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COMPLEXO ESCOLAR MARIA AUXILIADORA

(CEMA)

A REVOLUÇÃO PROLETÁRIA E A CRISE DO SISTEMA


CAPITALISTA INTERNACIONAL

Docente
____________________
Miguel José

MOXICO – LUENA
2021 - 2022
Grupo nº 04
9ª Classe
Sala: 15
Turma: A
Período: Manhã

A REVOLUÇÃO PROLETÁRIA E A CRISE DO SISTEMA


CAPITALISTA INTERNACIONAL

Integrantes do grupo
Nome Completo Classificação
Aleiny Catxuco Valores
Ariela Maria Valores
Ariene Gomes Valores
Carla Domingos João Valores
Juclene Macedo Valores
Marta Militão Valores
Mirian Sambambi Valores
Onésia Fonseca Valores
Regina Bias Valores

MOXICO – LUENA
2021– 2022

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................4

DESENVOLVIMENTO..............................................................................................5

CONCLUSÃO.............................................................................................................6

Referencias ..................................................................................................................7
INTRODUÇÃO
A 25 de março de 1854 Grã-Bretanha e França (com tímido apoio do reino Sardo-
Piemontês de uma Itália ainda não unificada) declaram guerra à Rússia, não em
russo o que aqueles haviam tomado dos turcos (tomar de uma potência europeia
possessões que outras potências roubaram de seus próprios povos está no cerne
mesmo da “lógica” Guerra). Tratado de Paris que concede em tese autonomia ao
Império Turco Otomano, humilhando o Czar que vê frustradas suas ambições na
região. Como vimos, a Rússia Czarista entra atrasada nos mecanismos de conquista
colonial e reivindica, de um lado, os espólios do decadente império Turco Otomano
e, de outro, territórios na China (como a Manchúria) e ilhas ao norte do Japão.

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A REVOLUÇÃO DE MARÇO DE 1917
A entrada da Rússia na I grande Guerra se dá principalmente devido a pressões da
Inglaterra e da França (credores dos nobres ligados ao czar, os iniciadores da
industrialização tardia na Rússia); vagamente, o regime ainda mantinha pretensões
expansionistas mas, realisticamente, se satisfaria em aliar-se a eventuais vencedores
dos chamados “Império do Centro”.

Na prática, a única contribuição que o Czar poderia prestar ao esforço de Guerra dos
Aliados Ocidentais contra a Alemanha e o Império Austro-Húngaro era carne
humana! Muita gente mal armada, despreparada, desestimulada a lutar por vagas
conquistas para um regime que não as representava.

Greves e passeatas pipocavam em praticamente todas as cidades russas pedindo


basicamente “Pão, Paz, Terra”. Em suma o fim da guerra, a retomada do
abastecimento e uma reforma agrária, com o fim da autocracia Czarista. A revolução
espalha-se por toda a Rússia. O Czar ainda tentou uma manobra abdicando em favor
de seu irmão, o Grã-Duque Miguel, que não aceitou a coroa imperial. À frente do
encarregado o Príncipe Lvov, liberal; contudo, logo o menchevique kerenski de
destaca, convertendo-se em homem forte do governo provisório.

O período de março a novembro de 1917 caracterizou-se pela dualidade de poderes


entre o Governo Provisório (que em verdade não contava com poderes práticos em
nenhum sentido da expressão) e o Soviete dos Operários, Soldados e Camponeses de
São Petersburgo (que homologava ou não as decisões do Governo Provisório e
somente então as coisas aconteciam). O Governo Provisório evidenciou sua
durabilidade e incapacidade em resolver as questões que haviam provocado o fim do
Czarismo.

Nos primeiros anos do século XX, a Rússia era uma das maiores potências da
Europa. Abarcava um extenso território com 22 milhões de km2, desde a Europa do
Leste à costa oriental da Ásia, povoado por cerca de 170 milhões de habitantes. No
entanto, era uma potência frágil, com estruturas sociais e económicas arcaicas e um
regime político autoritário, violentamente contestado.

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Em 1917 este enorme país seria palco da primeira revolução socialista do mundo, a
qual, para além de modificar as estruturas políticas, económicas sociais, traria
importantes consequências a nível mundial, como a expansão do Comunismo.
Rússia no tempo dos Czares O Czar Nicolau II (1868-1919), que governava o país
desde 1881, estava rodeado por uma corte onde reinavam a ostentação e a
corrupção. Os seus grandes apoios eram o Exército e a Igreja.

O proletariado urbano era pouco numeroso (cerca de 2% da população), estando


concentrado nos grandes centros industriais. Submetia-se igualmente a duras
condições de vida - ausência de condições de habitação e de saúde, magro salários e
11 a 12 horas de trabalho diário. A nível económico, existia uma agricultura
profundamente arcaica, teoricamente atrasada e de baixo rendimento. A indústria,
que se desenvolvia tardiamente estava concentrada num reduzido número de cidades
(São Petersburgo, Odessa e Moscovo) e em empresas de grande dimensão
dominadas por capitais estrangeiros, o que não favorecia a formação de uma
burguesia forte e numerosa.

Os Sociais-Democratas (depois divididos em Mencheviques e Bolcheviques) eram


mais radicais e defendiam a proletarização da sociedade e abolição da propriedade
privada. No entanto, o dirigente bolchevique de ideias marxistas Vladimir llitch
Ulianov - Lenine -, que se encontrava exilado na Suíça, organizava uma intensa
campanha contra o regime czarista, e a sua ideologia revolucionária foi sendo
infiltrada entre o proletariado urbano e no seio do exército. Da Revolução Burguesa
à Revolução Bolchevique Revolução Burguesa — Fevereiro de 1917.

Em Fevereiro de 1917 (Março, segundo o calendário ocidental), um levantamento de


operários de São Petersburgo - auxiliados pelos soldados da guarnição das cidades -
saiu às ruas e enfrentou vitoriosamente o exército czarista.

A revolução Bolche vique triufava e, com ela, iniciava-se a revolução Sovietica. O


marxismo - Leninismo, resultado da adaptação das teses de Karl Marx às realidades
russas por Lenine, constituiu a base doutrinária da Revolução de Outubro.

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A REVOLUÇÃO DE OUTUBRO DE 1917
Etapas da Revolução Graças a um regime de terror, os Bolcheviques salvaram a
revolução numa Rússia que estava em ruína. Desde a Revolução de Outubro de 1917
até consolidação da liderança de Estaline, em finais da década de 1920, a revolução
socialista soviética conheceu diferentes fases na actuação governamental de Lenine,
na qual se destacaram duas fases:

 O Comunismo de Guerra (1918-1921);


 A Nova Política Económica - NEP (1921-1927).

O COMUNISMO DE GUERRA (1918-1921)

O Comunismo de Guerra (1918-1921) Atendendo à necessidade de agradar e


conquistar a adesão das massas populares, Lenine teve como primeira preocupação
assinar a paz com a Alemanha em Março de 1918, pelo Tratado de Brest-Litovsk,
considerado mais tarde pelo próprio Lenine como uma “paz vergonhosa, mas
necessária”, na qual a Rússia se retirava da guerra, renunciando à posse da
Finlândia, das regiões do Báltico, da Polónia e reconhecendo a autonomia da
Ucrânia. Uma paz com um preço elevado, mas que salvava a revolução. Logo a
seguir à Revolução de 1917, a situação degenerou em plena anarquia, e em 1918
rebentou a Guerra Civil entre adeptos e opositores dessa revolução.

Entretanto, em plena guerra civil, o Governo de Lenine seria extremamente radical e


revolucionário. Entre 1918 e 1921, Lenine promulgou uma série de decretos
revolucionários que tinha essencialmente em vista a destruição total do sistema
capitalista através da nacionalização de toda a economia:

 Os bancos e o comércio externo passavam a constituir o monopólio do


Estado;
 Todas as colheitas agrícolas eram entregues ao Estado (com excepção da
parte necessária ao consumo próprio);
 As grandes propriedades foram expropriadas sem indemnizações e entregues
a comités agrários e aos sovietes camponeses;
 Todas as empresas industriais com mais de dez operários foram
nacionalizadas e confiadas aos sovietes operários.

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A consecução destes princípios levou a instauração do sistema de partido único e ao
combate à oposição, criação de uma polícia de estado repressiva, ao desrespeito
pelos direitos individuais dos cidadãos, a redução do parlamento a um mero órgão
consultivo, ao sistemático recurso à força, à violência, à intimidade à instauração de
uma rígida censura sobre a produção literária, em especial a imprensa. Estes
princípios e medidas definem o totalitarismo imposto pelo regime fascista.

No que concerne aos aspectos económicos, o Estado também exerceu um papel


dirigista e intervencionista. Na procura da resolução da questão do desemprego,
Mussolini desenvolveu um programa de construção de obras públicas e reorganizou
vários sectores produtivos. Com o objectivo de pôr fim à crise económica, agravada
nos princípios dos anos 30, e com o intuito de tornar a Itália auto-suficiente, tomou
medidas protecionistas, reestruturou a indústria e lançou uma campanha de
propaganda para o aumento da produção.

Fascismo italiano haveria de perdurar até à deposição de Mussolini em 1943, na


sequência da invasão da Itália pelas forças aliadas na II Guerra Mundial. Em 1945,
perseguido por resistentes italianos, Mussolini é capturado e fuzilado.

NOVA POLÍTICA ECONÓMICA - NEP (1921-1927)

A Guerra Civil, as resistências às nacionalizações e as sucessivas más colheitas


conduziram a Rússia a uma situação dramática de extrema ruína e miséria em 1920-
1921, tendo-a atirado para o caos económico sem quase produção nenhuma. Face à
situação que se fazia sentir - fome e agitação social - Lenine sentiu-se obrigado a
empreender um “recuo estratégico”. Na tentativa de desenvolver a produção, foi
adoptada uma Nova Política Económica que incluía as seguintes medidas:

 Estabelecimento da liberdade de comércio interno, autorizando os produtores


a venderem directamente os seus produtos no mercado (o comércio externo
continuava nas mãos do Estado);
 Restabelecimento da liberdade de imprensa, sendo devolvida a iniciativa
privada ás fábricas e oficinas com menos de vinte operários;

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 Promoção da, entrada de capitais e técnicos estrangeiros, a fim de melhorar
os níveis de produtividade;
 Restauração parcial da iniciativa privada Estado continuava na posse dos
sectores estratégicos da economia.

Conserva apenas o monopólio dos grandes meios de produção, dos bancos, da


grande indústria e do comércio externo. Estas medidas marcadas pela liberdade
económica levaram Lenine a afirmar que o capitalismo era necessário, mas apenas
por um tempo limitado. Com as novas medidas - o NEP - deu-se uma viragem ou
recuperação da economia russa, e em 1927 a produção industrial atingia já os níveis
de 1913, porém para a revolução socialista, a Nova Política Económica constituía
um outro problema: a liberdades económica fez desenvolver uma nova burguesia de
ricos comerciantes industriais (nepmen) e proprietários rurais kulaks, pondo em
causa a “sociedade sem classes”.

Na medida em que vigorava estas medidas a nível económico e político, a Rússia foi
organizada numa União das Repúblicas Soviéticas (URSS), criada em 3 de
Dezembro de 1922, compreendendo inicialmente quatro repúblicas: a Rússia, a
Ucrânia, a Bielorrússia e a Transcaucásia (constituídas, por sua vez, pela
Arménia, a Geórgia, e o Azerbaijão). Só passados dois os após a criação da União
das Repúblicas Soviéticas é que esta passaria a ser um Estado federal baseado na
igualdade de direito entre todos os povos das repúblicas unidas e respeito pela sua
identidade cultural.

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A CRISE ECONÓMICA INTERNACIONAL DE 1929 A 1932 - DA
AMÉRICA À EUROPA
Ao longo do século XIX, o sistema capitalista conheceu períodos de prosperidade e
de depressão. No entanto, foi no século XX, em plena época de prosperidade, na
“loucura americana” dos anos 20, que a Grande Depressão se deu, iniciando-se nos
Estados Unidos da América (EUA) e estendendo-se rapidamente a todos os países
do mundo, com excepção da URSS. Os EUA saíram vencedores, sendo os
fornecedores de toda a Europa, e até mesmo de todo o mundo, com excepção
da’URSS, Nesta altura, os EUA detinham cerca de metade da reserva mundial de
ouro, que aumentou de 1800 milhões de dólares em 1914 para 4500 milhões em
1919.

A própria distribuição de riqueza era feita na sociedade americana de uma forma


muito desigual, vivendo a grande maioria da população com os rendimentos do seu
trabalho, recorrendo ao sistema de crédito bancário para adquirir tudo aquilo que a
nova sociedade de consumo lhe oferecia, desde o simples rádio ou eletrodoméstico
ao telemóvel. A situação era facilitada pelo sistema capitalista algo “aleatório”, pois
permitia a todos, qualquer que fosse o seu orçamento, a possibilidade de adquirir
tudo aquilo que ambicionavam e ainda a hipótese de enriquecer rapidamente numa
transacção da Bolsa. Assim que os campos europeus recuperaram o preço dos
cereais baixou no mercado internacional. Alguns economistas e jornalistas da época
sentiam um ambiente de “tensão económica” na Europa e nos EUA, mas outros
continuavam a sonhar e a ampliar as suas fortunas.

GENERALIZAÇÃO DA CRISE
Grande Depressão abalou o mundo da época, sobretudo os países da Europa que
estavam mais ligados à economia americana (Áustria e Alemanha), que
sobreviveram à desvalorização do dólar e à falta de apoio dos bancos americanos. O
comércio internacional caiu mais de 25% devido à redução da produção porque não
havia poder de compra. A Grande Depressão na Inglaterra agravou as dificuldades
que se faziam sentir no país desde 1919.

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Entrou, assim, em perigo o Império Britânico - as colónias fornecedoras de matérias-
primas viram-se afectadas dado que a metrópole encontrava-se incapaz de importar
os seus produtos Quanto à França, a crise fez-se sentir um pouco mais tarde, por
volta de 1931, uma vez que a economia francesa dependia menos do mercado
mundial. Todavia, tal como em outras nações, esta crise além de ser financeira e
económica foi também social e política, pois todos estes aspectos se reflectiam nos
restantes. O índice de desemprego era bastante elevado (mais de 30 milhões de
pessoas), o que se repercutia em termos de miséria, falta de alimentos, hostilidade
entre os que trabalhavam e os que se encontravam privados das condições básicas de
subsistência.

Os comunistas e seguidores de Krl Max e Lenine, afirmavam que surgira finalmente


a grande crise do Capitalismo que se destruía a si próprio. Porém, a democracia
também se encontrava em perigo, porque o fantasma da ditadura estava bem
presente. Os países da América Latina e as colónias da Ásia e da África foram
igualmente arrastados pela crise, pois eram produtores e exportadores de matérias-
primas e produtos alimentares.

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CONCLUSÃO
Com base o tema dado, pesquisas feitas levaram-nos a concluir que a Itália cresceu
e, consecutivamente, o poder de Mussolini. A Grande Depressão abalou o mundo da
época, sobretudo os países da Europa que estavam mais ligados à economia
americana (Áustria e Alemanha), que sobreviveram à desvalorização do dólar e à
falta de apoio dos bancos americanos. O comércio internacional caiu mais de 25%
devido à redução da produção porque não havia poder de compra. A Grande
Depressão na Inglaterra agravou as dificuldades que se faziam sentir no país desde
1919. Em 1926, todos os partidos foram proibidos, à excepção dos fascistas. O
poder foi centralizado e introduzida a censura e a pena de morte. Os dissidentes
políticos foram postos na prisão, sobretudo socialistas e comunistas. A única força
que restava era a Igreja Católica, que aproveitou a ocasião para solucionar um antigo
problema: a questão de Roma - a Igreja não reconhecia o Estado desde a unificação
da Itália, em 1870.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Mayer, Vitor; "Determinações histórias da crise da economia sov iética", 1995
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE SCHUMPETER, Luiz
Moricochi, José Sidnei Gonçalves Kitchin, Joseph (1923). "Cycles and Trends in
Economic Factors". Review of Economics and Statistics (The MIT Press) 5 (1): 10–
16. doi:10.2307/1927031. (em inglês)

Marx, Grundrisse, Fragmento sobre as Máquinas, Capítulo 15 do Volume 3 de "O


Capital". «The Ten Biggest Stock Market Crashes». Consultado em 11 de agosto de
2010. Arquivado do original em 20 de abril de 2008

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