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Instituto Polivalente Edik Ramon - I.P.E.R.

Ensino Particular

Curso: Contabilidade e Gestão


11ª Classe
Disciplina: Contabilidade Financeira
Unidade: Existências

As existências são bens armazenáveis destinados a serem consumidos no processo produtivo


da empresa, ou a serem objecto de venda, há que distinguir existências das empresas comerciais
das existências das empresas industriais. Assim, da rubrica existências constam várias contas:

Compras - Lança-se nesta conta o custo das aquisições de matéria-prima e de bens para
provisionaveis destinados a consumo ou venda. São também lançadas, por contrapartida de
«fornecedores - Facturas em recepção e conferências», as compras cujas as facturas não tenham
chegado à empresa até essa data ou não tenham sido conferidas. Nela também devem ser
incluídas as despesas adicionais de compra. Eventualmente, estas podem passar pelas contas
de custos, devendo depois, para satisfazer os critérios de valorimetria, ser imputados`as contas
de existências respectivas, Esta conta saldará, em todas as circunstâncias, por débito das contas
de existências.

Mercadorias - bens adquiridos pela empresa com destino à venda, desde que não sejam objecto
de trabalho posterior de natureza industrial. Por outras palavras, adquirem-se com a finalidade
de os tornar a vender, não sofrendo, qualquer tipo de transformação de fundo.

Produtos acabados e intermédios - Inclui os principais bens provenientes da actividade


produtiva da empresa, assim como os que possam ser objecto de venda, embora normalmente
reentrem no fabrico. Por outras palavras, trata de bens que resultam do processo produtivo e
que se encontram aptos a serem vendidos.

Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos - Bens de natureza secundária proveniente da


actividade produtiva e obtidos simultaneamente com os principais. Diz respeito a produtos
secundários, resultantes do processo produtivo, geralmente com um valor comercial baixo,
nulo ou, mesmo negativo.

Produtos e trabalhos em custos - São os que se encontram em fabricação ou em produção,


não estando em condições de serem armazenados ou vendidos. Inclui também os custos de
campanhas em curso. corresponde aos bens que se encontram numa determinada fase do
processo de fabrico
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo - Matérias-primas são bens que se destinam a
ser incorporados normalmente nos produtos finais; matérias-subsidiárias são bens necessários
à produção que não se incorporam materialmente nos produtos finais; embalagens de consumo
são bens envolventes ou recipientes das mercadorias ou produtos indispensáveis ao seu
acondicionamento e transação.

Adiantamentos por conta de compras - Regista as entregas monetárias, feitas pela empresa,
relativas a compras futuras, cujo preço esteja previamente fixado. Pela recepção da factura,
estas verbas devem ser transferidas para as respectivas contas de <fornecedores- correntes>.

Provisão para depreciação de existências - Serve para registar as estimativas dos riscos
associados à comercialização dos bens (mercadorias ou produtos), isto é, quando os respectivos
custos de aquisição ou de produção são seguramente superiores aos preços de venda; neste caso
a empresa pode constituir uma provisão no montante de estimativa do prejuízo que vai suportar
quando os valores.

Com o estudo das contas relativas às existências pretende-se alcançar quatro objetivos
essenciais:
● Determinar o valor das existências em armazém;
● Calcular o custo das existências vendidas ou consumidas em determinado período;
● Apurar o resultado obtido com as transações efetuadas pela empresa com as suas
existências;
● Fornecer informações precisas com vista a uma correcta e necessária "Gestão de Stock”

O tratamento do tema de existências por parte das empresas pode ser feito de acordo com os
dois métodos de registo (método de inventário permanente e método de inventário
intermitente ou periódico).

MÉTODO DE INVENTÁRIO PERMANENTE

Este método apresenta as seguintes características fundamentais:

● Dá-nos a conhecer a margem bruta obtida pela empresa após cada operação de venda,
pois, ao mesmo tempo que se regista o proveito resultante de cada venda, regista-se
igualmente o custo suportado com a entrega da mercadoria. Cada operação de venda dá
lugar a dois registros simultâneos, um pelo proveito e outro pelo custos das mercadorias
vendidas. E dessa característica que lhe advém o nome de inventário permanente, pois
conseguimos saber permanentemente qual o resultado bruto que a empresa vai obtendo
com as suas vendas.

● O saldo final apresentado pela conta mercadorias é representado pelo valor das
existências que a empresa tem em armazém. Isto é possível porque as entradas em
armazém foram sempre registadas ao preço de custo, e as saídas para venda igualmente
a preços de custos. Desta forma, o saldo final é igual ao valor da existência em armazém
avaliada a preço de custo.

● O valor acumulado do custo da mercadoria, que é vendida durante o exercício, é


obtido a partir do saldo apresentado pela conta de custo das existências vendidas.

● O resultado bruto do exercício obtém-se pela diferença entre os saldos das contas de
vendas e custo das existências vendidas, após a sua transferência para a conta de
resultados operacionais. No final do exercício, aquelas duas contas encontram-se
saldadas.

● A conta de compras é transitória. No fim do exercício, encontram-se saldadas, uma


vez que os valores nela registados são transferidos para a conta de Mercadorias, compra
a compra, após o apuramento do custo de entrada em armazém do lote adquirido. Dá-
nos a conhecer o valor das compras efetuadas pela empresa em determinado período, a
preço de custo.

Esquematicamente (empresa comercial):

MÉTODO DE INVENTÁRIO INTERMITENTE OU PERIÓDICO

A maioria das empresas não utiliza o método de inventário permanente para registo das
operações relacionadas com a compra e venda de bens, que são objecto fundamental da sua
actividade. Isto acontece por duas ordens de razões:

● As empresas não têm as suas estruturas adaptadas para tal;

● As empresas não têm possibilidades de adoptar tal método de registo mesmo que
desejassem. Então neste caso, por exemplo as drogarias. O leitor já imaginou o que seria, neste
tipo de empresas, apurar o preço de custo simultaneamente com a venda, por exemplo, de 3
metros de corda, 1 litro de petróleo, 500 gramas de cera ou uma barra de sabão?

Assim, sendo impossível ou inadequada a utilização do método de inventário permanente em


certas empresas, estas tiveram de adoptar outro processo de registo que substituísse o método
de inventário permanente.

Quando a empresa utiliza o Sistema de Inventário Intermitente ou Penódico, não existe a


possibilidade de se saber, em qualquer momento, quer o valor das existências em armazém,
quer o custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas. Consequentemente, também
se desconhece o lucro obtido em cada venda. Tal acontece porque durante o exercício
económico:

• O saldo da conta Compras não é transferido para a conta Mercadorias;

• As vendas são registadas unicamente pelo preço de venda, isto é, só se releva o proveito
da venda, mas não o seu custo;

• O Custo das Mercadorias Vendidas no exercício apenas é registado no final do ano,


após ser determinado extra-contabilisticamente. Deste modo, só no final do ano se
saberá qual o valor do Resultado Operacional Bruto.

Como estas empresas só apuram o custo das mercadorias vendidas no final do período e não
após cada venda, diz-se que utilizam para registo das operações relacionadas com a
compra e venda de existências o Método de inventário Periódico, expressão que resulta
precisamente do facto de só, período a período, procederem ao inventário físico e
valoração das suas existências em armazém.

Portanto, ao longo do exercício económico, na conta Mercadorias, apenas se encontra registado


o valor da existência inicial sendo, por isso, necessário no final do ano:

• Transferir o saldo da conta Compras para a conta Mercadorias;

• Fazer a inventariação directa das existências por forma a determinar o valor da


existència final;

• Determinar o valor do Custo das Mercadorias Vendidas no período, recorrendo à


expressão:
CMV = EI + C - EF
ONDE:
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
EI = Existência inicial
CMP = Compras líquidas
Ef = Existência Final (valor apurado pela inventariação directa)

• Registar o Custo das Existências Vendidas e apurar a Margem Bruta das Vendas ou
Resultado Operacional Bruto.

Em resumo: Como atrás se viu, a maior parte das empresas não utiliza o Método de Inventário
Permanente para registo das operações relacionadas com a compra e venda de bens, que são
objecto fundamental da sua actividade. Assim, sendo impossível ou inadequada a utilização do
método de inventário permanente em certas empresas, estas tiveram de adoptar o sistema do
inventário periódico.

COMPRAS

Para poderem desenvolver a sua actividade, as empresas de natureza comercial e industrial


necessitam de realizar um conjunto de despesas de consumo, consubstanciado na aquisição de
diversos bens e serviços.

O conceito de compra pode ser entendido num sentido amplo ou num sentido restrito. Assim,
falamos de compras em sentido amplo quando as compras se realizam de forma indiscriminada.
Exemplos de compras em sentido amplo:
● Compras de mercadorias;
● Compras de matérias subsidiárias;
● Compras de embalagens;
● Compras de bens destinados ao imobilizado (terrenos, edifícios, máquinas,
ferramentas, mobiliário para escritório, computadores, programas informáticos,
acções, obrigações, etc.)
● Compras de material de escritório;
● Compras de publicidade e propaganda;
● compras de estampilhas fiscais, etc.

No entanto, quando nos queremos referir às compras em sentido restrito, relacionamo-las


com as aquisições de mercadorias (empresas comerciais) ou com as aquisições de matérias-
primas e subsidiárias (em empresas industriais). É nesta acepção que vamos tratar.

Contabilização

● A conta «Compras», no sentido de possibilitar o conhecimento claro e preciso do valor


dos vários tipos de bens comprados, deve ser dividida em subcontas de acordo com a
natureza dos bens adquiridos (mercadorias, matérias-primas, subsidiárias e de consumo
e a respectiva proveniência);
● As compras podem ser realizadas a pronto pagamento ou a prazo, resultando deste facto
o seguinte: as primeiras dão origem a uma saída de dinheiro (da «Caixa» ou dos
«Depósitos à ordem») e as segundas À contracção de uma dívida pela empresa, perante
os seus «Fornecedores»;

● As compras devem ser registadas ao custo de aquisição ou preço de custo, isto é, a


empresa deverá registar o preço de compra dos bens (deduzido dos descontos e
abatimentos de natureza comercial), e adicionar as despesas inerentes À compra,
derivadas dos transportes, fretes, seguros, direitos aduaneiros, etc.

● A factura ou factura/ recibo contém todos os elementos referentes à compra. Como se


disse, ao fazer uma compra, a empresa terá de registar o preço de compras dos bens,
adicionado das despesas inerentes à compra (frete, seguro, direitos alfandegários) e
diminuído dos descontos de natureza comercial. Portanto, as compras são registadas
pelo seu custo de aquisição que será igual ao valor da factura, no caso de esta conter
todos os elementos relativos à compra.

Custo de aquisição = Preço de compra - Descontos e abatimentos de natureza comercial


+ Despesas de compra
Custo de aquisição = Valor da factura

Descontos em compras

Os «descontos» materializam -se em reduções no preço base dos bens e serviços. Concedidos
pelo vendedor, têm como objectivo cativar, premiar ou compensar o cliente, com vista à
maximização das vendas.

De acordo com a sua natureza, classificamos os descontos em compras: descontos comerciais


e descontos financeiros

Descontos comerciais – estão relacionados com a quantidade e qualidade dos bens


transacionados. Exemplos:

● Desconto de revenda;
● Abatimento (qualidade);
● Bónus
● Bom preço;
● Rappel.

Os descontos e abatimentos de natureza comercial não incluídas na factura podem revestir


a forma de:

● Descontos de revenda – feitos pelos produtores aos armazenistas ou por estes aos
retalhistas;
● Bónus de qualidade – concedidos porque o cliente ultrapassou um determinado volume
de compras;
● Abatimentos acidentais – resultantes de atrasos ou de má qualidade do bem entregue.

A conta onde se registam os descontos e abatimentos desta natureza é Descontos e Abatimentos


em Compras, que é uma conta divisionária da conta Compras.
Os descontos referidos anteriormente são contabilizados através de Nota de crédito recebida
dos fornecedores.

D 21.8 Desc. abatimentos em compra C D 32.1 Fornecedores correntes C

Nota de crédito do fornecedor

Descontos e abatimentos comerciais

Descontos financeiros - relacionam-se com o pagamento da mercadoria. Exemplos:

● Pronto pagamento - obtido quando o pagamento se realiza até oito dias após a entrega;
● Antecipação de pagamento - se o comprador pagar o valor da factura antes do prazo ou
data acordados.

A distinção entre este tipo de desconto face aos anteriores, reside no facto de não diminuírem
o custo de aquisição das existências, sendo considerados um proveito financeiro e, como tal,
registados a crédito na conta Proveitos e ganhos financeiros gerais, mais propriamente na
respectiva subconta Descontos de pronto pagamento obtidos.

Estes descontos podem estar incluídos na factura/ recibo (na medida em que não têm cabimento
numa compra a prazo) ou numa Nota de Crédito, quando concebidos, pelo fornecedor, em data
posterior.

Neste sentido, podemos ter as seguintes situações:

a. Descontos de pronto pagamento

Quando, na factura/ recibo relativa a uma compra, consta um desconto de pronto pagamento,
deve debitar- se a conta Compras pelo valor da mercadoria adquirida e creditar -se a conta
Caixa/ Depósito à ordem pelo valor líquido da factura e, em simultâneo, a subconta Descontos
de pronto pagamento obtidos, pelo valor do desconto.

b. Descontos por antecipação de pagamento

Este tipo de desconto implica a emissão de uma Nota de crédito pelo fornecedor.
Com este documento, o comprador debita a conta Fornecedores – Correntes pelo total da Nota
de crédito e credita a conta Descontos de pronto pagamento obtidos pelo valor do desconto.

D 66.3 Desc. a pronto pag. obtido C D 32.1 Fornecedores correntes C

Nota de crédito do fornecedor

Desconto financeiro

De seguida, é emitido o recibo relativo ao pagamento do valor em débito após o desconto.

D Caixa/ Depósito à ordem C D 32.1 Fornecedores correntes C

Recibo do fornecedor

Valor da dívida

Devoluções de compras

Quando chegam à empresa, as existências enviadas pelo fornecedor são objecto de recepção e
controlo de qualidade. Caso não se encontrem em boas condições ou de acordo com a
encomenda realizada, serão devolvidas total ou parcialmente à origem, dando origem à
emissão, por parte do fornecedor, de uma Nota de Crédito, com a discriminação das existencias
devolvidas e respectivo valor.

Contabilisticamente:

● A nota de Crédito é registada pelo total, a débito, numa conta divisionária de


Fornecedores – correntes porque traduz uma diminuição da dívida ao fornecedor;

● O valor das existências devolvidas é registado, a crédito da conta Compras, na subconta


Devolução de compras, na medida em que existe uma redução ao valor das compras.

D 21.7 Devoluções de compras C D 32.1 Fornecedores correntes C

Nota de crédito do fornecedor

Devoluções de compras
Nota: Uma vez que estamos a utilizar o método de inventário permanente, o saldo da conta
compras, que representa o custo de aquisição, deverá ser transferido para a conta de
Mercadorias (no caso de se tratar da compra de mercadorias).

AS VENDAS E AS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS


As empresas podem desenvolver as mais variadas actividades. Enquanto que as empresas
comerciais vendem aos seus clientes mercadorias, isto é, bens que adquiriram anteriormente
não lhes incutindo qualquer transformação, as empresas industriais vendem produtos acabados
e intermédios, sub-produtos, desperdícios, resíduos e refugos por elas produzidos ou
transformados a partir das matérias-primas e subsidiárias antecipadamente adquiridas. Por
outro lado, existem empresas que não se dedicam à venda de bens, mas somente à prestação de
serviços aos seus clientes.
Contudo, salienta-se que é frequente as empresas comerciais e industriais presta- rem serviços
aos seus clientes, tais como o transporte dos bens vendidos, a assistência técnica, etc.
As vendas e prestações de serviços representam os «proveitos» mais importantes para as
empresas, na medida em que é a partir deles que se geram os meios monetários necessários
para fazer face às despesas correntes. Para o seu registo, utilizaram-se as seguintes contas:
Vendas e Prestações de serviços.
Na conta «Vendas», deve ser utilizada a subconta adequada de acordo com a natureza dos bens
vendidos e subdividida por mercados de destino.

De igual modo, a conta de «Prestações de serviços», deve ser dividida em subcontas criadas
para o efeito, em conformidade com os tipos de serviços prestados;
Os proveitos resultantes das vendas e prestações de serviços são registados a crédito na
respectiva subconta, pelo seu valor líquido, isto é, a diferença entre o valor bruto da venda ou
da prestação do serviço e o dos descontos e abatimentos de natureza comercial concedidos aos
clientes;
Tal como nas compras é a factura o documento básico que permite efectuar o registo
contabilistico das vendas efectuadas pela empresa aos seus clientes;
Da factura de venda podem ou não constar todos os elementos que permitem determinar o valor
final de proveito obtido pela empresa com a venda.

Contabilização do proveito da venda


O proveito da venda é igual ao valor liquido da factura.
Valor bruto da venda. X
Descontos de natureza comercial. -Y
Valor líquido da factura. Z
Como facilmente se percebe, quando a empresa procede à venda das suas existências aos
clientes, pretende obter um ganho com a operação, isto é, receber por elas um valor superior
ao respectivo custo de aquisição ou de produção.

Despesas de venda
No âmbito de uma operação de venda é usual ocorrerem determinadas despesas como o
transporte, o seguro, os direitos alfandegários, etc. No entanto, é necessário analisar se as
mesmas correm por conta do comprador ou por conta do vendedor.
Desta forma, no que concerne a despesas como transporte teremos:
a. As despesas suportadas são por conta do cliente
Quando tal acontece podem verificar-se duas situações:
• Os bens são transportados por uma terceira empresa. Neste caso, o cliente é debitado
pelo valor das despesas pagas pelo vendedor. Assim, este débito deve ser registado na
factura a enviar ao cliente, se esta ainda não foi emitida, ou numa nota de débito, se a
factura já tiver sido emitida.
Exemplo: Pagou-se, em 20/01/n, o Recibo n° 201 de «A Transportadora Ango-lana, SA», no
valor de 10 000 Kz relativo ao transporte da mercadoria Alfa.
Como estas despesas são de conta do cliente, emitiu-se, em 25/01/n, a Nota de débito n° 92/n,
relativa às despesas atrás indicadas.
Pagamento à transportadora Angola, SA

Caixa Fornecimento e serviço de terceiros

Caixa A Transporte de mercadorias

10.000 Recibo da transportadora


10.000
Valor de serviço

Nota de débito enviada ao cliente

Outros proveitos operacionais


Clientes
Outros proveitos e ganhos
operacionais Clientes - correntes
Nota de débito para o cliente
10.000 10.000
Valor de serviço
• Os bens são transportados pela própria empresa vendedora. Caso o transporte e o
respectivo seguro não seja incluído na Factura, ter-se-á de enviar ao cliente uma Nota
de débito.
O registo contabilístico a efectuar nesta situação será:

Prestação de serviços Clientes

Serviços secundários Clientes - correntes

Nota de débito para o cliente

Valor do transporte

b. As despesas são de conta do vendedor:


Credita a conta Cixa ou depósito à Ordem (respectiva subconta), e debita a conta
Fornecimentos e Serviços de Terceiros (Transporte de mercadoeias, Seguros).

Descontos em vendas
O estudo dos descontos ocorridos nas vendas podem revestir a forma de descontos comerciais
e financeiros.
a. Descontos comerciais
No caso de o desconto estar incluído na Factura/recibo, o valor do desconto será contabilizado
imediatamente, pelo que a subconta relativa às vendas evidenciará o valor líquido;
Quando o desconto é concedido após a emissão da Factura, torna-se necessário emitir uma
Nota de Crédito, dando origem aos seguintes registos:
• O valor dos descontos e abatimentos são registados a débito da sub-conta; Descontos
e abatimentos em vendas, indicando deste modo a redução do valor inicial da venda;
• Em contrapartida, o valor é registado a crédito da subconta respectiva «Clientes
clientes - correntes», traduzindo-se na redução da dívida do cliente.
Clientes
Vendas

Clientes – correntes Descontos e abatimentos

Nota de crédito para o cliente

Descontos comerciais

b. Descontos financeiros
Dizem respeito a situações que não afectam o proveito obtido com as vendas, pois constituem
um custo financeiro para o vendedor suportado com o intuito de conseguir uma cobrança mais
rápida dos montantes envolvidos e, por conse-guinte, aumentar as disponibilidades da
tesouraria. O seu tratamento contabilístico difere consoante o tipo de operação, ou seja, uma
venda a pronto ou uma venda a prazo.
Deste modo teremos:
Descontos incluídos na factura/recibo: Descontos de pronto pagamento, são descontos que,
contabilisticamente, obrigam aos seguintes registos:
• a débito, na conta Caixa, pelo valor do desconto;
• a débito, pelo valor do desconto concedido, na conta Custos e perdas financeiros
gerais;
• a crédito, na conta Vendas, pelo valor da transação.
Descontos não incluídos na factura: Descontos por antecipação de pagamento, trata-se de
descontos concedidos porque o cliente antecipou o pagamento. Tais descontos implicam os
seguintes registos contabilísticos:
1. Pela nota de crédito enviada ao cliente
Deverá creditar-se a conta Clientes (Clientes – correntes) pelo valor da nota de crédito
e debitar a conta Descontos de pronto pagamento concedido pelo valor do desconto.
2. Pelo recibo emitido a favor do cliente

Devoluções de vendas
Após a recepção da factura, o cliente pode proceder à devolução de parte ou da totalidade das
mercadorias, se estas apresentarem características diferentes relativamente à encomenda (preco
tamanho, qualidade, ...) ou se se encontrarem danificadas. Nestas situações o vendedor emitirá
uma Nota de Devolução, originando uma contabilização que, compreendendo dois aspectos
distintos, implica os seguintes registos:
a. Pela diminuição do proveito
O valor da mercadoria devolvida é registado a débito da subconta Devoluções de Vendas. Em
contrapartida, é creditada a subconta respectiva de clientes, que se traduz na redução da dívida
do cliente.

Clientes Vendas

Nota de crédito para o cliente Devoluções


Clientes-correntes
Devoluções de vendas

b. Pelo custo da mercadoria devolvida


A mercadoria devolvida volta a entrar no armazém da empresa vendedora pelo valor do custo
registado no momento da sua saída para venda.
Custo das mercadorias vendidas Mercadorias

Mercadorias em armazém

Mercadorias
Devolução da mercadoria ao preço do custo

OUTROS PROVEITOS E CUSTOS RELACIONADOS COM AS EXISTÊNCIAS

As variações de existências podem ter como origem outros factores, nomeadamente quebras,
sobras, saídas e entradas derivadas de ofertas, transferências entre contas existências,
transferências de e para o imobilizado e beneficiações de mercadorias usadas. Estes factos
patrimoniais originam a regularização das quantidades e valores das existências, existentes em
armazém. De notar, que os factos patrimoniais referenciados originam custos ou proveitos,
normais ou anormais, consoante a natureza do facto, prefigurando as seguintes situações:
a. Aumentos de existências em armazém:
• Ofertas e amostras de fornecedores - dizem respeito a bens susceptíveis de
armazenagem oferecidos pelos fornecedores, passando a integrar as existências da
empresa - cliente, constituindo um proveito para a empresa.
• Sobras - configuram os aumentos de existências motivadas quer por causas normais,
possíveis aumentos de peso ou de volume, quer por circunstâncias anormais, derivadas,
por exemplo, de um controlo deficiente em termos das entradas em armazém.
b. Diminuições de existências em armazém:
• Ofertas a clientes - o mesmo que o referido para as ofertas de fornece-dores, mas visto
na óptica da empresa - fornecedora. Trata-se de um custo para a empresa vendedora.
• Quebras e sinistros - correspondem a diminuições verificadas nas existências em
consequência ou de causas normais, a evaporação de alguns líquidos e perda de validade
dos produtos ou, por outro lado, de causas anormais, caso dos furtos e sinistros. O seu
valor é representado numa subconta de custos e perdas.

Contabilização
Ofertas e amostras de fornecedores e sobras - As ofertas de mercadorias arma-zenáveis, feitas
pelos fornecedores, ou das sobras verificadas, implicam, no momento em que tais ocorrem, os
seguintes registos contabilísticos:
a. Pelo proveito resultante das ofertas e amostras de fornecedores

Outros proveitos operacionais


Mercadorias

Outros proveitos e ganhos operacionais


Mercadoria em armazém

Ofertas de fornecedores ou sobras

b. Ofertas a clientes de existências próprias


Em determinadas épocas do ano, existem empresas que fazem, normalmente, ofertas de
existências próprias aos seus clientes. Uma vez que estas ofertas têm um carácter de
normalidade, devem ser consideradas como um custo operacional de empresa e serem
registadas numa subconta de custos designada Outros custos operacionais - Ofertas e amostras
de existências, por contrapartida do registo, a crédito, na conta Mercadorias.
c. Quebras em existências
Todos os esquemas utilizados para as ofertas a clientes, de existências próprias, se adaptam ao
caso de quebras verificadas nas existências da empresa, devendo, no entanto, ter-se em atenção
que as quebras podem revestir a forma de normalidade como acontece, por exemplo, com a
evaporação de líquidos, ou de anor-malidade, como no caso de furtos ou incêndios.
Se a quebra de existências revestir a forma de normalidade, estamos perante um custo ou perda
não operacional do exercício, pelo que o registo a efectuar será:

Outros custos e perdas não operacionais


Mercadorias

Mercadorias em armazém Perdas em existências

Existências inutilizadas – valor da perda

Se a perda for considerada anormal como roubos, incêndios, cataclismos, etc., o seu valor deve
ser registado na conta Custos e perdas extraordinários designado Perdas resultantes de sinistros.

Custos e perdas extraordinárias


Mercadorias

Mercadorias em armazém Perdas resultantes de sinistros

Transferências do valor da quebra anormal

O CUSTO DAS EXISTENCIAS VENDIDAS


A contabilização das existências deve atender a critérios de valorimetria. Neste sentido, esta
deve obedecer aos seguintes critérios gerais:
• As existências serão valorizadas ao custo de aquisição - mercadorias e matérias ou ao
custo de produção - produtos acabados e intermédios.
• Considera-se como custo de aquisição de um bem a soma do respectivo preço de
compra com os gastos suportados directa ou indiretamente para colocar no seu actual e
no local de armazenagem.
Custo de aquisição = Preço da factura + Despesas de compra - Descontos comerciais não
incluídos na factura
• Considera-se como custo de produção de um bem a soma dos custos das matérias-
primas e outros materiais directos consumidos, da mão-de-obra directa, dos custos
industriais variáveis e dos custos industriais fixos necessariamente suportados para
produzir e colocar o bem no estado em que se encontra e no local de armazenagem.
• Os custos industriais fixos poderão ser imputados ao custo de produção, tendo em
conta a capacidade normal dos meios de produção
Custo de Produção = Consumo de matérias + mão-de-obra directa + encargos adicionais
de produção

Critérios de valorimetria
Nas vendas, há que distinguir o proveito da venda do custo que a empresa teve de suportar para
que ela se efectivasse. Isto é, a empresa vende as suas existências por um valor, normalmente,
superior ao respectivo custo de aquisição (ou de produção).

Se a empresa adoptar o Sistema de Inventário Permanente saber-se-á, a qual- quer momento,


qual o valor das existências em armazém e, como tal, o Custo das Mercadorias Vendidas.
Assim, quando o serviço de contabilidade procede ao registo de uma saída de existências para
venda, considera, desde logo, quer o proveito «Vendas» quer o respectivo custo «Custo das
Mercadorias Vendidas».

O custo das mercadorias vendidas, pode ser determinado de acordo com vários métodos de
custeio. Entre esses métodos, destacam-se os seguintes:

a. Custo histórico- o valor do custo das existências vendidas é determinado com base na
informação contabilística disponível, derivada dos vários registos relacionados com as
respectivas aquisições.
b. Custos específicos – quando as existências vendidas são de fácil identifi- cação e não
misturáveis, conhecendo-se com precisão o custo de cada sai- da ou de cada artigo
vendido, utilizando-se para o efeito o:
Processo das etiquetas – cada mercadoria ou produto possui uma etique ta que integra
o preço de venda e o preço de custo à entrada em armazém, representado por uma cifra
que tem por base uma palavra-chave formada por dez letras diferentes, correspondendo
a cada uma delas um algarismo.
Códigos de Barras - Actualmente e associado à expansão e generalização dos sistemas
informáticos ao nível das empresas, desenvolveram-se tecnologias de identificação e
de codificação dos produtos. Neste contexto, enquadra-se o sistema de código de barras
que permite uma maior rapidez no atendimento dos clientes e um maior controlo dos
stocks.
c. Fichas de armazém - são utilizadas quando as existências não se apresentam
individualizadas, mas em lotes, pelo que o custo das existências vendidas é determinado
em função do custo de entrada, de acordo com:
• O custo de lote mais antigo - Fifo («first in, first out»);
• O custo de lote mais recente - Lifo («Last in, first out»);
• O custo médio ponderado das existências.

A ISAB - International Acounting Standard Commitee aconselha a não utilizacão do critério


LIFO como critério principal de valorimetria das existências. No entanto, nada obsta a que
continue a ser utilizado com carácter alternativo e didáctico.

d. Custo Padrão - o valor do custo das existências não se apresenta como custo histórico,
mas antes como um custo teórico. Referimo-nos, nomea-damente, quando a avaliação
das saídas é feita a preços ideais ou normais.
Este método é utilizado fundamentalmente nas empresas industriais, implicando
posteriormente, que se calculem os desvios entre estes custos e os custos reais
verificados.

De acordo com o Sistema de Inventário Intermitente ou Periódico o custo das mercadorias


vendidas apenas é apurado no final do exercício, neste sistema:

• A conta «Mercadorias» apenas possui a existência inicial;


• As subcontas de «Compras» evidenciam o valor das compras realizadas durante o ano,
assim como o das devoluções e os descontos e abatimentos em compras;
• A conta das Mercadorias Vendidas e das Matérias consumidas não foi movimentada ao
longo do ano, visto o referido custo ser determinado e registado somente no final do
exercício económico.

MÉTODOS DE CUSTEIO DAS EXISTÊNCIAS


Como se sabe, após cada venda, tem de se valorizar a saída das existências de armazém. Mas,
por que valor, sobretudo quando as entradas de stocks são a preços diferentes?
Lógico que se deverá usar um método de custeio. Os mais adoptados são:
● Custo Específico - as existências são avaliadas pelo seu custo real ou efecti-vo. É um método
de difícil aplicação sobretudo quando a rotação de stocks é rápida. Apenas é utilizado em
determinados ramos de actividade específicos, em que se negociam artigos de elevado custo
unitário, tais como comércio de automóveis e de máquinas industriais.
● FIFO (First in first out) - Denominado também de custo cronológico directo ou sistema de
esgotamento sucessivo dos lotes.
Em português, a sigla FIFO significa que o lote mais antigo é o primeiro a sair para venda o
que o lote a entrar em armazém é o primeiro a sair.
Segundo este critério, o custo de cada requisição de existências identifica-se com o custo de
lote mais antigo, o que conduz a supor que as existências se esgotam por ordem de entrada em
armazém: só saem existências dum lote, quando está esgotado o imediatamente anterior.
As saídas de armazém são valorizadas pelo preço de aquisição.
Tem a vantagem dos bens não necessitarem de ser identificados individual-mente. Obriga, sim,
à individualização contabilística dos lotes.
● LIFO (Last in first out) - Denominado também de custo cronológico inverso. O último lote
a entrar em armazém é o primeiro a sair. Supõe-se que os lotes saem pela ordem inversa da sua
entrada: O custo de uma aquisição identifica-se com o custo do lote mais recente que não está
esgotado.
As saídas são valoradas aos preços mais recentes. Os stocks ficam avaliados aos preços mais
antigos. Se os preços sobem, as saídas são feitas aos preços mais altos e os stocks de fim de
período serão avaliados aos preços mais baixos. O lucro encontra-se pois sobreavaliado. Se os
preços baixam, as saídas efectuam-se aos preços mais baixos, e os stocks de fim de período
serão avaliados aos preços mais altos.
● Custo médio ponderado – Método misto que contém as virtudes e os defe tos atenuados
dos métodos FIFO e LIFO. Por este critério, as existencia não são valorizadas ao preço de
qualquer lote, mas ao preço médio pondera do segundo as quantidades ou lotes.

Para não resultarem diferenças sensíveis, há que calculá-lo até às décimas de Kwanzas. O custo
médio calcula-se adicionando-se ao valor das quantidades existentes o valor das quantidades
entradas e dividindo o valor obtido pelas quantidades totais.
De todos os sistemas é de longe o mais utilizado, embora obrigue à determinação de preços
médios com casas decimais e arredondamentos.

SENDO:
Ctex - Custo total das quantidades existentes
Cten - Custo total das quantidades entradas
Qex - Quantidades existentes
Qen - Quantidades entradas
PROPOSTAS DE TRABALHO

1. A empresa «Móveis Angola, SA», cuja actividade consiste no comércio por grosso de
mobiliário e artigos para o lar, realizou durante o mês de Dezembro, as seguintes operações:
Dia 01 No início do mês existiam em armazém mobílias no valor de 2 000 000 Kz.
Dia 04 Factura n°057 da «Fábrica Moveis do Sul, Lda», relativa à compra de mobílias nas
seguintes condições:

• preço: 4 100 000 Kz


• transporte: 50 000 Kz
• pagamento: 60 dias

Dia 06 Factura n°019 para «Mobiladora, Lda.», nas seguintes condições:

• preço: 2 880 000 Kz


• pagamento: 30 dias

Dia 07 Factura n°059 da «Fábrica de Móveis do Sul, Lda.», referente ao seguinte fornecimento
de mobílias:

• preço: 1680 000 Kz


• pagamento: 30 dias

Dia 11 Factura/recibo n°011 para «Artigos de Decoração, Lda», na qual consta: Mobílias:

• preço: 1950 000 Kz;


• pagamento a pronto com cheque que foi logo depositado.

Dia 18 Factura/recibo n°039 da «Fábrica de Móveis do Sul, Lda», referente àseguinte compra
de mobílias:

• preço: 1275 000 Kz


• pagamento: a pronto (N/Cheque n°112255001)

Dia 22. Factura nº022 para a «Mobiladora do Lar, Lda.» pela venda de mobílias, nas seguintes
condições:

• preço: 2 580 000 Kz


• pagamento: 30 dias

A existência final de mobílias após inventariação directa apresentava o valor de 1 750 000 Kz
Pedidos:
a. Registe, em contas principais e subcontas do Razão, os movimentos inicia efectuados
durante o exercício.
b. Qual o valor do resultado bruto obtido pela empresa no exercício?

2. Em 1 de Junho, a "Sociedade Pais & Lopes, Lda.", que se dedica à comercialização de artigos
téxteis para o lar, iniciou a sua actividade, com os seguintes valores:

• Deposito à Ordem 830 000 Kz


• 100 Cobertores «frio» 16 000 Kz
• 1 Carrinha «Toyota» 5 450 000 Kz
• Trespasse do estabelecimento 1 900 000 Kz

Durante o mês de Junho, a sociedade realizou, entre outras, as seguintes operações:


Dia 02 Factura/recibo n°87, da "Industrial de Têxteis, S.A." referente a: 200 Cobertores «Frio»
a 16 200 Kz cada; Transporte: 16 000 Kz.
Dia 04 Factura n°1, para "Santos & Irmão, Lda.", referente a: 250 Cobertores «Frio» a 17 800
Kz cada; Desconto de revenda de 5 %.
Dia 08 Nota de devolução n°3, para "Santos & Irmão, Lda." referente à devolução de 40
cobertores, com defeito, constantes da factura n°1.
Dia 11 Nota de lançamento n°15 referente à oferta habitual de 20 cobertores «Frio» a diversos
clientes.
Dia 15 Factura n°96, "Industrial de Têxteis, S.A.", referente a: 150 Cobertores «Frio» a 18 100
Kz cada.
Dia 16 Nota de devolução n°16, da "Industrial de Têxteis, S.A.", referente à devolução de: 15
Cobertores, por se encontrarem defeituosos.
Dia 20 Nota de lançamento n°18 referente a um roubo verificado no armazém da empresa,
tendo desaparecido 40 cobertores.
Dia 26 Factura/tecibo n°19, para "José Costa, Lda.", da qual consta: 120 Cobertores a 18 800
Kz cada.
Dia 28 Recibo n°23 da "Transportadora do Centro, Lda." relativo a despesas com o transporte
da mercadoria. referida em 26/06, no valor de 21 700 Kz. Como estas despesas são de conta do
cliente, foi emitida, nesta data, a Nota de Débito n°15.
Pedidos:
a. Proceda ao registo contabilístico do movimento inicial em contas principais e subcontas
do Razão.
b. Registe os factos ocorridos em subcontas do Razão, valorizando as saídas ao critério do
custo médio.
c. Proceda ao preenchimento da ficha de armazém dos cobertores «Frio».
d. Faça o apuramento do Resultado Operacional Bruto.
3. No dia 1 de Novembro, a empresa "Damas & Freitas, Lda.", possuía, em armazém, 15000
unidades da mercadoria Alfa a 8500 Kz. cada unidade e 10 000 unidades da mercadoria Beta a
11 000 Kz cada unidade.
Durante o mês de Novembro a empresa efectuou as seguintes operações:
Dia 02 Factura n°1, para "Vasco & Gama, Lda.", a 60 dias, da qual consta:
6000 unidades de Alfa a 11 000 Kz cada unidade; 2000 unidades de Beta a 15 000 Kz cada
unidade.
Dia 10 Factura n°36, de "Sá & Lopes, Lda.", a 45 dias, da qual consta: 5000 unidades de Alfa
a 9 000 Kz cada unidade; 7000 unidades de Beta a 11 500 Kz cada unidade.
Dia 13 Factura/recibo n°5, para "Matos & Hugo, Lda", da qual consta: 10 000 unidades da
mercadoria Alfa a 11 000 Kz cada unidade; 9000 unidades da mercadoria Beta a 14 000 Kz
cada unidade.
Dia 20 Devolução de "Matos & Hugo, Lda.", de 800 unidades da mercadoria Alfa constante da
Factura/recibo n°5, por se encontrar deteriorada, pelo que foi passada a Nota de devolução n°2.
Dia 22 Devolução a "Sá & Lopes, Lda.", de 800 unidades da mercadoria Alfa constante da
Factura n°36.
Dia 26 O cliente "Vasco & Gama, Lda." , procedeu ao pagamento da n/Factura n°1, passada
no dia 2 de corrente, beneficiando de um desconto de 5% de antecipação de pagamento.
Dia 29 Factura n°28 de "Sá & Lopes, Lda.", a 60 dias, da qual consta: 5 000 unidades de Alfa
a 9 500 Kz cada unidade; 3 000 unidades Beta a 11 800 Kz cada unidade; Transporte destas
mercadorias 16 000 Kz a repartir, por igual valor, pelas duas mercadorias.
Dia 30 Factura n°2 para Matos & Hugo; Lda., a 60 dias, da qual consta: 2 000 unidades da
mercadoria Beta a 14 000 Kz cada unidade.
Pedidos:
a. Registe, em contas esquemáticas do Razão, o movimento atrás indicado.
b. Elabore a ficha de armazém da mercadoria Alfa e da mercadoria Beta, sabendo que a
empresa utiliza para valorização das suas existências o custo médio ponderado para a
mercadoria Beta e o LIFO para a Alfa.
c. Determine do resultado bruto das vendas em contas do Razão.

4. A sociedade “África, Lda.”, iniciou a sua actividade em 1 de Junho, com os seguintes


valores:
● Caixa 500 000 Kz
● Depósitos à Ordem 4 000 000 Kz
● Mercadorias 20 000 000 Kz
A sociedade, que utiliza o método de inventário periódico, realizou as seguintes operações até
final do ano:
Dia 01 Factura n°136, a 30 dias, de "R. Luís, Lda.", da qual consta: Valor da Mercadoria 3 000
000 Kz.
Dia 02 Nota de crédito n°15 para "R. Luís, Lda.", relativa a um abatimento de 10%, que não
foi incluído na sua factura anterior.
Dia 03 Factura/recibo n°180 do "Restaurante Arco" relativa ao almoço com o cliente A. Lopes
no valor total de 3600 Kz.
Dia 04 N/Factura n°196, a 30 dias, para "C. Carlos, Lda.", da qual consta: Valor da mercadoria
1 500 000 Kz; abatimento 5%.
Dia 05 Nota de devolução n°32 para "C. Carlos, Lda.", relativa à sua devolução de mercadorias
constantes da nossa Factura n°196. Valor da mercadoria devolvida 100 000 Kz.
Dia 09 Recibo n°320, da "Rodoviária Angolana, Lda.", relativo a despesas de transporte da
nossa conta, com mercadorias enviadas a "C. Carlos, Lda.", 390 000 Kz, no dia 4.
Dia 10 N/ Factura n°208, a 60 dias, para "C. Carlos, Lda.", da qual consta: Valor da mercadoria
4 500 000 Kz; Despesas de transporte 410 000 Kz.
Dia 11 N/Nota de Crédito n°95 para "C. Amaral, Lda." , relativa ao abatimento de 4% que, por
lapso, não foi incluído na Factura n°208.
Dia 12 Factura/recibo n°140, de "R. Luís, Lda.", da qual consta: Valor da mercadoria 3 000 000
Kz; Abatimento 5%.
Dia 12 Oferta habitual ao cliente «C. Carlos, Lda.", no valor de 15 000 Kz de mercadorias.
Dia 15 Recibo n°414 da "Rodoviária Angola, Lda.", no valor de 510 000 Kz relativo ao
pagamento de despesas de nossa conta com o transporte de mercadorias compradas a "R. Luís,
Lda.", no dia 15.
Dia 16 Nota de devolução n°38 de "R. Luís, Lda.", relativa à nossa devolução de mercadorias
constantes da s/Factura n°197. Valor da mercadoria devolvida 300 000 Kz.
Dia 17 Compra a dinheiro à Papelaria "Lápis & Caneta" de artigos para con-sumo, no escritório,
no valor de 200 000 Kz (Recibo n°386).
Dia 18 N/Factura/recibo n°191 para "C. Amaral, Lda.", da qual consta: Valor da mercadoria
1850 000 Kz; Abatimento 5%.
Dia 20 Factura n°212, a 30 dias, de "R. Luís, Lda." Valor da mercadoria 2.000.000 kz.
Dia 22 Recibo n'9, de "7. Luis, Leda", rechtivo ao n/pagamento do valor a, divida nesta data
(n/cheque n°189 515).
Dia 27 Oferta de mercadorias, feita pelo fornecedor "PR. Luís, Ida.", no valor de 400 000 Kz.
Dia 28 Verificou-se, nesta data, que se tinham deteriorado, no armazém de empresa,
mercadorias avaliadas em 270 000 Kz.
Pedidos:
a. Proceda à movimentação das contas relativas às operações realizadas.
b. Proceda à movimentação das contas relativas ao apuramento do Resultado líquido do
exercício, sabendo que a existência final era de 23 000 000 Kz.

5. A empresa "Moreira & Sousa, Lda.", constitui-se, em 1 de Dezembro, com mercadorias


avaliadas em 800 000 Kz e um Depósito à ordem no valor 100 000 K2.
Até final do exercício, realizou as seguintes operações:
Dia 06 Compra, a prazo, a "Pais & Beirão, Lda." (Factura n°133), de diversa mercadoria pelo
valor de 1 500 000 Kz, tendo-lhe sido concedido um abatimento de 3% na própria factura.
Dia 10 Recebe de "Pais & Beirão, Lda.", a Nota de Débito n°35 relativa a despesas com a
compra anterior. Frete 33 000 Kz.
Dia 13 Por se encontrarem deterioradas, devolve a "Pais & Beirão, Lda.", mercadorias no valor
de 70 000 Kz e relativas à Factura n°133 (Nota de devolução n°28), de "Pais & Beirão, Lda."
Dia 17 Venda, a prazo, a "Montes & Castro, Lda", pela Factura n°1, de diversa mercadoria por
19 900 000 Kz, sendo concedido um desconto de revenda de 3%.
Dia 19 "Montes & Castro, Lda", devolve, por se encontrarem deterioradas, mercadorias
constantes da Factura n°l, no valor de 3 300 Kz que lhe é enviada a Nota de devolução n°1.
Dia 20 Nota de crédito n°1, enviada a "Montes & Castro, Ida.", concedendo-lhe um desconto
financeiro de 5% sobre a venda efectuada.
Dia 21 Recebe de "Pais & Beirão, Lda.", uma oferta de mercadorias aramazenável avaliada em
50.000 kz.
Dia 23 Faz uma oferta habitual no valor de 30 000 Kz. Nota de lançamento interna n°1.
Dia 31 Verifica-se uma quebra anormal das mercadorias, em armazém, avaliada
em 70 000 Kz.
A existência final da mercadoria foi avaliada em 900 000 Kz
Pedidos:
a. Registe, em contas principais e subcontas do Razão, o movimento inicial.
b. Registe em subcontas do Razão as operações realizadas.
c. Elabore o apuramento do resultado líquido do exercício.
6. A empresa "Gomes 8 Santos, Ida.", que se dedica à compra e venda de automóveis,
apresentava em 2 de Janeiro o seguinte Balanço:
Balanço de Gomes & Santos, Lda., em 2 de Janeiro de n
Activo Passivo

Imobilizações Corpóreas 1 449 000 Kz Capital Próprio


Mercadorias 5 200 000 kz Capital 2 879 000 kz
Clientes 1 228 000 kz Total do Capital Próprio 2 879 000 kz
Depósitos à Ordem 321 000 kz Passivo
Caixa 13 000 kz Fornecedores 5 332 000 kz
Total do Passivo 5 332 000 kz

Total do Activo 8 211 000 kz Total C.Próprio + Passivo 8 211 000 kz

As existências em 2 de Janeiro eram constituídas pelos seguintes bens:


● 1 Opel no valor de 1 200 000 Kz
● 1 Peugeot no valor de 2 100 000 Kz
● 1 Fiat no valor de 1 900 000 Kz
Durante o exercício, efectuou as seguintes operações:
Dia 20/01 Vendeu o Opel por 1 950 000 Kz, a pronto, tendo recebido metade em dinheiro e
metade em cheque.
Dia 05/03 Comprou, a prazo, um FORD por 2 400 000 Kz.
Dia 10/05 Vendeu o Fiat por 2 800 000 Kz, tendo o cliente pago imediatamente 550 000 Kz
em cheque, comprometendo-se a pagar o restante em Março de n.
Dia 21/07 Comprou, a pronto, um Fiat, com um cheque no valor de 2 300 000 Kz.
Dia 21/07 Vendeu o Peugeot, a prazo, por 2 900 000 Kz.
Dia 30/10 Vendeu o FORD por 3 100 000 Kz tendo recebido 1 300 000 Kz em dinheiro no
acto da venda e o restante será pago dentro de 6 meses.
Dia 12/11 Comprou, a pronto, com cheque um ROVER por 3 400 000 KZ.
Dia 20/12 Vendeu a pronto o Fiat, por 2 700 000 Kz tendo recebido, para seu pagamento
integral, um cheque.
Pedidos:
c. Registe, em contas principais e subcontas do Razão, os movimentos inicia efectuados
durante o exercício.
d. Qual o valor do resultado bruto obtido pela empresa no exercício?
e. Elabore as fichas de armazém pelos métodos FIFO, LIFO e Custo Médio Ponderado.

7. A empresa "Soconstroi, S.A." dedica-se à comercialização de materiais de construção. Em


1 de Março apresentava, nos seus armazéns, as seguintes existências de cimento:
Cimento «Alfa» - 2 400 sacos a 6 000 K2/saco
Cimento «Beta» 2600 sacos a 6 800 Kz/saco
Durante o mês de Março realizou os seguintes movimentos no armazém relativamente a estas
mercadorias:
Dia 02 Venda a "J. Dias" de 1500 sacos de cimento «Alfa», por 7 500 Kz/saco (Factura n°302).
Dia 06 Nota de crédito n°51, relativa à devolução de 10 sacos de cimento vendidos no dia 2.
Dia 09 Compra de 2000 sacos de cimento «Beta» a 6 900 Kz/saco (Factura-recibo n°108.
Despesas de transporte: 20 000 K2).
Dia 13 Venda a "Constructa, S.A?', de 1 400 sacos de cimento «Beta» por 8 200 Kz/saco e de
100 sacos de cimento «Alfa» a 8 250 Kz/saco (Factura/recibo n°108).
Dia 17 Compra de 400 sacos de cimento «Alfa» a 71000 Kz/saco (Factura-recibo n°405).
Dia 20 Venda a "J. Dias" de 900 sacos de cimento «Alfa» a 8 300 Kz/saco (Factura/recibo
n°303).
Dia 23 Venda a "M. Mendes, Lda.", de 1000 sacos de cimento «Beta» por 8 000 Kz/saco
(Factura/recibo n°109).
Sabendo que a empresa utiliza como método de registo contabilístico das existências o do
Inventário Permanente, e que as existências de cimento «Alfa» são avaliadas ao custo FIFO,
enquanto que as do cimento «Beta ao custo LIFO, preencha, respectivamente, as fichas de
armazém n°6 e n°8.

8. A empresa "Latiangol, S.A.", dedica-se ao comércio por grosso de derivados do leite. A


existência em armazém de queijo «Tipo Flor era, em 1 de Abril,
600 Kg a 11 000 Kz/Kg. Durante o mês realizou o seguinte movimento relativamente a esta
mercadoria:
Dia 05 Compra à "União de Leite do Centro, SA" 500 kg de queijo «Tipo Flor› a 9 700 Kz/Kg,
pela Factura n°372, que inclui ainda despesas de compra no valor de 50 000 Kz.
Dia 15 Venda a «J. Gomes, Ida." Factura/recibo n°401, de 300 Kg de queijo «Tipo Flor», a 13
900 Kz/Kg.
Dia 21 Compra à "Soleite, S A% de 1000 Kg de queijo «Tipo Flos, 12 000 Kz/Kg através da
factura n°250.
Dia 29 Venda ao "Supermercado do Norte, SA" de 800 Kg de queijo «Tipo Flor» a 15 300
Kz/Kg, pela Factura/recibo n°402.
Pedido: Registe as operações atrás mencionadas, na ficha de armazém n°10, Pesenado que a
cmpresa utiliza na contabilização das existências o método do inventário permanente e que as
existências são avaliadas:
a. Pelo critério Fifo;
b. Pelo critério Lifo;
c. Ao custo médio das entradas;
d. Compare os resultados brutos obtidos.

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