto, com uma
amplitude de 2-3 rotações, alternadamente nos dois sentidos. Também se podem utilizar estimuladores
eléctricos de alta frequência, com a intensidade máxima tolerada pelo doente. Durante os tratamentos o
doente deve permanecer sempre deitado, em decúbito dorsal ou ventral.
Um programa terapêutico é geralmente constituído por dez ciclos e cada um destes por uma média de
trinta sessões. O tempo de repouso recomendado entre dois ciclos consecutivos é de uma semana e cada
sessão terapêutica pode variar entre vinte e trinta minutos.
ACUPUNCTURA MANO-PODAL
A enorme concentração de jingluo na mão e no pé faz com que a acupunctura mano-podal seja, só por si,
um importante recurso terapêutico alternativo. Segundo a MTC, aquelas regiões anatómicas representam
a confluência das forças positivas e negativas do todo orgânico, sendo simultaneamente os locais de
origem das grandes colaterais (luo) das vias energéticas (jing) do corpo humano.
Em acupunctura mano-podal devem ser utilizadas agulhas filiformes de calibre 30-32, com 0,5-1,0 cun,
ou agulhas semi-permanentes de calibre 34-36, com 0,1-0,5 cun. Em relação à técnica clássica de
tratamento com agulhas filiformes, o método de eleição é a punção perpendicular ou oblíqua a 0,2-1,0 cun
com retenção durante períodos médios de dez minutos. A intensidade da estimulação pode variar de
moderada a forte. Uma vez que os estímulos da acupunctura mano-podal são relativamente intensos, o
doente deve ser alertado para o facto e permanecer sempre em decúbito dorsal. Também se podem utilizar
estimuladores eléctricos e a intensidade da estimulação não deve exceder o limiar de tolerância do doente.
Naturalmente que, além dos cuidados de assepsia permanente, o clínico deve evitar sempre a punção do
periósteo.
Um programa terapêutico é geralmente constituído por dois ciclos e cada um destes por uma média de dez
sessões. O tempo de repouso recomendado entre dois ciclos consecutivos é de uma semana e cada sessão
terapêutica dura, em média, vinte minutos.
ÁREAS E PONTOS DE ACUPUNCTURA
ÁREAS CRANIANAS
FIGURA 15.1
LINHAS DAS PRINCIPAIS ÁREAS CRANIANAS E PONTOS DE REFERÊNCIA
FIGURA 15.2
LINHAS E PONTOS DE REFERÊNCIA
5. ÁREA SENSORIAL
Localização: paralelamente e 1,5 centímetros posterior à área motora. Está dividida em cinco segmentos
que correspondem às áreas do tronco e membro inferior, membro superior e face.
Indicações: problemas sensoriais e dolorosos da região da face e dos membros.
FIGURA 15.4
PONTOS DA MÃO – REGIÃO PALMAR
1. HIPERTENSOR
Localização: no ponto médio da prega transversal dorsal do punho.
Indicações: crise hipotensiva.
2. LOMBAR E PERNA
Localização: grupo de dois pontos 1,5 cun anteriores à prega transversal dorsal do punho,
respectivamente no rebordo radial do tendão do músculo extensor do segundo dedo e no rebordo cubital
do tendão do músculo extensor do quarto dedo.
Indicações: dor na perna, bloqueio da coluna sacrolombar e lombalgias.
3. OLHO
Localização: no lado cubital da articulação interfalângica do primeiro dedo, na junção das epidermes
branca e vermelha.
Indicações: dor no globo ocular e problemas da visão.
4. HEMICRÂNIA
Localização: no lado cubital da primeira articulação interfalângica do quarto dedo, na junção das
epidermes branca e vermelha.
Indicações: dor torácica, dor no hipocôndrio e hemicrania.
5. SOLUÇOS
Localização: no ponto médio da prega transversal da segunda articulação interfalângica do terceiro dedo,
na região dorsal da mão.
Indicações: espasmo diafragmático.
6. ANTIPIRÉTICO
Localização: na segunda prega interdigital, proximal à articulação metacarpofalângica do terceiro dedo,
na região dorsal da mão.
Indicações: problemas oculares e hipertermia.
7. PERÍNEO
Localização: no lado radial da primeira articulação interfalângica do quinto dedo, na junção das
epidermes branca e vermelha.
Indicações: dor na região perineal.
8. OCCIPITAL
Localização: no lado cubital da primeira articulação interfalângica do quinto dedo, na junção das
epidermes branca e vermelha.
Indicações: problemas inflamatórios da orofaringe, espasmo diafragmático, dor no braço e cefaleias
occipitais.
9. VÉRTEBRAS
Localização: no lado cubital da articulação metacarpofalângica do quinto dedo, na junção das epidermes
branca e vermelha, distal a houxi (SI 3).
Indicações: espasmo ou entorse dos ligamentos interespinhosos, hérnia discal, lombalgias, dor coccígea,
obstrução nasal e tinitus.
10. CIÁTICO
Localização: na região dorsal da mão, no lado cubital da articulação metacarpofalângica do quarto dedo.
Indicações: dor nadegueira, dor coxofemural e ciatalgia.
11. GARGANTA
Localização: na região dorsal da mão, no lado cubital da articulação metacarpofalângica do terceiro dedo.
Indicações: problemas inflamatórios da orofaringe, odontalgias e nevralgia do trigémio.
12. PESCOÇO
Localização: na região dorsal da mão, no lado cubital da articulação metacarpofalângica do segundo
dedo.
Indicações: dor cervical e torcicolite.
13. DIARREIA
Localização: entre o terceiro e o quarto metacarpiano, 1 cun acima da prega interdigital.
Indicações: diarreia.
14. FRONTAL
Localização: no lado radial da primeira articulação interfalângica do segundo dedo, na junção das
epidermes branca e vermelha.
Indicações: espasmo gástrico, diarreia, gonalgia e cefaleias frontais.
15. VÉRTICE
Localização: no lado radial da primeira articulação interfalângica do terceiro dedo, na junção das
epidermes branca e vermelha.
Indicações: neurastenia e cefaleias parietais.
16. TORNOZELO
Localização: no lado radial da articulação metacarpofalângica do primeiro dedo, na junção das epidermes
branca e vermelha.
Indicações: dor e problemas musculo-esqueléticos da região tibiotársica.
17. TÓRAX
Localização: na região palmar, no lado radial da articulação interfalângica do primeiro dedo.
Indicações: convulsões epileptiformes, diarreia e dor torácica.
18. OMBRO
Localização: no lado radial da articulação metacarpofalângica do segundo dedo, na junção das epidermes
branca e vermelha.
Indicações: dor e problemas musculo-esqueléticos da região articular do ombro.
19. MALÁRIA
Localização: no lado radial da eminência tenar, proximal à articulação metacarpofalângica do primeiro
dedo.
Indicações: episódios febris das febres terçã e quartã.
20. AMÍGDALA
Localização: na eminência tenar, no lado cubital do ponto médio do primeiro metacarpiano.
Indicações: processos inflamatórios da orofaringe.
21. ASMA
Localização: na região palmar, no lado cubital da segunda articulação metacarpofalângica.
Indicações: bronquite asmatiforme e dispneia.
22. DISPEPSIA
Localização: na região palmar, no ponto médio da prega transversal da primeira articulação interfalângica
do terceiro dedo.
Indicações: azia e regurgitação alimentar no latente.
23. EMERGÊNCIA
Localização: na ponta do terceiro dedo, 0,2 cun distal ao rebordo do leito ungueal.
Indicações: coma, choque e lipotímia.
24. ODONTALGIA
Localização: na região palmar, entre o terceiro e o quarto metacarpiano e 1 cun acima da prega
interdigital.
Indicações: odontalgias.
25. NICTÚRIA
Localização: na região palmar, no ponto médio da prega transversal da primeira articulação interfalângica
do quinto dedo.
Indicações: poliúria nocturna e enurese.
26. ANTICONVULSIVANTE
Localização: no sulco entre as eminências tenar e hipotenar, 1 cun anterior à prega transversal palmar do
punho.
Indicações: convulsões febris.
27. GASTROINTESTINAL
Localização: equidistante de laogong (P 8) e daling (P7), no lado radial da articulação do terceiro
metacarpiano com o trapezóide e o grande osso do carpo.
Indicações: colite ulcerosa, úlcera péptica, dispepsia e epigastralgias.
PONTOS DO PÉ
FIGURA 15.5
PONTOS DO PÉ – REGIÃO PLANTAR
FIGURA 15.6
PONTOS DO PÉ – REGIÃO DORSAL
FIGURA 15.7
PONTOS DO PÉ – REGIÕES INTERNA E EXTERNA
1. UM PLANTAR
Localização: no sulco calcaneano, equidistante das protuberâncias maleolares.
Indicações: hipotensão ortostática, neurastenia, histeria e perturbações do sono.
2. DOIS PLANTAR
Localização: 1 cun latero-externo ao ponto médio da junção das metades anterior e posterior da região
plantar.
Indicações: neurastenia, histeria e perturbações do sono.
3. TRÊS PLANTAR
Localização: 4 cun anterior ao sulco calcaneano, 1,5 cun latero-externo à linha plantar média.
Indicações: dor no membro inferior, ciatalgia e lombalgias.
4. QUATRO PLANTAR
Localização: no ponto médio da junção das metades anterior e posterior da região plantar.
Indicações: dispneia, problemas hepáticos com icterícia e perturbações do sono.
5. CINCO PLANTAR
Localização: 1 cun latero-interno ao ponto médio da junção das metades anterior e posterior da região
plantar.
Indicações: diarreia.
8. SEIS PLANTAR
Localização: 1 cun anterior ao ponto 5.
Indicações: diarreia.
15. UM DORSAL
Localização: grupo de dois pontos equidistantes 1 cun de jiexi (S 41).
Indicações: caibras do músculo gémeos e lombalgias.
19. UM INTERNO
Localização: na depressão antero-superior à tuberosidade do osso navicular.
Indicações: hipertensão arterial e processos inflamatórios das amígdalas e da parótida.
35. UM EXTERNO
Localização: 1 cun directamente acima de kunlun (B 60).
Indicações: dor abdominal, ciatalgia e cefaleias.
http://www.saudepublica.web.pt/Acupunctura/zhenjiu01_indice.htm
TRANSCRIÇÃO FONÉTICA Pinyin–Português
Observações: por dificuldades técnicas no processamento informático do texto, não é possível apresentar
a grafia dos quatro tons da língua oficial chinesa – pequinês ou dialecto han (han yu) – romanizados para
pinyin (acentos/entoação: ¯ , ´ , ` , )
A fonética da escrita pinyin, resultante da romanização dos caracteres chineses, é idêntica à pronunciação
portuguesa das letras do alfabeto. Contudo, existem algumas diferenças e aspectos específicos que devem
ser realçados.
Em pinyin existem seis vogais básicas [ a, e, i, o, u, ü ] e três ditongos [ ei, ie, üe ]. Aquelas vogais podem
ser combinadas entre si [ ai, ao, ia, iao, iou, ou, ua, uai, uei, uo ], ou com consoantes, formando neste
caso "vogais consonânticas". Enquanto que as primeiras se pronunciam de modo muito semelhante ao
português – à excepção da vogal "i", que depois de "c, ch, r, s, sh, z, zh" se pronuncia como um "e
mudo", como na palavra francesa "et" – já as vogais consonânticas apresentam entoação variável,
conforme terminem em "g" ou "n".
Pinyin Pronunciação
b, p, idêntica ao português, mas com aspiração (algumas excepções)
t, x
f, l, idêntica ao português (algumas excepções)
m, n
c som "tss" fortemente aspirado
ch som "tche" fortemente aspirado
d som misto entre "d" e "t"
g no início de uma palavra tem som entre "c" e "g"; no fim de uma palavra, serve para encurtar a
entoação da consoante anterior
gg pronunciação idêntica ao "c" ou "q" português (como na palavra cão)
h não tem qualquer semelhança com o português, devendo ser pronunciado como um som misto
entre "r-rr" e "j", com aspiração (como na palavra espanhola Juan)
j som idêntico a "dj"
k som idêntico ao "q" ou "c" em português, mas aspirado
q som "tj" aspirado
r som entre "r" e "rr" (como na palavra inglesa road); no final de uma palavra deve ser
pronunciado com a extremidade distal do corpo lingual a tocar a abóbada palatina
s como o "s" no início de uma palavra ("sse")
sh som "ch" em português (como na palavra chá)
w som entre "u" e "v"
y como o "i" português
z som idêntico a "dz"
zh som misto entre "dz" e "dj", semelhante a "dzje"
As vogais consonânticas que constituem o primeiro grupo [ ang, eng, ing, iang, iong, ong, uang, ueng ],
são idênticas às vogais nasais, têm entoação suave e curta, e pronunciam-se com a extremidade distal do
corpo lingual ligeiramente flectida e a tocar a abóbada palatina. No segundo grupo, as vogais
consonânticas pronunciam-se com a face superior do terço distal do corpo lingual a tocar a abóbada
palatina, próximo da sua junção com a arcada dentária superior [ an, en, ian, in, uan, uen, üan, üen ].
Existem ainda vinte e três consoantes, simples e compostas, divididas em sete grupos [ b, f, m, p; d, l, n,
t; g, h, k; c, s, z, p; ch, r, sh, zh; j, q, x; w, y ], cuja entoação depende das vogais e consoantes
adjacentes.
No dialecto han existem quatro tons para a "acentuação" de vogais (romanização pinyin: ¯ , ´ , ` , ),
representando cada um deles a altura e a curva melódica da voz com que se deve pronunciar cada sílaba
da escrita pinyin – Quadro 9.4 (nota: deve consultar-se o livro em suporte de papel). Pela dificuldade no
processamento informático do texto, não são aqui apresentados. Contudo, procurando facilitar a
pronunciação correcta dos termos pinyin mais utilizados no livro, a seguir apresenta-se a sua transcrição
fonética para a língua portuguesa.
A
Ahshi à chi Anmian án mian
B
Bafeng bá fâng Benshen ban chan
Bahua bá 'ruá Bi bí
Baichongwu bái tchong u Biantao bián táo
Baihuangshu bái 'ruang chu Biantaoti bián táo ti
Baihui bái 'rui Biguan bi cuán
Bailao bái láo Bikong bi 'cóng
Baizhongfeng bái dzjong fang Biliu bi liu
Baliao bá liáo Binao biráo
Banmen bán mân Binfeng bin fâng
Baohuang báo 'ruang Bitong bi tóng
Baxie bá 'xié Bizhong bi dzjông
Baya bá iá Bulang bú láng
Bazhuixia bá dzjui 'xiá Burong bú rông
C
Changfeng tcháng fang Chirao tche ráo
Changqiang tcháng tjiáng Chixia tche 'xiá
Changyi tcháng ì Chixue tche 'xué
Chengfu tcheng fú Chize tche dze
Chenggu tcheng cu Chong tchong
Chengguang tcheng cuáng Chonggu tchong cu
Chengjian tcheng djián Chongjian tchong djián
Chengjiang tcheng djiáng Chongmen tchong mân
Chengjin tcheng djin Chongyang tchong iáng
Chengling tcheng ling Chuandian tchuán tián
Chengman tcheng mán Chuang tchuáng
Chengming tcheng ming Chuangxinmen tchuáng 'xin mân
Chengqi tcheng tji Chuiti tchui tí
Chengshan tcheng chán Chuqixue tchu tji 'xué
Chi tche Ciliao tsse liáo
Chiqian tche tjián Cunping tssun píng
D
Dabao tá báo Dazhui tá dzjui
Dachang tá cháng Dianxian tián 'xián
Dachangshu tá cháng chu Dicang ti tssáng
Dadu tá tu Dihe ti 'rê
Dadun tá tun Diji ti dji
Dagukong tá cu 'cóng Dijian ti djián
Dahe tá 're Ding ting
Daheng tá 'râng Dingchuan ting tchuán
Daimai tái mái Dingshen ting chân
Daju tá dju Dingshu ting chu
Daling tá ling Diwei ti uéi
Dalun tá lun Diweishu ti uéi chu
Damen tá man Diwuhui ti u 'rui
Dan tán Du tu
Dannangxue tá náng 'xué Dubi tu pí
Danshu tán chu Duiduan tui tuán
Dashu tá chu Duierlun tui âr lun
Dayan tá ián Duierping tui âr 'ping
Daying tá ing Dushu tu chu
Dazhong tá dzjông
E
E â Erliban âr li pán
Eni âní Erlun âr lun
Er âr Erlunjiao âr lun djiáo
Erbai âr pái Ermen âr mân
Erbei âr péi Ermigen âr mi cân
Erbeijingmaisantiao âr péi djing mái sán Erping âr 'ping
'tiáo
Erchui âr tchui Erzhuixia âr dzjui 'xiá
Erjian âr djián Erzhou âr dzjôu
Erjianshou âr djián chu Ezhong â dzjông
Erjiating âr djiá 'tíng
F
Fan fán Fubai fu pái
Fei féi Fuqi fu tji
Feirexue féi 're 'xué Fushuidian fu chui tián
Feishu féi chu Fufen fu fân
Feiyang féi iáng Fujie fu djié
Fengchi fâng tche Fuliu fu liu
Fengfu fâng fu Fushe fu che
Fengguan fâng cuán Futonggu fu 'tóng cu
Fenglong fâng lông Futu fu tu
Fengmen fâng mân Futu-zu fu tu dzu
Fengshi fâng che Fuyamen fu iá mân
Fengyan (J-TJ.28) fâng ián Fuyang fu iáng
Fengyan (J-SZ.7) fâng iân Fuxi fu 'xí
Fu fu
G
Gaiyao gái iáo Genjin gân djin
Gan gân Genping gân 'ping
Gangmensixue gáng mân se 'xué Geshu gâ chu
Ganrexue gán re 'xué Gongsun gông sün
Ganshi gán che Gongzhong gông dzjông
Ganshu gán chu Gu gú
Ganyandian gán ián dién Guan guán
Ganyang gán iáng Guanchong guán tchông
Gaohuangshu gáo 'ruang chu Guancai guán tssái
Gaowan gáo uán Guangming guáng ming
Gaoweishu gáo uéi chu Guanmen guán mân
Gaoxueyadian gáo 'xué iá tián Guantu guán 'tu
Ge gue Guanyuan guán iuán
Geguan gue cuán Guayuanshu guán iuán chu
Gen gân Guilai gui lái
H
Haiquan 'rái tjuán Huagai 'ruá gái
Hanyan 'rán ián Huai 'ruái
He 're Huangdi 'ruang ti
Heding 're ting Huangmen 'ruang mân
Hegu 're gu Huangshu 'ruang chu
Heliao 're liáo Huanmen 'ruán mân
Henggu 'râng gu Huantiao 'ruán 'tiáo
Heyang 're iáng Huanzhong 'ruán djzông
Hongyin 'rông in Huanyue 'ruán iuê
Hou 'rôu Huaroumen 'ruá rôu mân
Houcong 'rôu tssông Huatuojiaji 'ruá 'tuó djiá dji
Houding 'rôu ting Hubain 'ru bá in
Houtinggong 'rôu 'ting gông Huiyang 'rui iáng
Houtingxue 'rôu 'ting 'xué Huiyin 'rui in
Houxi 'rôu 'xí Huizong 'rui dzông
Houxuehai 'rôu 'xué 'rái Hunmen 'run mân
Houyangguan 'rôu iáng guán Huxi 'ru 'xí
Hua 'ruá
J
Ji djí Jing djing
Jia djiá Jingbi djing bí
Jiache djiá tche Jinggu djing cu
Jiachengjiang djiá tchêng djiáng Jingluo djing luô
Jian djián Jingmen djing mân
Jianei djiá néi Jingming djing ming
Jianguanjie djián guán djié Jingqu djing tju
Jianjing djián djing Jingxia djing 'xiá
Jiangyadian djiáng iá tián Jingzhong djing dzjông
Jiankua djián 'cuá Jingzhui djing dzjúi
Jiangyagou djiáng iá gôu Jinjin djên djin
Jianli djián li Jinmen djin mân
Jianliao djián liáo Jinsuo djin suó
Jianming djián ming Jiquan dji tjuán
Jianneiling djián néi ling Jisanxue dji sán 'xué
Jianshi djián che Jisibian dji se bián
Jiantongdian djián 'tông tián Jiuneifan djiu nei fán
Jianwaishu djián uái chu Jiuqi djiu tji
Jianxi djián 'xi Jiuwaifan djiu uái fán
Jianyu djián iú Jiuwei djiu uéi
Jianzhen djián dzjân Jixia dji 'xiá
Jianzhongshu djián dzjông chu Jizhong dji dzjông
Jiaogan djiáo gân Jubi dju bi
Jiaoling djiáo líng Jue djué
Jiaosun djiáo sün Juegu djué gu
Jiaoyi djiáo ì Juejin djué djin
Jiaoxin djiáo 'xín Jueyin djué in
Jiazhuangxian djiá dzjuáng 'xián Jueyinshu djué in chu
Jidian dji tián Jueyun djué iún
Jiegu djié gu Jugu dju gu
Jiehexue djié 're 'xué Juguxia dju gu 'xiá
Jiexi djié 'xí Juliao dju liáo
Jifeng dji fâng Juquan dju tjuán
Jimai dji mái Juque (shu) dju tjué (chu)
Jimen dji mân
K
Kedian 'que tián Kuangu 'quán gú
Kongzhui 'công dzjúi Kuanguanjie 'quán guán djié
Kou 'côu Kufang 'cu fâng
Kua 'cuá Kuiyangxue 'cui iáng 'xué
Kuangjiu 'quâng djíu Kunlun 'cún lún
L
Lanwei lán uéi Lingxia ling 'xiá
Lanweixue lán uéi 'xué Lingxu ling 'xú
Laogong láo gông Linqi lín tji
Liangmen liáng mân Lishang li cháng
Liangqiu liáng tjiu Liuhua liu 'ruá
Lianquan lián tjuán Liujingzhuipang liu djing dzjui 'páng
Liaoliao liáo liáo Liwai li uái
Libian li bián Longhan lông 'rán
Lidui li túi Longmen lông mân
Lieque lié tjué Lougu lôu cu
Ligou li côu Luanchao luán tcháo
Lijimingandian li dji min cán tián Luo luô
Lineiting li néi 'ting Luojing luô djing
Lingbao ling páo Luolingwu luô ling ú
Lingdao ling táu Luoque luô tjué
Linghou ling 'rôu Luoshang luô cháng
Linghouxia ling 'rôu 'xiá Luozhen luô dzjân
Lingtai ling tái Luxi lu 'xí
M
Mai mái Mingyan ming ián
Maibu mái bú Mu mú
Maigen mái guen Muchuang mu tchuáng
Meichong mêi tchông Muming mu ming
Meihua mêi 'ruá Muzhijian mu dzje djián
Ming ming Muzhijiehengwen mu dzje djié 'râng
uân
Mingmen ming mân Muzhilihengwen mu dzje li 'râng uân
N
Nao náo Neifenmi néi fân mi
Naodian náo tián Neihegu néi 're gu
Naogan náo gán Neihuaijian néi 'ruái djián
Naohu náo 'rú Neijing néi djing
Naohui náo 'rui Neijingming néi djing ming
Naokong náo 'cóng Neiting néi 'tíng
Naoqing náo tjing Neiyangchi néi iáng tche
Naoshang náo cháng Neiyingxiang néi ing 'xiáng
Naoshu náo chu Niaodao niáo táo
Neibei néi béi Niushangxue níu cháng 'xué
Neier néi âr Nuemen nüé mân
Neiguan néi cuán Nuxi nu 'xí
P
Pa 'pá Pingjian 'ping djián
Panggu 'páng cu Pingjianqieji 'ping djián tjié djí
Pangguangshu 'páng cuáng chu Pingshangqieji 'ping cháng tjié djí
Panglaogong 'páng láo gông Pinxueling 'pín 'xué ling
Panglianquan 'páng lián tjuán Pirexue 'pí 're 'xué
Pangqiang 'páng tjiáng Pishu 'pí chu
Penmen 'pan mân Pizhixia 'pí dzje 'xiá
Pi 'pí Pohu 'pô 'ru
Pianli 'pián li Pushen 'pu chân
Pigen 'pi guén
Q
Qi tjí Qimen tji mân
Qiabinzhong tjiá bín dzjông Qing tjíng
Qiahoushangji tjiá 'rôu cháng dji Qinglengyuan tjíng léng iuán
Qiading tjiá ting Qingling tjíng líng
Qiangjian tjiáng djián Qishe tji che
Qiangkua tjiáng 'quá Qihou tji 'rôu
Qiangu tjián cu Qiuxi tjiu 'xí
Qiangyin tjiáng ín Qixue tji 'xué
Qianhouyinzhu tjián 'rôu in dzju Qiying tji íng
Qianjin tjián djín Qizhong tji dzjông
Qianliexian tjián lié 'xián Quanjian tjuán djián
Qiao tjiáo Quanliao tjuán liáo
Qianzheng tjián dzjâng Quanshengzhu tjuán chêng dzju
Qiaoyin tjiáo ín Qubin tju bín
Qibiansixue tji bián se 'xué Quchai tju tchái
Qichong tji tchông Quchi tju tche
Qichuan tji tchuán Quepen tjué 'pân
Qihai tji 'rái Qugu tju gú
Qihaishu tji 'rái chu Ququan tju tjuán
Qihu tji 'rú Quyuan tju iuán
Qijinghuipang tji djing 'rui 'páng Quze tju dze
Qimai tji mái
R
Rangu rán cu Rong rông
Ren rân Ronghou rông 'rôu
Renying rân ing Rugen ru gân
Renzhong rân dzjông Ruxian ru 'xián
Riyue re iué Ruzhong ru dzjông
S
Saixian sái 'xián Shencang chân 'tssáng
Sanchi sán tche Shendao chân táo
Sanjian sán djián Shenfeng chân fâng
Sanjiao sán djiáo Shenji chân dji
Sanjiaojiu sán djiáo djíu Shenmai chân mái
Sanjiaoshu sán djiáo chu Shenmen chân mân
Sanjiaowo sán djiáo uô Shenque chân tjué
Sanlinwai sán lin uái Shenrexue chân 're 'xué
Sanshang sán cháng Shenshangxian chân cháng 'xián
Sanxiao sán 'xiáo Shenshu chân chú
Sanyangluo sán iáng luô Shentang chân 'táng
Sanyinjiao sán in djiáo Shenting chân 'tíng
Shang cháng Shenxi chân 'xí
Shangbafeng cháng bá fâng Shenxin chân 'xín
Shangbaxie cháng bá 'xié Shenzhou chân dzjôu
Shange cháng â Shezhu che dzju
Shangen cháng ân Shi che
Shangergen cháng âr gân Shicang che 'tssáng
Shangfengchi cháng fâng tche Shidou che tou
Shangfu cháng fú Shierzhichang che âr dzje tcháng
Shangguan cháng cuân Shiguan che guán
Shanghe cháng 're Shimen che mân
Shanghouxi cháng 'rôu 'xí Shimian che mián
Shangjiao cháng djiáo Shiqizhuixia che tji dzjui 'xiá
Shangjingming cháng djing ming Shiwang che uáng
Shangjuxu cháng dju 'xu Shixuan che 'xuán
Shanglian cháng lián Shou chôu
Shanglianquan cháng lián tjuán Shoujinmen chôu djin mân
Shangliao cháng liáo Shousanli chôu sán lí
Shanglong cháng lông Shouzhongping chôu dzjông 'píng
Shangming cháng ming Shu chu
Shangqiu cháng tjíu Shuaigu chuái cu
Shangqu cháng tju Shubian chu bián
Shangquan cháng tjuán Shufu chu fu
Shangquchi cháng tju tche Shugu chu cu
Shangtianzhu cháng tián dzju Shuidao chui táo
Shangwan cháng uán Shuifen chui fân
Shangxi cháng 'xí Shuiquan chui tjuán
Shangxing cháng 'xíng Shuishang chui cháng
Shangxuehai cháng 'xué 'rái Shuitu chui 'tu
Shangyang cháng iáng Shuniaoguan chu niáo cuán
Shangyangquan cháng iáng tjuán Shuxi chu 'xí
Shanzhong chán dzjông Sibai se pái
Shao cháo Sidu se tu
Shaochong cháo tchông Sifeng se fâng
Shaofu cháo fú Sili se li
Shaohai cháo 'rái Silian se lián
Shaoshang cháo cháng Siman se mán
Shaoyang cháo iáng Siqiang se tjiáng
Shaoyangwei cháo iáng uéi Sishencong se chân 'tssông
Shaoyin cháo in Sizhong se dzjông
Shaoze cháo dze Sizhukong se dzju 'cóng
She châ Suliao su liáo
Shen chân Suogu suó cu
T
Tai tái Tianzhong tián dzjông
Taibai tái bái Tiaokou tiáo 'côu
Taichong tái tchông Tiaoyue tiáo iué
Taijian tái djián Tigangjixue ti cáng dji 'xué
Taixi tái 'xí Tingcong tíng 'tssong
Taiyang tái iáng Tinggong tíng cóng
Taiyi tái ì Tinghui tíng 'rui
Taiyin tái in Tingling tíng ling
Taiyingiao tái ing iáo Tinglongjian tíng lóng djián
Taiyuan tái iuán Tingmin tíng min
Tanchuan tán tchuán Tingtou tíng 'tóu
Tanfu tán fu Tingxiang tíng 'xiáng
Tang táng Tingxue tíng 'xué
Tankang tán 'cáng Titouxue ti 'tóu 'xué
Tanli tán li Tiwei ti uéi
Taodao 'táo tao Tongbian 'tóng bián
Tianchi tián tche Tongerdao 'tóng âr táo
Tianchong tián tchông Tonggu 'tóng cu
Tianchuang tián tchuáng Tongli 'tóng li
Tianding tián tíng Tongling 'tóng ling
Tianfu tián fu Tongming 'tóng ming
Tianjing tián djing Tongtian 'tóng tián
Tianliao tián liáo Tongziliao tông dze liáo
Tianling tián ling Touguangming tôu cuáng ming
Tianquan tián tjuán Toulinqi tôu lín tji
Tianrong tián rông Tounie tôu nié
Tianshu tián chu Touqiaoyin tôu tjiáo in
Tianting tián 'tíng Touwangu tôu uán gu
Tiantu tián 'tú Touwei tôu uéi
Tianxi tián 'xí Tun tün
Tianyou tián ióu Tunzhong tün dzjông
Tianzhu tián dzju
W
Waibi uái bí Weicang uéi 'tssáng
Waidingchuan uái díng tchuán Weidao uéi táo
Waier uái âr Weigupang uéi gu 'páng
Waierdaokou uái âr táo 'cóu Weile uéi lê
Waiguan uái cuán Weirexue uéi 'râ 'xué
Waihuaijian uái 'ruái djián Weishang uéi cháng
Waijinjin uái djin djin Weishangxue uéi cháng 'xué
Wailing uái ling Weishu uéi chu
Waiming uái ming Weixia uéi 'xiá
Waiqiu uái tjíu Weiyang uéi iáng
Waishengzhiqi uái cháng dzje tji Weizhong uéi dzjông
Waisiman uái se mán Wenliu uén líu
Waiyinlian uái in lián Wu u
Waiyuye uái iú ié Wuchu u tchu
Waizhili uái dzje li Wuhu u 'ru
Wan uán Wuli u li
Wangu uán gu Wuling u ling
Wanli uán li Wushu u chu
Wei uéi Wuyi u í
Weibao uéi báo
X
Xi 'xi Xing 'xing
Xiabai 'xiá bái Xingjian 'xing djián
Xiae 'xiá â Xinhui 'xin 'rúi
Xiaguan 'xiá guán Xinshu 'xin chu
Xiafu 'xiá fu Xinzhongji 'xin dzjông dji
Xiahe 'xiá 'râ Xiong 'xióng
Xiajiao 'xiá djiáo Xiongxiang 'xióng 'xiáng
Xiajuxu 'xiá dju 'xú Xiongzhui 'xióng dzjui
Xialian 'xiá lián Xiyan 'xi ián
Xialiao 'xiá liáo Xiyangguan 'xi iáng cuán
Xiangu 'xián gu Xu 'xú
Xiaochang 'xiáo tcháng Xuanji 'xuán dji
Xiachangshu 'xiáo tcháng chu Xuanli 'xuán li
Xiaochuan 'xiáo tchuán Xuanlu 'xuán lu
Xiaohai 'xiáo 'rái Xuanshu 'xuán chu
Xiaoluo 'xiáo luô Xuanzhong 'xuán dzjông
Xiawan 'xiá uán Xue 'xué
Xiaxi 'xiá 'xí Xuechou 'xué tchôu
Xiguan 'xi cuán Xuefu 'xué fu
Ximen 'xi mân Xuehai 'xué 'rái
Xin 'xin Xueyadian 'xué iá tián
Xindian 'xin tián Xunmazhenqu 'xu má dzjân tju
Y
Yamen iá mân Yinbao in báo
Yaming iá ming Yinbian in bián
Yan ián Yindu in tu
Yanchi ián tche Ying ing
Yang iáng Yingchuang ing tchuáng
Yangbai iáng bái Yinshang ing cháng
Yangchi iáng tche Yingu in cu
Yangfu iáng fu Yingxia ing 'xiá
Yanggang iáng cáng Yingxiang ing ´xiáng
Yanggu iáng cu Yiniao i niáo
Yangjiao iáng jiáo Yinjiao in djiáo
Yangkang iáng 'cáng Yinjiaofu in djiáo fu
Yanglao iáng láo Yinjiaokou in djiáo 'cóu
Yanglingquan iáng ling tjuán Yinkang in 'cáng
Yangming iáng ming Yinkou in 'cóu
Yangqiao iáng tjiáo Yinlian in lián
Yangwei iáng uéi Yinlingquan in ling tjuán
Yangxi iáng 'xi Yinmen in mân
Yankou ián 'cóu Yinqiao in tjiáo
Yanhou ián 'rôu Yinshang in cháng
Yaogen iáo quén Yinshi in che
Yaoqi iáo tji Yintang in 'táng
Yaoshu iáo chu Yinwei in uéi
Yaotong iáo 'tóng Yinxi in 'xi
Yaotongdian iáo 'tóng tián Yinxia in 'xiá
Yaoyan iáo ián Yishanmen i chán mân
Yaoyangguan iáo iáng cuán Yishe i chê
Yaoyi iáo i Yishu i chu
Yaozhui iáo dzjui Yixi i 'xi
Yatong iá 'tóng Yongquan iông tjuán
Yatongdian iá 'tóng tián Youmen ióu mân
Yaxue iá 'xué Youyi ióu i
Ye ié Yuan iuán
Yeling ié ling Yuaye iuán ié
Yemen ié mân Yuji iú dji
Yeniao ié niáo Yun iün
Yi i Yunmen iün mân
Yidan i tán Yutang iú 'táng
Yifeng i fâng Yutain iú 'táin
Yijing i djing Yuwei iú uéi
Yilong i lóng Yuyao iú iáo
Yiming i ming Yuye iú ié
Yimingxia i ming 'xiá Yuzhen iú dzjân
Yin in Yuzhong iú dzjông
Yinbai in bái
Z
Zang dzáng Zhongguo dzjông cuó
Zanzhu dzán dzju Zhongji dzjông dji
Zengming dzêng ming Zhongjiao dzjông djiáo
Zengyin dzêng in Zhongjiaoshu dzjông djiáo chu
Zeqian dzê tjián Zhongjie dzjông jié
Zexia dzê 'xiá Zhongkong dzjông 'cóng
Zhangmen dzjáng mân Zhongkui dzjông 'cúi
Zhantan dzján tán Zhonglushu dzjông lú chu
Zhaohai dzjáo 'rái Zhongshu dzjông chu
Zhejin dzjê djin Zhongting dzjông 'tíng
Zhen dzjên Zhongwan dzjông uán
Zhengying dzjêng ing Zhongzhu dzjông dzju
Zhengjiuxue dzjêng djíu 'xué Zhoujian dzjôu djián
Zhi dzje Zhouliao dzjôu liáo
Zhibian dzje bián Zhourong dzjôu 'rông
Zhicang xiaduan dzje 'tssáng 'xiá tuán Zhoushu dzjôu chu
Zhidian dzje tián Zhouwuli dzjôu u li
Zhigao dzje cáo Zhubin dzju bín
Zhigou dzje cóu Zhuding dzju ting
Zhili dzje li Zhuoyu dzjuó iú
Zhilong dzje lóng Zhuze dzju dzé
Zhinao dzje náo Zhuzhang dzju dzjáng
Zhinou dzje nóu Zigong dze góng
Zhiping dzje 'píng Zigongfu dze góng fu
Zhi dzje Zigongjing dze góng djing
Zheqiguan dzje tji cuán Zu dzu
Zhishi dzje che Zujuliao dzu dju liáo
Zhitan dzje 'tán Zulinqi dzu lin tji
Zhiwen dzje uén Zuluo dzu luó
Zhixie dzje 'xié Zuming dzu ming
Zhiyang dzje iáng Zuogu dzuó gu
Zhiyang-bei dzje iáng béi Zuogushenjing dzuó gu chân djing
Zhiyin dzje in Zuoyi dzuó i
Zhizhang dzje dzjáng Zuqiaoyin dzu tjiáo in
Zhizheng dzje dzjêng Zusanli dzu sán li
Zhizhuanjin dzje dzjuán djin Zutonggu dzu 'tóng cu
Zhong dzjông Zuwuli dzu u li
Zhongchong dzjông tchóng Zuxin dzu 'xín
Zhongdu dzjông tu Zuyicong dzu i 'tssóng
Zhongdukuan dzjông tu 'cuán Zuzhiyin dzu dzje in
Zhongerbei dzjông âr béi Zuzhongdu dzu dzjông tu
Zhongfeng dzjông fâng Zuzhongping dzu dzjông 'píng
Zhongfu dzjông fu
Nota: O apóstrofo ( ' ) indica que a consoante ou a vogal seguinte deve ser aspirada
BIBLIOGRAFIA
Academy of Traditional Chinese Medicine. Beijing College of Traditional Chinese Medicine. Educational
Materials. Beijing, Acupuncture Institute of Traditional Chinese Medicine, 1984.
Austin Mary. Acupuncture therapy. New York, ASI Publishers Inc., 1972.
Capra Franz. Le Tao et la physique. Paris, Editions Tchou, 1975.
Cheng Xinnong. Chinese acupuncture and moxibustion. Beijing, Foreign Languages Press, 1987.
Cooper JC. Taoism: the way of the mystic. Wellingborough, The Aquarian Press, 1972.
Cooper JC. Yin & yang: the Taoist harmony of opposites. Wellingborough, The Aquarian Press, 1981.
Costa Silva Fernando. História da acupunctura e moxibustão e sua disseminação pelo mundo. Instituto
Cultural de Macau, Revista de Cultura 1988; 2:51-58.
Fu Weikang. Traditional chinese medicine and pharmacology. Beijing, Foreign Languages Press, 1985.
Guangzhou College of Traditional Chinese Medicine. Educational Materials. Acupuncture Institute of the
Guangzhou College of Traditional Chinese Medicine, 1989.
Kaptchuk Ted. The web that has no weaver: understanding chinese medicine. New York, Congdon &
Weed, 1983.
Lavier Jacques. Histoire, doctrine e pratique de l'acupuncture chinoise. Paris, Editions Henri Veyrier,
1974.
Li Dingzhong. The jingluo phenomenon. Kyoto, The People's Medical Publishing House & Yukonsha
Publishing Co, 1984.
Liu Frank, Liu Yan Mau. Chinese medical terminology. Hong Kong, The Commercial Press Ltd, 1980.
Maciocia Giovanni. The foundations of chinese medicine. Edinburgh, Churchill Livingstone, 1989.
Mann Felix. Acupuncture: the ancient chinese art of healing. London, William Heinemann Medical Book,
1974.
Nanjing College of Traditional Chinese Medicine. Educational Materials. Acupuncture Institute of the
Nanjing College of Traditional Chinese Medicine, 1983.
Nogier Paul. Traité d'auriculotherapie. Paris, Editions Maisonneuve, 1969.
Porkert Manfred. The theoretical foundations of chinese medicine: systems of correspondence.
Cambridge, The MIT Press, 1980.
Requeña Yves. Acupuncture et psycologie. Paris, Editions Maloine, 1982.
Schneiderman Ian. Medical acupuncture. Hong Kong, Mayfair Medical Supplies Ltd, 1988.
Shanghai College of Traditional Medicine. Acupuncture: a comprehensive text. John O'Connor and Dan
Bensky eds. Seattle, Eastland Press, 1981.
Shanghai College of Traditional Chinese Medicine. Acupuncture points and the fourteen meridians.
Shanghai, People's Publishing House, 1976.
Shanghai College of Traditional Chinese Medicine. Educational Materials. Acupuncture Institute of the
Shanghai College of Traditional Chinese Medicine, 1983.
Song Tian Bin. Atlas of the tongue and lingual coatings in chinese medicine. Strasbourg, Editions
Sinomedic, 1986.
Stux Gabriel, Pomeranz Bruce. Acupuncture: textbook and atlas. Berlin Heidelberg, Springer Verlag,
1987.
Travell Janet, Simons David. Myofascial pain and dysfunction: the trigger point manual. Baltimore,
Williams & Wilkins, 1983.
Veith Ilza. The Yellow Emperor's classic of internal medicine. 1st Paperback ed., Berkeley, California
University Press, 1972.
Wang Xuetai. Handbook of acupuncture and moxibustion. Beijing, Foreign Languages Press, 1979.
Wilhelm Richard. I ching: o livro das mutações. Tradução de Alayde Mutzenbecher e Gustavo AC Pinto.
São Paulo, Editora Pensamento, 1987.
Zhang Xiang Tong. Research on acupuncture, moxibustion and acupuncture anaesthesia. Berlin
Heidelberg, Beijing Science Press & Springer Verlag, 1986.