Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Alguma dúvida?
FALE CONOSCO
Caso isso tenha acontecido com você, denuncie! Pois você caiu
num golpe e comprou de uma pessoa que está vendendo sem
autorização, além de ser crime compactuar, você não irá receber
as nossas atualizações futuras no seu e-mail.
CLIQUE PARA
DENUNCIAR
Contato para denunciar via e-mail:
Contato@alfabetinho.com.br
AVISO DE DIREITOS AUTORAIS
Todo o material desta apostila (incluindo textos e imagens) estão
protegidos por direitos autorais de seu criador: ALFABETINHO,
sendo proibido toda e qualquer forma de plágio, cópia, venda
ilegal, compartilhamento ou qualquer outra forma de uso, não
autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não,
sujeitando- se o transgressor, as penalidades previstas civil e
criminalmente.
@alfabetinho_
Boas vindas!
CONHEÇA OS AUTORES
@redeeduca @alfabetinho_
REDE PEDAGÓGICA DE
PROFESSORES ESPECIALIZADOS
O sujeito é o termo de uma frase que sofre uma determinada ação. O predicado é todo termo da
frase que faz referência ao sujeito.
Uma oração completa é formada por sujeito e predicado. Os sujeitos podem ser classificados em
determinados (simples, composto ou oculto). Já os predicados podem ser classificados
entre nominal, verbal e verbo-nominal.
O uso correto desses elementos forma um texto coeso, com um sentido e significado.
Exemplos:
Sujeito: Gabriel
Predicado: jogou bem na partida de ontem.
O núcleo do sujeito é definido como a palavra que forma e relaciona o sujeito com as outras
palavras da frase. Ele é o termo que possui a maior relevância semântica dentro de uma oração.
Pode ser formado um substantivo, pronome substantivo, numeral substantivo ou qualquer outra
palavra substantivada.
Exemplo: Paula estava conversando na aula. (Na oração, “Paula” é o sujeito e “ Paula” também é
o núcleo)
1. Leia: EF09LP05
A cultura do trigo
1. Sujeito Simples
2. Sujeito Composto
3. Sujeito Oculto
4. Sujeito Indeterminado
2. “Acredita-se que as civilizações e o cultivo de grãos surgiram quase ao mesmo tempo [...]”, ou
seja, quase: EF09LP05
a) inesperadamente
b) experimentalmente
c) antecipadamente
d) simultaneamente
3. “Esses achados e muitos outros provam [...]”. O termo destacado substitui: EF09LP05
a) complemento nominal
b) predicativo do sujeito
c) adjunto adverbial de tempo
d) complemento verbal
5. Classifique o sujeito e o predicado desta oração: “Camila e Bruna ganharam o concurso de
xadrez.” EF09LP05
(A) Sujeito determinado composto e predicado verbal.
(B) Sujeito indeterminado composto e predicado verbal.
(C) Sujeito determinado composto e predicado verbo-nominal.
(D) Sujeito determinado simples e predicado verbo-nominal.
O leão fugido do circo vinha correndo pela rua quando viu um senhor à sua frente. Aí
caminhou pé ante pé, bateu delicadamente nas costas do senhor e disse disfarçando a voz
leonina o mais possível: “Cavalheiro, tenha cuidado e muita calma: acabei de ouvir dizer que um
macaco fugiu do circo agora mesmo”. O cavalheiro, ouvindo o aviso, voltou-se, viu o leão e
morreu de um ataque do coração. O leão então murmurou tristemente: “Não adianta nada. É tal a
nossa fama de ferocidade que matamos, mesmo quando queremos agir em favor do próximo”.
Apanhou o envelope e na sua letra cuidadosa subscritou a si mesmo: Narciso, rua Treze,
nº 21. Passou cola nas bordas do papel, mergulhou no envelope e fechou-se. Horas mais tarde a
empregada colocou-o no correio. Um dia depois sentiu-se na mala do carteiro. Diante de uma
casa, percebeu que o funcionário tinha parado indeciso, consultara o envelope e prosseguira.
Voltou ao DCT, foi colocado numa prateleira. Dias depois, um novo carteiro procurou seu
endereço. Não achou, devia ter saído algo errado. A carta voltou à prateleira, no meio de muitas
outras, amareladas, empoeiradas. Sentiu, então, com terror, que a carta se extraviara. E Narciso
nunca mais encontrou a si mesmo.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. O homem com o furo na mão e
outras histórias. São Paulo: Editora Ática, 1998
Quando tinha onze anos, o cineasta Leonardo Hwan voltava da escola com um amigo em São
Paulo, quando um homem de cerca de trinta anos se aproximou, deu um susto nos garotos e
gritou que eles deveriam "voltar para o país deles". "Nunca esqueci. Fiquei muito assustado", diz
Leonardo, 27, que é brasileiro e descendente de tawaineses. Hoje ele conta essa história para
explicar porque fazer a piada do "pastel de flango" ou gritar "abre o olho, japonês" para
descendentes de asiáticos é ofensivo. E ele tem que explicar diversas vezes.
"É racista, é xenófobo. Não é 'apenas uma piada'. Você está fazendo o mesmo que o cara: está
dizendo que a pessoa não pertence, que ela é estrangeira, que não é bem-vinda", diz Leonardo.
Ele critica uma postagem do prefeito de São Paulo, João Doria, que escreveu a legenda "acelela"
em vez de "acelera" (seu slogan) em uma foto durante uma visita à China [...]. "Quando você diz
'acelela', está tirando sarro não dos chineses de lá, mas dos imigrantes daqui, para quem a
questão da língua e da adaptação é uma dificuldade real, e para descendentes que lutam há anos
para serem aceitos", afirma Leonardo. [...]
15. No texto, em “É racista, é xenófobo”, o referente que funciona como sujeito é: EF09LP05
Coesão textual se refere à relação entre os elementos constitutivos de um texto. Ela pode ser
referencial (retomada de algum item do texto) ou sequencial (relação semântica entre
enunciados).
Coesão referencial
É quando um elemento do texto alude a outro. Essa relação pode ocorrer, por exemplo, por meio
de:
Artigo
Uma chaga da cultura brasileira é a corrupção.
Nesse caso, o artigo indefinido “uma” se refere a uma informação subsequente, isto é, a
corrupção. Já os artigos definidos, normalmente, fazem referência a um elemento anterior:
Ao perceber a aproximação de um homem, fiquei com medo. Mas o homem passou por mim sem
sequer me olhar.
Pronome
Dilermando tirou férias. Ele não suportava mais a sua rotina.
Nesse exemplo, o pronome “ele” faz referência a “Dilermando”. Outros pronomes também podem
fazer retomadas em um texto, sejam eles:
- demonstrativos
- possessivos
- indefinidos
- interrogativos
- relativos
Numeral
As caixas de morango estão sobre a mesa. Duas são para o seu avô.
Nesse enunciado, o numeral “duas” se refere às caixas de morango.
Elipse
Minha amiga viajou no fim de semana. Não queria se encontrar comigo.
Nesse caso, o pronome “ela”, que faz referência à “minha amiga”, está implícito: “[Ela] não queria
se encontrar comigo”.
Advérbio
Ficou encolhido no cantinho do quarto. Ali se sentia um pouco mais seguro.
Nesse exemplo, o advérbio “ali” se refere ao “cantinho do quarto”.
Coesão sequencial
Tem a ver com a relação semântica entre (partes de) enunciados durante um sequenciamento
de ideias no texto, e pode ocorrer, por exemplo, por meio de:
repetição lexical:
As horas passavam, passavam, passavam.
repetição da estrutura sintática:
O menino pede água. A menina pede comida. E o avô pede descanso.
paráfrase:
Não se pode permitir o uso ilícito dessa tecnologia, ou seja, é preciso criar leis que limitem o uso
dela.
1. O texto a seguir peca pela falta de coesão, pois há inúmeros termos repetidos que
poderiam ser substituídos por pronomes ou por sinônimos. Leia-o atentamente. Assinale a
alternativa em que o texto foi reescrito de maneira a ficar coeso, sem repetições
desnecessárias e de acordo com a norma padrão da língua. EF67LP36
(A) Uma instituição que cuida de cães abandonados na Nova Zelândia está ensinando-os a dirigir.
O objetivo da brincadeira é encontrar novos lares para os animais, mostrando o quanto eles
podem ser inteligentes.
(B) Uma instituição que cuida de cães abandonados na Nova Zelândia está ensinando aqueles
animais a dirigir. O objetivo da brincadeira é encontrar novos lares para os cães, mostrando o
quanto os animais podem ser inteligentes.
(C) Uma instituição que cuida de cães abandonados na Nova Zelândia está ensinando-lhes a
dirigir. O objetivo da brincadeira é encontrar-lhes novos lares, mostrando o quanto os cães
abandonados podem ser inteligentes.
(D) Uma instituição que cuida de cães abandonados na Nova Zelândia está ensinando cachorros
abandonados a dirigir. O objetivo da brincadeira é encontrar novos lares para eles, mostrando o
quanto eles podem ser inteligentes.
2. A palavra destaca no trecho abaixo pode ser substituída sem alterar o sentido do texto por:
EF67LP36
Ana, como prefere ser chamada, é uma mulher bonita, inteligente, mas extremamente
desastrada.
(A) portanto
(B) contudo
(C) ou
(D) porque
3. Na frase: Sou coletivo. Tenho o mundo dentro de mim. O elemento coesivo que melhor
uniria estas duas orações é: EF67LP36
(A) E
(B) Afinal
(C) Entretanto
(D) Ou
(A) pelo modo como esse texto foi escrito (num pedaço de papel) não transmite sentido nenhum.
(B) não apresenta elementos de coesão que deem sentido ao texto.
(C) Não apresenta nenhum problema do ponto de vista do sentido.
(D) esse texto apresenta uma incoerência.
6. A fala do personagem supõe uma relação com uma ideia que está implícita, estabelecendo
a coesão sequencial entre texto verbal e não verbal. O elemento responsável por
estabelecer essa relação é EF08LP14
7. A piada acima consegue criar o efeito de humor graças a uma oração específica. Tal
oração é iniciada por uma conjunção subordinativa adverbial: EF08LP12
a) Final
b) Causal
c) Temporal
d) Proporcional
e) Consecutiva
Conjunções subordinativas
Conjunções subordinativas são palavras invariáveis, cuja função é unir orações, pois uma delas
exerce o papel principal, e a outra, o papel de subordinada, ou seja, dependente da primeira para
a construção completa de seu sentido. Pode-se diferenciá-las em integrantes e adverbiais.
• causais – exprimem causa: porque, como, uma vez que, já que, etc.;
Exemplo: Eu sou feliz porque tenho uma família.
• concessivas – exprimem concessão: embora, ainda que, mesmo que, apesar de que, etc.;
Exemplos: Quando fui dormir ainda estava claro, ainda que passasse das sete da noite.
Apesar de estarmos refletindo mais sobre a economia do país, os juros só tem aumentado.
• condicionais – exprimem condição ou hipótese: se, desde que, contanto que, caso, se, etc.;
Exemplo: Avise-me caso eles já saibam da nova lei.
• finais – exprimem finalidade: a fim de que, que, porque, para que, etc.;
Exemplo: Vamos embora a fim de que possamos assistir ao filme.
• proporcionais - estabelecem proporção: à medida que, à proporção que, ao passo que, etc.;
Exemplo: À medida que estudo todos os dias, minha memória se torna melhor.
• temporais – indicam tempo: quando, depois que, desde que, logo que, assim que, etc..
Exemplo: Desde que você foi embora, meu coração gerou expectativa para que voltasse.
A conjunção subordinativa ‘como’, destacada no trecho lido, segundo o seu contexto, tem o
sentido que expressa um modo:
(A) aditivo.
(B) causal.
(C) comparativo.
(D) conformativo.
O texto a seguir será referência para responder a questão abaixo.
2. No trecho do texto, “E, à medida que se acostuma, esquece o sol [...]”, a conjunção em
destaque poderia ser substituída pela seguinte, de mesmo valor: EF09LP08
a. No período “Se é uma questão de títulos, eu sou sua filha!”, registra-se o emprego de uma
conjunção subordinativa. Aponte-a:
( ) “Se”
( ) “sua”
( ) concessiva
( ) condicional
causais; comparativas;
condicionais; consecutivas;
conformativas; proporcionais;
concessivas; temporais;
finais.
Exemplos
→ Conjunções condicionais: iniciam a oração que contém uma condição ou uma hipótese
relacionada a um acontecimento expresso em outra oração.
Exemplos
→ Conjunções conformativas: introduzem uma oração que expressa uma concordância, uma
associação com o que está contido na outra oração.
Exemplos
Conforme Caetano Veloso canta, “Gente é pra brilhar. Não pra morrer de fome”.
Segundos dados do IBGE, o número de idosos deve dobrar até 2042.
→ Conjunções concessivas: introduzem uma oração na qual se percebe um fato diverso,
mas não capaz de anular o que foi estabelecido na outra oração. Há uma convivência entre as
duas informações.
Exemplos
Apesar de a empresa estar em crise, ela mantém a carga horária dos funcionários.
Não sei sobre o que você está falando, embora imagine.
→ Conjunções comparativas: iniciam uma oração responsável por fazer um paralelo, uma
comparação com o que foi manifestado em outra oração.
Exemplos
Exemplos
Exemplos
Exemplos
Quando fui à igreja, encontrei a Chiquinha.
Antes que a noite surja, a roupa precisa secar.
→ Conjunções finais: introduzem uma oração que expõe a finalidade, o objetivo de uma ação
presente numa outra oração.
Exemplos
Victor, faça a tarefa de casa para que a professora não chame a sua atenção.
Escovo os dentes a fim de manter a saúde bucal.
→ Conjunções integrantes: apresentam uma oração que figura como sujeito, objeto direto
ou indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de uma outra oração.
Exemplos
Leia:
Vai dar linha?
“Era Uma Vez Duas Linhas”. Assim começa o livro de Alonso Alvarez, que Marcelo Cipis
ilustrou. Esse também é o título da obra. E é o começo para uma viagem sem tirar a caneta do
papel. Eram duas linhas que saíram pela porta aberta para conhecer o mundo. Subiam
montanhas, desciam vales, pulavam no mar e voavam com as nuvens. Um dia, distraídas, se
perderam na cidade. Quando se encontraram, foi uma felicidade só, de embolar qualquer linha!
Elas deram um abraço tão apertado que deu até um nó. E quando conseguiram voltar para a
posição original, acabaram ficando presas e sumiram do mapa. Se você quiser saber como, terá
de ver o livro.
( ) tempo.
( ) finalidade.
( ) proporção.
3. O “que” é uma conjunção subordinativa no período: EF09LP08
4. No período “Se você quiser saber como, terá de ver o livro.”, a conjunção subordinativa
sublinhada exprime: EF09LP08
( ) uma hipótese.
( ) uma condição.
( ) uma possibilidade.
5. Na frase “As coisas não aconteceram como as duas linhas esperavam.”, a conjunção
subordinativa “como” foi empregada para indicar: EF09LP08
( ) uma causa.
( ) uma comparação.
( ) uma conformidade.
Árvores e frutos
- Eu estava em Campinas com o meu neto Marcelo de cinco anos. Marcelo Amoroso Lima.
Estávamos debaixo de um abacateiro e, a certa altura, para provocá-lo, comecei: “O que dá
abacate é abacateiro... O que dá sapoti... é sapotizeiro... O que dá criança... é crianceiro...”
BLOCH, Pedro. Árvores e frutos. In: Criança diz cada uma!. Rio de Janeiro: Edições de Ouro.
7. A manchete poderia ser reescrita, sem alteração de seu sentido original, da seguinte forma:
EF09LP08
a) “Enquanto o coronavírus não indica grandes riscos ao país, cientistas brasileiros já
organizam estudos sobre a doença”.
b) “Ainda que o coronavírus não indique grandes riscos ao país, cientistas brasileiros já
organizam estudos sobre a doença”.
c) “Contanto que o coronavírus não indique grandes riscos ao país, cientistas brasileiros já
organizam estudos sobre a doença”.
d) “À medida que o coronavírus indica grandes riscos ao país, cientistas brasileiros organizam
estudos sobre a doença”.
e) “Antes que o coronavírus indique grandes riscos ao país, cientistas brasileiros já
organizam estudos sobre a doença”.
a) “com” e “tanto”.
b) “tanto” e “me”.
c) “que” e “me”.
d) “se” e “que”.
e) "se" e "me"
( ) Se”
( ) alguém”.
( ) “tratar”.
( ) “me”.
(Artes Depressão. Disponível em:
http://3.bp.blogspot.com/-
( ) "tanto"
1amSrxTzyZo/UpE4rzlv3MI/AAAAAAAAIlU/hmUd
Y1I_w3k/s1600/artes_1328875372_n.jpg. Acesso
em 09 jul. 2017.)
Orações subordinadas adverbiais
Elas são classificadas em nove tipos, de acordo com a circunstância que exprimem na frase:
São elas:
Exemplo: O professor falou tão baixo, de forma que não conseguimos ouvir a aula.
CURY, Augusto Jorge. Você é insubstituível: este livro revela a sua biografia. Rio de Janeiro: Sextante, 2002. p.81.
Observe os períodos:
As orações que constituem a sequência “Se beber não dirija” estabelecem entre si uma
relação de: EF08LP11
(A) condição.
(B) concessão.
(C) consequência.
(D) contradição.
4. Leia o cartaz e observe que o período destacado da peça em questão é composto por uma
oração subordinada: EF08LP11
a) adverbial causal.
b) adjetiva restritiva.
c) adjetiva explicativa.
d) adverbial temporal.
5. Leia o seguinte anúncio publicitário para responder à questão abaixo. EF08LP11
Qual dos enunciados abaixo reescreve a frase mantendo a mesma relação de sentido
entre as orações que originalmente o constituem?
(A) Participe da educação de seu filho, assim ele nunca para de crescer.
(B) Participe da educação de seu filho a fim de que ele nunca pare de crescer.
(C) Participe da educação de seu filho, porque ele nunca para de crescer.
(D) Participe da educação de seu filho de modo que ele nunca pare de crescer.
(A) porque
(B) portanto
(C) entretanto
(D) no momento em que
A liberdade e o consumo
Quantos morreram pela liberdade de sua pátria? Quantos foram presos ou espancados
pela liberdade de dizer o que pensam? Quantos lutaram pela libertação dos escravos?
Mas vivemos hoje em uma sociedade em que a maioria já não sofre agressões a essas
liberdades tão vitais, cuja conquista ou reconquista desencadeou descomunais energias físicas e
intelectuais. Nosso apetite pela liberdade se aburguesou. Foi atraído (corrompido?) pelas
tentações da sociedade de consumo.
O que é percebido como liberdade para um pacato cidadão contemporâneo que vota, fala
o que quer, vive sob o manto da lei (ainda que capenga) e tem direito de mover-se livremente?
Uma ”liberdade” recente é o telefone celular. É o gostinho todo especial de ser capaz de
falar com qualquer pessoa, em qualquer momento, onde quer que se esteja. Importante? Para
algumas pessoas, é uma revolução no cotidiano e na profissão. Para outras, é apenas o prazer
de saber que a distância não mais cerceia a comunicação, por boba que seja.
Há ainda uma última liberdade, mais nova, ainda elitizada: a internet e o correio eletrônico.
É um correio sem as peripécias e demoras do carteiro, instantâneo, sem remorsos pelo tamanho
da mensagem (que se dane o destinatário do nosso attachment megabáitico) e que está a nosso
dispor, onde quer que estejamos. E acoplado a ele vem a web, com sua cacofonia de
informações, excessivas e desencontradas, onde se compra e vende, consomem-se filosofia e
pornografia, arte e empulhação.
Causa certo desconforto intelectual ver substituídas por objetos de consumo as discussões
filosóficas sobre liberdade e o heroísmo dos atos que levaram à sua preservação em múltiplos
domínios da existência humana. Mas assim é a nossa natureza, só nos preocupamos com o que
não temos ou com o que está ameaçado. Se há um consolo nisso, ele está no saber que a
preeminência de nossas liberdades consumistas marca a vitória de havermos conquistado as
outras liberdades, mais vitais. Mas, infelizmente, deleitar-se com a alienação do consumismo está
fora do horizonte de muitos. E, se o filósofo Joãozinho Trinta tem razão, não é por desdenhar os
luxos, mas por não poder desfrutá-los.
1. Nos itens abaixo, o emprego da conjunção OU (em maiúsculas) só tem nítido valor alternativo
em: EF89LP03
A) ”Quantos foram presos OU espancados pela liberdade de dizer o que pensam?”;
B) ”A segunda liberdade moderna é o transporte próprio, BMW OU bicicleta…”;
C) ”…de ver um programa imbecil ou um jogo, OU estar tão perto das notícias…”;
D) ”…só nos preocupamos com o que não temos OU com o que está ameaçado.”;
E) ”É estar próximo de reis, heróis, criminosos, superatletas OU cafajestes…”.
2. O item abaixo que indica corretamente o significado da palavra em maiúsculas no texto é
EF89LP03
A) ”…mas não foram as únicas a GALVANIZAR controvérsias.” – discutir;
B) ”…comer uma banana virou um ÍCONE da liberdade no Leste europeu.”- fantasia;
C) ”…consomem-se filosofia e pornografia, arte e EMPULHAÇÃO.”; grosseria;
D) ”…cafajestes METAMORFOSEADOS em apresentadores de TV.” – desfigurados;
E) ”…que a distância não mais CERCEIA a comunicação…”- impede.
3. ”Como conciliar a liberdade com a inevitável ação restritiva do Estado?”; nesse segmento do
texto, o articulista afirma que: EF89LP03
A) o Estado age obrigatoriamente contra a liberdade;
B) é impossível haver liberdade e governo ditatorial;
C) ainda não se chegou a unir os cidadãos e o governo;
D) cidadãos e governo devem trabalhar juntos pela liberdade;
E) o Estado é o responsável pela liberdade da população.