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COREP
FEVEREIRO
2011
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ÍNDICE
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III. DEMONSTRAÇOES FINANCEIRAS: ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL .................................................. 55
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Resultado de Aprendizagem 1:
Critério de Desempenho:
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I.PRINCIPAIS CONCEITOS, ETAPAS E MÉTODOS DA ANÁLISE ECONOMICO-FINANCEIRA
DE UMA ORGANIZAÇÃO
Para que o analista possa verificar a situação económico-financeira de uma empresa, torna-
se fundamental o recurso a alguns indicadores, sendo que os mais utilizados são aqueles
que assumem a forma de rácios. Estes apresentam uma vantagem, não só de tornar mais
precisa a informação, como também de facilitar comparações, quer para a mesma empresa,
ao longo de um certo período de tempo, quer entre empresas distintas, num mesmo
referencial de tempo. Contudo, convém salientar que os rácios apenas constituem um
instrumento de análise, que deve, ser complementado por outros tantos. Com efeito, a
análise de indicadores, fornece apenas alguns indícios que o analista deverá procurar
confirmar através do recurso a outras técnicas.
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1.1.2. Breve descrição da evolução da análise económico-financeira
Nos anos 80, dá-se uma revolução financeira, marcada pelo aumento dos riscos financeiros
a que as empresas estavam expostas, pela crescente importância das emissões de títulos no
financiamento das empresas e pela consequente relevância quer da gestão de tesouraria,
quer das variáveis financeiras. A implicação desta revolução foi o aumento do número de
entidades que emitem pareceres sobre a situação financeira das empresas, não estando já
este papel reservado apenas aos bancos.
Equilíbrio financeiro;
Rentabilidade dos capitais;
Crescimento;
Risco;
Valor criado pela gestão.
Cada grupo ou indivíduo tem diferentes interesses, por isso fazem a análise financeira mais
adequada aos objectivos pretendidos. Apesar desses objectivos poderem ser diferentes, as
técnicas utilizadas baseiam-se, fundamentalmente, no mesmo conjunto de informações
económico-financeiras:
Balanço;
Demonstração de resultados;
Demonstração dos fluxos de caixa.
A técnica mais utilizada pela análise financeira é a que recorre aos rácios, um instrumento
de apoio para sintetizar uma enorme quantidade de informação, e comparar o desempenho
económico-financeiro das empresas ao longo do tempo. Constituem assim uma base da
análise financeira, mas não dão respostas. Essas encontrar-se-ão nos aspectos qualitativos
da gestão.
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governos, fornecedores e clientes. O diagnóstico externo surge também como ferramenta
de comunicação com os investidores, o público, os media, as agências de rating e as
entidades que elaboram estudos estatísticos financeiros.
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Relevância – a relevância deve ser entendida como a qualidade que a informação
tem de influenciar as decisões dos utilizadores, ao ajudá-los a avaliar os
acontecimentos passados, presentes e futuros, ou a confirmar ou corrigir as suas
avaliações.
Fiabilidade - significa que a informação tem de estar liberta de erros materiais e de
juízos prévios, ao mostrar apropriadamente o que tem por finalidade apresentar ou
se espera que razoavelmente represente.
Comparabilidade a divulgação e a quantificação dos efeitos financeiros de operações
e de outros acontecimentos devem ser registadas de forma consistente pela
empresa e durante a sua vida, para se identificarem tendências na sua posição
financeira e nos resultados das suas operações. Além disso, as empresas devem
adoptar os princípios de normalização contabilística, a fim de se conseguir
comparabilidade entre elas.
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societárias e programas de racionalização; direitos dos accionistas e políticas de
dividendos, societárias e perspectivas e planos para o período em curso e os futuros;
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1.2. Análise do Balanço
1º Membro 2º Membro
Aplicações Origens
Assim, análise do balanço é uma demonstração contábil que tem por objectivo mostrar a
situação financeira e patrimonial de uma entidade numa determinada data, representando,
portanto, uma posição estática da mesma. O Balanço apresenta os Activos (bens e direitos)
e Passivos (exigibilidades e obrigações) e o Património Líquido, que é resultante da
diferença entre o total de activos e passivos. O balanço patrimonial é uma das peças
extraídas dos livros contábeis, que faz parte do conjunto das demonstrações financeiras,
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representa de forma sintética o património da empresa em determinado momento,
elaborado segundo os princípios contábeis geralmente aceitos.
Assaf Neto (2002, p.58) menciona que: O balanço apresenta a posição patrimonial e
financeira de uma empresa em dado momento. A informação que esse demonstrativo
fornece é totalmente estática e, muito provavelmente, sua estrutura se apresentará
relativamente diferente algum tempo após seu encerramento.
A diferença entre o que tem e o que deve é designada de Situação líquida (composta pelo
Capital que foi usado para criar a empresa, pelo acumular de resultados positivos ou
negativos ao longo dos anos de funcionamento da empresa, e por eventuais reavaliações de
componentes do activo).
Activo
A equação quer dizer que num Balanço, o Activo é igual à soma do Capital alheio com a
Situação líquida, ou seja, o Capital Alheio (Passivo) e a Situação líquida (Capitais próprios)
financiam o Activo.
O total das aplicações de fundos iguala, a todo o momento, o total das origens de fundos,
podendo enunciar-se a equação fundamental da contabilidade da seguinte forma:
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capitais alheios. Por isso, também se designa o 2º membro do balanço como origens de
fundos ou financiamento.
a) Activo circulante;
b) Activo realizável a longo prazo;
c) Activo permanente, dividido em investimentos, activo imobilizado e activo diferido.
1. Disponível;
3. Existências; e
Deve-se entender como disponível, as contas onde são registados os valores que
representam o dinheiro em caixa, os saldos disponíveis em contas de movimento bancário,
os saldos de contas relativas aos activos imediatamente liquidáveis.
(ii) contas a receber, com vencimentos para o exercício seguinte, tais como:
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(iii) a parcela do imposto, relativa a opções por incentivos fiscais, até o momento do
recebimento do Certificado de Investimento (CI);
Despesas Apropriáveis no Exercício Seguinte são aquelas em que se regista os valores das
despesas antecipadas, devem ser apropriados como os prémios de seguros e despesas
financeiras diferidas, referentes a financiamentos apropriáveis no exercício seguinte.
Neste subgrupo serão registadas, dentre outras contas, as que representam os seguintes
direitos:
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vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas,
directores, accionistas ou participantes do lucro da companhia, que não
constituírem negócios usuais na exploração objecto da companhia.
Activo Permanente
a) Investimentos;
b) Imobilizado; e
c) Diferido.
Escritura – se nesse subgrupo os bens e os direitos que tenham por objecto bens
destinados para a manutenção das actividades da empresa ou exercidos com essa
finalidade, abrange até as actividades de propriedade industrial ou comercial. Subdivide –
em: máquinas, equipamentos, construções, direito de exploração de minas e jazidas,
reservas florestais, patentes de invenções e marcas, fórmulas e processo de fabricação,
ponto comercial e outros direitos de idêntica natureza, deverão ser classificados neste
subgrupo, classifica-se também, as benfeitorias realizadas em imóveis de terceiros.
Passivo
Passivo Circulante
a) Fornecedores;
b) Empréstimos Bancários;
c) Obrigações Tributárias;
d) Obrigações Sociais;
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Escritura-se neste grupo as contas que representam as obrigações vencíveis após o
encerramento do exercício seguinte, incluindo financiamentos para aquisição de direitos
do Activo Permanente. Classificam-se neste grupo as seguintes contas:
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Perez Junior e Begalli (2002, p.169) citam: Nos resultados de exercícios futuros, serão
classificadas as receitas já recebidas referentes a bens ou serviços ainda não concluídos,
deduzidos dos custos incorridos para sua produção até a data do balanço.
Património Líquido
Capital Social
Reservas de Capital
Reservas de Reavaliação
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laudo firmado por peritos ou empresas especializadas que tenham sido nomeados pela
Assembleia Geral das companhias.
Reservas de Lucros
b) Reservas Estatutárias são aquelas que o estatuto pode prever ou criar, desde que
para uma:
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Estabeleça o limite máximo da reserva. Existem várias modalidades de Reservas
Estatutárias. Entre elas podemos citar as constituídas para: Aumento de Capital
Social, Reembolso de Acções a Accionistas Dissidentes, Resgate ou Amortização de
Acções.
c) Reserva para Contingências, que poderá ser estabelecida pela Assembleia Geral,
como destinação de parte do Lucro Líquido do Exercício, para compensar, em
exercício futuro, a diminuição do lucro proveniente de perda que pareça provável e
cujo valor possa ser estimado. Quando não mais existirem as razões da sua
constituição, o seu saldo será revertido para Lucros ou Prejuízos Acumulados, no
exercício no qual os motivos acima mencionados não mais existirem.
Reserva de Lucros a Realizar, que poderá ser aprovada pela Assembleia Geral, no exercício
em que os lucros a realizar ultrapassarem o total deduzido para Reserva Legal, Reservas
Estatutárias, Reserva para Contingências e Reserva para Planos de Investimentos. São
considerados como Lucros a Realizar:
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destinação desse excesso, podendo ser aplicado no aumento de capital, ou na
distribuição de dividendos aos accionistas ou na absorção de prejuízos.
Nesta subdivisão está incluída a parte dos Lucros ou Prejuízos Acumulados de exercícios
anteriores, do Lucro Líquido do Exercício sem nenhuma destinação específica e, também,
como valor rectificadores dos elementos do Património Líquido, do Prejuízo do Exercício,
se for o caso.
Evidencia a formação de resultados num certo período (entre dois balanços), avalia a
situação económica da empresa. Ou ainda, a DR coloca em evidência os proveitos e os
custos ocorridos ao longo de determinado período de tempo (trimestres, semestre ou ano)
e o resultado é a diferença entre eles.
Esta formação de resultados evidencia-se pela síntese dos custos e proveitos em grupos
homogéneos, sendo que:
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Assim, as empresas deverão na Demonstração do Resultado do Exercício, como mostrado
na anterior identidade resumida, discriminar:
Tal que:
Tal que:
Tal que:
O Resultado Líquido (RL) é apurado pela soma algébrica dos três componentes,
deduzida de impostos sobre rendimento (IRC).
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Demonstração de resultados por funções.
É de salientar que existe uma distinção nítida entre resultados operacionais e resultados
financeiros. Nos resultados operacionais integram-se os proveitos e custos respeitantes à
exploração, enquanto que nos resultados financeiros se consideram os proveitos de
aplicações de capital e os custos dos financiamentos, assim como ganhos ou perdas
resultantes de aplicações financeiras.
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Resultado Líquido do exercício = Resultado antes dos Impostos - Imposto sobre o
Rendimento Extraordinário
Resumindo:
Desde logo é de notar que estes proveitos e custos geram-se no momento em que se dão os
factos que os originam, e não necessariamente na data em que a empresa recebe ou paga o
dinheiro a eles relativo. Essa é, aliás, a grande diferença entre a Demonstração de
Resultados e o Mapa de Cash Flows.
Assim, quando uma empresa acorda vender algo a um cliente, imediatamente regista a
venda e o custo daquilo que vendeu na sua conta de resultados, sendo que se o pagamento
não for a pronto ela ficará com uma dívida do cliente no seu Balanço.
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calcular o PER, ou o EBITDA/EBIT/Vendas usados para calcular EV/EBITDA, EV/EBIT,
EV/Sales.
Para se compreender onde aparecem estas variáveis, abaixo está a disposição normal para
uma Demonstração de Resultados:
Em certa medida, os resultados gerados por uma empresa são indissociáveis da forma
como depois são aplicados, e essa forma afere-se pelo impacto dos resultados nas rúbricas
do Balanço. Para onde é que vai o dinheiro que a empresa ganha?
Se vai para coisas que se podem desvalorizar (equipamentos, existências) ou para dar
crédito a terceiros (clientes), de pouco servirá aos accionistas (excepto na medida em que
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permite a continuação e expansão da actividade). Se paga endividamento e em algum ponto
acumula liquidez, isso mais tarde ou mais cedo poderá parar no bolso dos accionistas. Se
está obrigada a investir constantemente em equipamento só para continuar a funcionar e
ser competitiva, isso também pouco ajudará os accionistas. Tem sempre que existir, no
presente ou no futuro, a perspectiva de que os (bons) resultados da empresa se traduzam
em dinheiro que será liberto para os seus accionistas, ou então pouco valor a empresa terá
sejam quais forem os resultados apresentados.
Por outro lado, não raras vezes os resultados bons de uma empresa podem ser
obscurecidos por resultados extraordinários negativos, ou por amortizações elevadas de
investimentos elevados feitos no passado e que não se espera se repitam no futuro.
O fluxo de caixa é uma demonstração dinâmica, que oferece ao gerente financeiro uma
bagagem de informações que o ajudará na tomada de decisões. Representa a previsão, o
controle e o registo de entradas e saídas financeiras durante um determinado período,
contendo informações sobre a vida financeira da empresa. Através dele, obtêm-se as
informações sobre o estado de liquidez da empresa; como utilizar seus recursos por um
determinado período; se há capacidade da empresa aplicar recursos e/ou se há
necessidade de buscar um empréstimo.
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determinar o impacto dessas actividades na posição financeira da empresa e nas quantias
de caixa e seus equivalentes.
Assim, em Finanças, o fluxo de caixa (designado em inglês por "cash flow"), refere-se ao
montante de caixa recebido e gasto por uma empresa durante um período de tempo
definido, algumas vezes ligado a um projecto específico.
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antecipadamente (no início de um período) o que ela terá de necessidade ou de excedentes
de recursos financeiros, podendo com isso tomar a decisões mais adequadas para
solucionar seus impasses. A sua adopção como ferramenta de gestão proporciona ainda
que a empresa tenha:
Uma auto-planificação auxiliando-se de dados estatísticos;
Uma visão de curto e médio prazo sobre o seu desempenho;
Uma planificação de investimentos, quando os dados, mês a mês, apresentarem
índices de crescimento acentuado;
Capacidade de tomar decisões rápidas, fundamentadas diante do surgimento de
dificuldades financeiras.
Existem dois tipos de fluxos: - outflow, de saída, que representa as saídas de capital,
subjacentes às despesas de investimento. - inflow, de entrada, que é o resultado do
investimento. Valor que contrabalança com as saídas e traduz-se num aumento de vendas
ou representa uma redução de custo de produção, etc.
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Uma projecção de fluxo de caixa demonstra todos os pagamentos (direito) e recebimentos
esperados em um determinado período de tempo. O controlador de fluxo de caixa necessita
de uma visão geral sobre todas as funções da empresa, como: pagamentos, recebimentos,
compras de matéria-prima, compras de materiais secundários, salários e outros, por que é
necessário prever o que se poderá gastar no futuro dependendo do que se consome hoje.
Exemplo:
Se uma pessoa recebe 5.000,00 MT mensais (ou 60.000,00 MT anuais), e gasta algo
equivalente a isso com as despesas correntes, logo seu fluxo de caixa será de igual valor. Com
esse fluxo de caixa ele poderá planificar para o futuro de curto prazo, ela também estaria
impedido de tomar empréstimos avultados, comprar bens de valores altos ou empreender
projectos acima de 100.000,00 MT, por exemplo. Para uma entidade jurídica, essa medida de
fluxo de caixa é idêntica. Portanto, o fluxo de caixa "mede" o valor do negócio em que a
empresa vem operando.
Não adianta a entidade ser gigantesca ou pequena demais, o valor desse empreendimento
estará no seu fluxo de caixa, ou melhor, se ambas tiverem um FC de, digamos, 1 milhão,
ambas terão o mesmo valor de mercado, pelas trocas de activos que eles realizam com o
mercado serem idênticas.
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O fluxo de caixa é de vital importância para a eficácia económico, técnico financeira e
administrativa das empresas, sejam elas micro, pequenas, medias ou grandes, a tal ponto,
que muitas instituições de crédito exigem a sua apresentação antes de concederem
empréstimos ou financiamentos a seus clientes. As empresas que o utilizam dificilmente
fracassam, o mesmo não ocorre com aqueles que dele não fazem uso para planejar e
controlar as suas actividades. Através do fluxo de caixa a empresa poderá saber
antecipadamente (no início de um período) o que ela terá de necessidade ou de excedentes
de recursos financeiros, podendo com isso tomar a decisões mais adequadas para
solucionar seus impasses.
O conceito de cash-flow designa os fluxos líquidos gerados pelo projecto que assumem a
forma de numerário. A vantagem do cash-flow relativamente ao lucro é que o cash-flow é
um conceito objectivo, bem definido, que é registável de forma inequívoca.
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Os recebimentos e os pagamentos efectivos em numerário são os registos relevantes para a
medição do cash-flow. Na definição do cash-flow é importante identificar os recebimentos e
pagamentos do projecto em numerário, bem como o período de tempo em que esse fluxo é
gerado, dado que o dinheiro tem valor no tempo.
Isto acontece porque a expansão de rubricas como clientes ou existências não tem
virtualmente impacto nos resultados líquidos reportados por um negócio, mas facilmente
absorve toda a liquidez gerada pelo negócio.
Mais, o mapa de cash flow permite identificar atempadamente situações graves de ruptura
de tesouraria que podem levar à falência de uma empresa. É importante que mais do que a
falência técnica, a ruptura de tesouraria é, normalmente, o principal motivo de falência,
sendo que muitas empresas caem na falência ainda com valor contabilístico (capitais
próprios) positivos.
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Resumindo, outros objectivos do fluxo de caixa são:
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referente a uma reserva muito alta de capital no caixa e que poderia ser
tranquilamente reaplicada em outros investimentos (custo de capital).
Para que a empresa possa atingir resultados significativos, é necessário que todos os
membros e departamentos estejam envolvidos com o processo, de maneira a alcançar a
sinergia e optimizar o desempenho da empresa.
Nesse caso o fluxo que resulta da actividade económica da empresa deve ser superior ao
lucro líquido após o imposto de renda, devido a dois factores:
a) O montante de despesas não desembolsadas atribuídas ao período, principalmente a
depreciação que é um custo, porém não representa uma saída de caixa;
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Os fluxos de investimento são fluxos de caixa associados com a compra e venda de activos
imobilizados, e participações societárias. Obviamente, as operações de compra resultam
em saídas de caixa, enquanto que as operações de venda geram entradas de caixa.
Em tese, um conceito deveria ser um termo que define uma realidade específica. A ciência
se baseia em conceitos como os de massa, força, aceleração, etc.
Acontece que a ciência da administração de pessoas e resultados não é uma ciência exacta
como a Física ou a Matemática, mas uma ciência humana.
Esta particularidade faz com que seja emprestada uma certa inexactidão aos conceitos
fazendo com que eles passem a não retratar mais a realidade.
Observe a prática da responsabilidade social em uma empresa que você conheça bem. Ela
representa a realidade da responsabilidade social ou apenas uma prática de marketing
social disfarçada sob o conceito de responsabilidade social? Trata-se de realidade ou
"conceito"?
Com o passar do tempo, vários departamentos nas empresas passaram a utilizar conceitos
como capital humano, por exemplo. Ao fazer isso, começaram a discursar sobre a
importância das pessoas, propondo que as pessoas são o mais importante capital da
organização. Até aqui, conceitualmente, tudo bem, mas trata-se de "conceito" ou de
realidade?
É perceptível e até tangível para estas pessoas que elas são o capital mais importante do
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negócio? Elas sentem isso? Concordam com isso? Experimentam isso na prática das
relações quotidianas com seus pares, superiores hierárquicos e processos dentro da
empresa?
Um conceito que não expressa a realidade perde totalmente sua função e, além de não
cumprir o seu papel, ainda confunde as pessoas gerando insatisfação, perda da
credibilidade e stress.
Não há nada mais destrutivo em uma empresa que o abismo entre os seus conceitos e a sua
realidade. As pessoas não conseguem conviver por muito tempo com ironia, incoerência e
hipocrisia sem que, consciente ou inconscientemente, comecem a boicotar os resultados,
perdendo completamente o comprometimento e passando a realizar somente o necessário.
Grandes organizações são construídas sob crenças e valores vivenciados no dia a dia e não
sob o discurso vazio de "conceitos" emprestados, manipulados, maquiados e erroneamente
utilizados.
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Cabe ao RH colaborar com a ampliação da percepção dos demais departamentos sobre as
repercussões de conceitos dissociados da realidade e o seu custo para o futuro do negócio!
Portanto, neste capítulo vamos tratar de três conceitos importantes da vida das
organizações.
Agora vamos ver, individualmente, os três conceitos. Vamos começar com o conceito de
rentabilidade e os respectivos rácios.
É igualmente importante destacar que a técnica mais utilizada pela análise financeira é a
que recorre aos rácios, um instrumento de apoio para sintetizar uma enorme quantidade
de informação, e comparar o desempenho económico-financeiro das empresas ao longo do
tempo.
Constituem assim uma base da análise financeira, mas não dão respostas. Essas encontrar-
se-ão nos aspectos qualitativos da gestão.
Permitem tratar uma amostra constituída por dados de várias empresas num só
momento de tempo ou usar dados de uma só empresa reportados a vários anos;
Um grupo económico pode seguir uma política de transferência de preços entre empresas
no seio do grupo, motivada por interesses de optimização fiscal. Esses preços podem não
corresponder aos custos obtidos através da Contabilidade Analítica, conduzindo a que
numa empresa os resultados sejam superiores e que noutra sejam inferiores aos que de
facto se verificariam se o critério fosse somente o dos preços de mercado, sem que
houvesse outras motivações;
Os rácios financeiros são apenas um instrumento de análise que pode e deve ser
complementada por outros; tratam apenas dados quantitativos, não tendo em consideração
factores qualitativos como a ética, motivação, etc.
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Fazer comparações no tempo e no espaço.
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leitura rápida do valor que a empresa gerou durante um determinado período de tempo,
apenas tomando em consideração os custos directamente necessários para produzir e
vender os seus produtos.
Quanto ao balanço, os dados que vamos utilizar para calcular a rentabilidade são:
a) A Situação Líquida (SL) que corresponde aos Capitais Próprios e representa, como já
mencionamos, o valor contabilístico da empresa.
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Então, em resumo, vamos comparar os resultados da empresa com o seu património para
analisar a rentabilidade de uma organização. E as fontes de informação são as seguintes:
Investimento é todo o capital aplicado na empresa, seja o capital social inicial mais os
aumentos (aportes) de capital adicional, mais os lucros reinvestidos na empresa.
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Resposta:
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Equação fundamental da rentabilidade
Rendibilidade líquida das vendas Obtém-se a partir da margem líquida obtida pela
empresa após a dedução de todos os encargos.
Este rácio divide o valor dos Resultados Operacionais (RO) pelo valor do Activo Total (AT)
e dá-nos a informação sobre qual a capacidade dos activos da empresa em gerar resultados,
afinal é para isso mesmo que servem: máquinas, equipamento produtivo, inventários,
equipamento administrativo, entre outros, têm de ser capazes de gerar resultados.
A rentabilidade dos capitais próprios divide o valor dos Resultados Líquidos (RL) pelo
valor da Situação Líquida (SL). O significado do ROE prende-se com a capacidade e eficácia
de remuneração dos capitais investidos pelos donos da empresa. É portanto um rácio que
interessa particularmente aos donos, sejam sócios ou accionistas.
O ROE diz-nos qual a percentagem de lucro por cada metical investido. Se uma empresa
tiver um ROE de 20%, por exemplo, isto significa que cada 1.000 MT de capital próprio
criam 200 MT de lucro por ano. Esta informação é extremamente importante para os
investidores, que geralmente são atraídos por empresas que têm a capacidade de gerar
ROE elevados numa base sustentada. ROE elevados são sinónimo de crescimento e valor
acrescentado; qualquer gestor ou analista deve dar grande importância a este rácio.
a) A Rentabilidade Líquida das Vendas (RLV): quanto lucro em euros gera a empresa
por cada euro de vendas. A RLV divide o Resultado Líquido pelas Vendas, ambos os
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valores que constam da Demonstração de Resultados, resumindo o desempenho da
empresa. As RLV são pois a margem líquida de lucro da empresa.
b) A Rotação do Activo (RA): quanto vende a empresa por cada euro de activos, ou seja,
o rácio entre as Vendas e o Activo Total. Resume a eficácia da gestão da empresa na
utilização dos seus activos.
c) Alavancagem Financeira (AF): divide o valor do Activo Total pela Situação Líquida e
dá-nos a informação sobre a intensidade de capitais alheios no financiamento da
empresa.
Então, ao analisarmos o ROE podemos analisar cada um destes três rácios separadamente e
comparar a sua evolução ao longo do tempo, para compreender melhor a eficácia da gestão
na manipulação destes instrumentos e para detectar eventuais problemas. Vejamos a
relação entre os três indicadores na seguinte equação, também conhecida como análise
DuPont:
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Além destas vantagens, análise DuPont permite ainda que os gestores simulem diferentes
cenários e o seu impacto na rentabilidade dos capitais próprios. O que acontece se a nossa
rentabilidade líquida das vendas aumentar 1%, e se aumentarmos o grau de alavancagem
financeira, qual será o impacto? Entre estas questões, muitas outras poderão ser analisadas
e discutidas como uma boa metodologia para a tomada de decisão.
Podemos dizer que o aumento do valor deste rácio ao longo do tempo poderá significar
uma melhor eficiência no aproveitamento dos activos da sociedade.
O rácio procura evidenciar o prazo médio que os clientes da empresa estão a demorar a
regularizar as suas responsabilidades. A empresa tem todo o interesse em estudar este
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rácio para analisar, por um lado, a sua política de crédito, e por outro lado, a eficácia dos
serviços financeiros.
Este rácio dá-nos uma ideia do tempo que demoramos a pagar aos nossos fornecedores
após fazermos as compras. Um valor muito elevado pode significar dificuldades da empresa
em satisfazer as suas obrigações.
Este rácio exprime o número de vezes que as existências em armazém têm de rodar para
satisfazerem os consumos anuais da empresa.
Estes indicadores têm por objectivo medir a capacidade que a empresa tem para honrar os
seus compromissos financeiros no curto prazo, isto é, analisam em que medida a empresa
está em condições de cumprir as obrigações de natureza financeira, tais como o pagamento
das matérias-primas, dos salários, da energia, etc.
Liquidez geral Esse índice mostra se a empresa tem a capacidade de honrar os seus
compromissos de curto e longo prazo.
Este rácio também nos indica em que medida o passivo de curto prazo está coberto por
activos que se esperam a ser convertidos em meios financeiros líquidos num período
correspondente ao vencimento das dívidas de curto prazo, como também em
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circunstâncias normais uma empresas com dificuldades tenderá a pagar as dividas mais
lentamente o que em principio leva a aumentar o seu passivo de curto prazo.
Podemos concluir que o interesse do rácio reside numa hipótese improvável para a maioria
das empresas que é a imediata liquidação do seu activo circulante e o vencimento dos
créditos de curto prazo.
Ao analisar este rácio, deveremos ter alguma atenção para que não sejamos induzidos em
erro, pois este pode fornecer-nos indicações contrárias às que se deveriam esperar por um
indicador de liquidez.
Liquidez corrente Simples divisão entre activo circulante e Passivo Circulante produz o
Índice de Liquidez Corrente, que reflecte a capacidade de pagamento da empresa no curto
prazo. O crescimento exagerado das contas a receber, principalmente quando ocasionado
por aumento de inadimplência, ou ainda o aumento dos stocks, devido a falhas em linhas de
produção ou obsolescência, devem ser expurgados do cálculo desse índice.
Liquidez reduzida A liquidez reduzida é uma medida mais severa da posição líquida da
empresa. Dá a ideia clara da capacidade da empresa para, sem grandes riscos, ser capaz de
solver os seus compromissos de curto prazo. É utilizado com a mesma finalidade do rácio
de liquidez geral, mas admite que as existências não poderão ser transformadas de
imediato em dinheiro.
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A leitura deste rácio indica se as parcelas do Activo Circulante mais líquidas (Disponíveis e
Realizáveis) são suficientes para cobrir o Passivo (dívidas) de Curto Prazo. O seu valor para
uma empresa que honra os compromissos é normalmente superior a um, mas, pode ser
inferior a um, sem que isso signifique que a empresa tem dificuldades financeiras. Basta
para isso, que a empresa consiga gerar Disponíveis e Realizáveis a uma cadência superior
ao Passivo (dívidas).
Liquidez imediata - Um terceiro indicador de liquidez é aquele que restringe ainda mais o
conceito de activos líquidos, cingindo-os às disponibilidades e aplicações financeiras de
curto prazo de uma empresa. É utilizada pelos analistas que pretendem conhecer o grau de
cobertura dos passivos circulantes por disponibilidades: (Depósitos
Bancários+Caixa+Títulos Negociáveis) / Passivo Circulante.
Este indicador em algumas situações poderá dar-nos informação útil sobre a situação
financeira da empresa.
Também temos que ter em conta que aquilo que é actualmente uma prosperidade
financeira poderá num curto espaço de tempo deixar de o ser se a empresa dispensar os
activos líquidos existentes em investimentos de longo prazo, tornando imprescindível o
conhecimento da capacidade da exploração em geral meios líquidos. Todos têm que ter em
conta que mais fácil gastar dinheiro do que gerá-lo.
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Caso contrário, uma relação superior ou próxima de um, pode querer dizer: uma
Tesouraria Ociosa, valores disponíveis subutilizados ou/e decréscimos de actividade. Na
existência de valores aplicados em títulos de negociação ou outras aplicações, este
raciocínio não se aplica.
É importante referir que a avaliação deste indicador deve ter em conta eventuais
especificidades de uma determinada empresa ou sector. Por outro lado, é importante
proceder a uma análise dinâmica deste indicador, ou seja, proceder à sua comparação e
avaliação da evolução ao longo do tempo, na medida em que eventuais variações podem
indiciar a ocorrência de algum desequilíbrio ao nível da gestão operacional da empresa a
que se refere.
Solvência Geral A solvência geral mostra a base da situação financeira da empresa, ou seja,
a capacidade da mesma em satisfazer suas obrigações de curto prazo, na data do
vencimento. Quanto maior, melhor.
Este rácio é um dos rácios de endividamento mais populares, e exprime em que medida o
activo está a ser financiado por capitais próprios e por capitais alheios, ou seja pelo esforço
financeiro dos accionistas e dos credores se o valor for significativamente baixo significa
que há maior perigo de falência. No entanto isto depende muito de sector para sector. Por
exemplo, os bancos têm tradicionalmente uma Autonomia Financeira baixa devido a maior
do Activo ser constituída pelos depósitos de clientes.
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"Debt do Equity Ratio"=Passivo total/Capitais próprios ou Passivo MLPrazo/Capitais
Próprios
O rácio cobertura dos encargos financeiros mede o grau com que a exploração consegue
cobrir os encargos financeiros. Existem duas versões:
Este rácio dá-nos uma estimativa do número de anos em que a empresa é capaz de pagar as
suas dívidas, admitindo que tudo se mantém constante.
Variabilidade dos resultados operacionais = (Res operac t – Res operac em t-1)/média dos
resultados operacionais
54
III. DEMONSTRAÇOES FINANCEIRAS: ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL
Uma das técnicas de análises mais simples de aplicação e que, ao mesmo tempo, mais
importante no que se refere a riqueza de informações é a análise horizontal e vertical. As
análises de empresas são baseadas em comparações, sejam elas efectuadas por índices
passados ou mediante algum indicador sectorial. No entanto, este processo se completa
com valores afins obtidos de uma mesma demonstração financeira, e também, pela
evolução dos montantes e de resultados absolutos ao longo do tempo, permitindo verificar-
se tendências futuras e suas evoluções. Deste modo, comparações dos valores através do
tempo e relacionais na mesma demonstração, são desenvolvidos, respectivamente, por
análise horizontal e vertical.
A Análise Horizontal dedica-se a elucidar como está ocorrendo a evolução de cada item ou
conjunto de itens constantes das demonstrações no decorrer dos tempos. É chamada de
horizontal por duas razões:
55
1. Estabelece o primeiro ano ou o ano-base para a análise e a partir deste verifica qual
foi a evolução nos anos seguintes;
2. Preocupa-se com o crescimento ou decrescimento de itens ou conjunto de itens
específicos, ou seja, não compara um item com outro no mesmo período e sim o
mesmo item a cada período.
Ainda que este tipo de análise, assim como a vertical, possua uma utilização bastante
restrita, principalmente em função do trabalho na montagem do grande número de
quocientes, MATARAZZO (1995, p.26) ressalta um aspecto importante, dizendo que "...
Pesquisas efectuadas recentemente com insolvência de pequena e médias empresas têm
ressaltado a utilidade da Análise Vertical e Horizontal como instrumento de análise".
Por outras palavras, Análise Horizontal é a comparação que se faz entre valores de uma
mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais.
Número-índice:
É a relação existente entre o valor de uma conta contábil (ou grupo de contas) em
determinada data (Vd) e seu valor obtido na data-base (Vb).
56
Adopta-se o índice 100 (cem) como representativo dos valores monetários do ano que serve
para confronto com os valores dos demais períodos
.
Pela regra de três simples, calculam-se os índices correspondentes aos períodos que serão
confrontados com o período-base.
Exemplo 1:
57
Lucro Líquido 31.777 23.896 49.150 53.658
Tomando por base o ano de 2005, os números-índices de vendas e dos lucros em 2006, 2007,
e 2008 são:
2006/2005
2007/2005
2008/2005
Exemplo 2:
58
três para cara ano, relacionado com a data-base. Para o ano 2001 obtivemos o índice 173,0
((397.900MT/230.000MT)x100) e em 2002 o índice 126,0
((289.800MT/230.000MT)x100).
Em outras palavras, as vendas líquidas cresceram 1,73 ou 73% e 1,26 ou 26% em 2001 e
2002, respectivamente, tomando como base os valores do ano 2000. Com uma rápida
análise podemos verificar que o aumento do lucro bruto no ano 2001 (69%) não
acompanhou o aumento das vendas (73%), denotando-se maior consumo dessas receitas
pelos custos de produção. Porém, no ano 2002 ocorre a situação inversa, ocorrendo
evolução proporcionalmente maior do lucro bruto em relação as receitas.
Importante ressaltar que os valores para análise horizontal devem estar convertidos em
uma mesma moeda, de forma a apurar os resultados reais.
A ideia desta análise consiste no seguinte: estabelecer um item como base e a partir daí
verificar quanto cada um dos demais itens representa em relação àquele escolhido como
base. De outra forma: "É a análise da estrutura da demonstração de resultados e do
59
balanço patrimonial, buscando evidenciar as participações dos elementos patrimoniais e
de resultados dentro do total". (PADOVEZE, 1996, p.118)
Análise vertical, também denominada análise estrutural, é a comparação entre uma série
de dados com outro valor base.
Por outras palavras, a Análise Vertical é uma técnica muito simples. Permite a visão global
de toda a situação financeira. A análise vertical mede proporções entre os valores e a BASE,
possibilitando observar as contas de maior valor e de maior importância na análise.
Mede também as mudanças que existem entre estas proporções, permitindo a visualização
rápida das contas que mais sofreram alterações. Permite ainda que se faça a análise da
Estrutura de Capital de forma fácil.
(...) é o processo que objectiva a medição percentual de cada componente em relação ao total
de que faz parte.
A proporção de cada parte em relação ao total é definida mediante aplicação da regra de três
simples.
Estrutura de Capital
Para isto, toma-se os resultados de análise vertical de cada um dos grupos do Activo
e Passivo colocando-os em dois quadros que indicam Fontes (Passivo) e Aplicações
(Activo) dos recursos.
Exemplo 1:
Para melhor evidenciar como a Análise Vertical deve ser realizada, foram utilizadas as
Demonstrações contábeis da empresa hipotética Tatenda Village Lda., encerradas em
31/12/2008 e 31/12/2009, respectivamente.
Para que a análise possa ser melhor ilustrada, levou-se em consideração que a Tatenda
Village Lda. estabeleceu como objectivos gerais, para o ano de 2009, os seguintes
61
elementos: redução do Imobilizado; aumento da lucratividade com aumento de facturação
e diminuição de custos; e redução do Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo. Terá a
empresa obtido êxito nos seus objectivos?
ATIVO
PASSIVO
62
TOTAL DO PASSIVO 51.600,00 100 55.800,00 100
Observa-se, pela análise dos valores totais, que o Activo e o Passivo sofreram um acréscimo
de 2008 para 2009 de 8,13% aproximadamente, subindo de 51.600, 00 MT para 55.800,00
MT.
Já na Análise Vertical dos itens, verifica-se que o Activo Circulante, que em 2008
representava 32% do Activo Total, passou a representar, em 2009, somente 25%, enquanto
o Passivo Circulante subiu de 36% para 40% em relação ao Passivo Total.
1996 % 1997 %
63
(+/-) Despesas/Receitas (21.000,00) 25 (11.970,00) 15
Operacionais
Também pela Análise Vertical pode-se perceber que esta situação de queda nas vendas e
aumento nos lucros aconteceu em virtude, principalmente, de a empresa ter conseguido
reduzir o item Despesas Operacionais que no primeiro ano da análise consumia 25% da
receita e no segundo ano consumiu somente 15%. Esta afirmação pode ser reforçada pela
análise do item Custo dos Produtos Vendidos, que em 2008 representava 45% da
facturação e em 2009 passou a representar 50%, ou seja, a empresa diminuiu as vendas,
aumentou os custos, mas face a uma diminuição proporcionalmente maior nas despesas
operacionais, ela fez com que o lucro se elevasse.
64
Retomando-se os objectivos estabelecidos pela organização e confrontando-se os mesmos
com a análise efectuada pode-se afirmar que:
A empresa não obteve sucesso na tentativa de reduzir o Imobilizado, uma vez que o
mesmo continuou representando, em 2009, 47% do Activo Total da empresa;
Na questão do aumento da lucratividade a empresa foi eficaz mas não foi eficiente,
isto porque obteve sucesso no objectivo de aumentar os lucros, porém não com o
aumento da facturação e diminuição dos custos, já que estes itens variaram de
forma contrária ao objectivo estabelecido; o aumento nos lucros deu-se pela
redução das Despesas Operacionais;
No que tange ao terceiro objectivo a Tatenda Village Lda. foi bem sucedida, isto
porque o Passivo Circulante somado ao Passivo Exigível a Longo Prazo
representava, em 2008, 54% do Passivo Total, passando, em 2009, para 50%
somente.
Não obstante o exemplo apresentado, há que se ressaltar que a grande utilidade da análise
vertical não está em tão somente verificar os acréscimos ou decréscimos, isto é, o
desempenho dos itens e as áreas de problemas, mas também em descobrir quais foram as
verdadeiras causas para as correcções que se fizerem necessárias, bem como identificar no
que estas variações podem interferir nas decisões a serem tomadas pela empresa.
A Análise através de Índices, que será vista adiante, poderá responder, se não a todas, pelos
menos a grande parte das indagações realizadas no parágrafo anterior.
Exemplo 2:
A análise vertical, apesar de poder ser utilizada para todas as Demonstrações Financeiras,
ganha mais importância na utilização de Demonstração de Resultados (DRE), onde
podemos expressar os vários itens em relação às vendas, brutas ou líquidas, e, dentro das
despesas, representar cada uma delas em relação ao total de despesas.
66
IV. PRINCIPAIS ETAPAS DE ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA DE UMA
ORGANIZAÇÃO
Como vimos, em termos de análise da área financeira de uma empresa, a base de trabalho é
necessariamente constituída pelos dados fornecidos pelo Departamento Contabilístico,
quer como consequência das exigências legais (fiscais e/ou outras) quer decorrente das
necessidades de informação dos gestores como ponto de partida e base da tomada das
principais decisões estratégicas.
Para obtermos uma evolução no tempo da riqueza da empresa podemos também fazê-lo
sob as mesmas ópticas: se o objectivo for medir a evolução ao nível das coisas utilizamos a
demonstração de fluxos de caixa ou de tesouraria, ao passo que para medir a evolução em
termos de valor temos a demonstração de resultados.
Assim, o aspecto fundamental que se deve ter em conta quando se pretende avaliar a
situação financeira de uma empresa é, em primeiro lugar, verificar se os objectivos, as
estratégias de marketing, os investimentos necessários e as fontes de financiamento estão
ajustados.
Cada empresa deve ter definida uma missão a qual é realizada através do seu
posicionamento competitivo em determinados mercados. A estratégia da empresa centra-
se precisamente sobre estes posicionamentos. Assim enquanto que para alguns negócios,
devido a sua maturidade e fraca rentabilidade, a empresa terá como estratégia abandona-
67
los, para os outros representando a maioria, a decisão será de manter a posição actual, ou
fortalece-la face a concorrência directa. Deste modo a estratégia competitiva pretende fazer
com que o crescimento da empresa seja, pelo menos, semelhante ao dos mercados onde se
encontra a competir deste modo a taxa de crescimento das vendas deve acompanhar ou
exceder a taxa de crescimento esperada para o mercado.
Tendo por base o que acabamos de expor, o diagnóstico da saúde financeira de uma
empresa deve basear-se na investigação dos objectivos para empresa e para cada um dos
seus negócios/produtos, na estratégia delineada para cada negócio/produto na reacção da
concorrência e no desenvolvimento da posição competitiva e nas características dos
mercados onde a empresa se encontra a operar.
O analista financeiro deve dedicar uma atenção especial a estas áreas uma vez que a
situação financeira da empresa é fortemente influenciada pelo enquadramento económico
e competitivo dos mercados onde opera. A estratégia e o crescimento das vendas da
empresa para cada um dos mercados/produtos vão determinar, em larga medida, os
investimentos em activos necessários para suportar as estratégias estabelecidas. E a
eficácia destas combinada com a resposta da concorrência, determinam a performance
competitiva e financeira da empresa e o acesso aos fundos necessários para o
financiamento dos investimentos em activo.
Ter as informações correctas sobre o saldo da caixa, valor dos stock das
mercadorias, valor das contas a receber, valor das contas a pagar, volume das
despesas fixas ou financeiras, etc. Para tanto é necessário um registo adequado das
transacções realizadas que é uma etapa primária e fundamental;
68
Ter o conhecimento correcto do custo das mercadorias vendidas com a realização
de um registo adequado do stock de mercadorias.
Saber se a empresa está obtendo lucro, ou não, em suas actividades operacionais, através
da elaboração e análise do mapa de demonstração de resultados.
69
Alcançar níveis aceitáveis de rentabilidade.
70
Uma empresa que relata é uma empresa relativamente à qual existem utentes que
dependem das demonstrações financeiras como sua principal fonte de informação
financeira acerca da empresa.
71
mutuantes a menos que estejam dependentes da continuação da empresa como um
cliente importante.
Se bem que todas as necessidades de informação destes utentes não possam ser
suprimidas pelas demonstrações financeiras, há necessidades que são comuns em todos os
utentes. Como os investidores são os que proporcionam capital de risco às empresas, o
fornecimento de demonstrações financeiras que satisfaçam as suas necessidades também
vai de encontro à maior parte das necessidades de outros utentes que possam ser
satisfeitas por demonstrações financeiras.
72
responsabilidades de planeamento, de tomada de decisões e de controlo. A gerência tem a
capacidade de determinar a forma e conteúdo de tal informação adicional a fim de ir ao
encontro das suas próprias necessidades. Porém, o relato de tal informação, está para além
do âmbito desta estrutura conceptual. Contudo, as demonstrações financeiras publicadas
são baseadas na informação usada pela gerência acerca da posição financeira, desempenho
e alterações na posição financeira da empresa.
Na verdade, esta estrutura conceptual não identifica nenhumas classes que sejam únicas
àquela demonstração.
75
Os custos são reconhecidos na demonstração de resultados na base de uma correlação
directa entre os custos incorridos e a obtenção de elementos específicos de proveitos. Este
processo, geralmente referido como o balanceamento de custos com réditos, envolve o
reconhecimento combinado ou simultâneo de réditos e de custos que resultem directa e
conjuntamente das mesmas operações ou de outros acontecimentos; por exemplo, os
vários componentes de custos constituindo o custo dos produtos vendidos são
reconhecidos ao mesmo tempo que o rédito derivado da venda dos produtos. Porém, a
aplicação do conceito de balanceamento segundo esta estrutura conceptual não permite o
reconhecimento de elementos na demonstração do balanço que não satisfaçam a definição
de activo ou passivo.
76
Um custo é também reconhecido na demonstração de resultados nos casos em que seja
incorrido um passivo sem o reconhecimento de um activo, como se dá quando surja um
passivo por garantia de um produto.
RESUMINDO:
Cada classe material de itens semelhantes deve ser apresentada separadamente nas
demonstrações financeiras. Os itens de natureza ou função dissemelhante devem ser
apresentados separadamente, a menos que sejam imateriais.
77
ajuizada nas circunstâncias que a rodeiam. A dimensão ou a natureza do item, ou uma
combinação de ambas, pode ser o factor determinante. Se uma linha de item não for
individualmente material, ela é agregada a outros itens seja na face dessas demonstrações
seja nas notas. Um item que não seja suficientemente material para justificar a sua
apresentação separada na face dessas demonstrações pode porém ser suficientemente
material para que seja apresentado separadamente nas notas anexas.
Uma entidade deve apresentar activos correntes e não correntes, e passivos correntes e
não correntes, como classificações separadas na face do balanço, excepto quando uma
apresentação baseada na liquidez proporcionar informação fiável e mais relevante.
Todos os itens de rendimentos e de gastos reconhecidos num período devem ser incluídos
nos lucros ou prejuízos a menos que uma Norma ou Interpretação o exija de outro modo.
Uma entidade deve apresentar uma análise dos gastos usando uma classificação baseada
ou na natureza dos gastos ou na sua função dentro da entidade, deles o que proporcionar
informação fiável e mais relevante.
Uma entidade deve divulgar, no resumo das políticas contabilísticas significativas ou outras
notas, os julgamentos, com a excepção dos que envolvem estimativas, que a gerência fez no
processo de aplicação das políticas contabilísticas da entidade e que têm o efeito mais
significativo nas quantias reconhecidas nas demonstrações financeiras.
Uma entidade deve divulgar nas notas informação acerca dos principais pressupostos
relativos ao futuro, e outras principais fontes da incerteza das estimativas à data do
balanço, que tenham um risco significativo de provocar um ajustamento material nas
quantias escrituradas de activos e passivos durante o próximo ano financeiro.
78
Uma entidade deve divulgar informação que permita aos utentes das suas demonstrações
financeiras avaliar os objectivos, as políticas e os processos da entidade para gerir o capital.
79
Resultado de Aplicar conceitos e métodos básicos de análise
Aprendizagem 2: económico-financeira
Critérios de
Desempenho:
80
V. TÉCNICAS E MEIOS INFORMÁTICOS DE CÁLCULO NA PREPARAÇÃO DAS PRINCIPAIS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
O uso das IT permite obter potenciais benefícios de eficácia e eficiência para a produção e
elaboração das demonstrações financeiras das organizações porque permite às entidades:
81
Para o exercício e perceber o que os pacotes informáticos mais sofisticados fazem e para
este processo de aprendizagem tomaram em conta aqueles que são de fácil a cesso para
todos que é a planilha de cálculo EXCELL.
Aqui os estudantes devem ser ensinados como é que numa planilha EXCELL os mesmos
podem apresentar e calcular os indicadores financeiros e analisá-los com base nas
componentes das demonstrações financeiras.
Assim, é importante ter sempre presente que as demonstrações financeiras são preparadas
e apresentadas para utentes externos por muitas empresas em todo o mundo. Se bem que
tais demonstrações financeiras possam parecer semelhantes de país para país, há
diferenças que provavelmente têm sido causadas por uma variedade de circunstâncias
sociais, económicas e legais e por diferentes países tendo em mente as necessidades dos
diferentes utentes das demonstrações financeiras aquando do estabelecimento das
necessidades nacionais.
As demonstrações financeiras são a maior parte das vezes preparadas de acordo com um
modelo de contabilidade baseado no custo histórico recuperável e no conceito da
manutenção do capital financeiro nominal. Outros modelos e conceitos podem ser mais
apropriados a fim de ir ao encontro do objectivo de proporcionar informação que seja útil
para tomar decisões económicas embora não haja actualmente nenhum consenso para
alteração.
82
5.1. O Balanço
Tatenda Agrop
Em
BALANÇO EM 31-12-2008 contos
Activo Activo Sit. Líquida e Passivo
Imobilizado Situação Líquida
Imobilizado Incorpóreo 3,000 Capital 100,000
Imobilizado Corpóreo 250,000 Resp. Transitadas e Reservas 312,670
Investimentos Financeiros 28,000 Resultados Líquidos 44,083
Circulante
Existências 235,166 Passivo
Dívidas de Terceiros 300,000 Provisões 2,000
Aplicações Financeiras 1,200 Dívidas a Terceiros de MLP 145,000
Disponibilidades 3,500 Dívidas a Terceiros de CP 214,000
Acréscimos e Diferimentos 100 Acréscimos e Diferimentos 3,213
Total do Activo 820,966 Total da Situação Liquida + Passivo 820,966
Sabe-se que a empresa teve resultados positivos, mas esses resultados podem ter tido
origem em inúmeros factores distintos.
Pois, não é a mesma coisa vender sempre com prejuízo e depois vender uma fábrica por um
valor superior ao seu custo (situação excepcional, que não faz parte da actividade normal
da empresa).
Então, conclui-se que o Balanço não pode ser a única fonte de informação, portanto, a
única Demonstração Financeira.
Há necessidade de pelo menos mais um mapa que ‘mostre’ como é que a empresa gerou
resultados positivos (lucro) ou negativos (prejuízo) ao longo de um período.
Esse mapa existe e é também obrigatório que é a Demonstração de Resultados.
83
5.2. Demonstração de Resultados
É documento que mostra como se formaram os resultados de determinada empresa
(lucros ou prejuízos) num dado período de tempo (geralmente entre dois balanços);
Proveitos:
Vendas e prestação de serviços;
Variação da produção;
Trabalho para a própria empresa;
Subsídios à exploração;
Outros proveitos e ganhos operacionais;
Rendimentos de participações de capital;
Rendimentos de títulos negociáveis e outras aplicações financeiras;
Outros juros e proveitos similares;
Proveitos e ganhos extraordinários.
84
Resultados:
Resultados Operacionais
Proveitos Operacionais – Custos Operacionais
Resultados Financeiros
Proveitos Financeiros – Custos Financeiros
Resultados Correntes
Resultados Operacionais + Resultados Financeiros
Resultados Extraordinários
Proveitos extraordinários – Custos Extraordinários
Resultado Líquido
Resultados antes de impostos – Imposto sobre o rendimento
85
= Margem Bruta
+ Proveitos suplementares.
+ Outros proveitos operacionais
- FSE’s (excepto subcontratos)
- Impostos indirectos
= VAB: Valor Acrescentado Bruto
- Custos com Pessoal
= EBE: Excedente Bruto de Exploração
Exemplo:
Demonstração de Resultados Operacionais da Tatenda S.A de 2009
Rubrica Valores em MT
(A) Vendas + 161,041,934
(B) Prestação de serviços + 732,502
(C)Volume de Negócios 161,774,436
(D) Variação da Produção + 1,035,364
(E) Trabalho p/própria empresa + 18,746
(F) Subsídios à Exploração + 0
(G) Produção 162,828,546
(H) CMVCM (Custos Variáveis) - 74,733,774
(I) Subcontratos - 1,054,110
(J) Margem Bruta 87,040,662
(K) Proveitos suplementares + 2,174,646
(L) FSE's (excep. Subcontratos) - 27,939,001
(M) Amortizações imob. Corp e incorp 8,075,711
(N) Provisões + 912,788
(O) Impostos - 468,111
(P) Outros custos e perdas operacionais 536,754
(Q) Custos operacionais (excep.CMVMC e Subcont) 67,869,389
(R) VAB 60,808,196
(S) Custos com o pessoal - 29,937,024
86
(T) EBE 30,871,172
(U) Resultado Operacional 22,400,029
O período ideal para uma planificação de um fluxo de caixa é um mínimo de três meses,
segundo Zdanowicz, (1995). O fluxo de caixa mensal deverá, posteriormente, transformar-
se em semanal e este em diário. Onde o modelo diário fornecerá a posição dos recursos em
função dos ingressos e dos desembolsos de caixa, e constitui-se em poderoso instrumento
de planificação e de controle financeiro para a empresa.
Elabora-se o fluxo de caixa a partir das informações recebidas dos diversos departamentos,
sectores, secções da empresa, de acordo com o cronograma anual ou mensal de ingressos e
de desembolsos, remetidos ao departamento ou gerência financeira.
87
b) Estimativa das compras e as respectivas condições oferecidas pelos fornecedores;
c) Levantamento das cobranças efectivas com os créditos a receber de clientes;
d) Determinação da periodicidade do fluxo de caixa, de acordo com as necessidades,
tamanho, organização da empresa e ramo de actividade;
e) Orçamento dos demais ingressos e desembolsos de caixa para o período.
Os dados deverão ser os mais correctos possíveis, onde os seus responsáveis estejam
conscientes da exactidão, clareza e confiabilidade dos dados prestados.
Para se fazer um fluxo de caixa, deve-se conhecer todas as receitas (com datas de entrada)
e todas despesas (com datas de vencimento).
As principais despesas são: custos para financiar o ciclo operacional da empresa (aluguer,
mão-de-obra, matéria-prima, luz, telefone, água, ...), amortizar os empréstimos e/ou
financiamentos.
Na elaboração do fluxo de caixa utiliza-se mapa auxiliar que são muito úteis, eis alguns:
mapa auxiliar de recebimento de vendas a prazo; de recebimento de vendas a prazo com
atraso; de pagamentos das compras a prazo; planilha de recebimentos; planilha de
projecção das compras, planilha de pagamentos, planilha de despesas administrativas.
88
VI. CÁLCULO OS PRINCIPAIS RÁCIOS DE RENTABILIDADE, ACTIVIDADE, LIQUIDEZ E
ENDIVIDAMENTO
Abordagens:
Análise da evolução e estrutura dos resultados, proveitos e custos
Análise da rendibilidade
A análise da evolução dos resultados e da sua estrutura permite perceber tendência (ou a
sua ausência) de evolução dos resultados, descobrir variações de proveitos e de custos que
contribuem para essa evolução, despertar questões sobre essas variações.
O trabalho do analista será completado pela procura dos motivos (internos e/ou externos)
que respondem às questões levantadas.
89
Trabalho em Excell permite ao amigo estudante obter um modelo financeiro em ao
introduzir os dados do balanço e das demonstrações resultados vai obter automaticamente
os rácios desejados, quer seja de rentabilidade, de actividade e de liquidez. Ainda, garante o
bom cálculo dos números, justamente porque a folha está fechada.
Rácios de rentabilidade:
90
Notas:
Devem ser comparados com dados do sector
Principal limitação: critérios contabilísticos que influenciam Resultados
Nota:
Indica rentabilidade dos recursos da empresa (Activo) sem atender à forma como a
empresa é financiada
Deve ser comparado com dados do sector
Sua principal limitação: critérios contabilísticos que influenciam Resultado Líquido
Critérios contabilísticos que influenciam Activo
Notas:
É dos rácios mais utilizados pelos analistas porque revela a rentabilidade
(contabilística) do investimento feito pelos sócios/accionistas
Utilizado em muitas empresas como objectivo
Deve ser comparado com dados do sector
Principal limitação:
Critérios contabilísticos que influenciam Resultado Líquido
Critérios contabilísticos que influenciam Capitais Próprios
Notas:
Indica em que medida os resultados gerados a partir da actividade permitem pagar
os encargos financeiros resultantes do financiamento e qual a margem de segurança
dessa cobertura;
Principal limitação: Critérios contabilísticos que influenciam Resultado Operacional
Rubricas Valores em MT
Vendas 161,041,934
Prestação de serviços 732,502
Volume de negócios (VN) 161,774,436
variação da produção 1,035,364
Trabalho p/propria empresa 18,746
Subsídios a exploração 0
Produção (Prod) 162,828,546
Resultados Operacionais (RO) 22,400,029
Capitais Próprios (AL) 100,000,000
Dívidas a Terceiros de MLP 145,000,000
Dívidas a Terceiros de CP 214,000,000
Activos Totais 820,966,000
Resultado Liquido 13,787,564
92
Resultado Financeiro 465,697,069
RÁCIOS:
Rentabilidade da Produção (RL/Prod) 8.5%
Rendibilidade Económica das Vendas (RO/VN) 13.8%
Rendibilidade do Activo (RO/AL) 2.7%
Cobertura dos encargos financeiros (RO/RF) 4.8%
Rend. dos Capitais Próprios (Du Pont) - ROE 13.8%
Rácios de eficiência:
1. Prazo médio de pagamento (em dias)
[Fornecedores / (Compras + FSE’s)] * 365
Nota:
Pressupõem linearidade das Vendas e Compras e ‘normalidade’ dos saldos analisados.
93
[Existências / CMVMC] * 365
6. Rotação do Activo
Volume de Negócios / Activo Líquido
Notas:
Equilíbrio: > 1
Leitura do rácio deve ser complementada com a análise dos prazos de realização
dos activos e de exigibilidade das dívidas – maturidade dos activos e passivos
Leitura superficial do rácio de liquidez geral pode reflectir informações erróneas
94
Notas:
Activo circulante – Existências = Activo realizável
Elementos do activo circulante têm prazos de recebimento diferentes
Abordagem mais prudente da liquidez consiste em considerar um rácio que não
inclua os items potencialmente menos líquidos – as existências
3) Liquidez Imediata:
Disponibilidades / Passivo CP
a) Autonomia Financeira:
Capitais Próprios / Activo
b) Cobertura do Imobilizado:
Capitais Permanentes / Imobilizado Líquido
2. Estrutura Endividamento:
Passivo CP / Passivo
95
Exemplo:
Tomando em consideração o balanço da Tatenda Agrop abaixo, vamos calcular em Excell os
rácios de liquidez e de estrutura de capitais.
RÁCIOS DE LIQUIDEZ
Liquidez Geral (Act Circ / Pass cp) 2.52
Liquidez Reduzida ( Act. Real./Pass. Cp) 1.42
Liquidez Imediata (Disp./Pass. Cp) 0.02
ESTRUTURA DE CAPITAIS
Autonomia financeira (Capp/AL) 0.12
Grau de endividamento ou Debt-to-equity (P/Capp) 3.64
Grau de endividamento mlp (Pmlp/Capp) 1.45
96
VII. RELATÓRIO DO DESEMPENHO ECONÓMICO DA ORGANIZAÇÃO
Na maioria das ciências, ainda que cada uma tenha as suas especificidades, a sequência do
processo decisório tem as seguintes etapas:
97
Para a realização da análise financeira de balanços pode-se adaptar a mesma sequência,
isto é:
As formas de análise das demonstrações financeiras já foram vistas nas duas análises
(vertical e horizontal), por outras palavras, através da alteração do peso no conjunto do
activo ou passivo e da sua evolução individual entre dois ou mais períodos de tempo.
98
Abordar o processo de comercialização, as condições favoráveis e desfavoráveis do
mercado que influenciaram as vendas dos bens e serviços.
Falar da logística e a cadeia de valor da empresa, suas características, elementos
fortes e fracos de que requeiram intervenção e a sua natureza.
Apresentar o comportamento dos custos no período e sua evolução em relação aos
períodos anteriores e a sua própria composição para se ver onde a empresa gasta
mais e quais as razoes associadas.
As receitas com as vendas dos bens e serviços do período e sua comparação com o
período anterior ou períodos anteriores através de gráfico ou tabela. Seguidamente
deve-se apresentar as razões que estão por detrás daquele desempenho (quais
factores especiais);
Qual terá sido o lucro bruto do período e sua comparação com o período anterior ou
anteriores;
Apresentar o EBTIDA e sua margem e sempre fazer a sua comparação com os
resultados anteriores alcançados;
Qual é o lucro líquido da empresa e fazer a sua comparação com o período anterior
ou anteriores.
Apresentar a estrutura do capital da empresa e quais as alterações que poderiam ter
ocorrido.
Apresentar os rácios de rendibilidade, de liquidez, de actividade, de cobertura e de
endividamento.
Apresentar a percepção de que está a elaborar este relatório.
Não se esquecer de apresentar em anexo as demonstrações financeiras com
destaque para o balanço e demonstrações de resultados.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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