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LUENA
IPAG - LUENA
CURSO: CONTABILIDADE
2022-2023.
Luena, 2023/2024
CURSO: CONTABILIDADE
2022-2023.
4. Natália Sacamena
Sumário
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................1
SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA................................................................................................1
PROBLEMA DE PESQUISA.....................................................................................................1
HIPÓTESES:..............................................................................................................................1
OBJECTIVO GERAL................................................................................................................2
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:..................................................................................................2
JUSTIFICATIVA........................................................................................................................2
1.1.1. ANÁLISE..........................................................................................................................3
1.1.2. ESTRUTURA...................................................................................................................3
1.1.3. COMÉRCIO.....................................................................................................................3
1.1.4. PRESTAÇÃO....................................................................................................................3
1.1.5. SERVIÇO..........................................................................................................................3
CONTABILIDADE.............................................................................................................6
Objecto da Contabilidade....................................................................................................6
Objectivo da Contabilidade.................................................................................................6
Usuários da Contabilidade...................................................................................................7
Importância da Contabilidade..............................................................................................7
PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS...................................................................................8
O PATRIMÓNIO.................................................................................................................9
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS.............................................................................11
CONCEITO DE EMPRESA.............................................................................................12
3.1.1. Historial...........................................................................................................................26
Mercado de atuação..................................................................................................................26
Clientes.....................................................................................................................................26
Fornecedores.............................................................................................................................26
Objecto Social...........................................................................................................................27
3.1.2.1. Missão..........................................................................................................................27
3.1.2.2. Visão.............................................................................................................................27
3.1.2.3. Valores..........................................................................................................................28
3.1.2.5. Organograma................................................................................................................29
CONCLUSÃO..........................................................................................................................35
RECOMENDAÇÕES...............................................................................................................36
INTRODUÇÃO
SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA
e prestação de serviço têm de honrar com os seus compromissos de curto, médio e longo
prazo.
PROBLEMA DE PESQUISA
Por que estudar a estrutura financeira de uma empresa de comércio e prestação de serviços?
1
HIPÓTESES:
dívidas;
exercício econômico;
OBJECTIVO GERAL
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
obtenção de dados;
JUSTIFICATIVA
2
O presente tema foi escolhido com o intuito de despertar o nosso interesse quanto à
estrutura financeira de uma empresa, visto que análise financeira envolve o balanço
patrimonial que é o instrumento principal para esta análise, pois é também um assunto muito
Por tratar-se de um assunto ligado ao nosso curso, permite-nos que tenhamos mais domínio
na nossa área de formação. Por outro lado, é importante por parte dos gestores, pois analisar a
estrutura financeira ajuda-lhes muito na tomada de decisões necessárias para o bom controlo e
funcionamento da empresa.
o DEFINAÇÃO DE TERMOS
1.1.1. ANÁLISE
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desconstrução nas partes que o compõem. É um método utilizado em diversas áreas de estudo,
das ciências exatas até as ciências sociais e humanas. (Gomes 2022).
1.1.2. ESTRUTURA
Denota a constituição ou organização de algo. Para Cruz (2022), " a estrutura pode ser
entendida como um sistema formado por acontecimentos e ações interligadas e dependentes
entre si, e que servem para determinar o todo".
O termo financeiro, proveniente de finanças, é o conjunto de aplicações financeiras que
uma pessoa ou entidade tem.
1.1.3. COMÉRCIO
1.1.4. PRESTAÇÃO
Designa o objecto de uma obrigação. É o dar, fazer ou não fazer algo em nome de uma
obrigação que se tem frente a outra pessoa física ou jurídica.
1.1.5. SERVIÇO
Entende-se por serviço, qualquer ato ou desempenho que uma parte pode oferecer a outra
e que seja essencialmente intangível e não resulte na propriedade de nada. Sua produção pode
ou não ser vinculada a um produto físico. (KOTLER.1998, p.412).
Segundo Willich(2023), " a prestação de serviços é uma actividade que supre uma
demanda, sem envolver compra de produtos ou mercadorias. Enquanto um aparelho de ar-
condicionado é um produto, a manutenção do ar-condicionado é um serviço, prestado por uma
4
empresa ou um profissional autónomo.
o DEFINAÇÃO DE CONCEITOS
5
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE
De acordo com Karine Lopes (1999), à história da contabilidade, o seu estudo está
dividido em períodos diferentes por causa da utilidade que cada etapa possui, ou seja, a época
que novos rumos foram sendo tomados ao carácter evolutivo do conhecimento. A forma como
os períodos foram sendo classificados nem sempre a mesma, considerando as condições sob
as quais são realizadas no que se percebe da análise profunda de nossa história.
O ilustre contador e historiador professor doutor Federigo Melis APUD Lopes (1999)
afirma que a história da contabilidade se divide em quatro partes distintas:
aparecimento das obras de divulgação da técnica dos registros patrimoniais iniciando com
CONTABILIDADE
6
A contabilidade uma ciência prática que nasce da necessidade de determinar de uma
forma rigorosa e sistemática o resultado dos negócios. Pois, regista e controla as variações
que ocorrem no património das entidades, sendo estas públicas ou privadas, numa perspectiva
estática ou dinâmica, tendo como resultado a obtenção de informações económicas e
financeiras a fim de serem proporcionadas aos seus utentes para tomarem as suas decisões.
Para o Ribeiro (2013, p.10) A contabilidade, portanto, é uma ciência social que tem por
objecto o património das entidades económico-administrativas. Seu objectivo principal é
controlar o patrimônio das entidades em decorrências de suas variações".
Objecto da Contabilidade
Sendo um ramo da economia, a contabilidade tem como o objecto de estudo o
patrimônio. Ou seja, a realidade económica passada, presente e futura de qualquer entidade
pública ou privada.
Objectivo da Contabilidade
A contabilidade tem como objectivo fornecer informações aos seus utentes, por meio do
registro, controle e interpretação dos eventos que alteram qualitativa e quantitativamente, o
patrimônio das entidades, e as informações fornecidas pela contabilidade permitem a
realização de controle e planeamento.
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elementos (activo, passivo, capital próprio, rendimento, gasto, recebimento e
pagamento). Apresentando-os de forma estruturada.
Divulgação - é o processo que consiste em explicar, comentar as quantias ou as
opções tomadas.
Funções de Contabilidade
Segundo Sérgio Adriano (2016), a contabilidade tem a função administrativa e a função
Económica.
Usuários da Contabilidade
Os usuários da contabilidade são pessoas que se interessam pela situação da empresa e
buscam os instrumentos contábeis e as suas respostas, podendo ser assim internos e externos.
Importância da Contabilidade
De acordo com (IUDÍCIBU, MARION e FARIA, 2009 Apud DAVID e BARBOSA), a
Contabilidade é uma ciência que alcançou uma relevância ao longo da sua evolução, dada a
sua natureza de disponibilizar informações aos seus usuários. A contabilidade é uma ciência
social aplicada, pois é a partir da ação humana que se geram modificações no fenômeno
patrimonial, entretanto, a Contabilidade usa a matemática e estatísticas como suas principais
ferramentas.
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A história demonstra que a contabilidade vinha se tornando cada vez mais importante,
conforme o desenvolvimento económico, mediante as necessidades da sociedade em obter o
controlo sobre o seu património. Pois, através do desenvolvimento das suas técnicas é
possível registar, consolidar, controlar e analisar as mutações patrimoniais que auxiliam no
processo decisório.
PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS
A contabilidade é uma ciência social, portanto, não exata, necessitando dos princípios de
contabilidade de adoção obrigatória para todas as entidades (pessoas físicas ou jurídicas, com
ou sem fins lucrativos) na sua execução, de forma a padronizar as informações contábeis
divulgadas para os seus usuários.
Sérgio Adriano (2016, p.1).
1
No 1° artigo da resolução CFC n° 750/90, que foi alterado pela resolução CFC n° 1.282/10
9
entidade sem se confundir com os patrimônios particulares (dos sócios ou
proprietários).
Oportunidade - refere-se aos registos dos factos contábeis de maneira tempestiva e
íntegra, ou seja, no momento oportuno (mais próximo possível de quando ele foi
gerado) e com as informações completas e fidedignas, sem omissões ou excessos.
Prudência - trata-se de considerar o menor valor na mensuração do activo e o maior
valor na mensuração de passivos. Dessa maneira, evita-se possíveis equívocos no
levantamento das informações e descontrole financeiro ao subestimar ou sobrestimar
valores.
Registro pelo valor original - diz que os componentes do patrimônio devem ser
registrados pelos valores originais das transações, expressos na moeda do país.
Quando as transações são feitas com o exterior, o valor deve ser transformado em
moeda nacional no momento do registro, a fim de homogeneizar os dados do
patrimônio da entidade.
O PATRIMÓNIO
Activo: é o somatório dos bens e dos direitos, ou seja, conjunto dos valores que a
empresa possui e tem a receber, que pode ser circulante ou não circulante.
O Activo circulante é um dos dois ativos do ativo que contém os elementos que
garantem o funcionamento da empresa no dia a dia. Eles são de curto prazo e sua posse é
inferior a um ano. Esses recursos são para serem consumidos, como matéria-prima, ou para
serem vendidos, como produto final. Esses investimentos são operacionais. O ativo circulante
pode ser classificado em três tipos mercadorias, clientes e disponibilidades.
Ativos não circulantes: Também chamados de ativos fixos, os ativos não circulantes
estão dentro dos ativos aquele que contém os elementos que são mantidos na empresa por um
10
período de mais de um ano. Neles podemos encontrar todos os ativos que permitem à empresa
manter sua capacidade produtiva e, a venda desses elementos não está contemplada.
Os ativos não circulantes são agrupados em três blocos. Ativos intangíveis, imobilizados
e investimentos de longo prazo.
Passivo Circulante: Inclui todas as dívidas ou pagamentos que a empresa deve enfrentar
em um período inferior a um ano. Também são contabilizados em pagamentos a fornecedores,
credores, impostos derivados da atividade.
Passivo não circulante: são todas as dívidas ou créditos e outras obrigações com
vencimentos superiores a um ano. Normalmente o resultado de operações de investimento e
expansão ou o início do negócio. Pagamentos a fornecedores com vencimentos de longo
prazo de mais de um ano também podem entrar nessa massa de capital.
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OU
CAPITAL PRÓPRIO = Activo - Capital Alheio
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Balanço
De acordo com (SALAS, 2005 APUD SEBASTIÃO, 2014), o Balanço Patrimonial é
um instrumento contabilístico ou demonstração estática que tem por finalidade apresentar
qualitativa e quantitativamente, a posição patrimonial e financeira de uma entidade num
determinado período de tempo.
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Receitas Brutas
(-) Deduções
(-) Custos
(-) Despesas
(-) Perdas
(=) Lucro ou Prejuízo
Fonte: Adaptado de ASSAF NETO (2012, p.77).
A Demonstração dos fluxos de caixa é um balanço que integra o conjunto Completo das
demonstrações financeiras que permite ao gestor monitorar a evolução do equilíbrio,
possibilitando a adoção antecipada de medidas que venham assegurar a disponibilidade de
recursos para o suprimento das necessidades de caixa.
CONCEITO DE EMPRESA
Para (MAXIMIANO 2006, P.6 APUD NASCIMENTO 2015, P.25), "a empresa é uma
iniciativa que tem o objectivo de fornecer produtos e serviços para atender necessidade de
pessoas, ou de mercados, e com isso obter lucro". Nesse sentido, as empresas nascem com a
finalidade de produzir produtos e/ou serviços que possam servir à sociedade. Essas empresas
são compostas por pessoas que trabalham em conjunto, operacionalizam funções e exploram
algum mercado e, por isso, são consideradas também organizações sociais.
De entre os possíveis critérios classificativos foram escolhidos seis por serem os mais
relevantes, quer do ponto de vista pedagógico, quer por permitirem a visualização do
panorama empresarial português.
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Assim são referidas as seguintes classificações:
Por sectores de actividade – divide as empresas de acordo com a natureza e origem dos
produtos por elas fabricados ou dos serviços que prestam à comunidade. Assim, fazem parte:
2. Sector primário: as empresas que se dedicam à agricultura, silvicultura, pescas,
pecuária e actividades extractivas;
3. Sector secundário: as empresas dedicadas ás actividades transformadoras, à
electricidade, gás e água e à construção civil e obras públicas;
4. Sector terciário: as empresas dedicadas ao comércio, aos transportes e comunicações
e ainda as dedicadas aos restantes serviços.
Por distribuição geográfica – permite uma visão da distribuição regional das empresas e
verificar a existência ou não de assimetrias a nível do país.
Nas zonas rurais verifica-se o ciclo vicioso da pobreza. As empresas não se instalam
porque a zona é relativamente pobre, e o empobrecimento da zona aumenta porque não se
instalam empresas.
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compram aos fornecedores mercadorias que guardam nos seus armazéns, para,
passado um certo tempo, venderem aos seus clientes essas mesmas mercadorias sem
qualquer transformação de fundo.
6. Empresa Industriais – estas empresas, ao contrário dos comerciais, não vendem o
que compram, mas sim o que fabricam ou produzem.
15
Grandes Empresas – as que empregam mais de 500 trabalhadores.
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CAPÍTULO II - ESTRUTURA FINANCEIRA DE UMA
EMPRESA
A estrutura financeira de uma empresa pode ser entendida como sendo a composição
das fontes de financiamento ou passivos formados por recursos externos (representados por
dívidas de curto e longo prazo), e por recursos próprios.
Diversos autores definem a estrutura financeira como sendo a estrutura de capitais.
Para (Bevam e Danbolt, 2004), " a estrutura financeira é a combinação entre capital alheio e
capital próprio".
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real situação.
DA ESTRUTURA FINANCEIRA
2.2.1. O BALANÇO
A contabilidade possue uma das funções que é fornecer informações financeiras que
permitem o analista avaliar a situação da estrutura financeira, o balanço patrimonial é o
instrumento que fornece essas informações.
Como já foi referido no capítulo anterior, o balanço patrimonial é uma demonstração
financeira que tem por finalidade apresentar a situação financeira de uma empresa num
determinado momento, embora que existam outros documentos para análise da situação
económico-financeira de uma empresa.
O balanço é composto por três contas principais (activo, passivo e capital próprio), que
são sob agrupadas tendo em conta as suas exigibilidades.
Activo
De acordo com (Neto, 2012), no activo relacionam-se todas as aplicações de recursos
efetuadas pela empresa. Esses recursos poderão estar distribuídos em:
Activo não corrente - esse subgrupo do activo está composto por recursos de baixa
liquidez (lenta transformação em dinheiro) e também por aqueles que não se destinam a
venda, excepto em casos excepcionais. O activo não circulante dividi-se em quatro subgrupos:
Realizável em longo prazo - As vendas feitas a prazo a clientes que só irão ser
recebidas no longo prazo e os demais valores a receber provenientes das demais
transações efectuadas pela organização.
Investimentos financeiros - participação acionária em empresas conjuntas ou
controladas, terrenos, obras de arte, e outros activos.
Imobilizado - máquinas e equipamentos que fazem parte da operação principal
da empresa, computadores, instalações, ar condicionados, veículos, etc.
Intangível - Direitos autorais, patentes, marcas, fundos de comércio, gastos com
desenvolvimento de novos produtos, despesas de constituição, trespasse e outros.
Activo corrente - esse por sua vez é composto por todas as contas de liquidez
imediata ou que se convertem em dinheiro em curto prazo, ou seja, nesse subgrupo são
registrados todos os direitos cujos os vencimentos ocorreram até o final do exercício
económico, ao encerramento do balanço. E as principais subcontas que podemos encontrar
analisando o activo circulante de uma empresa são:
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Disponibilidades - inclui as contas de maior grau de liquidez que podem ser:
dinheiro em caixa, cheques depositados, e ainda não compensados e saldos de
depósitos bancários movimentáveis a vista, títulos, e as aplicações financeiras
de liquidez imediatas.
Realizável em curto - devem ser descritas as vendas a prazo a clientes e os
cheques pré-datados (que foram negociados em instituições financeiras por
meio da operação de descontos recebíveis) e um percentual representativo de
possíveis perdas com o não recebimento das vendas efectuadas a prazo,
definido como provisão para crédito de liquidação duvidosa.
Estoque - representa o montante apurado nos diversos inventários da empresa.
O critério legal para a avalição das diversas contas do estoque no balanço será
o preço de aquisição (custo histórico) ou de produção.
Despesas antecipadas - trata-se de despesas pagas antecipadamente e não
incorridas (consumidas). Exemplo: passagem pagas e não utilizada.
Passivo
O passivo é dividido em exigível e não exigível. O passivo é composto pelo passivo
circulante e não circulante onde se encontram as contas que tem prazo para vencimento, ou
seja, todas as obrigações que a empresa precisa pagar em um determinado dia. Já o passivo
não exigível é representado pelo patrimônio líquido, que é o dinheiro que o sócio da empresa
empregou para o seu funcionamento e sobrevivência. O passivo exigível é classificado, de
acordo com o prazo do pagamento das dívidas, em dois subgrupos: circulante e não
circulante.
Passivo Circulante - esse subgrupo do passivo exigível é composto por todas as
obrigações que devem ser pagas em curto prazo, ou seja, nesse subgrupo devem ser
registradas todas as obrigações cujos vencimentos ocorrerão até o final do exercício seguinte
ao encerramento do balanço. Dentre as contas que compõem o passivo circulante, podemos
destacar:
Obrigações operacionais: fornecedores, ordenados e salários;
Obrigações sociais;
Obrigações legais;
Dividendos a serem pagos aos acionistas;
Financiamentos e empréstimos de instituições financeiras.
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destacar:
Financiamento e empréstimos de instituições financeiras;
Dívidas a pagar;
Fornecedores de equipamentos de grande porte.
Capital próprio
Esta conta representa o volume de recursos financeiros investidos na organização por
seus acionistas ou sócios. Para (Dênis 2015, apud Neto 2010), Dentre as contas que compõem
o patrimônio líquido, destaca-se as seguintes:
• Capital Social - inclui os valores investidos pelos acionistas ou sócios da organização,
ou aqueles gerados por ela mesma e que não foram distribuídos aos acionistas ou sócios,
sendo utilizados para gerar um aumento no capital investido na organização.
• Reservas de Capital - representam os valores aportados pelos proprietários (ágio),
por terceiros (doações e subvenções), variações de valor de certos ativos (ajuste patrimonial) e
lucros auferidos e não distribuídos (lucros retidos);
• Reservas de lucros - indicam os lucros retidos da organização com finalidades
específicas. Dependendo da finalidade específica, a conta reserva de lucros pode ser
subdividida em inúmeras outras contas, tais como: reserva legal, reservas estatutárias,
reservas para contingências, reservas para planos de investimentos e reservas de lucros a
realizar.
FINANCEIRA
Grau de Autonomia Financeira
Traduz a percentagem do ativo que está a ser financiada pelos capitais próprios da
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entidade, sendo obtido através da seguinte expressão de cálculo:
GA =
A abrangência deste indicador é vasta, tendo sido sobretudo fomentada pelas
Instituições financeiras, as quais o utilizam ainda hoje na apreciação e medição do risco de
crédito dos seus clientes. Varia entre 0 e 1 (se o capital próprio for negativo este rácio também
apresentará valores inferiores a 0).
Quanto maior for o seu valor maior é a probabilidade de que os ativos da entidade
consigam, em caso de liquidação, cobrir a totalidade das responsabilidades da entidade.
Quanto menor for o seu valor maior será a dependência da entidade de capitais alheios para
financiar os seus activos.
Portanto, Trata-se de um indicador fundamental para a análise financeira da empresa,
Grau de Dependência Financeira
Trata-se de um indicador complementar do grau de autonomia financeira. O seu valor
obtém-se dividindo o total do passivo pelo Activo total líquido.
O grau de dependência ou rácio de endividamento avalia o risco de não cumprimento
do serviço de dívida por parte da entidade. “O grau de dependência financeira determina a
proporção ou percentagem de capital alheio utilizado no financiamento das atividades da
entidade”, (Nogueira, 2019). E calcula-se pela seguinte fórmula:
GD =
A máxima dependência é atingida quando o grau de dependência for igual a 1. Este é
um indicador complementar do grau da autonomia financeira, pois medem a capacidade que
uma empresa tem para solver os seus compromissos a médio e longo prazo. no entanto,
quando um for maior o outro será menor e assim o inverso.
Grau de Cobertura do Activo Fixo
Este indicador permite saber com quanto é que os fundos de capitais permanentes
contribuem para o financiamento dos fundos do activo fixo. Calcula-se pela seguinte fórmula:
GCAF
Portanto, este indicador pode apresentar valores superiores a 1 o que significa que os
capitais permanentes são suficientes para cobrir os activos fixos. Se esse valor for inferior a 1,
quer dizer que os capitais permanentes são insuficientes para cobrir o total do activo fixo.
Liquidez geral
Trata-se de um indicador muito importante, pois permite dar uma ideia aproximada de
como a empresa tem a capacidade para fazer face aos seus compromissos no momento em que
se vão vencendo.
Este rácio é mais um indicador que traduz a regra do equilíbrio financeiro mínimo
(indicador “cobertura dos ativos não correntes”), pelo que deve assumir um valor superior a 1
(ou 100%). Caso o rácio seja inferior à unidade, então o valor dos passivos com exigibilidade
a curto prazo é superior ao valor dos ativos correntes (inventários, dívidas de clientes e meios
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financeiros líquidos), o que equivale à existência de ativos não correntes (ativos fixos
tangíveis e intangíveis) financiados por capitais alheios correntes. Nestas circunstâncias, a
empresa encontra-se numa situação de desequilíbrio financeiro e poderá ter problemas de
liquidez a curto prazo (risco de ruptura de tesouraria).
De sublinhar que um rácio de liquidez geral superior a 1 não é sinónimo de
inexistência de problemas de liquidez! É necessário ter em conta que as rubricas do ativo
comportam diferentes níveis de liquidez (os meios financeiros líquidos são pela própria
natureza ativos líquidos, mas o mesmo não é possível dizer sobre os inventários e os clientes)
é fundamental garantir a fiabilidade e qualidade da informação (ex: efetivo reconhecimento de
eventuais imparidades de inventarios e clientes).
O rácio de liquidez geral traduz o grau em que o passivo corrente (até 12 meses) está
coberto pelo ativo corrente, ou seja, por ativos que se espera que possam vir a ser convertidos
em meios financeiros líquidos no mesmo período de tempo que corresponde ao vencimento da
dívida (passivo) (Nogueira,2019). Este rácio pode ser obtido através da seguinte expressão de
cálculo:
Liquidez Geral =
É utilizado pela generalidade das Instituições Financeiras na análise do risco das
entidades, e não pretende mais do que traduzir a sua liquidez – capacidade de cumprir as
responsabilidades exigíveis a curto prazo.
Liquidez reduzida
O rácio da liquidez reduzida exclui do numerador os ativos correntes com menor grau
de liquidez (Inventários) e traduz a capacidade da entidade para solver os seus compromissos
de curto prazo através da transformação dos ativos correntes em meios monetários. Este rácio
pode ser obtido através da seguinte expressão de cálculo:
Liquidez Reduzida =
Trata-se de um indicador que indica o peso do estoque na estrutura da empresa. Por
tanto, este rácio dá-nos a conhecer quais as possibilidades da empresa em cobrir as dívidas
com vencimento inferior a 1 ano com bens e direitos mais líquidos.
Solvabilidade
O rácio de solvabilidade traduz a capacidade da entidade expressa pelos capitais
próprios para solver os seus compromissos expressos no passivo, ou seja, o seu
endividamento. É dada pela aplicação da seguinte expressão de cálculo:
Solvabilidade =
Para os analistas de risco, nomeadamente das Instituições Financeiras, quanto mais
elevado for este rácio, maior será a estabilidade financeira da entidade. Pelo contrário, quanto
mais baixo for o valor apresentado pelo rácio, maior será a vulnerabilidade da entidade.
Uma entidade está solvente quando o seu capital próprio garante a liquidação do seu
passivo (solvabilidade ≥ 1). Quando a solvabilidade é < 1. significa que o capital próprio da
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entidade não assegura a total cobertura do passivo. A insolvência traduz a incapacidade da
entidade em fazer face às suas responsabilidades correntes.
Portanto os indicadores financeiros são elementos importantes porque ajudam a
empresa saber se está bem ou mal financeiramente, para que possa desenvolver as suas
actividades normais, fazer os devidos pagamentos no momento em que elas vão vencendo,
analisar os factos contábeis, controlar as suas actividades principais, organizar os meios
consoante as suas obrigações e transformação de execução dos activos e observar os
resultados se são ou não satisfatório na actividade desenrolada anteriormente.
23
O ciclo de investimento é calculado pela seguinte fórmula:
Fundo de maneio (FM) = Capitais Permanentes (CP) – Activo Fixo Líquido (AFL)
O capital permanente é o somatório entre o capital próprio e o capital alheio.
Recursos cíclicos: incluem as dívidas a terceiros de curto prazo que resultam das
decisões do ciclo de exploração e que geram origens de fundos. As dívidas em mora devem
ser consideradas como tesouraria passiva. Concretamente, inclui as seguintes rubricas:
o Adiantamentos a clientes, independentemente de o preço ser fixo ou não;
o Fornecedores conta corrente;
o Estado e outros entes públicos resultantes do ciclo de exploração;
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investimentos e as necessidades de financiamento do ciclo de exploração. Dentro dela
podemos encontrar as seguintes rubricas:
Tesouraria activa: onde estão incluídos os meios líquidos ou quase líquidos:
- Caixa
- Depósito bancário
- Títulos negociáveis, desde que seja facilmente convertidos em dinheiro (doutro
modo serão classificados em activo fixo).
Tesouraria passivo: incluí:
- Passivo de curto prazo;
- Outras contas a pagar e diferimento;
- Rendas imediatas;
O ciclo de tesouraria é calculado da seguinte forma:
Tesouraria Líquida (TL) = Tesouraria Activa – Tesouraria Passivo (TP)
Tesouraria líquida (TL) = Fundo de maneio - Necessidade de fundo de maneio.
Portanto o gestor financeiro, não só geri os meios financeiros líquidos, mais também
selecciona as fontes de financiamento que devem proporcionar chances para obtenção da
estabilidade da entidade. No entanto, para se saber se a empresa foi solvente no determinado
exercício econômico, é preciso ter como instrumento principal o balanço que tendo vantagens
para análise financeira, tenho como objetivo a evidência do princípio do equilíbrio financeiro,
ou seja, os capitais permanentes devem financiar os bens que se mantém na empresa por
longo período, e passivos a curto prazo que devem cobrir os activos correntes. Então o
balanço funcional, vem sendo uma visão diferente do balanço patrimonial, por colocar as suas
rubricas em ciclos financeiros, sendo estes: de investimento, exploração e tesouraria.
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Pode se corroborar o estudo do equilíbrio financeiro é feito tendo como aspecto basilar
o enquadramento dos prazos da exigibilidade com a Liquidez dos activos (fluxos monetários
ou dinheiro) ou seja, é preciso que os activos não correntes sejam financiados pelos capitais
próprios e alheios, uma vez que estes permanecem na empresa por um longo período de
tempo, prazo este, que pode levar a empresa a obter recursos para reembolsar os
investimentos. E os activos correntes, pelos passivos coerentes, posto que, existe uma
correspondência entre essas massas patrimoniais pelo facto de terem mesmo prazo que é
inferior a um ano.
Para se calcular o mesmo utiliza-se o fundo de maneio. É apresentado por Silva (2013
apud Moreira, 98, p. 135).
Para se atingir com o equilíbrio financeiro é necessário que o activo corrente seja
suficiente para honrar com seus compromissos no momento em que estes se vão vencendo.
Com tudo, existem motivos que não permitem que o activo corrente seja suficiente para
honrar com seus compromissos:
- Falta de liquidez dos activos (vendas) faz com a empresa não tenha montante suficiente
para cobrir com seus compromissos no momento.
- Clientes duvidoss. Pós estes não pagam as suas dívidas no momento do seu vencimento,
causando-a uma insuficiência que lhe impossibilita honrar com as suas respectivas dívidas.
26
6) FM > 0, NFM <0 → TRL > 0 -Tesouraria Superavitária, as necessidades de fundo de
maneio negativas são resultado de um ciclo de exploração favorável.
ESTRUTURA DE CAPITAL
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CAPÍTULO III - ESTUDO SOBRE A ESTRUTURA
FINANCEIRA DA EMPRESA AGAC
3.1.1. Historial
Mercado de atuação
Clientes
Fornecedores
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comercial. E a empresa fornecedora mais frequente é a STYLO.
Objecto Social
A AGAC tem os objetivos de ser uma empresa com valores assentes e produzir com
poucos custos, obtendo o maior lucro possível, liderança de mercado, rentabilidade, fidelidade
do cliente, crescimento, eficiência operacional e capacidade de liderança.
3.1.2.1. Missão
3.1.2.2. Visão
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6. Estar bem presente na procura de soluções inovadoras para os clientes;
7. Ser uma empresa indispensável no alargamento e expansão dos diversos produtos para
o desenvolvimento tecnológico do país;
8. Ser referência a nível das outras empresas que privilegiam serviços ambicionando
excelência e competência profissional.
3.1.2.3. Valores
Unidade: coesão e integração entre toda a comunidade que intervém nos processos
essenciais clientes, fornecedores e terceiros.
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3.1.2.4. Distribuição dos trabalhadores
A empresa AGAC possui 22 funcionários, dos quais 12 são do gênero masculino e 10 são
do gênero feminino. Todos são angolanos, o mais novo tem 24 anos de idade e o mais velho
tem 33 anos de idade. Quanto ao nível académico, 21 funcionários são licenciados e um
bacharel.
3.1.2.5. Organograma
Contudo, convém desde já sublinhar dois aspectos nesta fase. Por um lado, no âmbito da
análise financeira é algo arriscado falar em verdades absolutas, pois um dado indicador que
num sector de actividade pode indicar uma situação positiva e, num outro sector pode ser
manifestamente negativo. Por outro lado, antes de se proceder a qualquer análise financeira
comparativa, é imprescindível ter o cuidado de verificar se a informação financeira que está
na base foi ou não preparada segundo um referencial contabilístico idêntico. Se tal não
ocorrer, qualquer comparação é errónea e pode induzir os seus utentes a uma tomada de
decisões inapropriadas.
31
No âmbito da análise financeira vale ter em conta duas metodologias:
A primeira metodologia refere-se ao uso do método dos balanços sucessivos, que permite
conhecer, quer a evolução global apresentada pela empresa, quer a evolução de cada uma das
massas patrimoniais entre os períodos em análise. Para tal as massas patrimoniais são
apresentadas em valores absolutos e em percentagens.
Activo corrente:
Existências 1.996.379,00 17,5% 2.214.165,24 21,6%
Contas a receber 399.275,80 3,5% 1.107.082,62 10,8%
Disponibilidades 1.397.465,30 12,25% 258.319,28 2,5%
Outros activos correntes 199.637,90 1,75% 110.708,26 1,1%
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PASSIVO
Passivo corrente:
Empréstimos de m/l prazos 1.540.063,80 13,5% 1.742.630,05 17%
Impostos diferidos 68.447,28 0,6% 102.507,65 1%
Outros passivos não correntes 102.670,92 0,9% 205.015,30 2%
Passivo corrente:
Contas a pagar 741.512,20 6,5% 717.553,55 7%
Empréstimos de curto prazo 228.157,60 2% 205.015,30 2%
Parte cor. dos emp. a m/l prazos 125.486,68 1,1% 0,00 0%
Outros passivos correntes 45.631,52 0,4% 102.507,65 1%
2022
GAF = Capitais próprios ÷ Activo total líquido
GAF = 7.175.535,5 ÷ 10.250.765 = 0,7
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A empresa AGAC teve uma autonomia financeira no valor de 0,7 e um grau de
dependência de 0,3 no período de 2022, o que significa que em cada 100kz investido pela
empresa 70kz pertece à empresa e 30kz pertece e terceiros, esses valores indicam uma boa
autonomia financeira e pouca dívida da empresa, no entanto, de todas as fontes utilizadas para
financiar os activos 70% é interna e apenas 30% é externa.
2023
GAF = 8.555.910 ÷ 11.407.880 = 0,75
Contudo, em comparação aos dois períodos económicos, vale ressaltar que a empresa
esteve bem, porque ela deteve maior parte do financiamento nos exercícios em análise, e que
teve uma melhoria no período de 2023 com uma capacidade de 75% dos fundos que é um
valor superior ao do exercício anterior que foi de 70% de todos os fundos.
34
Nos dois períodos em análise é possível ver que os capitais permanentes foram
suficientes para cobrir ou financiar todos os activos fixos e ainda uma parte dos capitais
permanentes serviu para financiar alguns activos correntes, mostrando assim um bom
desempenho das atividades da empresa.
Liquidez geral
2022
LG = 3.690.275,4 ÷ 1.025.076,5 = 3,6
2023
LD = 3.992.758 ÷ 1.140.788 = 3,5
Interpret...
Liquidez reduzida
2022
LR = (3.690.275,4 – 2.214.165,24) ÷ 1.025.076,5 = 1,44
2023
LR = (3.992.758 – 1.996.379) ÷ 1.140.788 = 1,75
Interpret...
Solvabilidade
2023
Solvabilidade = 8.555.910 ÷ 2.851.970 = 3
Interpret...
35
3.2.2. EQUILÍBRIO FINANCEIRO
BALANÇO FUNCIONAL
Ciclos de actividades Exercício 2023 Exercício 2022
Ciclo de Investimento
Cap. Permanentes 10.198.644,72 9.123.180,85
Activo Fixo Líquido 7.415.122,00 6.560.489,60
Fundo de Maneio 2.783.522,72 2.562.691,25
Ciclo de Exploração
Necessidades Cíclicas 2.595.292,70 3.431.956,12
Recursos Cíclicos 787.143,72 820.061,20
Nec. De Fundo de Maneio 1.808.148,98 2.611.894,92
Ciclo de Tesouraria
Tesouraria Activa 1.397.465,30 258.319,28
Tesouraria Passiva 422.091,56 307.522,95
Tesouraria Líquida 975.373,74 -49.203,67
Equilíbrio Financeiro (FM-NFM) 975.373,74 -49.203,67
36
CONCLUSÃO
37
RECOMENDAÇÕES
38