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REPÚBLICA DE ANGOLA

CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MOXICO


MAGISTÉRIO PRIMÁRIO “4 DE ABRIL”, Nº 194

VERBOS

Docente

____________________________

ANO ACADÊMICO, 2022 / 2023


Intervenientes
Nº Nome Completo Classificação
Rodrigues Martins Valores
Wilma Catarina Valores
Jesus Ngongola Valores
Precioso A. Valentim Valores
Ramos L. Bartolomeu Valores

VERBOS

Grupo Nº 03
Classe:
Turma:
Turno:
Curso:
ANO ACADÊMICO, 2022 / 2023

Agradecimentos

Muitas são as palavras, pensamos em agradecer algo assim:

 Primeiramente agradecer a Deus pelo dom da vida que nos concedeu até
ao dia de hoje;
 Ao corpo docente do Magistério Primário, Nº 194, de forma sábia,
transmite-nos os seus conhecimentos científicos, o nosso muito obrigado;
 Aos nossos colegas, agradecemos pelo vosso apoio.
Introdução

De acordo o tema, dissertaremos a questão que tem haver com os verbos, sendo
eles como elementos fundamentais da língua portuguesa e de qualquer língua
natural. Eles são as palavras que expressam ações, estados, processos,
sentimentos e outras nuances da realidade que nos cerca. Os verbos são
responsáveis por transmitir as informações mais importantes de uma frase,
permitindo que possamos entender o que está acontecendo, quem está fazendo a
ação, quando, onde e como ela está sendo realizada. Além disso, os verbos também
são capazes de criar imagens, sensações e emoções nas pessoas, tornando-se um
recurso poderoso para a comunicação. Em resumo, os verbos são verdadeiras joias
da língua, capazes de dar vida e movimento às nossas palavras.
Verbo

O verbo é o termo que expressa ação, estado, fenômeno, fato, entre outros
acontecimentos no enunciado. Quando a oração tem sujeito, o verbo expressa a
ação realizada ou sofrida por esse sujeito. Quando ela não o tem, o verbo não se
refere a uma pessoa do discurso, sendo impessoal.

Estrutura do verbo

O verbo costuma apresentar dois elementos básicos: o radical e a terminação. A


terminação pode ser formada por dois elementos: a vogal temática e a desinência,
podendo esta última ser de dois tipos: modo-temporal e número-pessoal.

 Radical: é a parte do verbo que expressa seu significado básico;

 Vogal temática: é a parte do verbo que indica o tipo de conjugação, baseado


na terminação do verbo. Verbos de 1ª conjugação terminam em -ar; verbos de
2ª conjugação terminam em -er; e verbos de 3ª conjugação terminam em -ir.
Assim, as vogais temáticas podem ser -a, -e ou -i.

 Desinência modo-temporal: é a parte final do verbo que indica o modo e o


tempo em que ele é conjugado.

Exemplo: cantar – vender – partir

Exemplo: cantamos – vendiam – partiu.

Flexão do verbo

O verbo flexiona em pessoa e em número, podendo ser:

 Pessoa: 1ª pessoa (a que fala), 2ª pessoa (aquela para quem se fala) ou 3ª


pessoa (aquela de quem se fala ou aquilo de que se fala, quando esse
assunto não for nem a 1ª nem a 2ª pessoa);

 Número: singular ou plural.


Número Pesso
Para cada a pessoa, há uma forma no
1º Eu
singular e outra no plural, totalizando seis
Singular 2º Tu
formas. Exemplo 3º Ele/ela de um verbo conjugado em cada
uma dessas seis 1º nós formas:
plural 2º vós
3º eles/elas

As possíveis classificações

Os verbos podem ser classificados de várias maneiras, tomando algumas de suas


características como critérios:

Quanto à predicação

A predicação verbal está relacionada a como ele forma o predicado, ou seja, se


exige ou não complemento. Em relação a isso, podemos falar que existem 2 tipos de
verbos:

 nocionais: aqueles têm conteúdo semântico, um significado claro. De modo


geral, são os que exprimem ação, existência, desejo;

 de ligação: são aqueles que exprimem estado ou mudança de estado.

Os verbos nocionais podem ser divididos, ainda, quanto à sua relação com seu
complemento.

Quanto à regência

A regência se refere à flexão de um determinado termo. O verbo é o regente da


oração, o que significa que é ele vai definir como o objeto será regido. Assim, a
regência verbal é a relação estabelecida entre o verbo e seu objeto. Partindo desse
critério, as possíveis classificações são as seguintes:
 verbo transitivo direto: o verbo pede um objeto, mas não exige preposição.
Por exemplo: “Eu entreguei a tarefa”;

 verbo transitivo indireto: nesse caso, o verbo pede tanto um objeto quanto
uma preposição. Por exemplo: “Eu gosto de redação web”;

 verbo transitivo direto e indireto: o verbo precisa de 2 objetos, um com


preposição e outro, sem: “Eu me lembrei de entregar a tarefa”;

 Verbo intransitivo: são os verbos que não exigem complemento. Por


exemplo: “Morri”.

Quanto à flexão

O termo “flexão” diz respeito às mudanças pelas quais o verbo passa de acordo com
cada um dos aspetos. Os verbos se dividem da seguinte maneira:

 regulares: são aqueles que seguem o modelo de conjugação padrão (radical


+ sufixo que varia segundo tempo, pessoa, número…). Por exemplo: “escolhi”
ou “caí”;

 irregulares: são aqueles que não seguem o padrão, como “vou” ou “peço”;

 defectivos: são aqueles que não são conjugados em determinados pessoais,


tempos ou modos, ou seja, não têm conjugação completa. Isso ocorre pelo
fato de a flexão soar de forma desagradável ou de forma semelhante com um
verbo usado mais frequentemente. Os verbos defectivos podem ser
classificados em: verbos defectivos pessoais, impessoais e unipessoais.

Verbos defectivos pessoais: são verbos que, ao contrário dos impessoais, têm
sujeito, mas não são conjugados em todas as formas; Exemplo: vou colorir.

Verbos defectivos impessoais: não têm sujeito. Além dos verbos que manifestam
fenômenos naturais, o verbo haver (no sentindo de existir) e o verbo fazer (no
sentido de tempo decorrido) são verbos impessoais e, assim são normalmente
conjugados na 3ª pessoa do singular; Exemplo: anoitecer.

Verbos defectivos unipessoais: indicam vozes dos animais e, assim são


normalmente conjugados na 3ª pessoa do singular e do plural. Exemplo: acordei.
 abundantes: são aqueles que apresentam duas formas igualmente válidas
para o mesmo tempo, modo, voz, pessoa etc. Esse fenômeno é mais
frequente no particípio (como “aceito” ou “aceitado”) e a regra é que, com os
auxiliares ter e haver, deve-se usar o particípio regular (“tinha aceitado”),
enquanto com ser e estar usa-se o irregular (“foi aceito”);

 pronominais: verbos pronominais são aqueles que precisam de um pronome


oblíquo para serem conjugados, mas não são reflexivos (aqueles que vêm
acompanhados de pronomes oblíquos sempre na mesma pessoa do sujeito).
Por exemplo: “atrever-se”.

Flexão verbal

Os verbos sofrem flexão para concordar com o sujeito da frase, indicar tempo,
modo, aspeto, voz e outras nuances. Aqui estão algumas das principais flexões dos
verbos em português:

Flexão de pessoa

 1ª pessoa: indica que o sujeito é a pessoa que fala. Exemplo: "Eu estudo";

 2ª pessoa: indica que o sujeito é a pessoa com quem se fala. Exemplo:


"Você estuda";

 3ª pessoa: indica que o sujeito é uma pessoa ou coisa sobre a qual se fala.
Exemplo: "Ele estuda".

Flexão de número

 Singular: indica que o sujeito é apenas uma pessoa ou coisa. Exemplo: "O
livro foi lido";

 Plural: indica que o sujeito é mais de uma pessoa ou coisa. Exemplo: "Os
livros foram lidos".
Flexão de tempo

 Presente: indica uma ação que ocorre no momento da fala. Exemplo: "Eu
estudo";

 Pretérito (passado): indica uma ação que já ocorreu antes do momento da


fala. Exemplo: "Eu estudei";

 Futuro: indica uma ação que ainda vai ocorrer após o momento da fala.
Exemplo: "Eu estudarei".

Flexão de modo

 Indicativo: indica uma ação real, concreta, objetiva. Exemplo: "Eu estudo";

 Subjuntivo: indica uma ação hipotética, possível, desejada ou duvidosa.


Exemplo: "Eu queria que você estudasse";
 Imperativo: indica uma ordem, pedido ou sugestão. Exemplo: "Estuda
mais!".

Flexão de voz

 Ativa: indica que o sujeito é quem pratica a ação. Exemplo: "Eu escrevo uma
carta";

 Passiva: indica que o sujeito é quem sofre a ação. Exemplo: "A carta foi
escrita por mim";

 voz reflexiva: acontece quando o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e


paciente. Nesse caso, o verbo aparece na voz ativa e é seguido de um
pronome oblíquo reflexivo: “Machuquei-me”.

A conjugação de um verbo pode ser complexa e variar de acordo com a sua classe,
conjugação e modo, mas entender essas flexões é fundamental para construir frases
corretas e coerentes em português.
Formas verbais

As formas verbais são as diferentes formas que os verbos assumem para indicar o
tempo, modo, aspeto, voz e outras nuances. Em português, os verbos apresentam
as seguintes formas:

 Infinitivo: é a forma nominal do verbo, que não indica tempo, pessoa ou


número. Em português, o infinitivo pode terminar em -ar, -er ou -ir. Exemplo:
"estudar";

 Gerúndio: é a forma verbal que expressa a ação em andamento, sem indicar


tempo. Em português, é formado a partir do radical do verbo seguido da
desinência -ndo. Exemplo: "estudando";

 Particípio: é a forma verbal que indica uma ação já concluída, usada para
formar tempos compostos ou a voz passiva. Em português, é formado a partir
do radical do verbo seguido da desinência -ado (para verbos da 1ª
conjugação) ou -ido (para verbos da 2ª e 3ª conjugação). Exemplo:
"estudado";

 Presente do indicativo: é a forma verbal que indica uma ação que ocorre no
momento da fala. Em português, é formado a partir do radical do verbo
seguido das desinências próprias do presente do indicativo para cada pessoa
e número. Exemplo: "eu estudo";

 Pretérito perfeito do indicativo: é a forma verbal que indica uma ação que
ocorreu em um momento passado, já concluída. Em português, é formado a
partir do radical do verbo seguido das desinências próprias do pretérito
perfeito para cada pessoa e número. Exemplo: "eu estudei";

 Futuro do presente do indicativo: é a forma verbal que indica uma ação


que ocorrerá em um momento futuro, ainda não realizado. Em português, é
formado a partir do radical do verbo seguido das desinências próprias do
futuro do presente do indicativo para cada pessoa e número. Exemplo: "eu
estudarei".
Locuções verbais

Locuções verbais são a combinação de um verbo auxiliar com um verbo principal, ou


seja, dois ou mais verbos juntos. O verbo principal permanece em sua forma
nominal, cabendo ao verbo auxiliar ser conjugado pelo acordo com o tempo e o
modo adequados.

Conclusão

Com base os estudos feitos, os verbos são elementos fundamentais da língua


portuguesa e de qualquer outra língua natural, pois permitem que possamos
expressar ações, estados e processos de forma precisa e clara. Eles são a chave
para a comunicação efetiva, capazes de criar imagens, sensações e emoções nas
pessoas. No entanto, a beleza dos verbos não se limita apenas à sua função
comunicativa, pois eles também são capazes de refletir a diversidade e
complexidade da realidade que nos cerca, tornando-se verdadeiras obras de arte da
linguagem. Cada verbo é uma pequena história em si mesma, que pode ser contada
de diversas maneiras, dependendo da forma como é conjugado. Por isso, é
importante valorizar e apreciar os verbos como parte essencial da riqueza cultural e
linguística de um povo.
Referências bibliográficas

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Cunha, C., & Cintra, L. (2013). Nova gramática do português contemporâneo.


Lexikon.

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Rocha Lima, C. H. (2013). Gramática normativa da língua portuguesa. José Olympio.

Morais, M. A. (2018). Gramático essencial da língua portuguesa: teoria e prática.


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Mattos e Silva, R. V. (2013). Curso de português jurídico. Forense.

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