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Stálin al marxismo-leninismo
Fonte: Elena Ódena: Escritos Políticos. (Vol. 1). Ediciones Vangardia Obrera S.A -
Partido Comunista de España (marxista-leninista), (pag. 161 a 181).
Tradução: Igor Barradas
Elena Ódena
Ao acusar vilmente Stálin de todos os tipos de crimes e injustiças, a reação, e mais tarde os
revisionistas e renegados junto com ela, procuraram semear o descrédito e a desconfiança
da revolução socialista e dos líderes e Partidos marxistas-leninistas, em geral, que
continuaram a defender os princípios fundamentais do marxismo-leninismo, como Stálin os
defendeu intransigentemente até sua morte. Como ficou claro, trata-se sobretudo de negar
e condenar o internacionalismo proletário ativo, a ditadura do proletariado, a necessidade
do Partido como instrumento primordial da revolução e da construção do socialismo; o
princípio da violência revolucionária e da luta de classes como motor da História, entre
outros.
Apesar da traição subsequente após a morte de Stálin dos novos líderes da União Soviética
e do Partido Comunista da URSS, a Grande Revolução de Outubro de 1917 inaugurou uma
nova era na história da humanidade, a era das guerras do proletariado e seu Partido, a era
da construção do socialismo como o primeiro passo para a sociedade comunista. E nesta
época, após a morte do grande gênio da revolução, Lênin, o camarada Stálin deve
desempenhar um papel não apenas na vanguarda, mas até decisivo. Nada nem ninguém,
por mais que os reacionários e os contra-revolucionários tentem com calúnias vis, poderá
esconder esta verdade objetiva.
Mas Stálin, à frente do Partido, soube traçar uma linha justa e ousada para construir a
sociedade socialista, apesar do cerco capitalista e da feroz luta de classes que continuava
no interior do país. Assim, o povo soviético, sob a liderança de Stálin e do Partido,
empreendeu não apenas a industrialização do país, lançando as bases econômicas do
socialismo, mas também a enorme tarefa de transformar a agricultura atrasada e
abandonada, o campo, em uma agricultura moderna e avançada.
Da mesma forma, Stálin tornou realidade os planos de eletrificação de todo o país, previstos
antes da morte do camarada Lênin, o que permitiu acelerar a industrialização de todo o país
em condições ideais. O sistema socialista e as novas relações de produção, a supressão da
exploração do homem pelo homem, permitiram um desenvolvimento impetuoso das forças
produtivas, acompanhadas pela constante elevação e melhoria do nível econômico e
cultural, e das condições sociais e de vida em geral de todos os povos da União Soviética.
Stálin promoveu pessoalmente a pesquisa científica baseada no materialismo dialético,
tanto na agricultura, onde foram alcançadas descobertas e sucessos de importância
universal, quanto no campo da tecnologia e da indústria.
"Ao longo de mais de cem anos, ocorreram crises econômicas periódicas, que se
repetem a cada 12, 10, 8 e menos anos. Nesse período, os governos burgueses de
todas as classes e cores, os grandes homens burgueses de todos os gêneros , todos
sem exceção, tentaram testar sua força na questão de "conjurar" e acabar com a
crise. Mas todos eles foram derrotados. E foi assim porque a crise econômica não
pode ser “reprimida” ou encerrada no âmbito do capitalismo. O que pode ser
surpreendente no fato de que os homens pró-burgueses de hoje também são
derrotados?
Se pensarmos que essas palavras foram escritas há mais de 40 anos, é surpreendente, não
apenas a lucidez e precisão da análise sobre os acontecimentos que logo seriam
desencadeados (revolta fascista na Espanha, implantação do nazifascismo na Alemanha e
Itália, desencadeada pela Alemanha e Itália da Segunda Guerra Mundial), mas também em
termos da aplicação aos momentos e circunstâncias atuais dessa análise e das conclusões
a que Stálin chegou. Resta esclarecer que o fascismo em sua forma aberta e descarada e
nas modalidades que adotou no passado, agora se apresenta disfarçado de falsa
democracia e que usa não apenas a social-democracia, mas também revisionistas de vários
tipos.
Naquele exato momento, Stálin, à frente do Estado soviético, estava ao mesmo tempo
engajado no plano internacional em uma delicada batalha diplomática e política para frustrar
os planos anti-soviéticos dos governos da Inglaterra e da França e outras forças
imperialistas que procuravam derrotá-lo, propondo empurrar a Alemanha hitlerista para
atacar a União Soviética, para depois tirar vantagem desse ataque em benefício próprio.
Para esse fim, eles fizeram concessões após concessões às agressivas ambições
expansionistas da Alemanha hitlerista (Chamberlain e Dadalier em Munique) e se
recusaram a realizar uma aliança antifascista como Stálin repetidamente propôs. Mas,
descobrindo a tempo o jogo duplo e as vis intenções anglo-francesas contra a União
Soviética, Stálin foi forçado a assinar um pacto de não agressão com a Alemanha, falhando
todas as suas tentativas de conseguir a criação de uma frente única dos diferentes estados
da Europa contra a agressividade e expansionismo da Alemanha de Hitler. Posteriormente,
e após a agressão de Hitler contra si próprios, os governos da Inglaterra, França e Estados
Unidos foram forçados, dadas as circunstâncias, a formar uma coalizão antifascista junto
com a União Soviética, como havia sido proposto inicialmente pelo camarada Stálin.
Todos conhecem o papel decisivo desempenhado por Stálin à frente do Partido, do Estado
e dos exércitos soviéticos durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, ao final da Segunda
Guerra Mundial, a União Soviética tinha um prestígio impressionante. Em particular, o nome
do camarada Stálin gozava de respeito e simpatia ilimitados entre todos os povos, e em
particular entre aqueles que lutaram contra o fascismo. Deve-se notar que na Espanha, e
apesar dos vis ataques e calúnias da camarilha revisionista Carrillista, os trotskistas e
outros contra-revolucionários pequeno-burgueses e, claro, por toda a reação, o nome de
Stálin foi e continua a ser venerado. amado por toda a classe trabalhadora e por amplos
setores populares.
"A teoria marxista-leninista não pode ser considerada um símbolo de fé, nem os
marxistas como estudiosos, pedantes e exegetas." A teoria marxista-leninista”, Stálin
nos diz na História do Partido (Bolchevique) da URSS, “é a ciência do
desenvolvimento da sociedade, a ciência do movimento operário, a ciência da
revolução proletária, a ciência da construção da sociedade comunista. E como
ciência não é e não pode ficar estagnada, mas se desenvolve e se aperfeiçoa”.
Não. Aqueles que hoje acusam Stálin de ter sido um dogmático, sabem muito bem que não
é assim, mas pelo contrário, Stálin travou batalha após batalha contra o dogmatismo e
contra o desprezo pela teoria, como testemunham todos os seus escritos. Na obra
mencionada, Stálin insiste repetidamente que:
“Dominar a teoria marxista-leninista não significa, longe disso, aprender de cor todas
as suas fórmulas e conclusões e cumpri-las ao pé da letra. Para dominar a teoria”,
diz-nos Stálin, “é necessário, antes de tudo, aprender a distinguir entre sua letra e
seu espírito. Dominar a teoria marxista-leninista significa assimilar o espírito dessa
teoria e aprender a aplicá-la para resolver os problemas práticos do movimento
revolucionário nas várias condições da luta de classes do proletariado.”
É evidente que nas atuais condições em que se desenrola a nossa luta, dada a
complexidade das situações tanto a nível nacional como internacional, a questão de elevar
a capacidade teórica, ideológica e política de todos os militantes e quadros do Partido
tornou-se inadiável. Quanto maior a habilidade e o conhecimento, menor a probabilidade de
cometer erros, cair em atitudes superficiais e burocráticas. Nesse sentido, Stálin aponta
que:
“É necessário reconhecer como axioma que quanto mais alto o nível político e o grau
de consciência marxista-leninista, mais alto e mais frutífero é o próprio trabalho, mais
eficientes são os seus resultados e, inversamente, quanto mais baixo é o trabalho
político, nível e o grau de consciência marxista-leninista, quanto mais prováveis são
as falhas e fracassos no trabalho, mais provável é a mesquinhez e degradação dos
militantes que se tornam mesquinhos rotineiros, mais provável é sua degradação.
(“Questões do Leninismo.”)
Como seus próprios escritos e biografia confirmam, desde os primeiros momentos de sua
militância revolucionária, Stálin deu grande importância ao estudo dos clássicos da
revolução e às questões teóricas e de princípios levantados pela própria atividade
revolucionária. Já em 1904, nas “Cartas de Kutais”, Stálin se opõe à ideia espontânea de
Plekhanov de que o movimento espontâneo das massas sozinho cria a teoria. Em setembro
de 1904, Stálin publicou um artigo sobre "Como a social-democracia compreende a questão
nacional". Em 1913 escreveu a sua obra "O marxismo e a questão nacional", obra que se
completou em 1929 com outra obra sobre o problema intitulada "A questão nacional e o
leninismo". Não acreditamos que os Carrillos, os Semprúns, os Claudíns possam indicar
outros escritos onde os problemas levantados na era Stálinista sobre a questão nacional
sejam expostos com maior rigor científico e clareza de princípios, abordagens que em
grande parte são válidas em nosso tempo.
Anarquismo ou Socialismo?
Em sua obra Anarquismo ou Socialismo, escrita em 1907, Stálin demonstra magistralmente,
à luz do materialismo histórico, a inconsistência do anarquismo, expondo com grande
precisão e rigor a teoria da luta de classes e o princípio marxista da ditadura do
proletariado. Esta obra constituiu um acontecimento de grande importância para todo o
movimento revolucionário e desferiu um golpe retumbante nos inimigos do marxismo-
leninismo e nas ideias anarquistas em geral. Embora reconhecesse a combatividade e um
certo espírito de classe nos trabalhadores anarquistas, Stálin esclarece com grande
precisão a diferença fundamental que separa o anarquismo do marxismo-leninismo, pois
considerava que:
Sobre o Leninismo
Em 1924, o camarada Stálin publicou sua obra "Os fundamentos do leninismo", que
constituiu um poderoso desenvolvimento da teoria marxista-leninista e, acima de tudo, uma
sistematização acessível da obra de Lenin, destacando o caráter combativo do marxismo-
leninismo e a importância da teoria revolucionária e do método dialético para resolver
corretamente os problemas da revolução.
"Em sua ação prática, o Partido do proletariado deve guiar-se não por estas ou
quaisquer outras razões fortuitas, mas pelas leis que regem o desenvolvimento da
sociedade e pelas conclusões práticas que dela derivam." “Isso significa que o
socialismo deixa de ser um sonho para se tornar uma ciência. ISTO SIGNIFICA QUE
O ELO ENTRE TEORIA E PRÁTICA, SUA UNIDADE, DEVE SER A ESTRELA POLAR
QUE GUIA O PARTIDO DO PROLETARIADO”.
Além disso, em sua obra “Sobre o materialismo dialético e o materialismo histórico”, Stálin,
com base nas descobertas de Marx, estabelece que: “A tarefa primordial da ciência histórica
é o estudo e a descoberta das leis de produção, das leis do desenvolvimento das forças
produtivas e das relações de produção, das leis do desenvolvimento econômico da
sociedade. Isso significa que o Partido do proletariado, para ser um verdadeiro Partido,
deve antes de tudo conhecer plenamente as leis do desenvolvimento da produção, as leis
do desenvolvimento econômico da sociedade.
Tal é a análise perspicaz de nossa sociedade que Stálin faz em sua obra "Sobre
materialismo dialético e materialismo histórico", uma análise que continua a ter plena
validade, pois corresponde, sem retirar ou colocar uma vírgula, à situação que a sociedade
ainda se encontra hoje.
Entre os inúmeros e importantes artigos, conferências, discursos, etc., que estão reunidos
nas obras completas de Stálin, cuja publicação começou por decisão do Comitê Central do
Partido Comunista (Bolchevique) da URSS, em 1946, e que consistem de 16 tomos,merece
para nós um interesse particular por sua importante obra intitulada "Trotskismo ou
Leninismo?", que foi exposta pessoalmente por Stálin em 1924, perante o grupo comunista
do Conselho Central dos Sindicatos Soviéticos.
Convém, ainda que brevemente, relembrar neste contexto a análise precisa e clara que
Stálin faz das características mais notáveis do trotskismo.
“O trotskismo tem três peculiaridades que o colocam em contradição indissolúvel
com o leninismo”— diz Stálin — “A primeira é a teoria da revolução permanente
(ininterrupta). E o que é a revolução permanente como Trotsky a entende? É a
revolução que ignora os camponeses pobres como força revolucionária (...) A
segunda característica é a desconfiança do trotskismo em relação ao princípio
bolchevique do Partido, à coesão monolítica do Partido, à sua hostilidade aos
elementos oportunistas. O trotskismo em termos de organização” — Stálin especifica
— “é a teoria da coexistência de revolucionários e oportunistas, de seus grupos e
pequenos grupos dentro do mesmo Partido (...) A terceira é a desconfiança nos
líderes do bolchevismo (do Partido), uma tentativa de desacreditá-los, de difamá-los.
Não conheço nenhuma tendência no Partido que se compare ao trotskismo em
termos de difamação dos dirigentes do leninismo ou das instituições centrais do
Partido.”
Embora não possamos enumerar no quadro da presente obra mais do que uma pequena
parte de toda a obra teórica de Stálin, não podemos deixar de mencionar duas de suas
últimas obras, pois ambas confirmam fortemente o fato de que até o fim de sua vida, Stálin
manteve todas as suas características como um grande líder comunista e teórico do
marxismo-leninismo, e isso contrariando as calúnias e acusações grosseiras que procuram
dar uma imagem dos últimos anos de sua vida, totalmente distorcida, apresentando Stálin
como um ser monstruoso, isolado dos problemas mais complexos da época e obcecados
pelos problemas de "segurança", punição e repressão aos "dissidentes".
“a) A linguagem como meio de relacionamento sempre foi e continua sendo única à
sociedade e comum a todos os seus membros. b) A existência de dialetos e jargões
não nega, mas confirma a existência de uma língua comum a todos os povos, da qual
esses dialetos e jargões são ramificações e à qual estão subordinados. c) A fórmula
relativa ao 'caráter de classe' da linguagem é uma fórmula errônea, não marxista."
E quanto aos traços característicos de qualquer língua, Stálin os define com grande
precisão e rigor da seguinte maneira:
Por outro lado, também faz frente às tendências idealistas que buscavam tornar a
semântica (estudo do significado das palavras) e N.Y. Marr (autor no assunto) o eixo central
para estudar o desenvolvimento das línguas. Para Stálin:
Outra das obras pouco conhecidas e escondidas por todos os detratores de Stálin, dada
sua importância e seu alto valor científico e como prova da grande capacidade teórica de
Stálin diante de todas as calúnias a esse respeito, é o texto publicado em 1952 sob o título
“Problemas Econômicos do Socialismo na URSS”.
Em suas respostas a diversos economistas, Stálin esclarece toda uma série de questões e
formula importantes teses sobre:
Estas breves referências à obra teórica de Stálin são suficientes para perceber sua
importância e transcendência, e o que ela representa como contribuição ao marxismo-
leninismo.
Podemos afirmar que desde os 15 anos, quando o camarada Stálin começou a militar como
comunista, onde em breve se tornaria um militante e um líder responsável, até o dia de sua
morte, Stálin honrou as palavras que proferiu por ocasião da celebração do 50º aniversário
de seu nascimento, dirigindo-se às organizações e camaradas do Partido que o felicitaram:
“Vocês podem ter certeza, camaradas, que no futuro estou pronto para dar à causa
da classe trabalhadora, à causa da revolução mundial e do comunismo internacional,
todo o meu sangue, toda a minha capacidade e, se necessário, todo o meu sangue,
gota a gota.”
Ninguém pode negar que o camarada Stálin foi e continua sendo para o proletariado e as
massas progressistas de todo o mundo, uma das maiores figuras de dirigente e teórico
comunista, fiel até a morte à causa da libertação da humanidade da exploração do homem
pelo homem, à causa da nova sociedade socialista, à causa do comunismo.