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ABSTRACT: In our interpretation the analysis of Stalin's socialism is a sine qua non
task for the very conception of forthcoming socialism, as well as the establishment of the
bases of possible mistakes made in the past by the mistakes raised by the first experience
of edification of communism.We also highlight the fecund debate about Trotsky's theory
of permanent revolution and the theory of revolution in one country and the conceptions
underlying this debate as the unity between industrial workers and peasants.
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1 INTRODUÇAO
Neste centenário da revolução russa muitos balanços históricos estão sendo feitos,
tanto pela esquerda quanto pela direita, sobre os principais mitos, episódios e conceitos
sobre o maior evento histórico do século XX.
Grosso modo, o que se presencia são, por parte dos intelectuais conservadores,
uma continuidade de distorções e revisionismos históricos com cifras e números absurdos
sobre o que de fato foi o socialismo real bem como a vida de suas principais lideranças.
Por parte da esquerda, ou assim chamado campo progressista, subsistem pequenos
trabalhos que por muitas vezes com receio de criticas do senso intelectual dominante
acabam por flertar de algum modo com os intelectuais revisionistas. Constitui rara
excessao, sem duvida, estudos sobre a China e a URSS por Badiou, Zizek e mais
especialmente a obra do professor Domenico Losurdo sobre a vida política do chefe da
URSS, Josef Stálin.
Neste pequeno trabalho procuraremos demonstrar em linhas gerais a perpecpçao
conceitual de Stálin sobre a Ditadura do proletariado que este aplicou. Não cabe a este
trabalho realizar um estudo histórico e/ou sociológico sobre as possíveis contradições que
se poderia ter entre a analise teórica de Stálin e a aplicação prática deste conceito.
Contudo, creditamos ser valido esboçar em linhas gerais a apreensão geral de
Stálin sobre a ditadura do proletariado posto as deformações e caricaturas que se realizam
até os dias de hoje sobre sua figura, especialmente a crítica fugaz do qual “Koba” era um
camponês rustico sem teoria.
Estas deformações que ora confrontaremos tem raízes tanto por parte da
intelectualidade conservadora e liberal norte-americana bem como do chamado campo
politico trotskista. Será oportuno portanto, explicitar, ainda que em linhas gerais, a
concepção de Stalin sobre a teoria da revolução permanente em Trotsky bem como
apresentar uma linha sem distorção da teoria do socialismo em só país de Josef Stálin (o
Koba).
Em nossa interpretação a análise do socialismo de Stálin é tarefa sine qua non
para a própria concepção de socialismo vindouro, bem como ao estabelecimento das
bases dos possíveis erros cometidos no passado, pelos equívocos suscitados pela primeira
experiência de edificação do comunismo.
Dado esse quadro sobre a figura de Stálin de demonização banal e endeusamento
cego e enviesado cabe a pertinência da ciência, ainda que a ciência, evidente, como tudo,
não está destituída de ideologia, a ciência enquanto método de estudo e desvelação do
real é o que mais se aproxima , do ponto de vista da narrativa, da própria realidade
enquanto tal.
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Desta forma este trabalho localiza-se historicamente, não se trata de uma defesa a
priori de Stálin que imiscui este dos seus erros mas é um trabalho que tenta no atual
contexto de até mesmo negar Stálin enquanto comunista defender ao que parcialmente
suas formulações sobre o poder. Acreditamos que a crítica pueril a Stálin tem por
objetivo a negação total da primeira experiência da história, é em torno desta defesa, a
dos 100 anos da revolução de Outubro que produzimos o presente artigo.
Não é por mero acaso que, em quase todas as publicações burguesas e pequeno-
burguesas «em voga» nos nossos dias, encontramos calúnias e mentiras a
propósito de Stáline que se podiam ler durante a guerra na imprensa nazi. É um
sinal de que a luta de classes à escala mundial é cada vez mais áspera e de que a
grande burguesia mobiliza todas as suas forças para a defesa, em todos os azimutes,
da sua «democracia»(LUDO, 2009, p12)
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Segundo Ludo muitas das narrativas acercas de Stálin construídas sobretudo por
intelectuais de caráter liberal e/ou conservadores repousam em insiuinaçoes fabricadas
pela espionagem política nazista durante a segunda guerra mundial.
Stálin fora o mentor e o responsável assim por importantes atividades que
permitiram a expansão e a propagação do incipiante partido bolchevique (antes da
revolução de 1905) a toda a russia.
Das atividades políticas da sua juventude cabe frisar a greve incendiária
petrolífera de Baku (atual capital do Azerbaijão) segundo Deustcher foi a primeira greve
de petroleiras da região.
Assaltos a bancos e outras atividades clandestinas que lhe rendarem diversas
prisões pelo país fizeram de sua figura respeitada em meio ao partido. Dentro as
atividades teóricas no período pre-revolucionário cabe destacar a seus estudos sobre a
questão da autodeterminação dos povos.
Sua condição de georgiano que viveu maior parte da vida na Russia ou seja a
condição de intelectual imigrante o possibilitou ter uma visão aguçada sobre a questão
das nacionalidades. Nos seus textos jornalísticos sobre o assunto defende a liberdade
política e de línguas bem como identidade nacional, esta atino pelas questões dessa
ordem o fizeram ser, após a tomada do poder, ser designado como comissariado do povo
para as questões da nacionalidade.
Essa pequena opereta é importante para desmistificar o mito do homem rude que
nada sabia, suscitado principalmente por Trotsky e seus seguidores, de que a desenvoltura
de Stálin a subir de posto no politburo em nada se justifica, o que não tem procedência.
Stalin nunca creditou a si mesmo, como muito se pensa, como uma nova etapa do
marxismo, ou seja nunca defendeu a ideia de um estalinismo. Ao contrário Stalin se
considerava marxista-leninista tendo sido por sinal o grande definidor desta categoria.
Por marxismo-leninismo Stalin considerava uma nova etapa do marxismo sendo Lenin
seu grande guia teórico.
O capitalismo a partir da interpretação de Lenin entrava em uma nova fase a fase
do Imperialismo definida a partir da fusão do capital bancário com o capital industrial no
inicio do século xx. Estas definições levaram também a uma teoria política que estivesse
a altura do desenrolar do movimento histórico do capital em sua fase superior, esta teoria
segundo Stálin seria o leninismo.
O centro da teoria de Lenin que marcaria esta como uma segunda etapa seria a
organização política centralizada que atuaria publica e clandestinamente, organização
esta que teria como meta a disputa pelo poder político, “fora o poder tudo é ilusão”
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dissera Lenin e Stálin compreendeu muito bem.
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superasse a sua condição de inferioridade técnica.
Segundo Stálin a prerrogativa de desenvolver o socialismo na URSS para que esta
pudesse ser o pontapé inicial da revolução internacional bem como a estrutura de suporte
das revoluções internacionais ao contrário de ser uma política anti-marxista representava
o desenvolvimento da teoria de Lenin esboçadas nas teses de Abril.
Mas a divergência central com a tese de Trotsky sobre a teoria da revolução
permanente residia na relação estratégica da unidade entre o incipiente operário urbano
industrial e o campesinato. Já relatamos em outros trabalhos (ABRUNHOSA, 2013)
como o debate sobre campesinato fora estratégico para a formação do partido
bolchevique em detrimento da oposição com outros grupos. Stálin considera que Trotsky,
que não era bolchevique durante a revolução de 1905 não conseguia entender esta
questão estratégica.
Para Stálin não havia condições para se efetivar uma ditadura do proletariado em
1905 tao como apregoava Trotsky posto que o fundamento desta ditadura do ponto de
vista leninista reside na unidade entre os trabalhadores do campo e da cidade e estas
condições ainda não estavam dadas em 1905, apenas em 1917.
Sendo assim, na concepção de Stálin o palavratorio de Trotsky não corresponde
com a realidade histórica-concreta e por isso não tem força social, posto que não existe
condições de se empreender uma ditadura sem a participação do campesinato e Trotsky
parece mais se apegar as palavras do que as condições histórica para a realização da
mesma.
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precisamente essas duas particularidades, não somente porque exprimem com
nitidez a essência da Revolução de Outubro, mas também porque revelam
luminosamente a natureza oportunista da teoria da "revolução permanente".
(STÁLIN, 2017)
4 A DITADURA DO PROLETARIADO
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poderia ser feita sem ter como prerrogativa da tomada do poder.
A tomada do poder adquiria caráter peremptório, tomado o poder a ditadura do
proletariado adquiria caráter universal. No sentido de que com a tomada do poder e a
expropriação econômica da burguesia não se eliminaria por si só a burguesia enquanto
classe.
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Gostaria de enfatizar a importância da ideia de temporalidade e de guerra continua
para a eliminação da burguesia, Stalin fala em conservar o poder posto que a burguesia
ainda tentaria desfraldar golpes para impedir a viabilização do comunismo.
Este período de transição não seria nem um completo domínio dos trablhadores
do campo e da cidade nem um representaria o controle da burguesia, como a Ditadura do
Proletariado na concepção de Stálin se apresenta em caráter de processo o elemento
fundamental desse processo é a permanência da vigilância política contra os golpes
burgueses e pequeno-burgueses, esta concepção é a que orienta o uso sistemático da
violência até que o Comunismo triunfe completamente.
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A luz das próprias citações de Stálin podemos discorrer ainda que brevemente de
que muitas das críticas ao uso da violência por parte de Stálin, principalmente aos Gulags
e a coletivização forçada das terras, não entra em contradição com sua teoria do qual
imperava a necessidade do uso da força para garantir a hegemonia proletária na URSS.
5 CONCLUSAO
6 BIBLIOGRAFIA
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narodnik`s russos. ENCONTRO DO EIXO MARXISMO, TEORIA CRÍTICA E
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