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Valdemiro José Marcelo Cumpe

CONTABILIDADE ANALÍTICA E GESTÃO ORÇAMENTAL

Nampula, Julho de 2019


Valdemiro José Marcelo Cumpe

CONTABILIDADE ANALÍTICA E GESTÃO ORÇAMENTAL

Nampula, Julho de 2019


Índice
CAPÍTULO I ............................................................................................................................... 2
1.1 Contextualização ................................................................................................................... 2
1.2 Objectivos do trabalho ........................................................................................................... 2
1.2.1 Objectivo geral: .................................................................................................................. 2
1.2.2 Objectivos específicos: ................................................................................................... 2
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................... 3
2.1 Considerações Gerais ............................................................................................................ 3
2.1.1 Definição de Contabilidade Analítica ............................................................................. 3
2.2 Objetivos da Contabilidade Analítica .................................................................................... 3
2.3 Funções dos Bancos .............................................................................................................. 4
Evolução histórica das funções dos bancos comerciais ........................................................... 4
2.3.1 Intermediação Bancária .................................................................................................. 6
2.3.2 Gestão de meios de pagamento ....................................................................................... 6
2.3.3 Atividade Financeira ....................................................................................................... 7
2.3.4 Actividades Diversas ...................................................................................................... 8
2.4 Áreas de Analise de Resultados ............................................................................................ 8
2.5 Eixos de Análise .................................................................................................................. 10
2.5.1 Centros de Responsabilidade ........................................................................................ 10
2.5.2 Produtos e Serviços ....................................................................................................... 13
2.5.2.1 Depósitos ................................................................................................................ 14
2.5.2.2 Crédito .................................................................................................................... 15
2.5.2.3 Cartões .................................................................................................................... 16
2.5.3 Clientes ......................................................................................................................... 17
2.5.3.1 Sector não financeiro ............................................................................................. 17
2.5.3.2 Sector Administrações Públicas ............................................................................. 18
2.5.3.3 Sector financeiro .................................................................................................... 18
2.6 Custos na actividade bancária ............................................................................................. 18
2.6.1 Considerações gerais..................................................................................................... 18
2.6.2 Custos Operacionais e Custos de Estrutura .................................................................. 20
2.6.3 Custos Fixos e Custos Variáveis ................................................................................... 21
2.6.4 Custos Marginais .......................................................................................................... 22
CAPÍTULO III: METODOLOGIA .......................................................................................... 23
3.1 Tipo de Pesquisa .............................................................................................................. 23
CAPÍTULO IV: Considerações Finais ...................................................................................... 24
Bibliografia ................................................................................................................................ 25
CAPÍTULO I

1.1 Contextualização

A contabilidade analítica, que começou por ser aplicada em empresas industriais de grande
porte, assume se presentemente, como um instrumento relevante para a gestão de qualquer
organização, seja esta privada ou pública, financeira ou não financeira, quer seja grande ou de
reduzida dimensão.

Na realidade, a sua função principal é de fornecer elementos sobre a actividade desenvolvida


pela organização relativamente a centros de responsabilidade, a produtos e a clientes, a fim de
que a gestão possa analisar a sua rendibilidade e produtividade, acompanhar o grau de
realização dos objectivos estabelecidos e, pontualmente, tomar as medidas mais adequadas
para atingir os objectivos estabelecidos.

Segundo pesquisas feitas por vários modernos, uma das principais formas de moderna riqueza,
um dos principais bens do património de um sujeito, são os créditos sobre os bancos: saldos de
contas à ordem ou créditos de depósitos a prazo – elementos estes que dentro da conjuntura
financeira da actividade bancária possuem custos, que variam em função da natureza da
operação, e a contabilidade analítica sendo de analise de custos e proveitos de uma
organização, apura vários tipos de custos (fixos e variáveis, directos e indirectos, operacionais
e de estrutura).

1.2 Objectivos do trabalho

1.2.1 Objectivo geral:

✓ Caracterizar a actividade bancária na perpectiva de custos.

1.2.2 Objectivos específicos:

✓ Descrever as principais funções dos bancos e as respectivas áreas de analise de


resultados;

✓ Descrever os principais eixos de análise e os principais custos no sector bancário.


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CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA

Este capítulo, fundamenta teoricamente a pesquisa, é neste capitulo que se expõe as diversas
abordagens e teorias atinentes ao tema em estudo.

2.1 Considerações Gerais

2.1.1 Definição de Contabilidade Analítica

A contabilidade é a técnica de registo dos factos patrimoniais e extrapatrimoniais ocorridos


dentro de uma organização, que pode ser uma instituição privada ou publica, de grande ou
reduzida dimensão, do setor económico. (CAIADO, 2015, p.414).

Esta definição refere-se, na visão do autor, à contabilidade geral, também designada por
contabilidade financeira ou contabilidade externa, a qual tem por objeto o controlo das
relações da organização com terceiros, a relevação dos seus factos patrimoniais e
extrapatrimoniais e o apuramento do resultado global.

Para o efeito, a contabilidade geral utiliza contas apropriadas e estruturadas segundo uma
determinada ordem e de acordo com determinadas regras, princípios e critérios contabilísticos,
estabelecidos pelas entidades competentes nacionais e internacionais e contantes dos
respetivos planos de contas.

Por sua vez, no entender de CAIADO (2015, p. 414) a contabilidade analítica, a contabilidade
interna ou a contabilidade industrial, tem por objeto o registo dos proveitos e dos custos
relativos aos produtos produzidos, aos clientes compradores e aos departamentos
intervenientes na realização das correspondentes operações.

2.2 Objetivos da Contabilidade Analítica

Segundo CAIADO (2015, 415), o principal objetivo da contabilidade analítica é fornecer aos
responsáveis de qualquer organização os dados significativos e qualificados que lhes
permitam:
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✓ Analisar os elementos constitutivos das diferentes atividades e dos resultados que


geram durante um determinado período, por centros de lucro, por produtos e por
clientes;

✓ Orientar todas as ações visando uma maior eficácia na fixação de objetivos;

✓ Seguir e controlar as realizações;

✓ Seguir e controlar as atividades relativas aa produção;

✓ Ajudar a estabelecer o pricing aos clientes.

Mas a contabilidade analítica tem também outros objetivos importantes, como é o caso da
responsabilização e da motivação dos gestores e seus colaboradores.

No que se refere aa responsabilização, o autor salienta que, o processo produtivo da


organização, assiste-se à fixação de metas a atingir por cada grupo de trabalho responsável, aa
realização das tarefas necessárias e ao respetivo controlo.

Concomitantemente, os gestores podem avaliar com maior rigor e racionalidade os resultados


alcançados pelos vários grupos de trabalho.

Outro objetivo relevante, ainda na visão de CAIADO, é a motivação do pessoal. Sabendo os


gestores e seus colaboradores que as performances obtidas na realização das metas que lhes
foram traçadas dependem em grande parte do seu esforço de envolvimento ao processo
produtivo, as suas motivações centram-se ao cumprimento das tarefas para atingir essas metas
dentro do timing estabelecido.

2.3 Funções dos Bancos

Evolução histórica das funções dos bancos comerciais

A origem dos bancos comerciais, bancos de troca ou bancos de depósito como também eram
chamados, está associada às atividades dos negociantes de moedas estrangeiras, os money
managers ou money changers (CRUMP, 1981, p.144), os quais se viram obrigados a manter
depósitos seguros e passaram, por isso, a chamar-se de banqueiros. Eles já eram conhecidos na
Grécia e na Roma Antigas. Floresceram também na China e em cidades do Oriente Médio,
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como Cairo e Damasco. Passando por um declínio durante a Idade Média, porque a concessão
de empréstimos entrava em choque com a objeção religiosa da usura, seu reflorescimento e
consolidação no Ocidente deu-se na Itália Renascentista, especialmente na cidade de Veneza,
donde passaram depois para as cidades de Amsterdam e Hamburgo. Gaibraith afirma que a
atividade bancária pertence aos italianos: "As casas bancárias de Veneza e Gênova são as
precursoras reconhecidas dos bancos comerciais modernos regulares" (GALBRAITH, 1983,
p.20).

De Cecco (1987) generaliza esse aspecto fundamental da atividade bancária ao afirmar que:

"Com o surgimento do banco moderno de depósito, contudo, o


privilégio monetário do soberano começou a ser partilhado com
o sistema bancário. (...) Os bancos, principalmente pelo fato de
que criam dinheiro, concedendo empréstimos a seus clientes,
começaram a competir com o soberano em uma das mais
cobiçadas e protegidas prerrogativas. (...) [Em virtude disso],
eles logo se tornaram economicamente mais importantes que o
próprio soberano" (DE CECCO, 1987, p.2).

Minsky (1986, p.223) coloca a especificidade dos bancos comerciais no fato de que "os seus
passivos constituem uma parte significativa da oferta de moeda". Assim, a especificidade da
função bancária não se encontra numa particularidade de comportamento microeconômico da
firma bancária, mas na lógica da criação monetária, onde os créditos fazem os depósitos. Na
mesma perspectiva de Minsky, para Aglietta (1995, p.37) a criação monetária é esse ato duplo
e indissolúvel pelo qual a decisão de emprestar não é a transferência de um depósito
preexistente, mas sim a formação de um novo depósito. O crédito que cria uma moeda nova é
o que permite ao gasto ser o motor da economia. A função bancária específica é de natureza
macroeconômica, e, de um ponto de vista macroeconômico, o investimento global não
pressupõe a poupança global, mas sim o crédito. Como lembrou Keynes, o investimento pode
ser travado pela falta de financiamento, mas nunca por falta de poupança.

Para CAIADO (2015, p.416) as operações realizadas pelas instituições bancarias podem ser
enquadradas, segundo o seu objeto, em quatro tipos distintos:

✓ Intermediação bancaria;

✓ Gestão de meios de pagamento;


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✓ Atividade financeira;

✓ Atividades diversas.

O autor descreve as funções nos seguintes moldes:

2.3.1 Intermediação Bancária

A intermediação bancária constitui a função tradicional dos bancos.

Trata-se da recolha de poupança que existe em excesso junto de diversos agentes económicos
e da concessão de crédito a várias entidades que dela carecem.

De facto, no passado, os ativos financeiros, ou de rendimento, dos bancos eram constituídos


essencialmente por crédito e os passivos financeiros por depósitos. Subtraindo aos
rendimentos oriundos do crédito os custos dos correspondentes depósitos resulta a margem
financeira ou margem de intermediação bancária.

2.3.2 Gestão de meios de pagamento

A gestão de meios de pagamento consiste na utilização de notas e moedas, cheques, letras,


cartões e outros meios monetários que permitem efetuar pagamentos entre os agentes
económicos que passam pela esfera das intimações bancárias.

Os cheques, que foram largamente utilizados no passado, foi a incluindo para liquidar
importâncias de valor reduzido, têm vindo a ser substituídos em grande parte pelas operações
de crédito em conta e pelos pagamentos através de cartões de débito e de crédito.

A grande novidade, no tocante a meios de pagamento, foi a introdução dos pagamentos


eletrónicos de produtos e serviços por meio das notas de caixas automáticos (CA) e de
terminais de pagamento automáticos (TPA) disponibilizados pelos bancos em todo o país.

As operações eletrónicas automáticas tiveram origem na criação pela SIBS (Sociedade


Interbancária de Serviços), em 1985, da rede partilhada MULTIBANCO, um sistema
integrado de CA e TPA de âmbito nacional que disponibiliza uma grande diversidade de
serviços por meio de terminais disseminados por todo o território nacional.
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Um caixa automático (CA) é um terminal de uma rede do sistema bancário que permite ao
cliente efetuar diversos tipos de operações em regime de suto serviço sem necessidades de se
deslocar aos balcões das instalações bancárias.

Os CA estão localizados no interior e no átrio ou sala das agências bancárias (terminais de


utilização privativa) e também no seu exterior e locais de grande afluência de publico
(terminais de utilização privada), funcionamento interruptamente, a não ser nalguns locais,
como por exemplo, nos centros comerciais que encerram em determinadas horas.

O terminal de pagamento automático (TPA) é um dispositivo de activação de cartões que


permitem realizar pagamentos por via eletrónica. Efectua a leitura do cartão para autorização
da operação e recolha dos elementos da transação para processamento. Possibilita ainda a
autenticação eletrónica da operação (digitação do código secreto) e emissão de talões com
informações sobre os dados da transação.

2.3.3 Atividade Financeira

Engloba a emissão, colocação, compra e venda de valores mobiliários, incluindo a tomada


firme em certos casos, nomeadamente quando a empresa emitente apresenta um bom ou
razoável rating. Os serviços bancários prestados aos clientes em operações de bolsa implicam
a cobrança das devidas comissões.

Tais valores mobiliários consistem basicamente de ações e obrigações.

As ações são títulos representativos do capital de uma sociedade anónima ou sociedade


comandita por ações, as quais dão direito a dividendos caso assim seja deliberado pela
assembleia-geral.

As obrigações são títulos representativos de empréstimos contraídos por uma empresa e dão
direito a um determinado rendimento com base na taxa de juro previamente fixada.

Presentemente, muitos agentes económicos prescindem de determinados serviços dos bancos,


e de outras instituições especializadas congéneres, como as bolsas de valores, dado que têm
possibilidade de fazer, eles próprios, tais operações a partir do escritório onde trabalham, ou
do seu domicílio, através da Internet.
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Paralelamente aos serviços prestados aos clientes no âmbito dos valores mobiliários, os bancos
também se envolvem na guarda destes títulos e outros e na cobrança dos seus rendimentos e
operações afins.

2.3.4 Actividades Diversas

Trata-se da mediação de contratos de seguros, aluguer de cofres, operações por conta própria e
serviços bancários diversos, que recentemente têm vindo a aumentar, em número e montante,
dando inclusivamente origem aa criação de empresas especializadas, como é o caso das
sociedades de leasing, de factoring, gestoras de participações sociais, gestoras de patrimónios
e gestoras de fundos de investimento.

Relativamente aa atuação dos bancos fora da função tradicional ou de intermediação bancária


ou financeira, há que salientar a função de desintermediação, ou seja, a prestação de serviços
bancários fora da sua esfera patrimonial.

2.4 Áreas de Analise de Resultados

O sistema de contabilidade analítica deve permitir analisar os resultados das instituições


bancárias nas áreas de atividade, rendibilidade e produtividade. (CAIADO, 2015, p.419)

CAIADO disserta ainda que, os resultados sobre a atividade e a rendibilidade podem ambos
ser analisados segundo os eixos produto, cliente e centro de responsabilidade, ao passo que os
resultados sobre a produtividade são apenas analisados segundo o eixo centro de
responsabilidade e, supletivamente, segundo o eixo produto.

Resultados Sobre a Atividade

A atividade de uma instituição bancária, traduzida em números e em tempos, pode ser definida
em relação a1:

✓ Um produto ou serviço, como sendo o número de operações bancárias necessárias para


transacionar este produto ou serviço.

1
CAIADO (2015, p. 419)
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✓ Um cliente, como sendo o número de operações efetuadas com este cliente qualquer
que seja a sede onde se tenham iniciado as operações.

✓ Um centro operacional, como sendo o número das operações tratadas por este centro.

Resultados Sobre a Rendibilidade

A rendibilidade, quantificada em unidades monetárias, definem-se em relação aos três vetores


atrás indicados, ou seja2:

✓ Um produto ou serviço, como sendo a diferença entre os proveitos e os custos das


operações bancárias efetuadas com este produto ou serviço no decurso do período em
análise.

✓ Um cliente, como sendo a diferença entre os proveitos e os respetivos custos das


operações bancárias realizadas durante um determinado período com esse cliente.

✓ Um centro de lucro, como sendo a soma das rendibilidades dos clientes, ou dos
produtos, deste centro no período em análise.

Resultados Sobre a Produtividade

A produtividade, que se enquadra marcamente no eixo centro de responsabilidade, podendo


também abranger o eixo produto, consiste em relacionar a atividade realizada por esse centro e
os meios utilizados para os efeitos (relação input/output).

A produtividade exprime-se em unidades físicas e em unidades monetárias.

Neste último caso, é necessário, em determinadas situações, calcular a produtividade real, em


vez da produtividade nominal ou contabilística, para corrigir os efeitos da erosão monetária.

No domínio bancário, assim como no setor financeiro, existem indicadores que traduzem os
resultados sobre a produtividade, alguns expressos em unidades físicas e outros em unidades
monetárias.

2
CAIADO (2015, p.419)
10

2.5 Eixos de Análise

Os eixos de análise de um sistema de contabilidade analítica ou contabilidade de custos, que


permitem analisar os contributos para a formação do resultado global dos bancos, são os
seguintes:3

✓ Centros de responsabilidade.

✓ Produtos e serviços.

✓ Clientes.

2.5.1 Centros de Responsabilidade

Todas as empresas bancárias estão organizadas com base em centros de responsabilidade, em


maior ou menor número, consoante as suas necessidades. Os centros de responsabilidade das
instituições bancárias têm características e estruturas orgânicas próprias.

2.5.1.1 Caraterísticas

Um centro de responsabilidade é todo o agrupamento orgânico que possui as seguintes


características:

✓ Tem objetivos que devem ser compatíveis com os objetivos gerais do banco a que
pertence (objetivos compatíveis entre si).

✓ Dispõe de um certo grau de autonomia para atingir os objetivos que lhe estão
atribuídos (autonomia).

✓ Possui um responsável bem identificado para exercer os poderes que lhe são delegados
(responsável).

✓ Desfruta de meios próprios para exercer a sua atividade (meios próprios).

✓ Tem um grau de independência razoável em relação aos outros centros de


responsabilidade (independência).

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CAIADO (2015, p.421)
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2.5.1.2 Estruturas Orgânicas Num Banco de Média Dimensão

A nomenclatura dos centros de responsabilidade varia de banco para banco, consoante a sua
dimensão e a diversidade e complexidade das operações realizadas.

Por exemplo, num banco de média dimensão, os departamentos de primeiro nível são
normalmente os seguintes: Direção de Crédito, Direção de Agências, Direção de Tesouraria e
Mercados; Direção Administrativa; Direção de Pessoal; Direção Financeira; Direção de
Participações; Direção de Informática; Direção de Auditoria; Direção Jurídica; Direção de
Controlo de Gestão – podendo existir outros em determinadas situações.

2.5.1.3 Estruturas Orgânicas em Grandes Bancos

Noutras situações, mormente em bancos de grande dimensão, o organograma estrutura-se da


seguinte forma:

✓ Banca de particulares (Direção do Crédito a particulares e Direção Comercial por


Regiões).

✓ Banca Comercial de Empresas (Direção do Crédito a Empresas e Direção Comercial


por Regiões).

✓ Banca Institucional (Bancos Correspondentes e Outras Empresas Financeiras e


Entidades Soberanas).

✓ Banca de Investimento (Fusões e Aquisições, Corporate Finance, Project Finance,


Mercado Primário, Mercado Secundário e Consultoria).

✓ Banca de Participações.

✓ Funções de Suporte (Pessoal, Marketing, Organização e Informática, Material e


Equipamento, Operações, Financeira, Crédito, Auditoria e Inspiração, Jurídica e
Contencioso).

Nalgumas instituições bancárias, o Departamento de Auditoria e Inspeção, o Departamento


Jurídico e o Departamento de Controlo de Gestão surgem no organograma como órgãos de
staff ou de apoio do conselho de Administração.
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Banca de Particulares

A Banca de particulares presta os mais variados serviços a clientes particulares, indivíduos e


famílias, da classe média e alta (private banking) e aos clientes em geral (retail banking).

Banca Comercial de Empresas

A presta serviços bancários a empresas privadas e públicas, pequenas, médias e de grande


dimensão, atendendo aa especificidade e variedade das suas necessidades.

É o caso da emissão de papel comercial, de empréstimos sindicados, de ofertas publicas de


aquisição ou venda (OPA ou OPV), do hot-money loan, de aplicações em bilhetes do Tesouro,
além de outros produtos e serviços, incluindo o crédito para fundo de maneio e o crédito para
investimento.

As grandes empresas por vezes são autonomizadas no organograma. Outros grupos financeiros
criam uma rede própria para este segmento de mercado, designada por wholesale banking. O
grupo das pequenas e médias empresas (PME) é integrado na rede a retalho, o que não obsta a
que nalguns casos sejam objeto de criação de um departamento próprio.

Banca Institucional

A Banca Institucional dirige-se aos segmentos de clientes bancos correspondentes e clientes


entidades soberanas, como o Estado, o Banco Mundial, o Banco Europeu de Investimento e
outras.

Banca de Investimento

A Banca de Investimento presta serviços ligados a alterações na estrutura e na propriedade dos


capitais das empresas clientes e ao investimento produtivo, sendo composta por divisões como
fusões e aquisições de empresas, corporate finance, project finance, mercado primário,
mercado secundário e consultoria.

O departamento de Fusões e Aquisição de Empresas atua a nível de fusões e aquisição de


organizações interessadas neste âmbito.

O Departamento de Corporate Finance exerce a sua ação no financiamento e cobertura de


riscos nas áreas comercial e cambial de empresas.
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O departamento de project finance procede aa avaliação da viabilidade de projetos de


investimento e do valor atual de empresas.

O Departamento de Mercado Primário faz a montagem, a organização e a colocação de


emissão de títulos e procede ao lançamento de empréstimos sindicados.

O Departamento de Mercado Secundário realiza as operações de privatização, OPA e OPV.

O Departamento de Consultoria presta ações de apoio nos mais variados domínios de


consultoria de empresas.

Departamento de Participações

O Departamento de Participações exerce a sua acção na área das participações detidas pelo
banco, quer com carácter duradoiro, quer destinadas a eventuais transacções.

Funções de Suporte

As Funções de Suporte compreendem que apoiam o funcionamento da instituição bancária,


como acontece com o Departamento Financeiro, o Departamento de Pessoal, o Departamento
Informático, o Departamento Administrativo, o Departamento Jurídico, o Departamento de
Contencioso, o Departamento de Organização e Informática, o Departamento de Controlo de
Gestão, o Departamento de Marketing e o Departamento de Relações Públicas.

2.5.2 Produtos e Serviços

Os variadíssimos produtos e serviços dos bancos, nas áreas do activo, passivo e


extrapatrimonial, são entre muitos outros, os seguintes:

✓ Contas de Poupança - Captação de poupança existente junto dos agentes económicos


segundo as várias modalidades;

✓ Crédito interbancário – aplicações de fundos excedentários nas empresas financeiras


com acesso aos mercados interbancários.

✓ Crédito à tesouraria e para outras finalidades – financiamento da tesouraria de


empresas e para outros fins’

✓ Cheques e Cartões – Satisfação de necessidades quanto a meios de pagamento.


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✓ Serviços de execução de ordens de bolsa – compras e vendas de títulos cotados na


bolsa de valores.

✓ Gestão de patrimónios – administração de patrimónios de pessoas e entidades


interessadas, normalmente quanto a investimentos mobiliários e imobiliários.

✓ Consultoria a empresas – serviços de consultoria a empresas em matérias de estrutura


de capital, de estratégia empresarial e de questões anexas e de fusão e compra de
empresas.

✓ Segurança de objectos de valor – guarda de valores, como documentos, joias, objectos


de arte, títulos e outros bens de reconhecida importância.

Para CAIADO (2015, p.427), no conjunto dos produtos disponibilizados pelo banco aos
clientes, destacam se, nomeadamente, os depósitos, o crédito e os cartões.

2.5.2.1 Depósitos

✓ Depósito a ordem – produto em que o cliente entrega a uma instituição monetária uma
quantia em dinheiro, ou outros valores por si realizáveis em dinheiro, obrigando se esta
a proceder à sua restituição imediata após a exigência do depositante.

✓ Depósito com pré-aviso - o reembolso é feito após o pré-aviso acordado entre as duas
partes contratantes, o depositante e a entidade depositária.

✓ Depósito a prazo – o reembolso faz-se após decorrido o prazo estabelecido no


respectivo contrato de depósito.

✓ Depósito à prazo não mobilizável antecipadamente – o reembolso não pode ser feito
antes de decorrido o prazo fixado no contrato de depósito.

✓ Depósitos constituído em regime especial – modalidades de depósito que estão sujeitos


a determinados regimes, como os existentes no âmbito da poupança e o deposito de
deficiente.

✓ Certificado de depósito – produto que consiste na emissão de um título, livremente


negociável, representativo de um depósito captado, transmissível por endosso
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expresso, sendo o respectivo prazo estabelecido estre os contratantes e os juros


liquidados e pagos mediante a sua apresentação.

2.5.2.2 Crédito

✓ Crédito à habitação – empréstimo concedido para a aquisição de habitação, cujo prazo


de reembolso pode atingir dezenas de anos, geralmente segundo uma txa de juro
relativamente baixa, mas que exige a hipoteca do imóvel, podendo a instituição
mutuante emitir obrigações hipotecárias.

✓ Crédito ao consumo – empréstimo concedido para o utente poder fazer compras


domésticas, nomeadamente electrodomésticos, aquisição de viatura própria e outros
bens de consumo, sendo objecto de taxas relativamente elevadas devido ao risco de
crédito.

✓ Crédito ao Investimento – empréstimo outorgado a empresas que se propõem realizar


investimentos em certas áreas, sobretudo fábricas, hotéis, clínicas, campos desportivos
e outros empreendimentos, normalmente com maturidades de médio e longo prazo.

✓ Crédito à tesouraria – crédito concedido para o apoio da tesouraria de empresas, que


tenham carências pontuais de fundos para poderem equilibrar a situação de liquidez no
dia a dia, incluindo as que têm uma actividade sazonal.

✓ Crédito por desconto de letra – crédito feito pela instituição de crédito, através de
apresentação de uma letra, cujo vencimento ocorre mais tarde, derivada de uma venda
de mercadorias a prazo a um cliente.

✓ Crédito em conta corrente – crédito aberto em nome de uma entidade, que está sujeito
a um determinado plafond, cobrando a instituição de crédito uma determinada
comissão de imobilização pela sua não utilização, alem dos juros devidos pelo
levantamento efectivo dos fundos até ao limite estabelecido no contrato.

✓ Crédito documentário – crédito concedido com base em documentos sobre operações,


designadamente de importação e exportação, em que o banco só paga ao exportador
após ter recebido os documentos comprovativos dessas operações.
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✓ Leasing mobiliário – crédito para a aquisição de bens de investimento em que a


sociedade mobiliária (locadora) adquire com reserva de propriedade bens, cujo uso
cede por contrato ao investidor, o locatário, contra o pagamento por partes de uma
determinada renda.

✓ Factoring – tomada por um intermediário financeiro, o factor, dos créditos a curto


prazo que os fornecedores de bens ou serviços (os aderentes ao contrato de factoring)
constituem sobre os seus clientes (devedores) no mercado, mediante o recebimento de
uma comissão.

2.5.2.3 Cartões

Nos finais do seculo passado, surgiram os cartões de débito e crédito, também designados por
dinheiro plástico, os quais estão a ocupar a marcada e progressivamente o papel de meios de
pagamento, a nível doméstico e internacional, substituindo com algumas vantagens as notas,
as moedas, e os cheques. As próprias transferências bancárias estão a sofrer a concorrência dos
cartões utilizados nas ATM (Autimatic Teller Machines).

Referem se em seguida alguns tipos de cartões4:

✓ Cartões de débito – proporciona vários serviços como o depósito e o levantamento,


consulta de saldos e movimentos da conta, a requisição de livros de cheques, o
pagamento de despesas domésticas, de contribuições e impostos e outros.

✓ Cartão de Crédito – geralmente também com características de cartão de débito, é um


meio de pagamento a crédito, que confere ao seu detentor, o direito de financiamento
para efectuar despesas de consumo dentro dos limites de crédito previamente
estabelecidos.

✓ Cartão de afinidade – emitido por supermercados, grandes lojas, empresas petrolíferas


de distribuição de gasolina e diesel, e outras empresas.

✓ Cartão de garantia – garante o pagamento de outros meios de pagamento, como, por


exemplo, eorocheques.

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CAIADO (2015, p.428)
17

✓ Cartão pré-pago – serve de meio de pagamento de importância, geralmente de valor


reduzido, depois de se ter pago previamente o montante neles contido, como é o caso
do cartão porta-moedas multibanco e do cartão porta moedas electrónico.

✓ Cartão com Chip electrónico – este cartão serve de identificação pessoal e de


armazenamento de informação diversa, podendo permitir o pagamento de compras, o
levantamento de dinheiro, o acesso a informação bancária. O pagamento de serviços, o
débito em contas de depósito, a obtenção de crédito e de serviços de consultoria.

2.5.3 Clientes

Os clientes, que praticam operações com as instituições bancárias, de forma permanente ou


ocasional, são objecto de classificação para efeitos das estatísticas monetárias e financeiras e
estatísticas das operações com o exterior.

Os clientes das Instituições bancárias são integradas nos seguintes sectores institucionais5:

✓ Sector não financeiro;


✓ Sector de administração públicas;
✓ Sector financeiro.

2.5.3.1 Sector não financeiro

O sector não financeiro corresponde as empresas não financeiras, os particulares e os


emigrantes. Os particulares englobam as famílias e as instituições sem fins lucrativos ao
serviço das famílias, como é o caso dos lares e das organizações desportivas.
Os grupos do sector não financeiro incluem:
✓ Empresas não financeiras – incluem as empresas cujas operações financeiras e de
distribuição são distintas das do seu proprietário e cuja actividade principal consiste na
produção de bens e serviços mercantis de natureza não financeira.
✓ Particulares – incluem as famílias (empregadores e os trabalhadores por conta própria
e outras famílias, como trabalhadores por conta de outrem, pensionistas, pessoas
hospitalizadas ou a viver em lares, beneficiários de rendimentos e membros de ordens
religiosas) e as instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias (organismos

5
CAIADO (2015, p.429)
18

privados sem fins lucrativos, como sindicatos, associações profissionais, associações


cientificas, partidos políticos, igrejas e associações religiosas, clubes culturais,
recreativos e desportivos, fundações, associações de consumidores, instituições de
caridade)
✓ Emigrantes – trata se de indivíduos que, de acordo com a lei, são considerados
emigrantes. Embora sejam não residentes, as suas aplicações no sistema monetário
interno são equiparadas às correspondentes aplicações dos residentes em território
nacional, sendo, nalguns casos, objecto de tratamento especial por parte das
instituições financeiras.

2.5.3.2 Sector Administrações Públicas

Este sector inclui a administração central, concretamente - Estado e fundos e serviços


autónomos, e o sector publico administrativo excepto a administração central (administração
regional, administração local e segurança social).

2.5.3.3 Sector financeiro

Inclui as instituições monetárias e as instituições financeiras não monetárias (outros


intermediários financeiros e auxiliares financeiros e companhias de seguros e fundos de
pensões).

2.6 Custos na actividade bancária

2.6.1 Considerações gerais

Apresentam – se de seguida, na óptica de CAIADO (2015, P.431), os conceitos de receitas e


despesas, recebimentos e pagamentos, proveito e custos, reditos e gastos.
19

Receita e Despesa

Fala se em receita quando nasce o direito de receber e em despesa quando nasce a obrigação
de pagar. A despesa realiza se em ordem a produzir alguma coisa de valor, esperando se obter
o respectivo valor de retorno, que constitui a receita.

Recebimento e Pagamento

Recebimento traduz a entrada na empresa de meios monetários para liquidar uma divida.
Pagamento significa a entrega pela empresa de meios monetários para liquidar uma obrigação.
A cobrança de uma divida é um recebimento e a sua liquidação constitui um pagamento.

Proveito e custo

Proveito é um elemento contabilístico que contribui positivamente para a formação do


resultado de um determinado período. Se esse elemento contribuir negativamente para a
formação do resultado chama se custo.

Réditos

Influxos brutos, durante o período contabilístico, de benefícios económicos obtidos no decurso


das actividades ordinárias de uma entidade, quando esses influxos resultem em aumentos de
capital próprio. O conceito de rédito é menos amplo do que de proveito, na medida em que
aquele tem de ser gerado internamente, enquanto o proveito pode não o ser, como é o caso dos
subsídios ao investimento, dos donativos, das contribuições dos participantes no capital e dos
excedentes de reavaliações.

Gastos

Utilização ou deperecimento de activos duma empresa e/ou a incorrência de passivos, ou a


combinação de ambas, resultantes da entrega ou produção de bens, da prestação de serviços ou
de outras actividades que constituem as principais operações em curso por uma empresa em
actividade.
20

2.6.2 Custos Operacionais e Custos de Estrutura

Custos Operacionais

Os custos operacionais, ou custos de transformação, são aqueles que são gerados pelos centros
de responsabilidade relacionados, directa ou indirectamente, com as operações realizadas para
obter os produtos e serviços. (CAIADO, 2015, p. 432)

No primeiro caso, custos relacionados directamente com as operações realizadas, os custos


designam se por custos directos. Quando os custos não estão associados directamente às
operações realizadas, sendo necessários proceder a imputação segundos critérios estabelecidos
pela gestão, denominam se custos indirectos.

Note se que os custos operacionais directos e indirectos, podem ser ventilados pelos três eixos
da contabilidade analítica: produtos, clientes e centros de responsabilidade.

Custos de Estrutura

Este tipo de custos, na perspectiva de CAIADO (2015, p. 433), também designado por
despesas gerais e de administração, é próprio dos centros de estrutura existentes para apoiar a
actividade a desenvolver pela instituição.
A nível departamental, os encargos do conselho de administração, da direção financeira, da
direção de pessoal, da direção de auditoria, da direção de controlo de gestão e da direção
jurídica constituem custos de estrutura. A sua imputação aos produtos, aos clientes e aos
centros operacionais e finalmente aos centros de lucro, obedece a determinados critérios, ou
chaves de repartição, que devem ser sancionados pela gestão cimeira na instituição.
(CAIADO, 2015, p. 433)

Formas de custeio

No âmbito da classificação desta classificação, custos operacionais e custos de estrutura,


surgem duas formas de custeio6:

✓ Custeio directo

6
CAIADO (2015, p. 433)
21

✓ Custeio total

No custeio directo, apenas são apurados os custos directamente ligados à produção e


distribuição do produto ou serviço. Portanto, nesse sistema não e fazem imputações indirectas
de custos aos custos de produtos ou de serviços. Após a dedução aos proveitos dos custos
directos dos produtos ou serviços, resta a margem financeira que, diminuída dos custos com o
pessoal e administrativos, amortizações, provisões e similares e impostos, conduz ao resultado
líquido.

No custeio total, são imputados aos produtos todos os custos directos e indirectos, incluindo as
despesas gerais e administrativas. Por conseguinte, o centro de lucro abarca todos os custos,
quer directos, quer indirectos, o mesmo acontecendo com qualquer produto transacionado.

2.6.3 Custos Fixos e Custos Variáveis

É importante referir que, nas empresas não existem rigorosamente, custos fixos e custos
variáveis. Nalgumas situações surgem abertamente os custos semi -variáveis, como é o caso
do vendedor de produtos que tem um salário fixo e outro variável que depende das vendas
realizadas. (CAIADO, 2015, p. 435)
Os custos fixos são aqueles que ocorrem mesmo que a actividade da empresa se mantenha
inactiva, isto é, sem nada produzir ou fazer. Logo, estes custos acarrectam diferentes preços
dos produtos, consoante a actividade desenvolvida. Se esta subir, diminui o custo unitário e, se
descer, aumenta o custo unitário. (CAIADO, 2015, p. 435)

Os custos variáveis são aqueles que variam com a actividade desenvolvida pela instituição,
quando não existe actividade estes custos também não existem.

O autor disserta ainda que os custos variáveis podem ser progressivos, degressivos ou
proporcionais, consoante o seu grau de variabilidade com a produção ou actividade seja
logicamente progressivo, degressivo ou proporcional à produção que a instituição realizou.
22

Quando os encargos variáveis e encargos fixos igualam o valor das vendas, relativamente a
um determinado produto, diz se que se atinge o ponto morto, ou seja, a situação em que não há
lucro, nem prejuízo.

Como em qualquer outra empresa com fins lucrativos, a partir do ponto morto, também
designado por ponto critico, todas as vendas facturadas a um preço superior ao custo variável
redundam em lucro para a empresa, uma vez que os encargos fixos já estão imputados, na sua
totalidade, à exploração. Como se compreende, isto apenas é valido dentro da capacidade
instalada da empresa. (CAIADO, 2015, p. 435)

2.6.4 Custos Marginais

Os custos marginais podem ser definidos como sendo os custos adicionais desencadeados pela
oferta adicional de um produto ou de uma operação suplementar relativamente a uma
programação fixada a prior de uma actividade. (CAIADO, 2015, p. 438)

O cálculo deste é útil para a tomada de decisão ao nível de um determinado centro de


responsabilidade.

Na linguagem económica, segundo CAIADO, o custo marginal é aquele que resulta da


produção de mais uma unidade em relação à capacidade instalada, o que implica,
normalmente, um agravamento do custo global e, por conseguinte, uma redução maior ou
menor de lucro, embora esta situação possa melhorar no futuro caso a procura registe
comportamento positivo.
23

CAPÍTULO III: METODOLOGIA

O presente capítulo ilustra a organização, os caminhos percorridos, para se realizar este


estudo. Etimologicamente metodologia significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos
utilizados para fazer uma pesquisa científica.

3.1 Tipo de Pesquisa

Quanto a forma de abordagem a pesquisa é qualitativa, isto porque os factores não são
puramente e unicamente direcionados a números, entretanto, podem ser tão importantes
quanto estimular números.

Quanto a sua natureza a pesquisa é aplicada, sendo que, objectiva gerar conhecimentos para
aplicação práctica dirigida a solução de problemas específicos, neste caso particular, gerar
conhecimentos direcionados ao sector bancário.

Do ponto de vista dos seus objectivos a pesquisa é descritiva, pois tem como objectivo
primordial descrever as características de determinado fenómeno.

Quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa é bibliográfica, pois a mesma foi elaborada a
partir de material já publicado sobre matérias relacionadas aos indicadores prudenciais.
24

CAPÍTULO IV: Considerações Finais

O estudo em alusão teve como propósito central caracterizar a actividade bancária na


perpectiva de custos. Refira se em princípio que, a contabilidade analítica começou por ser
aplicada em empresas industriais de grande porte, assume se presentemente, como um
instrumento relevante para a gestão de qualquer organização, seja esta privada ou pública,
financeira ou não financeira, quer seja grande ou de reduzida dimensão.

Os bancos comerciais, fiscalizados pelo Banco Central, desempenham hoje um papel vital
numa sociedade que é cada vez mais cashless, (seguramente para as transacções de maior
valor), e estas funções resumem se em: Intermediação bancaria; Gestão de meios de
pagamento; Atividade financeira; Atividades diversas.

Actualmente, os depósitos e outras operações bancárias constituem uma das principais fontes
de poupança para muitas famílias, o que permite dinamizar a actividade de captação de fundos
por parte das instituições de crédito e sua subsequente aplicação – este facto remeteu nos ao
estudo dos principais custos nesta actividade, visto estar a ganhar muito espaço nos dias de
hoje, o que de forma geral destacam se: custos fixos e variáveis, directos e indirectos, e os
custos marginais.

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Bibliografia

AGLIETTA, M. (1995). Macroéconomie financière. Paris: La Decouverte

CAIADO, Anibal Campos. (2015). Bancos – Normativos, Contabilidade e Gestão. 1ª. edição,
Edição silabo: Lisboa.

CRUMP, T. (1981). The phenomenon of money. London: Routiedge & Kegan Paul.

DE CECCO, M., ed. (1987). Changing money: financial innovation in developed countries.
New York: Basil Blackwell.

GALBRAITH, J. K. (1983). Moeda: de onde veio, para onde foi. São Paulo: Pioneira.

MINSKY, H. (1986). Stabilizing an unstable economy. New Haven : Yale University.

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