Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Técnicas de Comunicação
Turma: I12
Discentes :
Eduardo Mahumane
Ivan Nhapulo
Leandro Guimarães
Marcelino Caetano
2. Clitização ou Clitícos...............................................................................................................4
2. Clitização ou Clitícos
Os clíticos têm sido caracterizados como formas semelhantes a palavras, mas que dependem
estruturalmente de uma palavra vizinha numa dada construção. O Português é uma língua com
pronomes clíticos de 1ª, 2ª e 3ª. Pessoas (me, te, se, lhe, nos), que conservam a flexão casual e
que, consoante os contextos sintácticos, ocorrem em posição proclítica, mesoclítica ou enclítica.
Cunha e Cintra (1999:78) definem o clítico pronominal como sendo o elemento que se combina
fonologicamente com palavras com que não forma construções morfológicas, ficando a depender
do acento dessas palavras e podendo ser enclítico, proclíse e mesoclítico.
a. Na frase declarativa negativa. Ex: não vos via há muito tempo. Jamais o teria imaginado.
b. Na frase interrogativa directa parcial. Ex: quem te mandou ao mercado? Onde as
guardou?
c. Nas subordinadas relativas. Ex: O jovem que lhe amachucou o carro é aquele.
d. Nas orações subordinadas temporais. Ex1: Dou-te o livro quando mo pegares. Ex2:
Sempre que se magoava voltava para mim.
e. Nas frases introduzidas pelas palavras: também, até, ainda, tudo, alguém, nunca, nada,
apenas, só, todos, jamais, tudo, já, ambos, entre outras. Ex: Até o macaco se safou dessa.
f. Não há fontes bibliográficas no documento atual. Quando o verbo está no futuro do
presente ou no futuro do pretérito, dá-se a proclíse ou mesóclise. Ex: Eu me calarei/ eu
calar-me-ei.
g. Nas orações iniciadas por palavras exclamativas, bem como as que exprimem desejo
(optativas). Ex: Que Deus o abençoe!
h. Em frases com o gerúndio regido da preposição “em”. Ex: Em se ela anuviando, em a
não vendo….
i. Há casos em que se insere uma ou mais palavras entre o pronome átono em próclise e o
verbo, sendo o mais comum a intercalação com a negativa não. Ex: Era impossível que
lhe não deixasse uma lembrança. Ex: Há tanto tempo que não o via.
j. Nas orações subordinadas desenvolvidas, inclusive quando a conjunção está oculta. Ex1:
O sufrágio que me vai dar está para mim uma congregação. Ex2: A minha mãe ordenou
me mandassem buscar ao seminário.
k. Note-se que, em frases em que ocorram tempos compostos ou a passiva de ser, os clíticos
colocam-se à esquerda ou à direita dos verbos se se derem as condições indicadas
anteriormente. O mesmo acontece quando ocorrem em frases com verbos modais (dever
e poder) e perífrases aspectuais (estar a, começar a). Ex1: os rapazes não o devem
convidar/ os rapazes não devem convidá-lo. Ex2: Quanto aos contos, a Maria os está a
escrever/ Quanto aos contos, a Maria está a escrevê-los.
Só quando o verbo estiver no futuro do indicativo ou no condicional. Ex: O rei tê-lo-á convidado
para ministro; Eu apresentar-te-ia ao director, se mo pedisses; Eles dar-lhe-ão uma oportunidade
A posição mesoclítica ocorre nas formas verbais do futuro e do condicional, nas condições que
não aconselham a posição enclítica do pronome.
A mesóclise deve-se à origem das formas do futuro e do condicional. Estas formas eram
analíticas, constituídas pela justaposição do infinitivo do verbo principal e das formas reduzidas
do presente e do imperfeito do indicativo do verbo haver (amar-te-ei procede de amar te hei;
mandar-me-ás de mandar me hás, etc.).
Este processo consiste na selecção de um verbo do qual o pronome clítico não é dependente para
Ex: O João tinha-o já convidado várias vezes; O convite foi-lhe finalmente enviado.