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1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 5
5 DEMONSTRAÇÕES ....................................................................................... 20
6 TÉCNICAS DE ANÁLISE................................................................................ 30
Bons estudos!
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2 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS
Fonte: cloudswave.com
Análise de estrutura;
Análise de evolução;
Análise por quocientes;
Análise por diferenças absolutas.
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endividamento, de risco e capital mínimo e de imobilização e de
determinados tipos de operações.
Antes de dar início a qualquer análise contábil, o analista deve atentar para alguns
aspectos fundamentais, tais como:
Fonte: cienciascontabeis.com.br
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2.2 Conjunto completo de Demonstrações Contábeis
A entidade pode usar outros títulos nas demonstrações em vez daqueles usados
neste Pronunciamento Técnico, desde que não contrarie a legislação societária brasileira
vigente.
Segundo Salotti et al. (2019) de maneira geral, há basicamente quatro
demonstrações financeiras preparadas por empresas com fins lucrativos:
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3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
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3.2 Demonstrações Contábeis Consolidadas
O CPC 15 define estes demonstrativos como os que serão feitos sempre que
houver combinação de negócios e exige que os ativos adquiridos e os passivos
assumidos constituam um negócio. Se os ativos adquiridos não constituem um negócio,
a entidade deve contabilizar a operação ou evento como aquisição de ativos.
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3.5 Demonstrações Contábeis Intermediárias
Estas podem ser descritas como a demonstração contábil que contém um conjunto
completo de demonstrações contábeis ou um conjunto de demonstrações contábeis
condensadas de um período intermediário.
É importante salientar que, a entidade cujas demonstrações contábeis estão em
conformidade com os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações do CPC, deve
declarar de forma explícita e sem reservas essa conformidade nas notas explicativas. A
entidade não deve descrever suas demonstrações contábeis como estando conforme
estas normas a menos que cumpra todos os seus requisitos.
A entidade deve apresentar com igualdade de importância todos os
demonstrativos contábeis que façam parte do conjunto completo de informes contábeis.
Após sete longos anos de tramitação o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
sancionou a Lei nº 11.638/2007, publicada na Edição Extra do Diário Oficial da União de
28.12.2007, que passa a vigorar a partir de 01.01.2008.
O trecho que alterava o Art. 181 da Lei 6.404/76 que define o que pode ser
classificado como resultados de exercícios futuros; teve o veto presidencial já que a nova
lei contábil ampliava o alcance desse artigo, incluindo operações feitas entre empresas
de um mesmo grupo (controladoras e controladas). Na visão da Receita Federal, que
sugeriu o veto presidencial, a nova redação poderia causar problemas para o controle
fiscal das empresas, já que poderia "gerar inobservância do regime de competência" no
Balanço das empresas, especialmente se a controlada ou controladora for domiciliada no
exterior.
A nova legislação harmoniza a contabilidade brasileira aos padrões internacionais,
o que facilita o investimento estrangeiro. Além disso, obriga as grandes empresas de
capital fechado a divulgarem seus balanços. Com as novas regras, diversas alterações
significativas ocorreram, dentre as quais destacamos:
a) A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - DOAR foi extinta;
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b) Torna-se obrigatória a elaboração e publicação da Demonstração dos
Fluxos de Caixa - DFC e da Demonstração do Valor Adicionado – DVA;
c) A DFC não é obrigatória às pessoas jurídicas com patrimônio líquido
inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais);
d) A DVA é exigida para todas as companhias abertas;
e) O Ativo Permanente agora possui um novo grupo chamado “Intangível”,
além dos já existentes “Investimentos”, “Imobilizado” e “Diferido”;
f) Fora extinta a “Reserva de Reavaliação” que deu lugar a conta “Ajustes de
Avaliação Patrimonial” que possui características diferentes;
g) Ainda no Patrimônio líquido, fora incluído também a rubrica “Ações em
Tesouraria”;
h) Foram extintas as reservas de capital “Prêmio Recebido na Emissão de
Debêntures” e “Doações e Subvenções para Investimentos”, sendo esta
última, controlada na conta “Reserva de Incentivos Fiscais” e poderá ser
excluída da base de cálculo dos dividendos obrigatórios;
i) A conta "Lucros e Prejuízos Acumulados", deixa de existir, dando lugar a
conta "Prejuízos Acumulados", assim o resultado positivo deve ser
controlado nas contas de reservas de lucros ou destinado conforme a
determinação social.
j) Ocorreram alterações para a avaliação dos investimentos pelo Método da
Equivalência Patrimonial que agora, não mais precisam ser relevantes.
Além das alterações relacionadas, foram adequados os critérios de avaliação dos
ativos e passivos, a fim de contemplar os novos grupos de contas. A Comissão de Valores
Mobiliários – CVM, deverá elaborar normas conforme os padrões internacionais que se
tornarão obrigatórias para as sociedades abertas e grandes empresas e poderão ser
observadas pelas demais sociedades.
4 BALANÇO PATRIMONIAL
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total, um décimo do valor do respectivo grupo de contas, sendo vedada a utilização de
títulos genéricos como "diversas contas" ou "contas correntes".
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O saldo da conta “Apuração do Resultado do Exercício” será então transferida para
a conta de “Resultados a Destinar”, sendo distribuída para outras contas patrimoniais,
conforme proposta da administração.
Após os ajustes pertinentes e lançamentos de encerramento das contas de
resultado, as contas remanescentes são apenas as contas patrimoniais, que devem ser
separadas e classificadas em grupos para elaboração do balanço patrimonial, sendo que
o saldo do ativo deve ser igual ao do passivo.
Conforme a Lei nº 11.638/07, MP nº 449/08 e Resolução CFC nº 1.121/08, a nova
estrutura do Balanço Patrimonial passa a ser a seguinte:
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Ativo Circulante Passivo Circulante
Ativo Não Circulante Passivo não Circulante
Realizável a Longo Prazo Patrimônio Líquido
Investimento Capital Social
Imobilizado (-) Gastos com Emissão de Ações
Intangível Reservas de Capital
Opções Outorgadas Reconhecidas
Reservas de Lucros
(-) Ações em Tesouraria
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Ajustes Acumulados de Conversão
Prejuízos Acumulados
5 DEMONSTRAÇÕES
A DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) é um documento recorrente
criado em conjunto com o balanço patrimonial. Também é usado para determinar se o
negócio em questão é lucrativo ou está causando prejuízo.
Foi instituída pelas leis: Lei 6.404 Art. 187 e lei n° 11.638/07. A Demonstração do
Resultado do Exercício deve ser elaborada sempre obedecendo ao princípio do Regime
de Competência, de modo que as receitas e as despesas sejam lançadas no período que
ocorreram, e não somente quando recebidas ou pagas.
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Tem como objetivo detalhar a composição do Resultado Líquido de uma empresa
no período de seu exercício financeiro, normalmente de janeiro a dezembro.
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5.2 Demonstração dos Fluxos de Caixa
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Deverá demonstrar as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa
e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos
(Art. 188 da Lei nº 11.638/2007):
a) das operações;
b) dos financiamentos; e
c) dos investimentos.
A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a
R$2.000.000,00 (dois milhões de reais), não será obrigada à elaboração e publicação da
demonstração dos fluxos de caixa (Art. 1º da Lei nº 11.638/2007).
Quando usada em conjunto com outras demonstrações contábeis, a
demonstração de fluxo de caixa fornece informações que permitem aos usuários
antecipar mudanças nos ativos líquidos da entidade, estrutura financeira (incluindo
liquidez e solvência) e capacidade de alterar os valores e o momento do fluxo de caixa.
A informação sobre os fluxos de caixa é essencial para determinar a capacidade
de uma entidade de gerar caixa e equivalentes de caixa, e permite aos usuários
desenvolver modelos para avaliar e comparar o valor presente dos fluxos futuros de caixa
de várias entidades. Contribui também para o aumento da comparabilidade na
apresentação do desempenho operacional das diversas entidades, pois reduz os efeitos
da utilização de diferentes critérios contábeis para as mesmas transações e eventos.
A demonstração do fluxo de caixa deve incluir o fluxo de caixa do período
classificado por atividades operacionais, de investimento e de financiamento. A empresa
deve apresentar seus fluxos de caixa advindos de atividades operacionais, investimentos
e financiamentos da forma mais adequada para suas operações.
A classificação por atividade fornece informações que permitem aos usuários
avaliar o impacto de tais atividades na posição financeira da organização, bem como o
valor e os equivalentes da caixa.
Esses dados também podem ser usados para avaliar a relação entre essas
atividades. Uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de
uma atividade.
Os fluxos de caixa resultantes das atividades operacionais derivam principalmente
das atividades geradoras de receita da entidade. Como resultado, normalmente são o
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resultado de transações e outros eventos que resultam na apuração de lucro líquido ou
prejuízo.
Exemplos de fluxos de caixa resultantes de atividades operacionais incluem:
*Recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços;
*Recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras
receitas;
*Pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
*Pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
*Recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros,
anuidades e outros benefícios da apólice;
*Pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam
ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de
investimento; e
*Recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação
imediata ou disponíveis para venda futura. Algumas transações, como a venda de item
do imobilizado, podem resultar em ganho ou perda, que é incluído na apuração do lucro
líquido ou prejuízo.
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A DVA CPC 09 está fundamentada em conceitos macroeconômicos, buscando
apresentar, eliminados os valores que representam dupla-contagem, a parcela de
contribuição que a entidade tem na formação do Produto Interno Bruto (PIB).
Essa demonstração apresenta o quanto a entidade agrega de valor aos insumos
adquiridos de terceiros e que são vendidos ou consumidos durante determinado período.
Existem, todavia, diferenças temporais entre os modelos contábil e econômico no cálculo
do valor adicionado.
A ciência econômica, para cálculo do PIB, baseia-se na produção, enquanto a
contabilidade utiliza o conceito contábil da realização da receita, isto é, baseia-se no
regime contábil de competência.
Como os momentos de realização da produção e das vendas são normalmente
diferentes, os valores calculados para o PIB por meio dos conceitos oriundos da
Economia e os da Contabilidade são naturalmente diferentes em cada período. Essas
diferenças serão tanto menores quanto menores forem as diferenças entre os estoques
inicial e final para o período considerado. Em outras palavras, admitindo-se a inexistência
de estoques inicial e final, os valores encontrados com a utilização de conceitos
econômicos e contábeis convergirão.
Para os investidores e outros usuários, essa demonstração proporciona o
conhecimento de informações de natureza econômica e social e oferece a possibilidade
de melhor avaliação das atividades da entidade dentro da sociedade na qual está
inserida.
A decisão de recebimento por uma comunidade (Município, Estado e a própria
Federação) de investimento pode ter nessa demonstração um instrumento de extrema
utilidade e com informações que, por exemplo, a demonstração de resultados por si só
não é capaz de oferecer.
A DVA elaborada por segmento (tipo de clientes, atividades, produtos, área
geográfica e outros) pode representar informações ainda mais valiosas no auxílio da
formulação de predições e, enquanto não houver um pronunciamento específico do CPC
sobre segmentos, sua divulgação é incentivada.
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5.4 Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido
Fonte: portaldecontabilidade.com.br
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As contas que formam o Patrimônio Líquido podem sofrer variações por inúmeros
motivos, tais como:
O item 13 da Norma NBC ITG 2000, aprovada pela Resolução CFC nº 1.330/2011,
determina que o Balanço e as demais Demonstrações Contábeis de encerramento do
exercício devem ser transcritos no Livro Diário, completando-se com as assinaturas do
contabilista e do titular da empresa. Igual procedimento será adotado quanto às
demonstrações contábeis elaboradas por força de disposições legais, contratuais ou
estatutárias. (BRASIL, 2011).
Também o § 2º do art. 1.184 da Lei nº 10.406 determina que serão lançados no
Livro Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser
assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou
sociedade empresária. (BRASIL, 2002).
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5.7 Demonstrações Financeiras Consolidadas
Art. 249. A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do valor do
seu patrimônio líquido representado por investimentos em sociedades
controladas deverá elaborar e divulgar, juntamente com suas demonstrações
financeiras, demonstrações consolidadas nos termos do artigo 250. (BRASIL,
1976).
6 TÉCNICAS DE ANÁLISE
A Ciência Contábil faz uso de várias técnicas para conseguir o seu objetivo maior
(informação). Dentre elas destaca-se o fluxo:
O índice por sua vez é uma relação entre as contas de um mesmo grupo ou entre
as contas de diferentes grupos que compõem as Demonstrações Financeiras e fornece
aos analistas uma visão mais detalhada da situação econômico-financeira da empresa.
A tarefa mais difícil que um profissional enfrenta ao analisar índices é localizar
fontes confiáveis que possam ser usadas para fazer comparações com outras empresas
do mesmo setor. Essa escassez de informações ocorre como resultado das empresas
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manterem suas informações financeiras e contábeis em segredo. No entanto, algumas
empresas possuem informações próprias confiáveis e prontamente disponíveis no
mercado, conforme exigido por algumas leis e decisões estratégicas.
Os seguintes grupos de índices podem ser usados para analisar demonstrações
financeiras:
Índices de liquidez - são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da
empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade
financeira para saldar seus compromissos.
Índices de estrutura - indicam a segurança oferecida pela empresa aos seus credores
que representam o capital alheio, bem como revelam a sua política de obtenção de
outros recursos e suas respectivas alocações.
Índices de rentabilidade - interpretam o desempenho global da empresa, medindo a
capacidade da geração de lucros.
Liquidez corrente;
Liquidez imediata;
Liquidez seca;
Liquidez geral
j
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6.3 Liquidez Corrente
Esse quociente relaciona o quanto uma empresa tem em termos de bens e direitos
de curto prazo (disponíveis e conversíveis em dinheiro) em relação às suas obrigações
de curto prazo (IUDCIBUS, 2017). Geralmente, é considerado o melhor indicador de
análise de liquidez nas organizações. A liquidez corrente é calculada usando a seguinte
fórmula:
Em geral, os autores informam que valores superiores a 1,0 são benéficos para
as empresas. No entanto, conceituar um índice sem levar em conta outros fatores é um
comportamento muito arriscado, dada a necessidade de o setor de atividade e as
particularidades do negócio da entidade. Indicadores de liquidez inferiores a 1 acontecem
em ramos de atividade.
Além disso, existem negócios que possuem ativos circulantes baixos, seja por
operarem com estoque baixo, seja por possuírem uma política de vendas com cessão de
baixo prazo de pagamento das vendas. Assim, ao analisar os indicadores de liquidez de
uma empresa, é fundamental compará-los com a média do setor em que a empresa atua.
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No numerador, tem-se fundos imediatamente disponíveis (caixa, bancos e
aplicações financeiras de curtíssimo prazo). Segundo Almeida (2019), as aplicações
financeiras devem ter as seguintes características:
A situação será favorável quando o índice for superior a (1,0) indicando assim a
presença de capital de giro próprio. Se o índice for inferior à unidade, é considerado uma
situação desfavorável, pois indica que a empresa está recorrendo demais a capital de
terceiros.
7 CAPITAL DE GIRO
- PC 35
Quando o Ativo Circulante é menor que o Passivo Circulante, tem-se um Capital
Circulante Líquido negativo ou de terceiros.
AC = PC = CCL NULO
8 ENDIVIDAMENTO FINANCEIRO
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sucessivos. Permanecendo este círculo vicioso, a empresa será uma séria candidata
à insolvência; consequentemente, à falência.
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A participação de capital de terceiros será benéfica para a empresa, desde que
não resulte uma situação de liquidez insustentável por um determinado período de tempo.
Este índice é obtido pela seguinte fórmula:
Este quociente indica a porcentagem de capital próprio que está a ser utilizada
para financiar aplicações de natureza fixa (permanentes) e, adicionalmente, a
porcentagem que está a ser aplicada ao resto do Ativo (Circulante e Realizável a Longo
Prazo).
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10 INDICADORES DE RENTABILIDADE
A margem bruta ocorre na diferença entre o valor pelo qual a empresa vende seus
produtos (preço de venda) e os impostos e custos desses produtos. Quanto maior a
margem, maiores são as disponibilidades para as despesas administrativas, de pessoal
e financeiras. Dessa forma, divide-se o lucro bruto pelo total de receita de vendas.
Encontra-se a Margem Bruta mediante a seguinte fórmula:
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A ROA é uma medida de desempenho que deve ser comparada ano a ano. Para
Assaf Neto (2015), calcular a ROA significa encontrar uma taxa de retorno gerado pelas
aplicações realizadas por uma empresa em seus ativos. O índice encontrado indica o
retorno gerado por cada R$ 1,00 que a empresa investiu.
Quanto maior o resultado do índice ROE, mais expressiva é a relação entre o lucro
e o capital próprio investido. O índice é obtido ao se dividir o lucro líquido pelo patrimônio
líquido. Ross et al. (2015) apontam que essa é uma medida que interessa aos acionistas,
pois informa como foi o ano da empresa.
11 INDICADORES DE ROTATIVIDADE
Pode-se calcular o (PMRV) ao dividir o valor das contas a receber de clientes pelo
de vendas diárias. Dessa forma, é possível afirmar que a conta clientes corresponde a
um número específico de dias de vendas. Esse índice pode ser calculado a partir de uma
posição única, com base na data do balanço patrimonial.
O índice PMRV representa o tempo médio decorrido entre a conclusão da venda
de um produto e seu recebimento. As vendas diárias são calculadas dividindo as vendas
do período constante na Demonstração de resultado do exercício (DRE) pelo número de
dias do período.
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Caso a DRE se refira a um ano, é necessário considerar o ano comercial de 360
dias que será utilizado na fórmula. O cenário ideal é que o valor associado às vendas
ocorra em um curto período de tempo. Para verificar esse indicador, é preciso entender
que quanto menos dias, mais rápido a empresa receberá os valores das vendas.
Ao calcular o prazo médio de recebimento de vendas, é importante lembrar que
não é avaliado apenas o número de vendas que, mas também a quantidade de vendas
que está sendo considerada. O valor das vendas utilizado no cálculo do PMRV leva em
consideração a receita bruta, menos as devoluções, tributos aplicáveis, como IPI e ICMS,
entre outros e o valor das duplicatas a serem recebidas, levando em consideração
provisão para devedores duvidosos e duplicatas descontadas. Mantendo o mesmo nível
de consistência na base de cálculo.
Fórmula para cálculo:
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soma do estoque inicial mais as compras realizadas no período, deduzido o estoque final,
conforme a seguinte fórmula:
CMV = EI + C – EF
O lucro por ação analisado individualmente não diz praticamente nada. Não é
possível uma análise comparativa com outras empresas, uma vez que a quantidade de
ações que cada empresa emite e tem em circulação é variada e a determinação da
quantidade de ações do capital social é arbitrária.
A análise do indicador individual só tem sentido em comparação com outros
períodos da empresa, tanto do passado como do futuro. Este indicador, contudo, é
importante para a análise conjunta com o indicador preço/lucro, que abordaremos a
seguir.
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12.1 Valor Patrimonial da Ação
Este indicador tem por objetivo atribuir um valor para cada ação. O valor é
representado por uma avaliação a valores contábeis. O valor da empresa no sistema
contábil é expresso pelo total do patrimônio líquido, que inclui o capital social, as reservas
e os lucros acumulados (lucros não distribuídos). A fórmula é a seguinte:
Indica quanto do lucro distribuído deverá caber a cada ação. Para encontrar utiliza-
se a seguinte fórmula:
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13 GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA E GRAU DE ALAVANCAGEM
OPERACIONAL
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destaca que esse tipo de alavancagem “é preocupante para os credores porque ela
amplifica os riscos básicos de negócio enfrentados por uma empresa”.
Isto é possível tendo em conta a possibilidade de aumentar o nível de atividade
mantendo a estabilidade dos custos fixos sem expandir os ativos fixos.
Fórmula:
GAO = Variação no lucro operacional (%)
Variação no volume de vendas (%)
14 SOLVÊNCIA E INSOLVÊNCIA
A empresa será solvente se o índice for maior que 1. Porém, se o índice seja menor
que 1 será insolvente.
A insolvência refere-se a uma situação em que uma empresa não tem ganhos
suficientes para cumprir suas obrigações. Esta situação está frequentemente associada
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a uma má gestão do capital de giro ou a erros no cálculo das provisões necessárias. Por
fim, a insolvência de uma empresa pode levar a um processo de recuperação, e caso
este não seja bem-sucedido, pode findar com a falência da empresa.
A pesquisa realizada por Kanitz originou um índice que visava prever a insolvência
das empresas. Esse índice emprega modelos estatísticos usados em uma equação
matemática. O objetivo desse modelo é avaliar o risco de insolvência, utilizando um fator
conhecido como Fator de Insolvência (FI), indicando três possíveis situações: solvência,
penumbra ou situação indefinida e insolvência” (SOUZA; SANTOS, 2013).
A equação desenvolvida por Kanitz (1978) ficou assim descrita:
Sendo:
Após utilizar a fórmula matemática acima descrita, obtém-se o índice que deve ser
analisado a partir do termômetro desenvolvido por Kanitz (1978). Segundo esse
termômetro, que apresenta variações acima e abaixo de zero, a empresa apresentaria
um dos três estados: solvente, penumbra e insolvente.
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Segundo Kanitz (1978, p. 102), “os valores abaixo de –3 indicam que a empresa
se encontra numa situação que poderá levá-la à falência: evidentemente, quanto menor
esse valor, mais próxima da falência estará a empresa”. Se uma empresa, por exemplo,
apresentar um fator de insolvência de –18, pode-se considerar que ela terá 94% de
chances de falir, no prazo de um ano. Outras interpretações do índice são possíveis. Para
isso, é necessário analisar que:
FI maior que 0 = empresa sem problemas financeiros — solvente
FI entre (3) e 0 = empresa com situação financeira indefinida — penumbra
FI inferior a (3) = empresa enfrentando problemas financeiros — insolvente
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Por fim, vale destacar que o conteúdo abordou as fórmulas mais utilizadas para
análise de demonstrações financeiras. No entanto, para que o profissional forneça um
relatório sobre a situação financeira da empresa, é necessário analisar outros aspectos
econômico e financeiros da empresa, assim como estabelecer comparações com outras
empresas que exercem a mesma atividade econômica.
15 ESTRUTURA DE CAPITAL
A fórmula indica o valor que a empresa mantém no Banco, um saldo médio, para
cada R$ 1,00 emprestado dos bancos.
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17 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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FIPECAFI. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações: Aplicável a todas
as Sociedades. São Paulo: Atlas, 2010.
MARION, J. C. Análise das demonstrações contábeis. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
MARTINS, E. Análise didática das demonstrações contábeis. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2019.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica. 2. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2009.
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