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COMPLEXO PRIVADO ESTRELA DOURADA DE BELAS

TRABALHO DE LÍNGUA PORTUGUESA

PRONOMES PESSOAIS
COMPLEMENTOS VERBAIS E NOMINAIS

DOCENTE
______________________

LUANDA, 2024
COMPLEXO PRIVADO ESTRELA DOURADA DE BELAS

PRONOMES PESSOAIS
COMPLEMENTOS VERBAIS E NOMINAIS

Classe: 10ª
Sala: 03
Período: Tarde

INTEGRANTES DO GRUPO

 Manuel Nguelechi
 Mário Malundo
 Marta Dongala
 João Pacrassio
 Wilson Kateve
 Armando Epalanga
 João António
 Natircia Mupila
AGRADECIMENTO
Nossos agradecimentos vão para Deus que cuida de nós em todos os momentos e nos dá força e
sabedoria para aprendermos, aos nossos pais pelo sustento, aos nossos colegas porque nos ajudam
muito a aprender em sala de aula e aos nossos professores por nos concederem a oportunidade de
pesquisar e aprender muito mais.
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 5
PRONOMES PESSOAIS........................................................................................................................... 6
Tabela com os pronomes pessoais ............................................................................................................. 7
PRONOMES DO CASO RETO ............................................................................................................... 7
PRONOMES DO CASO OBLÍQUO ........................................................................................................ 8
PRONOMES DE TRATAMENTO .......................................................................................................... 9
COMPLEMENTO NOMINAL................................................................................................................. 9
Complemento nominal e adjunto adnominal ......................................................................................... 10
COMPLEMENTO VERBAL.................................................................................................................. 10
Agente da passiva ..................................................................................................................................... 11
CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 13
INTRODUÇÃO
No presente trabalho estaremos falando dos pronomes pessoais, tomados em seu sentido literal,
representam as três pessoas do discurso, variando de acordo com as funções exercidas mediante
um contexto linguístico. Assim sendo, dividem-se em pronomes pessoais do caso reto e do caso
oblíquo. Desta feita abordaremos também sobre os complementos verbais e nominais de modo a
enriquecer nossos conhecimentos da língua que fazemos uso no dia-a-dia.

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PRONOMES PESSOAIS
Etimologicamente, o termo pronome deriva do latim „„pronomen‟‟ que significa („„pro‟‟= na
vez de, e „„nomen‟‟= nome), logo pronome é a palavra que se emprega em vez de um nome ‟‟,
ou pronome pode ser a palavra que é usada anaforicamente, substitui ou remete para o nome,
adjetivo, sintagma, frase empregados no mesmo enunciado ou em enunciados anteriores.
O pronome também pode ser uma classe de palavra variável, por vezes, em género e número, ou
pessoa, género e número, ou ainda, em caso, que serve para substituir as pessoas que são três: a
primeira, a que fala (eu e nós), a segunda, com quem se fala (tu e vós) e a terceira de quem se fala
(ele, ela, eles e elas). Consequentemente, pronome pode ser uma palavra que representa um nome,
um termo usado com a função de um nome, um adjetivo ou toda uma oração que a segue ou a
antecede; tipo de sintagma nominal que não possui interpretação referencial própria, recebendo-a
da situação ou de um outro sintagma nominal.
Na visão de Marques:
O termo pronome é utilizado aqui por ser o mais conveniente para
designar determinada categoria gramatical. Aliás, como veremos uma
análise sociolinguística mostra que a questão do pronome é muito mais
complexa do que o admite a literatura linguística tradicional. […] em
muitos estudos gramaticais, os pronomes são encarados como substitutos
do nome. Ora esta afirmação é sobretudo válida no que respeita à forma
pronominal da terceira pessoa: ele (-a), eles (-as). No caso da segunda,
ou de formas de cortesia que obrigam à terceira pessoa do verbo, os
pronomes não podem ser encarados apenas como substitutos, isto, numa
perspetiva sociolinguística, até porque a sua ocorrência e distribuição se
encontra limitada pelo sistema de relações entre os participantes. Serão
estas que determinarão as relações discursivas, que obrigarão até a
pronominalizar sintagmas nominais sujeitos de frase […].
O conceito de pronomes pessoais varia de gramática para gramática, ou seja, de autor para autor,
por exemplo, na Gramática do Português Moderno, os pronomes pessoais são aqueles que indicam
as pessoas referenciadas na fala, bem como o número gramatical. Mas, na Gramática do Português,
os pronomes pessoais são expressões nominais que não têm conteúdo referencial inerente, ou seja,
não têm autonomia referencial. A sua referência estará sempre dependente da situação de
enunciação ou do contexto linguístico ou discursivo. Este facto é importantíssimo referir/destacar,
porque ajudará o leitor a situarse na matéria e a estabelecer uma certa relação entre os conceitos,
porque se por um lado ele apreende que é o elememto que indica a pessoa do discurso, por outro
lado, saberá que é o predicado que atribui conteúdo referencial ao pronome pessoal.
Os pronomes pessoais referem-se às pessoas do discurso, ou seja, aos agentes envolvidos no
enunciado, podendo ser a 1ª, a 2ª ou a 3ª pessoa, do singular ou do plural. São elas:
 1ª pessoa: eu (singular), nós (plural);
 2ª pessoa: tu (singular), vós (plural);
 3ª pessoa: ele, ela (singular), eles, elas (plural). A 3ª pessoa também engloba tudo o que
não é um ser vivo. No enunciado “Aquela cadeira é vermelha.”, o verbo está conjugado
na 3ª pessoa, ainda que “cadeira” não seja um ser propriamente dito.
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Tabela com os pronomes pessoais
Os pronomes pessoais podem ser do caso reto (quando funcionam como sujeito do enunciado) ou
do caso oblíquo (quando funcionam como complemento do enunciado). Neste último caso,
podem ser átonos (não precisando de preposição que os acompanhe) ou tônicos (precisando de
preposição que os acompanhe).
Observe, na tabela seguinte, quais são os diferentes pronomes:

PRONOMES PESSOAIS
Reto Oblíquo
Átono (sem preposição) Tônico (com preposição)
Singular 1ª eu me mim, comigo
2ª tu te ti, contigo
3ª ele, ela lhe, o, a, se ele, ela, si, consigo
Plural 1ª nós nos nós, conosco
2ª vós vos vós, convosco
3ª eles, elas lhes, os, as, se eles, elas, si, consigo

Os pronomes de tratamento também configuram um caso de pronome pessoal, distinguindo-se por


serem formas de reverência.

PRONOMES DO CASO RETO


Os pronomes pessoais do caso reto funcionam como sujeito do enunciado em que estão inseridos,
isto é, executam ou sofrem a ação do enunciado. Lembrando-se dos pronomes do caso reto da
tabela anterior, observe os seguintes exemplos:
 Nós combinamos de ir ao parque.
(Sujeito + verbo + complemento)
 Eu estava muito empolgado.
(Sujeito + verbo + complemento)
Note que os sujeitos dos dois enunciados são pronomes pessoais, pois referem-se às pessoas do
discurso (nos dois casos, à 1ª pessoa), e são do caso reto, pois exercem função de sujeito nos
respectivos enunciados. Veja outros exemplos agora:
 As flores desabrocharam ontem.
(Sujeito + verbo + complemento)
 Meu irmão e a vizinha dele foram ao mercado juntos.
(Sujeito + verbo + complemento)
Dessa vez, os sujeitos dos dois enunciados não são pronomes pessoais do caso reto, pois “flores”,
“irmão” e “vizinha” são substantivos. No entanto, podemos substituir esses substantivos pelos
respectivos pronomes do caso reto:
 Elas desabrocharam ontem.
 Eles foram ao mercado juntos.

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PRONOMES DO CASO OBLÍQUO
Os pronomes do caso oblíquo funcionam como complemento do enunciado. Em alguns casos,
devem vir acompanhados de preposição para que o enunciado tenha sentido. Nesses casos, são
chamados de pronomes oblíquos tônicos. Caso não precisem estar acompanhados de preposição,
são chamados de pronomes oblíquos átonos.
Pronomes oblíquos tônicos
 Esse livro foi dedicado a vós.
(Sujeito + verbo + complemento)
 Os alunos vieram até mim.
(Sujeito + verbo + complemento)
 Elas falaram muito bem de nós.
(Sujeito + verbo + complemento)
Nesses casos, “vós”, “mim” e “nós” assumiram função de complemento e vieram acompanhados
de preposição (“a”, “até” e “de”, respectivamente), portanto, são pronomes oblíquos tônicos.
 Ela foi comigo ao mercado.
(Sujeito + verbo + complemento)
No exemplo, temos dois pronomes pessoais: “Ela”, que é do caso reto por tratar-se do sujeito do
enunciado, e “mim” (com + mim = comigo), que é do caso oblíquo por tratar-se do
complemento. Como precisa da preposição “com”, é um pronome oblíquo tônico.
Vale ressaltar que a preposição “com” sempre se junta aos pronomes, formando uma palavra só:
 com + mim = comigo
 com + ti = contigo
 com + si = consigo (singular ou plural)
 com + nós = conosco
 com + vós = convosco
Pronomes oblíquos átonos
 A plateia me ouviu cantar.
(Sujeito + complemento + verbo)
 Muita gente veio nos prestigiar.
(Sujeito + verbo + complemento + verbo)
 Nós lhes damos boas-vindas.
(Sujeito + complemento + verbo + complemento)
Nesses casos, “me”, “nos” e “lhes” assumiram função de complemento, porém não precisaram vir
acompanhados de preposição. Por isso, são pronomes oblíquos átonos.
Vale lembrar que existem convenções a respeito da colocação do pronome oblíquo átono:
a próclise ocorre quando, antes do verbo, algumas palavras “atraem” o pronome oblíquo;
a ênclise ocorre quando o verbo inicia a oração ou está no gerúndio ou no imperativo afirmativo;
e a mesóclise costuma ocorrer quando o verbo está conjugado no futuro (tanto do presente, quanto
do pretérito), não havendo construção que justifique o uso da próclise ou da ênclise.
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PRONOMES DE TRATAMENTO
Os pronomes de tratamento são formas de reverência que consistem em referirmo-nos às pessoas
pelos seus atributos ou qualidades que ocupam. Por isso, eles são também chamados formas
substantivas de tratamento ou formas pronominais de tratamento.
Assim, mesmo quando estamos falando com a pessoa (usando o discurso da 2ª pessoa), ao
utilizarmos um pronome de tratamento, o verbo passa para a 3ª pessoa. O pronome “você”, por
exemplo, não é um pronome pessoal, e sim um pronome de tratamento. Por isso, apesar de “você”
referir-se à 2ª pessoa (“tu”, ou “vocês” para “vós”), os verbos são conjugados na 3ª pessoa. Observe
o exemplo:
 Tu já foste ao cinema ver esse filme?
 Você já foi ao cinema ver esse filme?
Os pronomes de tratamento podem ser usados tanto para dirigir-se à pessoa quanto para referir-
se a ela, mas os verbos sempre estarão conjugados na 3ª pessoa. Observe:
 Vossa Excelência já preparou o discurso para a cerimônia de posse?
 Vossa Santidade, o papa, deixará o Vaticano para reunir-se com grandes líderes hoje.
Principais pronomes de tratamento:
Pronome Abreviação Destinado
Senhor/Senhora Sr./Sr.ª pessoas com quem há distanciamento mais
respeitoso
Você V. pessoas com quem há intimidade
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
Vossa Eminência V. Em.ª cardeais
Vossa Excelência V. Ex.ª presidente da República, ministros, altas
patentes militares, bispos, arcebispos
Vossa Magnificência V. Mag.ª reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis, imperadores
Vossa Mercê V. M.cê pessoas de tratamento cerimonioso
Vossa Onipotência *não se abrevia Deus
Vossa Reverendíssima V. Rev.ma sacerdotes
Vossa Santidade V. S. papas
Vossa Senhoria V. S.ª oficiais até coronel, funcionários graduados,
pessoas de cerimônia

COMPLEMENTO NOMINAL
O complemento nominal tem a função de completar o sentido dos nomes (substantivos,
adjetivos e advérbios). Assim, ele é unido ao nome por meio de uma preposição.
 Exemplos de complemento nominal de substantivos
Ela sentia aversão a homofóbicos.
Tenho dúvida sobre uma questão.

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Sua capacidade de memorização é admirável.
Observe que, nos enunciados, os substantivos “aversão”, “dúvida” e “capacidade” possuem,
respectivamente, os seguintes complementos: “a homofóbicos”, “sobre uma questão” e “de
memorização”.
 Exemplos de complemento nominal de adjetivos
Estou acostumado a isso.
Ficou descontente com a minha atitude.
Gioconda é suspeita de crimes contra o patrimônio público.
Note que, nos exemplos, os adjetivos “acostumado”, “descontente” e “suspeita” possuem,
respectivamente, os seguintes complementos: “a isso”, “com a minha atitude” e “de crimes contra
o patrimônio público”.
 Exemplos de complemento nominal de advérbios
O posto de saúde fica longe daqui.
Paulo reagiu insensivelmente aos gritos de dor dos cães.
Decidiu favoravelmente ao meu pedido.
Perceba que, nas frases, os advérbios “longe”, “insensivelmente” e “favoravelmente” possuem,
respectivamente, os seguintes complementos: “daqui”, “aos gritos de dor dos cães” e “ao meu
pedido”.
Complemento nominal e adjunto adnominal
O adjunto adnominal é um artigo, numeral, pronome, adjetivo ou locução adjetiva que
acompanha, caracteriza, especifica ou quantifica o substantivo:
Os cinco belos filhotinhos de gato sobreviveram.
Nesse enunciado, temos o substantivo “filhotinhos”, que é acompanhado dos seguintes adjuntos
adnominais: “os” (artigo), “cinco” (numeral), “belos” (adjetivo) e “de gato” (locução adjetiva). No
entanto, quando o adjunto adnominal é uma locução adjetiva, ele pode ser confundido com um
complemento nominal devido à presença da preposição “de”.
O adjunto adnominal acompanha o substantivo, já o complemento nominal completa o
sentido do substantivo. Desse modo, a expressão “de gato” pode ser um adjunto adnominal e
acompanhar um substantivo: “filhotinhos de gato”, mas, também, pode exercer a função de
complemento nominal:
Agenor não entendia por que o filho tinha tanto medo de gato.
Nesse exemplo, o substantivo “medo” exige um complemento, uma vez que quem tem medo, tem
medo de alguém ou de alguma coisa, ou seja, tem medo de gato. Nesse caso, portanto, “de gato”
não caracteriza o substantivo “medo”, mas completa o seu sentido.
COMPLEMENTO VERBAL
Se o complemento nominal completa o sentido do nome, o complemento verbal completa o
sentido do verbo transitivo. Assim, o verbo transitivo pode ser:
 Direto (exige complemento sem preposição)
Amo Ney Matogrosso!

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 Indireto (requer complemento com preposição)
Assisti ao filme de Adélia Sampaio.
 Direto e indireto (pede um complemento sem preposição e outro com preposição)
Contei tudo ao meu amigo.
Portanto, nessas frases, os verbos “amo”, “assisti” e “contei” possuem, respectivamente, os
seguintes complementos verbais: “Ney Matogrosso”, “ao filme de Adélia Sampaio”, “tudo” e “ao
meu amigo”.
Como se identifica o complemento nominal na oração.
Para identificar o complemento nominal na oração, você precisa localizar o nome (substantivo,
adjetivo ou advérbio). Em seguida, é necessário conhecer a sua possível regência, isto é, saber
qual preposição esse nome exige para se unir a um complemento.
Exemplos:
Tinha compaixão por todos. Preposição: a
Substantivo: compaixão Complemento: a tudo
Preposição: por Não queria ficar perto de mim.
Complemento: por todos Advérbio: perto
Carina estava alheia a tudo. Preposição: de
Adjetivo: alheia Complemento: de mim
Percebemos que: quem tem compaixão, tem compaixão por alguém; quem está alheio, está
alheio a alguma coisa; e quem fica perto, fica perto de alguém. Portanto, ao localizar o nome na
oração, precisamos buscar a expressão que completa o seu sentido. Teremos, assim, o
complemento nominal.

Agente da passiva
O determinante que exprime o agente ou executor da acção sofrida pelo sujeito da oração chama-
se complemento de agente da passiva ou simplesmente agente da passiva. É indicado pelas
preposições por, per ou de, e corresponde ao agente da activa, a que se dá o nome de sujeito:
O Lugar foi descoberto por Pedro Álvares.
O quintal foi cavado pelo pai da Ana.
João é amado de todos.
João é querido das irmãs.

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CONCLUSÃO
Temos a concluir que os pronomes como pudemos ver são de extrema importância, afinal seria
indelicado usar sempre os nomes das pessoas em um discurso ou em conversa longa, facto pelo
qual os pronomes pessoais são associados a uma pessoa gramatical em particular, sendo ela da
primeira pessoa, segunda pessoa, ou terceira pessoa. Os pronomes pessoais também podem se
apresentar de formas distintas, a depender do seu número gramatical – singular ou plural -, gênero
gramatical – masculino e feminino, caso gramatical, e formalidade como referido neste trabalho.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MIGUEL, Maria Helena e ALVES, Maria Antónia, Manual de Convergências, 3ª ed. Luanda:
2011.
MIGUEL, Maria Helena, Dinâmica da Pronominalização no Português de Luanda, Luanda: 2003.
MINGAS, Amélia A., Interferência do Kimbundu no Português falado em Lwanda, Porto:
Campos das letras, 2000.
https://www.flip.pt/FLiP-On-line/Gramatica/Morfologia-Partes-do-discurso/Verbo/Agente-da-
passiva
https://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/complemento-nominal.htm
https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/pronomes-pessoais.htm

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