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RESUMO
Este artigo tem como objetivo analisar o uso das ferramentas de inteligência competitiva (IC) nas
Micro e Pequenas Empresas (MPEs), através de pesquisa em artigos científicos sobre o tema, por meio
do qual buscamos identificar as principais barreiras e dificuldades encontradas pelas MPEs para
implementação dessas ferramentas. A gestão de empresas voltada para melhoria do seu desempenho
tem sido amplamente difundida desde a década de 50 quando começaram a surgir as primeiras
ferramentas voltadas para o planejamento, gestão, tomada de decisões e melhoria contínua de grandes
corporações que se tornaram referência nesse assunto. Destacamos ainda que essa não é a realidade
das MPEs, assim, para uma melhor compreensão do assunto foram abordados temas como, a estratégia
como diferencial competitivo fazendo uma relação entre gestão da informação, gestão do
conhecimento e inteligência competitiva, fatores que interferem na sobrevivência das organizações e
dificuldades das MPEs para implementação de estratégias de Inteligência competitiva e inovação. Por
fim fizemos uma análise da influência da inteligência competitiva no ciclo de vida das empresas
apresentando ainda alguns modelos para implementação da gestão da inovação. Concluímos ao final
da pesquisa que as MPEs ainda carecem de incentivos e metodologias simplificadas para melhoria dos
seus processos e assim conseguirem se manter no mercado em condições de competirem com suas
concorrentes.
ABSTRACT
1
E.Mail: ratcosta@gmail.com – Doutor em Gestão Empresarial-UTAD-PT e Pós-doutorando em Administração
na Universidade Estadual do Ceará.
2
E.Mail: cbrigith@gmail.com – MBA em Gestão Estratégica de Pessoas na FAMA.
3
E.Mail: valdeci.reis@grupojari.com.br - MBA em Gestão Estratégica de Pessoas na FAMA
4
E.Mail: sergio.melo@grupojari.com.br - MBA em Gestão Estratégica de Pessoas na FAMA
Robson Tavares, A.C; Furtado, C.B.R.A.; Dos Reis, V.N.; De Melo, S.H.V; O Uso da Inteligência Competitiva
para Gestão e Melhoria do Desempenho de Micro e Pequenas Empresas: Algumas Observações Introdutórias,
v.1, n.1, p.110 - 129, 2015. . Artigo recebido em 15/10/2015.Última versão recebida em 10/11/2015. Aprovada
em 01/12/2015. 110
Robson Tavares, A.C; Furtado, C.B.R.A.; Dos Reis, V.N.; De Melo, S.H.V; O Uso da Inteligência Competitiva
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This article aims to analyze the use of competitive intelligence tools (IC) on Micro and Small
Enterprises (MPEs) through research papers on the subject, through which we seek to identify the
main barriers and difficulties encountered by MPEs to implementing these tools. The Performance
Management on companies has been widespread since the 50s when they began to develop the first
tools focused on the planning, management, decision making and continuous improvement of major
corporations that have become reference in this matter. We also highlighted that this is not the reality
of MPEs, thus, for a better understanding of the subject were discussed issues such as, the strategy as a
competitive advantage by making a relationship between information management, knowledge
management and competitive intelligence, factors affecting the survival of organizations and
difficulties of MPEs to implement competitive intelligence strategies and innovation. Finally we
analyzed the influence of competitive intelligence in the life cycle of companies, presented models for
implementation of innovation management and with that, concluded at the end of this research that
MPEs still lack incentives and simplified methodologies for improving their processes and so manage
to stay in business in a position to compete with its competitors.
1 INTRODUÇÃO
O mundo Empresarial mudou e está em constante evolução, os gestores de micro e
pequenas empresas precisam estar cada vez mais preparados. Estar preparado é demonstrar e
aplicar suas competências com base em conhecimentos, habilidades e experiências para
alavancar o desempenho do negócio. No âmbito empresarial ter conhecimento significa ser
munido de informações e mais do que isso saber usar essas informações de forma estratégica.
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Isso acontece porque segundo, Silva e Dacorso (2013) muito embora detenham
importância e relevância econômica e social, as micro e pequenas empresas têm dificuldades
de atuação decorrentes de sua estrutura de pequeno negócio diante das pressões internas e do
mercado. Por este motivo, os gestores de micro empresas tem a tendência de tratar os sistemas
de informações como custo, ou como um mal necessário para gerenciamento de custos,
pagamentos, etc.
Para Hilsdorf (2010), esta prática é reativa, pois estas empresas só tomam
conhecimento dos fatos relevantes quando eles já estão em andamento ou já aconteceram. A
inteligência competitiva se dedica a um modelo preditivo de administração, procura prever e
antecipar-se aos movimentos da concorrência, além de oportunizar as condições oferecidas
pelas tendências e cenários observados.
Ainda assim, muitas empresas não possuem sistemas de gestão bem estruturados para
obtenção de informações confiáveis sobre seus clientes e concorrentes. Diante disso o
desempenho dessas empresas fica restrito pela sua baixa capacidade de investimento em
inovação, assim na maioria das vezes acabam sendo “engolidas” pelas empresas que
desenvolvem uma estratégia competitiva e consequentemente acabam por vezes fechando as
portas. Assim torna-se necessário o desenvolvimento de novas estratégias de gestão voltadas para a
realidade das MPE´s, permitindo dessa forma um melhor controle de seus negócios sem, contudo
aumentar seus custos e sem causar grandes mudanças que possam engessar as suas operações e
processos.
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2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Segundo Pacheco, Gomes e Silveira (2013), a inovação tem sido considerada um dos
principais fatores responsáveis por ganhos de competitividade e crescimento empresarial no
contexto econômico cada vez mais globalizado que as empresas estão inseridas. Assim, cada
vez mais faz-se necessário que as micro empresas acompanhem essa evolução para que
possam competir no mesmo nível que as suas concorrentes.
Nota-se então que esse cenário mais competitivo é fruto de um mercado crescente e
composto por clientes mais exigente sendo um fator decisivo na aquisição de produtos e
serviços, que por sua vez, estão a cada momento mais equilibrado, sendo, portanto o
diferencial o fator crucial na escolha do produto ofertado.
Para Valentin (2005), a inteligência competitiva atua como um processo que investiga
o ambiente onde a empresa está inserida, com o propósito de descobrir oportunidades e
reduzir os riscos, bem como diagnostica o ambiente interno organizacional, visando o
estabelecimento de estratégias de ação a curto, médio e longo prazo. Assim, o diferencial
competitivo está em desenvolver uma estratégia diretamente ligada à capacidade de inovação
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através da gestão do conhecimento que por sua vez depende do uso estratégico das
informações geradas nos mais diversos setores da empresa.
Nesse contexto, Passos (2014) descreveu cinco conceitos para estratégia. Estratégia é
plano; estratégia é padrão ou comportamento consistente ao longo do tempo; estratégia é
posição escolhida pela empresa para seus produtos em determinado mercado; estratégia é
perspectiva;
Como podemos observar são muitos os conceitos e definições, bem como, a ideia
geral que permeia o uso de ferramentas de IC. Mas elas estão disponíveis e são acessíveis às
MPE’s? Existe algum diferencial que pode ajudar às MPEs na sua implantação?
Para criar valor, as organizações precisam fazer o tratamento dos seus dados de
produção, custos, recursos, clientes, etc., e assim gerar informações para gerar conhecimento
e consequentemente gerar o diferencial competitivo necessário para acompanhar o movimento
de seus concorrentes.
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decisões pela alta direção da empresa, que volta para o primeiro nível como ações de correção
ou de melhoria no sistema, processo, produtos e serviços.
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pessoas certas. Desse modo, de acordo com Valentim (2005), as informações precisam ser
gerenciadas da mesma forma que os outros recursos. Faz-se necessário estabelecer políticas e
programas de organização e tratamento para que elas se apresentem com mais eficácia.
O gerenciamento das informações precisa ser visto como ferramenta de apoio à gestão
da empresa. Através do estabelecimento de procedimentos contendo as instruções necessárias
tais como, manuais de sistemas de informações, procedimentos para controle e armazenagem
de registros gerados em cada atividade, assim como outros documentos necessários para
planejamento, operação e controle dos processos, define os critérios, responsabilidades e
autoridades e a sistemática para aprovação e reaprovação de documentos.
Em seu estudo sobre Inteligência Competitiva, Veiga e Zotes (2012), descrevem que,
no entanto o baixo nível de informação sobre as contribuições que a IC pode trazer à
elaboração e execução da estratégia das empresas apresenta-se como um fator limitador à sua
utilização. Nesse sentido, muitas ferramentas foram criadas com o intuito de fornecer solução
tecnológica de Inteligência de Negócios como os ERP’s (Enterprise Resource Planning), que
representa os sistemas integrados de gestão empresarial cuja função é registrar, documentar e
processar todas as informações.
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dos processos, produtos e sistemas de Gestão a curto, médio e longo prazo, isso é ‘inteligência
competitiva’.
Organização interpretativa:
Ambientes interpretados
Mudança ambiental ? Dar
Criação de e interpretações Interpretação, seleção,
sentido aos dados ambíguos por
significado partilhadas para criar retenção.
meio de interpretações.
significado.
A informação é interpretada.
Organização aprendiz:
Conhecimento existente ? Criar Conhecimento tácito,
Novos conhecimentos
Construção do novos conhecimentos por meio conhecimento explícito.
explícitos e tácitos para a
conhecimento da conversão e da partilha dos Conversão do
inovação.
conhecimentos. conhecimento.
A informação é convertida.
Organização racional:
Decisões levam a um
Problema ? Buscar e selecionar Racionalidade limitada.
Tomada de comportamento racional
alternativas de acordo com os Premissas decisórias.
decisões e orientado para os
objetivos e preferências. Regras e rotinas.
objetivos.
A informação é analisada.
De acordo com o modelo de Choo (2003), o autor afirma que a organização que for
capaz de integrar eficientemente os processos de criação de significado, construção do
conhecimento e tomada de decisões pode ser considerada uma organização do conhecimento.
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Menezes (2005) relata que, com as constantes mudanças que ocorrem no ambiente
competitivo, as decisões são tomadas em espaços de tempo cada vez mais curtos. Daí a
necessidade de se dispor de um sistema capaz de fornecer informações previamente
analisadas para a tomada de decisão na hora certa.
Além disso, o autor também salienta que apenas uma pequena parcela de empresas
tem acesso parcial, a informações tecnológicas. Segundo ele, na raiz deste problema está a
falta da cultura da informação devida a diversas circunstâncias, dificuldades e questões que as
envolvem. Assim, é necessário antes de tudo desenvolver nas micro e pequenas empresas uma
cultura voltada á gestão estratégica, que por sua vez na maioria dos casos é visto como
burocracia e custo desnecessário.
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Em sua pesquisa Hoffmann e Chemalle (2013) concluíram que essas empresas não
precisam de volume de informações, mas sim de metodologias que permitam separar e reter o
que é realmente relevante para os seus processos de tomada de decisão. Ou seja, a barreira
para uso da IC nas MPE´s não está na não geração dessas informações e sim, na falta de
ferramentas adequadas para criar valor a partir dessas informações.
Para Serpe (2014), em grandes empresas existe uma clara distinção entre setores,
tarefas e atribuições com relação ao tema inovação, inclusive com áreas especializadas em TI
ou P&D, entretanto, o mesmo não ocorre nas pequenas empresas. Isso acontece pela sua
estrutura organizacional enxuta a maioria das vezes o “Dono” desempenha as principais
funções de liderança existentes e não possui um setor responsável pela estruturação e análise
de informações.
Mas não somente isso, segundo Pacheco et al. (2013), para as pequenas e médias
empresas, além da análise profunda das capacidades e disponibilidades (capital financeiro e
humano) para escolha do método que melhor se adéque à sua realidade e também das
melhores técnicas ou ferramentas para cada situação ou fase do processo de gestão da
inovação, é necessário contar com apoio e incentivo da alta direção para o desenvolvimento
das etapas sugeridas e comprometimento de toda a organização com a criação deste ambiente
voltado à inovação.
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Ainda segundo Pacheco et al. (2013), seria necessário maior agilidade na análise e
liberação dos recursos por parte do Governo para que as empresas brasileiras possam se
manter competitivas frente às empresas internacionais. Isso porque esses investimentos na
maioria das vezes são realizados com recursos próprios.
Outra vertente que vem sendo estudada é o risco apresentado para investimento em
inovação. Segundo Serpe (2014), muitas empresas não investem em inovação pelo elevado
risco oferecido e porque acreditam que podem comprometer a produtividade.
Para Serpe (2014), as pequenas empresas são aquelas que possuem as maiores
dificuldades quando se trata de aplicar conhecimentos que efetivamente se tornem inovações,
entretanto, ainda segundo o autor, embora as pequenas empresas tenham estas limitações,
essas têm maior flexibilidade para inovar. Isso porque para os autores, a burocracia excessiva
nas grandes empresas muitas vezes atravanca o processo de inovação, devido às minuciosas
exigências e estrutura legal interna. Estes elementos dificultam a difusão das informações
internamente e tornam o processo de decisões extremamente lento, o que pode prejudicar a
eficácia do projeto de inovação. Dessa forma, mesmo com todas as limitações enfrentadas por
MPE´s inerentes ao seu porte e recursos reduzidos estas preferem muitas vezes manter uma
postura defensiva quando o assunto é inovação.
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Etapas Processamento
Segundo Castro e Abreu (2006), uma organização que se encontra no estágio inicial de
suas operações tem, na incerteza em relação ao ambiente competitivo, a principal dificuldade
a ser enfrentada no processo de tomada de decisões.
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Para Castro e Abreu (2006), é nesse momento, que a convicção a respeito do ambiente
competitivo, tende a predominar no processo decisório, podendo levar, inclusive, a uma
redução na importância que os gerentes atribuem a determinadas informações que vêm do
ambiente.
O autor também defende a ideia de que o mesmo pode ocorrer também nas
organizações que já atingiram a plenitude do desenvolvimento, desta vez, devido ao elevado
nível de certeza que os tomadores de decisão passam a apresentar em virtude da convicção de
que têm controle sobre o mesmo ambiente. Castro e Abreu(2006). Assim, nessa segunda fase
de acordo com o autor, o que pode interferir no ciclo de vida das Empresas, seria o seu
elevado padrão de confiança e segurança, podendo também levar a organização a reduzir seu
nível de atenção em relação ao ambiente que a cerca.
GRÁFICO 1 Relação entre o risco de ocorrência dos pontos cegos e o ciclo de vida da
organização
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Fazendo uma análise, o aspecto que Castro e Abreu (2006), deseja enfatizar é que a
maneira como a inteligência competitiva interfere no processo decisório de uma organização
parece variar em função do estágio em que organização se encontra em seu ciclo de vida.
Segundo o autor, no estágio inicial das operações, o foco da área de IC deve ser no sentido de
diminuir o nível de incerteza que uma organização tem a respeito do ambiente competitivo. Já
na fase mais madura, a IC deve se preocupar em questionar as posições que a organização
conquistou perante o ambiente, evitando que entre na fase de envelhecimento.
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Os autores defendem que, gerir a inovação envolve não só o processo em si, mas o
planejamento e adoção de metas, formação de equipes específicas e mobilização de toda a
empresa em prol da inovação, avaliações contínuas do desempenho e gestão do conhecimento
e aprendizado. Além disso, é necessário definir indicadores para avaliação e monitoramento
dos resultados para verificar as melhorias necessárias.
Assim, para Pacheco et al. (2013), o processo de gestão da inovação não deve
burocratizar ou engessar seus processos, bem como não deve onerar custos de modo que não
encareça ou ainda os torne mais complexos, e por fim não desloque os colaboradores de suas
atividades principais (em razão do baixo número de colaboradores envolvidos com as
atividades administrativas).
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Segundo Hoffmann e Chemalle (2013), essas relações são voltadas para parcerias com
universidades, entidades de classe e governo. Onde, nos casos estudados pelo autores, existe
cooperação entre os elos da cadeia produtiva, embora de forma informal, com troca de
informações entre as empresas. Segundo os autores, as principais solicitações feitas pelas
empresas junto às instituições ou entidades são, apoio no desenvolvimentos de projetos junto
a agencias de fomento estadual e federal, mas a ausência de investimentos e incentivos por
parte dos governos, ou ainda a falta de conhecimento das MPE´s dos recursos, programas ou
projetos existentes acabam levando a buscarem parcerias com outras empresas do mesmo
ramo e porte de atuação.
Essa afirmativa é compartilhada por Chesbrough, 2012 apud Dacorso e Silva (2013),
visto que, uma das opções buscadas pelas micro e pequenas empresas tem sido a expansão
dos relacionamentos por meio de parcerias com outras empresas para facilitar as transações
econômicas, como compra e venda de tecnologia, por exemplo; desenvolvimento de projetos
através de vínculo com universidades e centros de pesquisa, a fim de buscar conhecimento e
inovações que lhes permitam crescer; fortalecimento das relações com clientes e
fornecedores, transformando-os em parceiros do negócio; além da utilização de outras
informações externas.
Dessa forma, é possível afirmar que a formação de parcerias surge como uma
alternativa para que micro e pequenas empresas se tornem competitivas no mercado,
permitindo reduzir custos considerados exorbitantes para a realidade das MPE´s.
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Serpe (2014), também afirma que o fortalecimento das organizações, em nível local,
pode se desenvolver a partir da inovação, por meio da valorização dos recursos locais e da
aplicação de inovações. Assim, segundo Serpe (2014), esta se torna uma estratégia que
permite o acesso a novos mercados, facilitando a adaptabilidade das organizações ao ambiente
instável em que estão inseridas. Esta flexibilidade aumenta quanto menor o porte das
organizações, uma vez que podem implantar mudanças radicais de maneira mais rápida.
Cavalcanti et al. (2012), afirmam ainda que, é necessário também buscar novos
produtos e processo para identificar formas de financiar as empresas em processo de sua
consolidação no mercado, buscando-se expandir dimensões que ainda não estejam no padrão
desejado eliminando barreiras principalmente financeiras. Assim, podemos afirmar que as
MPE´s se bem organizadas utilizando a formação de redes de parcerias possuem mais
facilidade para implantação e uso da IC para gestão e melhoria dos seus processos.
CONCLUSÕES
Ainda a partir da literatura consultada foi possível constatar que as MPE´s ainda são
dependentes da disponibilidade de ferramentas que por vezes oneram seus custos no que se
refere a recursos humanos e tecnológicos que não estão disponíveis devido seu tamanho.
Entretanto, estas podem agrupar-se e implementar estratégias de inovação aberta buscando
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Assim, concluímos que as MPEs precisam não somente tomar conhecimento das
ferramentas para implementação da IC, mas estarem dispostas a buscar parcerias e correr os
riscos necessários para melhoria dos seus processos e assim conseguirem se manter no
mercado em condições de competirem com suas concorrentes.
BIBLIOGRAFIAS
DACORSO, ALR., SILVA, G. Inovação aberta como uma vantagem competitiva para a
micro e pequena empresa- Revista de Administração e Inovação, São Paulo, v. 10, n.3,
p.251-268, jul ./set . 2013.
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