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QOAA-AFN/2022

TURMA MASTER
CONHECIMENTOS GERAIS
MÓDULO – II
MARÇO - ABRIL
2022

PORTUGUÊS E REDAÇÃO Prof. Rafael Dias


MATEMÁTICA Prof. César Loyola
GEOGRAFIA ECÔNOMICA Prof. Odilon Lugão
HISTÓRIA MILITAR NAVAL Prof. Vagner Souza
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MATERIAL INTERNO DE USO EXCLUSIVO DOS ALUNOS


Proibida a reprodução total ou parcial

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Módulo II - MÁSTER - MARÇO E ABRIL – PORTUGUÊS – PROFº RAFAEL

Máster – Lista 9
Funções do que

1. substantivo: quando equivaler a “alguma coisa”. Nesse caso, virá precedida de artigo ou outra palavra
determinante e será sempre acentuada, por se tratar de um monossílabo tônico.
Ela tem um quê de sedutor.
Esse caso tem certo quê de mistério.

2. interjeição: quando exprimir espanto, admiração, surpresa. Nesse caso, também será acentuada. Existe, também, a
variante “o quê”:
Quê! Você ainda não tomou banho?!
O quê! Ainda não entregaram a mercadoria?!

3. preposição: quando estiver ligando dois verbos. Nesse caso, equivale a “de”.
Tenho que sair mais cedo hoje.
Ela tem que ir à escola ainda hoje.

4. partícula expletiva ou de realce: nesse caso, não possui função alguma. Como o próprio nome indica, aparece na
oração simplesmente para dar realce. Pode ser tirada sem prejuízo algum para o sentido. Costuma também
aparecer na variante “é que”.
Quase que ela consegue o primeiro lugar.
Ele é que resolveu o problema.

5. advérbio: quando estiver intensificado um adjetivo ou um outro advérbio . Nesse caso, equivale a “quão”.
Que bonitas são aquelas casa!
Que longe fica aquele lugar!

Conjunção: quando relacionar duas orações. Enquanto conjunção, o quê pode ser:

6. conjunção coordenada explicativa: quando introduzir oração coordenada explicativa. Equivale a “pois”;
Venha depressa que já é tarde.

7. conjunção coordenada aditiva: quando introduzir oração coordenada aditiva. Equivale a “e”;
Marina dança que dança.
Ele chora que chora.

8. conjunção coordenada adversativa: quando introduzir oração coordenada adversativa. Equivale a “mas”;
Acuse-os, que não a mim.

9. conjunção coordenada alternativa: quando introduzir oração coordenada alternativa. Equivale a “ou...ou...”;
Que ele venha, que não venha, partiremos hoje!

10. conjunção subordinativa temporal: quando introduzir oração subordinada temporal. Equivale a “desde que”,
“quando”:
Faz dez anos que me formei.

11. conjunção subordinativa integrante: quando introduzir oração subordinada substantiva. Equivale a “isso”, “disso”:
Espero que todos compareçam.

12. conjunção subordinativa final: quando introduzir oração subordinada final. Equivale a “para que”:
"Criarei estas relíquias, que aqui viste, / que refrigério sejam da mãe triste."
Ela fez um sinal que ficássemos calados.

13. conjunção subordinativa consecutiva: quando introduzir oração subordinada consecutiva. Equivale a
“consequentemente”:
É tão delicada que a todos encanta.
Tamanha era a certeza, que apostou tudo.

14. conjunção subordinativa concessiva: quando introduzir oração subordinada concessiva. Equivale a “embora”, “ainda
que”:
Cruel que me julgassem, não cederia a seus rogos. (=ainda que).
Longe que fosse a casa dela, iria até lá. (=embora)

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15. conjunção subordinativa comparativa: quando introduzir oração subordinada comparativa. Equivale a “como”, “tanto... quanto”:
Sou mais alto que meu irmão.

16. conjunção subordinativa causal: quando introduzir oração subordinada causal. Equivale a “porque”
Saio daqui a pouco, que parou de chover.
Irei à praia mais tarde que parou de chover.

Observações:
1. Como todas as conjunções, a conjunção que não exerce função sintática alguma dentro da frase, funcionando apenas
como conectivo.

2. classifica-se a conjunção que de acordo com a oração que ela introduz. Quando iniciar oração subordinada
substantiva, receberá o nome de conjunção subordinativa integrante. No caso de iniciar outro tipo de oração, receberá o
nome da oração que estiver introduzindo.

pronome: como pronome, a palavra que pode ser:

17. pronome relativo: quando equivaler a “o qual” e flexões. Introduz oração subordinada adjetiva.
Estas são pessoas que saíram.
Não conheço os assuntos de que você falou.

Observação: O pronome relativo que pode exercer inúmeras funções sintáticas.

18. pronome indefinido: quando é um pronome indefinido, a palavra que pode ser:

 pronome substantivo indefinido: equivale a “que coisa”.


Que aconteceu naquela noite?
Você tem medo de quê?

 Pronome adjetivo indefinido: determina um substantivo.


Que vida malvada!
Que dia é hoje?

Observação: Você deve Ter notado que o pronome indefinido que pode aparecer em orações exclamativas e orações
interrogativas,. Quando fizer parte de oração interrogativas, também será chamado de pronome interrogativo.

Funções do se

1. conjunção subordinativa integrante: quando introduz uma oração subordinada substantiva.


Perguntei se ela viria hoje.
Não sei se você está contente.
2. conjunção subordinativa condicional: quando introduz oração subordinada adverbial condicional. Nesse caso,
equivale a caso.
Iremos à praia se fizer bom tempo.
Se você me emprestar o dinheiro, poderei ir.
3. conjunção subordinativa causal: quando introduzir oração subordinada causal. Equivale a “porque”
Se o homem é mortal, ele deve ser menos vaidoso e arrogante.
Observação: É muito importante lembrar que as conjunções não exercem função sintática na frase, funcionando
apenas como conectivos.

4. pronome reflexivo: como pronome oblíquo, a palavra se será pronome reflexivo quando equivaler a si mesmo e
fará parte de uma oração na voz reflexiva.
Quando é pronome reflexivo, a palavra se poderá exercer as seguintes funções sintáticas :
a) objeto direto:
Ela cortou-se com a faca.
b) objeto indireto:
Ela arroga-se direitos que não tem.
c) sujeito de um infinitivo:
Ela deixou-se estar à janela.

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5. Pronome recíproco: quando faz parte de uma oração de voz reflexiva a equivale “a um ao outro”.
Os atletas agrediram-se.
Os inimigos olharam-se com desprezo.

6. partícula apassivadora: quando se junta a verbo que pede objeto direto, apassivando-o.

Compram-se moedas antigas.


Divulgou-se o resultado da prova.

Observação: quando a palavra “se” funcionar como partícula apassivadora, haverá uma oração na voz passiva
sintética, sendo sempre possível sua conversão para a voz passiva analítica.

Observe: Moedas antigas são compradas.


O resultado da prova foi divulgado.

7. índice de indeterminação do sujeito: quando se junta a um verbo que não é transitivo direto, tornando o sujeito da
oração indeterminado.
Precisa-se de vendedores com experiência.
Vive-se muito bem naquele lugar.

Observação: Quando a palavra se for índice indeterminação do sujeito, o verbo estará sempre na terceira pessoa
do singular.

8. partícula expletiva ou de realce: nesse caso, a palavra se não possui função alguma. Como o próprio nome
indica, está na frase apenas para dar realce, tanto que ela pode ser retirada sem prejuízo algum ao sentido.
Ele se morria de ciúmes pela esposa.
Passaram-se os dias e ela não apareceu.
Vou-me embora.

9. parte integrante do verbo: faz parte do verbo pronominal, isto é, de verbo que é conjugado com auxílio de um
pronome oblíquo.
Ela arrependeu-se do que fez.
Ajoelhou-se no chão e rezou.

Exercícios

1- Classifique o que nas ocorrências abaixo de acordo com o código:


1- pronome substantivo interrogativo
2- pronome adjetivo
3- pronome substantivo relativo

a) O telefonema que eu iria receber nunca foi dado. ( )


b) Que pretendiam aquelas pessoas? ( )
c) Que brisa! ( )
d) É esse o direito que você se arroga? ( )
e) Que livro é esse? ( )

2- Classifique a palavra que nas frases seguintes.

a) Não se sabia que o prazo fora adiado.


b) Há um quê de tristeza no ar.
c) Dê licença que ele exponha sua opinião.
d) Faz meses que não a vejo.
e) Fala que fala e nada de dizer algo sério.
f) Foi mais feliz sua velhice que sua infância.
g) Fique atento, que há muitos perigos.
h) É tão chato que todos os evitam.
i) Quê! Ela não aceitou seu convite?!
j) Tem-se que acreditar em dias melhores.
k) Alguém, que não ele, deve ter feito isso.
l) Faladores que sejam, não me convencem: falta-lhes autenticidade.
m) Que Deus os proteja!
n) Fugimos, que ninguém ousava enfrentá-lo!

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3- “A cláusula mostra que tu não queres enganar.”
A classe gramatical da palavra que no trecho acima é a mesma da palavra que na seguinte frase:

a) Ficam desde já excluídos os sonhadores, os que amem o mistério.


b) Não foi a religião que te inspirou esse anúncio
c) Que não pedes um diálogo de amor, é claro.
d) Que foi então, senão a triste, longa e aborrecida experiência?
e) Quem és tu, que sabes tanto?

4.Nas passagens “Bebi o café que eu mesmo preparei...”e”... pensando na vida e nas mulheres que amei”, tem o que a
mesma função sintática? Justifique a resposta.
____________________________________________

5- “Oh! Que alto são os segredos da providência divina.”


O termo destacado é?

a) Conjunção subordinativa casual.


b) Conjunção subordinativa integrante.
c) Pronome relativo.
d) Pronome interrogativo
e) Advérbio de intensidade

6- O que está com função de preposição na alternativa:

a) Veja que lindo está o cabelo da nossa amiga!


b) Dize-me com quem andas, que direi quem és.
c) João não estudou mais que José, mas entrou na faculdade.
d) O fiscal teve que acompanhar o candidato ao banheiro.
e) Não chores, que eu já volto.

7- Assinale a alternativa correta:

a) Daí porquê não aceitei tuas desculpas.


b) Saiu por que quis.
c) Todo crime tem seu por que.
d) Isso dói não sei por quê.
d) Eis porquê não vim.

8- “O olhador sente o prazer de novas associações de coisas, animais e pessoas; e esse prazer é poético. Quem disse
que a poesia anda desvalorizada? A bossa dos anúncios prova o contrário. E ao vender-nos qualquer mercadoria, eles
nos dão de presente “algo mais”, que é produto da imaginação e tem serventia, as coisas concretas, que também de pão
abstrato se nutre o homem.” (Carlos Drummond de Andrade)

A palavra que, no parágrafo acima, classifica-se respectivamente, como:

a) conjunção, pronome relativo, conjunção


b) conjunção, conjunção, conjunção
c) pronome relativo, pronome relativo, pronome relativo
d) pronome relativo, conjunção, pronome relativo
e) pronome indefinido, pronome indefinido, conjunção

9- Assinale a alternativa cuja palavra destacada não exerce a mesma função sintática do termo destacado na frase
abaixo:

“A saudade que ele trouxe, da aurora de sua vida, de sua infância querida que os anos não trazem mais, temos nós
agora...”

a) “...o apartamento modesto que ela enche com o seu ‘ingênuo folga’.”
b) “... ou ainda sendo esta que Giselinha vive agora...”
c) “... enchendo de tédio os dias que o poeta chamou...”
d) “...senhores que a maioridade tornou ignorantes.”
e) “ Mas que ela insinuou esta bela imagem que seria tão do gosto de Casimiro de Abreu...”

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10- “Os olhos foram tão teimosos, que ela emendou logo palavra.” (Machado de Assis) O termo em destaque é:
a) Conjunção subordinativa consecutiva.
b) Conjunção subordinativa final.
c) Conjunção subordinativa comparativa.
d) Conjunção subordinativa adversativa.
e) Conjunção subordinativa aditiva.

11-Assinale a alternativa em que a palavra em destaque é pronome:


a) O homem que chegou é meu amigo.
b) Notei um quê de tristeza em seu rosto.
c) Importa que compareçamos.
d) Ele é que disse isso!
e) Vão ter que dizer a verdade.

12- Em “ Vem caindo devagar/Tão devagar vem caindo/Que dá tempo a um passarinho...”, a palavra que dá ideia de:
a) comparação
b) oposição
c) condição
d) causa
e) consequência

13- No trecho a seguinte, observe os termos em destaque:


“Mas a verdade é que este olho que se abre de quando em quando...”
a) pronome relativo, pronome relativo
b) conjunção subordinativa casual, pronome relativo
c) conjunção subordinativa integrante, conjunção subordinativa integrante
d) conjunção subordinativa integrante, pronome relativo
e) parte integrante da locução é que, conjunção subordinativa integrante

14- Classifique as ocorrências das palavras se de acordo com o código:


1-partícula apassivadora
2-índice de indeterminação do sujeito
3-partícula expletiva
4-parte integrante do verbo
a) Não se vêem certas coisas. ( )
b) Respeitem-se as normas estabelecidas. ( )
c) Está-se sujeito a incertezas. ( )
d) Foi-se a cavalo. ( )
e) Orgulhava-se de suas origens. ( )
f) Lamentava-se da falta de sorte.( )

15-No período “Não se fazem automóveis como antigamente”, a palavra se é:


a) Partícula apassivadora.
b) Índice de indeterminação do sujeito.
c) Pronome interrogativo.
d) Conjunção integrante.

16- Indique a alternativa em que a partícula se não tem valor de pronome apassivador:
a) ”... ouviam-se gargalhadas e pragas...”
b) “... destacavam-se risos...”
c) “... trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons-dias...”
d) “... já não se destacavam vozes dispersas...”
e) “... pigarreava-se grosso por toda parte...”

18- Em qual das alternativas o pronome se é índice de indeterminação do sujeito?


a) Jabuticaba chupa-se no pé.
b) Amam-se como irmãos
c) O rapaz dá-se muita importância.
d) As moças sorriam-se, agradecidas.
e) Aqui, vive-se em paz.
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19- Aponte o período em que a palavra se seja uma conjunção subordinada integrante.
a) A tristeza daquela jovem se funda em problema pessoais.
b) Em suas palavras, não se separam mentiras e verdades.
c) Se essa obra fosse impressa no Brasil, teria o valor de oito mil cruzeiros.
d) Os dirigentes indagaram se seriam ordens adequadas a sues subalternos.
e) Os chefes administrativos mantêm-se atualizados quanto a questões existenciais das mais complexas.
20. Assinale a opção em que “se” funciona como índice de indeterminação do sujeito:
a) Se Tereza não for à festa, também não irei.
b) A criança machucou-se na bicicleta.
c) Trata-se do primeiro e último fundo no Brasil.
d) Ele impôs-se uma disciplina rigorosa.
e) “Ergueu-se, passou a toalha no rosto”.
21. Classifique as funções da palavra “se” nas frases a seguir, numerando, convenientemente, os parênteses:
1. Partícula apassivadora.
2. Índice de indeterminação do sujeito.
3. Partícula de realce.
4. Partícula integrante do verbo.
5. Conjunção subordinativa.
( ) “Ela quer saber se eu me sinto realizado”. (Drummond)
( ) “Acabou-se a confiança no próximo”. (Drummond)
( ) Suicidou-se, pulando no fim da tarde de um prédio de 10 andares.
( ) Precisa-se de operários.
( ) “Sentia-se o cheiro da panela no fogo, chiando de toucinho no braseiro”. (José Lins do Rego)
A sequência correta é:
a) 4-3-5-2-1
b) 5-3-2-4-1
c) 4-5-2-1-3
d) 5-3-4-2-1
e) 5-3-2-1-4
22. Assinale a opção onde “se” exerce a função de índice de indeterminação do sujeito:
a) Gosta-se muito de doces por aqui.
b) Comprou-se um novo prédio para a loja.
c) Emprestou-se o dinheiro ao professor.
d) Deixou-se sentar na soleira da porta.
e) As roupas, os varais, tudo isso se foi, levado pela correnteza.
23. Em todas as orações abaixo, a palavra “se” aparece como pronome reflexivo, exceto em:
a) Os namorados beijavam-se calorosamente.
b) Mãe e filha queriam-se muito.
c) Suicidou-se numa noite de verão.
d) Era-se feliz na fazenda.
e) Cortou-se a pobre menina nos arames farpados
Máster - lista 10
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:
"Vivemos numa época de tamanha insegurança externa e interna, e de tamanha carência de objetivos firmes, que a
simples confissão de nossas convicções pode ser importante, mesmo que essas convicções, como todo julgamento de valor,
não possam ser provadas por deduções lógicas.
Surge imediatamente a pergunta: podemos considerar a busca da verdade - ou, para dizer mais modestamente,
nossos esforços para compreender o universo cognoscível através do pensamento lógico construtivo - como um objeto
autônomo de nosso trabalho? Ou nossa busca da verdade deve ser subordinada a algum outro objetivo, de caráter prático, por
exemplo? Essa questão não pode ser resolvida em bases lógicas. A decisão, contudo, terá considerável influência sobre nosso
pensamento e nosso julgamento moral, desde que se origine numa convicção profunda e inabalável. Permitam-me fazer uma
confissão: para mim, o esforço no sentido de obter maior percepção e compreensão é um dos objetivos independentes sem os
quais nenhum ser pensante é capaz de adotar uma atitude consciente e positiva ante a vida.
Na própria essência de nosso esforço para compreender o fato de, por um lado, tentar englobar a grande e complexa
variedade das experiências humanas, e de, por outro lado, procurar a simplicidade e a economia nas hipóteses básicas. A crença de
que esses dois objetivos podem existir paralelamente é, devido ao estágio primitivo de nosso conhecimento científico, uma questão de
fé. Sem essa fé eu não poderia ter uma convicção firme e inabalável acerca do valor independente do conhecimento.

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Essa atitude de certo modo religiosa de um homem engajado no trabalho científico tem influência sobre toda sua
personalidade. Além do conhecimento proveniente da experiência acumulada, e além das regras do pensamento lógico,
não existe, em princípio, nenhuma autoridade cujas confissões e declarações possam ser consideradas "Verdade " pelo
cientista. Isso leva a uma situação paradoxal: uma pessoa que devota todo seu esforço a objetivos materiais se tornará,
do ponto de vista social, alguém extremamente individualista, que, a princípio, só tem fé em seu próprio julgamento, e
em nada mais. É possível afirmar que o individualismo intelectual e a sede de conhecimento científico apareceram
simultaneamente na história e permaneceram inseparáveis desde então. "(Einstein, In: O Pensamento Vivo de Einstein,
p. 13 e 14, 5a. edição, Martin Claret Editores)

1. Observe:
I. "Essa atitude de certo modo religiosa de 'um' homem engajado no trabalho..."
II. "Pedro comprou 'um' jornal"
III. "Maria mora no apartamento 'um'."
IV. "Quantos namorados você tem?" 'Um'.

A palavra "um" nas frases acima é, no plano morfológico, respectivamente:

a) artigo indefinido em I e numeral em II, III e IV.


b) artigo indefinido em I e II e numeral em III e IV.
c) artigo indefinido em I e III e numeral em II e IV.
d) artigo indefinido em I, II, III e IV.
e) artigo indefinido em III e IV e numeral em I e II.

2. Na frase "... nenhuma autoridade 'cujas' confissões...", a palavra, entre aspas, no plano morfológico, é:

a) pronome indefinido.
b) pronome pessoal.
c) pronome relativo.
d) pronome demonstrativo.
e) pronome possessivo.

3. Em "A crença de que ESSES dois objetivos podem existir paralelamente é, devido ao estágio primitivo de nosso
conhecimento científico, uma questão de fé", o autor empregou a palavra em destaque porque
a) é uma indicação da distância espacial entre o escritor e o leitor.
b) é uma indicação da proximidade temporal entre o escritor e o leitor.
c) é uma indicação da distância temporal entre o escritor e o leitor.
d) é uma referência coesiva a elementos da frase posterior.
e) é uma referência coesiva a elementos da frase anterior.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


"Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, á porta do Ateneu. Coragem para a luta."
Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada
exoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico, diferente do que se encontra fora, tão diferente,
que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a
criatura á impressão rude do primeiro ensinamento, têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo clima
rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita, dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje,
sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora e não viesse de longe a enfiada das decepções que nos
ultrajam. (Raul Pompéia )

4. Há, em Língua Portuguesa, algumas palavras que admitem ou não flexão de número (singular/plural), dependendo de seu
valor morfológico. No texto em questão, aparece uma dessas palavras:
"(...) BASTANTE experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança..."
Considerando a possibilidade de flexão ou não da palavra, em função de seus diferentes empregos, assinale a alternativa
incorreta:

a) Bastantes verdades experimentei anos depois do aviso que meu pai me deu.
b) Meu pai me falou bastante sobre verdades que eu encontraria anos depois.
c) Bastante tempo depois, eu encontraria muitas das verdades anunciadas no aviso de meu pai.
d) Bastantes anos depois, eu experimentaria as verdades do aviso de meu pai.
e) Anos depois, bastantes verdadeiros se tornaram também outros avisos de meu pai.

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5. Indique a alternativa em que há erro gramatical:
a) Não vá sem eu.
b) Ele é contra eu estar aqui.
c) Ele é contra mim, estar aqui é crime.
d) Com eu estar doente, não houve palestra.
e) Não haveria entre mim e ti entendimento possível.

6. O termo ONDE encontra-se corretamente empregado na frase:

a) A suspeita de falsificação nasceu no país onde havia muitos crimes.


b) Não sei onde foi que te decepcionei: ao não responder à tua carta? Ao não me desculpar por isso?
c) Nos piores momentos é onde podemos reconhecer os verdadeiros amigos.
d) Não tenho saudades de minha infância, onde sofri tantas injustiças.
e) À saída dos torcedores é onde costuma haver muito tumulto.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: TER CEM ANOS, SER CENTENÁRIA

1 Porto Alegre está ficando assim, quando e onde menos se espera aparece um centenário. [...] 1Bem, 2nós
sabemos que uma 5cidade centenária é muito mais que uma 10cidade de cem anos, uma cidade onde meramente vivem
figuras e centenários de cem anos. 4Esta, basta deixá-la6 vagar ao sabor do 8calendário, 7que mal ou bem corre17;
9aquela, porém, precisa muito mais. Precisa, 3por exemplo, da 12vibração que 14só acomete os dispostos a segurar o

tempo pelos cabelos e impor-lhe11 um ritmo, para fazer história, consistência, com a matéria-prima trivial, dispersão.
2 Com seus mais de duzentos anos de existência, Porto Alegre se candidata 15agora à honraria de ser centenária.
Coisas, ambientes, filhos ilustres, artistas, instituições, ruas porto-alegrenses estão fazendo 13acontecer, 16ao longo dos
anos, a cidade -18 este silencioso depósito de sucessivas camadas de heroísmo, covardia, ousadia, destempero,
fracasso, vitórias, esperanças, desinteresses, contrariedades, e desejos, em combinações díspares, 19 humanas.
(Fischer, L.A. TER CEM ANOS, SER CENTENÁRIA. Porto & Vírgula, Porto Alegre, nº. 26 agosto/1994, p.1)
7. As alternativas a seguir apresentam algumas possibilidades de alteração na posição das expressões adverbiais SÓ
(ref. 14), AGORA (ref. 15) e AO LONGO DOS ANOS (ref. 16).
Assinale a única alternativa em que a reordenação causaria MUDANÇA no significado da frase em questão.

a) SÓ poderia aparecer entre ACOMETE e OS DISPOSTOS (par 1).


b) SÓ poderia aparecer entre SEGURAR e O TEMPO (par. 1).
c) AGORA poderia aparecer entre PORTO ALEGRE e SE CANDIDATA (par. 2).
d) AGORA poderia aparecer antes de PORTO ALEGRE (par. 2).
e) AO LONGO DOS ANOS poderia aparecer antes de COISAS (par. 2).

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


Pais e adultos em geral são incompetentes para entender 4o que vai pela cabeça das crianças; estas, por sua
vez, são incapazes de detectar 5o que se esconde sob os gestos e as frases dos mais velhos. Na zona cinzenta que
reúne essas duas conhecidas limitações, reside o objeto de "Quarto de Menina", estreia literária da psicanalista carioca
Livia Garcia Roza.
Luciana, oito anos, filha única de pais separados, é inteligente, sapeca, sem papas na língua e mora com o pai,
intelectual, pacato, caladão, professor de filosofia. É ela a narradora do livro. Ao longo de 180 páginas, relata o seu
cotidiano, 6que 1se limita, aqui, ao próprio quarto, à biblioteca do pai, à sala e à casa da mãe. [...]
Apesar disso, não se trata de uma obra para crianças. A construção híbrida da narrativa descarta episódios mais
banais ou preocupações que seriam em tese mais comuns às crianças, dando destaque para os 2diálogos, seja entre
Luciana e os pais, seja entre a garota e suas bonecas.
No primeiro caso, Luciana frequentemente não entende certas insinuações dos pais, enquanto estes ficam
perplexos diante de reações ou perguntas da filha. Já nas "conversas" com seus amigos de quarto, a narradora expõe
seu estranhamento, desabafa, chora, faz planos e, ao mesmo tempo, revela indireta e inconscientemente a dificuldade
de captar o significado dos eventos que ela mesma narra, significado que nós, 3leitores presumivelmente maduros,
enxergamos logo de cara.
Nessa capacidade de explicar ao mesmo tempo uma história e a não-compreensão dessa mesma história pelo
seu próprio narrador, aí está um dos pontos mais interessantes de "Quarto de Menina". [...] (Ajzenberg B. A ABISSAL
NORMALIDADE DO COTIDIANO, Folha de São Paulo, 15.10.95, p. 5-11)

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8. Considere as seguintes propostas de substituições de expressões do texto.
I - Substituir a palavra 'o' (ref. 4) por 'aquilo'.
II - Substituir a expressão 'o que' (ref. 5) por 'o qual'.
III - Substituir a palavra 'que' (ref. 6) por 'o qual'.
Quais delas poderiam ser realizadas sem acarretar erro?

a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas I e III
e) I, II e III

9. As expressões a seguir poderiam substituir a expressão 'Apesar disso' (no início do terceiro parágrafo) sem causar
alteração essencial no significado da frase, à exceção de:

a) Contudo
b) No entanto
c) Todavia
d) Portanto
e) Entretanto

10. Indicar a ÚNICA frase correta na relação a seguir:


a) O rapaz colocou-se entre eu e você;
b) Entre mim e você há um grande segredo;
c) Aquela notícia chegou até eu;
d) Você trouxe o livro para mim ler;
e) Nunca vi ele tão zangado.

11. Aponte a alternativa que contém um QUE classificado morfologicamente como partícula expletiva (ou de realce).

a) "A vida é tão bela que chega a dar medo."


b) "Havia uma escada que parava de repente no ar."
c) "Oh! Que revoada, que revoada de asas!"
d) "O vento que vinha desde o princípio do mundo / Estava brincando com teus cabelos..."
e) "Nós / é que vamos empurrando, dia a dia, sua cadeira de rodas."

12. No período:
"Queria chorar e sentia os olhos enxutos", o conectivo que une as duas orações indica:

a) junção de ideias, portanto é uma conjunção aditiva;


b) contraste de ideias, portanto é uma conjunção aditiva;
c) disjunção de ideias, portanto é uma conjunção conclusiva;
d) contraste de ideias, portanto é uma conjunção adversativa;
e) disjunção de ideias, portanto é uma conjunção condicional.

13. Aponte a alternativa que apresenta um uso adequado de conjunções ou locuções conjuntivas.

a) Ele transforma-se num cavalheiro, na medida que vai crescendo.


b) Perdeu o dinheiro, mas não teve, no entanto, nenhum gesto de desespero.
c) Somos de paz, pois deves parar com as provocações.
d) Não foi e nem ficou.
e) Gosto de avião; prefiro, porém, navio.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


"Queria dizer aqui o fim do Quincas Borba, que adoeceu também, ganiu infinitamente, fugiu desvairado em busca do
dono, e amanheceu morto na rua, três dias depois. Mas, vendo a morte do cão narrada em capítulo especial, é provável que
me perguntes se ele, se o seu defunto homônimo é que dá o título ao livro, e por que antes um que outro, - questão prenhe de
questões, que nos levariam longe... Eia! chora os dous recentes mortos, se tens lágrimas. Se só tens riso, ri-te! É a mesma
cousa. O Cruzeiro, que a linda Sofia não quis fitar, como lhe pedia Rubião, está assaz alto para não discernir os risos e as
lágrimas dos homens."
Machado de Assis

- 13 -
14. " ... e por que antes um que outro..." - por que (separado) tal qual na oração:

a) não veio ............ choveu


b) reza, filho, ............ Deus te ouvirá
c) sei ............ não sabes: não estudas
d) trouxe o guarda-chuva ............ estava chovendo
e) o professor ensina, ............ o aluno vença

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Essas questões apresentam um período que você deverá modificar, iniciando-o conforme se sugere, mas sem alterar a
ideia contida no primeiro. Em consequência, outras partes da frase sofrerão alterações. Assinale a alternativa que
contém o elemento adequado ao novo período.
EXEMPLO:
Abraçou-me com tal ímpeto, que não pude evitá-lo.
Comece com: Não pude evitá-lo ...
a) assim
b) quando
c) à medida que
d) então
e) porque
Neste caso, a resposta correta é "e", pois a frase transformada seria:
Não pude evitá-lo porque me abraçou com grande ímpeto.

15. Fosse assim como pensas, tudo seria fácil.


Comece com: Tudo seria fácil ...

a) visto que
b) porque
c) por conseguinte
d) entretanto
e) caso

16. I - "O velho sorriu-SE, deixando apenas escapar em tom de dúvida um significativo - Qual..."
II - "Nada (...) SE conseguiu com a receita; o mal continuou."
III - "- Só lhe direi, respondeu a comadre depois de alguma hesitação, SE me prometerdes guardar todo o segredo,
que o caso é muito sério."
IV - "As três velhas conversaram por largo tempo, não porque muitas coisas SE tivessem a dizer..."
Aponte a sequência correta quanto à classificação morfológica da palavra SE nessas frases de Manuel Antônio de Almeida.

a) I - partícula expletiva, II - partícula apassivadora, III - conjunção subordinativa condicional, IV - pronome reflexivo.
b) I - partícula apassivadora, II - partícula expletiva, III - conjunção subordinativa condicional, IV - pronome reflexivo.
c) I - pronome reflexivo, II - partícula apassivadora, III - conjunção subordinativa integrante, IV - pronome reflexivo.
d) I - partícula expletiva, II - partícula reflexivo, III - conjunção subordinativa condicional, IV - pronome reflexivo.
e) I - partícula apassivadora, II - partícula apassivadora, III - conjunção subordinativa condicional, IV - partícula
apassivadora.

17. Observe o texto publicitário a seguir reproduzido, que explora de forma criativa o uso da conjunção.

- 14 -
Assinale a afirmação correta a respeito dos procedimentos linguísticos encontrados em "Viver ou Sonhar?" e "Viver e
Sonhar.".

a) Temos, respectivamente, conjunção coordenativa aditiva e conjunção coordenativa alternativa, pois, quando se joga
com o sentido das frases, opondo-se as ações umas às outras, as conjunções podem assumir valores e significados
diferentes ou até mesmo opostos.
b) A primeira frase traz uma conjunção coordenativa alternativa com valor aditivo, e a segunda frase, uma conjunção
coordenativa aditiva com valor adversativo. Isto se dá devido à intenção do autor de fazer um jogo de palavras muito
em uso na linguagem publicitária.
c) Vê-se que a conjunção coordenativa, presente em ambos os casos, apesar de adquirir significativos diferentes, não
altera o sentido das frases, já que liga elementos independentes, estabelecendo relações de alternância, no primeiro
caso, e de igualdade ou alternância, no segundo caso.
d) Temos, respectivamente, conjunção coordenativa alternativa e conjunção coordenativa aditiva. A mudança de sentido
obtida com a troca das conjunções está na escolha a ser feita: a primeira implica exclusão de ações, o que leva à
indecisão, enquanto a segunda expressa a soma de uma ação à outra, resultando disso um modo mais completo de
vida.
e) Temos, respectivamente, conjunção coordenativa alternativa e conjunção coordenativa aditiva. O autor do texto
publicitário, ao fazer um jogo, alternando as conjunções, tenta obter uma mudança de sentido; porém, como podemos
observar com uma leitura mais cuidadosa, nem toda troca de conjunção caracteriza uma alternância de pensamento.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


SOBRE ARTES E ARTISTAS

"Uma coisa que realmente não existe é aquilo a que se dá o nome de Arte. Existem somente artistas. Outrora,
eram homens que apanhavam terra colorida e modelavam toscamente as formas de um bisão na parede de uma
caverna; hoje, alguns compram suas tintas e desenham cartazes para os tapumes; eles faziam e fazem muitas outras
coisas. Não prejudica ninguém chamar a todas essas atividades arte, desde que conservemos em mente que tal palavra
pode significar coisas muito diferentes, em tempos e lugares diferentes, e que Arte com A maiúsculo não existe. Na
verdade, Arte com A maiúsculo passou a ser algo de um bicho-papão e de um fetiche. Podemos esmagar um artista
dizendo-lhe que o que ele acaba de fazer pode ser muito bom no seu gênero, só que não é "Arte". E podemos
desconcertar qualquer pessoa que esteja contemplando com prazer um quadro, declarando que aquilo de que ela gosta
não é Arte, mas algo muito diferente. Na realidade, não penso que existam quaisquer razões erradas para se gostar de
um quadro ou de uma escultura. Alguém pode gostar de uma paisagem porque ela lhe recorda seu berço natal, ou de
um retrato porque lhe lembra um amigo. Nada há de errado nisso. (...) Somente quando alguma recordação irrelevante
nos torna parciais e preconceituosos, quando instintivamente voltamos as costas a um quadro magnífico de uma cena
alpina porque não gostamos de praticar alpinismo, é que devemos perscrutar o nosso íntimo para desvendar as razões
da aversão que estraga um prazer que de outro modo poderíamos ter. Há razões erradas para não se gostar de uma
obra de arte."E. H. Gombrich

18. Nas orações "e QUE Arte com A maiúsculo não existe" e "o QUE ele acaba de fazer...", as palavras em maiúsculo
funcionam respectivamente como:

a) conjunção integrante e pronome relativo


b) pronome relativo e pronome relativo
c) conjunção integrante e conjunção integrante
d) pronome relativo e conjunção integrante
e) conjunção aditiva e pronome demonstrativo

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Os gatos


Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, e fez o crítico à semelhança do gato. Ao crítico deu ele, como
ao gato, a graça ondulosa e o assopro, o ronrom e a garra, a língua espinhosa. Fê-lo nervoso e ágil, refletido e
preguiçoso; artista até ao requinte, sarcasta até a tortura, e para os amigos bom rapaz, desconfiado para os indiferentes,
e terrível com agressores e adversários... .
Desde que o nosso tempo englobou os homens em três categorias de brutos, o burro, o cão e o gato - isto é, o
animal de trabalho, o animal de ataque, e o animal de humor e fantasia - por que não escolheremos nós o travesti do
último? É o que se quadra mais ao nosso tipo, e aquele que melhor nos livrará da escravidão do asno, e das dentadas
famintas do cachorro.
Razão por que nos acharás aqui, leitor, miando um pouco, arranhando sempre e não temendo nunca.

FIALHO DE ALMEIDA

- 15 -
19. Razão por que nos acharás... . Observe que POR QUE foi escrito separadamente, tal qual nesta oração:

a) A fumaça eleva-se, ............ é mais leve que o ar


b) O médico não veio, ............ tinha consulta
c) Sei ............ sofres: não te amo
d) O professor ensina ............ aluno vença
e) Creio em Deus, ............ não há criaturas sem criador

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


1
Neste momento, o bordado está pousado em cima do console e o interrompi para escrever, substituindo a tessitura dos pontos
pela das palavras, o que me parece um exercício bem mais difícil.
2
Os pontos que vou fazendo exigem de mim uma habilidade e um adestramento que já não tenho. 3Esforço-me e vou
conseguindo vencer minhas deficiências. 4As palavras, porém, são mais difíceis de adestrar e vêm carregadas de uma vida
que se foi desenrolando dentro e fora de mim, todos esses anos. 5São teimosas, ambíguas e ferem. 6Minha luta com elas é
uma luta extenuante. 7Assim, nesse momento, enceto duas lutas: com as linhas e com as palavras, mas tenho a certeza que,
desta vez, estou querendo chegar a um resultado semelhante e descobrir ao fim do bordado e ao fim desse texto, algo de
delicado, recôndito e imperceptível sobre o meu próprio destino e sobre o destino dos seres que me rodeiam. 8Ontem, quando
entrei no armarinho para escolher as linhas, vi-me cercada de pessoas com quem não convivia há muito tempo, ou convivia
muito pouco, de cuja existência tinha esquecido. 9Mulheres de meia-idade que compravam lãs para bordar tapeçarias,
selecionando animadamente e com grande competência os novelos, comparando as cores com os riscos trazidos, contando os
pontos na etamine, medindo o tamanho do bastidor. 10Incorporei-me a elas e comecei a escolher, com grande acuidade, as
tonalidades das minhas meadas de linha mercerizada. 11Pareciam pequenas abelhas alegres (...), levando a sério as suas
tarefas. (...) 12Naquelas mulheres havia alguma coisa preservada, sua capacidade de bordar dava-lhes uma dignidade e um
aval. 13Não queria que me discriminassem, conversei com elas de igual para igual, mostrando-lhes os pontos que minha
pequena mão infantil executara. (JARDIM, Rachel. O PENHOAR CHINÊS. 4ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.)

20. A conjunção que, usada antes da oração "... de cuja existência tinha esquecido", não altera o sentido do 8º. período é:

a) pois.
b) ou.
c) logo.
d) nem.
e) e.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


1
Apesar de não termos ilusões quanto ao caráter das nossas elites, existia uma certa resistência a essa espécie de
niilismo a que o Brasil nos leva. 2Os escândalos na área financeira estão acabando até com isso. 3Fica cada vez mais difícil
espantar os burgueses. 4Os burgueses não se espantam com mais nada. 5Alguns talvez se surpreendam quando ouvem um
filho pequeno ou um neto repetindo uma letra dos Mamonas, mas nestes casos o espanto é divertido, ou pelo menos
resignado. 6A necessidade de se ser absolutamente claro sobre que tipos de atividade sexual causam AIDS e como fazer para
preveni-la acabou com qualquer preocupação da imprensa e da propaganda com o pundonor (grande palavra) alheio, embora
ainda façam alguns rodeios. 7A linguagem ficou mais leve, ficamos menos hipócritas. 8Burgueses epatáveis ainda existem, mas
o acúmulo de agressões a seus ouvidos e pruridos os insensibilizou e hoje, se reagem, não é em público. (VERÍSSIMO, L.
F. Conluio. Porto Alegre: Extra Classe, junho/julho de 1996. p.3).

21. Assinale a alternativa em que há uma associação correta entre o pronome e a palavra que ele substitui no texto.

a) que (10. período) - essa espécie de niilismo (10. período)


b) isso (20. período) - niilismo (10. período)
c) Ia (60. período) - atividade sexual (60. período)
d) seus (80. período) - agressões (80. período)
e) os (80. período) - ouvidos e pruridos (80. período)

22. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do texto a seguir:


Há endereços na lnternet que trazem respostas às dúvidas sobre finanças pessoais e mostram as razões _______________
todos devem fazer um orçamento de seus gastos. O usuário _______________ interesse é investir no exterior, por exemplo,
pode selecionar uma lista de fundos de investimento e obter dados como a moeda _______________ são calculados os
ganhos e o país _______________ pertencem os fundos. O que ainda atrapalha os brasileiros é a lentidão _______________
os dados são transmitidos.

a) por que - cujo - com que - onde - na qual


b) pelas quais - cujo - em que - a que - com que
c) com que - em que o - na qual - a quem - em que
d) porque - por cujo - em que - ao qual - na qual
e) do porquê - para quem o - com que - a que - com que

- 16 -
23. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas a seguir:

"Como __________ mais de mil desentendimentos entre __________ e ele, um amigo __________, __________ de nos
reconciliar.

a) aconteceu; eu; interveio; afim


b) aconteceram; mim; interveio; a fim
c) aconteceu; mim; interveio; a fim
d) houveram; eu; interviu; a fim
e) houve; mim; interviu; a fim

24. Digam o que quiserem dizer os hipocondríacos: a vida é uma coisa doce.
(Machado de Assis)
Os dois pontos representam a seguinte relação de ideias:

a) consequência
b) concessão
c) adição
d) adversidade
e) explicação

25. Assinale a opção cujo período, ao ser reescrito, está adequado à norma culta da língua.

a) Puseram os ovos na geladeira, antes que a empregada pensasse em fazer outra omelete para o menino. PUSERAM-
LOS NA GELADEIRA, ANTES QUE A EMPREGADA PENSASSE EM FAZER-LHE OUTRA OMELETE.
b) Para nós, é muito difícil convencer o delegado. É-NOS MUITO DIFÍCIL CONVENCER-LHE.
c) Não quero fazer a paciente esperar. NÃO QUERO FAZER ELA ESPERAR.
d) Visitaria os presos se tivesse tempo. VISITARIA-OS SE TIVESSE TEMPO.
e) Tem visto Helena ultimamente? TEM-NA VISTO ULTIMAMENTE?

26. Assinale a alternativa em que a mudança de posição do termo destacado não implique a possibilidade de mudança
de sentido do enunciado.

a) Belo Horizonte já foi uma LINDA cidade. Belo Horizonte já foi uma cidade LINDA.
b) Filho MEU não irá para o exército. MEU filho não irá para o exército.
c) Autor DEFUNTO. DEFUNTO autor.
d) Por ALGUM dinheiro ele seria capaz de vender a casa. Por dinheiro ALGUM ele seria capaz de vender a casa.
e) Com uma SIMPLES dose do medicamento ficou curada. Com uma dose SIMPLES do medicamento ficou curada.

27. Selecione a alternativa que preenche corretamente as lacunas.


- Você não quer vir conosco, e não diz o ........ da recusa.
- Quer mesmo saber ........? Simplesmente ........ não tenho um centavo no bolso.

a) por que - porque - porque


b) por que - porquê - por que
c) por quê - porquê - porque
d) porque - por que - por que
e) porquê - por quê - porque

28. Assinale a alternativa em que a sentença destacada (formulada segundo regras do português oral) tenha sido
reestruturada de acordo com a norma escrita culta.

'Se eu ver ele, dou o recado pra ele.'

a) Vendo-o, darei-lhe o recado.


b) Na hipótese de o vir, eu lhe darei o recado.
c) Se eu o ver, lhe darei o recado.
d) Se o vir, darei o recado a ele.
e) Quando vê-lo, dar-lhe-ei o recado.

- 17 -
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia os trechos a seguir da obra de Guimarães Rosa, A HORA E VEZ DE AUGUSTO MATRAGA, e responda às
questões:
"E o camarada Quim sabia disso, tanto que foi se encostando de medo que ele entrou. Tinha poeira até na boca.
Tossiu.
- Levanta e veste a roupa, meu patrão Nhô Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, p'ra lhe contar.
E tremeu mais, porque Nhô Augusto se erguia de um pulo e num átimo se vestia. Só depois de meter na cintura
o revólver, foi que interpelou. dente em dente.
- Fala tudo!
Quim Recadeiro gaguejou suas palavras poucas, e ainda pôde acrescentar:
-... Eu podia ter arresistido, mas era negócio de honra, com sangue só p'ra o dono, e pensei que o senhor podia
não gostar...
- Fez na regra, e feito! Chama os meus homens!
Dali a pouco, porém, tornava o Quim, com nova desolação: os bate-pés não vinham... Não queriam ficar mais
com Nhô Augusto... O Major Consilva tinha ajustado, um e mais um, os quatro, para seus capangas, pagando bem.
(...)
O cavalo de Nhô Augusto obedeceu para diante; as ferraduras tiniram e deram fogo no lajedo; e o cavaleiro, em
pé nos estribos, trouxe a taca no ar, querendo a figura do velho. Mas o Major piscou, apenas, e encolheu a cabeça,
porque mais não era preciso, e os capangas pulavam de cada beirada, e eram só pernas e braços.
- Frecha, povo! Desmancha!"

29. Além do coloquialismo, comum ao diálogo, a linguagem de Quim e de Nhô Augusto caracteriza também os
habitantes da região onde transcorre a história, conferindo-lhe veracidade.
Suponha que a situação do Recadeiro seja outra: ele vive na cidade e é um homem letrado.
Aponte a alternativa caracterizadora da modalidade de língua que seria utilizada pela personagem nas condições acima
propostas.

a) Levanta e veste a roupa, meu patrão senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, para lhe contar.
b) Levante e veste a roupa, meu patrão senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, para lhe contar.
c) Levante e vista a roupa, meu patrão senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, para lhe contar.
d) Levante e vista a roupa, meu patrão senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meio ruim, para lhe contar.
e) Levanta e veste a roupa, meu patrão senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meio ruim, para lhe contar.

30. ... se decida a pedir a este rio (...)


QUE me faça aquele enterro (...)
... e aquele acompanhamento
de água QUE sempre desfila
(QUE o rio, aqui no Recife,
não seca, vai toda a vida).

Nas ocorrências destacadas, a partícula QUE serve, RESPECTIVAMENTE, para


I. introduzir um complemento para DECIDA; referir a ÁGUA o ato de DESFILAR, introduzir uma justificativa para o uso de
SEMPRE.
II. introduzir um complemento para DECIDA; estabelecer uma relação com AQUELE; introduzir uma justificativa para o
uso de AQUI.
III. introduzir um complemento para PEDIR; referir a ACOMPANHAMENTO o ato de DESFILAR, introduzir uma
justificativa para o uso de SEMPRE.

Em relação ao texto, está correto apenas o que se afirma em

a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) II.
e) III.

- 18 -
Máster - lista 11
1. Examine a tira.

O efeito de humor na situação apresentada decorre do fato de a personagem, no segundo quadrinho, considerar que “carinho”
e “caro” sejam vocábulos
a) derivados de um mesmo verbo.
b) híbridos.
c) derivados de vocábulos distintos.
d) cognatos.
e) formados por composição.

2. Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação da partícula “se”, na sequência em que aparece no período abaixo.
O maquinista se perguntava se a próxima parada seria tão tumultuada quanto a primeira, com aquelas pessoas todas se
debatendo, os bilhetes avolumando nas mãos do cobrador, os reclamos que se ouviam dos mais exaltados.
a) objeto indireto – conectivo integrante – parte do verbo – partícula apassivadora
b) objeto direto – conectivo integrante – pronome reflexivo – partícula apassivadora
c) objeto direto – conjunção integrante – pronome recíproco – indeterminação do sujeito
d) objeto indireto – conjunção integrante – pronome reflexivo – partícula apassivadora
e) objeto direto – conectivo integrador – pronome oblíquo – partícula apassivadora

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Nós, escravocratas
Há exatos cem anos, saía da vida para a história um dos maiores brasileiros de todos os tempos: o pernambucano Joaquim
Nabuco. 1Político que ousou pensar, intelectual que não se omitiu em agir, pensador e ativista com causa, principal artífice da
abolição do regime escravocrata no Brasil.
Apesar da vitória conquistada, Joaquim Nabuco reconhecia: “2Acabar com a escravidão não basta. É preciso acabar com a
obra da escravidão”, como lembrou na semana passada Marcos Vinicios Vilaça, em solenidade na Academia Brasileira de
Letras. Mas a obra da escravidão continua viva, sob a forma da exclusão social: pobres, especialmente negros, sem terra, sem
emprego, sem casa, sem água, sem esgoto, muitos ainda sem comida; sobretudo sem acesso à educação de qualidade.
Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra da escravidão se mantém e continuamos escravocratas.
3
Somos escravocratas ao deixarmos que a escola seja tão diferenciada, conforme a renda da família de uma criança, quanto
eram diferenciadas as vidas na Casa Grande ou na Senzala. Somos escravocratas porque, até hoje, não fizemos a distribuição
do conhecimento: instrumento decisivo para a liberdade nos dias atuais. Somos escravocratas porque todos nós, que
estudamos, escrevemos, lemos e obtemos empregos graças aos diplomas, beneficiamo-nos da exclusão dos que não
estudaram. Como antes, os brasileiros livres se beneficiavam do trabalho dos escravos.
Somos escravocratas ao jogarmos, sobre os analfabetos, a culpa por não saberem ler, em vez de assumirmos nossa própria
culpa pelas decisões tomadas ao longo de décadas. Privilegiamos investimentos econômicos no lugar de escolas e
professores. Somos escravocratas, porque construímos universidades para nossos filhos, mas negamos a mesma chance aos
jovens que foram deserdados do Ensino Médio completo com qualidade. Somos escravocratas de um novo tipo: a negação da
educação é parte da obra deixada pelos séculos de escravidão.
A exclusão da educação substituiu o sequestro na África, o transporte até o Brasil, a prisão e o trabalho forçado. Somos
escravocratas que não pagamos para ter escravos: nossa escravidão ficou mais barata, e o dinheiro para comprar os escravos
pode ser usado em benefício dos novos escravocratas. Como na escravidão, o trabalho braçal fica reservado para os novos
escravos: os sem educação.
Negamo-nos a eliminar a obra da escravidão.
Somos escravocratas porque ainda achamos naturais as novas formas de escravidão; e nossos intelectuais e economistas
comemoram minúscula distribuição de renda, como antes os senhores se vangloriavam da melhoria na alimentação de seus
escravos, nos anos de alta no preço do açúcar. Continuamos escravocratas, comemorando gestos parciais. 4Antes, com a
proibição do tráfico, a lei do ventre livre, a alforria dos sexagenários. Agora, com o bolsa família, o voto do analfabeto ou a
aposentadoria rural. Medidas generosas, para inglês ver e sem a ousadia da abolição plena.
Somos escravocratas porque, como no século XIX, não percebemos a estupidez de não abolirmos a escravidão. 5Ficamos na
mesquinhez dos nossos interesses imediatos negando fazer a revolução educacional que poderia completar a quase-abolição
de 1888. Não ousamos romper as amarras que envergonham e impedem nosso salto para uma sociedade civilizada, como, por
350 anos, a escravidão nos envergonhava e amarrava nosso avanço.
Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra criada pela escravidão continua, porque continuamos escravocratas. E,
ao continuarmos escravocratas, não libertamos os escravos condenados à falta de educação.
CRISTOVAM BUARQUE. Adaptado de http://oglobo.globo.com, 30/01/2000.
- 19 -
3. Ficamos na mesquinhez dos nossos interesses imediatos negando fazer a revolução educacional que poderia completar a
quase-abolição de 1888. (ref. 5)
A criação da palavra composta, quase-abolição, cumpre principalmente a função de:
a) desfazer a contradição entre os termos
b) estabelecer a gradação entre os termos
c) enfatizar a abstração de um dos termos
d) restringir o sentido de um dos termos

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Você reconhece quando chega a felicidade?


Tenho uma forte antipatia pela obrigação de ser feliz que acompanha o Carnaval. 17Quem foge da folia ganha o rótulo
de antissocial, depressivo ou chato. Nada contra o Carnaval. Apenas contra essa confusão de conceitos. Uma festa alegre não
significa que você esteja plenamente feliz. E 18forçar uma situação de felicidade tem tudo para terminar em arrependimento e
frustração.
8
Aliás, você reconhece a felicidade quando ela chega? Sabe que está sendo feliz naquele momento? Espere um
pouco antes de responder. Pense de novo. Estamos falando de felicidade! Não de uma alegria qualquer. E qual é a diferença?
Bem, descrever a felicidade não é fácil. 1Ela é muito recatada. Não fica ali posando para foto, sabe? Mas um Manual de
Reconhecimento da felicidade diria mais ou menos o seguinte: 9ela é mansa. Não faz barulho. Ao mesmo tempo é farta.
13
Quando chega, ocupa um espaço danado. Apesar disso, você quase não repara que ela está ali. 10Se chamar a atenção, não
é ela. É euforia. Alegria. 2A licenciosidade de uma noite de Carnaval. 3Ou um reles frenesi qualquer, disfarçado de felicidade.
A dita cuja é discreta. Discretíssima. E muito tranquila. Ela o faz dormir melhor. E olha, vou lhe contar 19uma coisa: a
felicidade é inimiga da ansiedade. As duas não podem nem se ver. Essa é a melhor pista para o seu Manual de
Reconhecimento da Felicidade. 11Se você se apaixonou e está naquela fase de pura ansiedade, mesmo que esteja superfeliz,
não é felicidade. É excitação. Paixonite. Quando a ansiedade for embora, pode ser que a felicidade chegue. Mas ninguém
garante.
20
É temperamental a felicidade. Não vem por qualquer coisa. E para ficar então... hi, não conheço nenhum caso de
alguém que a tenha tido por perto a vida inteira. Por isso é tão importante reconhecê-la quando ela chega. Entendeu agora por
que a minha pergunta? Será que você sabe mesmo quando está feliz?
Ou será que você só consegue saber que foi feliz quando a felicidade já passou?
12
Eu estudo muito a felicidade. Mas não consigo reconhecê-la. Talvez porque eu seja péssima fisionomista. Ou porque
ela seja muito mais esperta do que eu. Mais sábia. Fato é que eu só sei que fui feliz depois. No futuro. Olho para o passado e
reconheço: “16Nossa, como eu fui feliz naquela época!” Mas no presente ela sempre me dá uma rasteira. 14Ando por aí, feliz da
vida e nem sei que estou nesse estado. Por isso aproveito menos do que poderia a graça que é ter assim, tão pertinho, a tal
felicidade.
Nos últimos tempos, dei para fazer uma lista de momentos felizes. E aqui é importante deixar claro que esses
momentos devem durar um certo período de tempo. 4Um episódio isolado feliz – como quatro dias de Carnaval, por exemplo –
não significa felicidade. A felicidade, quando vem, não vem de passagem. 15Não dura para sempre, mas dura um tempinho.
Gosta de uma certa estabilidade, [...] Sabendo quando você foi feliz, é mais fácil descobrir por que foi feliz. Para ser ainda mais
funcional, é bom que a lista seja cronológica. 7Lendo a minha, constato que fico cada vez mais feliz e por mais tempo.
Será que ela está aqui agora? Não sei dizer. 6Mas a paz de que desfruto agora é um sintoma dela. E isso não tem
nada a ver com a tal obrigação de ser feliz desfilando no Sambódromo. Continuo meus estudos. 5Já tenho certeza de que hoje
sou mais amiga da felicidade do que jamais fui em qualquer tempo.
Ana Paula Padrão (adaptado)Revista ISTOÉ 2206, de 22/02/2012.

4. Assinale a alternativa em que a palavra entre parênteses pode substituir a destacada sem que haja prejuízo do sentido
a) “Ela é muito recatada.” (ref. 1) (resignada)
b) “A licenciosidade de uma noite de carnaval.” (ref. 2) (autoridade)
c) “Ou um reles frenesi qualquer, disfarçado de felicidade.” (ref. 3) (entusiasmo)
d) “Um episódio isolado feliz – como quatro dias de carnaval...” (ref. 4) (trama)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Caçadas a Pedrinho

Talvez seja até um bom sinal, em país acostumado a dizer que "tudo termina em pizza", a circunstância de que tanta coisa,
agora, alcance o Supremo Tribunal Federal.
Constitui evidente exagero, todavia, que a polêmica sobre o livro "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato, necessite da
intervenção do STF para ser dirimida.
Parece faltar equilíbrio em muitas dessas manifestações. Em primeiro lugar, não se trata propriamente de "censura" ao clássico
infantil. "Caçadas de Pedrinho" continua a circular livremente.
Para alguns setores do movimento negro, o recurso a notas explicativas não é suficiente. Com parcela de razão, argumentam
que nem sempre os professores da rede pública estão preparados para desenvolver esclarecimentos satisfatórios sobre o
assunto.
A lembrança não exclui, entretanto, a comichão censória que tantas vezes acompanha o espírito politicamente correto. Julga-
se eliminar o racismo recalcando, e não dissecando, suas manifestações.
Há algo de ridículo nessa insistência, e não há conciliação possível quando uma das partes está mais interessada em manter a
discussão para além do que seu âmbito, restrito e pontual, permite.
(Adaptado, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/66111-cacadas-a-pedrinho.shtml)

- 20 -
5. Sobre o valor semântico das preposições presentes em “Caçadas a Pedrinho” e “Caçadas de Pedrinho”, é correto afirmar
que elas expressam, respectivamente, ideia de

a) finalidade e instrumento.
b) origem e companhia.
c) limite e direção.
d) oposição e origem.
e) alvo e posse.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Sinal dos tempos

Na semana passada, os jornais do mundo inteiro noticiaram, com alarde, o lançamento de um novo aparelho celular, desses
que fazem de tudo e mais um pouco. Nas redes sociais, o assunto “bombou”, como se fosse um grande acontecimento. Os
consumidores deslumbrados e os aficionados por tecnologia ficaram, é claro, ansiosos para comprar o brinquedinho – alçado (até que
surja um modelo mais incrementado) a condição de preciosidade do ano.
Uma frase no Twitter, entretanto, chamou-me a atenção no meio de toda essa euforia. Dizia mais ou menos o seguinte:
“quando as manchetes do mundo são o lançamento de um celular, algo está errado com o mundo”. Concordo e assino embaixo. Não
por ser contra o avanço tecnológico, muito pelo contrário.
O que me incomoda é, sim, a submissão neurótica das pessoas a essas novidades e a tudo o que recebe o rótulo de “último
lançamento”.
Não deixa de ser patético, por outro lado, o descompasso entre os lançamentos tecnológicos e os serviços prestados à
sociedade para o uso dessas novidades, como ocorre no Brasil. Em matéria de telefonia e acesso à internet, por exemplo, sabemos
que os preços daqui são de Primeiro Mundo, enquanto os serviços são de quinta categoria. Os aparelhos estão cada vez mais
sofisticados e acessíveis, o consumo atinge mais e mais pessoas de diferentes extratos sociais, mas o serviço está cada vez pior e
com preços cada vez mais abusivos. Histórias de pessoas que ficam dias sem acesso à internet, por falta de assistência das
operadoras, multiplicam-se. Sinais que despencam durante ligações telefônicas tornaram-se recorrentes. Agora mesmo, escrevo sem
internet em casa, por causa do descaso da operadora. Isso ocorreu duas vezes em menos de um mês. Na primeira, foram três dias
sem sinal e sem assistência técnica. Na segunda, o jeito foi cancelar a linha e contratar o serviço de outra empresa. Enquanto não
instalam a nova linha, a internet do celular tem quebrado o galho, apesar de o sinal cair a toda hora.
Um outro descompasso – este de ordem social – concerne as pessoas que não têm acesso às novas tecnologias e são
obrigadas a usá-las a todo custo. É o caso de dona Geralda, que nasceu na roça e veio para a cidade trabalhar como faxineira. Hoje
aposentada, vive com a irmã num bairro pobre e distante. Quando soube, no mês passado, que tinha direito a um benefício, a ser
solicitado num órgão público, ela pegou dois ônibus e foi até lá. Depois de enfrentar a fila das prioridades, foi finalmente recebida pelo
atendente que, em tom burocrático e ar displicente, lhe disse: “A senhora pode estar preenchendo o formulário na internet”.
Confusa, dona Geralda disse que não tinha computador e nem sabia direito o que é internet. O rapaz insistiu: “É só pedir
alguém para estar preenchendo para a senhora”. “Mas quem? Só tenho a minha irmã, que não mexe com essas coisas”, ela retrucou.
“Então a senhora vai a um cybercafé, que lá eles fazem tudo. Tem um logo ali, na esquina.” – foi a resposta. E ela: “Sambacafé? O
que é isso?”. O moço, então, despachou-a com impaciência, repetindo que o formulário tinha que ser preenchido pela internet e ponto
final. A ele cabia a tarefa de fazer o cadastro, mas preferiu fazer andar a fila.
Sim, algo está errado com o mundo.
MACIEL, Maria Esther. Estado de Minas. Belo Horizonte, 18 set. 2012. Caderno Cultura. Disponível em: <http://impresso.em.com.br/>.
Acesso em: 18.set.2012.

6. “A ele cabia a tarefa de fazer o cadastro, mas preferiu fazer andar a fila.
Sim, algo está errado com o mundo”.
Nessa passagem, a autora mostra-se
a) intransigente.
b) impaciente.
c) indignada.
d) imparcial.

7. O vocábulo “que” NÃO retoma um termo anterior a ele em:


a) “Então a senhora vai a um cybercafé, que lá eles fazem tudo”.
b) “É o caso de dona Geralda, que nasceu na roça e veio para a cidade trabalhar como faxineira”.
c) “Um outro descompasso – este de ordem social – concerne as pessoas que não têm acesso às novas tecnologias e são
obrigadas a usá-las a todo custo”.
d) “Na semana passada, os jornais do mundo inteiro noticiaram, com alarde, o lançamento de um novo aparelho celular,
desses que fazem de tudo e mais um pouco.”

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Esse texto do século XVI reflete um momento de expansão portuguesa por vias marítimas, o que demandava a apropriação de
alguns gêneros discursivos, dentre os quais a carta. Um exemplo dessa produção é a Carta de Caminha a D. Manuel.
Considere a seguinte parte dessa carta:
Nela [na terra] até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata... porém a terra em si é de muito bons ares assim frios e
temperados como os de Entre-Doiro-e-Minho. Águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que querendo-a
aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem, porém o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será
salvar esta gente e esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar.
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8. O trecho apresentado é preponderantemente descritivo. A classe de palavras que aparece associada a esse tipo
textual é o adjetivo. São exemplos de palavras dessa classe, no texto, as seguintes:

a) ...porém a terra em si é de muito bons ares...


b) Águas são muitas e infindas.
c) ...dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem...
d) ...o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente...
e) ...esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 5 QUESTÕES: Buscando a excelência - Lya Luft

Estamos carentes de excelência. A mediocridade reina, assustadora, implacável e persistentemente. Autoridades, altos
cargos, líderes, em boa parte desinformados, desinteressados, incultos, lamentáveis. Alunos que saem do ensino médio
semianalfabetos e assim entram nas universidades, que aos poucos – refiro-me às públicas – vão se tornando reduto de
pobreza intelectual.

As infelizes cotas, contras as quais tenho escrito e às quais me oponho desde sempre, servem magnificamente para
alcançarmos este objetivo: a mediocrização também do ensino superior. Alunos que não conseguem raciocinar porque
não lhes foi ensinado, numa educação de brincadeirinha. E, porque não sabem ler nem escrever direito e com
naturalidade, não conseguem expor em letra ou fala seu pensamento truncado e pobre. [...] E as cotas roubam a
dignidade daqueles que deveriam ter acesso ao ensino superior por mérito [...] Meu conceito serve para cotas raciais
também: não é pela raça ou cor, sobretudo autodeclarada, que um jovem deve conseguir diploma superior, mas por seu
esforço e capacidade. [...]

Em suma, parece que trabalhamos para facilitar as coisas aos jovens, em lugar de educá-los com e para o trabalho,
zelo, esforço, busca de mérito, uso da própria capacidade e talento, já entre as crianças. O ensino nas últimas décadas
aprimorou-se em fazer os pequenos aprender brincando. Isso pode ser bom para os bem pequenos, mas já na escola
elementar, em seus primeiros anos, é bom alertar, com afeto e alegria, para o fato de que a vida não é só brincadeira,
que lazer e divertimento são necessários até à saúde, mas que a escola é também preparação para uma vida
profissional futura, na qual haverá disciplina e limites – que aliás deveriam existir em casa, ainda que amorosos.

Muitos dirão que não estou sendo simpática. Não escrevo para ser agradável, mas para partilhar com meus leitores
preocupações sobre este país com suas maravilhas e suas mazelas, num momento fundamental em que, em meio a
greves, justas ou desatinadas, [...] se delineia com grande inteligência e precisão a possibilidade de serem punidos
aqueles que não apenas prejudicaram monetariamente o país, mas corroeram sua moral, e a dignidade de milhões de
brasileiros. Está sendo um momento de excelência que nos devolve ânimo e esperança.(Fonte: Revista Veja, de
26.09.2012. Adaptado).

9. Sabe-se que o adjetivo é uma palavra que modifica o substantivo e que sua posição mais comum no português é a
de suceder esse substantivo. Assinale o efeito de sentido que a autora consegue com o emprego do adjetivo
antecedendo o substantivo em “as infelizes cotas” (2º parágrafo).

a) produz uma sonoridade mais adequada ao trecho.


b) provoca o estranhamento do leitor, pois algumas cotas são felizes.
c) antecipa que nem todas as cotas são infelizes, como se poderia esperar.
d) oferece pistas ao leitor de seu posicionamento crítico sobre o assunto das cotas.
e) exemplifica a situação da educação do país, empregando inadequadamente o termo.

10. No trecho – Alunos que saem do ensino médio semianalfabetos e assim entram nas universidades, que aos poucos
– refiro-me às públicas – vão se tornando reduto de pobreza intelectual.(1º parágrafo) –, a palavra destacada refere-se
a) a alunos que saem do ensino médio.
b) às universidades.
c) à pobreza intelectual.
d) somente aos alunos semianalfabetos.
e) aos alunos ingressantes nas universidades públicas.

11. Assinale o pronome que corretamente substitui a expressão grifada no trecho – E as cotas roubam a dignidade.
a) a
b) as
c) lhe
d) na
e) lha
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12. Assinale a classe de palavras correspondente a cada uma das palavras grifadas no trecho: A mediocridade reina,
assustadora, implacável e persistentemente.

a) adjetivo, advérbio, advérbio.


b) advérbio, adjetivo, advérbio.
c) advérbio, advérbio, adjetivo.
d) adjetivo, adjetivo, adjetivo.
e) advérbio, advérbio, advérbio.

13. Substituindo-se o verbo haver por um sinônimo no trecho – ...a escola é também preparação [...], na qual haverá
disciplina e limites –, o resultado correto e similarmente gramatical será: a escola é também preparação [...],

a) na qual se manifestaram disciplina e limites.


b) na qual existirão disciplina e limites.
c) na qual se surpreende disciplina e limites.
d) na qual se terá disciplina e limites.
e) na qual teriam disciplina e limites.

14. TEXTO I
Antigamente

Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos
braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir.
Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as
plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua nem escapulia do mestre, mesmo que não
entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para comparecer todo liró
ao copo d’água, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um
precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as
barbas de molho diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pudesse tudo
em pratos limpos, ele abria o arco.ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de janeiro: nova Aguilar, 1983 (fragmento).

TEXTO II

Palavras do arco da velha

Expressão Significado
Cair nos braços de Morfeu Dormir
Debicar Zombar, ridicularizar
Tunda Surra
Mangar Escarnecer, caçoar
Tugir Murmurar
Liró Bem-vestido
Copo d’água Lanche oferecido pelos amigos
Convescote Piquenique
Bilontra Velhaco
Treteiro de topete Tratante atrevido
Abrir o arco Fugir
FLORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).

Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais
outrora produtivos não mais o são no português brasileiro atual. Esse fenômeno revela que

a) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano.
b) o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português europeu.
c) a heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal.
d) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua independente.
e) o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada.

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15. (...)
O segundo exemplo é de conhecimento de muitos: uma peça publicitária que, para enaltecer as qualidades de um carro,
compara dois atores, um considerado um grande ator e o outro, um ator grande. Nesse comercial, é um brasileiro que se
presta a ocupar o lugar de ator grande (com atuação considerada muito ruim em sua profissão). Foi dessa maneira que
ele saiu do ostracismo e voltou a ser "famoso". Muitos jovens enalteceram a coragem do moço, sua beleza e o dinheiro
que ele ganhou para fazer parte dessa campanha. (...)
(SAYÃO, Rosely. Folha de São Paulo, 13/09/2011)

No excerto acima, ao fazer um jogo de palavras com “ator grande” e “grande ator”, a autora produz diferentes efeitos de
sentido. A alteração da ordem das palavras só não produz mudanças de sentido em:

a) pobre homem.
b) estrela esportista.
c) poesia simples.
d) novo modelo.
e) homem algum.

16. A morte do lápis e da caneta


Boa notícia para as crianças americanas. Vai ficando optativo, nos Estados Unidos, escrever em letra de mão. Um dos
últimos a se renderem aos novos tempos é o Estado de Indiana, que aposentou os cadernos de caligrafia agora em
julho.
O argumento é que ninguém precisa mais disso: as crianças fazem tudo no computador e basta ensinar-lhes um pouco
de digitação. Depois do fim do papel, o fim do lápis e da caneta! Tem lógica, mas acho demais. Sou o primeiro a
reclamar das inutilidades impostas aos alunos durante toda a vida escolar, mas o fim da escrita cursiva me deixa
horrorizado.
A máquina de calcular não eliminou a necessidade de se aprender, ao menos, a tabuada; não aceito que o teclado
termine com a letra de mão. A questão vai além do seu aspecto meramente prático. A letra de uma pessoa é como o seu
rosto. Como todo mundo, gosto de ver como é a cara de um escritor, de um político, de qualquer personalidade com
quem estou travando contato - e logo os e-mails virão com o retrato do remetente, como já acontece no Facebook.
(COELHO, Marcelo. Folha de São Paulo, 20/07/2011)
Nesse artigo, o autor se propõe a contradizer a tese de que escrita cursiva
a) represente um traço de identidade dos indivíduos.
b) seja obsoleta num mundo imerso na cultura digital.
c) constitua importante ferramenta pedagógica que estimula o raciocínio.
d) ainda apresente alguma utilidade no mundo moderno, imerso na tecnologia.
e) continue a ser ensinada nas escolas porque os cadernos foram substituídos pelo computador.

17. Juliana, seu namorado Ricardo e mais alguns amigos do curso de gastronomia que ela frequenta alugaram uma
casa de praia para passar as férias de verão. Durante o café da manhã, enquanto todos estavam sentados _________
mesa, Juliana percebeu que Ricardo não se servia dos diversos tipos de queijo que ela havia levado.
— Escolhi com muito capricho esses queijos, você não os experimenta _________?
— _________, infelizmente, tenho intolerância à lactose, portanto devo evitar alguns alimentos.
— Sorte sua não ser um apaixonado por gastronomia!

Assinale a alternativa cujas palavras completam, correta e respectivamente, o texto a seguir.

a) à – por quê – Porque


b) à – por que – Por que
c) à – porque – Por que
d) na – por quê – Porque
e) na – por que – Porque

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Uma campanha alegre, IX

Há muitos anos que a política em Portugal apresenta este singular estado:


Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente possuem o Poder, perdem o Poder, reconquistam o
Poder, trocam o Poder... O Poder não sai duns certos grupos, como uma pela* que quatro crianças, aos quatro cantos de uma
sala, atiram umas às outras, pelo ar, num rumor de risos.
Quando quatro ou cinco daqueles homens estão no Poder, esses homens são, segundo a opinião, e os dizeres de
todos os outros que lá não estão — os corruptos, os esbanjadores da Fazenda, a ruína do País!
Os outros, os que não estão no Poder, são, segundo a sua própria opinião e os seus jornais — os verdadeiros liberais,
os salvadores da causa pública, os amigos do povo, e os interesses do País.
Mas, coisa notável! — os cinco que estão no Poder fazem tudo o que podem para continuar a ser os esbanjadores da
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Fazenda e a ruína do País, durante o maior tempo possível! E os que não estão no Poder movem-se, conspiram, cansam-se,
para deixar de ser o mais depressa que puderem — os verdadeiros liberais, e os interesses do País!
Até que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os verdadeiros liberais, entram triunfantemente na designação
herdada de esbanjadores da Fazenda e ruína do País; em tanto que os que caíram do Poder se resignam, cheios de fel e de
tédio — a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do País.
Ora como todos os ministros são tirados deste grupo de doze ou quinze indivíduos, não há nenhum deles que não
tenha sido por seu turno esbanjador da Fazenda e ruína do País...
Não há nenhum que não tenha sido demitido, ou obrigado a pedir a demissão, pelas acusações mais graves e pelas
votações mais hostis...
Não há nenhum que não tenha sido julgado incapaz de dirigir as coisas públicas — pela Imprensa, pela palavra dos
oradores, pelas incriminações da opinião, pela afirmativa constitucional do poder moderador...
E todavia serão estes doze ou quinze indivíduos os que continuarão dirigindo o País, neste caminho em que ele vai,
feliz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, e num chouto** tão triunfante!

(*) Pela: bola.


(**) Chouto: trote miúdo.
(Eça de Queirós. Obras. Porto: Lello & Irmão-Editores, [s.d.].)

18. ... cheios de fel e de tédio...


Nesta passagem do sexto parágrafo, o cronista se utiliza figuradamente da palavra fel para significar
a) rancor.
b) eloquência.
c) esperança.
d) medo.
e) saudade.

19. Assinale a alternativa cuja frase contém um numeral cardinal empregado como substantivo.
a) Há muitos anos que a política em Portugal apresenta...
b) Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente possuem o Poder...
c) ... os cinco que estão no Poder fazem tudo o que podem para continuar...
d) ... são tirados deste grupo de doze ou quinze indivíduos...
e) ... aos quatro cantos de uma sala...

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Não interessa aqui discutir se cabe considerar a chegada dos europeus ao continente americano, em 1492, como
descoberta, encontro ou o que seja: questão, no geral, mais esterilizante que produtiva. O fato é que, naquele ano, os europeus se
deram conta da existência de uma porção vasta de terra 1até então desconhecida e habitada por homens diferentes dos da Europa. O
navegador Cristóvão Colombo (1451-1506), responsável por viabilizar tal encontro, achou que estava chegando no Oriente: com base
nas medidas adotadas pelo astrônomo árabe do século 9, Abu al-Farghani, calculou mal o tamanho do grau, unidade na qual se
dividia a esfera terrestre, e ainda errou ao converter a milha árabe para a milha italiana.
O grego Ptolomeu (90-168) e toda a escola de Alexandria lhe teriam servido melhor, mas se calculasse bem, o
genovês não teria chegado onde chegou. Mesmo porque a imaginação, encharcada de relatos sobre terras fantásticas e da
obsessão por monstros, o guiava tanto ou mais que o conhecimento ‘científico’. Encontrar tais monstros era fundamental, com
a tradição rezando que sua presença augurava riquezas. Foi grande o desapontamento de Colombo quando os naturais das
ilhas do Caribe lhe disseram que nunca tinham visto 2tais seres. Conforme a realidade contradizia o que 3lhe ia pela cabeça, o
navegador substituía elementos: na falta dos súditos do Grande Cã, levou para a Espanha os ‘índios’ de Hispaniola; em vez
das sedas e dos brocados, exibiu aos reis católicos as máscaras estranhas e cintos feitos de osso de peixe; no lugar das
presas de elefantes ou unicórnios, ostentou papagaios verdes. [...]
Ao longo do século 16, Colombo já morto, cresceu na Europa a consciência da magnitude das transformações
provocadas por aquelas terras novas, ignoradas pelos autores antigos e capazes de mostrar quanta coisa escapara a 4sua
sabedoria. O nome do Novo Mundo ainda flutuava, cada vez mais sendo identificado ao de outro navegador, o florentino
Américo Vespúcio (1454-1512). Ao léxico faltava capacidade para exprimir tanta coisa nova e estranha, daí recorrer-se
primeiro ao que era familiar e conhecido. As palavras não bastavam para um desesperançado Gonzalo de Oviedo descrever a
plumagem brilhante dos pássaros americanos, nem para Jean de Léry contrastar o semblante dos tupinambás da costa
brasílica, tão diferentes dos europeus: quem quisesse “desfrutar do prazer de 5os conhecer”, afirmou este, teria de “visitá-los no
seu país”. Ao dedicar sua Historia General de Las Indias ao imperador Carlos V, em 1553, Francisco Gómara escreveu
bombasticamente: “O maior acontecimento desde a criação do mundo (excluindo a encarnação e a morte d’Aquele que o criou)
foi a descoberta da Índia”.
(SOUZA, Laura de Mello. Colombo, a América e o Conhecimento. Ciência Hoje, julho 2011, p. 83.)
20. Assinale a alternativa que não relaciona de forma adequada a expressão grifada com a informação que essa expressão
retoma.
a) “até então” (ref.1) = ano de 1492.
b) “sua sabedoria” (ref.4) = de Colombo.
c) “tais seres” (ref.2) = monstros.
d) “lhe ia pela cabeça” (ref.3) = Cristóvão Colombo.
e) “os conhecer” (ref.5) = seres da costa brasílica.
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Máster – lista 12

1. O poder da vírgula
Numa prova de português do ensino fundamental, ante a pergunta sobre qual era a função do apóstrofo, um aluno
respondeu: "Apóstrofos são os amigos de Jesus, que se juntaram naquela jantinha que o Leonardo fotografou".
A frase, além de alertar sobre os avanços que precisamos na excelência da educação, é didática quanto aos cuidados
no uso da língua portuguesa, preciosidade que herdamos dos lusos, do galego e do latim.
O erro gritante que o aluno cometeu ao confundir dois termos com sonoridade parecida foi agravado com a colocação da
vírgula depois de "amigos de Jesus".
(Josué Gomes da Silva, Folha de S. Paulo, 02/09/2012)

A respeito da falha de pontuação cometida pelo aluno, é correto afirmar que o emprego da vírgula
a) revela o caráter restritivo da expressão antecedente, indicando uma pausa desnecessária.
b) permite subentender que os apóstolos mencionados não eram os verdadeiros amigos de Jesus.
c) produz uma informação incoerente, pois indica que os apóstolos eram os únicos amigos de Jesus.
d) expressa desrespeito à figura religiosa, pois o aposto está associado a necessidades mundanas.
e) provoca uma ambiguidade, pois o pronome relativo pode se referir a “amigos” ou “Jesus”.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


A questão toma por base um texto de Millôr Fernandes (1924-2012).
Os donos da comunicação
Os presidentes, os ditadores e os reis da Espanha que se cuidem porque os donos da comunicação duram muito
mais. Os ditadores abrem e fecham a imprensa, os presidentes xingam a TV e os reis da Espanha cassam o rádio, mas,
quando a gente soma tudo, os donos da comunicação ainda tão por cima. Mandam na economia, mandam nos intelectuais,
mandam nas moças fofinhas que querem aparecer nos shows dos horários nobres e mandam no society que morre se o nome
não aparecer nas colunas.
Todo mundo fala mal dos donos da comunicação, mas só de longe. E ninguém fala mal deles por escrito porque quem
fala mal deles por escrito nunca mais vê seu nome e sua cara nos “veículos” deles. Isso é assim aqui, na Bessarábia e na
Baixa Betuanalândia. Parece que é a lei. O que também é muito justo porque os donos da comunicação são seres lá em cima.
Basta ver o seguinte: nós, pra sabermos umas coisinhas, só sabemos delas pela mídia deles, não é mesmo? Agora vocês já
imaginaram o que sabem os donos da comunicação que só deixam sair 10% do que sabem?
Pois é; tem gente que faz greve, faz revolução, faz terrorismo, todas essas besteiras. Corajoso mesmo, eu acho, é
falar mal de dono de comunicação. Aí tua revolução fica xinfrim, teu terrorismo sai em corpo 6 e se você morre vai lá pro fundo
do jornal em quatro linhas.
(Millôr Fernandes. Que país é este?, 1978.)

2. No último período do texto, a discrepância dos possessivos teu e tua (segunda pessoa do singular) com relação ao
pronome de tratamento você (terceira pessoa do singular) justifica-se como
a) possibilidade permitida pelo novo sistema ortográfico da língua portuguesa.
b) um modo de escrever característico da linguagem jornalística.
c) emprego perfeitamente correto, segundo a gramática normativa.
d) aproveitamento estilístico de um uso do discurso coloquial.
e) intenção de agredir com mau discurso os donos da comunicação.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


O silêncio é a matéria significante por excelência, um continuum significante. O real da comunicação é o silêncio. E como o
nosso objeto de reflexão é o discurso, chegamos a uma outra afirmação que sucede a essa: o silêncio é o real do discurso.
O homem está “condenado” a significar. Com ou sem palavras, diante do mundo, há uma injunção à “interpretação”: tudo tem
de fazer sentido (qualquer que ele seja). O homem está irremediavelmente constituído pela sua relação com o simbólico.
Numa certa perspectiva, a dominante nos estudos dos signos, se produz uma sobreposição entre linguagem (verbal e não-
verbal) e significação.
Disso decorreu um recobrimento dessas duas noções, resultando uma redução pela qual qualquer matéria significante fala, isto
é, é remetida à linguagem (sobretudo verbal) para que lhe seja atribuído sentido.
Nessa mesma direção, coloca-se o “império do verbal” em nossas formas sociais: traduz-se o silêncio em palavras. Vê-se
assim o silêncio como linguagem e perde-se sua especificidade, enquanto matéria significante distinta da linguagem.
(Eni Orlandi. As formas do silêncio, 1997.)

3. Na oração do 4º parágrafo – [...] para que lhe seja atribuído sentido. –, o pronome “lhe” substitui a expressão
a) um recobrimento.
b) uma redução.
c) linguagem e significação.
d) qualquer matéria significante.
e) o silêncio.
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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Esse texto do século XVI reflete um momento de expansão portuguesa por vias marítimas, o que demandava a
apropriação de alguns gêneros discursivos, dentre os quais a carta. Um exemplo dessa produção é a Carta de Caminha
a D. Manuel. Considere a seguinte parte dessa carta:
Nela [na terra] até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata... porém a terra em si é de muito bons ares assim
frios e temperados como os de Entre-Doiro-e-Minho. Águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que
querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem, porém o melhor fruto que nela se pode fazer me
parece que será salvar esta gente e esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar.

4. Considere os dois trechos a seguir:


...não pudemos saber que haja ouro nem prata...
...me parece que será salvar esta gente...
Substituindo os trechos grifados por um pronome oblíquo correspondente, tem-se um resultado correto gramaticalmente em:

a) ...não pudemos saber isso... / ...me parece que será salvar eles...
b) ...não pudemos saber-lhes... / ...me parece que será salvar-lhes...
c) ...não pudemos sabê-lo... / ...me parece que será salvá-la...
d) ...não pudemos saber-no... / ...me parece que será salvar-lhes...
e) ...não pudemos sabê-lo... / ...me parece que será salvá-los...

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A literatura em perigo


A análise das obras feita na escola não deveria mais ter por objetivo ilustrar os conceitos recém-introduzidos por
este ou aquele linguista, este ou aquele teórico da literatura, quando, então, os textos são apresentados como uma
aplicação da língua e do discurso; sua tarefa deveria ser a de nos fazer ter acesso ao sentido dessas obras — pois
postulamos que esse sentido, por sua vez, nos conduz a um conhecimento do humano, o qual importa a todos. Como já
o disse, essa ideia não é estranha a uma boa parte do próprio mundo do ensino; mas é necessário passar das ideias à
ação. Num relatório estabelecido pela Associação dos Professores de Letras, podemos ler: “O estudo de Letras implica o
estudo do homem, sua relação consigo mesmo e com o mundo, e sua relação com os outros.” Mais exatamente, o
estudo da obra remete a círculos concêntricos cada vez mais amplos: o dos outros escritos do mesmo autor, o da
literatura nacional, o da literatura mundial; mas seu contexto final, o mais importante de todos, nos é efetivamente dado
pela própria existência humana. Todas as grandes obras, qualquer que seja sua origem, demandam uma reflexão dessa
dimensão.
O que devemos fazer para desdobrar o sentido de uma obra e revelar o pensamento do artista? Todos os
“métodos” são bons, desde que continuem a ser meios, em vez de se tornarem fins em si mesmos. (...)
(...)
(...) Sendo o objeto da literatura a própria condição humana, aquele que a lê e a compreende se tornará não um
especialista em análise literária, mas um conhecedor do ser humano. Que melhor introdução à compreensão das
paixões e dos comportamentos humanos do que uma imersão na obra ,dos grandes escritores que se dedicam a essa
tarefa há milênios? E, de imediato: que melhor preparação pode haver para todas as profissões baseadas nas relações
humanas? Se entendermos assim a literatura e orientarmos dessa maneira o seu ensino, que ajuda mais preciosa
poderia encontrar o futuro estudante de direito ou de ciências políticas, o futuro assistente social ou psicoterapeuta, o
historiador ou o sociólogo? Ter como professores Shakespeare e Sófocles, Dostoievski e Proust não é tirar proveito de
um ensino excepcional? E não se vê que mesmo um futuro médico, para exercer o seu ofício, teria mais a aprender com
esses mesmos professores do que com os manuais preparatórios para concurso que hoje determinam o seu destino?
Assim, os estudos literários encontrariam o seu lugar no coração das humanidades, ao lado da história dos eventos e
das ideias, todas essas disciplinas fazendo progredir o pensamento e se alimentando tanto de obras quanto de
doutrinas, tanto de ações políticas quanto de mutações sociais, tanto da vida dos povos quanto da de seus indivíduos.
Se aceitarmos essa finalidade para o ensino literário, o qual não serviria mais unicamente à reprodução dos
professores de Letras, podemos facilmente chegar a um acordo sobre o espírito que o deve conduzir: é necessário
incluir as obras no grande diálogo entre os homens, iniciado desde a noite dos tempos e do qual cada um de nós, por
mais ínfimo que seja, ainda participa. “É nessa comunicação inesgotável, vitoriosa do espaço e do tempo, que se afirma
o alcance universal da literatura”, escrevia Paul Bénichou. A nós, adultos, nos cabe transmitir às novas gerações essa
herança frágil, essas palavras que ajudam a viver melhor.
(Tzvetan Todorov. A literatura em perigo. 2 ed. Trad. Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009, p. 89-94.)

6. Considerando que o pronome o, usado na sequência que o deve conduzir, tem valor anafórico, isto é, faz referência
a um termo já enunciado no último parágrafo, identifique esse termo.

a) Ensino literário.
b) Professores de Letras.
c) Acordo.
d) Espírito.
e) Grande diálogo.
- 27 -
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

TEXTO VIII: Sinha Vitória


Sinha Vitória tinha amanhecido nos seus azeites. Fora de propósito, dissera ao marido umas inconveniências a
respeito da cama de varas. 1Fabiano, que não esperava semelhante desatino, apenas grunhira: - “Hum! hum!” E
amunhecara, porque realmente mulher é bicho difícil de entender, 4deitara-se na rede e pegara no sono. Sinha Vitória
andara para cima e para baixo, procurando em que desabafar. Como achasse tudo em ordem, queixara-se da vida. 2E
agora vingava-se em Baleia, dando-lhe um pontapé.
Avizinhou-se da janela baixa da cozinha, viu os meninos entretidos no barreiro, sujos de lama, fabricando bois
de barro, que secavam ao sol, sob o pé-de-turco, e 5não encontrou motivo para repreendê-los. Pensou de novo na cama
de varas e mentalmente xingou Fabiano. Dormiam naquilo, tinha-se acostumado, mas sena mais agradável dormirem
numa cama de lastro de couro, como outras pessoas.
7Fazia mais de um ano que falava nisso ao marido. 3Fabiano a princípio concordara com ela, mastigara cálculos,

tudo errado. Tanto para o couro, tanto para a armação. Bem. Poderiam adquirir o móvel necessário economizando na
roupa e no querosene. 6Sinha Vitória respondera que isso era impossível, porque eles vestiam mal, as crianças andavam
nuas, e recolhiam-se todos ao anoitecer. Para bem dizer, não se acendiam candeeiros na casa.
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Rio de Janeiro; São Paulo: Record; Martins, 1975. p. 42-43.

7. Marque a alternativa que comenta adequadamente o emprego dos pronomes no Texto VIII.

a) “Fabiano, que não esperava semelhante desatino, apenas grunhira: - Hum! hum!” (ref. 1). O pronome relativo
destacado evita a repetição da palavra desatino.
b) “E agora vingava-se em Baleia, dando-lhe um pontapé” (ref. 2) / “Fabiano a princípio concordara com ela” (ref. 3). Os
termos sublinhados são duas formas de expressão do pronome pessoal em função de objeto direto.
c) “Fabiano (...) deitara-se na rede e pegara no sono” (ref. 4) / “(...) não encontrou motivo para repreendê-los” (ref. 5). Os
dois pronomes pessoais grifados possuem o mesmo referente e servem para marcar uma ação reflexiva.
d) “Sinha Vitória respondera que isso era impossível, porque eles vestiam mar” (ref. 6). Os pronomes destacados
retomam o mesmo termo do período anterior.
e) “Fazia mais de um ano que fava nisso ao marido” (ref. 7). A forma sublinhada, contração do demonstrativo isso com a
preposição em, tem função coesiva, pois retoma e sintetiza segmento expresso anteriormente.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Não era e não podia o pequeno reino lusitano ser uma potência colonizadora à feição da antiga Grécia. O surto
marítimo que enche sua história do século XV não resultara do extravasamento de nenhum excesso de população, mas
fora apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de lucros, e que não encontrava no reduzido território
pátrio satisfação à sua desmedida ambição. A ascensão do fundador da Casa de Avis ao trono português trouxe esta
burguesia para um primeiro plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaça castelhana e do poder da nobreza,
representado pela Rainha Leonor Teles, cingira o Mestre de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia
merecer do novo rei o melhor das suas atenções. Esgotadas as possibilidades do reino com as pródigas dádivas reais,
restou apenas o recurso da expansão externa para contentar os insaciáveis companheiros de D. João I.
Caio Prado Júnior, Evolução política do Brasil. Adaptado.

8. O pronome "ela" da frase "Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas atenções", refere-se a

a) “desmedida ambição”.
b) “Casa de Avis”.
c) “esta burguesia”.
d) “ameaça castelhana”.
e) “Rainha Leonor Teles”.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia uma passagem do livro A vírgula, do filólogo Celso Pedro Luft (1921-1995).

A vírgula no vestibular de português


“Mas, esta, não é suficiente.”
“Porque, as respostas, não satisfazem.”
“E por isso, surgem as guerras.”
“E muitas vezes, ele não se adapta ao meio em que vive.”
“Pois, o homem é um ser social.”
“Muitos porém, se esquecem que...”
“A sociedade deve pois, lutar pela justiça social.”

- 28 -
Que é que você acha de quem virgula assim?
Você vai dizer que não aprendeu nada de pontuação quem semeia assim as vírgulas. Nem poderá dizer outra coisa.
Ou não lhe ensinaram, ou ensinaram e ele não aprendeu. O certo é que ele se formou no curso secundário. Lepidamente,
sem maiores dificuldades. Mas a vírgula é um “objeto não identificado”, para ele.
Para ele? Para eles. Para muitos eles, uma legião. Amanhã serão doutores, e a vírgula continuará sendo um objeto não
identificado. Sim, porque os três ou quatro mil menos fracos ultrapassam o vestíbulo... Com vírgula ou sem vírgula. Que a vírgula,
convenhamos, até que é um obstáculo meio frágil, um risquinho. Objeto não identificado? Não, objeto invisível a olho nu. Pode passar
despercebido até a muito olho de lince de examinador...
— A vírgula, ora, direis, a vírgula...
Mas é justamente essa miúda coisa, esse risquinho, que maior informação nos dá sobre as qualidades do ensino da língua
escrita. Sobre o ensino do cerne mesmo da língua: a frase, sua estrutura, composição e decomposição.
Da virgulação é que se pode depreender a consciência, o grau de consciência que tem, quem escreve, do pensamento e de
sua expressão, do ir-e-vir do raciocínio, das hesitações, das interpenetrações de ideias, das sequências e interdependências, e,
linguisticamente, da frase e sua constituição.
As vírgulas erradas, ao contrário, retratam a confusão mental, a indisciplina do espírito, o mau domínio das ideias e do
fraseado.
Na minha carreira de professor, fiz muitos testes de pontuação. E sempre ficou clara a relação entre a maneira de pontuar e
o grau de cociente intelectual.
Conclusão que tirei: os exercícios de pontuação constituem um excelente treino para desenvolver a capacidade de raciocinar
e construir frases lógicas e equilibradas.
Quem ensina ou estuda a sintaxe — que é a teoria da frase (ou o “tratado da construção”, como diziam os gramáticos
antigos) — forçosamente acaba na importância das pausas, cortes, incidências, nexos, etc., elementos que vão se espelhar na
pontuação, quando a mensagem é escrita.
Pontuar bem é ter visão clara da estrutura do pensamento e da frase. Pontuar bem é governar as rédeas da frase. Pontuar
bem é ter ordem, no pensar e na expressão.
9. Ou não lhe ensinaram, ou ensinaram e ele não aprendeu. O certo é que ele se formou no curso secundário.
As palavras colocadas em negrito, nesta passagem,
I. são pronomes pessoais.
II. são pronomes pessoais do caso reto.
III. apresentam no contexto o mesmo referente.
IV. pertencem à terceira pessoa do singular.
As afirmações corretas estão contidas apenas em:
a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: O som da época - Luís Fernando Veríssimo
21Desconfio
de que ainda nos lembraremos 2destes anos como 5a época em que vivemos com o acompanhamento dos
alarmes de carro. Os alarmes de carro são a trilha sonora do nosso tempo 8: o som da paranoia justificada.
O alarme é o grito da nossa propriedade de que alguém está querendo tirá-la de nós. É o som 15mais desesperado que um
ser humano pode produzir – a palavra “socorro!” –, mecanizado, padronizado e a todo volume. É 10“socorro!” acrescentado ao
vocabulário das coisas, como a buzina, a campainha, a música de elevador, o 11“ping” que 22avisa que o assado está pronto e todos
os “pings” do computador. Também é um som típico porque tenta compensar a carência mais típica 3da época9, a de segurança.
7Os carros pedem socorro porque a sua defesa natural 12– polícia por perto, boas fechaduras ou respeito de todo o mundo

pelo que é dos outros – não funciona 16mais. 17Só 6lhes resta gritar.
Também é o som da época porque é o som da intimidação. Sua função principal é espantar e substituir todas as outras
formas de dissuasão pelo simples terror do barulho. O som da época em que 1os decibéis substituíram a razão.
Como os ouvidos são13, de todos os canais dos sentidos, os mais difíceis de proteger, foram os escolhidos pela
insensibilidade moderna para atacar nosso cérebro e apressar nossa imbecilização. Pois são tempos literalmente do barulho.
O alarme contra roubo de carro também é próprio da época porque, 18frequentemente, não funciona. 14Ou funciona quando
não deve. 23Ouvem-se tantos alarmes a qualquer hora do dia ou da noite porque, 19talvez influenciados pela paranoia generalizada,
eles disparam sozinhos. 24Basta alguém se aproximar do carro com uma cara suspeita e eles começam a berrar.
20Decididamente, o som 4do nosso tempo.

VERISSIMO, Luís Fernando. O som da época. Jornal Zero Hora, Porto Alegre, 29 set. 2011.
10. Leia as seguintes afirmações sobre o emprego de pronomes e expressões referenciais no texto.
I. A expressão “(d)estes anos” (ref. 2), que se refere ao tempo presente, é retomada, no texto, por “(d)a época” (ref. 3) e “(d)o nosso
tempo” (ref. 4).
II. Na primeira linha, a expressão “em que” (preposição + pronome relativo) retoma “a época” (ref. 5) e poderia ser substituída pelo
pronome relativo “onde” ou pela expressão “na qual” (“em” + “a qual”).
III. O pronome oblíquo “lhes” (ref. 6) retoma, no texto, a expressão “os carros” (ref. 7).
Sobre as proposições acima, pode-se afirmar que
a) apenas I está correta.
b) apenas II está correta.
c) apenas III está correta.
d) apenas I e III estão corretas.
e) apenas II e III estão corretas.
- 29 -
Máster - Lista 13

1. O pronome relativo exerce função de objeto direto em três das frases a seguir. Assinalar a alternativa que indica
essas frases.
I. Descobriu-se o ladrão que assaltou o banco.
II. A casa que comprei fica perto daqui.
III. Os alunos que o diretor suspendeu perderam a prova.
IV. Aquele que julga o outro precisa ser inocente.
V. Os amigos que ela convidou vieram prontamente.
a) I, II, IV
b) I, III, IV
c) III, IV, V
d) II, III, V
e) I, II, V

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


TEXTO I - O LIVRO E A AMÉRICA
Talhado para as grandezas,
P'ra crescer, criar, subir,
O Novo Mundo nos músculos
Sente a seiva do porvir
- Estatuário de colossos -
Cansado doutros esboços
Disse um dia Jeová:
"Vai, Colombo, abre a cortina
Da minha eterna oficina
Tira a América de lá"
...............................................
Filhos do sec'lo das luzes!
Filhos da Grande nação!
Quando ante Deus vos mostrardes,
Tereis um livro na mão:
O livro - esse audaz guerreiro
Que conquista o mundo inteiro
Sem nunca ter Waterloo...
Eólo de pensamentos
Que abrira a gruta dos ventos
Donde a Igualdade voou! ...
...............................................
Por isso na impaciência
Desta sede de saber,
Como as aves do deserto -
As almas buscam beber...
Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe - que faz a palma,
É chuva - que faz o mar.
(ALVES, Castro. Obra Completa. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1986. p. 76-78.)

VOCABULÁRIO:
Estatuário (verso 5) = escultor, aquele que faz estátuas.
Eólo (verso 18) = vento forte

- 30 -
TEXTO II- O ENSINO NA BRUZUNDANGA
Já vos falei na nobreza 1doutoral desse país; é lógico, portanto, que vos fale do ensino que é ministrado nas
suas escolas, donde se origina essa nobreza. Há diversas espécies de escolas mantidas pelo governo geral, pelos
governos provinciais e por particulares. Estas últimas são chamadas livres e as outras oficiais, mas todas elas são
equiparadas entre si e os seus diplomas se 2equivalem. Os meninos ou rapazes, que se destinam a elas, não têm medo
absolutamente das dificuldades que o curso de qualquer delas possa apresentar. Do que eles têm medo, é dos exames
preliminares.
Passando assim pelo que nós chamamos preparatórios, os futuros diretores da República dos Estados Unidos
da Bruzundanga acabam os cursos mais ignorantes e presunçosos do que quando para lá entraram. São esses tais que
berram: "Sou formado! Está falando com um homem formado!".
Ou senão quando alguém lhes diz:
- "Fulano é inteligente, ilustrado...", acode o 3homenzinho logo:
- É formado?
- Não.
- Ahn!
Raciocina ele muito bem. Em tal terra, quem não arranja um título como ele obteve o seu, deve ser muito burro,
naturalmente.
Apesar de não ser da Bruzundanga, eu me interesso muito por ela, pois lá passei uma grande parte da minha
meninice e mocidade.
Meditei muito sobre os seus problemas e creio que achei o remédio para esse mal que é o seu ensino. Vou
explicar-me sucintamente.
O Estado da Bruzundanga, de acordo com a sua carta constitucional, declararia livre o exercício de qualquer
profissão, extinguindo todo e qualquer privilégio de diploma.
Quem quisesse estudar medicina, frequentaria as cadeiras necessárias à especialidade a que se destinasse,
evitando as disciplinas que julgasse inúteis. Aquele que tivesse vocação para engenheiro de estrada de ferro, não
precisava estar perdendo tempo estudando 4hidráulica. Cada qual organizaria o programa do seu curso, de acordo com
a especialidade da profissão liberal que quisesse exercer, com toda a honestidade e sem as escoras de privilégio ou
diploma todo poderoso.
Semelhante forma de ensino, evitando o diploma e os seus privilégios, extinguiria a nobreza doutoral; e daria aos
jovens da Bruzundanga mais honestidade no estudo, mais segurança nas profissões que fossem exercer, com a força
que vem da concorrência entre os homens de valor e inteligência nas carreiras que seguem.
(BARRETO, Lima. OS BRUZUNDANGAS. São Paulo, Ática, 1985. p. 49-51 - com adaptações.)

TEXTO III - HINO NACIONAL


Precisamos descobrir o Brasil!
Escondido atrás das florestas,
com a água dos rios no meio,
o Brasil está dormindo, coitado.
Precisamos colonizar o Brasil.

O que faremos importando francesas


muito louras, de pele macia,
alemãs gordas, russas nostálgicas para
garçonettes dos restaurantes noturnos.
E virão sírias fidelíssimas.
Não convém desprezar as japonesas...

Precisamos educar o Brasil.


Compraremos professores e livros,
assimilaremos finas culturas,
abriremos dancings e subvencionaremos as elites.

Cada brasileiro terá sua casa


com fogão e aquecedor elétricos, piscina,
salão para conferências científicas.
E cuidaremos do Estado Técnico.
- 31 -
Precisamos louvar o Brasil.
Não é só um país sem igual.
Nossas revoluções são bem maiores
do que quaisquer outras; nossos erros também.
E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões...
os Amazonas inenarráveis... os incríveis João-Pessoas...

Precisamos adorar o Brasil!


Se bem que seja difícil caber tanto oceano e tanta solidão
no pobre coração já cheio de compromissos...
se bem que seja difícil compreender o que querem esse homens,
por que motivo ele se ajuntaram e qual a razão de seus sofrimentos.

Precisamos, precisamos esquecer o Brasil!

Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado,


ele quer repousar de nossos terríveis carinhos.
O Brasil não nos quer! Está farto de nós!
Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil.
Nosso Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros?
(ANDRADE, Carlos Drummond de. REUNIÃO. Rio de Janeiro, José Olympio, 1973. p. 36.)

2. "por QUE motivo eles se ajuntaram e qual a razão de seus sofrimentos." (verso 30)
A palavra em maiúsculo tem papel interrogativo indireto (a expressão é sinônima de "por qual motivo"), não podendo ser
analisada como pronome relativo.
O único dos trechos a seguir, porém, que contém exemplo de um QUE relativo é:
a) "Bendito o QUE semeia livros" (texto I - versos 25/26)
b) "é lógico, portanto, QUE vos fale do ensino" (texto II)
c) "são bem maiores do QUE quaisquer outras" (texto III - versos 22/23)
d) "Se bem QUE seja difícil compreender" (texto III - verso 29)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: AS POMBAS


Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada

E à tarde, quando a rígida nortada


Sopra, aos pombais, de novo, elas, serenas
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam,


Os sonhos, um por um, céleres voam
Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,


Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam
E eles aos corações não voltam mais...(Raimundo Correia)

3. "E ELES aos corações não voltam mais". ELES é um pronome no lugar de:
a) corações
b) sonhos
c) pombas
d) pombais
e) asas
- 32 -
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Texto IA***
Falo a ti - doce virgem dos meus sonhos,
Visão dourada dum cismar tão puro,
Que sorrias por noites de vigília
Entre as rosas gentis do meu futuro.

Tu m'inspiraste, oh musa do silêncio,


Mimosa flor da lânguida saudade!
Por ti correu meu estro ardente e louco
Nos verdores febris da mocidade.

Tu, que foste a vestal dos sonhos d'ouro,


O anjo-tutelar dos meus anelos,
Estende sobre mim as asas brancas...
Desenrola os anéis dos teus cabelos!(20/08/1859)
(ABREU, Casimiro. Obras. Rio de Janeiro: MEC, 1955, p. 49-50.)

Vocabulário:
estro = imaginação criadora
vestal = mulher casta ou virgem
anelo = desejo ardente

Texto II
Sempre que se agita esta questão das "reivindicações", escovam-se os velhos chavões, e, com um grande ar de
importância, os 1filósofos decidem sem apelação que a mulher não pode ser mais do que o anjo do lar, a vestal
encarregada de vigiar o fogo sagrado, a 2depositária das tradições da família... e das chaves da despensa. Todo esse
dispêndio de palavras 3inúteis serve apenas para encobrir a 4fealdade da única razão séria que podemos apresentar
contra as pretensões das mulheres: o nosso egoísmo, o receio que temos de que nos despojem das nossas
prerrogativas seculares - o medo de perder as posições, as regalias, as honras que o preconceito bárbaro confiou
exclusivamente ao nosso século. Compreende-se: quem se habituou a empunhar o bastão do comando não se resigna
facilmente a passá-lo a outras mãos: é mais fácil deixar a vida do que deixar o poder. (18/08/1901)(BILAC, Olavo.
VOSSA INSOLÊNCIA. São Paulo: Cia. das Letras, 1997, p. 313.)

Texto III
O mal de Isaías é ser ambíguo. Ser e não-ser. Não é índio, nem cristão. Não é homem, nem deixa de ser,
1coitado. Ser dois é não ser nenhum. Mas está acima de suas forças. Ele não pode deixar de participar de um nós

comigo que é excludente dos mairuns e que quase me ofende. Também não pode sentir consigo mesmo que ele é
apenas um mairum entre os outros. O pobre não para de escarafunchar a cuca, se aclarando e se confundindo cada vez
mais. Este casamento com Inimá. Será que ele gosta dela? (...)
Outro dia fiquei muito tempo atrás dele, no pátio, confundida com toda gente que se junta ali, na hora do pôr do
sol, para comer e conversar. Vi bem que ele não falava com ninguém e que ninguém falava com ele. Nem Inimá. Ouvi
depois, ouvi bem que ele murmurava sozinho. Cheguei mais perto e ouvi melhor; era uma ladainha em latim, como as de
meu pai:
Tra-lá-lá, ora pro nobis
Tre-lé-lé, ora pro nobis
Vamos ver se, agora de noite, nesse balanço de rede, eu me esqueço dos outros para pensar em mim. Preciso
me concentrar no meu problema. Tentei pensar o dia inteiro, sem conseguir. Há dias que é assim. Até parece que já não
sou capaz. Será a gravidez que me deixa lânguida? De onde virá essa lassidão? Estou grávida e não sei de quem. Vou
parir aqui entre os mairuns, este é problema. Se problema existe, porque isto bem pode ser uma solução. Com um filho
crescendo mairum eu não me integraria mais nesse mundo que eu quero fazer meu? Ser a mãe de fulaninho não será
para mim como para um homem ser o pai de fulano? Os homens aqui mudam de nome quando têm um filho homem.
Maxihú é o pai de Maxi. Teró por muito tempo Jaguarhú. Eu seria Iuicuihí se minha filha se chamasse Iucui? Ou Mairahú
se meu filho pudesse chamar-se Maíra? Será que pode? Melhor é que seja menina: Iuicui.
(RIBEIRO, Darcy. Maíra. Rio de Janeiro: Record, 1990, p. 372-3.)

- 33 -
4. "Melhor é QUE seja menina" (texto III)

A palavra em maiúsculo introduz uma oração substantiva, não podendo ser analisada como pronome relativo. Um dos
trechos a seguir, porém, contém exemplo de um "que" relativo. Esse exemplo está indicado em:

a) "dum cismar tão puro, QUE sorrias por noites de vigília" (texto I - versos 2 e 3)
b) "Sempre QUE se agita esta questão das reivindicações femininas" (texto II)
c) "a única razão séria QUE podemos apresentar contra as pretensões" (texto II)
d) "Até parece QUE já não sou capaz" (texto III)

5. Assinale a alternativa em que a substituição do pronome da frase I, realizada na frase II, está correta.

a) I - o que me fazia perder os estribos. II - o que fazia eu perder os estribos.


b) I - Deixar-me-iam ficar. II - Deixariam eu ficar.
c) I - furava-me os ouvidos. II - furava meus ouvidos.
d) I - Não seria mau que me achassem nos atos algum, involuntário, digno de pena. II - Não seria mau que a mim
achassem nos atos algum, involuntário, digno de pena.
e) I - arranjar-lhes por qualquer meio o indispensável. II - arranjá-los por qualquer meio o indispensável.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


O tempo do pescador é medido pelos ciclos da natureza, pelo decorrer dos dias e noites no ambiente marítimo e pelo
comportamento das espécies. Na pesca tradicional os róis, sob a orientação dos capitães e mestres de pesca, dividem
tarefas através do tempo de trabalho por eles estipulado. O senso de liberdade, 1tão caro aos homens do mar, está
muito ligado à autonomia sobre o tempo, 2podendo-se mesmo dizer que decorre dela.
Quando os pescadores são incorporados à pesca empresarial, a autoridade do mestre, que lhe é conferida pelo
conhecimento que detém e pela tradição, 3vê-se substituída pelas ordens dos patrões e dissolvida pela interferência do
pessoal de terra no trabalho dos embarcados.(Maldonado, S.C. PESCADORES DO MAR. São Paulo: Ática, 1986.)

6. Assinale a opção que apresenta as respectivas funções da palavra "se" empregada em: ".....podendo-se mesmo
dizer....."(ref.2) e ".....vê-se substituída....."(ref.3)?

a) Partícula de realce; pronome reflexivo.


b) Índice de indeterminação do sujeito; partícula de realce.
c) Pronome apassivador; pronome apassivador.
d) Parte integrante do verbo; parte integrante do verbo.
e) Parte integrante do verbo; pronome apassivador.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: CONSUMIDOR E CIDADÃO

O consumidor brasileiro encontra melhores meios de exercer seus direitos do que o cidadão.
Os amplos recursos do recente Código de Defesa do Consumidor e a relativa agilidade dos Procons, em
contraste com a morosidade da Justiça, impulsionaram um significativo aumento das atividades nessa área durante a
década de 90.
A atuação dos Procons e de outras entidades privadas qualificadas para defender interesses coletivos parece
ser também uma forma de responder à inoperância do Estado no que se refere aos direitos do cidadão.
A multiplicação de órgãos como os Procons e, de outra parte, dos centros de atendimento a clientes é um sinal
de evolução do mercado brasileiro e mesmo de parte da sociedade. Mas esse fato mesmo é um indicador do atraso do
país, pois faz pensar no que em geral ocorre quando, em lugar de uma empresa, quem está do outro lado do balcão é o
Estado.
Donas-de-casa reunidas para zelar pela qualidade de produtos ou associações de "vítimas de atrasos aéreos",
por exemplo, batem-se por questões que deveriam estar salvaguardadas pelo poder público.
O cidadão que utiliza o serviço público de saúde e é mal atendido não encontra um recurso comparável ao
serviço que os Procons prestam a clientes insatisfeitos de seguros de saúde privados. O brasileiro está muito mais bem
atendido quando se trata de reclamar contra produtos defeituosos, propaganda enganosa ou serviços privados mal
prestados do que quando o problema está na escola pública ou na polícia.
O rápido crescimento das atividades ligadas a direitos do consumidor, entretanto, também exige algumas
cautelas, seja contra uma atuação abusiva desses organismos, seja quanto a sua politização. Mas o que sobressai
desse contraste entre consumidor e cidadão é que o atraso do Brasil em relação aos países mais desenvolvidos não
está apenas na economia. A distância é enorme quando se trata de respeito ao cidadão.
- 34 -
7. Donas-de-casa reunidas para zelar pela qualidade de produtos ou associações de "vítimas de atrasos aéreos", por
exemplo, batem-se por questões QUE deveriam estar salvaguardadas pelo poder público.

O pronome em destaque refere-se a

a) donas-de-casa.
b) qualidade de produtos.
c) associações de vítimas de atrasos aéreos.
d) por exemplo.
e) questões.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


1 "Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome, comendo
raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. ELE, a mulher e os filhos
tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos - e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera(...).
2 - Fabiano, VOCÊ é um homem, exclamou em voz alta.
3 Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem,
ele não era um homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. (...) Olhou em torno, com
receio de que, fora os meninos, ALGUÉM tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:
4 - Você é um bicho, Fabiano.
5 Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho capaz de vencer dificuldades".

8. Observe as palavras em destaque no texto: "ele", "você" e "alguém". Assinale a alternativa que analise corretamente
sua classe morfológica:

a) pronome pessoal do caso oblíquo - pronome demonstrativo - pronome relativo


b) pronome pessoal do caso oblíquo - pronome possessivo - pronome demonstrativo
c) pronome demonstrativo - pronome de tratamento - pronome pessoal do caso reto
d) pronome pessoal do caso reto - pronome demonstrativo - pronome relativo
e) pronome pessoal do caso reto - pronome de tratamento - pronome indefinido

9. A frase em que se emprega corretamente o pronome em destaque é:

a) Ninguém sabe PORQUE, ele se recusa a assinar o recibo.


b) Deu-me algumas razões, CUJAS me pareceram inconsistentes.
c) Por favor, vá dizer a VOSSA EXCELÊNCIA que já chegamos.
d) O delegado chamou o detento para LHE interrogar.
e) Li o poema, analisei-LHE os versos, mas nada entendi.

10. Preencha, com pronomes relativos, as lacunas das orações abaixo.

I - "Fisionomia melancólica, fitou o cadáver. Sapatos lustrosos, ________ brilhava a luz das velas, calça de vinco
perfeito, paletó negro assentado, as mãos devotas cruzadas no peito." (J. Amado)

II - "Cabo Martim, ________ em matéria de educação só perdia para o próprio Quincas, retirou da cabeça o surrado
chapéu, cumprimentou os presentes." (J. Amado)

III - "Não gostava dessas magricelas, _________ cintura a gente nem podia apertar." (J. Amado)

IV - "Curió, ________ infância em parte decorrera num asilo de menores dirigido por padres, buscava na embotada
memória uma oração completa." (J. Amado)

Assinale, a seguir, a alternativa correta.

a) Todas as lacunas podem ser preenchidas com o pronome relativo CUJO (A).
b) III e IV podem ser preenchidas com o pronome relativo CUJO (A).
c) Todas as lacunas podem ser preenchidas com o pronome relativo QUE.
d) I e II podem ser preenchidas com o pronome relativo ONDE.
e) II e III podem ser preenchidas com o pronome relativo QUE.

- 35 -
11. Não, Hagar não tem como única habilidade aparar as flechadas dos adversários nas batalhas. Veja na figura
adiante, como ele estruturou bem sua frase, demonstrando dominar a norma culta, no tocante ao uso do PRONOME
RELATIVO e da PREPOSIÇÃO, quando necessária.

É a única coisa EM QUE sou bom.

Demonstre que você também tem esse domínio, indicando a opção em que o período, resultante da ligação entre as
frases, ESTÁ BEM ESTRUTURADO.

a) PERÍODO: "Mas existe uma responsabilidade estrutural que não é imposta de fora para dentro. Todos querem fugir dela." (ISTO É -
15/7/98)
FRASES: Mas existe uma responsabilidade estrutural que não é imposta de fora para dentro, que todos querem fugir dela.
b) PERÍODO: "Mas eles são artistas de cinema. A atividade deles é fazer show usando movimentos extremamente plásticos." (VEJA -
8/10/97)
FRASES: Mas eles são artistas de cinema, cuja a atividade é fazer "show" usando movimentos extremamente plásticos.
c) PERÍODO: "Um bom exemplo de gestão pública criativa é o mutirão do reflorestamento. Por meio dele, em 12 anos, foi plantado 1,7
milhões de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica em morros urbanos do Grande Rio (...)" (ÉPOCA - 27/7/98)
FRASES: Um bom exemplo de gestão pública criativa é o mutirão do reflorestamento que por meio dele, em 12 anos, foi plantado 1,7
milhão de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica em morros urbanos do Grande Rio.
d) PERÍODO: "A secura do ar na Indonésia e na Malásia provocou incêndios florestais, poluiu cidades e enfumaçou o céu de tal forma
que até a semana passada havia provocado dois desastres horrendos. Num deles, um jato de passageiros estatelou-se no chão da
Indonésia matando todas as 234 pessoas a bordo." (VEJA - 8/10/97)
FRASES: A secura do ar na Indonésia e na Malásia provocou incêndios florestais, poluiu cidades e enfumaçou o céu de tal forma que
até a semana passada havia provocado dois desastres horrendos, num dos quais um jato de passageiros estatelou-se no chão
matando todas as 234 pessoas a bordo.
e) PERÍODO: "Para a Maritel, com 19 anos no mercado, a invasão dos bichos importados atrapalha o crescimento da empresa. Por
essa razão, assim como os concorrentes, trabalha com personagens licenciados." (FOLHA DE S. PAULO - 2/9/98)
FRASES: Para a Maritel, com 19 anos no mercado, a invasão dos bichos importados atrapalha o crescimento da empresa, razão
porque, assim como os concorrentes, trabalha com personagens licenciados.

12. Em que frase o espaço em branco dever ser preenchido APENAS com pronome relativo e não com pronome
relativo regido de preposição?
a) Trata-se de joias de família ________ jamais me desfarei.
b) O candidato expôs planos _________ ninguém confiou.
c) Nesta rua, os serviços ___________ você tem acesso são inúmeros.
d) Foi positivo o resultado _________ a empresa atingiu.
e) Eis o documento ___________ cópia me refiro.

13. No centro da Convenção sobre Mudança Climática esteve o reconhecimento de que o planeta pode passar por
mudanças catastróficas no próximo século, com o agravamento do efeito estufa.
A delegação brasileira na reunião de Buenos Aires, ONDE se deu o encontro, assim como em Kyoto, foi chefiada pelo
ministro da Ciência e Tecnologia. ELA teve um papel destacado no Japão, ao apresentar proposta que desembocou no
"mecanismo de desenvolvimento limpo" (MDL), questão central na pauta da Argentina.
Os pronomes em destaque referem-se a outras palavras do texto. São elas, respectivamente:
a) o centro - Mudança Climática
b) Buenos Aires - a delegação brasileira
c) o planeta - a reunião
d) Kyoto - estufa
e) a Convenção - mudanças catastróficas
- 36 -
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Trechos da carta de Pero Vaz de Caminha
1 Muitos deles ou quase a maior parte dos que andavam ali traziam aqueles bicos de osso nos beiços. E alguns,
que andavam sem eles, tinham os beiços furados e nos buracos uns espelhos de pau, que pareciam espelhos de
borracha; outros traziam três daqueles bicos, a saber, um no meio e os dois nos cabos. Aí andavam outros, quartejados
de cores, a saber, metade deles da sua própria cor, e metade de tintura preta, a modos de azulada; e outros quartejados
de escaques. Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem moças e bem gentis, com cabelos muito pretos,
compridos pelas espáduas, e suas vergonhas tão altas, tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as muito
bem olharmos, não tínhamos nenhuma vergonha.
2 Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos até a outra ponta que contra o norte
vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa.
Tem, ao longo do mar, nalgumas partes, grandes barreiras, delas vermelhas, delas brancas; e a terra por cima toda chã
e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta, é toda praia parma, muito chã e muito formosa.
3 Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra
com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa
alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados, como os
de Entre Douro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá.
4 Águas são muitas: infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem
das águas que tem.

(Carta de Pero Vaz de Caminha In: PEREIRA, Paulo Roberto (org.) Os três únicos testemunhos do descobrimento do
Brasil. Rio de Janeiro: Lacerda, 1999, p. 39-40.)

Vocabulário:
1 - "espelhos de pau, que pareciam espelhos de borracha": associação de imagem, com a tampa de um vasilhame de
couro, para transportar água ou vinho, que recebia o nome de "espelho" por ser feita de madeira polida.
2 - "tintura preta, a modos de azulada": é uma tintura feita com o sumo do fruto jenipapo.
3 - "escaques": quadrados de cores alternadas como os do tabuleiro de xadrez.
4 - "parma": lisa como a palma da mão.
5 - "chã": terreno plano, planície.

14. Assinale a opção em que a reformulação da frase a seguir apresenta um emprego de pronome NÃO COMPATÍVEL
com o uso formal da língua:

"E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem". (par. 4)
a) E em tal maneira é graciosa que, se a quisermos aproveitar, dar-se-á nela tudo por causa das águas que tem.
b) E em tal maneira é graciosa que , querendo-a aproveitá-la, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem.
c) E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, tudo nela se dará, por causa das águas que tem.
d) E em tal maneira é graciosa que, ao querer-se aproveitá-la, tudo dar-se-á nela, por bem da águas que tem.
e) E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitar ela, tudo dar-se-á por bem das águas que tem.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


O texto a seguir foi retirado do último capítulo do romance LUCÍOLA, de José de Alencar. Nele o romancista narra os
momentos finais vividos pela heroína, ao lado de Paulo, o seu amado.

1 De joelhos à cabeceira eu suplicava-lhe que bebesse o remédio que a devia salvar.


(...)
O dia se passou na cruel agonia que só compreendem aqueles que ajoelhados à borda de um leito viram finar-se gradualmente
uma vida querida.
2 Quebrado de fadiga e vencido por uma vigília de tantas noites, tinha insensivelmente adormecido, sentado como estava à beira da
cama, com os lábios sobre a mão gelada de Lúcia e a testa apoiada no encosto do leito. O sono foi curto, povoado de sonhos
horríveis; acordei sobressaltado e achei-me reclinado sobre o peito de Lúcia, que se sentara de encontro às almofadas para suster
minha cabeça ao colo, como faria uma terna mãe com seu filho.
3 Mesmo adormecido ela me sorria, me falava, e cobria-me de beijos:
4 - Se soubesses que gozo supremo é para mim beijar-te neste momento! Agora que o corpo está morto e a carne álgida, não sente
nem a dor nem o prazer, é a minha alma só que te beija, que se une à tua e se desprende parcela por parcela para embeber em
teu seio.
5 E seus lábios ávidos devoravam-me o rosto de carícias, bebendo o pranto que corria abundante de meus olhos:
6 Se alguma coisa me pudesse salvar ainda, seria esse bálsamo celeste, meu amigo!
- 37 -
7 Eu soluçava como uma criança.
8 - Beija-me também, Paulo. Beija-me como beijarás um dia tua noiva! Oh! agora posso te confessar sem receio. Nesta hora não se
mente. Eu te amei desde o momento em que te vi! Eu te amei por séculos nestes poucos dias que passamos juntos na terra.
Agora que a minha vida se conta por instantes, amo-te em cada momento por uma existência inteira. Amo-te ao mesmo tempo
com todas as afeições que se pode ter neste mundo. Vou te amar enfim por toda a eternidade.
9 A voz desfaleceu completamente, de extenuada que ela ficara por esse enérgico esforço. Eu chorava de bruços sobre o
travesseiro, e as suas palavras suspiravam docemente em minha alma, como as dulias dos anjos devem ressoar aos espíritos
celestes.(ALENCAR, José de. Lucíola. Rio, Ática, 1992. p. 124-126.)

15. O pronome oblíquo assume o valor semântico de posse em

a) "(...) achei-me reclinado sobre o peito de Lúcia (...)" (par.2)


b) " Mesmo adormecido ela me sorria (...)" (par.3)
c) "E seus lábios ávidos devoraram-me o rosto de carícias (...)" (par.5)
d) "Se alguma coisa me pudesse salvar ainda (...)" (par.6)
e) "Beija-me como beijarás um dia tua noiva!" (par.8)

Máster - lista 14
Coloque as vírgulas nessas redações exemplares.

Redação 1: Os projetos Estratégicos da Marinha do Brasil (Redação de Renato Duque Xavier)


A Marinha do Brasil (MB) tem desenvolvido bastantes projetos estratégicos para estender a segurança do País
frente às ameaças contemporâneas. Para entender tal fato cabe considerar aspectos como a importância da
reestruturação da soberania e da gestão administrativa.
Ressalta-se em primeiro lugar que a modernização operacional é primordial para a Organização. A Armada
procura nessa perspectiva ampliar a tecnologia nacional por exemplo com o Programa Desenvolvimento de Submarinos
(PROSUB) o qual os construirá novos – convencionais e nucleares. A aquisição de novos equipamentos possibilitará
assim o alinhamento às grandes potências militares do planeta.
Também a segurança da navegação é essencial para a Nação. A MB fomentou o Sistema de Gerenciamento da
Amazônia Azul (SisGAAZ) para expandir a fiscalização e o controle das águas jurisdicionais no Atlântico Sul. A Esquadra
– por meio de patrulhas – procura monitorar nessa direção o tráfego em toda costa litorânea brasileira com repressão
por exemplo à pesca ilegal à pirataria e ao contrabando.
Constata-se além disso que a gestão administrativa é bastante exaltada pela Armada. A Organização para
melhorar a coesão militar do Estado programou a construção da Segunda Esquadra e da Segunda Força de Fuzileiros
Navais na região nordeste. Por sua vez essas unidades são influenciadas para capacitarem seus combatentes por
intermédio de cursos nas Instituições de Ensino no País e no exterior a fim de largar uma tropa mais qualificada.
Os projetos estratégicos são portanto fundamentais para tornar a Força Singular forte e vanguardista. A
ampliação dos investimentos do Governo Federal na MB proporcionará nesse sentido a modernização dos
equipamentos para uma segurança mais eficaz.

1. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas.

“Não nos ______ respeito os motivos que ____________ os homens a __________ à causa.”

a) diz – conduzirão – aderir


b) dizem – conduzirão – aderirem
c) dizem – conduzirá – aderirem
d) diz – conduzirá – aderir
e) dizem – conduzirá – aderir

- 38 -
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Conversar pressupõe um diálogo produtivo entre as pessoas. Significa dizer que conversar é um processo cooperativo
entre interlocutores.
Leia o texto abaixo, que representa uma conversa.

2. No trecho “a gente pode ter conversas literárias”, substituindo-se o sujeito por outro de primeira pessoa do plural, no
tempo pretérito perfeito, o resultado é o seguinte:

a) podemos ter conversas literárias.


b) podíamos ter conversas literárias.
c) poderíamos ter conversas literárias.
d) pudemos ter conversas literárias.
e) pudéssemos ter conversas literárias.

3. Leia o poema de Mauro Mota.


Ausência

Vestias diante do espelho


o vestido de viagem,
e o espelho partiu-se ao meio
querendo prender-te a imagem.

(Canto ao Meio)

Ao reescrever o poema, empregando como sujeito explícito o pronome Elas, tem-se:

Elas vestiam diante do espelho


os vestidos de viagem,
e o espelho partiu-se ao meio
querendo __________ a imagem.

A expressão que preenche corretamente a lacuna, de acordo com o português padrão, é:

a) prendê-la.
b) prendê-las.
c) prender-vos.
d) prender-lhe.
e) prender-lhes.

4. Assinale a frase correta quanto à concordância verbal.

a) Como faziam anos que meu marido tinha morrido, contratei três empregados que era suficiente para cuidar da
fazenda.
b) Compraram-se alguns equipamentos necessários à adequação da nossa indústria às atuais exigências de mercado.
c) Talvez possam haver soluções melhores do que estas, mas nenhuma delas foram sugeridas até agora.
d) Ainda não havia soado 11 horas da noite, quando bateu à porta: eram três meninos das redondezas.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


Havia naquele cemitério uma sepultura em torno ....... 4a imaginação popular tecera lendas. Ficava ao lado da capela, perto dos
grandes jazigos, e 8consistia numa lápide cinzenta, com a inscrição já ........ apagada por baixo duma cruz em alto-relevo. Seus
devotos acreditavam que a alma cujo corpo ali jazia tinha o dom de obrar 5milagres como os de Santo Antônio. Floriano leu a
inscrição:
Antônia Weber – Toni – 1895-1915. Talvez ali estivesse o ponto de partida de seu próximo romance...

- 39 -
Um jovem novelista visita o cemitério de sua terra e fica particularmente interessado numa sepultura singela a que a superstição
popular 9atribui poderes milagrosos. Vem-lhe então o desejo de, 6através da magia da ficção, trazer de volta à vida aquela morta
obscura. 11Sai à procura de habitantes mais antigos e a eles pergunta: “Quem foi Antônia Weber?” Alguns nada sabem. Outros
contam o pouco de que 10se lembram. Um teuto-brasileiro sessentão (Floriano já começava a visualizar as personagens, a inventar a
intriga), ao ouvir o nome da defunta, fica perturbado e fecha-se num mutismo ressentido. 12“Aqui há drama”, diz o escritor para si
próprio. 13E conclui: “Este homem talvez tenha amado Antônia Weber...”. Ao cabo de várias tentativas, consegue arrancar dele 7uma
história fragmentada, cheia de reticências que, entretanto, o novelista vai preenchendo com trechos de depoimentos de terceiros. Por
fim, de posse de várias peças do quebra- cabeça, põe-se a armá-lo e o resultado é o romance duma tal Antônia Weber, natural de
Hannover e que emigrou com os pais para o Brasil e estabeleceu-se em Santa Fé, onde...

Mas qual! – exclamou Floriano, parando à sombra dum plátano e passando o lenço pela testa úmida. Ia cair de novo nos alçapões
que seu temperamento lhe armava. 14Os críticos não negavam mérito a seus romances, mas afirmavam que em suas histórias ........ o
cheiro do suor humano e da terra: achavam que, quanto à forma, eram tecnicamente bem escritas; quanto ao conteúdo, porém,
tendiam mais para o artifício que para a arte, fugindo sempre ao drama essencial. Pouco lhe importaria o que outros pensassem se
ele próprio não estivesse de acordo com essas restrições. Chegara à conclusão de que, embora a perícia não devesse ser
menosprezada, para fazer bom vinho era necessário antes de mais nada ter uvas, e uvas de boa qualidade. No caso do romance a
uva era o tema – o tema legítimo, isto é, algo que o autor pelo menos tivesse sentido, se não propriamente vivido.

Adaptado de: VERISSIMO, Erico. O tempo e o vento: o retrato. v. 2. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 331-333.

5. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das referências 1, 2 e 3, nesta ordem.

a) do qual – meia – faltavam


b) da qual – meio – faltava
c) da qual – meio – faltavam
d) do qual – meio – faltavam
e) da qual – meia – faltava

6. Se substituíssemos Os críticos (ref. 14) por A crítica, quantas outras alterações seriam necessárias, no texto, para
fins de concordância?

a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Em 1816, sob os auspícios da Família Real Portuguesa, chegou ao Brasil um grupo de pintores que integrou a "Missão
Artística Francesa". Um desses artistas foi Jean Baptiste Debret, que retratou em aquarelas cenas do cotidiano da
sociedade brasileira na cidade do Rio de Janeiro. Observe uma de suas obras:

- 40 -
Agora leia o texto a seguir.

Família pobre em sua casa apresenta uma cena ocorrida no interior de um ambiente doméstico, onde os personagens estão
todos no primeiro plano, com destaque suficiente 1para que suas ações sejam percebidas. Ao dividirmos a obra ao meio, dois
personagens ficam à esquerda da composição, para quem observa, e outro à direita, o que poderia denotar, em princípio, certo
desequilíbrio. A luz é distribuída de maneira uniforme entre todos os elementos da obra, e as paredes, em tons escuros, não
são vazias. Ao contrário, são carregadas de texturas e objetos que, no final das contas, contribuem para que a composição
obtenha um novo equilíbrio.

Em pé, próxima à entrada da casa, vemos 5uma mulher negra, 2que talvez tenha acabado de entrar no ambiente. 3Ela é 6alta,
ocupando quase a totalidade do espaço vertical do lado esquerdo da composição, e torna-se maior ainda em razão do
recipiente que carrega, sem o apoio das mãos, 11em 4sua cabeça. Tal objeto é 7grande e deve estar cheio, porque se nota uma
penca de bananas em sua abertura [...]. Suas roupas são 8simples: um lenço na cabeça, que lhe dá suporte para carregar o
pesado objeto, uma saia azul, que cobre totalmente os membros inferiores, e uma blusa branca, que cai suavemente até o
cotovelo, deixando à mostra seu colo, não denotando, contudo, qualquer sensualidade, já que não se destacam as formas do
seio, mas sim de costelas 12sob a pele, o que lhe dá uma fisionomia esquelética. Com a mão direita ela parece oferecer algo
13
para uma mulher branca sentada no chão, e com a mão esquerda parece pegar o restante da oferta que guarda na sua
blusa, que, caída até o ombro, funciona como um recipiente côncavo. Contudo, não é possível ver 9se ela está pegando
realmente algo, se está 10apenas se coçando ou ainda se está sentindo alguma dor no local, haja vista o esforço de carregar
um pesado recipiente sobre a cabeça [...].

Fonte: TREVISAN, A. R. A pintura da vida prosaica: pobreza e escravidão nas aquarelas de Debret. Baleia na rede - Revista
online do Grupo de Pesquisa e Estudos em Cinema e Literatura, Unesp, v. 1, n. 3, p. 199-200, 2006. ISSN: 1808-8473.
Disponível em http://www.marilia.unesp.br/home/revistaseletronicas/baleianarede/edicao03/pintura.pdf. 2011. (adaptado)

7. Com relação ao uso de elementos linguísticos no texto, considere estas afirmativas:

I. A expressão "para que" (ref. 1) introduz a finalidade da posição das personagens em primeiro plano na imagem.
II. Os segmentos "que" (ref. 2), "Ela" (ref. 3) e "sua" (ref. 4) retomam "uma mulher negra" (ref. 5), a qual, na imagem, remete à
única personagem que se encontra de pé.
III. As palavras "alta" (ref. 6), "grande" (ref. 7) e "simples" (ref. 8) atribuem características para o mesmo sujeito.
IV. O "se”, em "se ela está pegando" (ref. 9), tem a mesma classe gramatical do “se” em "apenas se coçando" (ref. 10).

Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas I e II.
d) apenas I, II e III.
e) apenas III e IV.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Vizinhos e internautas
Estudiosos do comportamento humano na vida moderna constatam que um dos males de nossa época é a incomunicabilidade.
Já foi tempo em que, mesmo nas grandes cidades, nos bairros residenciais, ao cair da tarde, era costume os vizinhos se
darem boa noite, levarem 4as cadeiras de vime para as calçadas e ficar falando da vida, da própria e da dos outros.
6
A densidade demográfica, os apartamentos, a 3violência urbana, o rádio e mais tarde a TV ilharam cada indivíduo no casulo
doméstico. Moro 8há 18 anos num prédio da Lagoa; tirante os raros e inevitáveis cumprimentos de praxe no elevador ou na
garagem, não falo com eles nem eles comigo. Não sou exceção. Nesse lamentável departamento, sou regra.
Daí que não entendo a pressão que volta e meia me fazem para navegar na Internet. 9Um dos argumentos que me dão é que
posso falar com pessoas na Indonésia, saber como vão 1as colheitas de arroz na China e como estão os melões na Espanha.
Uma de minhas filhas vangloria-se de ser internauta. Tem amigos na Pensilvânia e arranjou um admirador em Dublin, terra do
Joyce, do Bernard Shaw e do Oscar Wilde. Para convencê-la de seus méritos, ele mandou uma foto em cor que foi impressa
em alta resolução. É um jovem simpático, de bigode, cara honesta. Pode ser que tenha mandado a foto de um outro.
Lembro a correspondência sentimental das velhas revistas de antanho. Havia sempre 7a promessa: “Troco fotos na primeira
carta”. Nunca ouvi dizer que uma dessas trocas tenha tido resultado aproveitável.
Para vencer a incomunicabilidade, acredito que o internauta deva primeiro aprender a se comunicar com o vizinho de porta, de
prédio, de rua. Passamos uns pelos outros com o desdém de nosso silêncio, de nossa cara amarrada. Os suicidas se realizam
porque, na hora do desespero, falta 5o vizinho que lhe deseje 2sinceramente uma boa noite.
Fonte: CONY, Cartos Heitor. Vizinhos e internautas. Folha de S.Paulo, 26 jun. 1997. Opinião. p.A2.
VOCABULÁRIO
tirante – exceto por
praxe – costume
(James) Joyce, Bernard Shaw e Oscar Wilde – escritores
antanho – antigamente
- 41 -
8. Considerando as regras de concordância verbal na norma padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa
CORRETA.

a) Na oração A densidade demográfica, os apartamentos, a violência urbana, o rádio e mais tarde a TV ilharam cada
indivíduo no casulo doméstico (ref. 6), o verbo destacado poderia ser escrito no singular (ilhou) sem desrespeitar as
regras de concordância verbal.
b) Se substituíssemos a promessa (ref. 7) por as promessas, o verbo haver precisaria continuar no singular: Havia
sempre promessas.
c) Se o verbo haver fosse substituído por fazer na oração Moro há 18 anos num prédio da Lagoa (ref. 8), teríamos que
escrever Moro fazem 18 anos num prédio da Lagoa.
d) No período Um dos argumentos que me dão é que posso falar com pessoas na Indonésia [...] na Espanha (ref. 9),
caso substituíssemos um dos argumentos por o argumento, o verbo dar teria que ficar no singular (dá).
e) Se o termo o vizinho (ref. 5) fosse posto no plural, o período ficaria: Os suicidas se realizam porque, na hora do
desespero, falta os vizinhos que lhe desejem sinceramente uma boa noite.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A literatura nos ajuda a construir nossa identidade
(1) Ainda que nasça e morra só, o indivíduo tem a sua existência marcada pela coletividade de que faz parte e que funciona
segundo “leis” e “regras” preestabelecidas. Um dos primeiros desafios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender
que leis e regras são essas, decidir quais delas deve seguir e quais precisam ser questionadas de modo a permitir que sua
jornada individual tenha identidade própria.
(2) Nos textos literários, de certo modo, entramos em contato com a nossa história, o que nos dá a chance de compreender
melhor nosso tempo, nossa trajetória. O interessante, porém, é que essa “história” coletiva é recriada por meio das histórias
individuais, das inúmeras personagens presentes nos textos que lemos, ou pelos poemas que nos tocam de alguma maneira.
Como leitores, interagimos com o que lemos. Somos tocados pelas experiências de leituras que, muitas vezes, evocam nossas
vivências pessoais e nos ajudam a refletir sobre nossa identidade e também a construí-la.
(3) Como toda manifestação artística, a literatura acompanha a trajetória humana e, por meio de palavras, constrói mundos
familiares – em que pessoas semelhantes a nós vivem problemas idênticos – e mundos fantásticos, povoados por seres
imaginários, cuja existência é garantida somente por meio das palavras que lhes dão vida. Também exprime, pela criação
poética, reflexões e emoções que parecem ser tão nossas quanto de quem as registrou.
(4) Por meio da convivência com poemas e histórias que traçam tantos e diversos destinos, a literatura acaba por nos oferecer
possibilidades de resposta a indagações comuns a todos os seres humanos.
(5) Além disso, em diferentes momentos da história humana, a literatura teve um papel fundamental: o de denunciar a
realidade, sobretudo quando setores da sociedade tentam ocultá-la. Foi o que ocorreu, por exemplo, durante o período do
regime militar no Brasil. Naquele momento, inúmeros escritores arriscaram a própria vida para denunciar, em suas obras, a
violência que tornava a existência uma aventura arriscada. A leitura dessas obras, mesmo que vivamos em uma sociedade
democrática e livre, nos ensina a valorizar nossos direitos individuais, nos ajuda a desenvolver uma melhor consciência política
e social. Em resumo, a literatura permite também que olhemos para a nossa história e, conhecendo algumas de suas
passagens, busquemos construir um futuro melhor.
(Maria Luiza M. Abaurre; Marcela Pontara. Literatura Brasileira – tempos leitores e leituras. Ensino Médio. São Paulo: Moderna,
2005, pp., 10-11. Adaptado.).

9. Analise o uso dos verbos em: “Um dos desafios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender que leis e
regras são essas, decidir quais delas deve seguir e quais precisam ser questionadas”. Outra forma correta de dizer o
mesmo seria:
a) Um dos desafios a ser enfrentado pelo ser humano é compreender que leis e regras são essas, decidir quais delas devem
seguir e quais precisam ser questionadas.
b) Um dos desafios a serem enfrentado pelo o ser humano é compreender que leis e regras são essas, decidir quais delas
deve seguir e quais precisam ser questionadas.
c) Um dos desafios a serem enfrentados pelo ser humano são compreender quais leis e regras são essas, decidir quais delas
deve seguir e quais precisam ser questionadas.
d) Um dos desafios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender quais leis e regras são essas, decidir quais delas
deve seguir e precisam ser questionadas.
e) Um dos desafios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender quais leis e regras é essas, decidir quais delas
devem seguir e quais precisam serem questionadas.

10. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as frases a seguir.


O rapaz estava propenso ______ aceitar a responsabilidade.
A estilista procedeu ______ escolha das modelos para o desfile.
O aluno está incerto ______ o significado da palavra.
a) por ... a ... com
b) por ... pela ... com
c) à ... à ... sobre
d) a ... à ... sobre
e) de ... pela ... para
- 42 -
11. Assinale a única alternativa na qual está correta a concordância verbal, segundo a norma padrão da língua portuguesa.

a) Aconteceu alguns fatos muito estranhos no ano passado.


b) Nem faziam dois meses que ela se fora.
c) A retirada das tropas levariam algum tempo ainda.
d) Foi conseguido muitas doações para os desabrigados.
e) Se houvesse interessados, ele venderia o barco.

12. Texto.

Em Alagoas, 24% da população vive à revelia da leitura e da escrita.

[...]
Nesse “universo paralelo” dos que vivem à revelia da leitura e da escrita, 1restam o mercado informal como sobrevida,
e o distanciamento exponencial de uma sociedade cada vez mais gráfica, onde a necessidade de se 2decifrar os velhos e os
novos códigos da língua, como a informática, por exemplo, vem transformando a educação formal, ao longo dos tempos, num
verdadeiro funil de acesso ao mundo sócio, econômico e culturalmente ativo.

O Jornal, de 17/10/2010, seção Cidades, pág. A17.

Com relação à concordância verbal, apenas uma alternativa está errada. Marque-a.

a) O verbo pode ficar no singular, concordando com o termo preposicionado “da população”, após a expressão numérica na
manchete.
b) Segundo a norma gramatical, o verbo, ainda nessa manchete, poderia ficar no plural, concordando com o número
percentual, que é o núcleo do sujeito.
c) A concordância do verbo “viver”, nesse trecho, está correta, o que se pode justificar com o seguinte exemplo: “Somente 1%
dos objetos roubados foi recuperado.”
d) O verbo “restar” (ref. 1) poderia ficar no singular, concordando com o sujeito mais próximo: “o mercado informal”.
e) O verbo “decifrar” (ref. 2) deveria estar no plural, concordando com o sujeito composto: “os velhos e os novos códigos da
língua”.

13. Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal e nominal.

a) Os rapazes que praticam surf mantêm suas pranchas muito bem cuidadas.
b) A nadadora está meia apreensiva, pois a travessia será em mar aberto.
c) Em 2011, farão cinco anos que ele venceu o campeonato paulista de judô.
d) Elas mesmos foram em busca de patrocínio para a equipe de ginástica.
e) Afixada no mural estão as listas dos atletas que participarão da São Silvestre.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Quando a rede vira um vício

Com o titulo "Preciso de ajuda", fez-se um desabafo aos integrantes da comunidade Viciados em Internet Anônimos:
"Estou muito dependente da web, Não consigo mais viver normalmente. Isso é muito sério". Logo obteve resposta de um
colega de rede. "Estou na mesma situação. Hoje, praticamente vivo em frente ao computador. Preciso de ajuda." Odiálogo dá a
dimensão do tormento provocado pela dependência em Internet, um mal que começa a ganhar relevo estatístico, à medida que
o uso da própria rede se dissemina. Segundo pesquisas recém-conduzidas pelo Centro de Recuperação para Dependência de
Internet, nos Estados Unidos, a parcela de viciados representa, nos vários países estudados, de 5% (como no Brasil) a 10%
dos que usam a web — com concentração na faixa dos 15 aos 29 anos. Os estragos são enormes. Como ocorre com um
viciado em álcool ou em drogas, o doente desenvolve uma tolerância que, nesse caso, o faz ficar on-line por uma eternidade
sem se dar conta do exagero. Ele também sofre de constantes crises de abstinência quando está desconectado, e seu
desempenho nas tarefas de natureza intelectual despenca. Diante da tela do computador, vive, aí sim, momentos de rara
euforia. Conclui uma psicóloga americana: "O viciado em internet vai, aos poucos, perdendo os elos com o mundo real até
desembocar num universo paralelo — e completamente virtual".
Não é fácil detectar o momento em que alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo da rede para estabelecer com
ela uma relação doentia, como a que se revela nas histórias relatadas ao longo desta reportagem. Em todos os casos, a
internet era apenas "útil" ou "divertida" e foi ganhando um espaço central, a ponto de a vida longe da rede ser descrita agora
como sem sentido. Mudança tão drástica se deu sem que os pais atentassem para a gravidade do que ocorria. "Como a
internet faz parte do dia a dia dos adolescentes e o isolamento é um comportamento típico dessa fase da vida, a família
raramente detecta o problema antes de ele ter fugido ao controle", diz um psiquiatra. A ciência, por sua vez, já tem bem
mapeados os primeiros sintomas da doença. De saída, o tempo na internet aumenta — até culminar, pasme-se, numa rotina
de catorze horas diárias, de acordo com o estudo americano. As situações vividas na rede passam, então, a habitar mais e
mais as conversas. É típico o aparecimento de olheiras profundas e ainda um ganho de peso relevante, resultado da frequente
troca de refeições por sanduíches — que prescindem de talheres e liberam uma das mãos para o teclado. Gradativamente, a
vida social vai se extinguindo. Alerta outra psicóloga: "Se a pessoa começa a ter mais amigos na rede do que fora dela, é um
sinal claro de que as coisas não vão bem".

- 43 -
Os jovens são, de longe, os mais propensos a extrapolar o uso da internet. Há uma razão estatística para isso — eles
respondem por até 90% dos que navegam na rede, a maior fatia —, mas pesa também uma explicação de fundo mais
psicológico, à qual uma recente pesquisa lança luz. Algo como 10% dos entrevistados (viciados ou não) chegam a atribuir à
internet uma maneira de "aliviar os sentimentos negativos", tão típicos de uma etapa em que afloram tantas angústias e
conflitos. Na rede, os adolescentes sentem-se ainda mais à vontade para expor suas ideias. Diz um outro psiquiatra: "Num
momento em que a própria personalidade está por se definir, a internet proporciona um ambiente favorável para que eles se
expressem livremente". No perfil daquela minoria que, mais tarde, resvala no vicio se vê, em geral, uma combinação de baixa
autoestima com intolerância à frustração. Cerca de 50% deles, inclusive, sofrem de depressão, fobia social ou algum transtorno
de ansiedade. É nesse cenário que os múltiplos usos da rede ganham um valor distorcido. Entre os que já têm o vicio, a maior
adoração é pelas redes de relacionamento e pelos jogos on-line, sobretudo por aqueles em que não existe noção de começo,
meio ou fim.
Desde 1996, quando se consolidou o primeiro estudo de relevo sobre o tema, nos Estados Unidos, a dependência em
internet é reconhecida — e tratada — como uma doença. Surgiram grupos especializados por toda parte. "Muita gente que
procura ajuda ainda resiste à ideia de que essa é uma doença", conta um psicólogo. O prognóstico é bom: em dezoito
semanas de sessões individuais e em grupo, 80% voltam a niveis aceitáveis de uso da internet. Não seria factível, tampouco
desejável, que se mantivessem totalmente distantes dela, como se espera, por exemplo, de um alcoólatra em relação à bebida.
Com a rede, afinal, descortina-se uma nova dimensão de acesso às informações, à produção de conhecimento e ao próprio
lazer, dos quais, em sociedades modernas, não faz sentido se privar. Toda a questão gira em torno da dose ideal, sobre a qual
já existe um consenso acerca do razoável: até duas horas diárias, no caso de crianças e adolescentes. Quanto antes a ideia do
limite for sedimentada, melhor. Na avaliação de uma das psicólogas, "Os pais não devem temer o computador, mas, sim,
orientar os filhos sobre como usá-lo de forma útil e saudável". Desse modo, reduz-se drasticamente a possibilidade de que, no
futuro, eles enfrentem o drama vivido hoje pelos jovens viciados.
Silvia Rogar e João Figueiredo, Veja, 24 de março de 2010. Adaptado.

14. Em qual das opções foi estabelecida a concordância nominal correta no trecho destacado?

a) Em casos de dependência em internet, a avaliação psicológica é necessária.


b) Um e outro internautas precisa de limites quanto ao uso da Rede.
c) Haja visto o grande número de viciados em internet, alguma providência deve ser tomada.
d) Dado a dependência na Web, muitos jovens estão comprometendo o convívio social.
e) A juventude tem ficado meia prejudicada por causa do uso indevido da Rede.

--TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Parágrafo do Editorial “Nossas crianças, hoje”.

“Oportunamente serão divulgados os resultados de tão importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos
sentimos na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre. Nosso Estado e nossa região
padece de índices vergonhosos no tocante à mortalidade infantil, à educação básica e tantos outros indicadores terríveis.”

(Gazeta de Alagoas, seção Opinião, 12.10.2010)

15. A justificativa para a concordância do verbo padecer, no segundo período, é a mesma para a concordância verbal em:

a) “Casa, água, comida e carinho, nada fez o pardalzinho feliz.”


b) “Muita raiva e indignação dominava seus gestos.”
c) “Passará o céu e a terra.”
d) “Uma brisa, um vento, o maior furacão não os inquietava.”
e) “Pedro ou Paulo será eleito papa.”

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Como prevenir a violência dos adolescentes

“(...) Quando deparo com as notícias sobre crimes hediondos envolvendo adolescentes, como o ocorrido com Felipe
Silva Caffé e Liana Friedenbach, fico profundamente triste e constrangida. Esse caso é consequência da baixa valorização da
prevenção primária da violência por meio das estratégias cientificamente comprovadas, facilmente replicáveis e definitivamente
muito mais baratas do que a recuperação de crianças e adolescentes que comentem atos infracionais graves contra a vida.
Talvez seja porque a maioria da população não se deu conta e os que estão no poder nos três níveis não estejam
conscientes de seu papel histórico e de sua responsabilidade legal de cuidar do que tem de mais importante à nação: as
crianças e os adolescentes, que são o futuro do país e do mundo.
A construção da paz e a prevenção da violência dependem de como promovemos o desenvolvimento físico, social,
mental, espiritual e cognitivo das nossas crianças e adolescentes, dentro do seu contexto familiar e comunitário. Trata-se,
portanto, de uma ação intersetorial, realizada de maneira sincronizada em cada comunidade, com a participação das famílias,
mesmo que estejam incompletas ou desestruturadas (...)”
“(...) Em relação às crianças e adolescentes que cometeram infrações leves ou moderadas – que deveriam ser mais
bem expressas – seu tratamento para a cidadania deveria ser feito com instrumentos bem elaborados e colocados em prática,
na família ou próxima dela, com acompanhamento multiprofissional, desobstruindo as penitenciárias, verdadeiras
universidades do crime. (...)”

- 44 -
“(...) A prevenção primária da violência inicia-se com a construção de um tecido social saudável e promissor, que
começa antes do nascer, com um bom pré-natal, parto de qualidade, aleitamento materno exclusivo até seis meses e o
complemento até mais de um ano, vacinação, vigilância nutricional, educação infantil, principalmente propiciando o
desenvolvimento e o respeito à fala da criança, o canto, a oração, o brincar, o andar, o jogar; uma educação para a paz e a
nãoviolência.
A pastoral da criança, que em 2003 completa 20 anos, forma redes de ação para multiplicar o saber e a solidariedade
junto às famílias pobres do país, por meio de mais de 230 mil voluntários, e acompanhou no terceiro trimestre deste ano cerca
de 1,7 milhão de crianças menores de seis anos e 80 mil gestantes, de mais de 1,2 milhão de famílias, que moram em 34.784
comunidades de 3.696 municípios do país.
O Brasil é o país que mais reduziu a mortalidade infantil nos últimos dez anos; isso, sem dúvida, é resultado da
organização e universalização dos serviços de saúde pública, da melhoria da atenção primária, com todas as limitações que o
SUS possa ainda possuir, da descentralização e municipalização dos recursos e dos serviços de saúde. A intensa luta contra a
mortalidade infantil, a desnutrição e a violência intrafamiliar contou com a contribuição dessa enorme rede de solidariedade da
Pastoral da Criança. (...)”
“(...) A segunda área da maior importância nessa prevenção primária da violência envolvendo crianças e adolescentes
é a educação, a começar pelas creches, escolas infantis e de educação fundamental e de nível médio, que devem valorizar o
desenvolvimento do raciocínio e a matemática, a música, a arte, o esporte e a prática da solidariedade humana.
As escolas nas comunidades mais pobres deveriam ter dois turnos, para darem conta da educação integral das
crianças e dos adolescentes; deveriam dispor de equipes multiprofissionais atualizadas e capacitadas a avaliar periodicamente
os alunos. Urgente é incorporar os ministérios do Esporte e da Cultura às iniciativas da educação, com atividades em larga
escala e simples, baratas, facilmente replicáveis e adaptáveis em todo o território nacional. (...)”
“(...) Com relação à idade mínima para a maioridade penal, deve permanecer em 18 anos, prevista pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente e conforme orientações da ONU. Mas o tempo máximo de três anos de reclusão em regime fechado,
quando a criança ou o adolescente comete crime hediondo, mesmo em locais apropriados e com tratamento multiprofissional,
que urgentemente precisam ser disponibilizados, deve ser revisto. Três anos, em muitos casos, podem ser absolutamente
insuficientes para tratar e preparar os adolescentes com graves distúrbios para a convivência cidadã. (...)”

Zilda Arns Neumann, 69, médica pediatra e sanitarista; foi fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança. (Folha
de S Paulo, 26/11/2003.)

16. Tomando como base o mesmo fragmento a seguir, é correto afirmar que:

“Trata-se, portanto, de uma ação intersetorial, realizada de maneira sincronizada em cada comunidade, com a
participação das famílias, mesmo que estejam incompletas...” (3º parágrafo).

a) o verbo tratar em: “trata-se” poderia estar no plural, indiferentemente, uma vez que é um caso de concordância especial.
b) o verbo tratar deveria estar no plural por apresentar um sujeito explícito.
c) A 3ª pessoa do singular do verbo referente é que está correto, porque concorda com o sujeito: “uma ação intersetorial”.
d) A 3ª pessoa do singular é que está correto, uma vez que o “se” que o acompanha é classificado como pronome apassivador.
e) O verbo “tratar” não deve ir para o plural, porque o “se” indica a indeterminação do sujeito.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Empréstimo de termos estrangeiros pode evitar "autismo" linguístico de um idioma.
Muito se combate a penetração de palavras estrangeiras na nossa língua. Se até certo ponto esse combate se
justifica, todo radicalismo, como exigir o banimento puro e simples de todo e qualquer termo estrangeiro do idioma, cheira a
preconceito xenófobo, fanatismo cego e, mais ainda, ignorância da real dinâmica das línguas.
Antes de lançar ao fogo do inferno tudo o que vem de fora, é preciso tentar compreender sem paixões por que os
estrangeirismos existem. Se olharmos atentamente para todas as línguas, veremos que nenhuma tem se mantido pura ao
longo dos séculos: intercâmbios comerciais, contatos entre povos, viagens, grandes ondas migratórias, disseminação de fatos
culturais, tudo isso tem feito com que as línguas compartilhem palavras e expressões. Até o islandês, que, para muitos, é a
língua mais pura do mundo, sem nenhum termo de origem estrangeira, é na verdade um idioma altamente influenciado por
línguas mais centrais e hegemônicas. O que ocorre é que o islandês traduz os vocábulos que lhe chegam de fora, usando
material nativo. No islandês, os estrangeirismos estão apenas camuflados. (...)
Afinal, em viagens pelo mundo, é reconfortante reconhecer vocábulos familiares como "telefone", "hotel", "restaurante",
“táxi", "hospital", ainda que ligeiramente modificados pela fonética e ortografia do país que visitamos.
Portanto, quando se trata de discutir uma política de proteção do idioma contra uma suposta "invasão bárbara", é
preciso, em primeiro lugar, compreender que nenhuma língua natural passa incólume às influências de outras línguas, e que
isso, na maioria das vezes, é benéfico tanto para quem exporta quanto para quem importa palavras. Toda língua se vê
enriquecida com contribuições externas, que sempre trazem novas visões de mundo, por vezes simplificam a comunicação e,
sobretudo, tiram o idioma de uma situação de "autismo" linguístico.
Dando por assentada a questão de que o empréstimo de palavra estrangeira é um fenômeno legítimo da dinâmica das
línguas e, acima de tudo, inevitável, cabe então distinguir quando um empréstimo é necessário ou não, quando é oportuno ou
inoportuno. Afinal, uma coisa é a introdução em nossa sociedade de um novo conceito (por exemplo, uma nova tecnologia, um
fato social inédito, uma nova moda) que, por ser originário de outro país, chegue até nós acompanhado do nome que tem na
língua de origem. Foi assim com o whisky (ou uísque), a pizza, o futebol (e os nomes das posições dos jogadores, depois
traduzidas para o português), a informática, e assim por diante. Outra coisa é dar nomes estrangeiros a objetos que já têm
nome em português. (...)

- 45 -
Os empréstimos oportunos acabam algumas vezes traduzidos ou aportuguesados, outras vezes não. Mas, se eles
existem na nossa língua, é porque somos grandes importadores de objetos e fatos culturais inventados por outros povos. Ou
seja, importamos palavras mais do que exportamos porque, no fundo, somos pouco criativos em matéria de tecnologia. (...)
Ora, em questões de língua, como em tudo mais na vida, a virtude está no meio: nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
Portanto, não se deve adotar nem uma postura de servilismo ao que é estrangeiro nem uma atitude chauvinista em relação ao
que é nacional. Afinal, o purismo linguístico é algo tão irritantemente pedante quanto o estrangeirismo mercadológico.

(Aldo Bizzocchi. Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Editora Segmento. Adaptado)

17. As normas da concordância verbo-nominal constituem um padrão privilegiado para o que se considera ‘o português culto’.
De acordo com tais normas:
I. o sujeito – simples ou composto, singular ou plural – quando vem posposto, deixa o verbo no singular, como em: “Falta
políticas de proteção do idioma contra a entrada injustificada de palavras estrangeiras.”
II. se o núcleo do sujeito é um pronome indefinido singular, seguido de um complemento no plural, o verbo fica no plural, como
em: “Nenhum dos empréstimos oportunos acabaram por ser traduzidos ou aportuguesados”.
III. o verbo haver, no sentido de existir, é impessoal, mas em alguns contextos admite a concordância no plural, como em: “Ao
longo dos séculos, houveram intercâmbios comerciais, contatos entre povos, viagens, grandes ondas migratórias,
disseminação de fatos culturais”.
IV. em alguns casos, o verbo ser pode concordar com o predicativo e não com o sujeito, como em: “O empréstimo de palavras
estrangeiras são fenômenos legítimos da dinâmica das línguas”.
V. a concordância do verbo é, fundamentalmente, com o núcleo do sujeito, como em: “Até hoje, a experiência das crianças
mostra como é fácil fazer gestos virarem desenhos quando elas aprendem a escrever”.
As observações são aceitáveis, do ponto de vista da correção gramatical, apenas nas afirmativas
a) I, II e III.
b) II, III e V.
c) I, II e IV.
d) III e IV.
e) IV e V.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Velho papel pode estar com os anos contados

Já imaginou, daqui a algumas décadas, seu neto lhe perguntando o que era papel? Pois é, alguns
pesquisadores já estão trabalhando para que esse dia chegue logo.
A suposta ameaça 7à fibra natural não é o desajeitado e-book, mas o papel eletrônico, uma 'folha' que você
carregaria dobrada no bolso.
Ela seria capaz de mostrar o jornal do dia – com vídeos, fotos e notícias 8atualizadas –, o livro que você
estivesse lendo ou qualquer informação antes impressa. Tudo ali.
Desde os anos 70, está no ar a 5ideia de papel eletrônico, mas as últimas novidades são de duas semanas
atrás. Cientistas holandeses anunciaram que estão perto de criar uma tela com 'quase todas' as propriedades do papel:
3leveza, flexibilidade, 4clareza, etc.

A novidade que deixa o invento um pouco mais palpável está nos transistores. No papel do futuro, eles não
serão de 6silício, mas de plástico – que é maleável e barato.
Os holandeses dizem já ter um protótipo que mostra imagens em movimento em uma tela de duas polegadas,
ainda que de qualidade 1'meia-boca'.
2Mas não vá celebrando o fim do desmatamento e do peso na mochila. A expectativa é que um papel eletrônico

mais ou menos convincente apareça só daqui a cinco anos.


Folha de S. Paulo, 17 dez. 2001.
Folhateen, p. 10.

18. A forma adjetiva “... atualizadas...” (ref. 8) está concordando com os substantivos “fatos e notícias”. Não se
observou a concordância nominal em
a) As mulheres disseram muito obrigadas.
b) Não somos nenhuns coitados.
c) Bastantes pessoas vão usar o papel do futuro.
d) As novidades da informática custam caro.
e) É proibido a entrada de pessoas estranhas.

19. Assinale a alternativa em que a frase obedece às regras da norma padrão.


a) Fazem vários anos que tentamos erradicar doenças, como o Amarelão, neste município.
b) Aqui em casa, todos mantêm práticas ecológicas como fechar a torneira enquanto escovam os dentes.
c) As aulas de reposição do curso de Meio Ambiente terminarão ao meio-dia e meio.
d) As pessoas continuam alheias aos problemas do planeta, por pior que sejam as perspectivas.
e) Quando discutimos o que é ser ecoprático, os alunos demonstraram interesse e curiosidade aguçadas.
- 46 -
20. Diante do número de óbitos provocados pela gripe H1N1 – gripe suína – no Brasil, em 2009, o Ministro da Saúde fez um
pronunciamento público na TV e no rádio. Seu objetivo era esclarecer a população e as autoridades locais sobre a
necessidade do adiamento do retorno às aulas, em agosto, para que se evitassem a aglomeração de pessoas e a propagação
do vírus.
Fazendo uso da norma padrão da língua, que se pauta pela correção gramatical, seria correto o Ministro ler, em seu
pronunciamento, o seguinte trecho:

a) Diante da gravidade da situação e do risco de que nos expomos, há a necessidade de se evitar aglomerações de pessoas,
para que se possa conter o avanço da epidemia.
b) Diante da gravidade da situação e do risco a que nos expomos, há a necessidade de se evitarem aglomerações de pessoas,
para que se possam conter o avanço da epidemia.
c) Diante da gravidade da situação e do risco a que nos expomos, há a necessidade de se evitarem aglomerações de pessoas,
para que se possa conter o avanço da epidemia.
d) Diante da gravidade da situação e do risco os quais nos expomos, há a necessidade de se evitar aglomerações de pessoas,
para que se possa conter o avanço da epidemia.
e) Diante da gravidade da situação e do risco com que nos expomos, tem a necessidade de se evitarem aglomerações de
pessoas, para que se possa conter o avanço da epidemia.

Máster - lista 15
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
TEXTO PARA A(S) PRÓXIMA(S) QUESTÃO(ÕES)
O OPERÁRIO NO MAR
Na rua passa um operário. Como vai firme! Não tem blusa. No conto, no drama, no discurso político, a dor do operário está na
sua blusa azul, de pano grosso, nas mãos grossas, nos pés enormes, nos desconfortos enormes. Esse é um homem comum,
apenas mais escuro que os outros, e com uma significação estranha no corpo, que carrega desígnios e segredos. Para onde
vai ele, pisando assim tão firme? Não sei. A fábrica ficou lá atrás. Adiante é só o campo, com algumas árvores, o grande
anúncio de gasolina americana e os fios, os fios, os fios. O operário não lhe sobra tempo de perceber que eles levam e trazem
mensagens, que contam da Rússia, do Araguaia, dos Estados Unidos. Não ouve, na Câmara dos Deputados, o líder
oposicionista vociferando. Caminha no campo e apenas repara que ali corre água, que mais adiante faz calor. Para onde vai o
operário? Teria vergonha de chamá-lo meu irmão. Ele sabe que não é, nunca foi meu irmão, que não nos entenderemos
nunca. E me despreza... Ou talvez seja eu próprio que me despreze a seus olhos. Tenho vergonha e vontade de encará-lo:
uma fascinação quase me obriga a pular a janela, a cair em frente dele, sustar-lhe a marcha, pelo menos implorar-lhe que
suste a marcha. Agora está caminhando no mar. Eu pensava que isso fosse privilégio de alguns santos e de navios. Mas não
há nenhuma santidade no operário, e não vejo rodas nem hélices no seu corpo, aparentemente banal. Sinto que o mar se
acovardou e deixou-o passar. Onde estão nossos exércitos que não impediram o milagre? Mas agora vejo que o operário está
cansado e que se molhou, não muito, mas se molhou, e peixes escorrem de suas mãos. Vejo-o que se volta e me dirige um
sorriso úmido. A palidez e confusão do seu rosto são a própria tarde que se decompõe. Daqui a um minuto será noite e
estaremos irremediavelmente separados pelas circunstâncias atmosféricas, eu em terra firme, ele no meio do mar. Único e
precário agente de ligação entre nós, seu sorriso cada vez mais frio atravessa as grandes massas líquidas, choca-se contra as
formações salinas, as fortalezas da costa, as medusas, atravessa tudo e vem beijar-me o rosto, trazer-me uma esperança de
compreensão. Sim, quem sabe se um dia o compreenderei?
ANDRADE, Carlos Drummond de. Sentimento do mundo.

1. Dentre estas propostas de substituição para diferentes trechos do texto, a única que NÃO está correta do ponto de vista da
norma-padrão é:
a) “Para onde vai ele, (...)?” = Aonde vai ele, (...)?
b) “O operário não lhe sobra tempo de perceber” = Ao operário não lhe sobra tempo de perceber.
c) “Teria vergonha de chamá-lo meu irmão” = Teria vergonha de chamá-lo de meu irmão.
d) “Tenho vergonha e vontade de encará-lo” = Tenho vergonha e vontade de o encarar.
e) “quem sabe se um dia o compreenderei” = quem sabe um dia compreenderei-o.

2. Leia o texto a seguir para responder à questão.


Um algoritmo vale mais que o charme?
Uma nova safra de sites de namoro __________ a tecnologia para juntar as pessoas à moda antiga.
Vale até um PowerPoint sobre a sua vida.
As redes sociais ampliaram não só os grupos de amigos, mas também o número de pessoas com as quais __________ ter um
relacionamento amoroso. Mas o problema é que as redes sociais aumentaram a quantidade e não a qualidade dos candidatos.
O novo desafio amoroso é exatamente este: filtrar as pessoas que interessam. Daí __________ serviços, como o
eHarmony.com e Match.com, que ajudam a selecionar parceiros(as) dentro e fora da sua rede com a ajuda de algoritmos que
analisam a compatibilidade entre duas pessoas. Outros aplicativos, como o Pair, __________ grande importância à privacidade
num mundo onde as interações são cada vez mais públicas. E se der tudo errado, __________ vários sites de divórcio. Se
você quiser manter o lado tradicional da separação, mas sem a lentidão da Justiça, hospede-se no DivorceHotel.com.

LARIU, Alessandra. “Um algoritmo vale mais que o charme?” INFO, jul. 2012, p. 30. (adaptado)

- 47 -
Assinale a alternativa que preenche, adequadamente, as lacunas do texto, segundo os princípios da norma-padrão da língua
portuguesa.

a) usa – se pode – entram – dão – existem


b) utiliza – é possível – surgem – tem dado – há
c) usam – pode-se – entram – dão – existem
d) utiliza – é possível – surge – estão dando – há
e) utilizam – se pode – entra – dão – existe

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Clave de sol
16
Nos últimos meses, 15tenho recebido visitas rigorosamente insólitas. Ocorrem, sempre, entre uma e duas horas da
manhã e, também sempre, quando ao som de 9Bach, Scarlatti ou Chopin, Brahms, Beethoven ou Falla, 10mantenho a sala na
penumbra e 1vagueio entre a 2vigília e o sono. Há, então, uma atmosfera densamente favorável à presença de personagens
raríssimos, 13desusados, 3vivos ou 4mortos, e até mesmo 8daqueles que muitos julgam simplesmente 5imaginários. Tento dizer
11
que a sala ganha forma e cores 6mágicas, onde tudo é possível, 12eis que se transforma em um palco surrealista, no qual se
mesclam realidade e 7fantasia.
Dia 2 de janeiro, duas horas da manhã, a última pessoa de quem poderia eu esperar a visita, sobretudo por
14
impropriedade de calendário, foi precisamente a que chegou. A campainha soou duas vezes. Abri a porta.

HAMMS, Jair Francisco. O detetive de Florianópolis. Fpolis: Ed. da UFSC, 2013, p. 97.

3. Assinale a alternativa incorreta em relação ao conto “Clave de sol”, Jair Francisco Hamms, e ao texto.

a) Em relação à concordância nominal em “que a sala ganha forma e cores mágicas” (ref. 11) se o adjetivo mágicas estiver
anteposto ao substantivo forma e no singular, ainda assim está de acordo com os padrões exigidos pela gramática.
b) Nas orações “eis que se transforma em um palco surrealista” (ref. 12) e “no qual se mesclam realidade e fantasia” (linha 8)
em ambos os exemplos, em relação à colocação pronominal, o pronome oblíquo se está proclítico.
c) As palavras “desusados” (ref. 13) e “impropriedade” (ref. 14) quanto à formação de palavras sofreram um processo por
derivação de afixos, ou seja, derivação prefixal e sufixal.
d) A leitura da oração “tenho recebido visitas rigorosamente insólitas” (ref. 15), em relação ao conto, leva o leitor a inferir que
as visitas às quais o narrador se refere são visitas reais, que o visitam todos os finais de ano.
e) Em “Nos últimos meses, tenho recebido visitas rigorosamente insólitas (ref. 16), a oração encontra-se na voz passiva
analítica.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


O melro veio com efeito às três horas. Luísa estava na sala, ao piano.
– Está ali o sujeito do costume – foi dizer Juliana.
Luísa voltou-se corada, escandalizada da expressão:
– Ah! meu primo Basílio? Mande entrar.
E chamando-a:
– Ouça, se vier o Sr. Sebastião, ou alguém, que entre.
Era o primo! O sujeito, as suas visitas perderam de repente para ela todo o interesse picante. A sua malícia cheia,
enfunada até aí, caiu, engelhou-se como uma vela a que falta o vento. Ora, adeus! Era o primo!
Subiu à cozinha, devagar, — lograda.
– Temos grande novidade, Sra. Joana! O tal peralta é primo. Diz que é o primo Basílio.
E com um risinho:
– É o Basílio! Ora o Basílio! Sai-nos primo à última hora! O diabo tem graça!
– Então que havia de o homem ser se não parente? – observou Joana.
Juliana não respondeu. Quis saber se estava o ferro pronto, que tinha uma carga de roupa para passar! E sentou-se à
janela, esperando. O céu baixo e pardo pesava, carregado de eletricidade; às vezes uma aragem súbita e fina punha nas
folhagens dos quintais um arrepio trêmulo.
– É o primo! – refletia ela. – E só vem então quando o marido se vai. Boa! E fica-se toda no ar quando ele sai; e é
roupa-branca e mais roupa-branca, e roupão novo, e tipoia para o passeio, e suspiros e olheiras! Boa bêbeda! Tudo fica na
família!
Os olhos luziam-lhe. Já se não sentia tão lograda. Havia ali muito “para ver e para escutar”. E o ferro estava pronto?
Mas a campainha, embaixo, tocou.

(Eça de Queirós. O primo Basílio, 1993.)

4. O trecho do texto reescrito sem prejuízo para o sentido original e para a correção gramatical encontra-se em:
a) – Ouça, caso vêm o Sr. Sebastião, ou alguém, que entre. (6.º parágrafo)
b) E sentou-se na janela enquanto esperava. (13.º parágrafo)
c) – Ah! meu primo Basílio? Mande-lhe entrar. (4.º parágrafo)
d) [...] engelhou-se tal como uma vela para a qual faltasse o vento. (7.º parágrafo)
e) Os olhos luziam para Juliana. (15.º parágrafo)
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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o texto abaixo para responder às questões.

27Aumenta o número de adultos que não consegue focar sua atenção em uma única coisa por muito tempo.
37São tantos os estímulos e tanta a pressão para que o entorno seja completamente desvendado que aprendemos a ver
e/ou fazer várias coisas ao mesmo tempo. 34Nós nos tornamos, à semelhança dos computadores, pessoas multitarefa,
não é verdade?
41Vamos tomar como exemplo uma pessoa dirigindo. 4Ela precisa estar atenta aos veículos que vêm atrás, ao

lado e à frente, à velocidade média dos carros por onde trafega, às orientações do GPS ou de programas que sinalizam
o trânsito em tempo real, 6às informações de 29alguma emissora de rádio que comenta o trânsito, ao planejamento
mental feito e refeito 9várias vezes do trajeto 20que deve fazer para chegar ao seu destino, aos semáforos, faixas de
pedestres etc.
35Quando me vejo em tal situação, 19eu me lembro que 14dirigir, 45após um dia de intenso trabalho no retorno

para casa, já foi uma atividade prazerosa e desestressante.


18O uso da internet ajudou a transformar nossa maneira de olhar para o mundo. Não 23mais observamos os

detalhes, 1por causa de nossa ganância em relação a novas e diferentes informações. Quantas vezes sentei em frente
ao computador 44para buscar textos sobre um tema 38e, de repente, 24me dei conta de que estava em 39temas 15que em
nada se relacionavam com meu tema primeiro.
Aliás, a leitura também sofreu transformações pelo nosso costume de ler na internet. 16Sofremos de uma
tentação permanente de 43pular palavras e frases inteiras, apenas para irmos direto ao ponto. O problema é que 22alguns
textos exigem a leitura atenta de palavra por palavra, de frase por frase, para que faça sentido. 5Aliás, não é a
combinação e a sucessão das palavras que dá sentido e beleza a um texto?
3Se está difícil para nós, adultos, focar nossa atenção, imagine, caro leitor, para as crianças. 2Elas já nasceram

neste mundo de 8profusão de estímulos de todos os tipos; elas são exigidas, desde o início da vida, a dar conta de várias
coisas ao mesmo tempo; elas são estimuladas com diferentes objetos, sons, imagens etc.
46Aí, um belo dia elas vão para a escola. Professores e pais, a partir de então, querem que as crianças prestem

atenção em uma única coisa por muito tempo. 36E quando elas não conseguem, reclamamos, levamos ao médico,
arriscamos hipóteses de que sejam portadoras de síndromes que exigem tratamento etc.
42A maioria dessas crianças sabe focar sua atenção, sim. Elas já sabem usar programas complexos em seus

aparelhos eletrônicos, 10brincam com jogos desafiantes que exigem atenção constante aos detalhes e, se deixarmos,
21passam horas em uma única atividade de que gostam.
17Mas, nos estudos, queremos que elas prestem 26atenção no que é preciso, e não no que gostam. 28E isso, caro

leitor, exige a árdua aprendizagem da autodisciplina. Que leva tempo, é bom lembrar.
32As crianças precisam de nós, pais e professores, para começar a aprender isso. Aliás, 31boa parte desse

trabalho é nosso, e não delas.


12Não basta mandarmos que elas prestem atenção: 33isso de nada as ajuda. 13O que pode ajudar, por exemplo,

é 40analisarmos o contexto em que estão 7quando precisam focar a atenção 25e organizá-lo para que seja favorável a tal
exigência. 11E é preciso lembrar que não se pode esperar toda a atenção delas por muito tempo: 30o ensino desse
quesito no mundo de hoje é um processo lento e gradual.

SAYÃO, Rosely. “Profusão de estímulos”. Folha de São Paulo, 11 fev. 2014 – adaptado.

5. Em qual opção ocorre um desvio da norma padrão da língua na colocação do pronome destacado?

a) “Quando me vejo em tal situação, [...].” (ref. 35)


b) “Nós nos tornamos, à semelhança dos computadores, [...].” (ref. 34)
c) “[...] e, de repente, me dei conta de que estava [...].” (ref. 38)
d) “[...] temas que em nada se relacionavam [...].” (ref. 39)
e) “[...] analisarmos o contexto [...] e organizá-lo [...].” (ref. 40)

6. — Ora dizeis, não é verdade? Pois o Sr. Lúcio queria esse cravo, mas vós lho não podíeis dar, porque o velho militar não
tirava os olhos de vós; ora, conversando com o Sr. Lúcio, acordastes ambos que ele iria esperar um instante no jardim...
MACEDO, J. M. A moreninha. Disponível em: www.dominiopublico.com.br. Acesso em: 17 abr. 2010 (fragmento).

O trecho faz parte do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. Nessa parte do romance, há um diálogo entre
dois personagens. A fala transcrita revela um falante que utiliza uma linguagem

a) informal, com estruturas e léxico coloquiais.


b) regional, com termos característicos de uma região.
c) técnica, com termos de áreas específicas.
d) culta, com domínio da norma padrão.
e) lírica, com expressões e termos empregados em sentido figurado.

- 49 -
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
VELHO MARINHEIRO
Homenagem aos marinheiros
de sempre... e para sempre.
28
Sou marinheiro porque um dia, muito jovem, estendi meu braço diante da bandeira e jurei lhe dar minha vida.
Naquele dia de sol a pino, com meu novo uniforme branco, 21senti-me homem de verdade, como se estivesse dando
adeus aos tempos de garoto. 29Ao meu lado, as vozes de outros jovens soavam em uníssono com a minha, vibrantes, e
terminamos com emoção, de peitos estufados e orgulhosos. 5Ao final, minha mãe veio em minha direção, apressada em me
dar um beijo. 20Acariciou-me o rosto e disse que eu estava lindo de uniforme. 6O dia acabou com a família em festa; 11eu
lembro-me bem, fiquei de uniforme até de tarde...
Sou marinheiro, porque aprendi, naquela Escola, o significado nobre de companheirismo. 7Juntos no sofrimento e na
alegria, um safando o outro, leais e amigos. Aprendi o que é civismo, respeito e disciplina, no princípio, exigidos a cada dia;
depois, como parte do meu ser e, assim, para sempre. 23A cada passo havia um novo esforço esperando e, depois dele, um
pequeno sucesso. 26Minha vida, agora que olho para trás, foi toda de pequenos sucessos. A soma deles foi a minha carreira.
19
No meu primeiro navio, logo cedo, percebi que era novamente aluno. Todos sabiam das coisas mais do que eu havia
aprendido. Só que agora me davam tarefas, incumbências, e esperavam que eu as cumprisse bem. 2Pouco a pouco, passei a
ser parte da equipe, a ser chamado para ajudar, a ser necessário. 8Um dia vi-me ensinando aos novatos 12e dei-me conta de
que me tornara marinheiro, de fato e de direito, um profissional! 32O navio passou a ser minha segunda casa, onde eu
permanecia mais tempo, às vezes, do que na primeira. Conhecia todos, alguns mais até do que meus parentes. Sabia de suas
manhas, cacoetes, preocupações e de seus sonhos. Sem dar conta, meu mundo acabava no costado do navio.
9
A soma de tudo que fazemos e vivemos, pelo navio, 14é uma das coisas mais belas, que só há entre nós, em mais
nenhum outro lugar. 24Por isso sou marinheiro, porque sei o que é espírito de navio.
Bons tempos aqueles das viagens, dávamos um duro danado no mar, em serviço, postos de combate, adestramento
de guerra, dia e noite. 30O interessante é que em toda nossa vida, 15quando buscamos as boas recordações, elas vêm desse
tempo, das viagens e dos navios. 16Até 13as durezas por que passamos são saborosas 1ao lembrar, talvez porque as vencemos
e fomos adiante.
É aquela história dos pequenos sucessos.
A volta ao porto era um acontecimento gostoso, sempre figurando a mulher. Primeiro a mãe, depois a namorada, a
noiva, a esposa. Muita coisa a contar, a dizer, surpresas de carinho. A comida preferida, o abraço apertado, o beijo quente... e
o filho que, na ausência, foi ensinado a dizer papai.
31
No início, eu voltava com muitos retratos, principalmente quando vinha do estrangeiro, depois, com o tempo, eram
poucos, até que deixei de levar a máquina. 10Engraçado, 22vocês já perceberam que marinheiro velho dificilmente baixa a terra
com máquina fotográfica? Foi assim comigo.
34
Hoje os navios são outros, os marinheiros são outros - sinto-os mais preparados do que eu era - mas a vida no mar,
as viagens, os portos, a volta, estou certo de que são iguais. Sou marinheiro, por isso sei como é.
Fico agora em casa, querendo saber das coisas da Marinha. E a cada pedaço que ouço de um amigo, que leio, que
vejo, me dá um orgulho que às vezes chega a entalar na garganta. 4Há pouco tempo, voltei a entrar em um navio. Que coisa
linda! 35Sofisticado, limpíssimo, nas mãos de uma tripulação que só pode ser muito competente para mantê-lo pronto. 33Do que
me mostraram eu não sabia muito. Basta dizer que o último navio em que servi já deu baixa. 17Quando saí de bordo, parei no
portaló, voltei-me para a bandeira, inclinei a cabeça... e, minha garganta entalou outra vez.
Isso é corporativismo; não aquele enxovalhado, que significa o bem de cada um, protegido à custa do desmerecimento
da instituição; mas o puro, que significa o bem da instituição, protegido pelo merecimento de cada um.
27
Sou marinheiro e, portanto, sou corporativista.
Muitas vezes 25a lembrança me retorna aos dias da ativa e morro de saudades. 18Que bom se pudesse voltar ao
começo, vestir aquele uniforme novinho — até um pouco grande, ainda recordo — Jurar Bandeira, ser beijado pela minha
falecida mãe...
3
Sei que, quando minha hora chegar, no último instante, verei, em velocidade desconhecida, o navio com meus
amigos, minha mulher, meus filhos, singrando para sempre, indo aonde o mar encontra o céu... e, se São Pedro estiver no
portaló, direi:
– Sou marinheiro, estou embarcando.

Autor desconhecido. In: Língua portuguesa: leitura e produção de texto. Rio de Janeiro: Marinha do Brasil, Escola Naval, 2011. p. 6-8)

Glossário
- Portaló: abertura no casco de um navio, ou passagem junto à balaustrada, por onde as pessoas transitam para fora ou para
dentro, e por onde se pode movimentar carga leve.

7. Que opção obedece, plenamente, à modalidade padrão da língua portuguesa?

a) Já percebeu-se, desde o período de formação marinheira, que eram ingentes as dificuldades enfrentadas no mar pelos jovens
nautas.
b) Por que infringiram regras internacionais de navegação, alguns navios estrangeiros pagarão multas extraordinárias e serão
impedidos de sair do porto.
c) Pode existir conceitos de corporativismo, os quais privilegiam ao bem de cada um e podem ser responsáveis pela derrocada da
instituição militar.
d) Mal se apresentaram à nova comissão, formada por oficiais, os jovens marinheiros passaram por um árduo e acurado treinamento.
e) Houveram velhos marinheiros que preferiam permanecer em seus navios, mesmo durante longo tempo, a serem afastados do mar.
- 50 -
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O ENFERMEIRO

1 Resmungou ainda muito tempo. Às onze horas passou pelo sono. Enquanto ele dormia, saquei um livro do bolso, um
velho romance de d'Arlincourt, traduzido, que lá achei, e pus-me a lê-lo, no mesmo quarto, a pequena distância da cama; tinha
de acordá-lo à meia-noite para lhe dar o remédio. Ou fosse de cansaço, ou do livro, antes de chegar ao fim da segunda página
adormeci também. Acordei aos gritos do coronel, e levantei-me estremunhado. Ele, que parecia delirar, continuou nos mesmos
gritos, e acabou por lançar mão da moringa e arremessá-la contra mim. Não tive tempo de desviar-me; a moringa bateu-me na
face esquerda, e tal foi a dor que não vi mais nada; atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço, lutamos, e esganei-o.
2 Quando percebi que o doente expirava, recuei aterrado, e dei um grito; mas ninguém me ouviu. Voltei à cama, agitei-o
para chamá-lo à vida, era tarde; arrebentara o aneurisma, e o coronel morreu. Passei à sala contígua, e durante duas horas
não ousei voltar ao quarto. Não posso mesmo dizer tudo o que passei, durante esse tempo. Era um atordoamento, um delírio
vago e estúpido. Parecia-me que as paredes tinham vultos; escutava umas vozes surdas. Os gritos da vítima, antes da luta e
durante a luta, continuavam a repercutir dentro de mim, e o ar, para onde quer que me voltasse, aparecia recortado de
convulsões. Não creia que esteja fazendo imagens nem estilo; digo-lhe que eu ouvia distintamente umas vozes que me
bradavam: assassino! assassino!
(...)
3 Antes do alvorecer curei a contusão da face. Só então ousei voltar ao quarto. Recuei duas vezes, mas era preciso e
entrei; ainda assim, não cheguei logo à cama. Tremiam-me as pernas, o coração batia-me; cheguei a pensar na fuga; mas era
confessar o crime, e, ao contrário, urgia fazer desaparecer os vestígios dele. Fui até a cama; vi o cadáver, com os olhos
arregalados e a boca aberta, como deixando passar a eterna palavra dos séculos: "Caim, que fizeste de teu irmão?" Vi no
pescoço o sinal das minhas unhas; abotoei alto a camisa e cheguei ao queixo a ponta do lençol. Em seguida, chamei um
escravo, disse-lhe que o coronel amanhecera morto; mandei recado ao vigário e ao médico.
4 A primeira ideia foi retirar-me logo cedo, a pretexto de ter meu irmão doente, e, na verdade, recebera carta dele,
alguns dias antes, dizendo-me que se sentia mal. Mas adverti que a retirada imediata poderia fazer despertar suspeitas, e
fiquei. Eu mesmo amortalhei o cadáver, com o auxílio de um preto velho e míope. Não saí da sala mortuária; tinha medo de
que descobrissem alguma coisa. Queria ver no rosto dos outros se desconfiavam; mas não ousava fitar ninguém.

(Machado de Assis, Contos)

8. Leia as afirmações a seguir e identifique a(s) CORRETA(S), de acordo com o texto.

I - Em "Tremiam-me as pernas", ocorre ênclise porque, segundo a norma culta, não se iniciam frases com pronome oblíquo
átono.
II - No trecho "... urgia fazer desaparecer os vestígios dele.", o pronome destacado refere-se ao cadáver.
III - Em "Queria ver no rosto dos outros se desconfiavam", o "se" é um pronome reflexivo.

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) I e II.
e) I e III.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


2As leis, no meu entender de leigo, são limites que a sociedade impõe à conduta das pessoas com o propósito

de possibilitar a equidade e a paz entre elas. A existência das leis pressupõe, portanto, um conflito entre o
comportamento do indivíduo e as normas sociais. Se elas são fruto do consenso, como em tese o são, isso não significa
que todos a elas obedecem todo o tempo. A lei é, por definição, coercitiva e punitiva. Ela nos obriga a fazer, por sua
força, o que não fazemos por vontade própria.
12Mas nem por isso é ela contrária à natureza humana, o que seria um despropósito: 6o conflito entre a lei e a

conduta ocorre, quando ocorre, porque ela expressa um comportamento correto "ideal", mas que corresponde ao que é
comum às pessoas. 14Melhor dizendo, "ideal" não é o comportamento que a lei determina, mas sua constância, a sua
inalterabilidade.
Por isso mesmo, para que seja aplicável e eficaz, 5a lei deve ajustar-se à natureza humana e às condições
objetivas da vida social. Não adianta criar uma lei que proíba as pessoas de morrer, como fez outro dia um prefeito,
usando de ironia, nem que as proíba de engordar ou de se gripar. Não obstante, há legisladores que quase chegam a
esse exagero.
10A existência de leis pressupõe ter o legislador o direito de limitar a liberdade dos cidadãos, de proibi-los ou

obrigá-los a agir desta ou daquela maneira. 3Em momentos críticos, esse direito pode ser usado para favorecer o poder
do Estado em detrimento das liberdades individuais.
1Foi o que ocorreu no Brasil, em 1964, quando os militares depuseram o presidente eleito pelo povo e

impuseram ao país normas que lhes permitiram perpetuar-se no poder por mais de 20 anos. Há, portanto, leis justas e
injustas, leis legítimas e ilegítimas, o que deixa evidente que o aperfeiçoamento das leis é uma tarefa permanente da
cidadania.
11E há também leis bem intencionadas, que nem por isso são boas e muitas vezes até provocam efeitos

- 51 -
contrários à intenção do legislador. São leis quase sempre motivadas pela presunção de que basta mudar as normas
para mudar a realidade. Exemplo desse equívoco é a lei que determina a reserva de vagas, na universidade, para
pessoas que se declarem negras, pardas ou índias.
8À primeira vista, nada mais justo do que dar àquelas pessoas a oportunidade de fazer um curso superior, 15mas,

quando paramos para examinar a questão, vemos que não se trata de uma medida tão justa quanto parece. 9Ao tentar
corrigir a injustiça social que, historicamente, marcou negros, índios e seus descendentes, no Brasil, criar-se-á um tipo
de universitário de segunda classe, que não terá chegado ali por seus méritos; além disso, ao privilegiar etnias, a lei
discrimina outros jovens brasileiros pobres por serem brancos.
4Tudo isso porque se tenta, usando de um artifício legal, ignorar o verdadeiro problema e sua verdadeira

solução, já que a dificuldade para os estudantes pobres - tenham a cor que tenham - chegarem à universidade decorre
da baixa qualidade dos ensinos fundamental e médio que lhes são oferecidos. A solução do problema, portanto, está na
melhoria do ensino que prepara o jovem para a universidade, e não numa lei feita para atalhar o caminho.
Esse é um aspecto do problema, mas há outros, e um deles é o seguinte: será mesmo uma injustiça se nem
todos os jovens do Brasil cursarem a universidade? Será mesmo que só seremos um país justo se, no futuro, nos
tornarmos uma nação de 200 milhões de doutores?
Claro que não; o que também não quer dizer que 7a pobreza e a qualidade do ensino pré-universitário devam
continuar a impedir que cheguem à universidade jovens brasileiros pobres, detentores das qualidades que a formação
universitária requer. 13Não se trata, apenas, neste caso, de fazer justiça, mas também de elevar o nível cultural do país e
contribuir, desse modo, para o crescimento econômico e a redução das desigualdades.
Outro exemplo este, gaiato, da mania de usar a lei para a "cura" da realidade está sendo votada no Congresso e
pretende impedir os pais de darem palmadas nos filhos. Sancionada essa lei, a palmada passará a ser crime, no Brasil.
Com isso, o legislador pretende proteger os filhos contra os pais que, como se sabe, são todos sádicos. Pois, de minha
parte, confesso que, em determinados momentos, não só as crianças, mas alguns deputados fazem por merecer umas
boas palmadas.
As leis podem, sim, contribuir para melhorar a sociedade, mas quando vão às causas reais dos problemas, e
não quando procuram mascará-los.
Ferreira Gullar, Folha de S. Paulo, 16 de julho de 2006.

9. Marque a ÚNICA alternativa em que a expressão em destaque pode ser substituída por LHE(S).

a) "[...] a lei deve ajustar-se À NATUREZA HUMANA e às condições objetivas da vida social." (ref. 5)
b) "[...] o conflito entre a lei e a conduta ocorre, quando ocorre, porque ela expressa um comportamento correto 'ideal',
mas que corresponde AO QUE É COMUM ÀS PESSOAS." (ref. 6)
c) "[...] a pobreza e a qualidade do ensino pré-universitário devam continuar a impedir que cheguem à universidade
JOVENS BRASILEIROS POBRES [...]". (ref. 7)
d) " À primeira vista, nada mais justo do que dar ÀQUELAS PESSOAS a oportunidade de fazer um curso superior [...]".
(ref. 8)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Enquanto um misto de tragédia e pantomima se desenrola aos nossos olhos atônitos, escrevo esta coluna meio
ressabiada: como estará o Brasil quando ela for publicada, isto é, em dois dias? Estamos no meio de um vendaval
desconcertante: numa mistura entre público e privado como nunca se viu, correntes inimagináveis de dinheiro sem
origem ou destino declarados jorram sobre nós levando embora confiança, ética e ilusões.
O drama é que não somos arrastados por "forças ocultas" ou ventos inesperados. Devíamos ter sabido. Muitos
sabiam e vários participaram - embora apontem o dedo uns para os outros feito meninos de colégio: "Foi ele, foi ele, eu
não fiz nada, eu nem sabia de nada, ele fez muito pior". Espetáculo deprimente, que desaloja de seu acomodamento até
os mais crédulos.
Se mais bem informados, poderíamos ter optado diferentemente em várias eleições - mas nos entregamos a
miragens sedutoras e ideias sem fundamento. Agimos como cidadãos assim como fazemos na vida: omissos por
covardia ou fragilidade, por fugir da realidade que assume tantos disfarces. Deixamos de pegar nas mãos as rédeas da
nossa condição de indivíduos ou de brasileiros, e isso pode não ter volta. Fica ali feito um fantasma pérfido: anos depois,
salta da fresta, mostra a língua, faz careta, ri da nossa impotência. Não dá para voltar, nem sempre há como corrigir o
que se fez de errado, ou que deixou de ser feito e causou graves mazelas.
(Lya Luft, É hora de agir. VEJA, 27 de julho de 2005.)

10. Assinale a alternativa em que o trecho do texto, reescrito, apresenta-se de acordo com os princípios de
concordância e colocação pronominal da norma culta.

a) O drama é que "forças ocultas" ou ventos inesperados não o arrasta.


b) Sobre nós jorra dinheiro sem origem ou destino, em correntes que não se imaginam.
c) Escrevo essa coluna mais ressabiada, enquanto nossos olhos atônitos vê se desenrolar um misto de tragédia e
pantomima.
d) Se desaloja até os mais crédulos de seu acomodamento, graças a esse espetáculo deprimente.
e) Poderia-se ter optado diferentemente, em várias eleições, se a população toda estivesse mais bem informado.

- 52 -
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
ESTRADAS DE RODAGEM

Comparados os países com veículos, veremos que os Estados Unidos são uma locomotiva elétrica; a Argentina um automóvel;
o México uma carroça; e o Brasil um carro de boi.
O primeiro destes países voa; o segundo corre a 50 km por hora; o terceiro apesar das revoluções tira 10 léguas por dia; nós...
Nós vivemos atolados seis meses do ano, enquanto dura a estação das águas, e nos outros 6 meses caminhamos à razão de
2 léguas por dia. A colossal produção agrícola e industrial dos americanos voa para os mercados com a velocidade média de
100 km por hora. Os trigos e carnes argentinas afluem para os portos em autos e locomotivas que uns 50 km por hora, na
certa, desenvolvem.
As fibras do México saem por carroças e se um general revolucionário não as pilha em caminho, chegam a salvo com relativa
presteza. O nosso café, porém, o nosso milho, o nosso feijão e a farinha entram no carro de boi, o carreiro despede-se da
família, o fazendeiro coça a cabeça e, até um dia! Ninguém sabe se chegará, ou como chegará. Às vezes pensa o patrão que o
veículo já está de volta, quando vê chegar o carreiro.
- Então? Foi bem de viagem?
O carreiro dá uma risadinha.
- Não vê que o carro atolou ali no Iriguaçu e...
- E o quê?
- ... e está atolado! Vim buscar mais dez juntas de bois para tirar ele.
E lá seguem bois, homens, o diabo para desatolar o carro. Enquanto isso, chove, a farinha embolora, a rapadura derrete, o
feijão caruncha, o milho grela; só o café resiste e ainda aumenta o peso.
(LOBATO, M. Obras Completas, 14ª ed., São Paulo, Brasiliense, 1972, v. 8, p.74)

11. No diálogo com o patrão, em certo momento o carreiro diz: " ... e está atolado. Vim buscar mais dez juntas de bois para
tirar ele". Empregando a língua informalmente, ele usa o pronome pessoal do caso reto na posição de complemento do verbo.
Se a construção fosse reelaborada em nível formal, teríamos:

a) Vim buscar mais dez juntas de bois para tirar-lhe.


b) Vim buscar mais dez juntas de boi para tirá-lo.
c) Vim buscar mais dez juntas de bois para lhe tirar.
d) Vim buscar mais dez juntas de bois para o tirarmos.
e) Vim buscar mais dez juntas de bois para tirarmo-lo.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


O PROBLEMA NERUDA
7
Há cem anos nasceu o poeta mais popular de língua espanhola, 6com uma obra cuja força lírica supera todos os seus
defeitos.
Sem dúvida, 8há um "problema Pablo Neruda". 2Foi 11o outro grande poeta chileno, 10seu contemporâneo Nicanor
Parra (depois de passar 1toda uma longa vida injustamente à sombra de 13Neruda), quem 12o formulou com maliciosa concisão:
"Existem duas maneiras de refutar Neruda: uma é não lê-lo; a outra, lê-lo de má-fé. Tenho praticado as duas, 9mas nenhuma
deu resultado". A frase de Parra descreve o dilema de várias gerações de leitores. 3Ninguém duvida, ou nega seriamente, que
Neruda, cujo centenário de nascimento se comemora no dia 12 deste mês, seja um grande poeta - dos maiores do século 20.
4
Mas quase todos os 16leitores mais exigentes preferem outros poetas, enquanto os mais fiéis nerudistas admiram
incondicionalmente o pior de uma 15vasta obra muito desigual da 14sua qualidade5. Entre matronas sentimentais, Neruda
parece quase naufragar sob o peso de sua popularidade. Mas sempre volta a emergir, triunfante e definitivo, de toda leitura de
boa-fé.
Adaptado de: ESTENSSORO, Hugo. Bravo, v. 7, nº 82, p. 65, jul. 2004.

12. Considere as seguintes afirmações sobre a relação entre alguns pronomes do texto e os segmentos a que se referem.

I. O pronome "seu" (ref. 10) remete à expressão "o outro grande poeta chileno" (ref. 11).
II. Através do pronome "o" (ref. 12), está sendo retomada a palavra "Neruda" (ref. 13).
III. O pronome "sua" (ref. 14) remete à expressão "vasta obra" (ref. 15).

Quais estão corretas?

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

- 53 -
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Os mais antigos homens modernos.
1
Agora, parece que foi 3mesmo na África que 9a espécie humana 10assim como a conhecemos surgiu - e dali se espalhou para
o restante do mundo. 4Foi no leste do continente africano, precisamente no deserto de Awash, na porção central da Etiópia,
5
que uma equipe de pesquisadores norte-americanos e 13etíopes _____ os 14fósseis mais antigos do homem moderno (Homo
sapiens). São três crânios - dois de adultos e um de uma criança de aproximadamente 7 anos - e mais alguns dentes de outros
sete 15indivíduos, encontrados entre ossos de hipopótamos e antílopes e ferramentas de pedra. Com cerca de 160 mil anos,
segundo a datação com argônio, os crânios guardam semelhanças com o do homem 11moderno: face mais achatada e caixa
craniana em forma de globo. No entanto, traços mais primitivos, como os olhos mais _____ um do outro, 6levaram os
pesquisadores a classificar os crânios como sendo de Homo sapiens idaltu, uma subespécie do H. sapiens, _____ em
conjunto, essas 16características 7colocam esses hominídeos nas 17raízes da árvore evolutiva humana e 8são um reforço às
evidências genéticas de que o homem moderno surgiu na África - ainda não se sabe se em apenas uma ou em mais regiões -
e depois migrou para os outros 12continentes, o oposto do que _____ as teorias que sugerem que as primeiras características
do H. sapiens apareceram quase ao 2mesmo tempo em diferentes pontos do planeta.
Adaptado de: Pesquisa FAPESP, nº 89, p. 28, Jul. 2003.

13. Considere as seguintes sugestões de reescrita, destinadas a evitar a repetição de "os crânios" na frase LEVARAM OS
PESQUISADORES A CLASSIFICAR OS CRÂNIOS (ref. 6).

I - Substituir OS CRÂNIOS pelo pronome ELES.


II - Substituir OS CRÂNIOS pelo pronome LHES, colocando-o antes do verbo CLASSIFICAR.
III - Substituir OS CRÂNIOS pela forma LOS, adaptando a forma do infinitivo CLASSIFICAR.
IV - Substituir OS CRÂNIOS pela expressão OS EXEMPLARES.

Quais estão corretas de acordo com o padrão culto da língua?

a) Apenas I e II.
b) Apenas II e III.
c) Apenas II e IV.
d) Apenas III e IV.
e) Apenas II, III e IV.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Físico reconstrói o mapa do céu indígena

Um pesquisador do Paraná passou os últimos dez 13anos, 5a expensas 14próprias, reconstituindo as constelações conhecidas
pelos povos indígenas do Brasil. O 4esforço 1começa a dar resultado 15agora, depois de sua aposentadoria.
Germano 16Affonso, professor titular de física da UFPR e doutor pela Universidade de Paris 176, descobriu que as principais
constelações dos tupinambás, que habitavam a costa brasileira no século 16 e foram os primeiros a ter contato com os
europeus, são 2comuns a diversas outras etnias do Brasil. São elas: Ema, Anta, Homem Velho e Veado.
As constelações indígenas, segundo ele, têm funções práticas 3semelhantes ás das constelações ocidentais: marcar a
passagem do tempo e as estações do ano e servir como pontos de orientação. No entanto são 18maiores, mais facilmente
reconhecíveis e formadas não só a partir de estrelas, 12como de manchas existentes na Via-Láctea (Caminho de Anta ou
Caminho dos Espíritos, para os tupinambás). Ele conseguiu 19inventariar mais de cem constelações, ao passo que existem
hoje 88 constelações indígenas distintas registradas oficialmente.
O resultado da pesquisa será apresentado hoje, em Recife. Affonso falará na conferência "Contribuições Nativas para o
Conhecimento", ás 15h.
Segundo 9o físico da UFPR, a ideia de 20remontar 11o mapa do céu dos índios começou com 7um relato do capuchinho francês
Claude d'Abbeville, do século 17, 6que veio 8lhe cair nas mãos. 10Nele, o europeu citava constelações conhecidas pelos
tupinambás do Maranhão. A Affonso chamou atenção o fato de os nomes dessas constelações serem muitas vezes os
mesmos que grupos indígenas do Paraná usavam para descrever o céu.
Adaptado de: Folha de S. Paulo, 16 jul. 2003. Folha Ciência, p. A 14.

14. Considere as seguintes afirmações sobre a relação entre algumas palavras do texto e os segmentos a que se referem.

I - A expressão O ESFORÇO (ref. 4) retoma a sequência A EXPENSAS PRÓPRIAS (ref. 5).


II - Na ref. 6, o pronome QUE retoma a expressão UM RELATO DO CAPUCHINHO FRANCÊS CLAUDE D'ABBEVILLE (ref. 7).
III - O pronome LHE (ref. 8) retoma a expressão O FÍSICO DA UFPR (ref. 9).
IV - Através da palavra NELE (ref. 10), está sendo retomada a expressão O MAPA DO CÉU DOS ÍNDIOS (ref. 11).
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II e III.
d) Apenas III e IV.
e) Apenas II, III e IV.

- 54 -
15. Observe as frases:

1. O mar ficava _____ apenas alguns quilômetros de lá. (a)

2. Chegou de viagem _____ cerca de duas semanas. (há)

3. Parou _____ uns 10 metros longe de mim. (a)

4. Não nos vemos _____ alguns anos. (há)

5. Você sabe daqui _____ quanto tempo o ônibus vai partir? (a)

Com os elementos colocados entre parênteses, ficam corretamente preenchidos os espaços:

a) somente das frases 1, 2 e 4


b) somente das frases 3 e 5
c) somente das frases 2 e 4
d) somente das frases 1, 3 e 5
e) de todas as frases

Máster – lista 16

1. Marque a alternativa que apresenta, em destaque, complemento nominal.


a) O conflito contra o ódio é o início da paz.
b) Os preceitos contra os quais luto são muitos.
c) Brigue pelas boas causas sem desistir do amor.
d) Aludia aos problemas corriqueiros da relação.

2. Marque a alternativa que apresenta correta classificação do sujeito.


a) Aniquilaram as fontes de resistência na zona de conflito do país. (Sujeito Oculto)
b) O conflito armado é movido pela ideia de paz futura. (Sujeito Paciente)
c) Faria tudo de novo, na tentativa de mais um acerto. (Sujeito expresso)
d) Choveu elogio na noite da premiação. (Sujeito Inexistente)

3. Marque a alternativa que apresenta classificação correta em relação ao tipo de sujeito.


a) O chefe trovejava de raiva. (Sujeito indeterminado)
b) Uma chuva de pétalas tomou conta do céu da cidade. (Oração sem sujeito)
c) Amamos a benignidade de nosso Mestre. (Sujeito indeterminado)
d) Não podia haver formas mais simplificadas de respostas. (Oração sem sujeito)

4. Marque a alternativa correta quanto à classificação sintática dos pronomes destacados.


a) Preciso de ti na execução do projeto. (objeto indireto)
b) O mau exemplo incomoda a mim. (objeto indireto)
c) Encontrei-o em decúbito, ao chão. (sujeito)
d) Contei-lhes toda a verdade. (objeto direto)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Mito, na acepção aqui empregada, não significa mentira, falsidade ou mistificação. Tomo de empréstimo a formulação de
Hans Blumenberg do mito político como um processo contínuo de trabalho de uma narrativa que responde a uma
necessidade prática de uma sociedade em determinado período. Narrativa simbólica que é, o mito político coloca em
suspenso o problema da verdade. Seu discurso não pretende ter validade factual, mas também não pode ser percebido
como mentira (do contrário, não seria mito). O mito político confere um sentido às 1circunstâncias que envolvem os
indivíduos: ao 2fazê‐los ver sua condição presente como parte de uma história em curso, ajuda a compreender e
suportar o mundo 3em 4que vivem. ENGELKE, Antonio. O anjo redentor. Piauí, ago. 2018, ed. 143, p. 24.

5. Sobre o sujeito da oração “em que vivem” (ref. 3), é correto afirmar:

a) Expressa indeterminação, cabendo ao leitor deduzir a quem se refere a ação verbal.


b) Está oculto e visa evitar a repetição da palavra “circunstâncias” (ref. 1).
c) É uma função sintática preenchida pelo pronome “que” (ref. 4).
d) É indeterminado, tendo em vista que não é possível identificar a quem se refere a ação verbal.
e) Está oculto e seu referente é o mesmo do pronome “os” em “fazê‐los” (ref. 2).
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TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:

Salve, lindo pendão1 da esperança,


Salve, símbolo augusto2 da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da pátria nos traz.
(trecho do Hino à Bandeira – letra de Olavo Bilac música de Francisco Braga)

Glossário:
1 Pendão – bandeira, flâmula
2 Augusto – nobre

6. No fragmento de texto apresentado, os sintagmas “da esperança” e “da paz”

a) remetem à ideia de lugares e são classificados como adjuntos adverbiais.


b) remetem à ideia de posse, pertença, e são classificados como adjuntos adnominais.
c) remetem à ideia de posse, pertença, e são classificados como complementos nominais.
d) remetem à ideia de lugares não físicos e são classificados como complementos nominais.

7. O trecho “Tua nobre presença”, no contexto em que se insere, do ponto de vista sintático, se classifica como

a) predicativo do sujeito.
b) sujeito simples.
c) objeto indireto.
d) aposto.

8. No fragmento do texto “Tua nobre presença à lembrança A grandeza da pátria nos traz”, ocorre crase

a) por haver um verbo, embora posposto, que reclama a preposição “a”.


b) por conta da presença da preposição “traz” que reclama a ocorrência de crase.
c) para evitar a ambiguidade gerada pela inversão dos versos, tratando-se de uso de acento diferencial.
d) para que o leitor reconheça o sujeito “à lembrança”, por meio do acento grave em seu adjunto adnominal “a”.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Meu lugar

O meu lugar Doce lugar


é caminho de Ogum e Iansã que é eterno no meu coração
lá tem samba até de manhã e aos poetas traz inspiração
uma ginga em cada andar pra cantar e escrever

O meu lugar Ai, meu lugar


é cercado de luta e suor quem não viu Tia Eulália
esperança num mundo melhor dançar vó Maria o terreiro benzer
e cerveja pra comemorar e ainda tem jongo à luz do luar

O meu lugar Ai, que lugar


tem seus mitos e seres de luz tem mil coisas pra gente fazer
é bem perto de Osvaldo Cruz o difícil é saber terminar
Cascadura, Vaz Lobo, Irajá Madureira

O meu lugar
é sorriso, é paz e prazer
o seu nome é doce dizer
Madureira

Ah, que lugar


a saudade me faz relembrar
os amores que eu tive por lá
é difícil esquecer

Letra transcrita e adaptada a partir da audição de “Meu lugar”, composta por


Arlindo Cruz e José Mauro Diniz, e lançada no álbum Batuques do meu lugar, em 2012.
- 56 -
9. Em português, o verbo “ser” pode formar predicados nominais, qualificando o sujeito, ou predicados verbais. Assinale
a opção em que o verbo “ser” forma um predicado verbal:

a) “é bem perto de Oswaldo Cruz.” (v. 11)


b) “é eterno no meu coração.” (v. 22)
c) “é difícil esquecer.” (v. 20)
d) “é doce dizer.” (v. 15)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Uma noite real no Museu Nacional

Gira coroa da majestade


samba de verdade, identidade cultural
Imperatriz é o relicário
no bicentenário do Museu Nacional

Onde a musa inspira a poesia


a cultura irradia o cantar da Imperatriz
é um palácio, emoldura a beleza
abrigou a realeza, patrimônio é raiz
que germinou e floresceu lá na colina
a obra-prima viu o meu Brasil nascer
no anoitecer dizem que tudo ganha vida

paisagem colorida deslumbrante de viver


bailam meteoros e planetas
dinossauros, borboletas
brilham os cristais
o canto da cigarra em sinfonia
relembrou aqueles dias que não voltarão jamais

À luz dourada do amanhecer


as princesas deixam o jardim
os portões se abrem pro lazer
pipas ganham ares
encontros populares
decretam que a Quinta é pra você

Samba de enredo da escola de samba Imperatriz Leopoldinense em 2018


Compositores: Jorge Arthur, Maninho do Ponto, Julinho Maestro, Marcio Pessi, Piu das Casinhas

10. Nos sambas de enredo, é comum que termos e frases coloquiais estejam combinados com termos e frases em
linguagem formal.

Sobre os versos “bailam meteoros e planetas / dinossauros, borboletas” é correto afirmar que apresentam linguagem

a) formal, pois o sujeito da oração é indeterminado.


b) coloquial, pois a oração não é formada com sujeito.
c) coloquial, pois a oração é formada por sujeito simples.
d) formal, pois o sujeito foi colocado após o verbo da oração.

11. Observe os termos sublinhados em cada alternativa e assinale aquela cuja análise, entre parênteses, está
adequada.

a) “... MC Guimê, o principal nome do funk ostentação, fará seu show...” – (Aposto)
b) “Por quarenta minutos, ele intercala canções de seu repertório com sucessos de outros funkeiros...” – (Oração
Subordinada Adverbial de Tempo)
c) “Para Guimê, natural da periferia de Osasco, cidade da grande São Paulo...” – (Adjunto Adverbial de Lugar)
d) “Como tantos gêneros musicais que vieram das áreas urbanas mais pobres...” – (Oração Subordinada Adjetiva
Explicativa)

- 57 -
12. Assinale a alternativa em que a reescrita do excerto NÃO mantém a correção morfossintática.

a) “Graças a ela temos acesso a toda informação do mundo à distância de apenas um toque de botão.”  Graças à
internet temos acesso à informação do mundo à distância de apenas um toque de botão.
b) “A situação é ainda mais grave quando um dos poucos entes criativos restantes na internet produz algum comentário
curto, espirituoso ou reflexivo (...).”  A situação é ainda mais grave no momento em que um dos poucos entes
criativos restantes na internet produz algum comentário curto, espirituoso ou reflexivo (...).
c) “A internet mudou definitivamente a maneira como nos comunicamos e percebemos o mundo.”  A internet mudou
definitivamente a maneira que nos comunicamos e percebemos o mundo.
d) “O advento das redes sociais trouxe para perto das pessoas comuns os amigos distantes, os ídolos e as ideias
consumistas mais arraigados (...).”  Os amigos distantes, os ídolos e as ideias consumistas mais arraigadas foram
trazidos para perto das pessoas comuns pelo advento das redes sociais.

13. O vocábulo se exerce, na língua portuguesa, várias funções. Observe seu uso nos excertos a seguir.
I. “Copia-se sem o menor bom senso...” (ref. 11)
II. “...um admirável mundo novo abriu-se ante nossos olhos.” (ref. 5)
III. “Ou se aceita a situação ou revolta-se.” (ref. 10)
IV. “O tempo passou, e essa revolução não se instaurou”. (ref. 7)

Assinale a análise correta.

a) Em I, o “se” é uma partícula expletiva ou de realce.


b) Em II, o “se” é uma partícula integrante do verbo.
c) Em III, o “se” foi utilizado para flexionar o verbo na voz passiva sintética em ambas as ocorrências.
d) Em IV, o “se” classifica-se como pronome apassivador.

14. Mas o coração humano, lugar dos sonhos, ao contrário da ciência, é coisa imprecisa.

Na passagem acima, a expressão sublinhada cumpre determinada função sintática que aparece nas opções abaixo,
EXCETO em

a) Não só os poetas: C. Wright Mills, um sociólogo sábio, comparou a uma galera que navega pelos mares.
b) Infelizmente a ciência, utilíssima, especialista em saber como as coisas funcionam, tudo ignora sobre o coração
humano.
c) Mas há um pesadelo que me atormenta: o deserto.
d) O paraíso é jardim, lugar de felicidade, prazeres e alegrias para os homens e mulheres.
e) Sugiro aos educadores que pensem menos nas tecnologias do ensino – psicologias e quinquilharias – e tratem de
sonhar, com os seus alunos, sonhos de um Paraíso.

15. Em "A população manifesta muito mais prazer no massacre contra o preso", o termo destacado tem a função de:
a) Adjunto Adnominal
b) Agente da Passiva
c) Objeto Direto
d) Objeto Indireto
e) Complemento Nominal

16. “De acordo com essa teoria, não cabia aos homens modificar a ordem social.”

O trecho destacado exerce a função sintática de


a) objeto indireto.
b) objeto direto.
c) adjunto adnominal.
d) sujeito.
e) adjunto adverbial.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia um trecho do ensaio de Antonio Candido para responder à(s) questão(ões).
Na extraordinária obra-prima Grande sertão: veredas há de tudo para quem souber ler, e nela tudo é forte, belo,
impecavelmente realizado. Cada um poderá abordá-la a seu gosto, conforme o seu ofício; mas em cada aspecto
aparecerá o traço fundamental do autor: a absoluta confiança na liberdade de inventar.
Numa literatura de imaginação vasqueira, onde a maioria costeia o documento bruto, é deslumbrante essa
navegação no mar alto, esse jorro de imaginação criadora na linguagem, na composição, no enredo, na psicologia.
(Antonio Candido. Tese e antítese, 1971.)
- 58 -
17. Em “mas em cada aspecto aparecerá o traço fundamental do autor” (1º parágrafo), a expressão em destaque
exerce a mesma função sintática da expressão destacada em:

a) “nela tudo é forte, belo, impecavelmente realizado” (1º parágrafo).


b) “Cada um poderá abordá-la a seu gosto, conforme o seu ofício” (1º parágrafo).
c) “Na extraordinária obra-prima Grande Sertão: Veredas há de tudo para quem souber ler” (1º parágrafo).
d) “Na extraordinária obra-prima Grande Sertão: Veredas há de tudo para quem souber ler” (1º parágrafo).
e) “onde a maioria costeia o documento bruto” (2º parágrafo).

18. A expressão destacada abaixo que possui função sintática diferente das demais é:

a) “é uma mulher de nosso tempo; mas neste momento, perto do mar”


b) “só lhe ficou o olhar triste, como diria o pobre Antônio, poeta português”
c) “é menos uma pessoa que um sonho de onda, fantasia de luz entre nuvens”
d) “perguntei se já estávamos preparados, nós, os rudes homens destes tempos”

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


A(s) questão(ões) a seguir está(ão) relacionada(s) ao texto abaixo.

1– Temos sorte de viver no Brasil – dizia meu pai, depois da guerra. – Na Europa 2mataram 3milhões de judeus.
Contava as 4experiências que 5os médicos nazistas faziam com os prisioneiros. Decepavam-lhes as cabeças,
faziam-nas encolher – à maneira, li depois, dos índios Jivaros. 6Amputavam pernas e braços. Realizavam estranhos
transplantes: uniam a metade superior de um homem _____1_____ metade inferior de uma mulher, ou aos quartos
traseiros de um bode. 7Felizmente 8morriam 9essas atrozes quimeras; 10expiravam como seres humanos, não eram
obrigadas a viver como aberrações. (_____2_____ essa altura eu tinha os olhos cheios de lágrimas. Meu pai pensava
11que a descrição das maldades nazistas me deixava comovido.)
12Em 1948 13foi proclamado 14o Estado de Israel. Meu pai abriu uma garrafa de vinho – o melhor vinho do

armazém –, brindamos ao acontecimento. E não saíamos de perto do rádio, acompanhando _____3_____ notícias da
guerra no Oriente Médio. Meu pai estava entusiasmado com o novo Estado: em Israel, explicava, vivem judeus de todo o
mundo, judeus brancos da Europa, judeus pretos da África, judeus da Índia, isto sem falar nos beduínos com seus
camelos: tipos muito esquisitos, Guedali.
Tipos esquisitos – aquilo me dava ideias. Por que não ir para Israel? 15Num país de gente tão estranha – e,
16ainda por cima, em guerra – eu certamente não chamaria a atenção. Ainda menos como combatente, entre a poeira e

a fumaça dos incêndios. Eu me via correndo pelas ruelas de uma aldeia, empunhando um revólver trinta e oito, atirando
sem cessar; eu me via caindo, 17varado de balas. 18Aquela, sim, era a 19morte que eu almejava, morte heroica,
esplêndida justificativa para uma vida miserável, de monstro 20encurralado. E, caso não morresse, poderia viver depois
num kibutz . Eu, que conhecia tão bem a vida numa fazenda, teria muito a fazer ali. Trabalhador dedicado, os membros
do kibutz terminariam por me aceitar; numa nova sociedade há lugar para todos, mesmo os de patas de
cavalo.Adaptado de: SCLIAR, M. O centauro no jardim. 9. ed. Porto Alegre: L&PM, 2001.

19. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir, sobre os sujeitos de algumas formas verbais do texto.

( ) O sujeito da forma verbal mataram (ref.2) é milhões de judeus (ref. 3).


( ) O sujeito da forma verbal Amputavam (ref. 6) é os médicos nazistas (ref. 5).
( ) O sujeito da forma verbal morriam (ref. 8) é essas atrozes quimeras (ref. 9).
( ) O sujeito da locução verbal foi proclamado (ref. 13) é o Estado de Israel (ref. 14).

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) F – V – V – V.
b) V – F – V – F.
c) V – F – F – V.
d) V – V – V – V.
e) F – V – F – F.

20. Em “Onde havia de buscar dinheiro que o transportasse, a ele, a mulher e aos filhos?” (3º parágrafo), o termo
sublinhado refere-se ao substantivo “dinheiro” e exerce a função sintática de

a) sujeito.
b) objeto direto.
c) objeto indireto.
d) adjunto adnominal.
e) adjunto adverbial.

- 59 -
- 60 -
M
A
T
E
M
Á
T
I
C
A
- 61 -
- 62 -
Módulo II - MÁSTER - MARÇO E ABRIL 4) (CESCEM) O líquido contido em uma lata cilíndrica
deve ser distribuído em potes também cilíndricos cuja
MATEMÁTICA – PROFº LOYOLA
altura é 1/4 da altura da lata cujo diâmetro da base é 1/3
do diâmetro da base da lata. O número de potes
1º Lista de Exercícios
necessários é:
1) (MACK) Com relação ao ângulo da figura, a) 6
podemos afirmar que vale: b) 12
c) 18
d) 24
e) 36

5) Os pontos (2, 3) e (6, 7) são os extremos da diagonal


de um determinado quadrado. A reta suporte da outra
diagonal é:

a) 3x – y + 7 = 0
b) 2x – y + 5 = 0
a) c) 2x + y – 5 = 0
b) 1 d) x + y – 9 = 0
e) x – y + 7 = 0
c)
d)

e) 6) (UFPE) Uma equipe de socorro, formada por 4


médicos, deve ser escolhida, aleatoriamente, dentre 4
cirurgiões e 6 ortopedistas. A probabilidade de que o
2) (Mackenzie – SP) As funções f(x) = 3–4x e g(x) = grupo escolhido tenha pelo menos um cirurgião é:
3x+m são tais que f(g(x)) = g(f(x)), qualquer que seja x
real. O valor de m é: a) 209/210
b) 1/210
a) 9/4 c) 1/14
b) 5/4 d) 13/14
c) – 6/5 e) 3/5
d) 9/5
e) – 2/3

3) A representação 7) Determinar a reta perpendicular à reta de equação x


+ 2y – 3 = 0 no seu ponto de ordenada igual a 2.

a) 2x – y + 4 = 0
b) 2x + y + 7 = 0
c) 2x – y + 5 = 0
d) 3x – 2y – 5 = 0
e) 3x + 3y – 7 = 0

8) Numa P.A., a soma do terceiro e oitavo termos é 27,


e a soma do quinto e nono termos é 18. Calcule a soma
dos dez primeiros termos.
é da função dada por y = f(x) = log n (x). O valor de logn
(n3+8) é:
a) 130
b) 135
a) 2
c) 138
b) 4
d) 140
c) 6
e) 142
d) 8
e) 10
- 63 -
9) A soma dos “infinitos” termos de uma P.G. é 4 e a 3) Na figura, as medidas estão em centímetros.
soma dos dois primeiros termos da P.G. é 15/4. Determine x.
Determine os três primeiros termos da P.G.

a) (3, 3/4, 3/16)


b) (4, 4/5, 4/25)
c) (4, 8, 16)
d) (3, 9, 27)
e) (4, 12, 36)

10) (U. Potiguar-RN) A equação


a) 5 cm
b) 6 cm
c) 7 cm
d) 8 cm
e) 9 cm

= 0 tem raízes reais. Logo a soma das raízes é igual a:

a) 1
b) 6
c) 2 4) Uma certa espécie de bactéria divide-se em duas a
d) –3 cada 20 minutos, e uma outra, a cada 30 minutos.
e) 4 Determine, após 3 horas, a razão entre o número de
bactérias da 1ª e o da 2ª espécies, originadas por uma
bactéria de cada espécie.
GABARITO – 1º Lista de Exercícios
a) 8
1–c 2–b 3–b 4–e 5–d 6–d 7–a 8– b) 4
b 9 – a 10 – a. c) 2
d) 0
2º Lista de Exercícios e) 12

6  8i 123
1) O valor da expressão ( 2  3i )( 4  2i )  i é igual
1 i
a: 5) A função f é definida por f(x) = ax + b. Sabe-se que f(-
1) = 3 e f(3) = 1, então podemos afirmar que f(1) é igual
a) 13 – 14i a:
b) 14 + 13i
c) 13 + 14i a) 2
d) 14 – 13i b) -2
e) i c) 0
d) 3
e) -3

2) Uma urna contém 3 bolas vermelhas e 5 bolas azuis. 6) (UEL) Sendo a função definida por
De quantas maneiras diferentes podemos retirar 3 bolas , então a expressão que define a função inversa
de modo que não saiam somente bolas vermelhas? de f é:
a) 38 maneiras
b) 46 maneiras
c) 52 maneiras
d) 55 maneiras
e) 60 maneiras

- 64 -
7) Um cone foi formado a partir de uma chapa de aço, 10) (Unirio)
no formato de um setor de 12 cm de raio e ângulo
central de 120º. Então, a altura do cone é:

a)
b)
c)
d)
e)

Consideremos a função inversível f cujo o gráfico é visto


acima.

8) Numa progressão aritmética de 7 termos, a soma dos


dois primeiros é 14 e a dos dois últimos é 54. Calcule a
razão e o último termo dessa PA.

a) r = 2 e a7  24
b) r = 3 e a7  27
c) r = 4 e a7  28
d) r = 4 e a7  29
GABARITO – 2º Lista de Exercícios
e) r = 5 e a7  30
1–c 2–d 3–b 4–a 5–a 6–c 7–
d 8–d 9 – c 10 – c.

3º Lista de Exercícios

1) Resolver a inequação trigonométrica sen x > 1/2 para


9) Uma fábrica de sorvetes utiliza embalagens plásticas
x pertencente ao intervalo [0,2π[,
no formato de paralelepípedo retangular reto.
Internamente, a embalagem tem 10 cm de altura e base
a) π/2 < x < 5π/3
de 20 cm por 10 cm. No processo de confecção do
b) π/3 < x < 5π/6
sorvete, uma mistura é colocada na embalagem no
c) π/3 < x < 5π/4
estado líquio e, quando levada ao congelador, tem seu
d) π/6 < x < 5π/6
volume aumentado em 25%, ficando com consistência
e) π/3 < x < 5π/3
cremosa.
Inicialmente é colocada na embalagem uma mistura
sabor chocolate com volume de 1.000 cm³ e, após essa
mistura ficar cremosa, será adicionada uma mistura
2) A palavra “perímetro” vem da combinação de dois
sabor morango, de modo que, ao final do processo de
elementos gregos: o primeiro, Peri, significa “em torno
congelamento, a embalagem fique completamente
de”, e o segundo, metro, significa “medida”.
preenchida com sorvete, sem transbordar.
O perímetro do trapézio cujos vértices têm coordenadas
O volume máximo, em cm³, da mistura sabor morango
(-1 , 0), (9 , 0), (8 , 5) e (1 , 5) vale:
que deverá ser colocado na embalagem é:

a) 450 a) 10  29  26
b) 500
c) 600
b) 16  29  26
d) 750 c) 22  26
e) 1.000
d) 17  2 26
e) 17  29  26

- 65 -
7) Em certo ano, ao analisar os dados dos candidatos
3) Se , o valor de ao Concurso Vestibular para o Curso de Graduação em
vale: Administração, nas modalidades Administração de
Empresas e Administração Pública, conclui-se que:
a) – 7/13  80% do número total de candidatos optaram
b) 5/13 pela modalidade Administração de Empresas;
c) 12/13  70% do número total de candidatos eram do
d) 15/13 sexo masculino;
e) 17/13  50% do número de candidatos à modalidade
Administração Pública eram do sexo masculino;
 500 mulheres optaram pela modalidade
Administração Pública.
O número de candidatos do sexo masculino à
modalidade Administração de Empresas foi:
4) (CESGRANRIO) Um pesquisa realizada em dois
a) 4000
banco, A e B, revelou que 40% dos funcionários do
b) 3500
banco A e 30# dos funcionários do banco B têm nível
c) 3000
universitário. Escolhendo-se, aleatoriamente, um
d) 1500
funcionário de cada banco, a probabilidade de que pelo
e) 1000
menos um dos escolhidos tenha nível universitário é:

a) 12%
b) 46%
8) (Fuvest) O primeiro termo de uma P.G de razão i, de
c) 58%
d) 40% 4.n  3 termos e de último termo 1  i é:
e) 52% a) 1  i
b) 1  i
c) 1  i
d) 1  i
e) 1
5) Um carro, cujo preço à vista é R$ 24 000,00, pode
ser adquirido dando-se uma entrada e o restante em 5
parcelas que se encontram em progressão geométrica.
Um cliente que optou por esse plano, ao pagar a 9) Uma pirâmide de base quadrada, feita de madeira
entrada, foi informado que a segunda parcela seria de maciça, tem 675 g e 12 cm de altura. Pretende-se fazer
R$ 4 000,00 e a quarta parcela de R$ 1 000,00. Quanto um corte, paralelo à base, para obter uma pirâmide
esse cliente pagou de entrada na aquisição desse menor. Quantos gramas terá essa pirâmide se o corte
carro? for feito a 4 cm da base?
a) 200
a) R$ 7.500,00 b) 225
b) R$ 7.800,00 c) 250
c) R$ 8.000,00 d) 300
d) R$ 8.500,00 e) 350
e) R$ 9.000,00
10) Sabe-se que a sequência (1/3, a, 27), na qual a > 0,
é uma progressão geométrica e a sequência (x, y, z), na
qual x + y + z = 15, é uma progressão aritmética. Se as
duas progressões têm razões iguais, então:
6) Determine a medida do ângulo central de um setor
circular obtido pela planificação da superfície lateral de a) x = - 4
um cone reto cuja geratriz mede 60 cm e o raio da base b) y = 6
é 10 cm. c) z = 12
d) x = 2y
a) 30º e) y = 3x
b) 45º
c) 60º
d) 75º
e) 120º GABARITO – 3º Lista de Exercícios

1–d 2–e 3–e 4–c 5–d 6–c 7–c 8–


d 9 – a 10 – a.
- 66 -
4º Lista de Exercícios 5) A figura a seguir é formada por 3 quadrados iguais.

1) (UCSal) Sejam f e g funções de R em R, sendo R o


conjunto dos números reais, dadas por f(x) = 2x - 3 e
f(g(x)) = -4x + 1. Nestas condições, g(-1) é igual a:

a) -5
b) -4
c) 0
d) 4
e) 5

2) (Enem – 2017) A igreja de São Francisco de Assis, Podemos afirmar que a área da região mais escura é,
obra arquitetônica modernista de Oscar Niemeyer, aproximadamente:
localizada na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte,
possui abóbadas parabólicas. A seta na Figura 1 ilustra a) 5,52 cm²
uma das abóbadas na entrada principal da capela. A b) 22,32 cm²
figura 2 fornece uma vista frontal desta abóbada, com c) 89,30 cm²
medidas hipotéticas para simplificar os cálculos. d) 52,46 cm²
e) 198,81 cm²

6) (Enem - 2015) O esquema I mostra a configuração de


uma quadra de basquete. Os trapézios em cinza,
chamados de garrafões, correspondem a áreas
restritivas.

Qual a medida da altura H, em metro, indicada na


Figura 2?

a) 16/3
b) 31/5
c) 25/4
d) 25/3
e) 75/2

3) Seja uma função f:*+ R → R, definida por


Visando atender as orientações do Comitê Central da
, calcule f(2) e f(6). Federação Internacional de Basquete (Fiba) em 2010,
que unificou as marcações das diferentes ligas, foi
a) – 2 e 1 prevista uma modificação nos garrafões das quadras,
b) 0 e 2 que passariam a ser retângulos, como mostra o
c) 2 e 3 Esquema II.
d) 3 e 4
e) 4 e 6

4) Com os dígitos 1, 4, 7, 8 e 9 são formados números


de três algarismos distintos. Um deles é escolhido ao
acaso. Qual a probabilidade de ele ser ímpar?

a) 2/3
b) 3/5
c) 2/7
d) 3/7
e) 5/8

- 67 -
Após executadas as modificações previstas, houve uma 10) (FURG) Se u = 1 – 2i é um número complexo e ,
alteração na área ocupada por cada garrafão, que
corresponde a um(a) seu conjugado, então z = u2 +3 é igual a:

a) – 6 – 2i
a) aumento de 5 800 cm 2.
b) 2i
b) aumento de 75 400 cm 2.
c) – 6
c) aumento de 214 600 cm 2.
d) 8 + 2i
d) diminuição de 63 800 cm 2.
e) – 6 + 2i
e) diminuição de 272 600 cm2.

7) (UNB) Um cone circular reto de sinalização de


rodovias, que é oco e feito de plástico, tem altura de 60 GABARITO – 4º Lista de Exercícios
cm e raio da base igual a 15 cm. Durante um acidente, a
extremidade superior do cone foi afundada, como ilustra 1–d 2–d 3–c 4–b 5–d 6–a 7–e 8–
a figura abaixo. d 9 – d 10 – b.

5º Lista de Exercícios

1) (Epcar – 2016) Um terreno com formato de um


triângulo retângulo será dividido em dois lotes por uma
cerca feita na mediatriz da hipotenusa, conforme mostra
figura.

Calcule, em centímetros, a altura h do sólido resultante,


sabendo que, após o acidente, o espaço interno do
sinalizador foi reduzido em exatamente 25%. Despreze
a parte fracionária de seu resultado, caso exista.

a) 20 cm
b) 25 cm
c) 26 cm
d) 28 cm
e) 30 cm

8) (EsSA - 2011) O valor de k real, para que o sistema

Sabe-se que os lados AB e BC desse terreno medem,


respectivamente, 80 m e 100 m. Assim, a razão entre o
seja possível e determinado, é: perímetro do lote I e o perímetro do lote II, nessa ordem,
é
a) k ≠ - 1/2
b) k ≠ 1/2
c) k ≠ - 1/6
d) k ≠ - 3/2
e) k ≠ - 7/2

9) (Aeronáutica) Seja a equação polinomial x³ + bx² + cx


+ 18 = 0. Se –2 e 3 são suas raízes, sendo que a raiz 3 e) N.R.A
tem multiplicidade 2, o valor de “b” é

a) 8
b) 6
c) -3
d) -4
e) 0
- 68 -
2) Qual o valor de x na figura? 5) Resolva a equação | 3x+1 | = | x-3 |.

a) – 1/4 ou 1/2
b) – 2 ou 1/2
c) – 2/3 ou 3/2
d) 2 ou 5/2
e) 2/3 ou 2

a) 6 6) (INFO) Sendo f e g duas funções tais que: f(x) = ax +


b) 8 b e g(x) = cx + d . Podemos afirmar que a igualdade
c) 10 gof(x) = fog(x) ocorrerá se e somente se:
d) 12
e) 14 a) b(1 - c) = d(1 - a)
b) a(1 - b) = d(1 - c)
c) ab = cd
d) ad = bc
e) a = bc
3) Determine as medidas do lado e do apótema do
polígono regular abaixo:

7) (INFO) Dadas as proposições:

O p: Existem funções que não são pares nem ímpares.


q: O gráfico de uma função par é uma curva simétrica
4 3 em relação ao eixo dos y.
r: Toda função de A em B é uma relação de A em B.
s: A composição de funções é uma operação
comutativa.
a) L =12 e Ap = 2 3 t: O gráfico cartesiano da função y = x / x é uma reta.

b) L =10 e Ap = 2 3 Podemos afirmar que são falsas:


c) L =8 e Ap = 2 3
a) nenhuma
d) L =12 e Ap = 3 3 b) todas
c) p,q e r
e) L =10 e Ap = 3 3 d) s e t
e) r, s e t
4) (Uniube – MG) Qual é o módulo da resultante da
soma dos vetores representados abaixo?

8) Seja a função f: R -> R, definida por ,


calcule .

a) 7/2
b) 5/4
c) 3/2
d) 1
e) 2

a) 2,0 u
b) 3,5 u
c) 4,0 u
d) 7,0 u
e) 8,0 u
- 69 -
9) ) O esboço do gráfico quadrática y = 2x² - 8x + 6 é: 6º Lista de Exercícios

a) 1) (UFJF) O número de soluções negativas da equação


modular |5x – 6| = x² é:

a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4
b)

2) Sendo f e g duas funções tais que fog(x) = 2x + 1 e


g(x) = 2 - x então f(x) é:

a) 2 - 2x
b) 3 - 3x
c) 2x - 5
d) 5 - 2x
c) e) uma função par.

3) Seja a função

d)
f (1)
O valor da razão é:
f (3)
a) – 3/2
b) – 1/2
c) 1/2
d) 3/2
e) N.R.A e) 5

4) Uma bola de basquete é arremessada por um


jogador para o alto, percorrendo uma trajetória descrita
10) (EsSA – 2018) Sejam h(x) = - 2x² + 12x, em que h é a altura, em metros, e x o
, definidas por tempo, em segundos. Qual a altura máxima atingida por
esta bola?
, respectivamente. O valor de
a) 16 m
é:
b) 18 m
a) 0 c) 20 m
b) 1 d) 22 m
c) 2 e) 24 m
d) 3
e) 4
5) Se x é um número real, tal que sen²x – 3.sen x = – 2
para x pertencente ao intervalo [0,π], então x é igual a:
GABARITO – 5º Lista de Exercícios
a) π/2
1–d 2–c 3–a 4–c 5–b 6–a 7–d 8– b) 3π/2
a 9 – a 10 – a. c) 3π/4
d) π
e) 2π/3

- 70 -
6) (EsSA – 2015) A probabilidade de um jogador de 9) (UFRS) O sistema de equações
futebol marcar o gol ao cobrar um pênalti, é de 80%. Se
esse jogador cobrar dois pênaltis consecutivos, a
probabilidade dele fazer o gol, em ambas as cobranças,
é igual a:

a) 16%
b) 20%
c) 32% tem solução se e só se o valor de a é:
d) 64%
e) 80% a) 6
b) 5
c) 4
d) 2
e) zero

7) A área de uma sala com a forma da figura a seguir é


de: 10) (EsSA – 2019) Para que seja um
imaginário puro, o valor de a deve ser:

a) a = 1/3
b) a = 2/5
c) a = 3/5
d) a = 2
e) a = 3

GABARITO – 6º Lista de Exercícios

1–e 2–d 3–d 4–b 5–a 6–d 7–b 8–


a 9 – b 10 – b.
a) 30 m²
b) 26,5 m² 7º Lista de Exercícios
c) 28 m²
d) 24,5 m² 1) ) (Unirio) Numa cidade do interior, à noite, surgiu um
e) 22,5 m² objeto voador não identificado, em forma de disco, que
estacionou a 50 m do solo, aproximadamente. Um
helicóptero do exército, situado a aproximadamente 30
8) (Mackenzie) Uma xícara de chá tem a forma de um m acima do objeto, iluminou-o com um holofote,
tronco de cone reto, conforme a figura. Supondo π = 3, conforme mostra a figura anterior. Sendo assim, pode-
o volume máximo de líquido que ela pode conter é: se afirmar que o raio do disco mede, em m,
aproximadamente:

a) 168 cm³
a) 3,0
b) 172 cm³
b) 3,5
c) 166 cm³
c) 4,0
d) 176 cm³
d) 4,5
e) 164 cm³
e) 5,0

- 71 -
2) (Ufal) A localização de um lago, em relação a uma 6) (EsPCEx 2009). Um reservatório em forma de tronco
caverna pré-histórica, exigia que se caminhasse 200 m de pirâmide regular de base quadrada e dimensões
numa certa direção e, a seguir, 480 m numa direção indicadas na figura deverá ter suas paredes laterais
perpendicular à primeira. A distância em linha reta, da externas cobertas por uma tinta impermeável, cujo
caverna ao lago, era, em metros, rendimento é de 11m² por galão.

a) 680
b) 600
c) 540
d) 520
e) 500

3) (Aman) Sejam os complexos


Z1  4(Cos60  i.Sen60 ) e
 

1
Z 2  (Cos90  i.Sen90 ) . A forma algébrica do
2 O número mínimo de galões que devem ser adquiridos
complexo Z  Z1.Z 2 é: para tal operação é:

a) 6
3 1 b) 7
a)   i
2 2 c) 9
d) 10
3 1 e) 11
b)   i
2 2
c)  3  i
d) 3 i 7) Na figura seguinte, estão representados um quadrado
de lado 4, uma de suas diagonais e uma
e)  2 3  2i semicircunferência de raio 2. Então a área da região
hachurada é:

4) (EsSA – 2019) Identifique a alternativa que apresenta


o produto das raízes da equação 5.x³ - 4.x² + 7.x – 10 =
0.

a) 2 a) (π/2) + 2
b) 1 b) π+ 2
c) 0 c) π+ 3
d) – 1 d) π+ 4
e) – 2 e) 2π+ 1

8) (EsSA – 2019) Uma caixa preta contém 10 bolas


numeradas de 0 a 9. Uma bola é retirada ao acaso sem
5) Se A = (aij) é matriz quadrada de ordem 3 tal que aij reposição. Qual a probabilidade de ser a bola com o
= i – j então podemos afirmar que o seu determinante é número 7?
igual a:
a) 10%
b) 25%
a) 0
c) 20%
b) 1
c) 2 d) 34%
d) 3 e) 30%
e) -4

- 72 -
9) Resolver a inequação trigonométrica cos x < 1/2 para 3) O prefeito de uma cidade deseja construir uma
x pertencente ao intervalo [0,2π[, rodovia para dar acesso a outro município. Para isso, foi
aberta uma licitação na qual concorreram duas
a) π/2 < x < 5π/7 empresas. A primeira cobrou R$ 100.000,00 por km
b) π/3 < x < 5π/6 construído (n), acrescidos de um valor fixo de R$
c) π/3 < x < 5π/6 350.000,00, enquanto a segunda cobrou R$ 120.000,00
d) π/6 < x < 5π/6 por km (n), acrescidos de um valor fixo de R$
e) π/3 < x < 5π/3 150.000,00. As duas empresas apresentaram o mesmo
padrão de quantidade de serviços prestados, mas
apenas uma delas poderá ser contratada.Do ponto de
vista econômico, qual equação possibilitará encontrar a
extensão da rodovia que tornaria indiferente para a
prefeitura escolher qualquer uma das propostas
apresentadas?
10) (EsSA – 2012) Se , com x real e
maior que zero, então o valor de é: a) 100n + 350 = 120n + 150
b) 100n + 150 = 120n + 350
c) 100(n + 350)=120(n + 150)
d) 100(n + 350.000)=120(n + 150.000)
a) e) 350(n + 100.000)=150(n + 120.000)

b)

c)
4) (UFSM – 2015) A água é essencial para a vida e está
d) presente na constituição de todos os alimentos. Em
regiões com escassez de água, é comum a utilização de
e) cisternas para a captação e armazenamento da água da
chuva. Ao esvaziar um tanque contendo água da chuva,
a expressão

GABARITO – 7º Lista de Exercícios

1–a 2–d 3–d 4–a 5–a 6–b 7–b 8–


representa o volume (em m 3) de água presente no
a 9 – e 10 – d.
tanque no instante t (em minutos).
Qual é o tempo, em horas, necessário para que o
8º Lista de Exercícios tanque seja esvaziado?

1) Resolva a equação modular |x + 3| = |2x – 1|. a) 360.


b) 180.
a) – 4 ou 2/3 c) 120.
b) 4 ou 4/3
d) 6.
c) – 2 ou 3/4
d) 0 ou 3/2 e) 3.
e) 4 ou 8

2) (INFO) A função f é tal que f(2x + 3) = 3x + 2. Nestas 5) Determine o valor de a, tal que a ∈ R, de forma que a
condições, f(3x + 2) é igual a: função exponencial seja decrescente.

a) 2x + 3 a) 1 < a < 3
b) 3x + 2 b) 2 < a < 5
c) (2x + 3) / 2 c) 4 < a < 6
d) (9x + 1) /2 d) 6 < a < 8
e) (9x - 1) / 3 e) 9 < a < 10

- 73 -
6) (UFRRJ) O gráfico que melhor representa a função 8) De uma chapa quadrada de papelão recortam-se 4
discos, conforme indicado na figura. Se a medida do
mostrada na figura adiante, é: diâmetro dos círculos é 10 cm, qual a área (em cm²) não
a) aproveitada da chapa?

b)

a) 40 - 20 π
b) 400 - 20 π
c) 100 - 100 π
d) 20 - 20 π
c) e) 400 - 100 π

9) Dados os números complexos:

z = 5 + 2i
w = 2 + 4i
d) k = 1 + 2i

Qual é a solução da expressão a seguir?


zw
k

a) 10 + 4i
b) 25 + 10i
e) c) 50 + 10i
d) 50 + 20i
e) 10 + 20i

10) (FATEC-SP) Se os catetos de um triângulo


retângulo T, medem, respectivamente, 12 cm e 5 cm,
então a altura de T relativa à hipotenusa é:

a) 12/5 m
b) 5/13 m
c) 12/13 m
7) ( EsSA – 2019) Considere as matrizes d) 25/13 m
e) 60/13 m
e O valor de det (X.Y) é:

a) 0
GABARITO – 8º Lista de Exercícios
b) 1
c) 2
1–b 2–d 3–a 4–d 5–e 6–b 7–a 8–
d) 3
e 9 – a 10 – e.
e) 4

- 74 -
G
E
O
G
R
A
F
I
A
- 75 -
- 76 -
Módulo II - MÁSTER - MARÇO E ABRIL – GEOGRAFIA – PROFº LUGÃO

01. Leia os textos que seguem:


Texto I
“De fato, se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não queremos admitir a
permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O
primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é:
a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma outra globalização.” (SANTOS, M. Por
uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 9 ed. Rio de Janeiro: Record, 2002. p. 18 ).
Texto II
“Essa nova fase de desenvolvimento tecnológico passou a ser classificada por muitos pesquisadores como Terceira
Revolução Industrial ou Revolução técnico-cientifica, em razão do aumento da capacidade de produção das empresas,
das redes de infraestrutura (energia e telecomunicações, em particular) e da presença de sistemas informatizados nas
mais variadas atividades econômicas e na vida cotidiana das pessoas”. (Lucci, E. A. et al. Território e sociedade no
mundo globalizado: geografia: ensino médio, v. 2. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 89).
Os dois textos acima relatam algumas características do atual processo de globalização. Sobre esse tema,
analise os itens abaixo.
I. O processo de globalização intensificou-se ainda mais a partir do fim da URSS, pois esse país foi pioneiro em criar
novas tecnologias que mudaram o panorama tecnológico atual.
II. O processo de globalização se maquia como fábula já que apesar de todo o avanço tecnológico, na atualidade, a
desigualdade entre as nações, principalmente entre as do norte e as do sul, tende a aumentar ainda mais.
III. A revolução técnico-científica atual proporcionou a melhoria das tecnologias utilizadas no mundo periférico,
permitindo a maior concorrência entre as nações e potencializando a independência econômica dos países
periféricos frente às nações mais desenvolvidas.
IV. A globalização passou a estimular ainda mais as empresas transnacionais a transcenderem os espaços nacionais até
então utilizados, graças à evolução dos meios de comunicações e transportes, sobretudo a partir da década de 1970.
Está CORRETO apenas o que se afirma em:
(A) I.
(B) II.
(C) I e III.
(D) II e IV.
(E) I, II, III, IV.

02. A imagem abaixo exemplifica um desenvolvimento urbano desigual nas cidades capitalistas atuais juntamente com a
“fragmentação do tecido sociopolítico-espacial”.
Analisando a imagem e relacionando-a com os fenômenos urbanos contemporâneos, pode-se afirmar que ela indica
existir, lado a lado, os fenômenos:

(A) Circuito inferior da economia e rede urbana.


(B) Auto-segregação e segregação imposta.
(C) Macrocefalia e conurbação.
(D) Hierarquia urbana e terciarização.
(E) Megacidade e condomínios exclusivos.

Fonte:
http://opovonalutafazhistoria.blogspot.com/2011_08_14_archive.html.
Acesso em- 01
77set-2011.
03. O processo de urbanização é hoje um
fenômeno cada vez mais intensificado nos
mais variados espaços do planeta. Apesar
da extrema diferenciação entre a
urbanização dos países centrais e a
urbanização dos países periféricos,
julgamos que os fenômenos ocorridos em
cada bloco de países são dicotômicos do
ponto de vista histórico. Entretanto, ao
observarmos a imagem abaixo, podemos
identificar um processo urbano existente
em ambos os países conhecido como:

(A) Terciarização.
(B) Favelização.
(C) Macrocefalia.
(D) Metropolização.
(E) Cosmopolização.
Fonte: http://www.geografiaparatodos.com.br.Acesso em 13/07/2011.

04. O espaço geográfico a partir da revolução técnico-


científica mostrou-se complexo e híbrido, acelerando o
ritmo da vida, vencendo “as barreiras espaciais em tal
grau que por vezes o mundo parece encolher sobre
nós”.
O conceito que surge a partir da análise da imagem
acima e tomando por base os estudos de David
Harvey é:

(A) Compressão do tempo-espaço.


(B) Metamorfoses do espaço habitado.
(C) Desterritorialização.
(D) Meio técnico-científico-informacional.
(E) Sociedade informacional.
Fonte: Harvey, D. A condição pós-moderna. 16 ed. São
Paulo: edições Loyola, 2007. p. 220.

05. Observe.
Analise a tabela ao lado e as afirmativas abaixo.
I. As cidades do Rio de Janeiro e de Brasília, em
2000 e 2010, podem ser consideradas cidades
globais, pois apresentam mais de dois milhões de
habitantes.
II. Apesar de estar na última posição da tabela, a
cidade de Porto Alegre continua sendo a única que
apresenta uma megalópole bem estruturada dentro
do Brasil.
III. As cidades de Belo Horizonte e de Fortaleza podem
ser consideradas metrópoles regionais.
IV. A cidade de Manaus possui forte influência em
toda a rede urbana da região Norte do país,
juntamente com a cidade de Belém.
V. A cidade de São Paulo pode ser considerada
simultaneamente uma megacidade e uma cidade
global.
Fonte: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010.
Está CORRETO apenas o que se afirma em: Acesso em 31/01/2011.
(A) I.
(B) II e III.
(C) II, IV e V.
(D) III, IV e V.
(E) I, II, III, IV e V.
- 78 -
06. Uma mesma empresa pode ter sua sede administrativa onde os impostos são menores, as unidades de produção
onde os salários são os mais baixos, os capitais onde os juros são os mais altos e seus executivos vivendo onde a
qualidade de vida é mais elevada.
SEVCENKO, N. A corrida para o século XXI: no loop da montanha russa. São Paulo: Companhia das Letras, 2001
(adaptado).

No texto estão apresentadas estratégias empresariais no contexto da globalização. Uma consequência social derivada
dessas estratégias tem sido:

(A) o crescimento da carga tributária.


(B) o aumento da mobilidade ocupacional.
(C) a redução da competitividade entre as empresas.
(D) o direcionamento das vendas para os mercados regionais.
(E) a ampliação do poder de planejamento dos estados nacionais.

07. Considere o papel da técnica no desenvolvimento da constituição de sociedades e três invenções tecnológicas que
marcaram esse processo: invenção do arco e flecha nas civilizações primitivas, locomotiva nas civilizações do século
XIX e televisão nas civilizações modernas.

A respeito dessas invenções são feitas as seguintes afirmações:


I. A primeira ampliou a capacidade de ação dos braços, provocando mudanças na forma de organização social e na
utilização de fontes de alimentação.
II. A segunda tornou mais eficiente o sistema de transporte, ampliando possibilidades de locomoção e provocando
mudanças na visão de espaço e de tempo.
III. A terceira possibilitou um novo tipo de lazer que, envolvendo apenas participação passiva do ser humano, não
provocou mudanças na sua forma de conceber o mundo.

Está correto o que se afirma em:

(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

08. Sobre os diferentes tipos de indústrias e a sua dinâmica espacial, assinale o que for correto.

(A) as indústrias de bens de produção ou de base produzem bens para outras indústrias, gastam muita energia e
transformam grandes quantidades de matérias-primas. São exemplos desse tipo de indústrias: petroquímicas,
metalúrgicas, siderúrgicas, entre outras.
(B) as indústrias de bens de capital ou intermediárias produzem máquinas, equipamentos, ferramentas ou autopeças
para outras indústrias, como, por exemplo, as indústrias dos componentes eletrônicos e a de motores para carros ou
aviões.
(C) as indústrias de ponta estão ligadas ao emprego de alta tecnologia, elevado capital e de número grande de
trabalhadores qualificados. Elas dependem de inovações constantes para que sejam possíveis modificações rápidas
no processo de produção.
(D) a partir de 1990, intensificou-se no Brasil o processo de desconcentração industrial, ou seja, muitas indústrias
deixaram áreas tradicionais e instalaram unidades fabris em novos espaços na busca de vantagens econômicas,
como incentivos fiscais, menores custos de produção, mão de obra mais barata, mercado consumidor significativo e
atuação sindical fraca.
(E) as indústrias de bens de consumo estão divididas em duráveis e não duráveis. A primeira se refere à indústria de
automóveis, eletrodomésticos e móveis. Já as não duráveis estão ligadas ao setor de vestuário, alimentos, remédios
e calçados.

09. A evolução do processo de transformação de matérias-primas em produtos acabados ocorreu em três estágios:
artesanato, manufatura e maquinofatura. Um desses estágios foi o artesanato, em que se:

(A) trabalhava conforme o ritmo das máquinas e de maneira padronizada.


(B) trabalhava geralmente sem o uso de máquinas e de modo diferente do modelo de produção em série.
(C) empregavam fontes de energia abundantes para o funcionamento das máquinas.
(D) realizava parte da produção por cada operário, com uso de máquinas e trabalho assalariado.
(E) faziam interferências do processo produtivo por técnicos e gerentes com vistas a determinar o ritmo de produção.

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10. Os fatores locacionais da indústria passaram por grandes
modificações, desde o século XVIII, alterando as decisões
estratégicas das empresas acerca da escolha do local mais
rentável para seu empreendimento.
O esquema ao lado apresenta alguns modelos de localização
da siderurgia, considerando os fatores locacionais mais
importantes para esse tipo de indústria: minério de ferro,
carvão mineral, mercado e sucata.
No caso dos modelos C e D, as mudanças socioeconômicas
que justificam as escolhas de novos locais para instalação de
usinas siderúrgicas nas últimas décadas são,
respectivamente:

A) dispersão dos mercados consumidores – revalorização


das economias de aglomeração.
B) eliminação dos encargos com a mão de obra –
generalização das redes de telecomunicação.
C) diminuição dos preços das matérias-primas – substituição
de fontes de energia tradicionais.
D) redução dos custos com transporte – ampliação das
práticas de sustentabilidade ambiental.

11. A organização do espaço geográfico através de redes de comunicação eliminou a necessidade de fixar as atividades
econômicas num determinado lugar. Isso vale para um grande número de serviços, que podem ser prestados a partir de
qualquer lugar do mundo para qualquer outro, bastando que estes locais estejam conectados.
Sobre essas redes de comunicação, é correto afirmar que:

A) eliminaram as restrições produtivas dos diferentes espaços geográficos, criando condições de trabalho igualitárias em
todos os países do mundo.
B) contribuíram, pela velocidade da informação e diversidade de serviços, para a dispersão geográfica dos processos
produtivos industriais, cujas etapas estão localizadas em diferentes países.
C) possibilitaram a disseminação dos lucros das empresas multinacionais, pela interligação de sistemas industriais de
produção.
D) ampliaram as trocas no comércio internacional, mas não possibilitaram grandes transformações na organização do
espaço geográfico mundial.
E) diminuíram, por sua ampliação, as desigualdades sociais entre os países, tendência mundial da atualidade.

12. Leia o texto a seguir.


Seguindo uma tendência observada nas empresas europeias e americanas, alguns investidores brasileiros estão
migrando parte de seus negócios da China para o Vietnã. Os setores calçadista e têxtil são os que mais observaram
esse tipo de mudança, com a instalação principalmente de fábricas americanas e europeias no Vietnã. Em estudo
divulgado em março, a Câmara de Comércio Americana de Xangai, a AmCham, apontou que 88% das empresas
estrangeiras sondadas optaram inicialmente por operar na China por causa dos baixos custos, porém, 63% dessas
afirmaram que se mudariam ao Vietnã para cortar ainda mais o preço de produção.
<www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/07/080709_vietannegociosmw.shtml>. adaptado.

Pode ser associada ao conteúdo da notícia a seguinte afirmação:

A) atualmente, grande parte das empresas multinacionais é originária dos países subdesenvolvidos e aí estão
instaladas.
B) embora seja objeto de investimentos capitalistas, o sistema socialista chinês ainda afugenta as empresas
multinacionais.
C) a globalização facilitou a mobilidade de capitais e empresas, aumentando a competição entre países.
D) nos países asiáticos, o alto custo da mão de obra é compensado pela abundância de matérias-primas minerais
baratas.
E) a abertura comercial propiciada pela globalização permitiu às empresas brasileiras concorrerem com as dos países
europeus.

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13. Por referência a dinâmica e o desenvolvimento do modo de produção capitalista em relação à organização do
espaço geográfico e aos problemas ambientais, analise:
I. A internacionalização dos problemas ambientais durante a 2ª Revolução Industrial foi uma consequência das disputas
interimperialistas ocorridas a partir da unificação alemã e italiana, que se constituíram como novos países capitalistas.
II. O espaço geográfico mundial, após a crise de 1929, teve uma intensa reorganização produtiva, considerando a aplicação da
política de bem-estar social, o taylorismo/fordismo e o just in time, estruturas administrativas que possibilitam a
produção/reprodução ampliada do capital.
III. Os problemas da organização do espaço geográfico têm relação direta com as categorias de análise central da geografia, como
paisagem, região, espaço, território e lugar, sendo estes, em muitos momentos, adjetivados como meio ambiente.
IV. A produção em série e o consumo de massa, implantados com o New Deal, estão na base da crise pela qual passa a economia
americana nos dias atuais.
São corretas:

A) I, II, III, IV
B) II, III, IV
C) II, IV
D) II, III
E) I, II, III

14. São as principais características do Vale do Silício, nos Estados Unidos:


A) localizado no oeste dos Estados Unidos, próximo a importantes centros de pesquisa, forma um complexo industrial com
destaque para os ramos típicos da Terceira Revolução Industrial.
B) também conhecido por cinturão (belt), constitui-se na principal área produtora de cereais dos Estados Unidos, sobretudo de
milho e trigo, além de pecuária intensiva.
C) formado por erosão glacial, constitui-se numa área de preservação permanente, onde se destacam as faias, as sequoias e
as bétulas, espécies típicas da floresta boreal.
D) localizado no nordeste dos EUA, constitui-se numa área de antiga concentração industrial, destacando-se as indústrias de
bens de produção pela abundância de matérias-primas, energia e mão de obra e pela facilidade de transporte.
E) é uma das principais áreas de extração mineral, sobretudo de silício, cobre e ferro, altamente prejudicada pela degradação
do meio ambiente.

15. Os chineses não atrelam nenhuma condição para efetuar investimentos nos países africanos. Outro ponto interessante é a
venda e compra de grandes somas de áreas, posteriormente cercadas. Por se tratar de países instáveis e com governos ainda
não consolidados, teme-se que algumas nações da África tornem-se literalmente protetorados.
BrancolI, F. China e os novos investimentos na África: neocolonialismo ou mudanças na arquitetura global?
Disponível em: <http://opiniaoenoticia.com.br>. acesso em: 29 abr. 2010. (adaptado).
A presença econômica da China em vastas áreas do globo é uma realidade do século XXI. A partir do texto, como é possível
caracterizar a relação econômica da China com o continente africano?
A) Pela presença de órgãos econômicos internacionais como o Fundo monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, que
restringem os investimentos chineses, uma vez que estes não se preocupam com a preservação do meio ambiente.
B) Pela ação de ONGs (Organizações não Governamentais) que limitam os investimentos estatais chineses, uma vez que
estes se mostram desinteressados em relação aos problemas sociais africanos.
C) Pela aliança com os capitais e investimentos diretos realizados pelos países ocidentais, promovendo o crescimento
econômico de algumas regiões desse continente.
D) Pela presença cada vez maior de investimentos diretos, o que pode representar uma ameaça à soberania dos países
africanos ou manipulação das ações destes governos em favor dos grandes projetos.
E) Pela presença de um número cada vez maior de diplomatas, o que pode levar à formação de um mercado comum sino-
africano, ameaçando os interesses ocidentais.

16. Um dos maiores problemas da atualidade é o aumento desenfreado do desemprego. O texto abaixo destaca esta situação.
O desemprego é hoje um fenômeno que atinge e preocupa o mundo todo. [...] A onda de desemprego recente não é
conjuntural, ou seja, provocada por crises localizadas e temporárias. Está associada a mudanças estruturais na economia, daí
o nome de desemprego estrutural. O desemprego manifesta-se hoje na maioria das economias, incluindo a dos países ricos. A
OIT estimava em 1 bilhão – um terço da força de trabalho mundial – o número de desempregados em todo o mundo em 1998.
Desse total, 150 milhões encontram-se abertamente desempregados e entre 750 e 900 milhões estão subempregados.
Almanaque Abril 1999 [cd-rom]. São Paulo: abril.
Pode-se compreender o desemprego estrutural em termos da internacionalização da economia associada:
(A) a uma economia desaquecida que provoca ondas gigantescas de desemprego, gerando revoltas e crises institucionais.
(B) ao setor de serviços que se expande provocando ondas de desemprego no setor industrial, atraindo essa mão de obra para
este novo setor.
(C) ao setor industrial que passa a produzir menos, buscando enxugar custos, provocando, com isso, demissões em larga
escala.
(D) às novas formas de gerenciamento de produção e novas tecnologias que são inseridas no processo produtivo, eliminando
empregos que não voltam.
(E) ao emprego informal que cresce, já que uma parcela da população não tem condições de regularizar o seu comércio.
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17. Os textos a seguir relacionam-se a momentos distintos da nossa história.
A integração regional é um instrumento fundamental para que um número cada vez maior de países possa melhorar a sua inserção
num mundo globalizado, já que eleva o seu nível de competitividade, aumenta as trocas comerciais, permite o aumento da
produtividade, cria condições para um maior crescimento econômico e favorece o aprofundamento dos processos democráticos. A
integração regional e a globalização surgem assimcomo processos complementares e vantajosos.
“Declaração de Porto”, VIII Cimeira ibero-americana, Porto, Portugal, 17 e 18 de outubro de 1998.
Um considerável número de mercadorias passou a ser produzido no Brasil, substituindo o que não era possível ou era muito caro
importar. Foi assim que a crise econômica mundial e o encarecimento das importações levaram o governo Vargas a criar as bases
para o crescimento industrial brasileiro.
Pomar, W. Era Vargas – a modernização conservadora.
É correto afi rmar que as políticas econômicas mencionadas nos textos são:
(A) opostas, pois, no primeiro texto, o centro das preocupações são as exportações e, no segundo, as importações.
(B) semelhantes, uma vez que ambos demonstram uma tendência protecionista.
(C) diferentes, porque, para o primeiro texto, a questão central é a integração regional e, para o segundo, a política de substituição de
importações.
(D) semelhantes, porque consideram a integração regional necessária ao desenvolvimento econômico.
(E) opostas, pois, para o primeiro texto, a globalização impede o aprofundamento democrático e, para o segundo, a globalização é
geradora da crise econômica.
18. A atividade industrial e a industrialização brasileira estão desigualmente distribuídas pelas regiões do país. Construídas
predominantemente no sécul o XX, elas são componentes da modernização urbana que reinventa nos sa sociedade e dinâmica espacial.
Sobre a indústria e industrialização brasileira, é correto afirmar:
(A) a industrialização tem suas raízes fincadas na economia da cana-de-açúcar e do café, que possibilitou a acumulação de capital
necessária para a diversificação em investimentos no setor industrial, e esse fato permitiu a produção de bens de consumo
duráveis, sobretudo automóveis e eletrodomésticos.
(B) a indústria nasce dos capitais restantes do declínio da economia da cana-de-açúcar e do café. Esses capitais impulsionaram uma
diversidade de pequenas indústrias de produção de bens de consumo não duráveis, tais como perfumaria, cosméticos, bebidas,
cigarros, que apoiadas pelo estado se difundiram pelo país.
(C) a ação do estado foi fundamental para desencadear o processo de industrialização brasileira, por exemplo, criando empresas
estatais, como a antiga companhia Vale do rio doce e a companhia siderúrgica nacional, para investir na indústria de base. Sem
elas não seria possível a implantação de indústria de bens de consumo duráveis.
(D) a industrialização brasileira é fruto da capacidade inovadora do estado e do empresariado nacional. Este último não mediu
esforços para construir em todo o território nacional sistemas de transporte, comunicação, energia e portos, necessários à
circulação de bens, serviços e pessoas por todas as regiões.
(E) a industrialização brasileira se tornou possível a partir de investimentos do capital internacional, que não mediu esforços para
construir em todo o território nacional sistemas de transporte, comunicação, energia e portos, necessários à circulação de bens,
serviços e pessoas por todas as regiões.
19. Leia os trechos da letra da canção a seguir:
Três apitos
Quando o apito da fábrica de tecidos
Vem ferir os meus ouvidos
Eu me lembro de você.
[…]
Você que atende ao apito
De uma chaminé de barro,
Por que não atende ao grito tão aflito
Da buzina do meu carro?
[…]
Mas você não sabe
Que enquanto você faz pano
Faço junto do piano
Estes versos pra você.
Nos meus olhos você vê
Que eu sofro cruelmente,
Com ciúmes do gerente impertinente
Que dá ordens a você.
(Noel Rosa)
Disponível em: <http://tresapitos.noelrosa.letrasdemusicas.com.br>. Acesso em: 2 abr. 2010.
Cm base na letra da canção e nos conhecimentos sobre industrialização brasileira, é correto afirmar:
(A) trata-se de um processo destituído de relevância social, porque passou despercebido pela população das metrópoles, cujo
cotidiano manteve-se inalterado.
(B) alterou as relações campo-cidade, as paisagens urbanas, os hábitos de consumo das pessoas, as relações sociais e criou novas
profissões e postos de trabalho.
(C) a indústria têxtil prejudicou o desenvolvimento do setor automobilístico, porque em ambos havia grande necessidade de mão de
obra especializada.
(D) os apitos das fábricas foram proibidos nas grandes metrópoles industrializadas, porque provocavam poluição sonora que era
potencializada pelas buzinas dos carros.
(E) manteve inalterado o equilíbrio populacional entre campo e cidade, porque as indústrias têxteis demandavam pouca mão de obra,
dado o seu alto grau de mecanização.

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20. Após a 2ª GM, a maioria dos países latino-americanos implementou políticas de industrialização por substituição de
importações que tiveram resultados diversos. Considere as seguintes afirmações sobre os efeitos que a implementação
dessas políticas teve no Brasil.
I. ela acelerou a migração campo-cidade.
II. ela favoreceu a industrialização nas regiões sudeste e sul.
III. ela reforçou o papel do estado brasileiro nas políticas territoriais.

Quais estão corretas?

(A) apenas I.
(B) apenas II.
(C) apenas III.
(D) apenas II E III.
(E) I, II e III.

21. [...] Liberalismo, o Neo, bateu à porta da quitinete onde morava o Estado Mínimo e sua numerosa família. O Estado
Mínimo – diga-se de passagem – já fora o máximo no passado, requisitado por todos, vivia confortavelmente em uma
cobertura duplex no edifício Keynes. A partir dos anos 1980, seu prestígio começou a declinar diante da campanha
orquestrada pelo Liberalismo que avançou no seu patrimônio e privatizou suas empresas sob o pretexto de que ele,
Estado, não entendia nada de economia, cobrava altos impostos e impedia a maximização dos seus lucros.
Empobrecendo, o Estado teve que se mudar para um apartamento menor e depois para outro menor ainda e hoje vive
em uma modesta unidade no conjunto habitacional Milton Friedmam. [...]
Novaes, Carlos Eduardo. Liberalismo e estado mínimo. Jornal do Brasil, rio de Janeiro, 1º mar. 2009.

A opção que apr esenta exemplos, no Brasil, que confirmam a explicação contida no trecho da crônica é:

(A) privatização de bancos, aumento das barreiras alfandegárias, aplicação dos planos Quinquenais.
(B) desestatização de empresas, desregulamentação da economia, criação de agências reguladoras.
(C) redução da concentração do poder administrativo federal, redução das taxas de juros, criação dos Órgãos de
planejamento regional.
(D) ampliação da esfera de atuação das secretarias de governo, reforma fiscal, implementação de programas de
desenvolvimento nacional.
(E) nacionalização de empresas, redução das tarifas alfandegárias, implementação dos programas nacionais de
desenvolvimento.

22. É possível afirmar através de uma visão de síntese do processo histórico da industrialização no Brasil entre 1880 a
1980, que esta foi retardatária cerca de 100 anos em relação aos centros mundiais do capitalismo. Podemos identificar
cinco fases que definem o panorama brasileiro de seu desenvolvimento industrial: 1880 a 1930, 1930 a 1955, 1956 a
1961, 1962 a 1964 e 1964 a 1980.
Leia com atenção as afirmações a seguir, identificando-as com a sua fase de desenvolvimento industrial.
I. Modelo de desenvolvimento associado ao capital estrangeiro, sem descentralizar a indústria do Sudeste de forma
significativa em direção a outras regiões brasileiras; corresponde ao período de Juscelino Kubitschek, com
incremento da indústria de bens de consumo duráveis e de setores básicos.
II. Modelo de política nacionalista da Era Vargas, com o desenvolvimento autônomo da base industrial demonstrado
através da construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Ressalta-se que, neste período, a Segunda Guerra
Mundial impulsionou a industrialização. III. Período de desaceleração da economia e do processo industrial motivados
pela instabilidade e tensão política no Brasil.
IV. Implantação dos principais setores da indústria de bens de consumo não duráveis ou indústria leve, mantendo-se a
dependência brasileira em relação aos países mais industrializados. O Brasil não possuía indústrias de bens de
capital ou de produção.
V. Período em que o Brasil esteve submetido a constrangimentos econômicos, financeiros e sociais devido a seu
endividamento no exterior com o objetivo de atingr o crescimento econômico de 10% ao ano. Mesmo assim, não
houve muitos avanços na área social. Modernização conservadora com o governo militar.
Adaptado de: São Paulo (estado). Secretaria da Educação. Geografia, Ensino Médio. São Paulo, 2008.

A sequência das fases do desenvolvimento industrial brasileiro descritas nas afirmações é

(A) IV, II, I, III, V.


(B) I, II, V, IV, III.
(C) III, IV, V, I, II.
(D) I, III, II, V, IV.
(E) III, IV, II, V, I.

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23. A respeito das disparidades regionais do Brasil, é correto afirmar que:

(A) elas sempre existiram na nossa história, com o Nordeste sendo a região mais carente desde os primórdios da
colonização.
(B) elas se tornaram mais graves com a globalização, que ocasionou uma acelerada industrialização do Sudeste e um
retrocesso no Nordeste.
(C) elas foram adquirindo as suas características atuais com a industrialização do país e tornaram-se assunto da política
nacional a partir dos anos 1950.
(D) elas decorrem fundamentalmente das diversidades naturais do nosso território e da distribuição espacial das
riquezas minerais.
(E) elas são um problema nacional desde a colonização, devido às secas do Nordeste, que sempre exigiram políticas
voltadas para o desenvolvimento dessa região.

24. Em meados de 1980, as estratégias político-econômicas conduzidas pelo novo secretário-geral do Partido
comunista, Mikhail Gorbachev, acabaram contribuindo para o colapso da URSS e de seu regime socialista. Sobre essas
estratégias, considere as seguintes afirmações.
I. A “Glasnost” tinha por finalidade revitalizar o socialismo através, entre outras reformas, de uma relativa
democratização do sistema.
II. A não concessão de maior independência política aos estados-membros da URSS rendeu a Gorbachev o apoio da
ala conservadora do partido.
III. A “Perestroika” buscou reestruturar a economia estatal planificada, com o objetivo de impedir a crescente privatização
dos meios de produção e a concentração fundiária.
Quais estão corretas?
(A) apenas I.
(B) apenas II.
(C) apenas I e II.
(D) apenas II e III.
(E) I, II e III.

25. A China é o país mais populoso do planeta e uma potência militar que tem conseguido atrair investimentos
estrangeiros em grande proporção, sustentando um crescimento econômico que lhe confere um papel estratégico e de
crescente projeção no cenário mundial. Sobre a China, assinale a alternativa INCORRETA.

(A) em 1949 foi proclamada a república Popular da China, sob liderança de Mao Tsé-Tung. O socialismo implantado
rompeu a dominação colonial e imperialista que havia explorado a China por quase cinco séculos.
(B) a partir do final da década de 1970 o governo toma uma série de medidas econômicas liberalizantes que propiciaram
a abertura e a modernização da economia por meio de uma política estatal elaborada e controlada firmemente pelos
líderes do Partido comunista.
(C) em busca de prover a demanda de energia no mesmo ritmo do crescimento econômico do país foi construída, no rio
Yangtzé, a usina hidrelétrica de Três Gargantas, que se encontra entre as maiores centrais hidrelétricas do mundo.
(D) a China caracteriza-se pela maior concentração populacional na sua extensa faixa litorânea, local de maior
dinamismo econômico no país e onde foram criadas as zonas econômicas especiais (ZEEs), áreas específicas para
a entrada de capital internacional que, por intermédio de joint ventures – associação entre empresas estrangeiras e
locais – produzem para a exportação.
(E) no contexto da nova Divisão Internacional do trabalho, a China destaca-se por contar com uma mão de obra
abundante, altamente qualificada e bem remunerada o que favorece seu comércio interno.

26. A partir da década de 1950, verificou-se uma intensificação no processo de industrialização em diversas regiões do
planeta. No caso de países latino-americanos, como, por exemplo, o Brasil, a Argentina e o México, em que se baseou,
fundamentalmente, a industrialização?
(A) nos recursos minerais e no crescimento populacional.
(B) na farta mão de obra barata e na baixa taxa de crescimento vegetativo.
(C) na internacionalização dos mercados, primeiramente, e nas elevadas taxas de reserva cambial.
(D) nas diversidades regionais e na renda per capita da população.
(E) na substituição das importações e, posteriormente, na internacionalização dos mercados.

27. Bangalore, na Índia, Campinas, no Brasil e San Francisco, nos estados unidos, têm em comum:
(A) o fato de serem importantes centros tecnológicos.
(B) a condição de “cidades globais”.
(C) a presença da indústria bélica.
(D) serem importantes centros cinematográficos.
(E) a condição de capitais internacionais de movimentos antiglobalização.
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28. O peso econômico dos Brics é certamente considerável. Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países representou
65% da expansão do PIB mundial. Em paridade de poder de compra, o PIB dos Brics já supera hoje o dos EUA ou o da União
Europeia. Para dar uma ideia do ritmo de crescimento desses países, em 2003, os Brics respondiam por 9% do PIB mundial e,
em 2009, esse valor aumentou para 14%. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul) totalizou US$11
trilhões ou 18% da economia mundial. Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior:
US$19 trilhões ou 25%.
Disponível em: <www.itamaraty.gov.br/temas/mecanismosinter-regionais/agrupamentobrics>. acesso em: jun. 2012.
(Fragmento).
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul são os países de “economia emergente” que formam o grupo Brics. Este
agrupamento de países representa um bloco político-econômico:
(A) formal, constituído por países com interesses e papéis semelhantes na Organização Mundial do Comércio, integrantes de
uma contemporânea regionalização globalizada.
(B) informal, composto por países com interesses e papéis semelhantes na nova ordem mundial, integrantes de uma
contemporânea regionalização globalizada.
(C) informal, constituído por países do G-8 e com interesses e papéis conflitantes na nova ordem mundial, integrantes de uma
contemporânea regionalização globalizada.
(D) formal, composto por países com interesses e papéis semelhantes no conselho de segurança da ONU, integrantes de uma
contemporânea regionalização globalizada.

29. Sobradinho
O homem chega, já desfaz a natureza
Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá pra cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que
dizia que o Sertão ia alagar.
Adaptado de: SÁ e GUARABYRA. Disco Pirão de peixe com pimenta. Som Livre, 1977.
O trecho da música faz referência a uma importante obra na região do rio São Francisco. Uma consequência socioespacial
dessa construção foi:
(A) a migração forçada da população ribeirinha.
(B) o rebaixamento do nível do lençol freático local.
(C) a preservação da memória histórica da região.
(D) a ampliação das áreas de clima árido.
(E) a redução das áreas de agricultura irrigada.
30. No dia 28 de fevereiro de 1985, era inaugurada a Estrada de Ferro Carajás, pertencente e diretamente operada pela
Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), na região Norte do país, ligando o interior ao principal porto da região, em São Luís. Por
seus aproximadamente 900 quilômetros de linha passam, hoje, 5 353 vagões e 100 locomotivas. Adaptado de:
<www.transportes.gov.br>. acesso em: 27 jul. 2010.
A ferrovia em questão é de extrema importância para a logística do setor primário da economia brasileira, em especial para
porções dos estados do Pará e Maranhão. Um argumento que destaca a importância estratégica dessa porção do território é a:

(A) produção de energia para as principais áreas industriais do país.


(B) produção sustentável de recursos minerais não metálicos.
(C) capacidade de produção de minerais metálicos.
(D) logística de importação de matérias-primas industriais.
(E) produção de recursos minerais energéticos.

31. A usina hidrelétrica de Belo Monte será construída no Rio Xingu, no município de Vitória de Xingu, no Pará. A usina será a
terceira maior do mundo e a maior totalmente brasileira, com capacidade de 11,2 mil megawatts. Os índios do Xingu tomam a
paisagem com seus cocares, arcos e flechas. Em Altamira, no Pará, agricultores fecharam estradas de uma região que será
inundada pelas águas da usina.
Adaptado de: BACOCCINA, D.; QUEIROZ, G.; BORGES, R. Fim do Leilão, Começo da Confusão. Isto é Dinheiro. São Paulo:
Três, ano 13, n. 655, 28 abr. 2010.
Os impasses, resistências e desafios associados à construção da usina Hidrelétrica de belo monte estão relacionados:

(A) ao potencial hidrelétrico dos rios no Norte e Nordeste quando comparados às bacias hidrográficas das regiões Sul, Sudeste
e Centro-oeste do país.
(B) à necessidade de equilibrar e compatibilizar o investimento no crescimento do país com os esforços para a conservação
ambiental.
(C) à grande quantidade de recursos disponíveis para as obras e à escassez dos recursos direcionados para o pagamento pela
desapropriação das terras.
(D) ao direito histórico dos indígenas à posse dessas terras e à ausência de reconhecimento desse direito por parte das
empreiteiras.
(E) ao aproveitamento da mão de obra especializada disponível na região Norte e o interesse das construtoras na vinda de
profissionais do Sudeste do país.

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32. A Idade da Pedra chegou ao fim, não porque faltassem pedras; a era do petróleo chegará igualmente ao fim, mas
não por falta de petróleo.
Xeque Yamani, ex-ministro do Petróleo da Arábia Saudita. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 20 ago. 2001.
Considerando as características que envolvem a utilização das matérias-primas citadas no texto em diferentes contextos
histórico-geográficos, é correto afirmar que, de acordo com o autor, a exemplo do que aconteceu na idade da Pedra, o
fim da era do petróleo estaria relacionado:

(A) à redução e esgotamento das reservas de petróleo.


(B) ao desenvolvimento tecnológico e à utilização de novas fontes de energia.
(C) ao desenvolvimento dos transportes e consequente aumento do consumo de energia.
(D) ao excesso de produção e consequente desvalorização do barril de petróleo.
(E) à diminuição das ações humanas sobre o meio ambiente.

33. No ciclo da água, usado para produzir eletricidade, a água de lagos e oceanos, irradiada pelo Sol, evapora-se, dando
origem a nuvens, e se precipita como chuva. É então represada, corre de alto a baixo e move turbinas de uma usina,
acionando geradores. a eletricidade produzida é transmitida através de cabos e fios e é utilizada em motores e outros
aparelhos elétricos. Assim, para que o ciclo seja aproveitado na geração de energia elétrica, constrói-se uma barragem
para represar a água.

Entre os possíveis impactos ambientais causados por essa construção, devem ser destacados:

(A) aumento do nível dos oceanos e chuva ácida.


(B) chuva ácida e efeito estufa.
(C) alagamentos e intensificação do efeito estufa.
(D) alagamentos e desequilíbrio da fauna e da flora.
(E) alteração do curso natural dos rios e poluição atmosférica.

34. A Lei Federal n. 11.097/2005 dispõe sobre a introdução do biodiesel na matriz energética brasileira e fixa em 5%, em
volume, o percentual mínimo obrigatório a ser adicionado ao óleo diesel vendido ao consumidor. De acordo com essa lei,
biocombustível é “derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna com ignição por
compressão ou, conforme regulamento, para geração de outro tipo de energia que possa substituir parcial ou totalmente
combustíveis de origem fóssil”.

A introdução de biocombustíveis na matriz energética brasileira:

(A) colabora na redução dos efeitos da degradação ambiental global produzida pelo uso de combustíveis fósseis, como
os derivados do petróleo.
(B) provoca uma redução de 5% na quantidade de carbono emitido pelos veículos automotores e colabora no controle do
desmatamento.
(C) incentiva o setor econômico brasileiro a se adaptar ao uso de uma fonte de energia derivada de uma biomassa
inesgotável.
(D) aponta para pequena possibilidade de expansão do uso de biocombustíveis, fixado, por lei, em 5% do consumo de
derivados do petróleo.
(E) diversifica o uso de fontes alternativas de energia que reduzem os impactos da produção do etanol por meio da
monocultura da cana-de-açúcar.

35. O potencial brasileiro para gerar energia a partir da biomassa não se limita a uma ampliação do Proálcool. O país
pode substituir o óleo diesel de petróleo por grande variedade de óleos vegetais e explorar a alta produtividade das
florestas tropicais plantadas. Além da produção de celulose, a utilização da biomassa permite a geração de energia
elétrica por meio de termelétricas a lenha, carvão vegetal ou gás de madeira, com elevado rendimento e baixo custo.
Cerca de 30% do território brasileiro é constituído por terras impróprias para a agricultura, mas aptas à exploração
florestal. A utilização de metade dessa área, ou seja, de 120 milhões de hectares, para a formação de florestas
energéticas, permitiria produção sustentada do equivalente a cerca de 5 bilhões de barris de petróleo por ano, mais que
o dobro do que produz a Arábia Saudita atualmente.
Adaptado de: VIDAL, José Walter Bautista. Desafios internacionais para o século XXI. Seminário da Comissão de
Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, ago. 2002.

Para o Brasil, as vantagens da produção de energia a partir da biomassa incluem:

(A) implantação de florestas energéticas em todas as regiões brasileiras com igual custo ambiental e econômico.
(B) substituição integral, por biodiesel, de todos os combustíveis fósseis derivados do petróleo.
(C) formação de florestas energéticas em terras impróprias para a agricultura.
(D) importação de biodiesel de países tropicais, em que a produtividade das florestas seja mais alta.
(E) regeneração das florestas nativas em biomas modificados pelo homem, como o Cerrado e a mata atlântica.
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36. O setor residencial brasileiro é, depois da indústria, o que mais consome energia elétrica. a participação do setor
residencial no consumo total de energia cresceu de forma bastante acelerada nos últimos anos. Esse crescimento pode ser
explicado:
I. pelo processo de urbanização no país, com a migração da população rural para as cidades.
II. pela busca por melhor qualidade de vida com a maior utilização de sistemas de refrigeração, iluminação e aquecimento.
III. pela substituição de determinadas fontes de energia – a lenha, por exemplo – pela energia elétrica.

Dentre as explicações apresentadas:

(A) apenas III é correta.


(B) apenas I e II são corretas.
(C) apenas I e III são corretas.
(D) apenas II e III são corretas.
(E) I, II e III são corretas.

37. A energia geotérmica tem sua origem no núcleo derretido da Terra, onde as temperaturas atingem 4 000 ºC. Essa energia
é primeiramente produzida pela decomposição de materiais radiativos dentro do planeta. Em fontes geotérmicas, a água,
aprisionada em um reservatório subterrâneo, é aquecida pelas rochas ao redor e fica submetida altas pressões, podendo
atingir temperaturas de até 370 ºC sem entrar em ebulição. Ao ser liberada na superfície, à pressão ambiente, ela se vaporiza
e se resfria, formando fontes ou gêiseres. O vapor de poços geotérmicos é separado da água e é utilizado no funcionamento
de turbinas para gerar eletricidade. A água quente pode ser utilizada para aquecimento direto ou em usinas de dessalinização.
Adaptado de: HINRICHS, Roger A.; KLEINBACH, Merlin. Energia e meio ambiente. Ed. ABDR.

Depreende-se das informações acima que as usinas geotérmicas:

(A) utilizam a mesma fonte primária de energia que as usinas nucleares, sendo, portanto, semelhantes os riscos decorrentes
de ambas.
(B) funcionam com base na conversão de energia potencial gravitacional em energia térmica.
(C) podem aproveitar a energia química transformada em térmica no processo de dessalinização.
(D) assemelham-se às usinas nucleares no que diz respeito à conversão de energia térmica em cinética e, depois, em elétrica.
(E) transformam inicialmente a energia solar em energia cinética e, depois, em energia térmica.

38. Grandes lagos artificiais de barragens, como o Nasser, no rio Nilo, o Three Gorges, na China, e o de Itaipu, no Brasil,
resultantes do represamento de rios, estão entre as obras de engenharia espalhadas pelo mundo, com importantes efeitos
socioambientais.
Acerca dos efeitos socioambientais de grandes lagos de barragens, considere as afirmações abaixo.
I. Enquanto no passado grandes lagos de barragem restringiam-se a áreas de planície, atualmente, graças a progressos
tecnológicos, situam-se, invariavelmente, em regiões planálticas, com significativos desníveis topográficos.
II. a abertura das comportas que represam as águas dos lagos de barragens impede a ocorrência de processos de
sedimentação, assim como provoca grandes enchentes a montante.
III. Frequentes desalojamentos de pessoas para a implantação de lagos de barragens levaram ao surgimento, no Brasil, do
movimento dos atingidos por barragens – mab.
IV. Por se constituírem como extensos e, muitas vezes, profundos reservatórios de água, grandes lagos de barragens
provocam alterações microclimáticas nas suas proximidades.

Está correto o que se afirma em

(A) I e II, apenas.


(B) II, II e III, apenas.
(C) II, III e IV, apenas.
(D) III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.

39. Os recursos energéticos utilizados atualmente podem ser classificados de várias formas, sendo usual a distinção baseada
na possibilidade de renovação desses recursos (renováveis e não renováveis), numa escala de tempo compatível com a
expectativa de vida do ser humano.
Considerando o exposto e o conhecimento sobre o tema abordado, é correto afirmar:
(A) o petróleo é uma fonte de energia renovável, pois novas descobertas, a exemplo do petróleo extraído do pré-sal,
comprovam que é um recurso permanente e inesgotável.
(B) o carvão mineral é uma fonte de energia renovável, pois a utilização de lenha para sua produção pode ser suprida através
de projetos de reflorestamento.
(C) o gás natural é uma fonte de energia renovável, pois é produzido concomitantemente ao petróleo, através de processos
geológicos de duração reduzida, semelhantes à escala de tempo humana.
(D) a biomassa é uma fonte de energia renovável, pois é produzida a partir do refino do petróleo, que é um recurso não
renovável, mas pode ser reciclado.
(E) a energia eólica é uma fonte de energia renovável, pois é produzida a partir do movimento do ar, o que a torna inesgotável.

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40. Espalhadas do Espírito Santo a Santa Catarina, reservas de petróleo na área chamada de pré-sal prometem dar
novo sentido à estrofe do Hino Nacional “deitado eternamente em berço esplêndido.”
Zero Hora, Porto alegre, 20 abr. 2008.
Acerca do tema, que envolve as descobertas petrolíferas a gr andes profundidades, é correto afirmar que o petróleo é
um(a):
(A) Substância que no brasil é encontrada principalmente em escudos cristalinos oceânicos, formada pela deposição de
restos animais e vegetais em ambientes planctônicos.
(B) Hidrocarboneto fóssil de origem orgânica, encontrado em bacias sedimentares, explorado no Brasil principalmente
em solo marítimo por meio de plataformas, e está em risco de escassez no mundo.
(C) Substância oleosa constituída basicamente por uma combinação de carbono e hidrogênio encontrada em escudos
cristalinos, cuja descoberta, no Brasil, tornou desnecessária a importação.
(D) recurso energético renovável utilizado como instrumento de influência política global e especulação financeira; sua
descoberta elevou o brasil, em curto prazo, ao grupo de elite dos produtores de petróleo.
(E) Substância que, juntamente com seus derivados, possui uso isento de riscos ambientais; sua tecnologia de
exploração, desenvolvida pela PETROBRAS, coloca o brasil como membro da OPEP.

41. Lideranças indígenas denunciam construção de represas na bacia Amazônica


Lideranças indígenas denunciaram, em Londres, os efeitos negativos da possível construção de três represas na Bacia do
Amazonas: as hidrelétricas do Rio Madeira e Belo Monte, no Brasil, e a hidrelétrica de Paquitzapango, no Peru. As três
represas, segundo as lideranças, irão prejudicar as comunidades indígenas na região, além de causar um desequilíbrio
ambiental nos ecossistemas locais. Segundo Yakarepi, representante de uma tribo do Pará, “não existem garantias que
assegurem a proteção dos direitos humanos das tribos”.
Postado em: 2/3/2011 no Portal EcoDesenvolvimento. organizado pela redação do sítio eletrônico. Adaptado de:
<www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2011/fevereiro/lideres-indigenas-denunciam-construcao-derepresas#ixzz1X8oeFapb>.
Acesso em: 5 jul. 2011.
Belo Monte e a questão do desenvolvimento hidrelétrico sustentável
A Usina Hidrelétrica Belo Monte, com obras no Rio Xingu, Pará, é vista por alguns setores técnicos como um exemplo
contundente da possibilidade de se obter energia farta proveniente de hidrelétricas e, ao mesmo tempo, oferecer garantias aos
direitos das populações tradicionais e respeito ao meio ambiente. Segundo Marcelo Corrêa, diretor-presidente da Neoenergia
S. A., “não se pode desprezar o potencial hidráulico do Brasil, com cerca de 260 mil MW, dos quais 40,5% estão localizados na
nova fronteira hidroenergética brasileira, a Bacia Hidrográfica do Amazonas”.
Adaptado de: Homepage da Norte Energia S.A., responsável pela construção de belo monte. Disponível em:
<http://pt.norteenergiasa.com.br/2011/07/15/belo-monte-desenvolvimenio-hidreletrico-sustentavel/>. Acesso em: 5 jul. 2011.
O governo brasileiro planeja construir cerca de 60 represas na região amazônica, mas o tema provoca opiniões diferentes em
setores da sociedade. Uma explicação fundamental par a as diferenças de opinião apontadas encontra-se em:

(A) capacidade tecnológica e financeira desigual entre os atores sociais.


(B) interesses divergentes relativos ao modo de ocupar o espaço regional.
(C) contradição persistente entre populações tradicionais e ecologistas.
(D) pressão crescente de outros países para o uso de recursos naturais.
(E) disparidade cultural intensa entre as sociedades indígena e branca.

42. A seleção dos locais para implementação de usinas hidrelétricas leva em consideração, entre outros fatores, a demanda
por energia e a topografia do relevo da região.
Considerando o exposto e a literatura sobre a produção de energia hidrelétrica no Brasil, identifique as afirmativas corretas (C)
e erradas (E):

( ) a bacia hidrográfica do rio Amazonas, apesar da enorme malha hidrográfica, sofre restrições à implantação de usinas
hidrelétricas, devido às suas características topográficas, as quais exigem o alagamento de extensas áreas florestadas.
( ) a bacia hidrográfica do rio Uruguai apresenta o maior potencial hidrelétrico do país, porém não é aproveitada em toda a
sua potencialidade, tendo em vista as dificuldades naturais (relevo plano) e econômicas (baixo índice de desenvolvimento)
da região.
( ) a bacia hidrográfica do rio Paraná é a que apresenta o maior potencial hidrelétrico em operação no país, tendo em vista as
condições naturais e econômicas da região.
( ) a bacia hidrográfica do rio São Francisco apresenta alto potencial hidrelétrico aproveitado, pois seu relevo propicia a
construção de usinas hidrelétricas e há significativa demanda de energia no Nordeste.
( ) a bacia hidrográfica do rio Tocantins apresenta grande potencial hidrelétrico instalado, pois possui rios caudalosos que
percorrem extensas planícies e sua região apresenta grande demanda de energia, devido ao seu parque industrial.
Aponte a opção que indica a sequência correta.

(A) C C E C E
(B) E E C E E
(C) C C E E C
(D) E C C E C
(E) C E C C E

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43. O acidente em Fukushima reaviva o trauma nuclear no Japão e leva o mundo a debater se essa fonte de energia é
realmente segura e imprescindível. Países cancelam ou reavaliam seus planos atômicos.
Veja. São Paulo: abril, 23 mar. 2011.
Considerando o texto e seus conhecimentos referentes à produção, uso e consumo da energia nuclear, é incorreto afirmar:

(A) a alta do petróleo é um fator favorável para que haja investimentos em energia nuclear, considerando o custo-benefício.
(B) o acidente de Chernobyl assim como o de Fukushima desencadeiam movimentos sociais antienergia nuclear.
(C) a produção de energia nuclear torna-se uma medida viável para os países com limitação de potencial hidrelétrico.
(D) a produção de energia nuclear brasileira é sabidamente eficiente por sua origem em tecnologia alemã, com altos padrões
de exigência para o funcionamento.

44. As hidrelétricas têm desempenhado um papel destacado no processo de desenvolvimento econômico do Brasil. No
entanto, na fase de construção, as hidrelétricas causam diversos impactos diretos ao meio ambiente, tais como:
I. esvaziamento demográfico com forte emigração urbana.
II. possível alteração do trajeto do rio nas proximidades da obra.
III. desmatamento para construção de estradas.
IV. terraplanagem para a instalação de obras de apoio.
V. grandes mudanças climáticas regionais.
Estão corretas apenas:

(A) I e V.
(B) II e IV.
(C) III e V.
(D) I e II.
(E) II, III e IV.

45. Considere as afirmativas abaixo:


I. O cinturão carbonífero do Brasil está localizado na região Sul, na parte oriental da bacia do Paraná.
II. No Brasil, a obtenção do carvão metalúrgico a partir do carvão mineral é suficiente para abastecer as usinas siderúrgicas do
país.
III. O carvão mineral é uma fonte de energia pouco expressiva no Brasil.
Assinale a alternativa correta:

(A) apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.


(B) apenas a afirmativa II é verdadeira.
(C) apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
(D) nenhuma afirmativa é verdadeira.
(E) todas as afirmativas são verdadeiras.

46. A política dos EUA de estímulo à produção de etanol está vinculada:

(A) não apenas à procura de combustíveis alternativos, dos quais o etanol é um exemplo, mas também a transformações no
processo produtivo, beneficiando, assim, a proteção de reservas florestais de países em desenvolvimento.
(B) à busca de transformações culturais e políticas, de modo a promover uma verdadeira “revolução verde”, com mudanças
permanentes de padrões e hábitos de produção, distribuição, circulação e consumo de alimentos industrializados.
(C) à lógica de mercado, segundo a qual o cultivo de produtos agrícolas é direcionado para a fabricação de biocombustíveis,
mais lucrativos, o que gera escassez e elevação dos preços dos alimentos.
(D) à procura de combustíveis alternativos, como o etanol, a fim de potencializar o uso da terra, gerando emprego, renda e
conjuntamente a expansão da produção de alimentos para um mercado em constante processo de ampliação.
(E) a mudanças de uma cultura consumista para uma cultura preservacionista, objetivando a manutenção dos padrões atuais
de desenvolvimento econômico e social e a preservação dos recursos naturais do planeta.

47. No Estado de São Paulo, a mecanização da colheita da cana‐de‐açúcar tem sido induzida também pela legislação
ambiental, que proíbe a realização de queimadas em áreas próximas aos centros urbanos. Na região de Ribeirão Preto,
principal polo sucroalcooleiro do país, a mecanização da colheita já é realizada em 516 mil dos 1,3 milhão de hectares
cultivados com cana‐de‐açúcar.
BALSADI, O. et al. Transformações tecnológicas e a força de trabalho na agricultura brasileira no período de 1990 ‐2000.
Revista de economia agrícola, v. 49 (1), 2002.
O texto aborda duas questões, uma ambiental e outra socioeconômica, que integram o processo de modernização da
produção canavieira. Em torno da associação entre elas, uma mudança decorrente desse processo e a:

(A) perda de nutrientes do solo devido a utilização constante de máquinas.


(B) eficiência e racionalidade no plantio com maior produtividade na colheita.
(C) ampliação da oferta de empregos nesse tipo de ambiente produtivo.
(D) menor compactação do solo pelo uso de maquinário agrícola de porte.
(E) poluição do ar pelo consumo de combustíveis fósseis pelas máquinas.

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48. O Centro‐Oeste apresentou‐se como extremamente receptivo aos novos fenômenos da urbanização, já que era praticamente
virgem, não possuindo infraestrutura de monta nem outros investimentos fixos vindos do passado. Pode, assim, receber uma
infraestrutura nova, totalmente a serviço de uma economia moderna.
Adaptado de: SANTOS, M. A urbanização brasileira. São Paulo: EDUSP, 2005.
O texto trata da ocupação de uma parcela do território brasileiro. O processo econômico diretamente associado a essa ocupação foi o
avanço da:

(A) industrialização voltada para o setor de base.


(B) economia da borracha no sul da Amazônia.
(C) fronteira agropecuária que degradou parte do cerrado.
(D) exploração mineral na Chapada dos Guimaraes.
(E) extrativismo na região pantaneira.

49. Em uma disputa por terras, em Mato Grosso do Sul, dois depoimentos são colhidos: o do proprietário de uma fazenda e o de um
integrante do Movimento dos Trabalhadores rurais sem Terra:
Depoimento 1
A minha propriedade foi conseguida com muito sacrifício pelos meus antepassados. Não admito invasão. Essa gente não sabe de
nada. Estão sendo manipulados pelos comunistas. Minha resposta será a bala. Esse povo tem que saber que a Constituição do Brasil
garante a propriedade privada. Além disso, se esse governo quiser as minhas terras para a reforma agrária terá que pagar, em
dinheiro, o valor que eu quero – proprietário de uma fazenda no Mato Grosso do Sul.
Depoimento 2
Sempre lutei muito. Minha família veio para a cidade porque fui despedido quando as máquinas chegaram lá na usina. Seu moço,
acontece que eu sou um homem da terra. Olho pro céu, sei quando e tempo de plantar e de colher. Na cidade não fico mais. Eu quero
um pedaço de terra, custe o que custar. Hoje eu sei que não estou sozinho. Aprendi que a terra tem um valor social. Ela é feita para
produzir alimento. O que o homem come vem da terra. O que é duro e ver que aqueles que possuem muita terra e não dependem
dela para sobreviver pouco se preocupam em produzir nela – integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),
de Corumbá (MS).

A partir da leitura do depoimento 1, os argumentos utilizados para defender a posição do proprietário de terras são:
I. A Constituição do país garante o direito a propriedade privada; portanto, invadir terras é crime.
II. O MST é um movimento político controlado por partidos políticos.
III. As terras são fruto do árduo trabalho das famílias que as possuem.
IV. Este é um problema político e depende unicamente da decisão da justiça.

Está(ão) correta(s) a(s) proposição(ões):

(A) I, apenas.
(B) I e IV, apenas.
(C) II e IV, apenas.
(D) I, II e III, apenas.
(E) I, III e IV, apenas.

50. A partir da leitura do depoimento 2, quais os argumentos utilizados para defender a posição de um trabalhador rural sem terra?
I. A distribuição mais justa da terra no país está sendo resolvida, apesar de que muitos ainda não tem acesso a ela.
II. A terra é para quem trabalha nela e não para quem a acumula como bem material.
III. É necessário que se suprima o valor social da terra.
IV. A mecanização do campo acarreta a dispensa de mão de obra rural.

Está (ão) correta(s) a(s) proposição (ões):

(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) II e IV, apenas.
(D) I, II e III, apenas.
(E) I, III e IV, apenas.

51. Em 1872, Robert Angus Smith criou o termo “chuva ácida”, descrevendo precipitações ácidas em Manchester após a Revolução
Industrial. Trata-se do acúmulo demasiado de dióxido de carbono e enxofre na atmosfera que, ao reagirem com compostos dessa
camada, formam gotículas de chuva ácida e partículas de aerossóis. A chuva ácida não necessariamente ocorre no local poluidor,
pois tais poluentes, ao serem lançados na atmosfera, são levados pelos ventos, podendo provocar a reação em regiões distantes. A
água de forma pura apresenta pH 7, e, ao contatar agentes poluidores, reage modificando seu pH para 5,6 e até menos que isso, o
que provoca reações, deixando consequências.
Disponível em: <www.brasilescola.com>. acesso em: 18 maio 2010 (adaptado).
O texto aponta para um fenômeno atmosférico causador de graves problemas ao meio ambiene52: a chuva ácida (pluviosidade com
pH baixo). esse fenômeno tem como consequência

(A) a corrosão de metais, pinturas, monumentos históricos, destruição da cobertura vegetal e acidificação dos lagos.
(B) a diminuição do aquecimento global, já que esse tipo de chuva retira poluentes da atmosfera.
(C) a destruição da fauna e da flora e redução de recursos hídricos, com o assoreamento dos rios.
(D) as enchentes, que atrapalham a vida do cidadão urbano, corroendo, em curto prazo, automóveis e fios de cobre da rede elétrica.
(E) a degradação da terra nas regiões semiáridas, localizadas, em sua maioria, no nordeste do nosso país.
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52. As áreas do planalto do cerrado – como a chapada dos Guimarães, a serra de Tapirapuã e a serra dos Parecis, no
Mato Grosso, com altitudes que variam de 400 m a 800 m – são importantes para a planície pantaneira mato-grossense
(com altitude média inferior a 200 m), no que se refere à manutenção do nível de água, sobretudo durante a estiagem.
Nas cheias, a inundação ocorre em função da alta pluviosidade nas cabeceiras dos rios, do afloramento de lençóis
freáticos e da baixa declividade do relevo, entre outros fatores. Durante a estiagem, a grande biodiversidade é
assegurada pelas águas da calha dos principais rios, cujo volume tem diminuído, principalmente nas cabeceiras.
cabeceiras ameaçadas.
Ciência Hoje. rio de Janeiro: SBPC. v. 42, jun. 2008 (adaptado).
A medida mais eficaz a ser tomada, visando à conservação da planície pantaneira e à preservação de sua grande
biodiversidade, é a conscientização da sociedade e a organização de movimentos sociais que exijam

(A) a criação de parques ecológicos na área do pantanal mato-grossense.


(B) a proibição da pesca e da caça, que tanto ameaçam a biodiversidade.
(C) o aumento das pastagens na área da planície, para que a cobertura vegetal, composta de gramíneas, evite a erosão
do solo.
(D) o controle do desmatamento e da erosão, principalmente nas nascentes dos rios responsáveis pelo nível das águas
durante o período de cheias.
(E) a construção de barragens, para que o nível das águas dos rios seja mantido, sobretudo na estiagem, sem prejudicar
os ecossistemas.

53. O artigo 1º da Lei federal nº. 9 433/1997 (Lei das Águas) estabelece, entre outros, os seguintes fundamentos:
I. a água é um bem de domínio público;
II. a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III. em situações de escassez, os usos prioritários dos recursos hídricos são o c consumo humano e a dessedentação de
animais;
IV. a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas.
Considere que um rio nasça em uma fazenda cuja única atividade produtiva seja a lavoura irrigada de milho e que a
companhia de águas do município em que se encontra a fazenda colete água desse rio para abastecer a cidade.
considere, ainda, que, durante uma estiagem, o volume de água do rio tenha chegado ao nível crítico, tornando-se
insuficiente para garantir o consumo humano e a atividade agrícola mencionada. Nessa situação, qual das medidas
adiante estaria de acordo com o artigo 1o da Lei das Águas?

(A) manter a irrigação da lavoura, pois a água do rio pertence ao dono da fazenda.
(B) interromper a irrigação da lavoura, para se garantir o abastecimento de água para consumo humano.
(C) manter o fornecimento de água apenas para aqueles que pagam mais, já que a água é bem dotado de valor
econômico.
(D) manter o fornecimento de água tanto para a lavoura quanto para o consumo humano, até o esgotamento do rio.
(E) interromper o fornecimento de água para a lavoura e para o consumo humano, a fim de que a água seja transferida
para outros rios.

54. Um fenômeno importante que vem ocorrendo nas últimas quatro décadas é o baixo crescimento populacional na
Europa, principalmente em alguns países como Alemanha e Áustria, onde houve uma brusca queda na taxa de
natalidade. Esse fenômeno é especialmente preocupante pelo fato de a maioria desses países já ter chegado a um
índice inferior ao “nível de renovação da população”, estimado em 2,1 filhos por mulher. A diminuição da natalidade
europeia tem várias causas, algumas de caráter demográfico, outras de caráter cultural e socioeconômico.
Adaptado de: OLIVEIRA, P. S. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2004.

As tendências populacionais nesses países estão relacionadas a uma transformação:

(A) na estrutura familiar dessas sociedades, impactada por mudanças nos projetos de vida das novas gerações.
(B) no comportamento das mulheres mais jovens, que têm imposto seus planos de maternidade aos homens.
(C) no número de casamentos, que cresceu nos últimos anos, reforçando a estrutura familiar tradicional.
(D) no fornecimento de pensões de aposentadoria, em queda diante de uma população de maioria jovem.
(E) na taxa de mortalidade infantil europeia, em contínua ascensão, decorrente de pandemias na primeira
infância.

55. Qual dos slogans a seguir poderia ser utilizado para defender o ponto de vista dos reformistas?

(A) “Controle populacional já, ou o país não resistirá.”


(B) “Com saúde e educação, o planejamento familiar virá por opção!”
(C) “População controlada, país rico!”
(D) “Basta mais gente, que o país vai pra frente!”
(E) “População menor, educação melhor!”

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56. Qual dos slogans a seguir poderia ser utilizado par a defender o ponto de vista neomalthusiano?

(A) “Controle populacional – nosso passaporte para o desenvolvimento.”


(B) “sem reformas sociais o país se reproduz e não produz.”
(C) “População abundante, país forte!”
(D) “O crescimento gera fraternidade e riqueza para todos.”
(E) “Justiça social, sinônimo de desenvolvimento.”

57. As migrações transnacionais, intensificadas e generalizadas nas últimas décadas do século XX, expressam aspectos
particularmente importantes da problemática racial, vistos como dilema também mundial. Deslocam-se indivíduos,
famílias e coletividades para lugares próximos e distantes, envolvendo mudanças mais ou menos drásticas nas
condições de vida e trabalho, em padrões e valores socioculturais. Deslocam-se para sociedades semelhantes ou
radicalmente distintas, algumas vezes compreendendo culturas ou mesmo civilizações totalmente diversas.
IANNI, O. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.
A mobilidade populacional da segunda metade do século XX teve um papel importante na formação social e econômica
de diversos estados nacionais. Uma razão para os movimentos migratórios nas últimas décadas e uma política
migratória atual dos países desenvolvidos são:

(A) a busca de oportunidades de trabalho e o aumento de barreiras contra a imigração.


(B) a necessidade de qualificação profissional e a abertura das fronteiras para os imigrantes.
(C) o desenvolvimento de projetos de pesquisa e o acautelamento dos bens dos imigrantes.
(D) a expansão da fronteira agrícola e a expulsão dos imigrantes qualificados.
(E) a fuga decorrente de conflitos políticos e o fortalecimento de políticas sociais.

58. Leia o texto I, de Josué de Castro, publicado em 1947.


O Brasil, como país subdesenvolvido, em fase de acelerado processo de industrialização não conseguiu ainda se libertar
da fome. Os baixos índices de produtividade agrícola se constituíram como fatores de base no condicionamento de um
abastecimento alimentar insuficiente e inadequado às necessidades alimentares do nosso povo.
Adaptado de: CASTRO, Josué de. Geografia da fome.
Leia o texto II sobre a fome no Brasil, publicado em 2001.
Uma das evidências contidas no mapa da fome consiste na constatação de que o problema alimentar no Brasil não
reside na disponibilidade e produção interna de grãos e dos produtos tradicionalmente consumidos no País, mas antes
no descompasso entre o poder aquisitivo de ampla parcela da população e o custo de aquisição de uma quantidade de
alimentos compatível com as necessidades do trabalhador e de sua família.
Disponível em: <www.mct.gov.br>.
Comparando os textos I e II, podemos concluir que a persistência da fome no Brasil resulta principalmente:

(A) da renda insuficiente dos trabalhadores.


(B) de uma rede de transporte insuficiente.
(C) da carência de terras produtivas.
(D) do processo de industrialização.
(E) da pequena produção de grãos.

59 Em reportagem sobre crescimento da população brasileira, uma revista de divulgação científica publicou uma tabela
com a participação relativa de grupos etários na população brasileira, no período de 1970 a 2050 (projeção), em três
faixas de idade: abaixo de 15 anos; entre 15 e 65 anos; e acima de 65 anos. Admitindo-se que o título da reportagem se
refira ao grupo etário cuja população cresceu sempre, ao longo do período registrado, um título adequado poderia ser:

(A) “O Brasil de fraldas”


(B) “Brasil: ainda um país de adolescentes”
(C) “O Brasil chega à idade adulta”
(D) “O Brasil troca a escola pela fábrica”
(E) “O Brasil de cabelos brancos”

- 92 -
60. Quase sempre a Geografia trabalha os fenômenos populacionais de forma abstrata, na qual os números substituem os indivíduos
e os comportamentos humanos são relegados ao segundo plano. Quando a preocupação do geógrafo é estudar a população como
reserva disponível de recursos humanos, os números são da maior importância, pois revelam o potencial que a população apresenta
para a realização dos programas de desenvolvimento. Mas, dentro de uma perspectiva mais crítica, a abordagem numérica revela-se
insuficiente. Ela não nos permite conhecer as condições concretas de vida dos indivíduos [...].
SCARLATO, Francisco Capuano. População e urbanização brasileira. In: ROSS,
Jurandyr L. Sanches (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2008. p. 383-384.
Nos estudos da geografia da população, as teorias demográficas tentam explicar a relação entre o crescimento populacional e a
pobreza. Considerando os estudos populacionais, para além da abordagem numérica, analise as alternativas que seguem:
I. Thomas Malthus foi um dos primeiros teóricos a estudar as relações entre população e as leis do crescimento econômico,
influenciando, inclusive, Charles Darwin, criador da mais conhecida teoria da evolução biológica.
II. Os recenseamentos realizados pelos países membros da ONU tornaram-se importantes instrumentos de controle da fome no
mundo subdesenvolvido.
III. A implantação do registro civil obrigatório na República significou a tomada, por parte do Estado, do controle político dos registros
de nascimentos, mortes e casamentos, até então pertencente à Igreja.
IV. Na perspectiva reformista, o declínio da taxa de crescimento da população brasileira pela queda da fecundidade vem favorecendo
a distribuição da renda nacional.
V. Enquanto o estudo da demografia explica as leis de crescimento econômico e mudança na estrutura da população, a geografia da
população explica os fatores das suas diferentes formas de distribuição espacial.

Estão corretas as alternativas:

(A) I e II apenas.
(B) II e IV apenas.
(C) I, III e IV.
(D) II, IV e V.
(E) I, III e V.

61. [...] uma população jovem e numerosa, em virtude de elevadas taxas de natalidade, não é causa, mas consequência
do subdesenvolvimento. [...] Foi constatado que quanto maior a escolaridade da mulher, menor é o número de filhos e a
taxa de mortalidade infantil.
Disponível em: <www.brasilescola.com>. Acesso em: 5 abr. 2010.
O trecho acima reflete aspectos defendidos pela teoria:

(A) Reformista.
(B) Malthusiana.
(C) Neomalthusiana.
(D) ecomalthusiana.
(E) da explosão Demográfica.

62. Sobre as teorias Malthusiana e a Neomalthusiana, é correto afirmar que:

(A) a teoria Malthusiana afirmava que a população crescia em progressão geométrica e a Neomalthusiana
postulava que o crescimento populacional estacionaria no final de século XIX.
(B) a teoria Malthusiana defendia o emprego da tecnologia como solução para amenizar a fome no mundo,
enquanto a Neomalthusiana não considerava o papel da tecnologia na produção de alimentos.
(C) ambas propunham o controle da natalidade por meio do emprego de preservativos e de pílulas anticoncepcionais.
(D) embora as duas teorias fossem antinatalistas, os neomalthusianos defendiam o controle da natalidade
preponderantemente nos países subdesenvolvidos, e os malthusianos propunham um mecanismo chamado
sujeição moral.
(E) também chamados alarmistas, os malthusianos afirmavam que a solução para conter a miséria do mundo seria a
abstinência sexual e o desenvolvimento de tecnologias para o melhoramento genético.

63. Subindo morros, margeando córregos ou penduradas em palafitas, as favelas fazem parte da paisagem de um terço dos
municípios do país, abrigando mais de 10 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
MARTINS, A. R. A favela como um espaço da cidade. Disponível em: <www.revistaescola.abril.com.br>. Acesso em: 31 jul. 2010.
A situação das favelas no país reporta a graves problemas de desordenamento territorial. Nesse sentido, uma característica comum a
esses espaços tem sido:

(A) o planejamento para a implantação de infraestruturas urbanas necessárias para atender às necessidades básicas dos moradores.
(B) a organização de associações de moradores interessadas na melhoria do espaço urbano e financiadas pelo poder público.
(C) a presença de ações referentes à educação ambiental com consequente preservação dos espaços naturais circundantes.
(D) a ocupação de áreas de risco suscetíveis a enchentes ou desmoronamentos com consequentes perdas materiais e humanas.
(E) o isolamento socioeconômico dos moradores ocupantes desses espaços com a resultante multiplicação de políticas que tentam
reverter esse quadro.

- 93 -
64. O Centro-Oeste apresentou-se como extremamente receptivo aos novos fenômenos da urbanização, já que era
praticamente virgem, não possuindo infraestrutura de monta, nem outros investimentos fixos vindos do passado. Pôde,
assim, receber uma infraestrutura nova, totalmente a serviço de uma economia moderna.
Adaptado de: SANTOS, M. A urbanização brasileira. São Paulo: Edusp, 2005.
O texto trata da ocupação de uma parcela do território brasileiro. O processo econômico diretamente as sociado a essa
ocupação foi o avanço da:

(A) industrialização voltada para o setor de base.


(B) economia da borracha no sul da Amazônia.
(C) fronteira agropecuária que degradou parte do Cerrado.
(D) exploração mineral na Chapada dos Guimarães.
(E) extrativismo na região pantaneira.

65. O crescimento rápido das cidades nem sempre é acompanhado, no mesmo ritmo, pelo atendimento de infraestrutura
para a melhoria da qualidade de vida. A deficiência de redes de água tratada, de coleta e tratamento de esgoto, de
pavimentação de ruas, de galerias de águas pluviais, de áreas de lazer, de áreas verdes, de núcleos de formação
educacional e profissional, de núcleos de atendimento médico-sanitário é comum nessas cidades.
Adaptado de: ROSS, J. L.S. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009.
Sabendo que o acelerado crescimento populacional urbano está articulado com a escassez de recursos financeiros e a
dificuldade de implementação de leis de proteção ao meio ambiente, pode-se estabelecer o estímulo a uma relação
sustentável entre conservação e produção a partir:

(A) do aumento do consumo, pela população mais pobre, de produtos industrializados para o equilíbrio da capacidade de
consumo entre as classes.
(B) da seleção e recuperação do lixo urbano, que já é uma prática rotineira nos grandes centros urbanos dos países em
desenvolvimento.
(C) da diminuição acelerada do uso de recursos naturais, ainda que isso represente perda da qualidade de vida de
milhões de pessoas.
(D) da fabricação de produtos reutilizáveis e biodegradáveis, evitando-se substituições e descartes, como medidas para
a redução da degradação ambiental.
(E) da transferência dos aterros sanitários para as partes mais periféricas das grandes cidades, visando-se à
preservação dos ambientes naturais.

66. Em um debate sobre o futuro do setor de transporte de uma grande cidade brasileira com trânsito intenso, foi
apresentado um conjunto de propostas. Entre as propostas reproduzidas abaixo, aquela que atende, ao mesmo tempo, a
implicações sociais e ambientais presentes nesse setor é:

(A) proibir o uso de combustíveis produzidos a partir de recursos naturais.


(B) promover a substituição de veículos a diesel por veículos a gasolina.
(C) incentivar a substituição do transporte individual por transportes coletivos.
(D) aumentar a importação de diesel para substituir os veículos a álcool.
(E) diminuir o uso de combustíveis voláteis devido ao perigo que representam.

67. A metrópole industrial do passado integrava no espaço urbano diversos processos produtivos, ocorrendo uma
concentração espacial das plantas de fábrica, da infraestrutura e dos trabalhadores. Na metrópole contemporânea
predomina uma dispersão territorial das atividades econômicas e da força de trabalho. Nesta, a produção fabril tende a
se instalar na periferia ou nos arredores do perímetro urbano, enquanto as atividades associadas ao poder financeiro,
político e econômico concentram-se na área urbana mais adensada.
Adaptado de: MATOS, Carlos de. Redes, nodos e cidades: transformação da metrópole latino-americana. In: RIBEIRO,
Luiz Cesar de Queiroz (Org.). Metrópoles: entre a coesão e a fragmentação, a cooperação e o conflito. São Paulo:
Perseu Abramo; Rio de Janeiro: Fase, 2004. 157-196.
Como principal característica da metrópole contemporânea, destaca-se:

(A) a concentração da atividade industrial e das funções administrativas das empresas no mesmo local.
(B) o aumento da densidade demográfica nas áreas do antigo centro histórico da metrópole.
(C) a concentração do poder decisório da administração pública e das empresas em uma única área da metrópole.
(D) a diversificação das atividades comerciais e de serviços na área do perímetro urbano.

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68. A cidade tem sido sempre o lugar da liberdade, um lugar de refúgio para os pobres e desenraizados. E para minorias
de todos os tipos, que encontraram proteção na cidade […] A diversidade de origem é uma constante da população das
cidades. A cidade tem sido com frequência o espaço da coexistência e da mestiçagem. Isso não foi produzido sem dor e
dificuldades. Porém, tem gerado sempre consequências positivas para as áreas urbanas e para o desenvolvimento da
cultura em geral. Sempre nas cidades essa diversidade tem sido maior que nas áreas rurais e, maior nas grandes
cidades do que nas pequenas. E tudo isso em todas as épocas, países e culturas.
CAPEL, Horacio. Los inmigrantes en la ciudad. Crecimiento económico, innovación y conflicto social [Os imigrantes na
cidade. Crescimento econômico, inovação e conflito social]. Scripta Nova. revista electrónica de Geografía y Ciencias
sociales. Barcelona: universidad de Barcelona, n. 3, 1 de mayo de 1997. Disponível em: <http://www.ub.es/geocrit/sn-
3.htm>. Acesso em: 11 out. 2011.

Considerando o texto, é correto afirmar que

(A) é da natureza das grandes cidades a diversidade cultural e étnica, visto que não há grandes populações urbanas
homogêneas, já que as cidades, em razão de suas múltiplas atividades e possibilidades, têm um poder de atração
bastante abrangente.
(B) grandes cidades, quanto mais desenvolvidas, notabilizam-se por terem populações homogêneas do ponto de vista
étnico e cultural, isso porque há dificuldades para o desenvolvimento, quando se depende de relações entre
pessoas muito diferentes.
(C) a generosidade na recepção de imigrantes é uma condição que as cidades modernas perderam, na Europa, e
também no Brasil, em vista dos encargos que os imigrantes impõem, sem retorno econômico equivalente.
(D) as inevitáveis dificuldades de convivência nas cidades entre os imigrantes e os nativos agravam-se quando a
imigração é estrangeira, pois se nacional ela é recebida sem preconceitos, como ocorre na metrópole de São Paulo.
(E) o fenômeno migratório gerou nas cidades modernas muita riqueza econômica e cultural, mas atualmente isso não
mais ocorre, pois a fase original de povoamento das grandes cidades já foi completada e atualmente elas não
comportam novos contingentes populacionais.

69. A urbanização – o aumento da parcela urbana na população total – é inevitável e pode ser positiva. A atual
concentração da pobreza, o crescimento das favelas e a ruptura social nas cidades compõem, de fato, um quadro
ameaçador. Contudo, nenhum país na era industrial conseguiu atingir um crescimento econômico significativo sem a
urbanização. As cidades concentram a pobreza, mas também representam a melhor oportunidade de se escapar dela.
Situação da população Mundial 2007: desencadeando o potencial de crescimento urbano. Fundo de População das
Nações Unidas (UNFPA), 2007. p. 1.
Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação coerente com os argumentos do texto:

(A) no mundo contemporâneo, os governos devem substituir políticas públicas voltadas ao meio rural por políticas
destinadas ao meio urbano.
(B) A urbanização só terá efeitos positivos nas economias mais pobres se for controlada pelos governos, por meio de
políticas de restrição ao êxodo rural.
(C) A concentração populacional em grandes cidades é uma das principais causas da disseminação da pobreza nas
sociedades contemporâneas.
(D) nos países mais pobres, o processo de urbanização é responsável pelo aprofundamento do ciclo vicioso da exclusão
econômica e social.
(E) Os benefícios da urbanização não são automáticos, pois há necessidade da contribuição das políticas públicas para
que eles se realizem.

70. Com a acelerada urbanização da humanidade e o advento de gigantescas aglomerações urbanas, os especialistas
no tema e as organizações internacionais logo criaram novos conceitos para dar conta dessas realidades. Dentre eles,
existem os conceitos de “megalópole”, “megacidade” e “cidade global”. A respeito desses conceitos, seria correto afirmar
que:
I. Megalópole é uma gigantesca aglomeração urbana, com mais de 10 milhões de habitantes e onde há conurbação de
inúmeras cidades vizinhas.
II. Cidade global é uma imensa área urbana com uma população de, no mínimo, 10 milhões de habitantes.
III. Megacidade é uma gigantesca aglomeração urbana com, no mínimo, 10 milhões de habitantes.
IV. Megalópole é uma região super urbanizada onde, numa pequena extensão de um território nacional, se concentram
várias cidades milionárias, que possuem uma vida econômica bastante interligada.
São verdadeiras as afirmativas:

(A) I e II.
(B) II e III.
(C) III.
(D) I e IV.
(E) II e IV.
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71. O Brasil experimentou, na segunda metade do século 20, uma das mais rápidas transições urbanas da história mundial. Ela
transformou rapidamente um país rural e agrícola em um país urbano e metropolitano, no qual grande parte da população passou a
morar em cidades grandes. Hoje, quase dois quintos da população total residem em uma cidadede pelo menos um milhão de
habitantes.
Adaptado de: MARTINE, George; MCGRANAHAN, Gordon. A transição urbana brasileira: trajetória, dificuldades e lições aprendidas.
In: BAENINGER, Rosana (Org.). População e cidades: subsídios para o planejamento e para as políticas sociais. Campinas:
Nepo/Brasília: UNFPA, 2010. p. 11.

Considerando o trecho acima, as sinale a alternativa correta.

(A) A partir de 1930, a ocupação das fronteiras agrícolas (na Amazônia, no Centro-Oeste, no Paraná) foi o fator gerador de
deslocamentos de população no Brasil.
(B) uma das características mais marcantes da urbanização no período 1930-1980 foi a distribuição da população urbana em cidades
de diferentes tamanhos, em especial nas cidades médias.
(C) Os últimos censos têm mostrado que as grandes cidades (mais de 500 mil habitantes) têm tido crescimento relativo mais
acelerado em comparação com as médias e as pequenas.
(D) Com a crise de 1929, o Brasil voltou-se para o desenvolvimento do mercado interno através de uma industrialização por
substituição de importações, o que demandou mão de obra urbana numerosa.

72. Artigo 25, parágrafo 3º – Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas
e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de
funções públicas de interesse comum.
Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: <www.planalto.gov.br>.
O Brasil possui atualmente três regiões integradas de Desenvolvimento − ride, um tipo especial de região metropolitana que só pode
ser instituída por legislação federal. Esta característica é explicada pelo fato de a integração decorrente das Ride estar associada a:

(A) unidades estaduais diferentes.


(B) áreas de fronteira internacional.
(C) espaços de preservação ambiental.
(D) complexos industriais estratégicos.

73. Até 1970, a região metropolitana de São Paulo foi a “Pasárgada” brasileira: ali se instalaram as principais indústrias, com os
melhores empregos. Com a crise de 1980 e a interrupção do ciclo de expansão econômica do país, ocorreu uma reestruturação do
mercado de trabalho, e o mapa migratório brasileiro começou a apontar para novas direções.
Adaptado de: JUTTEL, L. P. Rotas migratórias: norte e Centro-Oeste, novos polos de migração. Ciência e Cultura, v. 59, n. 4, 2007.

Com relação ao assunto tratado no texto acima, julgue os itens subsequentes.

(A) Verifica-se, na reestruturação da rede urbana brasileira, motivada por fluxos migratórios, o crescimento de cidades de porte médio
que aumentam seu raio de influência.
(B) Apesar de ter representado, no passado, um estímulo à interiorização da população brasileira, o Distrito Federal chegou ao século
XXI sem que tivesse sido consolidada uma região metropolitana na região Centro-Oeste.
(C) O fluxo de sulistas em direção à região Norte, em consonância com o avanço da fronteira agrícola, contribuiu para o crescimento
da população no campo e, ao mesmo tempo, retardou o processo de urbanização da região.
(D) em 1973, a crise do petróleo, em decorrência de mais um conflito árabe-israelense, interferiu no ritmo do denominado milagre
brasileiro, o que abriu espaço a ação oposicionista mais contundente.
(E) entre as novas rotas de fluxo populacional, inclui-se a chamada migração de retorno, caracterizada pela saída dos centros urbanos
e volta ao campo.

74. O índice de urbanização no Brasil é muito elevado, cerca de 80% de toda a população reside em ambientes urbanos. A cidade
tornou-se palco das diferenças sociais, onde uma parte das áreas periféricas (aquelas que não são ocupadas pelos condomínios
horizontais fechados, por exemplo) sofre com a falta de infraestrutura e serviços básicos. Não bastando isso, a ocupação de áreas
irregulares coloca a população de baixo poder aquisitivo em uma efetiva situação de risco, tornando-a vulnerável a situações de
desastres, como a que aconteceu no morro do Bumba, em Niterói, no Rio de Janeiro, no início do mês de abril de 2010.

Sobre esse assunto, analise as alternativas a seguir e assinale a INCORRETA.

(A) A expansão urbana baseia-se em dois tipos principais de ocupação habitacional: os loteamentos regulares, com projeto aprovado
pelas administrações municipais, e as ocupações irregulares (invasões) de terrenos privados e públicos. As ocupações
irregulares têm ocorrido especialmente nas encostas de grande declividade, com a implantação de arruamento precário, sem
proteção e moradias precárias.
(B) A segunda metade do século XX marcou a aceleração do processo de urbanização no Brasil e, entre as consequências deste
processo, destacam-se a formação de regiões metropolitanas, a verticalização e adensamento das áreas já urbanizadas e a
expansão urbana para as áreas periféricas.
(C) Os processos de expansão urbana, periferização e peri urbanização têm fortes impactos socioambientais, dentre eles: o aumento
das jornadas entre o centro e as áreas periféricas, ocasionando o aumento do trânsito e da poluição do ar; a ausência de
saneamento básico e um forte processo de desmatamento e degradação ambiental.
(D) A ocupação e a expansão das periferias urbanas são estimuladas pela retenção especulativa de terrenos em áreas mais bem
localizadas, cujo acesso é para todos, devido ao alto valor a ser pago pelas infraestruturas instaladas. No processo de
segregação espacial, o solo urbano torna-se uma mercadoria disputada por diferentes agentes sociais e econômicos urbanos,
que utilizam de estratégias mercantis para valorizar todas as áreas do espaço urbano.

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75. O termo “subdesenvolvimento” surgiu após a Segunda Guerra Mundial, principalmente nos documentos dos
organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco),
sendo depois usado com frequência pela imprensa.

Assinale a opção correta sobre o “subdesenvolvimento”.

(A) Para superarem o atraso socioeconômico, os países ditos subdesenvolvidos devem seguir o modelo dos países
desenvolvidos.
(B) Os países ditos subdesenvolvidos compõem um conjunto homogêneo, já que os contrastes que existem entre eles e
os países ditos subdesenvolvidos são traços comuns.
(C) Os países ditos subdesenvolvidos resultaram da expansão do capitalismo a partir da Europa ocidental, o qual
interligou e dividiu o mundo em países centrais e países periféricos.
(D) As culturas tradicionais são as grandes responsáveis pelos problemas dos países ditos subdesenvolvidos, pois não
permitem à introdução de investimentos produtivos
(E) O índice que melhor classifica a condição de subdesenvolvimento é renda per capital, já que ela é fundamental para
a medida de acumulação de capital de um Estado.

76. “Durante a Guerra Fria, era comum classificar os países do globo em um dos três mundos: o primeiro era composto
pelos países capitalistas desenvolvidos e era liderado pelos Estados Unidos; o segundo, formado pelos países
socialistas, sob a liderança da União Soviética; e o terceiro, integrado pelos países subdesenvolvidos, capitalistas em
sua maioria e localizados na América Latina, na África e na Ásia”.
(MOREIRA, João C. & SENE, Eustáquio de. Geografia para o Ensino Médio, 2002)

Sobre o Terceiro Mundo, pode-se afirmar que:

(A) A luta anticolonial gerou novas nações independentes na Ásia e África que procuravam alterar as regras do
comércio mundial, as quais estavam fundadas nos preços aviltados dos produtos industrializados que exportavam e
nos altos preços dos produtos agrícolas que importavam.
(B) A Conferência de Bandung, de 1955, lançou os princípios políticos do “não-alinhamento”, ou seja, uma posição
diplomática e geopolítica de afastamento das principais superpotências, fortalecendo a partir daí o conceito de
conflito Norte-Sul.
(C) A convergência político-ideológica entre os participantes da Conferência de Bandung, estimulou posições
importantes quanto aos problemas da economia mundial, fato que permitiu o aumento dos preços dos produtos que
aqueles países exportavam.
(D) A Conferência de Bandung consolidou a posição “terceiro-mundista” que procurou definir uma “terceira via” de
desenvolvimento, a qual deveria estar atrelada ao capitalismo norte-americano.
(E) O conceito de Terceiro Mundo está relacionado principalmente ao fator pobreza, o qual é exclusivo da América
Latina, da África e da Ásia.

77. Uma característica que expressa de forma correta as medidas que devem ser tomadas para um país sair da
condição de subdesenvolvido é:

(A) Subdesenvolvidos primário-exportadores alcançam revoluções industriais e médios investimentos globais em ciência
e tecnologia.
(B) Analfabetismo mundial é erradicado pelo nível tecnológico e pelos investimentos científicos dos países
desenvolvidos.
(C) O segredo do desenvolvimento é a popularização de mercadorias tecnológicas entre pobres e analfabetos.
(D) Desenvolvimento socioeconômico exige bons investimentos em educação básica, ciência e tecnologia.
(E) Países desenvolvidos diminuem taxas de alfabetização e estabilizam investimentos em ciência e tecnologia.

78. Ao analisarem-se os indicadores econômicos e sociais entre países, verificam-se disparidades entre eles. Assinale a
opção que explica as desigualdades mundiais.

(A) A capacidade para a produção e trabalho é determinada pelo clima temperado, característica predominante nos
países do Norte.
(B) A superação do Subdesenvolvimento é uma questão de tempo, pois os países ditos desenvolvidos passaram pela
mesma situação no passado.
(C) A economia capitalista é marcada pelas fortes desigualdades socioeconômicas entre as regiões do mundo,
apresentando um desenvolvimento desigual e combinado.
(D) As relações comerciais estão baseadas na deterioração dos termos de trocas, onde os países do Sul
especializaram-se em bens de capital e os do Norte em bens primários.
(E) A fragilidade dos países do Sul deve-se a ausência de blocos econômicos entre eles, fato que impede maior
articulação frente às pressões impostas pelos países do Norte.

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79. Observe o mapa abaixo

Com relação às condições político-econômicas da América do Sul, assinale a opção correta.


(A) A Argentina, identificada pelo número 7, experimentou elevado crescimento industrial na última década, obrigando o Brasil a impor
barreiras alfandegárias sobre os produtos do país vizinho com intuito de proteger o setor eletroeletrônico nacional.
(B) A Bolívia, identificada pelo número 4, vivenciou reformas sociais promovidas pelo presidente Evo Morales que se envolveu em
atritos com a elite local e, ao nacionalizar os recursos naturais, gerou polêmicas com países vizinhos, como o Brasil.
(C) O Equador, identificado pelo número 3, teve sua economia “dolarizada” a partir da ascensão do governo de Rafael Correa, de
cunho ideológico à esquerda, que pautou investimentos nas grandes reservas de petróleo e gás disponíveis no território
nacional.
(D) O Chile, identificado pelo número 5, vem se convertendo no país com maior tensão social provocada pela crise econômica do
período neoliberal que acentuou a mortalidade infantil, o aumento da desigualdade social e paralisou o sistema educacional.
(E) A Colômbia, identificada pelo número 9, assinou uma aliança de combate ao narcotráfico com os EUA por meio da ampliação de
bases militares em seu território, fato que permitiu a proximidade estratégica norte-americana da região amazônica.

80. A respeito do “subdesenvolvimento” é correto afirmar que:

(A) o subdesenvolvimento é uma situação socioeconômica caracterizada por dependência econômica e grandes desigualdades
sociais.
(B) antes de serem países desenvolvidos, Inglaterra, França, Bélgica e Alemanha passaram pelo subdesenvolvimento.
(C) neste final de século, a principal contradição da ordem mundial é o conflito Leste × Oeste, isto é, entre os países ricos e os
países pobres.
(D) as disparidades socioeconômicas entre os países surgem com as grandes navegações (séculos XV e XVI), daí se
formando os países subdesenvolvidos.
81. Leia o texto a seguir.
O relatório de desenvolvimento humano produzido pelas Nações Unidas é um instrumento relevante que ressalta
desigualdades entre os países. Baseado nessa realidade, coloque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas abaixo,
assinalando a seguir a opção correta.
( ) Embora o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) forneça um quadro mais representativo da situação social das
populações, isto é, não esconde as desigualdades existentes nos países, a análise pautada no ponto de vista
macroeconômico ainda produz uma visão mais completa da realidade mundial.
( ) A regionalização do mundo sustentada pela relação Norte-Sul apresenta um quadro desigual no espaço global, no qual os
“países em desenvolvimento” ilustram a presença de grandes contradições internas, enquanto, nos “países
desenvolvidos” a ausência das disparidades socioeconômicas dá a tônica da realidade doméstica.
( ) Com algumas exceções, os “países em desenvolvimento” apresentaram, por longo período, regimes democráticos pouco
consolidados, nos quais o comando das elites, em geral, foi indiferente ao bem-estar social do restante da população. Tal
fato contribuiu para o aprofundamento das contradições internas entre as classes sociais.
( ) A relação entre o Estado e o capital acabou intensificando as práticas de corrupção no espaço mundial. No entanto, o
desvio das funções do governo em benefício aos grandes grupos econômicos nacionais e internacionais é exclusividade
do grupo de “países em desenvolvimento”.
( ) Na Cúpula do Milênio da ONU, realizada em 2000 na cidade de Nova York, os países presentes lançaram propostas
ambiciosas de combate à pobreza, tais como: melhorar a saúde materna, promover a igualdade entre os sexos e
estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento, em países da África, da América Latina e da Ásia.
Assinale a opção correta.
(A) (V) (V) (V) (F) (V).
(B) (V) (F) (F) (V) (F).
(C) (V) (F) (V) (F) (V).
(D) (F) (V) (F) (V) (F).
(E) (F) (F) (V) (F) (V).
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82. O Sistema capitalista se desenvolveu na Europa com a crise do feudalismo e se expandiu econômica e territorialmente pelo
mundo a partir do século XVI. Desde então, veio passando por diversas características diferentes no que se refere às relações
de produção e de trabalho, às ideologias e às tecnologias empregadas. Com relação ao capitalismo financeiro, assinale a
opção correta.

(A) No final do século XIX, houve a introdução de nova fonte de energia no processo produtivo através do predomínio do
carvão mineral sobre o petróleo, levando países carboníferos, como Alemanha e Inglaterra, a direcionarem a economia no
século seguinte.
(B) O crescente aumento da produção e da industrialização iniciado pela Europa expandiu-se por todo o planeta, permitindo
que a desigualdade econômica entre países centrais e periféricos na DIT fosse reduzida drasticamente.
(C) A economia capitalista foi marcada pela doutrina mercantilista com elevado número de empresas concorrendo entre si e
com forte intervenção do Estado na produção e no comércio. A partir de então, consolidou-se o keynesianismo no final do
século XIX e início do XX.
(D) Nesse período, os avanços tecnológicos potencializaram a produção industrial e o sistema financeiro. As novas
tecnologias, como robótica, informática, engenharia genética, entre outros, projetaram os Estados Unidos na vanguarda
da economia mundial.
(E) No final do século XIX, os bancos assumiram um papel mais importante como financiadores da produção e promoção de
indústrias. Para complementar, a Conferência de Berlim definiu a expansão imperialista europeia sobre a África e a Ásia e
consolidou a DIT.

83. Leia o texto a seguir.


O relatório de desenvolvimento humano produzido pela ONU é um instrumento relevante que ressalta desigualdades entre os
países. Baseado nessa realidade, coloque V ou F nas afirmativas abaixo, assinalando a seguir a opção correta.
( ) Embora o IDH forneça um quadro mais representativo da situação social das populações, isto é, não esconde as
desigualdades existentes nos países, a análise pautada no ponto de vista macroeconômico ainda produz uma visão mais
completa da realidade mundial.
( ) A regionalização do mundo sustentada pela relação Norte-Sul apresenta um quadro desigual no espaço global, no qual os
“países em desenvolvimento” ilustram a presença de grandes contradições internas, enquanto, nos “países
desenvolvidos” a ausência das disparidades socioeconômicas dá a tônica da realidade doméstica.
( ) Com algumas exceções, os “países em desenvolvimento” apresentaram, por longo período, regimes democráticos pouco
consolidados, nos quais o comando das elites, em geral, foi indiferente ao bem-estar social do restante da população. Tal
fato contribuiu para o aprofundamento das contradições internas entre as classes sociais.
( ) A relação entre o Estado e o capital acabou intensificando as práticas de corrupção no espaço mundial. No entanto, o
desvio das funções do governo em benefício aos grandes grupos econômicos nacionais e internacionais é exclusividade
do grupo de “países em desenvolvimento”.
( ) Na Cúpula do Milênio da ONU, realizada em 2000 na cidade de NY, os países presentes lançaram propostas ambiciosas
de combate à pobreza, tais como: melhorar a saúde materna, promover a igualdade entre os sexos e estabelecer uma
Parceria Mundial para o Desenvolvimento, em países da África, da América Latina e da Ásia.
Assinale a opção correta.
(A) (V) (V) (V) (F) (V)
(B) (V) (F) (F) (V) (F)
(C) (V) (F) (V) (F) (V)
(D) (F) (V) (F) (V) (F)
(E) (F) (F) (V) (F) (V)

84. Como resposta à crise do modelo de produção em massa, consumo em massa (fordismo), as empresas passaram a
introduzir equipamentos tecnológicos cada vez mais sofisticados, implementando mudanças nas relações de produção e
trabalho que passaram a constituir a política do neoliberalismo, que propõe o:

(A) estado mínimo, ou seja, que deve atuar o mínimo possível, de preferência como regulador da economia e não como
empresário.
(B) combater à privatização das empresas estatais, fortalecendo o papel do Estado na economia.
(C) Fortalecimento de medidas nacionais frente à concorrência global.
(D) Aumento dos direitos trabalhistas e do poder dos sindicatos.
(E) Estímulo à competitividade através do fortalecimento da economia de escala, fim da terceirização dos serviços e incentivo à
política de subsídio fiscais.

85. O capitalismo passou a ser dominante no mundo ocidental a partir do século XVI, ocorrendo de forma desigual no espaço e
no tempo. Em sua fase industrial, impôs-se como forma de produção hegemônica a outros sistemas.
Assinale a opção correta em relação ao processo de desenvolvimento do capitalismo.
(A) A relação social é baseada no interesse coletivo com ausência de conflitos entre as classes.
(B) Na economia, não há a intervenção estatal e seu funcionamento é oligopolizado por grandes empresas transnacionais.
(C) A acumulação primitiva baseou-se exclusivamente em fatores internos, como a exploração agrícola e mineral.
(D) A expansão imperialista na África e Ásia consolidou a divisão internacional do trabalho, fortalecendo a relação centro-
periferia na economia mundial.
(E) A aceleração econômica favoreceu a descentralização de capitais, evitando acirrada concorrência entre as empresas.
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86. A expansão capitalista vem tornando cada vez mais complexa, principalmente a partir da intensificação do meio científico-
informacional que integrou as regiões do planeta num único sistema.
Sobre esse período, pode-se afirmar que:
(A) ocorreu uma descentralização geográfica dos centros de poder político e econômico, proporcionando maior participação da
sociedade na gestão do sistema-mundo.
(B) os fluxos de capitais produtivos deslocam-se democraticamente entre as regiões do mundo, privilegiando principalmente as
regiões ditas “subdesenvolvidas”.
(C) as empresas transnacionais não mantêm mais vínculos com os seus Estados de origem, permitindo que acionistas
estrangeiros tenham maior participação nas decisões estratégicas
(D) a intensificação da conectividade permitiu a expansão dos fluxos de capitais especulativos, os quais deixaram a economia
mundial mais vulnerável.
(E) os capitais de curto prazo detiveram as crises financeiras nos países emergentes, contribuindo para a recuperação destes
no final dos anos 90.
87. Em 1990, nos Estados Unidos da América, houve uma difusão de ideias que defendiam a adoção de práticas neoliberais,
junto aos países da América Latina, como forma de recuperação econômica deste subcontinente. Tais recomendações ficaram
conhecidas como:
(A) Plano Colombo.
(B) Consenso de Washington.
(C) Acordo Geral de Tarifas e Comércio.
(D) Área de Livre Comércio Latino Americano.
(E) Pacto Econômico para as Américas.
88. Em seu livro o capitalismo tardio, o economista belga Ernest Mandel afirma que a Terceira Revolução Industrial ou
Tecnológica teve início a partir da Segunda Guerra Mundial, junto aos países mais desenvolvidos, ficando os países periféricos
do capitalismo, como o Brasil, um tanto distante desta realidade, ainda sendo esta revolução um processo em curso e que
caracteriza a atual fase do capitalismo.
Assinale a opção correta sobre a realidade em questão.
(A) Os avanços científicos e tecnológicos, observados nessa fase do capitalismo, só encontraram condições de
desenvolvimento a partir do fim da Guerra Fria, quando então a globalização econômica propiciou avanços nas áreas de
informática, robótica, transporte e comunicação, ficando o Brasil sem condições de acompanhar esse processo.
(B) No Brasil a pesquisa científica e tecnológica é realizada, principalmente, por instituições governamentais ou universidades,
enquanto nos países mais desenvolvidos isto ocorre principalmente junto as instituições ligadas a empresas de caráter
particular, estimulando tanto os investimentos financeiros quanto o seu retorno sob forma de lucro.
(C) Na década de 1970, com as políticas neoliberais adotadas no Brasil, somadas ao incremento das importações tecnológicas
e da política governamental de apoio à pesquisa, surge no território nacional vários polos tecnológicos, contribuindo para
deslocar o país de uma posição de importador de tecnologia de ponta para um exportador neste setor.
(D) o período atual, técnico-científico informacional, em que o conhecimento ou o saber se torna o grande diferencial na
economia, melhorou a distribuição dos conhecimentos e das riquezas entre as diversas nações do globo, uniformizando
os chamados padrões de consumo a nível mundial.
(E) No caso de nações periféricas da economia global, como o Brasil, as fracas poupanças internas acabam gerando
dificuldades para os grandes investimentos em P&D, o que acarreta um total desestímulo por parte das nações centrais
do capitalismo em transferir qualquer segmento produtivo para aqueles países.
89. “Com o fim da Guerra Fria, falou-se muito sobre uma “nova ordem mundial”, na qual teria ocorrido a vitória do capitalismo e
da democracia. Em 1989, Francis Fukuyama, filósofo e ideólogo do Departamento de Estado dos Estados Unidos, escreveu
um ensaio, transformado no livro O fim da história e o último homem, decretando o “fim da história”. Fukuyama argumentava
que, com a vitória do capitalismo, o modelo político e econômico norte-americano se tornaria dominante e, por isso, não
haveria mais conflitos. Que houve uma vitória dos EUA sobre a URSS, numa disputa de Estados rivais com sistemas político-
econômicos diferentes, parece não restar dúvida. Entretanto, os ditos vencedores enfrentam uma série de problemas
socioeconômicos”. Sobre esta questão, assinale a opção correta.
(A) Com déficits comercial e orçamentário, alto endividamento interno e externo, que em parte se devem aos elevados gastos
bélicos, os EUA, a partir da Guerra Fria, vem atravessando sérios problemas socioeconômicos, tendo se agravado
recentemente com a crise dos seu setor imobiliário.
(B) O capitalismo, por ser um sistema muito mais dinâmico, produtivo e competitivo do que o socialismo, não presenciou um
aprofundamento das suas desigualdades sociais junto aos seus integrantes, ao contrário do que ocorreu com os países
adeptos ao socialismo.
(C) No sistema capitalista, a sua estrutura produtiva é muito menos vulnerável em relação ao sistema socialista, no qual seus
adeptos se recuperam rapidamente após uma crise ou recessão, tanto em termos econômicos quanto em relação ao
número de empregos gerados, especialmente os ditos formais.
(D) A fase informacional do capitalismo possibilitou um rompimento histórico dentro do sistema, ou seja, o fim das distâncias
econômicas existentes entre os ditos desenvolvidos e subdesenvolvidos, fato que acabou se estendendo aos países que
antes faziam parte do sistema socialista.
(E) Com o fim do conflito Leste X Oeste, de natureza essencialmente econômica, os EUA passaram a liderar uma outra forma
de conflito, o Norte X Sul, de natureza especificamente geopolítica, credenciando, assim, esse país como o grande líder
econômico dentro do cenário global.
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90. Um tema recorrente no debate contemporâneo é a migração global. A Organização das Nações Unidas estima que
existam 232 milhões de migrantes em todo o mundo (ONU, 2013). Há, atualmente, mais mobilidade que em qualquer
outra época da história mundial. Comparando a migração atual com a do século XIX, é correto afirmar:

(A) Até o século XIX, as nações norte-americanas destacaram-se como emissoras de migrantes, enquanto, hoje em dia,
encontram-se entre as principais receptoras desses fluxos, sobretudo os originários do continente africano.
(B) Diferentemente do que ocorreu no século XIX, os recursos envolvidos são um traço diferenciador na atualidade, pois
remessas enviadas por migrantes originários de nações pobres, como Haiti e Jamaica, são, muitas vezes, utilizadas
para sustentar suas famílias no país de origem, além de representarem parte significativa do PIB desses países.
(C) Países europeus, como Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, foram importantes emissores de migrantes no século XIX e
continuam a figurar, hoje em dia, dentre os países com maior fluxo migratório para os EUA.
(D) No século XIX, a emissão e a recepção de migrantes concentravam-se na Europa, enquanto, na atualidade, a
emissão restringe-se à América do Sul e a recepção tem alcance global.
(E) O movimento migratório do continente africano para a Ásia foi significativo no século XIX e, atualmente, apresenta
importante crescimento decorrente de políticas de cooperação internacional (Ásia/África) para o desenvolvimento
socioeconômico africano, especialmente para Angola e África do Sul.

91. O grupo Boko Haram, autor do sequestro, em abril de 2014, de mais de duzentas estudantes, que, posteriormente,
segundo os líderes do grupo, seriam vendidas, nasceu de uma seita que atraiu seguidores com um discurso crítico em
relação ao regime local. Pregando um islã radical e rigoroso, Mohammed Yusuf, um dos fundadores, acusava os valores
ocidentais, instaurados pelos colonizadores britânicos, de serem a fonte de todos os males sofridos pelo país. Boko
Haram significa “a educação ocidental é pecaminosa” em haussa, uma das línguas faladas no país.
http://www.cartacapital.com.br. Acessado em 13/05/2014. Adaptado.

O texto se refere

(A) a uma dissidência da Al-Qaeda no Iraque, que passou a atuar no país após a morte de Sadam Hussein.
(B) a um grupo terrorista atuante nos Emirados Árabes, país economicamente mais dinâmico da região.
(C) a uma seita religiosa sunita que atua no Sul da Líbia, em franca oposição aos xiitas.
(D) a um grupo muçulmano extremista, atuante no Norte da Nigéria, região em que a maior parte da população vive na
pobreza.
(E) ao principal grupo religioso da Etiópia, ligado ao regime político dos tuaregues, que atua em toda a região do Saara.

92. Há dois lados na divisão internacional do trabalho [DIT]: um em que alguns países se especializam em ganhar, e
outro em que se especializaram em perder. Nossa comarca do mundo, que hoje chamamos de América Latina, foi
precoce: especializou-se em perder desde os remotos tempos em que os europeus do Renascimento se abalançaram
pelo mar e fincaram os dentes em sua garganta. Passaram os séculos, e a América Latina aperfeiçoou suas funções.
Este já não é o reino das maravilhas, onde a realidade derrotava a fábula e a imaginação era humilhada pelos troféus
das conquistas, as jazidas de ouro e as montanhas de prata. Mas a região continua trabalhando como um serviçal.
Continua existindo a serviço de necessidades alheias, como fonte e reserva de petróleo e ferro, cobre e carne, frutas e
café, matérias-primas e alimentos, destinados aos países ricos que ganham, consumindo-os, muito mais do que a
América Latina ganha produzindo-os.
Eduardo Galeano. As Veias Abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. Adaptado.

Sobre a atual Divisão Internacional do Trabalho (DIT), no que diz respeito à mineração na América Latina, é correto
afirmar:

(A) O México é o país com maior produção de carvão, cuja exportação é controlada por capital canadense. Para tal
situação, o padrão de dominação Norte/Sul na DIT, mencionado pelo autor, é praticado no mesmo continente.
(B) A Colômbia ocupa o primeiro lugar na produção mundial de manganês, por meio de empresas privatizadas nos dois
últimos governos bolivarianos, o que realça sua posição no cenário econômico internacional, rompendo a
dominação Norte/Sul.
(C) O Chile destaca-se pela extração de cobre, principalmente na sua porção centro-norte, que é, em parte, explorado
por empresas transnacionais, o que reitera o padrão da DIT mencionado pelo autor.
(D) A Bolívia destaca-se como um dos maiores produtores de ferro da América Latina, e, recentemente, o controle de
sua produção passou a ser feito por Conselhos Indígenas. Essa autonomia do País permitiu o rompimento da
dominação estadunidense.
(E) O Uruguai é o principal produtor mundial de prata, e o controle de sua extração é feito por empresas transnacionais.
Nesse caso, mantém-se o padrão da inserção do país na DIT mencionada pelo autor.

- 101 -
93. O efeito estufa e o lixo são, talvez, as duas manifestações mais contraditórias da vontade de dominação da natureza
posta em prática pela racionalidade instrumental e sua tecnociência. Com o objetivo de aumentar a produtividade, que
na prática significa submeter os tempos de cada ente, seja ele mineral, vegetal ou animal, a um tempo da concorrência e
da acumulação de capital, esqueceu-se de que todo trabalho dissipa energia sob forma de calor (efeito estufa) e que a
desagregação da matéria, ao longo do tempo, torna-a irreversível (lixo).
Carlos W. Porto-Gonçalves. A Globalização da Natureza e a Natureza da Globalização. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2006. Adaptado.

Conforme o excerto acima, é correto afirmar:

(A) Com o aumento da produtividade, será possível vencer o efeito estufa e superar o problema da produção de lixo.
(B) A humanidade superou os problemas decorrentes da produção de lixo, graças à racionalidade instrumental e à
tecnociência.
(C) Os tempos da concorrência e da acumulação de capital vêm sendo subordinados ao tempo da natureza.
(D) A aceleração do tempo de acumulação de capital permite eliminar a irreversibilidade da produção do lixo.
(E) A busca pelo aumento da produtividade impõe a diferentes elementos da natureza o tempo dos interesses
capitalistas.

94. Observe o mapa abaixo e leia o texto a seguir.

O terremoto ocorrido em abril de 2015, no Nepal, matou por volta de 9.000 pessoas e expôs um governo sem recursos
para lidar com eventos geológicos catastróficos de tal magnitude (7,8 na Escala Richter). Índia e China dispuseram-se a
ajudar de diferentes maneiras, fornecendo desde militares e médicos até equipes de engenharia, e por meio de aportes
financeiros.
Considere os seguintes motivos, além daqueles de razão humanitária, para esse apoio ao Nepal:
I. interesse no grande potencial hidrológico para a geração de energia, pois a Cadeia do Himalaia, no Nepal, representa
divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios Ganges e Brahmaputra, caracterizando densa rede de drenagem;
II. interesse desses países em controlar o fluxo de mercadorias agrícolas produzidas no Nepal, através do sistema
hidroviário Ganges-Brahmaputra, já que esse país limita-se, ao sul, coma Índia e, ao norte, coma China;
III. necessidades da Índia e, principalmente, da China, as quais, com o aumento da população e da urbanização,
demandam suprimento de água para abastecimento público, tendo em vista que o Nepal possui inúmeros
mananciais.

Está correto o que se indica em

(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

- 102 -
95. É preocupante a detecção de resíduos de agrotóxicos no planalto mato-grossense [Planaltos e Chapada dos
Parecis], onde nascem o rio Paraguai e parte de seus afluentes, cujos cursos dirigem-se para a Planície do Pantanal.
Em termos ecológicos, o efeito crônico da contaminação, mesmo sob baixas concentrações, implica efeitos na saúde e
no ambiente a médio e longo prazos, como a diminuição do potencial biológico de espécies animais e vegetais.
Dossiê Abrasco – Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro/São Paulo: EPSJV/Expressão Popular, 2012.
Adaptado.
Com base no texto e em seus conhecimentos, é correto afirmar:
(A) No Mato Grosso do Sul, prevalece a criação de caprinos nas chapadas, ocasionando a contaminação dos lençóis
freáticos por resíduos de agrotóxicos.
(B) No Mato Grosso, ocorre grande utilização de agrotóxicos, em virtude, principalmente, da quantidade de soja, milho e
algodão nele cultivada.
(C) Em Goiás, com o avanço do cultivo da laranja transgênica voltada para exportação, aumentou a contaminação a
montante do rio Cuiabá.
(D) No Mato Grosso, estado em que há a maior área de silvicultura do país, há predominância da pulverização aérea de
agrotóxicos sobre as florestas cultivadas.
(E) No Mato Grosso do Sul, um dos maiores produtores de feijão, trigo e maçã do país, verifica se significativa
contaminação do solo por resíduos de agrotóxicos.

96. Observe os mapas.


Dentre as seguintes alternativas, a única que apresenta a principal
causa para o correspondente fluxo migratório é:

(A) I: procura por postos de trabalho formais no setor primário.


(B) II: necessidade de mão de obra rural, devido ao avanço do
cultivo do arroz.
(C) III: necessidade de mão de obra no cultivo da soja no Ceará e
em Pernambuco.
(D) IV: procura por postos de trabalho no setor aeroespacial.
(E) V: migração de retorno.

97. Em 2015, os Estados Unidos (EUA), país que não é membro da OPEP, tornaram-se o maior produtor mundial de petróleo,
superando grandes produtores históricos mundiais, de acordo com a publicação Statistical Review of World Energy (BP) – 2015.

Sobre essa fonte de energia, é correto afirmar:

(A) A queda da oferta de petróleo, em2015, pelos países não membros da OPEP é resultado do uso de fontes de energia alternativas,
como os biocombustíveis, e também da expansão das termelétricas.
(B) O Brasil, país que não é membro da OPEP, destaca-se pela exploração de jazidas de petróleo em rochas vulcânicas do
embasamento cristalino do pré-sal.
(C) O crescimento da produção de petróleo nos EUA, que levou esse país à condição de maior produtor mundial em 2015, deu -se
pela exploração das jazidas de óleo de xisto.
(D) A elevação da produção de petróleo em países da OPEP, como Arábia Saudita, Rússia e China, é resultado da alta dos preços
dessa commodity em 2015.
(E) A exploração das jazidas de óleo de xisto do subsolo oceânico foram fatores para a industrialização de países, como México,
Japão e EUA.

98. Anamorfose geográfica representa


superfícies dos países em áreas
proporcionais a uma determinada
quantidade. Observe as seguintes
anamorfoses:
Nas alternativas apresentadas, os títulos
que identificam de forma correta as
anamorfoses I e II são, respectivamente:
(A) Transporte aéreo e Transporte
ferroviário.
(B) População urbana e População rural.
(C) População total e Produto Interno
Bruto.
(D) Ocorrência de HIV e Ocorrência de
malária.
(E) Exportação de armas e Importação de
armas.

- 103 -
99. Texto 1
Minha pele, Luanda
Antessala, Aruanda
Tipo T'Challa, Wakanda
Veneno Black Mamba
Bandoleiro em bando Qué o comando dessas banda?
'Sa noite cês vão ver mais sangue
Do que Hotel Ruanda
Texto 2
Não sei onde ela tinha ido à escola, mas ela sabia ler e escrever. Saber escrever era algo perigoso se você tinha um pai exilado no
Burundi. Logo começam a suspeitar que está se correspondendo com os tutsis que preparam seu retorno a Ruanda, que você é uma
espiã dando informações aos que estão desse lado da fronteira e poderia facilitar a volta dos tutsis.
Esses textos foram retirados, respectivamente, da música “Pantera Negra”, de Emicida, e do livro “A mulher de pés descalços”, de
Scholastique Mukasonga, e fazem referência à guerra civil em Ruanda.
Sobre esse conflito, é correto afirmar:
(A) Ocorrido no início do século XX, teve como principal estopim a disputa por recursos minerais no território de Ruanda, na divisa
com Senegal.
(B) Ex-colônia belga e inglesa, Ruanda conquistou sua independência com auxílio norte-americano nos anos 2000, desencadeando a
guerra civil.
(C) Trata-se de um conflito resultante da disputa entre diferentes grupos religiosos, que resultou na morte de mais de 800 mil Hutus e
Tutsis.
(D) Apoiados pelos russos e pelos franceses, os Tutsis tomaram o poder com um golpe de estado na década de 1970, iniciando as
tensões que resultaram na guerra civil.
(E) Ocorrido na década de 1990, teve como origem a disputa étnico-cultural (Tutsis e Hutus) nos territórios de Ruanda e Burundi.

100. Conforme definição da Organização Internacional do


Trabalho (OIT), o trabalho de cuidado envolve dois tipos de
atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de
um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar.
O gráfico apresenta a desigualdade de gênero no trabalho de
cuidado no mundo, expressa pela diferença entre homens e
mulheres quanto ao tempo e à remuneração. A partir dos
dados apresentados, é correto afirmar que as regiões com
maior e menor desigualdade são, respectivamente:

(A) África; Europa/Ásia Central


(B) Américas; África
(C) Américas; Ásia/Pacífico
(D) Países Árabes; Américas
(E) África; Ásia/Pacífico

101. A pandemia da COVID-19 acendeu o alerta sobre


os impactos que a rápida disseminação de enfermidades
produz em um mundo cada vez mais globalizado. Além
disso, ressaltou a importância das pesquisas científicas
na descoberta, tratamento e controle de doenças
tropicais negligenciadas, muitas delas recorrentes em
diferentes países do mundo. Os mapas a seguir indicam
as taxas de incidência de doenças tropicais
negligenciadas (total de casos por milhão de habitantes)
e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos
respectivos países.
Em relação à incidência de doenças tropicais
negligenciadas, é correto afirmar:

(A) Na África, é maior nos países com os maiores PIB


per capita, em especial na região subsaariana.
(B) Na Ásia, é menor nos países com os menores PIB
per capita, com destaque para Ásia Setentrional.
(C) Na América do Sul, é menor nos países da América
Platina, com os menores PIB per capita da região.
(D) Na América do Norte, com elevado PIB per capita, a
incidência é menor em comparação ao Oriente
Médio.
(E) Na Oceania, apesar do PIB per capita elevado,
verifica-se alta incidência, com destaque para a
Austrália.

- 104 -
102. Em 1955, reuniu-se em Bandung, na Indonésia, uma conferência convocada pelo Grupo de Colombo, congregando
os cinco países recém-independentes - Índia, Paquistão, Ceilão, Birmânia e Indonésia - e, pela primeira vez, os chefes
de Estado de 29 países da Ásia e da África (18 a 24 de abril), se apresentavam como um terceiro mundo.
Pronunciavam-se pela neutralidade e pelo socialismo, mas declarando-se contra o Ocidente, ou seja, contra os Estados
Unidos, e contra a União Soviética. Comprometiam-se a ajudar a libertação dos povos subjugados. Era o Espírito de
Bandung, que perdurou por mais de uma década, até ser diluído ante as dificuldades e desilusões enfrentadas pelos
novos países libertados da dominação colonial direta. No entanto, Bandung traduziu um momento de esperança na
organização mundial e no futuro da democracia.
LINHARES, Maria Yedda Leite. Descolonização e lutas de libertação nacional. In: REIS FILHO, Daniel Aarão;
FERREIRA, Jorge, ZENHA, Celeste (Orgs.). O século XX (vol. 3 - O tempo das dúvidas: do declínio das utopias às
globalizações). 3. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. P. 57-58.

O evento de que trata o texto está mais diretamente relacionado aos conceitos de:

(A) Descolonização, Autodeterminação e Não-Alinhamento.


(B) Especulação Financeira, Industrialização e Guerra Fria.
(C) Nacionalismo, Desestatização e Economia de Mercado.
(D) Socialismo Soviético, Orientalismo e Globalização da Economia.
(E) Imperialismo, Democracia Representativa e Luta de Classes.

103. O mapa, considerando a legenda de cores, especializa as fases de deslocamento das frentes pioneiras de
colonização ocorridas no Brasil, de meados do
século XIX até o século XXI.
Com base nessas informações, escolha a
alternativa que relaciona corretamente as
fases e biomas mais afetados por esses
processos de transformação espaço-temporal
e socioecológica:

(A) Fase I - Bioma da Amazônia; Fase III -


Bioma da Mata Atlântica; Fase V -
Biomas da Caatinga e do Cerrado.
(B) Fase I - Bioma da Caatinga e do Cerrado;
Fase III - Bioma da Mata Atlântica; Fase
V - Bioma da Amazônia.
(C) Fase I - bioma da Mata Atlântica; Fase III -
Bioma da Caatinga e do Cerrado; Fase V
- Bioma da Amazônia.
(D) Fase I - Bioma da Amazônia; Fase III -
Bioma da Caatinga e do Cerrado; Fase V
- Bioma da Mata Atlântica.
(E) Fase I - Bioma da Mata Atlântica; Fase III -
Bioma da Amazônia; Fase V - Bioma da
Caatinga e do Cerrado. Martin Coy, Michael Klinger et Gerd Kohlhepp. De frontier até pós-frontier: regiões pioneiras
no Brasil dentro do processo de transformação espaço-temporal e sócio-ecológico.
Confins, 30|2017. Disponível em: http://journal.openedition.prg/confins/11683. Adaptado

104. Cada vez mais pessoas fogem da guerra, do terror e da miséria econômica que assolam algumas nações do Oriente Médio e da
África. Elas arriscam suas vidas para chegar à Europa. Segundo estimativas da Agência da ONU para Refugiados, até novembro de
2015, mais de 850 mil refugiados e imigrantes haviam chegado por mar à Europa naquele ano.
Garton Ash, Timothy. Europa e a volta dos muros. O Estado de S. Paulo, 29/11/2015. Adaptado.
Sobre a questão dos refugiados, no final de 2015, considere as três afirmações seguintes:
I. A criação de fronteiras políticas no continente africano, resultantes da partilha colonial, incrementou os conflitos étnicos,
corroborando o elevado número de refugiados, como nos casos do Sudão e Sudão do Sul.
II. Além das mortes em conflito armado, da intensificação da pobreza e da insegurança alimentar, a guerra civil na Síria levou um
contingente expressivo de refugiados para a Europa.
III. A política do apartheid teve grande influência na Nigéria, país de origem do maior número de refugiados do continente africano, em
decorrência desse movimento separatista.

Está correto o que se afirma em

(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
- 105 -
105. Um aumento no consumo de água e produtos agrícolas por parte da população brasileira geralmente vem atrelado
a um aumento na pressão exercida sobre o meio ambiente. Selecione a alternativa que apresenta duas soluções
sustentáveis, de amplo alcance nacional e economicamente viáveis, para diminuir a expansão dos cultivos sobre a
vegetação nativa e para garantir recursos hídricos de qualidade para as gerações futuras.

(A) I - Aumento da exportação de produtos agropecuários.


II - Criação em larga escala de represas de pequeno porte.
(B) I - Aumento progressivo da produtividade dos cultivos já existentes.
II - Programa amplo de preservação de matas ciliares.
(C) I - Diminuição do comércio interno de produtos agrícolas.
II - Aumento da utilização dos aquíferos para abastecimento dos cultivos.
(D) I - Aumento da exportação de produtos agropecuários.
II - Programa amplo de preservação de matas ciliares.
(E) I - Diminuição do comércio interno de produtos agrícolas.
II - Criação em larga escala de represas de pequeno porte.

106. Um aumento no consumo de água e produtos agrícolas por parte da população brasileira geralmente vem atrelado
a um aumento na pressão exercida sobre o meio ambiente. Selecione a alternativa que apresenta duas soluções
sustentáveis, de amplo alcance nacional e economicamente viáveis, para diminuir a expansão dos cultivos sobre a
vegetação nativa e para garantir recursos hídricos de qualidade para as gerações futuras.

(A) I - Aumento da exportação de produtos agropecuários.


II - Criação em larga escala de represas de pequeno porte.
(B) I - Aumento progressivo da produtividade dos cultivos já existentes.
II - Programa amplo de preservação de matas ciliares.
(C) I - Diminuição do comércio interno de produtos agrícolas.
II - Aumento da utilização dos aquíferos para abastecimento dos cultivos.
(D) I - Aumento da exportação de produtos agropecuários.
II - Programa amplo de preservação de matas ciliares.
(E) I - Diminuição do comércio interno de produtos agrícolas.
II - Criação em larga escala de represas de pequeno porte.

107. “A empresa americana atribuiu a decisão à pandemia de coronavírus, afirmando que ela intensificou um quadro de
vendas já ruim e ‘prejuízos significativos’ no país e na América do Sul. Calcula-se que cerca de 5 mil pessoas perderão
seus empregos – o impacto sobre a cadeia indireta não está nesta conta. ‘Com mais de um século na América do Sul e
no Brasil, sabemos que estas são ações muito difíceis, mas necessárias, para criar um negócio saudável e sustentável’”.
Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/brasil/.

Esta situação, descrita em janeiro de 2021, refere-se a uma empresa que está fazendo uma reestruturação global para
sanar sua situação financeira, tomando a decisão de encerrar suas atividades produtivas no Brasil. Essa empresa
pertence ao setor:

(A) alimentício.
(B) têxtil.
(C) metalúrgico.
(D) petrolífero.
(E) automobilístico.

- 106 -
H
I
S
T
Ó
R
I
A

- 107 -
- 108 -
As questões deste têm por base o publicação: Introdução à História Marítima (SDM, 2006)
2021

01) (PS-SMV-OF-RM3/2021) “Eclodido na Europa em 1914, que veio a ser conhecido por Primeira Grande Guerra, o
Brasil permaneceu neutro nos primeiros três anos de guerra. O bloqueio Submarino sem restrições aos países aliados,
firmado pelo governo alemão em 31/01/1917, trouxe não só mal-estar a todos os países neutros, como também
preocupação ao governo brasileiro, que dependia fundamentalmente do mar para escoar a sua produção e importar
produtos que necessitava. O Brasil apresentou inicialmente seu protesto formal à Alemanha, seguido do rompimento das
relações comerciais. Mantínhamos ainda a nossa neutralidade, postura que veio a ser modificada em 11/04/1917, devido
ao afundamento do Navio Mercante Paraná, ao largo da costa francesa, quando o governo brasileiro rompeu as relações
diplomáticas com o governo alemão. Após o ataque a mais três dos nossos mercantes, em 26/10/1917, o Brasil
reconheceu e proclamou o estado de guerra com o Império alemão.”
De acordo com o livro Introdução à História Marítima (SDM, 2006), com relação aos fatos ocorridos no contexto da
Primeira Guerra Mundial, coloque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas abaixo, assinalando a seguir a opção
correta.
( ) A participação da Marinha brasileira na Primeira Grande Guerra formalizou-se com o envio para o teatro de
operações da Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), que tinha como missão o patrulhamento da área
entre Dakar-Natal-Gibraltar.
( ) A tripulação da DNOG foi gravemente atingida pela gripe espanhola, mas mesmo com muitas baixas sofridas,
cumpriu a missão a ela determinada.
( ) Outra participação significativa da marinha foi a designação de 12 oficiais aviadoras para servirem junto à Royal Air
Force (RAF). Foram depois empregados no patrulhamento do Canal da Mancha.
( ) A Marinha de Guerra era centrada na chamada Esquadra de 1910, com navios relativamente novos construídos na
Inglaterra sob o plano de construção naval do Almirante Alexandrino Faria de Alencar, porém, nenhum desses
meios navais ainda era movido a vapor.
( ) No principal Porto do país, o do Rio de Janeiro, centro econômico e político mais importante, instituiu-se uma linha
de Minas submarinas, cobrindo 600 metros, entre as Fortalezas da Laje e Santa Cruz.
(A) (F) (F) (V) (V) (F)
(B) (V) (V) (F) (F) (V).
(C) (F) (V) (V) (F) (V).
(D) (V) (F) (F) (V) (V).
(E) (V) (F) (V) (V) (F).

02) (PS-SMV-OF-RM3/2021) Analise o texto a seguir:


“A Esquadra brasileira passou a ser organizada essencialmente em divisões de encouraçados e cruzadores e flotilhas de
contratorpedeiros e submarinos. Porém, com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o Ministro da Marinha
Alexandrino de Alencar, determinou que as principais unidades operativas de superfície fossem organizadas em 3
divisões a fim de patrulhar as águas costeiras dentro de cada área de responsabilidade.”
De acordo com o livro Introdução à História Marítima (SDM, 2006), quais as 3 divisões navais foram criadas?
(A) Divisões Navais do Sul (Rio Grande), Sudeste (Rio de Janeiro) e Norte (Salvador).
(B) Divisões Navais do Sul (Rio Grande), Sudeste (Rio de Janeiro) e Nordeste (Salvador).
(C) Divisões Navais do Norte (Oiapoque), Centro (Rio de Janeiro) e Sul (Chuí).
(D) Divisões Navais do Norte (Belém), Centro (Rio de Janeiro) e Sul ( São Francisco do Sul).
(E) Divisões Navais do Norte (Manaus), Centro (Rio de Janeiro) e Sul (Rio Grande).

03) (PS-SMV-OF-RM3/2021) De acordo com o livro Introdução à História Marítima (SDM, 2006), Táticas, podem ser
descritas para a persuasão naval. Essas táticas são as diversas formas de emprego das forças navais para alcançarem
resultados políticos em tempo de paz. São formas de emprego que representa uma tática para a persuasão naval,
EXCETO:
(A) Visitas operativas a portos..
(B) Visitas específicas, de boa vontade.
(C) Posicionamentos operativos específicos.
(D) Ocultação permanente do Poder Naval.
(E) Auxílio naval.

04) (PS-SMV-OF-RM3/2021) Qual era a missão da Marinha no episódio da revolta nativista de 1817?
(A) imposição de paz no Maranhão.
(B) Atacar o navio Mercante Cabedelo.
(C) Bloqueio do Porto de Recife.
(D) Afundar os navios mercantes Guaíba e o Acari.
(E) Mostrar o poderio bélico naval.

- 109 -
05) (PS-SMV-OF-RM3/2021) Segundo Bittencourt (2006), o que foi a Jornada dos Vassalos?
(A) Uma expedição composta por vários fidalgos, tanto portugueses quanto espanhóis, voluntários para defender a
causa da coroa ibérica.
(B) Uma expedição que fundou o Forte do Presépio, origem da cidade de Belém, para servir de base para suas ações
militares.
(C) Resistência às invasões francesas no Rio de Janeiro.
(D) Resistência às invasões francesas no Maranhão.
(E) A chegada de Nicolau Durand de Villegagnon ao Rio de Janeiro e instalação da França Antártica.

06) (PS-SMV-OF-RM3/2021) “A Lei de Empréstimos e Arredamento - Lend Lease - com os Estados Unidos permitia,
sem operações financeiras imediatas, o fornecimento dos materiais necessários aos esforço de guerra dos países
aliados. Ela foi assinada a 11 de março de 1941. E acordo firmado a 1º de outubro de 1941, o Brasil obteve, nos termos
dessa lei, um crédito de 200 milhões de dólares”. Com isso, o Brasil pôde receber pequenas unidades de proteção ao
tráfego e de ataque a submarinos.
De acordo com o livro Introdução à História Marítima (SDM, 2006), no contexto da Segunda Guerra Mundial, os
seguintes meios navais foram recebidos pelo Brasil, EXCETO:
(A) caça-submarinos classe G (Guaporé e Gurupi).
(B) três submarinos da classe F (F1, F3, F5).
(C) seis unidades de caça-submarinos da classe G (Guaíba, Gurupá, Guajará, Goiana, Grajaú e Graúna).
(D) oito contratorpedeiros de escolta que já operavam em nossas águas (Bertioga, Beberibe, Bracuí, Bauru, Baependi,
Benevente, Babitonga e Bocaina).
(E) caça-submarinos da classe J (Javari, Jutaí, Juruá, Juruema, Jaguarão, Jaguaribe, Jacuí e Jundiaí).

07) (PS-SMV-OF-RM3/2021) Qual personagem da História desenvolveu um plano para fundar a colônia França
Antártica, na Baía de Guanabara (RJ), onde habitavam nativos da tribo Tupinambá, aliados dos franceses?
(A) Daniel de La Touch de la Ravadière.
(B) Nicolau Durand de Villegagnon.
(C) Almirante Jacob Willekens.
(D) General do Mar Wendrich Corneliszoon Lonck.
(E) Almirante Willem Loos.

08) (PS-SMV-OF-RM3/2021) Qual tratado pôs fim à guerra de França e Espanha contra Portugal, tendo a Espanha por
direito de guerra conservado a Praça de Olivença, na Europa, e a colônia de Sacramento, e Portugal recuperado no Sul
da América o território dos Sete Povos das Missões.
(A) Badajós.
(B) Madri.
(C) Versalhes
(D) Tordesilhas.
(E) Zamora.

09) (PS-SMV-OF-RM3/2021) Segundo Bittencourt (2006), durante a Guerra Cisplatina, ocorrida entre os anos de 1825 e
1828, a Marinha Imperial Brasileira lutou contra a Força Naval argentina e com corsários que atacavam os navios
mercantes brasileiros por toda a nossa costa. Assinale a opção que apresenta a primeira ação de guerra da Força Naval
brasileira na Guerra da Cisplatina.
(A) Abordagem e captura de uma fragata Argentina.
(B) Conquista de uma praça fortificada na margem esquerda do Rio da Prata.
(C) Corte do abastecimento por mar da capital Argentina.
(D) Estabelecimento de um bloqueio naval no Rio da Prata.
(E) Resgate de dois navios mercantes capturados por corsários.

10) (PS-SMV-OF-RM3/2021) O início da colonização do Brasil pelos portugueses contou com uma série de investidas de
outras ações europeias, que buscaram, através de ocupação, romper o domínio português estabelecido pelo Tratado de
Tordesilhas. Entre essas intervenções, houve a ocupação francesa de 1612-1615. No combate a tal ocupação, pode-se
citar Jerônimo de Albuquerque, primeiro nascido no Brasil a comandar uma força naval. A que local da colônia
portuguesa o texto se refere.
(A) Rio de Janeiro.
(B) Maranhão.
(C) Pernambuco.
(D) Ceará.
(E) Bahia.

- 110 -
11) (PS-SMV-OF-RM3/2021) Com a Proclamação da Independência, o nascimento da Marinha Imperial se deu em
regime de urgência, acarretando lacunas nos corpos de oficiais e praças. Como o governo resolveu a questão da falta de
pessoal para guarnecer os navios?

(A) Com índios trazidos da América Central.


(B) Com a contratação de estrangeiros experientes, remanescentes da marinha inglesa.
(C) Com ex-presidiários.
(D) Com a contratação de comerciantes e descendentes da nobreza.
(E) Com índios nativos das terras brasileiras.

12) (PS-SMV-OF-RM3/2021) O pioneirismo português ao assumir a liderança do processo de expansão marítima


europeia no final do século XIV, encontra explicação em dois acontecimentos decisivos. Quais foram esses
acontecimentos?

(A) Desenvolvimento da construção naval e financiamento pela coroa portuguesa da expansão marítima.
(B) As vitórias alcançadas pelos exércitos de Dom Henrique e recursos financeiros.
(C) Participação das ordens religiosas e vinculação da nobreza na formação do estado nacional lusitano.
(D) Renovação da aristocracia portuguesa e apoio dos grupos mercantis.
(E) Portugal estar com suas Fronteiras estabelecidas após a Guerra da Reconquista e ter se firmado como o primeiro
estado europeu moderno, politicamente centralizado.

13) (PS-SMV-OF-RM3/2021) Analise o texto a seguir:


“Pela primeira vez utilizando navios a vapor em um conflito externo, a Força Naval brasileira ultrapassou sobre os
disparos dos canhões das tropas Juan Manuel de Rosas o ponto fortificado adversário no Rio Paraná, e conduziu as
tropas aliadas rio acima para uma posição de desembarque favorável, onde foi possível o ataque e a posterior vitória
sobre as tropas adversárias”
De acordo com o livro Introdução à História Marítima (SDM, 2006), qual é a passagem a que o trecho faz referência?

(A) Passagem de Mercedes.


(B) Passagem de Cuevas.
(C) Passagem de Curupaiti.
(D) Passagem de Humaitá.
(E) Passagem de Tonelero.

14) (PS-SMV-OF-RM3/2021) Para que Portugal pudesse realizar a expansão marítima efetiva nos séculos XV e XVI, foi
preciso que se aperfeiçoasse a navegação, de modo que se tornasse transoceânica e não apenas costeira, como se
praticava. Um importante instrumento astronômico usado era constituído por uma roda de madeira com escala em graus,
um pino central (a alidade) com orifício nas duas extremidades (as pínulas), cujo uso pelo piloto consistia em fazer a
alidade girar até que os raios de sol atravessassem os orifícios das pínulas. Como era chamado esse instrumento
astronômico?

(A) Astrolábio.
(B) Bússola.
(C) Sextante.
(D) Relógio de Sol.
(E) Quadrante.

15) (PS-SMV-OF-RM3/2021) Acerca das ações iniciais de política externa empreendida por Dom João, após a chegada
da Família Real ao Brasil em 1808, coloque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas abaixo, assinalando, a seguir, a
opção correta.
( ) Ocupação da Banda Oriental.
( ) Assinatura do manifesto declarando guerra à França, considerando nulo todos os tratados que o imperador dos
franceses o obrigara a assinar.
( ) Apoio político à Grã-Bretanha.

(A) (V) (V) (V)


(B) (F) (F) (F)
(C) (F) (V) (V)
(D) (V) (V) (F)
(E) (F) (F) (V)
- 111 -
16) (PS-SMV-OF-RM3/2021) De acordo com o livro Introdução à História Marítima (SDM, 2006), em 1º de maio de 1865,
foi assinado - por Brasil, Argentina e Uruguai - o Tratado da Tríplice Aliança contra o governo do Paraguai. Os seguintes
eventos antecederam a assinatura desse tratado, EXCETO:

(A) Em 28/12/1864, forças paraguaias invadem a província de Rio Grande do Sul, atacando e ocupando o forte Coimbra.
(B) Em 13/04/1865, o governo paraguaio declara guerra à Argentina e forças paraguaias atacam Corrientes.
(C) Em 05/04/1865 parte de Buenos Aires uma força naval Brasileira para bloquear o Rio Paraná.
(D) Em 27/01/1865, o Império do Brasil declarou oficialmente que responderá às hostilidades do Paraguai.
(E) Em 12/11/1864, o governo paraguaio apreende o Navio Mercante brasileiro Marquês de Olinda, quando este
navegava 30 milhas acima de Assunção, rumo ao Mato Grosso, levando o novo presidente dessa província.

17) (PS-SMV-OF-RM3/2021) A Marinha Imperial brasileira atuou em diversos conflitos internos e externos de 1831 a
1852. Assinale a opção que apresenta o conflito externo de atuação da marinha brasileira.

(A) Guerra contra Oribe e Rosas.


(B) Balaiada.
(C) Sabinada.
(D) Guerra dos Farrapos.
(E) Cabanagem.

GABARITO PS-SMV RM3 2021


01 - C 02 - D 03 - D 04 - C 05 - A 06 - B 07 - B 08 - A 09 - D 10 - B
11 - B 12 - E 13 - E 14 - A 15 - D 16 - A 17 - A

2021

02) (PS-SMV-OF-RM2/2021) A fronteira do Sul do Brasil demorou a ser definida devido à ferrenha disputa travada entre
Portugal e Espanha que tinham interesse em dominar a estratégica região platina. De acordo com Bittencourt (2006),
qual o Tratado foi assinado em 1750 entre Portugal e Espanha, que foi fruto do trabalho de Alexandre de Gusmão,
secretário de Dom João V, e que, dentre outras medidas, estabeleceu a posse da Colônia de Sacramento para a
Espanha de Sete Povos das Missões para Portugal?

(A) Tratado de Utrecht.


(B) Tratado de Madri.
(C) Tratado do Pardo
(D) Tratado de Santo Ildefonso.
(E) Tratado de Badajós.

04) (PS-SMV-OF-RM2/2021) Para que Portugal pudesse realizar a expansão marítima efetiva nos séculos XV e XVI foi
preciso que se aperfeiçoasse a navegação, de modo a que se tornasse transoceânica e não apenas costeira, como se
praticava. De acordo com o Bittencourt (2006), quais instrumentos foram necessários no início das grandes navegações
oceânicas, capazes de indicar a direção do navio a latitude e a longitude?

(A) Bússola, sextante e esquadro.


(B) Cronômetro, sextante e esquadro.
(C) Bússola, astrolábio e relógio do sol.
(D) Relógio do Sol, astrolábio e compasso.
(E) Bússola, astrolábio e cronômetro.

05) (PS-SMV-OF-RM2/2021) Intensas lutas precederam e consolidaram o Estado português, que iniciou com a expulsão
dos mouros da Península Ibérica em 1249, no movimento denominado Reconquista, Quando Portugal consolidou o seu
território e firmou-se como “o primeiro Estado europeu moderno”. Mas somente após a vitória sobre os reinos de Leão e
Castela e a assinatura do tratado de paz e aliança perpétua com o Reino de Castela, a paz foi selada. De acordo com
Bittencourt (2006), em qual batalha Portugal teve a Vitória sobre os reinos de Leão e Castela em 1385?

(A) Batalha de Aljubarrota.


(B) Batalha de Ceuta.
(C) Batalha de Tarik.
(D) Batalha de Zamora.
(E) Batalha de Lusitânia.

- 112 -
06) (PS-SMV-OF-RM2/2021) Assinale opção que completa corretamente as lacunas da sentença abaixo, de acordo com
as Tradições Navais:
Os navios de guerra geralmente são construídos em ____________________. Construído e pronto, o navio é então
incorporado uma esquadra, força naval, companhia de navegação ou a quem vai ser responsável pelo seu
funcionamento. A cerimônia correspondente é a “incorporação” da qual faz parte a “_________________” ... feita pelos
construtores e recebedores, consiste uma inspeção do navio para ver se está tudo em ordem, de acordo com a
encomenda. Na ocasião, é lavrado um termo, onde se faz constar a entrega, a incorporação e tudo o que há a bordo. A
vida do navio passa então a ser registrada em um livro: o “______________”, que somente será fechado quando ele
________________________.

(A) arsenais / mostra de armamento / Livro do Navio / for desincorporado.


(B) docas / mostra de pessoal / Livro de Navegação / for desincorporado.
(C) estaleiros / mostra de armamento / Livro Ata / for suspender.
(D) estaleiros / mostra de equipamento / Livro do Navio / for sair do estaleiro.
(E) arsenais /mostra de material / Livro de Navegação / for sair do arsenal.

09) (PS-SMV-OF-RM2/2021) De acordo com Bittencourt (2006), com a queda de Napoleão e o movimento de
restauração das monarquias absolutistas encabeçado pelo Congresso de Viena, os portugueses esperavam que o seu
rei retornasse para Portugal e trouxesse a corte de volta para Lisboa. Entretanto, o monarca permaneceu no Rio de
Janeiro. Qual foi a ação tomada por dom João sexto para viabilizar sua decisão de permanecer no Brasil?

(A) Assinou o manifesto declarando guerra à França, considerando nulos todos os tratados que o imperador dos
franceses o obrigara a assinar.
(B) Criou a Academia Real de Guardas-Marinha e teve sua instalação nas dependências do Mosteiro de São Bento.
(C) Proclamou a Independência econômica do Brasil com a publicação da famosa carta Régia que abriu ao comércio
estrangeiro os portos do país.
(D) Elevou o Brasil a uma condição equivalente de Portugal com a formação do Reino Unido de Portugal Brasil e
Algarves.
(E) Criou duas companhias de caçadores uma bateria de artilharia, totalizando 400 homens com armas.

10) (PS-SMV-OF-RM2/2021) No período regencial, O conturbado ambiente político da corte se refletiu nas províncias do
Império em movimentos armados que explodiram por todos os principais centros regionais, desde 1831 até os anos de
consolidação do reinado de D. Pedro II. De acordo com Bittencourt (2006), no contexto externo, quais os dois grandes
conflitos em que o Império brasileiro se envolveu desde sua Independência até o início das hostilidades que levariam a
guerra contra o Paraguai?

(A) A Revolta Praieira e a Guerra dos Farrapos.


(B) A Revolta Praieira e a Balaiada.
(C) A Guerra Cisplatina e a Guerra dos Farrapos.
(D) A Guerra Cisplatina e a Guerra contra Oribe e Rosas.
(E) A Sabinada e a Cabanagem.

11) (PS-SMV-PR-RM2/2021) A Marinha atuou contra uma revolta, na Província de Pernambuco, que colocou em perigo
a integridade territorial do Império , em 1824. Qual é o nome dessa revolta?

(A) Balaiada.
(B) Praieira.
(C) Guerra dos Farrapos.
(D)Nativista.
(E) Confederação do Equador.

12) (PS-SMV-PR-RM2/2021) O governo brasileiro por intermédio de seu Ministro do Interior e dos Negócios
Estrangeiros, José Bonifácio de Andrade e Silva, percebeu que somente com o domínio do mar conseguiria manter a
unidade territorial brasileira, pois era por meio do mar que as províncias litorâneas, onde estava concentrada a maior
parte da população e da força produtiva brasileira, se interligavam e comercializavam seus produtos. Com referência à
Guerra de Independência, em quais províncias do litoral a recém-formada Esquadra brasileira teve que combater
movimentos separatistas?

(A) Santa Catarina, Bahia, Maranhão e Pernambuco.


(B) Grão-Pará, Rio de Janeiro, Bahia e Cisplatina.
(C) Bahia, Maranhão, Grão-Pará e Cisplatina.
(D) Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba.
(E) Bahia, Rio Grande do Sul, Grão-Pará e Cisplatina.

- 113 -
13) (PS-SMV-PR-RM2/2021) A coerção por meio do Poder Naval pode ser positiva ou negativa. Quando é negativa, a
persuasão naval inibe uma determinada atitude, impedindo que seja tomada. Essa coerção negativa também é
conhecida como:

(A) Sustentação.
(B) Dissuasão.
(C) Compelente.
(D) Neutralização.
(E) Deterrente.

14) (PS-SMV-PR-RM2/2021) Durante a Guerra Cisplatina (1825 a 1828), qual foi a primeira ação estabelecida para a
Força Naval brasileira no Rio da Prata, comandada pelo Vice-Almirante Rodrigo Lobo?

(A) Combater os navios argentinos.


(B) Realizar o bloqueio naval do Rio da Prata.
(C) Combater os corsários.
(D) Fazer reparos nos navios.
(E) Patrulhar o Rio da Prata.

15) (PS-SMV-PR-RM2/2021) Qual foi a primeira missão do Chefe de Divisão Francisco Manoel Barroso da Silva, durante
a Guerra da Tríplice Aliança, após assumir o comando da Força Naval brasileira?

(A) Apresar o vapor brasileiro Marquês de Olinda.


(B) Negar acesso ao território paraguaio através do bloqueio.
(C) Transportar suprimentos para as tropas.
(D) Organizar a difícil logística que o teatro de operações exigia.
(E) Realizar ataque a Cidade de Corrientes.

16) (PS-SMV-PR-RM2/2021) Durante a Guerra da Cisplatina, em 13 de maio de 1826, o Almirante Rodrigo pinto
Guedes, o Barão do Rio da Prata, substituiu o Almirante Rodrigo Lobo, que tinha se mostrado pouco capaz no comando
da Força Naval do Império do Brasil em operações de guerra no Rio da Prata. A primeira medida tomada pelo Almirante
Pinto Guedes foi estabelecer uma nova disposição das forças navais que reforçasse o bloqueio naval. Assim, segmentou
suas forças em quatro divisões.
Com relação à medida tomada pelo Almirante Pinto Guedes, coloque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas abaixo,
assinalando a seguir a opção correta
( ) A 1ª Divisão, reunindo os maiores e mais poderosos navios que estavam no Rio da Prata, formaria a linha exterior
do bloqueio.
( ) A 2ª Divisão, constituída de navios mais leves, manobreiros e numerosos, operaria no interior do estuário.
( ) A 4ª Divisão era composta de pequenos navios adequados à navegação fluvial.
( ) A 3ª Divisão era formada por navios em reparo e foi mantida em Montevideo, para atuar como uma força de reserva.
( ) A 3ª Divisão era composta de pequenos navios adequados à navegação fluvial.

(A) (V) (F) (V) (F) (V)


(B) (F)(F)(V)(V)(V)
(C) (V) (V) (F)(F)(V)
(D) (V) (V) (F)(V) (F)
(E) (F)(V) (F)(V) (F)

17) (PS-SMV-PR-RM2/2021) Durante a Primeira Guerra Mundial, como ficou conhecida a Força Naval brasileira enviada
para patrulhar uma área marítima contra submarinos alemães, compreendida entre Dakar no Senegal e Gibraltar?

(A) Divisão Naval em Operações de Guerra.


(B) Divisão Naval de Operações do Pacífico.
(C) Divisão Naval de Operações do Leste.
(D) Divisão Naval do Atlântico Norte.
(E) Divisão Naval do Atlântico Sul.

GABARITO PS-SMV/2021
02 - B 04 - E 05 - A 06 - A 09 - D 10 – D
11 - E 12 - C 13 - E 14 - B 15 - E 16 - C 17 - A

- 114 -
2020

01) (PS-SMV-OF-RM2/2020) Durante a guerra da Tríplice Aliança contra o governo do Paraguai, os meios navais do
Brasil, para avançar ao longo do Rio Paraguai, tiveram que vencer diversas passagens fortificadas, destacando-se entre
elas:

(A) Cuevas, Curupaiti e Corrientes.


(B) Riachuelo, Curuzu e Araquari .
(C) Araquari, Corrientes e Humaitá .
(D) Curuzu, Mercedes e Cuevas.
(E) Curupaiti, Humaitá, Curuzu.

02) (PS-SMV-OF-RM2/2020) De acordo com Bittencourt (2006), em relação aos navios de madeira, qual foi o primeiro
método de construção utilizado desde a canoa de tábuas?

(A) Casco resistente.


(B) Esqueleto rígido.
(C) Costado rígido.
(D) Casco trincado.
(E) Tábuas estruturais.

03) (PS-SMV-OF-RM2/2020) Os tipos de persuasão naval, específicos do emprego do Poder Naval em tempo de paz,
são classificados quanto aos modos em que os efeitos políticos se manifestam. Assim, qual tipo de persuasão pode ser
positiva ou compelente, quando uma ação já iniciada é forçada a uma determinada linha de ação, modificando-a
(negativa ou deterrente) quando inibe uma determinada atitude, impedindo-a de ser tomada?

(A) Poder Militar.


(B) Dissuasão.
(C) Sustentação.
(D) Coerção.
(E) Percepção.

05) (PS-SMV-OF-RM2/2020) Na segunda metade do século XIX, o Brasil procurava compensar seu atraso tecnológico
tanto adquirindo perigoso como construindo no Brasil. Qual foi o primeiro navio a hélices construído no país em 1854?

(A) Canhoneira Ipiranga.


(B) Fragata Amazonas.
(C) Corveta Niterói.
(D) Encouraçado Brasil.
(E) Monitor Parnaíba.

07) (PS-SMV-OF-RM2/2020) Em 1553, Nicolau Durand de Villegagnon Foi nomeado Vice-Almirante da Bretanha e
desenvolveu um plano para fundar uma colônia da baía de Guanabara (RJ); Qual o nome do núcleo da colônia que
Villegagnon instalou na ilha que atualmente tem seu nome?

(A) Ilha Franco-Tupinambá.


(B) França Antártica.
(C) Coligny.
(D) Ilha da Glória.
(E) Henryville.

08) (PS-SMV-OF-RM2/2020) Em relação à preparação do Brasil para a 1ª Guerra Mundial, a nossa Marinha de Guerra
era centrada na chamada Esquadra de 1910 , sob o plano de construção do Almirante Alexandrino de Alencar, Ministro
da Marinha. Qual é o nome dos dois cruzadores tipo Scouts de compunham essa Esquadra?

(A) Minas Gerais e São Paulo.


(B) Pará e Pernambuco.
(C) Rio Grande do Sul e Bahia.
(D) Santa Catarina e Sergipe.
(E) Rio Grande do Norte e Piauí.

- 115 -
09) (PS-SMV-OF-RM2/2020) No decorrer da Segunda Guerra Mundial, foram perdidos por ação de submarinos alemães
e italianos 33 navios mercantes. Os primeiros ataques a nossa marinha Mercante ocorreram quando o Brasil ainda se
mantinha neutro no conflito europeu. Qual foi o primeiro navio Mercante brasileiro atacado pela Força Aérea alemã em
22 de março de 1941, no mar Mediterrâneo ?

(A) Taubaté.
(B) Cabedelo.
(C) Buarque.
(D) Olinda.
(E) Arabutã.

12) (PS-SMV-OF-RM2/2020) Foi considerada a primeira sublevação ocorrida no período regencial, no Grão-Pará, que se
generalizou em 1835, com ocupação da capital da província, Belém:

(A) Guerra dos Farrapos.


(B) Cabanagem.
(C) Sabinada.
(D) Balaiada.
(E) Revolta Praieira.

13) (PS-SMV-OF-RM2/2020) Tem 1613, Felipe III (Felipe II, em Portugal) quer vir envio para o Brasil um novo
governador, Gaspar de Souza, bom ordens para tomar providências contra os invasores franceses no Maranhão. quem
foi designado pelo governador Gaspar de Souza parar comandar essa expedição contra os franceses, bom tornando-se
a primeira pessoa nascida no Brasil a comandar uma força naval em missão tipicamente militar na América portuguesa?

(A) Gregório Cardoso de Albuquerque.


(B) Alexandre de Moura.
(C) Martim Soares Moreno.
(D) Manuel Mascarenhas.
(E) Jerônimo de Albuquerque.

14) (PS-SMV-OF-RM2/2020) Diversos intrusos desafiaram os interesses ultramarinos de Portugal durante os séculos
XVI e XVII. Qual foi o primeiro povo que teve seus navios na Costa brasileira, comercializando com os nativos da terra,
forçando Portugal a reagir, enviando expedições guarda-costas reiniciando a colonização no Brasil?

(A) Italiano.
(B) Inglês.
(C) Holandês.
(D) Espanhol.
(E) Francês.

15) (PS-SMV-OF-RM2/2020) A partir de 1865, com o desafio criado pela guerra da tríplice aliança contra o governo do
Paraguai, causou se um novo surto de desenvolvimento da construção naval no país. Nesse período, foram construídos
no Arsenal da Corte os seguintes navios, EXCETO:

(A) canhoneira a vapor e dois navios encouraçados, em 1866.


(B) corveta encouraçada Sete de Setembro, em 1868.
(C) canhoneira a vapor de rodas, em 1866.
(D) corveta e três encouraçados, em 1868.
(E) navio encouraçado e duas bombardeiras, em 1867.

16) (PS-SMV-PR-RM2/2020) A ameaça representada pelo expansionismo francês na Europa, obrigou a Família Real
portuguesa a se transferir para o Brasil em 1807. Durante o seu período de permanência em terras brasileiras, Dom
João VI (1808-1821) ordenou duas ações que marcaram a sua política externa. Essas ações foram:

(A) a tomada de território espanhol por tropas portuguesas em 1809 e a incorporação da Banda Oriental à Coroa portuguesa
em 1821.
(B) a tomada de Caiena por tropas portuguesas em 1809 e a incorporação da Banda Oriental à Coroa portuguesa em 1821.
(C) a tomada de Caiena por tropas portuguesas em 1821 e a incorporação da Banda Oriental à Coroa portuguesa em 1809.
(D) a tomada de Angola por tropas portuguesas em 1809 e a incorporação da Banda Oriental à Coroa portuguesa em 1821.
(E) a tomada de Angola por tropas portuguesas em 1821 e a incorporação da Banda Oriental à Coroa portuguesa em 1809.

- 116 -
17) (PS-SMV-PR-RM2/2020) Leia o texto a seguir.
“A livre navegação nos rios e os limites entre o Brasil e o norte do Paraguai eram motivos de discordância entre os dois
países. Não se chegou um acordo satisfatório até a conclusão da Guerra da Tríplice Aliança” (BITTENCOURT, 2006,
pg.104).
Um dos atos de hostilidade do Paraguai que levou o Brasil a assinar o Tratado da Tríplice Aliança em 1º de maio de
1865 foi:

(A) a invasão de território do Chile por tropas paraguaias, em 13/04/1865, ocupando a cidade de Corrientes.
(B) o apresamento do vapor brasileiro Marquês de Olinda que viajava para Mato Grosso transportando o novo presidente
desta província, em 12/11/1864, em Assunção.
(C) o torpedeamento dos navios mercantes brasileiros Gualeguay e 25 de Maio, em 13/04/1865, por navios paraguaios.
(D) a invasão de território brasileiro por tropas uruguaias, em 13/04/1865, ocupando a cidade de Corrientes.
(E) o apresamento do vapor argentino Marquês de Olinda que viajava para Mato Grosso transportando o novo
presidente desta província, em 12/11/1864, em Assunção.

18) (PS-SMV-PR-RM2/2020) Durante a Segunda Guerra Mundial, a Marinha do Brasil criou a Força Naval do Nordeste
pelo Aviso nº 1.661 de 5 de outubro de 1942, para cumprir o seu papel no conflito. Qual foi a missão da Marinha nessa
guerra?

(A) Patrulhar o Pacífico e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o litoral sul do Brasil.
(B) Patrulhar o Atlântico Sul e procurar os comboios de navios de guerra que trafegavam entre o Mar do Caribe o litoral sul do Brasil.
(C) Patrulhar o Atlântico Sul e atacar os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe o litoral sul do Brasil.
(D) Patrulhar o Pacífico e procurar os comboios de navios de guerra que trafegavam entre o Mar do Caribe o litoral sul do Brasil.
(E) Patrulhar o Atlântico Sul e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe o litoral sul do Brasil.

19) (PS-SMV-PR-RM2/2020) De acordo com Bittencourt (2006), após o término da guerra na Europa, a marinha recebeu
dos Estados Unidos, em 16 de julho de 1945, em Tampa, na Flórida, o seguinte navio:

(A) Navio-Escola Almirante Saldanha da Gama.


(B) Navio-Transporte de Tropas Duque de Caxias.
(C) Navio-Transporte de Tropas Matoso Maia.
(D) Navio-Varredor Camuci.
(E) Navio-Varredor Cabedelo.

20) (PS-SMV-PR-RM2/2020) Os tipos de persuasão naval, específicos do emprego do Poder Naval em tempo de paz,
são classificados quanto aos modos em que os efeitos políticos se manifestam. Marque a opção que NÃO apresenta um
tipo de persuasão, segundo Bittencourt (2006).

(A) Sustentação e dissuasão.


(B) Dissuasão e coerção.
(C) Coerção e sustentação.
(D) Dissuasão e cooptação.
(E) Coerção, sustentação e dissuasão.

21) (PS-SMV-PR-RM2/2020) Durante o Governo Regente (1831-1840), houve revoltas internas onde se fez necessária a
presença da Marinha. Marque a opção que apresenta duas revoltas que ocorreram durante esse período.

(A) Guerra do Paraguai e Revolta Praieira.


(B) Sabinada e Cabanagem.
(C) Confederação do Equador e Revolta da Vacina.
(D) Revolta Farroupilha e Revolta dos Malês.
(E) Passagem de Tonelero e Passagem de Humaitá.

22) (PS-SMV-PR-RM2/2020) Segundo Bittencourt (2006), em 1852 houve um curto conflito externo na região do Rio da
Prata, cujo grande momento da Marinha Imperial foi emprego conjunto de embarcações a vela e a vapor. Os navios a
vela, mais artilhados, foram rebocados pelos navios a vapor, mais rápidos e ágeis nas manobras. Qual opção que
apresenta o nome do conflito e a passagem dos navios?

(A) Guerra do Paraguai - Passagem de Curupaiti.


(B) Guerra de Oribe e Rosas - Passagem de Tonelero.
(C) Guerra da Cisplatina - Passagem de Humaitá.
(D) Guerra da Cisplatina - Passagem de Tonelero.
(E) Guerra de Oribe e Rosas - Passagem de Humaitá.

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23) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Entre 1631 e 1640, dentro do período da união com a Espanha, foram enviadas três
esquadras luso-espanholas ao Brasil. Quem foi comandante da primeira expedição?

(A) Dom Lope de Hoce.


(B) Dom Vasco Fernandes Coutinho.
(C) Dom Rodrigo Lobo.
(D) Dom Fernando de Mascarenhas.
(E) Dom Antônio de Oquendo.

24) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Durante a guerra na qual o Brasil se envolveu no Rio da Prata contra Juan Manoel de
Rodas e Manuel Oribe, coube a marinha um grande momento: pela primeira vez se utilizaram navios a vapor em um
conflito externo. Tal feito ocorreu durante a:

(A) Cabanagem.
(B) Passagem de Riachuelo.
(C) Passagem de Cuevas.
(D) Passagem de Tonelero.
(E) Passagem de Paissandu.

25) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Assinale a opção que apresenta o marco zero da história dos Fuzileiros Navais no Brasil?

(A) As Guerras Napoleônicas.


(B) A chegada da Nau príncipe Real à Salvador Bahia.
(C) O desembarque da Brigada Real da Marinha na Guiana Francesa.
(D) A Revolta Nativista de 1817.
(E) A Proclamação da Independência do Brasil.

26) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Durante qual reinado instituiu-se a Marinha Real Portuguesa?

(A) Dom Dinis (1279-1325).


(B) Dom Fernando I (1367-1383).
(C) Dom João I (1385-1433).
(D) Dom Pedro I (1357-1367).
(E) Dom Duarte (1433-1438).

27) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Preocupado em realizar o reconhecimento da nova terra, em 1501, Dom Manuel enviou,
antes mesmo do retorno de Cabral, uma expedição composta por três caravelas comandadas por?

(A) Diogo Cão.


(B) Nicolau Coelho.
(C) Bartolomeu Dias.
(D) Vasco da Gama.
(E) Gonçalo Coelho.

28) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Durante a Guerra da Independência do Brasil, Fez então recém-criada Esquadra brasileira
teve papel primordial bloqueando os portos conflagrados e combatendo os lusitanos. Sob o comando de quem a
Esquadra deixou a baía de Guanabara com destino a Bahia no dia 1º de abril de 1823?

(A) Horatio Nelson.


(B) Felix dos Campos.
(C) Almirante Tamandaré.
(D) Júlio de Noronha.
(E) Thomas Cochrane.

29) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Por volta do século XV os portugueses utilizavam navio maior destinado à navegação e ao
transporte de mercadorias, suas velas principais tinham as vergas transversais à linha de centro do navio e a forma de
um trapézio que não era dado a esse tipo de embarcação.?

(A) Caravela.
(B) Galeão.
(C) Galé.
(D) Nau.
(E) Fragata.

- 118 -
30) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Qual a opção que apresenta a condição fundamental para o processo de formação das nações
europeias, que teve início em meados do século XIII, resultante da relativa paz que vivia o continente europeu, permitindo a
criação dos burgos que viriam a se transformar em vilas ou cidades com relativa autonomia?

(A) A expansão marítima.


(B) O tratado Hispano-Neerlandês.
(C) A crise do Feudalismo.
(D) O protecionismo alfandegário.
(E) As intervenções do Mercantilismo.

31) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Para que Portugal pudesse realizar a expansão marítima efetiva nos séculos XV e XVI, foi
preciso que se aperfeiçoasse a navegação, de modo que se tornasse transoceânica e não apenas costeira, como se praticava.
Como era chamado o instrumento composto por uma agulha imantada, que se alinha em função do campo magnético natural
da terra, permitindo saber a direção em que está o polo norte magnético, propiciando ao navio traçar seu rumo e sua direção?

(A) Astrolábio.
(B) Sextante.
(C) Quadrante.
(D) Bússola.
(E) Peloro.

32) (PS-SMV-OF-RM3/2020) No período regencial, o conturbado ambiente político da Corte se refletiu nas províncias do
Império em movimentos armados que explodiram por todos os principais centros regionais, desde 1831 até os anos de
consolidação do reinado de D. Pedro II. Qual dos conflitos abaixo NÂO é uma revolta interna desse período?

(A) Cabanagem.
(B) Sabinada.
(C) Revolta Praieira.
(D) Guerra dos Farrapos.
(E) Guerra Cisplatina.

33) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Os holandeses permaneceram no Nordeste por 24 anos. O longo êxito dos holandeses no Brasil
foi resultado do:

(A) domínio do mar.


(B) apoio das tropas em terra.
(C) desinteresse de Portugal.
(D) apoio da Grã-Bretanha.
(E) apoio dos insurretos luso-brasileiros.

34) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Os franceses contaram com a amizade de qual tribo durante a instalação do núcleo da colônia
conhecido como França Antártica?

(A) Piratiningas.
(B) Maracajás.
(C) Tupinambás.
(D) Arariboias.
(E) Temiminós.

35) (PS-SMV-OF-RM3/2020) A participação de jovens oficiais brasileiros, os tementes Saldanha da Gama e Júlio de Noronha,
que demonstraram bravura, foi importante nos combates corpo a corpo entre tripulações em um dos episódios mais dramáticos
da Guerra do Paraguai, quando se renderam 1300 Paraguaios. Nesse episódio, flotilha de escaleres, lanchas e canoas
bloqueavam a passagem dos fugitivos pela “Lagoa de Verá”, evitando assim que os derrotados se juntassem ao exército
paraguaio. Esse episódio tratava-se especificamente do final da?

(A) Guerra do Paraguai.


(B) Guerra Cisplatina.
(C) Passagem de Humaitá.
(D) Batalha Naval do Riachuelo.
(E) fuga paraguaia para a região montanhosa.

36) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Dentre os primeiros métodos de construção de embarcações, qual permitia o controle da forma
do casco durante a construção, fazendo com que o navio tivesse maior capacidade de carga, além de suportar melhor a
navegação no oceano?

(A) Costado Rígido.


(B) Esqueleto Rígido.
(C) Convés Rígido.
(D) Conveses Sobrepostos.
(E) Costado Sobreposto.

- 119 -
37) (PS-SMV-OF-RM3/2020) A missão da marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi patrulhar o Atlântico Sul e
proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o nosso litoral sul contra a ação dos
submarinos e navios corsários germânicos e italianos. Qual foi a primeira perda da marinha de Guerra nesse conflito?

(A) O Navio Auxiliar Vital de Oliveira.


(B) A Corveta Camaquã.
(C) O Cruzador Bahia.
(D) O Cruzador Rio Grande do Sul.
(E) O Contratorpedeiro Amazonas.

38) (PS-SMV-OF-RM3/2020) A vitória dos aliados, na Primeira Guerra Mundial, seria confirmada em Paris, em 28 de
junho de 1919, quando se reuniram os representantes de 32 países e assinaram o Tratado:

(A) de Zamora.
(B) de Versalhes.
(C) de Madri.
(D) de Tordesilhas.
(E) da Tríplice aliança.

39) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Juntamente com a Família Real, todo aparato burocrático e administrativo foi transferido
para o Rio de Janeiro, assim como a Academia Real de Guardas-marinha, que foi instalada:

(A) Ilha das Enxadas.


(B) Na Ilha de Villegagnon.
(C) No Mosteiro de São Bento.
(D) No Convento de Santo Antonio.
(E) No Forte de Copacabana.

40) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Em qual conflito a Marinha brasileira empregou pela primeira vez um navio movido a vapor
em operações de guerra?

(A) Guerra da independência.


(B) Segunda Guerra Mundial.
(C) Primeira Guerra Mundial.
(D) Guerra dos Farrapos.
(E) Guerra do Paraguai.

41) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Em 13 de maio de 1826, o almirante Rodrigo pinto Guedes, o Barão do Rio da Prata,
substituiu o Almirante Rodrigo Lobo, que tinha se mostrado pouco capaz no comando das Força Naval do império do
Brasil em operações de guerra no Rio da Prata. A Primeira medida tomada foi estabelecer uma nova disposição das
forças navais que reforçasse o bloqueio naval. Qual das opções abaixo NÃO representa uma característica das divisões
navais que compunham a reorganização das forças navais brasileiras?

(A) Divisão composta pelos maiores e mais poderosos navios que estavam no Rio da Prata, que formaria a linha exterior
do bloqueio, impedindo que navios entrassem no Rio da Prata para abastecer a Argentina e seu Exército lutando na
Cisplatina.
(B) Divisão constituída de navios mais leves, manobreiros e numerosos, operando no interior do estuário, efetuando um
rigoroso bloqueio naval contra a Colônia de Sacramento e Buenos Aires.
(C) Divisão formada por navios em reparo, mantida em Montevidéu, para atuar como um força de reserva.
(D) Divisão composta de pequenos navios adequados à navegação fluvial, que defenderia a Colônia do Sacramento e
patrulharia os rios Uruguai, Negro e Paraná.
(E) Divisão de navios de médio porte, que tinha como missão principal a manutenção do abastecimento dos exércitos
que lutavam na Província Cisplatina.

42) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Muitos marinheiros morriam nas longas estadias no mar, quando a dieta dependia apenas
de peixe, carne salgada e biscoito. As gengivas inchavam e sangravam, os dentes perdiam sua fixação e apareciam
manchas na pele, devido à falta de vitamina C. Que doença ocasionava essas mortes?

(A) Escorbuto.
(B) Beribéri.
(C) Anemia.
(D) Pneumonia.
(E) Laringite.

- 120 -
43) (PS-SMV-OF-RM3/2020) O Brasil permaneceu neutro nos primeiros três anos de conflito na Europa em 1914, que veio a
ser conhecido por Primeira Grande Guerra. O que veio a modificar a atitude brasileira, levando o governo a romper as
relações diplomáticas com o governo alemão?

(A) O afundamento do Navio Mercante Paraná.


(B) A adesão de Portugal em 1916.
(C) O ataque ao navio mercante Cabedelo.
(D) O ataque aos navios mercantes Guaíba e Acari.
(E) A atitude de protesto da Inglaterra com o bloqueio irrestrito.

44) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Acerca dos atos que levaram à assinatura do Tratado da Tríplice Aliança contra o Governo do
Paraguai, pelo Brasil, Argentina e Uruguai, em 1º de maio de 1865, marque V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmativas abaixo,
assinalando, a seguir, a opção correta.

( ) Apresamento do Vapor brasileiro “Marquês de Olinda”, que viajava para Mato Grosso transportando o novo presidente
desta província, em 12 de novembro de 1864, em Assunção.
( ) Invasão do Sul de mato Grosso por tropas paraguaias, em 28 de dezembro de 1864.
( ) Invasão do território do Paraguai por tropas brasileiras, em 13 de abril de 1865, ocupando a cidade de Corrientes e
apresando os vapores paraguaios “Gualeguay” e “25 de Mayo”.

(A) (V) (V) (V)


(B) (F) (F) (F)
(C) (F) (V) (V)
(D) (F) (V) (F)
(E) (V) (V) (F)

45) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Assinale a opção que apresenta os responsáveis pela invasão e pelo saque a cidade de Salvador
– BA (Bahia), com o propósito de obter lucro com a exploração da cultura do açúcar.

(A) Espanhóis.
(B) Holandeses.
(C) Franceses.
(D) Ingleses.
(E) Irlandeses.

46) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Como eram denominados os povos unidos pela fé islâmica, que impulsionados por sua política de
expansionismo conquistaram em 711 a região que hoje é conhecida como Portugal?

(A) Cartagineses.
(B) Mouros.
(C) Fenícios.
(D) Romanos.
(E) Gregos.

47) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Por nossas rotas marítimas na “Amazônia Azul” são escoados, aproximadamente:

(A) 90% dos emigrantes.


(B) 95% do comércio exterior do país.
(C) 20% dos eletroeletrônicos produzidos no país.
(D) 80% da soja nacional.
(E) 50% da produção leiteira.

48) (PS-SMV-OF-RM3/2020) Na crise da década de 1960, o governo brasileiro determinou que diversos navios da Marinha do
Brasil se dirigissem para o local onde a França enviou navios de guerra, em tempo de paz, mostrando que estava disposto a
defender seus direitos, se necessário com emprego de força. Como ficou conhecido esse ato?

(A) Guerra da Lagosta.


(B) França Antártica.
(C) Tríplice Entente.
(D) Guerra Franco-Brasileira.
(E) Dissuasão da Esquadra.

GABARITO PS-SMV 2020


01 - E 02 - C 04 - B 05 - A 07 - B 08 - C 09 - A
12 - B 13 - E 14 - E 15 - XXX 16 - B 17 - B 18 - E 19 - B 20 - D
21 - B 22 - B 23 - E 24 - D 25 - C 26 - A 27 - E 28 - E 29 - D 30 - C
31 - D 32 - E 33 - A 34 - C 35 - C 36 - B 37 - A 38 - B 39 - C 40 - D
41 - E 42 - A 43 - A 44 - E 45 - B 46 - B 47 - B 48 - A

- 121 -
2019

01 ) (PS-SMV-OF-RM2/2019) Leia o texto abaixo


O braço invicto vejo com que amansa Eu vejo c’o rigor da tesa lança
A dureza cerviz bárbara insolente, Acossar o francês, impaciente
Instruindo na Fé, dando esperança De lhe ver alcançar uma vitória
Do bem que sempre dura e é presente; Tão capaz e tão digna de memória.
Assinale a opção que trata do contexto retratado pelos versos de Bento Teixeira no texto acima.
(A) Retratam a luta de Jerônimo de Albuquerque para expulsar os franceses da Ilha de Villegagnon com a ajuda dos
Índios Tamoios.
(B) Exaltam a coragem da população indígena ao apoiar os franceses durante a ocupação do maranhão em 1612. A fé
indígena e enaltecida em detrimento da impaciência do francês invasor.
(C) Os dilemas de Jerônimo de Albuquerque com relação à fé inabalável do silvícola e a insolência dos franceses
invasores da Ilha de Villegagnon são a tônica dos versos acima.
(D) As invasões francesas da Província de Pernambuco e Bahia são retratadas nos versos acima, mostrando como o
índio foi fundamental no processo de expulsão dos invasores.
(E) Tais versos apresentam dois enormes desafios aos portugueses que iniciavam a ocupação e a conquista do Norte do
futuro Brasil na virada do século XVI para o XVII.

02) (PS-SMV-OF-RM2/2019) Assinale a opção correta no que se refere à expedição enviada por Portugal ao Brasil,
comandada por martim Afonso de Souza, em 1530.

(A) Sua principal missão era combater os holandeses que continuavam a contrabandear pau-brasil.
(B) Martin Afonso retornou a Portugal sem ter conseguido cumprir sua missão que lhe fora dada.
(C) Uma de suas atribuições era combater os franceses que contrabandeavam a cana de açúcar.
(D) Uma de suas atribuições era estabelecer núcleos de povoação.
(E) Por motivos historicamente desconhecidos, a missão não chegou ao Brasil

03) (PS-SMV-OF-RM2/2019) Segundo Vidigal (2000), qual foi o maior navio de guerra construído no Brasil?

(A) Contratorpedeiro Barroso.


(B) Encouraçado Tamandaré.
(C) Cruzador Barroso.
(D) Cruzador Tamandaré.
(E) Encouraçado Barroso.

04) (PS-SMV-OF-RM2/2019) Em 7 de setembro de 1822, o Príncipe D. Pedro declarava a Independência do Brasil.


Segundo Bittencourt (2006), quais províncias que atenderam de imediato à conclamação emanada das margens do
Ipiranga?

(A) Cisplatina, Bahia e Pernambuco.


(B) Grão-Pará, Rio de Janeiro e Pernambuco.
(C) Santa Catarina, Bahia e Mato Grosso.
(D) São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
(E) Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

13) (PS-SMV-PR-RM2/2019) Como se denomina o patrimônio brasileiro no mar, localizado na área marítima costeira
compreendida pela Zona Econômica Exclusiva – uma faixa de 200 milhas de extensão contadas a partir d linha de baixa-
mar – e a Plataforma Continental?
(A) Amazônia Verde.
(B) Mar Territorial brasileiro.
(C) Zona Continental brasileira.
(D) Mar Exclusivo brasileiro.
(E) Amazônia Azul.

14) (PS-SMV-PR-RM2/2019) Segundo Vidigal (2006), os tipos de persuasão naval, específicos do emprego do Poder
Naval em tempo de paz, classificados quanto aos modos em que os efeitos políticos se manifestam são:
(A) coesão, comprometimento e dissimulação.
(B) distensão, coerção e comprometimento.
(C) comunicação, coesão e distensão.
(D) sustentação, dissuasão e coerção.
(E) dissimulação, envolvimento e flexibilidade.
- 122 -
15) (PS-SMV-PR-RM2/2019) Quais países compunham a Tríplice Aliança em 1º de maio de 1865?

(A) Brasil, Chile e Uruguai.


(B) Argentina, Chile e Uruguai.
(C) Argentina, Brasil e Paraguai.
(D) Brasil, Argentina e Uruguai.
(E) Chile, Paraguai e Argentina.

16) (PS-SMV-PR-RM2/2019) Segundo Vidigal (2006), qual foi a causa determinante para a invasão francesa em
Portugal?

(A) a Vitória da Marinha francesa sobre a Inglaterra na Batalha de Trafalgar.


(B) A recusa de Portugal em aderir ao “bloqueio continental” imposto por Napoleão.
(C) A fragilidade do Exército português diante do poderio da França.
(D) A derrota de Napoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo, na Inglaterra.
(E) O “bloqueio continental” imposto pela Inglaterra à França.

17) (PS-SMV-PR-RM2/2019) Como se denominou a primeira sublevação ocorrida do período regencial, no Grão-Pará,
que se generalizou em 1835 com a ocupação da capital da província, Belém?

(A) Balaiada.
(B) Sabinada.
(C) Guerra dos Farrapos.
(D) Cabanagem.
(E) Batalha de Guararapes.

18) (PS-SMV-PR-RM2/2019) Segundo Vidigal (2006), com relação às motivações para o afundamento de navios
brasileiros por submarinos alemães, assinale a opção correta.

(A) Tanto a Itália quanto a Alemanha temiam o poderio bélico brasileiro e a sua supremacia no continente americano.
(B) Os alemães torpedearam diversos navios brasileiros em retaliação ao amplo apoio do Brasil aos países aliados,
sobretudo à Inglaterra.
(C) Os submarinos alemães, na maioria de suas investidas, torpedearam por engano os navios brasileiros, tendo-os
confundido com navios da Marinha dos Estados Unidos.
(D) Com o afundamento dos navios brasileiros, os alemães buscavam evitar o apoio do Brasil aos países que
compunham o eixo.
(E) A Alemanha não queria que o Brasil, apesar de ser ainda neutro na Segunda Guerra Mundial, continuasse a fornecer
matérias-primas para seus inimigos.

19) (PS-SMV-PR-RM2/2019) Na década de 1960 a França enviou navios de guerra, em tempo de paz, para proteger
seus barcos de pesca que capturavam crustáceos na plataforma continental brasileira. O governo brasileiro determinou
que diversos navios da marinha do Brasil se dirigissem para o local da crise, mostrando que o país estava disposto a
defender os seus direitos, se necessário, com emprego da força. Tal crise ficou conhecida como

(A) Batalha Naval do Riachuelo.


(B) Crise marítima da Amazônia Azul.
(C) Revolta da Armada.
(D) Crise do Atlântico Sul.
(E) Guerra da Lagosta.

20) (PS-SMV-PR-RM2/2019) Segundo Vidigal (2006), no que se refere ao bloqueio do Rio Paraná, qual foi a estratégia
imediatamente adotada pelo Almirante Joaquim Marques de Lisboa, Visconde de Tamandaré, ao ser designado
Comandante das Forças Navais brasileiras em operação?

(A) Negar o acesso ao território paraguaio através do bloqueio.


(B) Deixar livre o acesso pelo Rio Paraná, bloqueando as cidades circunvizinhas.
(C) Liberar a população paraguaia a fim de que pudesse buscar abrigo em solo brasileiro.
(D) Bloquear todos os acessos ao território argentino banhados pelo Rio Paraná.
(E) Manter toda a tropa às margens do Rio Araguaia a fim de viabilizar o bloqueio.

GABARITO PS-SMV 2019


01 - E 02 - D 03 - D 04 - E
13 - E 14 - D 15 - D 16 - B 17 - D 18 - E 19 - E 20 - A
- 123 -
2018

01) (PS-SMV-OF-RM2/2018) de acordo com Bittencourt (2006), e com relação às invasões francesas no Rio de Janeiro
e no Maranhão, é correto afirmar que :

(A) foram iniciativas do governo da França, cuja estratégia estava voltada para seus interesses no Brasil, afirmando que
o mundo não estava dividido entre Portugal e Espanha.
(B) a colonização do Brasil foi interesse de Portugal, que pretendia proteger a rota de seu comércio com toda a América
do sul.
(C) Portugal não disponibilizou recursos para expulsar os invasores e proteger os núcleos de colonização portuguesa,
tendo esse país que recolher mais impostos da colônia para suportar os custos com armas e navios.
(D) a reação portuguesa no Rio de Janeiro ocorreu quando o Governador Tomé de Souza, em 1560, atacou Forte de
Copacabana com uma força naval (soldados e índios) que trouxera da Bahia.
(E) em 1614, uma força naval comandada por Jerônimo de Albuquerque chegou ao Maranhão para combater os
franceses. Esse grupamento pode ser considerado a primeira força naval comandada por um brasileiro.

03) (PS-SMV-OF-RM2/2018) Na época da projeção de Portugal e Espanha na navegação oceânica, no final do século XV, já
se conhecia a bússola e o astrolábio. Naquela época, para o navegante saber exatamente a posição do navio em relação ao
globo terrestre, era necessário calcular a latitude e a longitude do local. Com base nessas informações, é correto afirmar que
no século XV:

(A) o cálculo prático da longitude a bordo de navios era difícil, pois dependia de se conhecer, com precisão, a hora.
(B) já existiam cronômetros rudimentares, que possuíam a vantagem de fornecer os rumos e as marcações de pontos de Terra
em linhas retas, facilitando a plotagem da atitude e da longitude nas cartas náuticas.
(C) a latitude era difícil de ser calculada, e era por meio dela e da estimativa de quanto navio havia se deslocado que os
navegadores da época sabiam exatamente sua localização no mar.
(D) o quadrante e o sextante mediam os meridianos e os paralelos, representados por linhas retas que se interceptavam
formando ângulos de 90 graus, permitindo estimar a hora e o cálculo da latitude.
(E) a bússola já auxiliava na navegação, por apontar sempre para o norte verdadeiro terrestre, e o astrolábio era utilizado para
o cálculo da latitude e longitude entre o nascer e o pôr do sol.

05) (PS-SMV-OF-RM2/2018) A participação da Marinha do Brasil na Primeira Grande Guerra formalizou se com o envio da
Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG) para o teatro de operações. Qual foi a missão dessa Divisão e qual foi seu
respectivo Comandante?

(A) Patrulhar e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o nosso litoral sul; e seu
comandante foi o Almirante Protógenes Pereira Guimarães.
(B) Patrulhar e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre Dakar-São Vicente-Gibraltar no sul da África;
e o seu comandante foi o Almirante Alfredo Carlos Soares Dutra.
(C) Patrulhamento da área entre Dakar-São Vicente-Gibraltar na Costa da África; e o seu comandante foi o almirante Pedro
Max Fernando de Frontin.
(D) Patrulhar e proteger os comboios de navios que trafegavam entre o Oceano Pacífico e o Mar do Caribe; e o seu
comandante foi o almirante Júlio César de Noronha.
(E) Patrulhamento ao norte do continente africano, nas proximidades do Marrocos; e o seu comandante foi o almirante
Alexandrino Faria de Alencar.

07) (PS-SMV-OF-RM2/2018) De acordo com Vidigal (2000), a vitória do Brasil na guerra contra Oribe e Rosas da Argentina
deveu-se muito pelo aumento das bocas de fogo da Esquadra brasileira comandada por Grenfell, frente às peças de artilharia
instaladas ao longo do Rio Paraná, propiciado por um fator estratégico utilizado na Passagem de Tonelero. Assinale a opção
correta, que reflete a ação tomada pelo então chefe naval do Brasil, que contribuiu de forma decisiva para a finalização desse
conflito.
(A) A utilização dos vapores brasileiros Dom Afonso, Pedro II, Recife e Dom Pedro rebocando duas corvetas e um brigue,
estes três a vela, propiciando a independência do vento dos navios a pano e aumentando das bocas de fogo destes, mais
numerosas.
(B) A utilização dos navios encouraçados Barroso e Tamandaré, ambos a velas, que disponham de mais bocas de fogo do que
os tradicionais navios a vapor, propiciando maior efetividade no combate frente às peças de artilharia de nosso opositor
portenho.
(C) A utilização dos navios de propulsão a hélice Amazonas é Ipiranga, que eram independentes do regime de ventos e
utilizavam suas poderosas baterias de canhões que atiravam os projetis sólidos convencionais, e canhões que atiravam as
granadas explosivas.
(D) A utilização dos navios de propulsão mista Sete de Setembro e Taquari, com suas numerosas bocas de fogo,
independentemente do regime de ventos, os quais eram um tipo de embarcação especial conhecida como bateria flutuante,
para enfrentar os fortes de terra.
(E) A utilização das canhoneiras couraçadas a vela Pedro Afonso e Forte de Coimbra que, apesar da dependência do regime
de ventos, eram embarcações poderosas em poder de fogo devido ao fato de possuírem baterias de canhões em ambos os
bordos.
- 124 -
08) (PS-SMV-OF-RM2/2018) O período regencial foi marcado por diversas revoltas e rebeliões, nas quais a atuação da
Marinha do Brasil, então Marinha Imperial, foi marcante para a resolução dos conflitos. Em qual embate o então Capitão-
Tenente Joaquim Marques Lisboa, futuro Marquês de Tamandaré, foi nomeado comandante da força naval em operação
contra os insurretos?

(A) Guerra dos Farrapos.


(B) Balaiada.
(C) Sabinada.
(D) Cabanagem.
(E) Revolta Praieira.

10) (PS-SMV-PR-RM2/2018) De acordo com Bittencourt (2006), no recuo das forças paraguaias durante a Guerra da Tríplice
Aliança contra o governo do Paraguai, os combates que ocorreram, corpo a corpo, entre as tripulações de embarcações,
constituíram um dos conjuntos de episódios mais dramáticos da guerra. Participaram deles, com grande bravura, jovens oficiais
brasileiros como os tenentes

(A) Saldanha da Gama e Júlio de Noronha.


(B) Jerônimo de Albuquerque e Júlio de Noronha.
(C) Francisco Manuel Barroso da Silva e Joaquim Marques Lisboa.
(D) João Maria Wandenkolk e Jerônimo de Albuquerque.
(E) Saldanha da gama e João Maria Wandenkolk.

11) (PS-SMV-PR-RM2/2018) de acordo com Bittencourt (2006), como foi denominada revolta que eclodiu contra a autoridade
da Regência na Bahia em novembro de 1837, na qual a Marinha Imperial bloqueou a província da Bahia e combateu uma
diminuta força naval montada pelos rebeldes com navios apresados, sendo sufocada em 1838?

(A) Balaiada.
(B) Guerra dos Farrapos.
(C) Cabanagem.
(D) Sabinada.
(E) Revolta Praieira.

12) (PS-SMV-PR-RM2/2018) De acordo com Bittencourt (2006), os dois grandes conflitos nos quais o Império brasileiro se
envolveu desde sua Independência até o início das hostilidades que levariam a guerra contra o Paraguai foram,
respectivamente:
(A) Guerra Cisplatina; e Guerra contra Manuel Oribe e Juan Manuel de Rosas.
(B) Guerra da Independência; e Guerra Cisplatina.
(C) Guerra contra Manuel Oribe e Juan Manuel de Rosas; e Guerra da Independência.
(D) Guerra do Paraguai; e Guerra da Independência.
(E) Guerra Cisplatina; e Guerra do Paraguai.

13) (PS-SMV-PR-RM2/2018) De acordo com Bittencourt (2006), que revolta fez frente ao movimento separatista que eclodiu
em Pernambuco em março de 1817 onde a marinha atuou na repressão bloqueando o Porto de Recife?
(A) da Chibata.
(B) Sabinada.
(C) Nativista.
(D) Praieira.
(E) Dos Marinheiros.

14) (PS-SMV-PR-RM2/2018) Tendo em vista os eventos da formação da Marinha Imperial Brasileira, coloque F (falso) ou V
(verdadeiro) nas afirmativas abaixo, assinalando a seguir a opção que apresenta a sequência correta.
( ) A Marinha Imperial teve seu início com o aproveitamento dos navios que tinham sido deixados no Porto do Rio de Janeiro
pelos portugueses e dos oficiais e praças da marinha portuguesa que aderiram a Independência.
( ) O Almirante Luís da Cunha Moreira, após a proclamação da Independência, foi nomeado Ministro da Marinha, tornando-
se o primeiro ministro brasileiro nato da nossa Marinha.
( ) A Academia Real de Guardas-Marinha, que acompanhou a Família Real no Brasil, teve sua instalação das dependências
da Ilha das Enxadas, tornando-se o primeiro estabelecimento de ensino superior no Brasil.
( ) A necessidade de se dispor da Força Naval como um eficiente elemento operativo e como um fator de dissuasão para as
pretensões de reconquista portuguesa, fez com que o governo imperial brasileiro contratasse Lorde Horatio Nelson, um
brilhante e experiente oficial da marinha inglesa, como Comandante em Chefe da Esquadra.

(A) (F) (V) (F) (V)


(B) (V) (V) (F) (F)
(C) (V) (V) (V) (F)
(D) (F) (F) (F) (V)
(E) (V) (F) (V) (F)
- 125 -
15) (PS-SMV-PR-RM2/2018) No decurso da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em 11/03/1941, foi assinada uma
leicom os Estados Unidos que permitia, sem operações financeiras imediatas, o fornecimento dos materiais necessários
ao esforço de guerra dos países aliados. De acordo com Bittencourt (2006), essa lei foi denominada lei de:

(A) Cooperação Mútua para a Guerra.


(B) Esforço de Guerra das Partes.
(C) Investimento Financeiro.
(D) Participação Ativa no Conflito.
(E) Empréstimo e Arrendamento.

16) (PS-SMV-PR-RM2/2018) Na história, há numerosos exemplos de navios corsários que surgiram de surpresa diante de um
Porto para danificarem suas instalações ou amedrontarem suas populações. Do ponto de vista militar, os efeitos dessas
incursões são reduzidos, sendo a ação, na maioria das vezes, executada para desorganizar a vida da população e obter
efeitos Morais.

Com o advento do submarino, o perigo tornou-se maior, com a possibilidade de torpedeamento de navios surtos nos portos.
Por esses motivos, durante a Segunda Guerra Mundial, foi organizada uma defesa que atuaria em pontos focais da Costa, com
a finalidade de repelir qualquer ataque aéreo ou naval inimigo, por meio de ações coordenadas da Marinha de Guerra, do
Exército e da Aeronáutica.
De acordo com Bittencourt (2006), como foi denominada essa defesa organizada?

(A) Ativa.
(B) Positiva.
(C) Costeira.
(D) Submarina.
(E) Naval.

17) (PS-SMV-PR-RM2/2018) De acordo com Bittencourt (2006), na Primeira Guerra Mundial (1914 1918), o governo de
Wenceslau Braz decidiu enviar para operar sob as ordens da Marinha Britânica uma Divisão Naval que foi denominada
Divisão Naval em Operações:

(A) de Apoio Logísticos .


(B) Antissubmarino.
(C) de Guerra.
(D) de Minagem.
(E) de Reconhecimento.

GABARITO PS-SMV 2018


01 - E 03 - A 05 - C 07 - A 08 - B 10 - A
11 - D 12 - A 13 - C 14 - B 15 - E 16 - A 17 - C

2017

01) (PS-SMV-OF-RM2/2017)
Durante a Guerra Cisplatina, a Marinha Imperial brasileira lutou com a Força Naval argentina e corsários que atacavam os
navios mercantes brasileiros por toda nossa costa. Assinale a opção que apresenta a primeira ação de guerra da Força Naval
brasileira na Guerra Cisplatina.

(A) estabelecimento de um bloqueio fluvial no rio da Prata.


(B) Abordagem e captura de uma fragata argentina.
(C) Conquista de uma praça fortificada na margem esquerda do rio da Prata.
(D) Corte do abastecimento por mar da capital Argentina.
(E) Resgate de dois navios mercantes capturados por corsários.

02) (PS-SMV-OF-RM2/2017)
O Programa de Reaparelhamento da Marinha de 1904, que veio a ser remodelado e reformado em 1906, incluía alguns
melhoramentos fundamentais para um poder naval que desejava no Brasil. Assinale a opção que NÃO representa uma das
propostas ou melhoramentos desse Programa.

(A) Aquisição de navios que, naquele momento, equipavam as melhores esquadras do mundo.
(B) Criação de um moderno arsenal.
(C) Adição de novos encouraçados de 20 mil toneladas.
(D) Construção de um porto militar.
(E) Desenvolvimento de submarinos com propulsão nuclear.
- 126 -
03) (PS-SMV-OF-RM2/2017)
Após a chegada da Família Imperial ao Brasil, a 7 de março de 1808, D. João iniciou movimentos de política externa, o que
permitiu elevar significativamente o papel da Marinha. Quais foram as duas ações iniciais de política externa empreendidas por
D, João?

(A) A expulsão dos franceses do Rio de Janeiro e a criação do Arsenal de Marinha.


(B) A conquista de Caiena e a ocupação da Banda Oriental.
(C) A assinatura do Tratado de Trégua entre Portugal e Holanda e a formação da primeira Força Naval.
(D) A declaração de guerra à França e a adesão à causa da Independência.
(E) A abertura dos portos ao comércio estrangeiro e a criação da Esquadra brasileira.

04) (PS-SMV-OF-RM2/2017)
O dia 11 de junho é considerado a Data Magna da Marinha, pois marcou, em 1865, uma vitória decisiva da Força Naval
brasileira na Guerra da Tríplice Aliança contra o Governo do Paraguai. “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever” e
“Sustentar o fogo que a vitória é nossa” foram os dois sinais de Barroso, Chefe de Divisão, no comando das duas divisões
navais brasileiras no conflito.
Essas informações se referem a que Batalha?

(A) Tomada da Fortaleza de Curuzu.


(B) Guerra Cisplatina.
(C) Batalha Naval do Riachuelo.
(D) Batalha do Forte de Humaitá.
(E) Dezembrada.

05) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
“O Lorde Cochrane, no comando da nau Pedro I, fez dessa embarcação a ponta de lança de uma grande força naval que viria
próxima, transportando um vultoso exército nacional. Porém tudo não passava de um blefe para levar à deposição a Junta
Governativa que se mantinha fiel a Lisboa, o que aconteceu em 27 de julho de 1823”.
(Introdução à História Marítima Brasileira: Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha, 2006)
Esta afirmativa se refere a qual episódio?

(A) Bloqueio naval de São Luís.


(B) Ocupação da Banda Oriental do Uruguai.
(C) Bloqueio Naval a Montevidéu.
(D) Atuação da Marinha contra a Confederação do Equador.
(E) Invasão da Capital da Guiana Francesa, Caiena.

06) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
“No período regencial, o conturbado ambiente político da Corte se refletiu nas províncias do Império em movimentos armados
que explodiram por todas os principais centros regionais, desde 1831 até os anos de consolidação do reinado de D. Pedro II”
(Introdução à História Marítima Brasileira: Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha, 2006)
Com relação a esse período da História Marítima Brasileira, é correto afirmar que a Marinha

(A) enfrentou grandes inimigos no mar.


(B) participou de combates navais de duração de meses.
(C) participou do transporte de tropas do Exército Imperial da Corte e de outras províncias, bloqueios e desembarques.
(D) realizou diversas ações que determinaram o fim do escravismo.
(E) consolidou o reinado de D. Pedro II a ponto de evitar a Guerra do Paraguai.

07) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
Na crise da década de 1960, chamada de Guerra da Lagosta, que tipo de persuasão naval o governo brasileiro utilizou contra a
França?

(A) Sustentação.
(B) Dissuasão.
(C) Intimidação.
(D) Coerção Deterrente.
(E) Imposição.

08) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
Assinale a opção que apresenta a primeira revolta ocorrida no Grão-Pará, no período regencial, e que se generalizou em 1835
com a ocupação da capital da província, Belém.
(A) Sabinada.
(B) Revolta Praieira.
(C) Cabanagem.
(D) Balaiada.
(E) Guerra dos Farrapos.
- 127 -
09) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
Qual das opções abaixo se refere à participação brasileira na Primeira Guerra Mundial?

(A) A designação de 13 oficiais aviadores.


(B) Fabricação e fornecimento de munições.
(C) Bloqueio naval aos portos alemães.
(D) Transporte de tropas para a área de conflito.
(E) Participação em combates navais no Mediterrâneo.

10) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
Na segunda metade do século XIX, o Brasil se envolveu em questões que definiram o seu território. Nesse contexto, os
navios brasileiros, mesmo os de propulsão mista, eram adequados para operar no mar e não nas condições de águas
restritas e pouco profundas que o teatro de operações nos rios Paraná e Paraguai exigia; a possibilidade de encalhar era
um perigo sempre presente. Essa afirmativa se refere a que episódio da história marítima brasileira?

(A) Guerra contra Oribe e Rosas.


(B) Guerra da Cisplatina.
(C) Guerra dos Farrapos.
(D) Guerra da Tríplice Aliança.
(E) Combate de Lara-Quilmes.

11) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
Qual era a principal tarefa da Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG) na Primeira Guerra Mundial?

(A) Participar das festividades promovidas pelos vitoriosos em comemoração ao Armistício da Primeira Guerra Mundial.
(B) Patrulhar o Atlântico Sul e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o mar do Caribe e o
nosso litoral sul contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos.
(C) Atuar no transporte de material bélico com navios fretados pelo governo norte americano.
(D) Organizar comboios, nos portos nacionais, que reuniam navios mercantes da navegação de longo curso e de
cabotagem, escoltados por navios de guerra brasileiros e norte-americanos.
(E) Patrulhar uma área marítima contra submarinos alemães, compreendida entre Dakar, no Senegal, e Gibraltar, na
entrada do Mediterrâneo, com subordinação ao Almirantado inglês.

12) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
Ainda no reinado de D. Pedro I, uma revolta na província de Pernambuco colocou em perigo a integridade territorial do
império. A marinha atuou contra essa revolta a partir de abril de 1824, que congregou, no seu ápice, também as
províncias da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. A que episódio se refere essa afirmativa?
(A) Revolta dos Alfaiates.
(B) Dezembrada.
(C) Confederação do Equador.
(D) Revolta Nativista.
(E) Desembarque em Maldonado.

13) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
Na Segunda Guerra Mundial, quem era responsável pela defesa, proteção e controle que abrangia a área entre os
estados de Sergipe, Bahia e Espírito Santo, com sede em Salvador?
(A) Comando Naval do Nordeste.
(B) Comando Naval do Centro.
(C) Comando Naval do Leste.
(D) Comando Naval do Norte.
(E) Comando Naval do Sul.

14) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
Qual foi a participação da Marinha na Primeira Guerra Mundial?
(A) Patrulhar a costa brasileira em conjunto com a marinha francesa.
(B) Patrulhar o Atlântico Sul e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o mar do Caribe e o nosso
litoral.
(C) Como medida de caráter orgânico, foram instalados comandos navais, criados pelo Decreto nº 10.539, de 31 de agosto de
1942, com propósito de prover uma defesa mais eficaz da nossa fronteira marítima.
(D) O envio de uma Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), que tinha como missão patrulhar uma área marítima
contra submarinos alemães, compreendida entre Dakar no Senegal e Gibraltar.
(E) Organizar uma defesa ativa, atuando em pontos focais da costa, com a finalidade de repelir qualquer ataque aéreo ou naval
inimigo.
- 128 -
15) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
Que revolta ocorrida na província de Pernambuco colocou em perigo a integridade do território do Império, que
congregou também, em seu ápice, as províncias da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará em 1824.

(A) Revolta dos Alfaiates.


(B) Revolta da Armada.
(C) Balaiada.
(D) Revolta Nativista.
(E) Confederação do Equador.

16) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
Quem foi o autor do Programa de Reaparelhamento da Marinha em 1904.

(A) Almirante Pedro Max Fernando de Frontin.


(B) Almirante Francisco Manoel Barroso da Silva.
(C) Almirante Júlio de Noronha.
(D) Almirante Alexandrino de Alencar.
(E) Almirante Joaquim José Ignácio.

17) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
No Brasil, várias revoltas foram deflagradas em diversas províncias e abafadas pelo governo regencial com a utilização
da Marinha e do Exército. Dentre essas revoltas, pode se citar:

(A) Cabanagem, no Pará.


(B) Revolta Praieira, no Ceará.
(C) Balaiada, no Rio Grande do Sul.
(D) Guerra dos Farrapos, no Maranhão e Piauí.
(E) Sabinada, em São Paulo.

18) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
Quais eram os países que compunham a Tríplice Aliança?
(A) Brasil, Paraguai e Uruguai.
(B) Brasil, Argentina e Uruguai.
(C) Argentina, Paraguai e Uruguai.
(D) Brasil, Chile e Bolívia.
(E) Chile, Bolívia e Uruguai.

19) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
Em que guerra o Brasil recém-independente envolveu-se entre 1825 e 1828, com as Províncias Unidas do Rio da Prata,
atual Argentina, pela posse de uma província brasileira que havia sido anexada por D. João VI, em 1821, e que é
atualmente a República Oriental do Uruguai?
(A) Guerra dos Farrapos.
(B) Guerra da Lagosta.
(C) Guerra contra Manoel Oribe e Rosas.
(D) Guerra Cisplatina.
(E) Guerra do Paraguai.

20) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
Quem foi designado comandante das Forças Navais Brasileiras em Operação na Guerra do Paraguai?
(A) General Manoel Marques de Souza.
(B) Almirante Barroso.
(C) Almirante Joaquim Marques Lisboa.
(D) Marques de Caxias.
(E) Capitão de mar e Guerra Delfim Carlos de Carvalho.

21) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
Quais foram as duas principais ações de D. João no tocante à política externa do Brasil?
(A) Expulsão dos franceses e consolidação do território brasileiro.
(B) Conquista de Caiena e ocupação da Banda Oriental.
(C) Construção da Ponte da Amizade e estudos topográficos no Sul do país.
(D) Abertura dos Portos e construção da hidrovia do Madeira.
(E) Reestruturação das forças de defesa nacional e criação da alfândega do Sul do país.
- 129 -
22) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
Quais foram os países que, durante a Primeira Guerra Mundial formavam a Tríplice Entente?

(A) Império Austro-Húngaro, Itália e Alemanha.


(B) França, Inglaterra e Rússia.
(C) Estados Unidos, França e Inglaterra.
(D) Rússia, Alemanha e França.
(E) Alemanha, Portugal e França.

23) (PS-SMV-PR-RM2/2017)
O que provocou o retorno de D. João VI à Portugal?

(A) O estado revolucionário em que se encontrava Portugal.


(B) A declaração de Independência do Brasil.
(C) A derrota de Napoleão.
(D) A intensificação do comércio com a Inglaterra.
(E) O Congresso de Viena.

GABARITO PS-SMV 2017


01 - A 02 - E 03 - B 04 - C 05 - A 06 - C 07 - D 08 - C 09 - A 10 - D
11 - E 12 - C 13 - C 14 - D 15 - E 16 - C 17 - A 18 - B 19 - D 20 - C
21 - B 22 - B 23 - A

2016

01) (PS-RM2-PR-RM2/2016)
Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro declarou que permaneceria no Brasil, apesar da determinação das Cortes para que
retornasse a Lisboa. Como esse dia ficou conhecido?

(A) Dia da Independência.


(B) Dia do Fico.
(C) Dia do Brasil.
(D) Dia de D. Pedro.
(E) Dia de Portugal.

02) (PS-RM2-PR-RM2/2016)
Assinale a opção que apresenta a composição correta dos blocos militares formados antes da Primeira Guerra Mundial.

(A) Tríplice Aliança (Espanha, Itália e Alemanha) e Tríplice Entente (Estados Unidos, França e Japão).
(B) Tríplice Aliança (Rússia, Alemanha e Itália) e Tríplice Entente (Japão, Alemanha e Grã-Bretanha).
(C) Tríplice Aliança (França, Alemanha e Rússia) e Tríplice Entente (Portugal, França e Estados Unidos).
(D) Tríplice Aliança (Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha) e Tríplice Entente (Rússia, Inglaterra e França).
(E) Tríplice Aliança (Brasil, Itália e Alemanha) e Tríplice Entente (Rússia, França e Espanha).

03) (PS-RM2-PR-RM2/2016)
Na Segunda Guerra Mundial, o bloco militar conhecido como Eixo era composto por quais países?

(A) Inglaterra, Estados Unidos e Japão.


(B) Itália, Estados Unidos e Rússia.
(C) França, Inglaterra e Estados Unidos.
(D) Brasil, Inglaterra e Itália.
(E) Alemanha, Itália e Japão.

04) (PS-RM2-PR-RM2/2016)
Qual foi o fato que deu início a Primeira Guerra Mundial?

(A) A invasão da Polônia pelo Exército Alemão.


(B) A formação do bloco militar composto por Alemanha, Itália e França.
(C) O assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco.
(D) A disputa por território no continente americano, principalmente entre Alemanha e Itália.
(E) A disputa pelo território brasileiro.

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05) (PS-RM2-PR-RM2/2016)
Um movimento importante para D. João na política externa foi a ocupação da Banda Oriental. Qual país da américa do
Sul se originou dessa ocupação?

(A) Estados Unidos da América.


(B) México.
(C) Brasil.
(D) Uruguai.
(E) Canadá.

06) (PS-RM2-PR-RM2/2016)
Qual foi a missão da Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial?

(A) Invadir a Alemanha junto com os Estados Unidos.


(B) Destruir os navios mercantes alemães.
(C) Patrulhar o Pacífico e Proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e nosso
litoral norte contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos.
(D) Invadir a Itália junto com os Estados Unidos.
(E) Patrulhar o Atlântico Sul e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o
nosso litoral sul contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos.

07) (PS-RM2-PR-RM2/2016)
A pressão pela restauração do pacto colonial, com o consequente esvaziamento das atribuições de regente, levou D.
Pedro a defender a autonomia brasileira perante a restauração da condição de colônia pretendida pelas Cortes. Com
isso, como ficou conhecido o dia 7 de setembro de 1822?

(A) Dia do Fico.


(B) Dia da Independência do Brasil.
(C) Dia do Brasil e Portugal.
(D) Dia de D. Pedro.
(E) Dia de Portugal.

08) (PS-RM2-PR-RM2/2016)
Em qual Guerra o império brasileiro, que se opunha frontalmente à anexação do Uruguai ao território da Argentina,
apoiou o governo constituído do Uruguai, exercido pelo Partido Colorado?

(A) Guerra contra Oribe e Rosas.


(B) Guerra da Cisplatina.
(C) Guerra do Uruguai.
(D) Guerra dos Farrapos.
(E) Guerra Sabinada.

09) (PS-RM2-OF-RM2/2016)
Qual das missões abaixo representou a principal atuação da Marinha do Brasil durante a Segunda Guerra Mundial?

(A) Patrulhar a área compreendida entre Dakar-São Vicente-Gibraltar na costa da África.


(B) Realizar o bloqueio naval do Rio da Prata.
(C) Transportar tropas para a Europa e realizar operações anfíbias de desembarque na França.
(D) Enfrentar os encouraçados alemães no Atlântico Sul, dentre os quais pode ser citado o Encouraçado Graf Spee.
(E) Patrulhar o Atlântico Sul e escoltar os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o litoral
sul do Brasil.

10) (PS-RM2-OF-RM2/2016)
Após a Proclamação da Independência do Brasil em 1822, o Governo Imperial teve a necessidade de criar rapidamente
uma Esquadra Brasileira com a intenção de efetivar a Independência e combater as forças opositoras à autonomia
política da nação. Além de a recém-criada Marinha do Brasil ter sido fundamental na guerra pela independência, que
outro fator de destaque pode ser atribuído à Esquadra Imperial Brasileira?

(A) A transformação da colônia brasileira em uma república.


(B) A manutenção da unidade territorial brasileira.
(C) A incorporação da Províncias Unidas do Prata ao território brasileiro.
(D) o apresamento dos navios portugueses seguido da tomada da cidade de Lisboa.
(E) A proibição da contratação de estrangeiros para comporem a Marinha do Brasil.

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11) (PS-RM2-OF-RM2/2016)
Na década de 1960, uma crise envolveu Brasil e França em uma questão correlacionada à soberania do mar territorial
brasileiro. Tal crise levou o governo brasileiro a tomar uma atitude de persuasão naval coercitiva, determinando o envio
de navios da Marinha do Brasil ao local da crise a fim de demonstrar que o país estava disposto a defender seus direitos.
Finalmente, o conflito de interesse foi resolvido no campo da diplomacia. Como ficou conhecida essa crise?

(A) Guerra das Malvinas.


(B) Crise dos Mísseis.
(C) Questão Christie.
(D) Guerra da Lagosta.
(E) Crise Vichy.

12) (PS-RM2-OF-RM2/2016)
Durante a Primeira Guerra Mundial, navios mercantes brasileiros foram atacados por submarinos alemães, o que levou o
governo brasileiro a declarara estado de guerra com o Império alemão em 1917.Constituiu-se como ação brasileira nesta
guerra a criação

(A) da Divisão Naval em Operações de Guerra.


(B) da Força Naval do Nordeste.
(C) da Força Aérea Brasileira.
(D) da Divisão Naval do Rio da Prata.
(E) do Corpo de Fuzileiros Navais.

13) (PS-RM2-OF-RM2/2016)
“...minha resolução foi de acabar de uma vez, com toda a esquadra paraguaia, que eu teria conseguido se os quatro
vapores que estavam mais acima não tivessem fugido. Pus a proa sobre o primeiro, que o escangalhei, ficando
inutilizado completamente, de água aberta, indo pouco depois ao fundo. Segui a mesma manobra contra o segundo, que
era o Marques de Olinda, que inutilizei, e depois o terceiro, que era o Salto, que ficou pela mesma forma”.
(Parte de Combate escrita em 12 de junho de 1865 a bordo da Fragata Amazonas pelo Chefe de Divisão Francisco
Manoel Barroso)
O trecho acima se trata do relato do Almirante Barroso a respeito da vitória brasileira sobre as forças navais paraguaias,
na Batalha Naval do Riachuelo, ocorrida no dia 11 de junho de 1865. Apesar de a guerra ter se estendido até 1870, por
que a Batalha Naval pode ser considerada como decisiva para a vitória da Tríplice Aliança?

(A) O presidente paraguaio, Francisco Solano Lopez, foi morto durante a Batalha Naval do Riachuelo, desestabilizando
as forças paraguaias.
(B) Na Batalha Naval do Riachuelo, grande parte da esquadra paraguaia foi aniquilada, o que garantiu o bloqueio naval
que impediu o Paraguai de receber armamentos do exterior.
(C) Com a vitória brasileira em Riachuelo, parte das fortalezas paraguaias se rebelou contra o governo paraguaio.
(D) Tal batalha anulou todas as forças paraguaias, de modo que o restante do conflito foi uma marcha sem esforços da
Tríplice Aliança até assunção.
(E) Com a vitória em Riachuelo, a Argentina entrou na guerra ao lado do Brasil, saindo do seu estado de neutralidade.

14) (PS-RM2-OF-RM2/2016) Leia o texto a seguir.


“No início da década de 1940, o nosso Poder Naval possuía limitações operacionais importantes. No início da Segunda
Guerra Mundial, em 1939, na Europa, o Brasil contava com praticamente os mesmos navios da Primeira Guerra Mundial.
(...) Ao rompermos relações diplomáticas com o Eixo, a Marinha do Brasil desconhecia as novas táticas antissubmarino e
estava, consequentemente, desprovida do material flutuante e dos equipamentos necessários para executá-las.”
(BITTENCOURT, A. de S. Introdução à História Marítima Brasileira. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da
Marinha, 2006. pp. 141 e 148)
Diante da situação apontada acima, o governo brasileiro efetivou um acordo internacional denominado Lend Lease, que
possibilitou o empréstimo e o arrendamento para a Marinha do Brasil de vários navios que fossem tecnologicamente
apropriados àquela guerra. Com qual nação foi realizado esse acordo, firmado em 1º de outubro de 1941?

(A) Estados Unidos da América.


(B) Alemanha.
(C) Inglaterra.
(D) França.
(E) União soviética.

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15) (PS-RM2-OF-RM2/2016) O primeiro conflito internacional que o Brasil participou após sua Independência foi a
Guerra da Cisplatina (1825 – 1828). A respeito dessa guerra, é correto afirmar que

(A) a independência da Cisplatina, sob o nome de República Oriental do Uruguai, foi um dos seus resultados.
(B) devido ao maior poderio naval argentino, a Esquadra Imperial Brasileira fez uso intensivo da guerra de corso.
(C) a causa principal desse conflito foi a invasão paraguaia à província de Mato Grosso.
(D) a vitória brasileira se deu em consequência de sua estratégia naval de bloqueio do Rio da Prata.
(E) ao bloquear o Rio Paraná, a Tríplice Aliança, formada por Brasil, Argentina e Uruguai, deu um duro golpe na Força
Naval Paraguaia.

16) (PS-RM2-OF-RM2/2016)
A participação da Marinha do Brasil na Primeira Guerra Mundial formalizou-se com o envio de uma Divisão Naval em
Operações de Guerra (DNOG), sob o comando do Almirante Pedro Max Fernando de Frontin, ao teatro de operações.
Em que consistia a principal missão da DNOG.

(A) Realizar a escolta de comboios de navios mercantes no Atlântico Sul.


(B) Transportar as tropas do Exército Brasileiro para o continente europeu.
(C) Patrulhar a área marítima compreendida entre Dakar, no Senegal, e Gibraltar, na entrada do Mediterrâneo.
(D) Desenvolver a guerra de corso contra a Alemanha com a utilização de submarinos adquiridos na Itália.
(E) Combater os rebeldes germânicos que ocupavam o litoral catarinense.

17) (PS-RM2-OF-RM2/2016)
Com relação à Guerra da Tríplice Aliança contra o governo do Paraguai, analise as afirmativas abaixo.
I – A Vitória brasileira na Batalha Naval de Riachuelo garantiu o bloqueio naval que impediu o Paraguai de receber
armamentos do exterior.
II – O Tratado da Tríplice Aliança entre Brasil, Argentina e Uruguai, constituiu-se como um acordo de caráter econômico
que visava arruinar a economia paraguaia.
III – Todos os navios da Marinha do Brasil que operaram durante a guerra foram adquiridos no exterior, pois o Arsenal
de Marinha no Rio de Janeiro não tinha capacidade tecnológica para construir embarcações de guerra.
IV – Mesmo após a ocupação de Assunção pelas forças da Tríplice Aliança, em 1869, o presidente paraguaio, Francisco
Solano Lopez, não se rendeu, fazendo com que a guerra se prolongasse até o ano de 1870.

Assinale a opção correta.

(A) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.


(B) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
(C) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
(D) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
(E) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.

GABARITO PS-SMV2016
01 - B 02 - D 03 - E 04 - C 05 - D 06 - E 07 - B 08 - A 09 - E 10 - B
11 - D 12 - A 13 - B 14 - A 15 - A 16 - C 17 - D

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