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Resumo:
Stalin teve um grande papel na luta revolucionária socialista internacional, teve grande
destaque em uma luta contra a opressão nacional, e sua política interna e externa que a partir
do decorrer de nossa pesquisa se demonstram inteiramente influenciada por essa sua questão
nacional e do conceito de comunidade nacional, questões que foram tratadas por Stalin desde
antes da revolução até mesmo quando o mesmo se tornou secretário geral da PCUS. Seu
conceito de comunidade nacional e questão nacional em si, foi utilizado para demonstrar a
importância da luta anti-colonial que para Stalin era um sustentáculo da revolução socialista
internacional, e das políticas que a medida do possível garantiam a autonomia e o
desenvolvimento das culturas nacionais que antes eram reprimidas pelo czarismo, além de
criticar concepções de “autonomia nacional” que eram um entrave para o progresso da luta
do movimento socialista internacional, pelo seu conteúdo sectarista, não classista e
oportunista.
Palavras-chaves: Stalin. questão nacional. História da URSS.
Abstract:
Stalin, had a great role in the revolutionary socialist international fight, and a great
highlight in the fight against the national oppression, his internal and external policies, that
form the course of our research demonstrate that are fully influenced by the national question
and the concept of national community, questions that were dealt with by Stalin, since before
of revolution and even when himself became the general secretary of CPSU. His concept of
national community and the national question itself, was used to analyze the importance of
the anti-colonial fight that, for Stalin, was a sustainability for the socialist international
revolution, a guarantee for the autonomy and the development of national culture, that before
1
Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista - UNESP, Campus de Marília.
e-mail: leandromagachu@gmail.com.
2
Graduando em Filosofia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP, Campus de Marília.
e-mail: thiagosouzasalvio@gmail.com
1
were suppressed by the tsarism, besides criticize conceptions of “national autonomy” that
were an obstacle to progress of the socialist international movement's struggle, for its
sectarian content, not classist and opportunist.
Keywords:Stalin. National question. History of USSR.
Introdução
Qualquer que seja o modo pelo qual seja declinada, a categoria de traição
pressupõe a canonização de Marx e Engels (e dos clássicos qualquer que seja
o modo de defini-los) quando não a excomunhão daqueles que são acusados
de haver traído o cânon. O recurso aqui sugerido à categoria de “processo de
aprendizagem implica, ao contrário de um lado a desdemonização de Stalin (
mas também de Kruschev e de Trotsky) de outro a descanonização de Marx
e Engels ( e dos clássicos). E esta descanonização implica, por sua vez que o
processo de aprendizagem está bem longe de ser concluído (LOSURDO,
2009, p. 126-127).
3
Ver (LOSURDO. Stalin. A análise crítica da lenda negra, 2010)
2
Assim sendo, devemos destacar a necessidade desse processo de aprendizagem, e só
podemos fazer isso eliminando os preconceitos que distorcem nossa análise, estudando a
questão nacional e sua concepção de comunidade nacional, utilizando-se de suas próprias
obras, textos escritos, sobre essa problemática bem como a história da URSS, especificamente
as políticas implementadas por ele em seu período como secretário geral do PCUS.
Compreendemos que apesar das possíveis deficiências teóricas no que diz respeito,
por exemplo, a concepção de materialismo histórico-dialético, como algumas pesquisas
apontam para corroborar com a vulgata stalinista, deficiências essas principalmente em
consequência de sua origem social, prática e política4. No entanto, não podemos negar que o
mesmo possui uma grande contribuição ao avanço do marxismo no mundo, tanto teórica
quanto na prácticamente no seio do movimento socialista.
O objeto de estudo cuja contribuição decisiva para a teoria marxista propriamente dita,
nos propomos a examinar, é sua questão nacional; temos então o objetivo de enfatizar que é
necessário combater certos “mecanicismos” reproduzidos por muitos autores das ciências
sociais sobre este viés. O fenômeno historicamente determinante do marxismo no século XX,
enseja a discussão acerca da questão nacional, visto as bruscas mudanças na conjuntura do
mundo, pois pode-se indicar qual o sentido de algumas características das políticas internas e
externas aplicadas no período staliniano na URSS em relação a autonomia nacional, fazendo
um balanço de seus desdobramentos mundiais, já que muitos levantes revolucionários na
periferia do capitalismo vão ter sua subversão influenciada pelo próprio Stalin, e também
serão observadas pelo mesmo com grande enfoque5. Como diria Stalin em sua análise dos
efeitos da revolução de outubro no mundo,em 1918
4 Stalin, teve uma origem humilde nasceu na pobre Georgia, em uma família onde seu pai era um sapateiro de
ofício. Além de ter entrado para militância política cedo, Stalin havia se tornado um homem da prática, havia
dirigido greves e revoltas, que consequentemente culminou no encarceramento frequente do mesmo(
MARTENS, 2003).
5 Levantes como a revolução chinesa por exemplo, que o povo chinês, fazendo essa revolução, tiveram grande
influência da questão nacional de Stalin, podemos ver isso, lendo a sobre a concepção de questão nacional de
Mao Tsé Tung que se manifesta em sua obra Sobre a nova democracia(1975) ou os grandes levantes
revolucionários que emergiram no continente africano, que tiveram influência inegável dessa questão.
3
Em seus textos sobre a questão nacional Stalin e a tradição leninista como um todo,
haviam colocado os povos periféricos e os povos do centro um do lado do outro, teceram-se
críticas a segunda internacional socialista, que diferenciava os povos oprimidos pela opressão
nacional de Europeus “cultos”, com os povos oprimidos da Ásia e da África que eram
considerados em si mesmos, uma espécie de povos inferiores e incultos6. Essa construção de
uma ponte que liga os dois pólos para a revolução mundial, contra o imperialismo, deve ser
encarada como um salto qualitativo dentro do marxismo, uma conquista da terceira
internacional que Stalin participou, além de demonstrar principalmente o erro crasso de se
analisar a defesa de um socialismo em um só país de maneira unilateral e acrítica. No decorrer
desse artigo vamos argumentar como esse raciocínio é equivocado7.
Stalin defendia sim a revolução internacionalista, a exportação da revolução, porém,
de uma maneira que preservasse a liberdade dos povos de se fazer revolução por livre e
espontânea vontade sem a imposição das armas de outro país, como diria Marx e Engels no
Manifesto do Partido Comunista, “naturalmente os trabalhadores vão acabar destruindo a
burguesia de seu país”. Essa citação é importante pois assim como os fundadores do
socialismo científico, Stalin viu as particularidades de cada país e também, na esteira de João
Amazonas a propósito da tarefa do marxismo-leninismo “ a revolução em todo o mundo como
um processo de lutas radicalizadas (...) se desenvolvem em níveis diversos e em distintos
países, nos cinco continentes” (AMAZONAS, 1984, n.p).
Como seus escritos demonstram em 1918 8 , Josef Stalin, também possuía a
compreensão de que a revolução deveria se espalhar pelo mundo, isso demonstra mais uma
vez o quão taxativo pode ser a ‘revolução em um país só’ para caracterizar o pensamento de
Stalin, pois ele também tinha pretensões como Trotsky de exportar a revolução socialista.
Essa primeira libertação dos povos oprimidos na Rússia vai levar, com efeito, outros povos a
fazer o mesmo, o processo revolucionário se mostra como mundial, os povos periféricos
6
Essa tendência de dividir o proletariado do mundo em inferiores e superiores, civilizados e
cultos,revolucionários e não revolucionários não se restringe a segunda internacional, inclusive alguns
bolcheviques ainda levantaram essa bandeira dentro do partido de depois da revolução de outubro (MARTENS,
2003, p.58).
7
Cf. MARTENS, 2003, p.57;STALIN, 1924; MORAIS, 2013, p.164-166)
8
“Tendo vencido no centro da Rússia e penetrado numa série de regiões periféricas, a Revolução de Outubro
não podia permanecer entre os limites territoriais da Rússia. Na atmosfera da guerra imperialista mundial e do
descontentamento geral das camadas inferiores, ela não podia senão difundir-se nos países vizinhos. O
rompimento com o imperialismo e a libertação da Rússia da guerra de rapina; a publicação dos acordos secretos
e a solene renúncia à política de conquista dos territórios estrangeiros; a proclamação da liberdade nacional e o
reconhecimento da independência da Finlândia; a proclamação da Rússia como "Federação das Repúblicas
Nacionais Soviéticas" e o apelo lançado pelo Poder Soviético ao mundo por uma luta decidida contra o
imperialismo, tudo isso não podia deixar de exercer uma notável influência sobre o Oriente subjugado e o
Ocidente ensangüentado”(STALIN, 1918, n.p).
4
agora tinham como vencer os entraves da opressão nacional, fazendo que tanto o ocidente
adiantado quanto o oriente atrasado se libertarem da opressão nacional podendo reagir contra
o imperialismo internacional se tivessem a capacidade de lutar conjuntamente contra as
forças imperialistas e a opressão nacional.
Agora que denotamos que o estudo sobre a questão nacional é de suma importância,
seja nos permitido expor algumas de suas principais implicações nas políticas soviéticas. Em
1913, Stalin escreveu o opúsculo chamado ‘Marxismo e o problema nacional e colonial’, esse
texto se deterá nas concepções em volta do conceito de “nação”, por conseguinte, considerar-
se-á a nação como uma comunidade estável construída historicamente que engloba quatro
tipos de comunidade (as quais nos deteremos em seguida) que juntas, vinculam todos os
indivíduos, formando uma realidade nacional, e também serão criticados muitos de seus
opositores do partido social-democrata que para ele, tinham uma visão distorcida sobre a
questão da autonomia nacional e do socialismo.
9
A Rússia por exemplo não pode ser considerada em si um único país para Stalin, já que ela é um conjunto de
diferentes nacionalidades eslavas, sendo dominada por um estado monarquista, por isso a diferenciação entre
comunidade nacional e estatal, estados podem ter em sua constituição diversas nacionalidades.
5
relação econômica entre os diferentes indivíduos, dessa mesma territorialidade, estreito- se.
Como afirma Stalin:
Há de existir ainda um vínculo econômico interno que solde num todo único
as diversas partes da nação. Entre a Inglaterra e América do Norte não existe
esse vínculo; por isso elas constituem duas nações distintas. E os mesmos
norte-americanos não mereceriam o nome de nação se as diversas partes da
América do Norte não estivessem unidas entre si numa economia única,
graças à divisão do trabalho estabelecida entre elas, ao desenvolvimento das
vias de comunicações, etc (STALIN, 1946, n.p).
10
Ver LOSURDO, 2010. p. 122) sobre o universalismo abstrato de Rosa Luxemburgo
6
trabalhadora, o proletariado pode e deve marchar rumo a esse movimento nacional, pois
algumas pautas são necessárias para seu desenvolvimento cultural e para contribuição
material para sua luta, como a pauta de direitos civis da nacionalidade e para luta anticolonial
propriamente dita. Entretanto, temos que tomar cuidado com algumas interpretações sobre
esse aspecto, o proletariado consciente dependendo do desenvolvimento das contradições de
classe participa desse movimento, contudo, não sob a bandeira da burguesia, mas sobre sua
própria bandeira11.
11
“Que o proletariado se coloque sob a bandeira do nacionalismo burguês — depende do grau de
desenvolvimento das contradições de classe, da consciência e da organização do proletariado. O proletariado
consciente tem sua própria bandeira, já provada, e não necessita marchar sob a bandeira da burguesia.”(id.ibid.)
7
[...]o leninismo provou, e a guerra imperialista e a revolução na Rússia 12 o
confirmaram, que a questão nacional só pode ser resolvida em relação com a
revolução proletária e sobre a base desta; que o caminho do triunfo da
revolução no Ocidente passa através da aliança revolucionária com o
movimento antiimperialista de libertação das colônias e dos países
dependentes. A questão nacional é parte da questão geral da revolução
proletária, parte da questão da ditadura do proletariado (id. ibid., n.p).
Tendo em vista a análise do texto dos Fundamentos do leninismo podemos ver que no
decorrer dele, Stalin demonstra muito enfoque sobre os países coloniais e sua importância, e o
progresso qualitativo da terceira internacional de olhá-los como um elemento importante para
a revolução proletária internacional e demonstra até que ponto que questão nacional e a
emancipação dos países sob a égide do colonialismo, contribui para a revolução internacional.
Entretanto, não se deve apoiar qualquer movimento nacional o apoio desses tem que
partir do princípio que essa libertação faz parte de um todo e que nem sempre esses
movimentos por independência tem impacto, ou seja, enfraquecem o imperialismo, quando
acontece esses casos “não se pode falar em apoio”, muitos deles contribuem para a
desestabilização do movimento socialista internacional, os movimentos nacionais só podem
ter o apoio socialista quando olhamos do ponto de vista da “parte” e do “todo”, se esses
movimentos contribuem em si para a queda dos imperialistas.
Deste modo, o apoio socialista a movimentos de libertação nacional não é algo
absoluto para Stalin, isso é algo que para ele pode variar:
12
Ver (STALIN, J.V. 1918), Nesse texto Stalin vai demonstrar o papel da questão nacional das nacionalidades
oprimidas na revolução de outubro, demonstrando a decadência da concepção de autodeterminação burguesa e a
ascensão da concepção proletária da mesma, em decorrência principalmente da continuação da opressão nacional
e da guerra mundial, sob essas regiões subjugadas, o que fez com que o proletariado dessas regiões perdesse as
ilusões da concepção de autodeterminação burguesa, fazendo com que eles apoiassem a revolução e fizessem
revoltas contra a própria burguesia de sua nação. Por isso, se vê aqui, que a única possibilidade de
“autodeterminação” é sobre a revolução socialista e proletária, pois só essa deixa os povos livres da opressão
nacional, ou seja o imperialismo.
8
situação de dependência do Egito, é, pelas mesmas razões, uma luta
reacionária, muito embora os membros desse governo sejam proletários, por
origem e situação social e conquanto sejam "favoráveis" ao socialismo. E
não falo do movimento nacional dos outros países coloniais e dependentes
maiores, como a Índia e a China, cada um dos quais pelo caminho da
libertação, mesmo quando contrariam as exigências da democracia formal,
são golpes de malho sobre o imperialismo e, por isso, são
incontestavelmente passos revolucionários.
9
nacionais”(eventualmente prejudicam o proletariado), por exemplo, o direito de vingança
praticado pelos georgianos, algo que ao seu ver, a social-democracia deveria ser contra e
combater essa prática, independente da autonomia nacional.
Todavia, Stalin irá tentar responder ao problema de autonomia nacional, criando um
outro conceito que é a autonomia regional para solucionar esse problema. Para isso, primeiro
defenderá a necessidade de um partido único que una todos os trabalhadores independente de
sua nacionalidade, para levar adiante os interesses da classe trabalhadora como um todo; a
solução para a questão da opressão nacional, seria o fim dos privilégios e restrições de todas
as nacionalidades, assim, não há um descontentamento das massas por que querem uma união
nacional artificial.
10
completa, pois em todas elas interferem minorias nacionais.É o que acontece
com os judeus na Polônia, com os letões na Lituânia, com os russos no
Cáucaso, com os polacos na Ucrânia, etc. Pode-se temer, por essa razão, que
as minorias sejam oprimidas pelas maiorias nacionais. Mas esse temor só
terá motivo de existir se o país continuar vivendo sob a velha ordem de
coisas. Dai ao país plena democracia, e esse temor desaparecerá por falta de
base (id., ibid).
13
Confira, (STALIN, 1954), texto onde o autor propõe criação de repúblicas independentes com os princípios da
autonomia regional e reforçou que o povo soviético não se integraria ao estado soviético a força, mas pela
fraternidade entre os trabalhadores e os camponeses, que nos demonstra seu internacionalismo, que respeita as
particularidades nacionais, ou seja a autodeterminação dos povos.
14
Ver essas informações no texto de (LOSURDO, ibid).
11
verdade, contudo, se essa característica não é analisada tendo em vista as condições materiais
novas que esse país socialista vivia no pós guerra, as conclusões que alguns autores podem
chegar sobre essa nova atitude da União Soviética em relação a outros países que estavam
fazendo uma movimentação de libertação nacional socialista, pode vir a se tornar uma
conclusão sustentada por uma paranóia de que “Stalin que era uma entidade maligna e estava
fazendo contra revoluções pelo mundo”. Conclusão que em si, ignora completamente as
particularidades do período.
É preciso entender que no pós guerra, o país precisava se reconstruir, já que a maior
parte de suas forças produtivas haviam sido destruídas na guerra, além do que, nem o poderio
militar do exército vermelho, seus recursos materiais da época, eram capazes de sustentar uma
guerra em escala global, o que explica o porque o PCUS tentava a todo custo evitar uma
guerra direta contra os EUA ( MUNHOZ, 2016, p. 458).
No entanto, mesmo com todas essas dificuldades a URSS, teve uma grande
participação em movimentos de libertação nacional, principalmente asiáticos, como foi o caso
da luta socialista anti-colonial coreana e a chinesa15. Os socialistas com o apoio da URSS
estavam tão avançados na Ásia, que alguns historiadores defendem que as medidas enérgicas
dos EUA no continente na segunda guerra, eram ações preventivas que tinham como objetivo
de evitar uma partilha socialista da ásia
15
Como diria Mao Tsé tung, em seu texto Estaline, Amigo do povo chinês:”Mas há também amigos de tipo
inteiramente diferente, aqueles que nos têm uma simpatia real e nos tratam como irmãos. Quem são? O povo
soviético e Estáline.A não ser a União Soviética, nenhum Estado renunciou aos seus privilégios na
China.Durante a nossa Primeira Grande Revolução, enquanto todos os imperialistas estavam contra nós, apenas a
União Soviética nos dispensou ajuda.Desde que começou a Guerra de Resistência contra o Japão, nenhum
governo dos países imperialistas nos apoiou verdadeiramente, sendo a União Soviética o único país que nos
ajudou com a sua aviação e com material.”( MAO, 1975, n.p).
12
Considerações finais
Podemos ver que Stalin teve um vasto material produzido ligado ao estudo da questão
nacional, ele a desenvolveu criando uma concepção de nacionalidade ampla e
fundamentando-a, criticou grandes personalidades do movimento social-democrata
internacional, que possuíam segundo ele, uma ideia da autonomia nacional que era errônea e
oportunista. Esta visão de mundo influenciou sua posição política, quando era secretário geral
do PCUS bem como a maneira de como se organizaria a URSS na questão da cultura e
autonomia das nacionalidades, fazendo com que a política interna soviética prezasse pela
consolidação de regiões socialistas que lutassem contra os privilégios e restrições de todas as
nacionalidades.
O estudo da questão nacional nos realça com transparência algumas análises
infundadas relacionadas ao nome de Stalin, com os seus textos antes de outubro de 1917 e no
decorrer da revolução, o georgiano já demonstrava grande interesse pela exportação da
revolução que se daria não só com a emancipação da Europa e os países coloniais “cultos”,
mas também, com a emancipação dos países periféricos e do centro trabalhando juntos pela
revolução socialista internacional e contra o imperialismo, demonstrando que a independência
dos países semicoloniais dependendo de como cada nação oprimida deveria influir sobre o
todo, poderia acabar beneficiando ou não a luta proletária socialista contra a hegemonia
imperialista. A partir dos decorrer deste artigo, podemos ver que na medida do possível Stalin
seguiu os princípios de sua questão nacional.
Referências bibliográficas
13
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