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Estudo das Contas de Inventários e Activos Biológico

Os Inventários constituem um conjunto de bens activos representandos as mercadorias,


mateiras primas e produtos acabados, propriedade de uma empresa em determinado
momento que as detém para as utilizar para venda ou produção de outros bens no decurso
normal do seu negócio.
Integram os inventários todos aqueles meios que são objecto do trabalho da empresa, aquilo
que a empresa trabalha. Podemos dizer que as contas de existências são constituídas por três
grupos:
• O da conta utilizada exclusivamente pelas empresas comerciais, comportando os bens
adquiridos para a venda (mercadorias),
• O da conta utilizada simultaneamente pelas empresas industriais e comerciais, que
respeitam as embalagens que envolvem as mercadorias ou produtos
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 O das contas utilizadas exclusivamente por empresas industriais, sendo as que respeitam
aos inputs, isto e, aos bens que são incorporados ou utilizados na produção (mateiras
primas subsidiarias e de consumo), e as que respeitam aos inputs, isto e, aos bens que
resultam da actividade produtiva (produtos acabados e semi acabados, subprodutos,
resíduos e refugos, etc.)

Os inventários poderão ser representada por:


• Mercadorias bens adquiridos para venda não sendo sujeito a qualquer transformação
dentro da empresa.
• Produtos Acabados bens produzidos pela empresa, resultado do seu processo produtivo
que se encontram completamente terminados portanto prontos a serem vendidos.
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• Produtos em curso bens produzidos pela empresa, que se encontram em processo de


fabricação e que portanto não estejam completamente finalizados.
• Matérias primas bens que não se destinam a venda mas a serem incorporados no
processo.
• Matérias auxiliarias bens que se incorporam directamente num determinado produto, mas
concorrem directamente para a sua produção. São também designados como matérias
subsidiarias.
• Materiais bens que concorrem, pelo seu consumo, de forma indirecta para o processo
produtivo.
As mercadorias aparecem nos nas empresas comerciais enquanto as restantes categorias
aparecem tipicamente nas empresas industriais.
 
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Operações com compras
Devem ser registadas na conta 2.1 COMPRAS todas as compras e operações correlativas
(despesas adicionais de compra, devoluções e descontos e abatimentos obtidos), sendo uma
conta transitória ou subsidiaria das contas de Inventários:
O custo de compra ou custo de aquisição compreende não só o preço (liquido de quaisquer
abatimentos obtidos), assim como todas as despesas adicionais de compra como fretes,
seguros, direitos alfandegários, comissões de compra, imposto de transações, etc.,).
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Assim, o montante liquido das compras será composto pelo valor total das compras (ao
preço de compra ou de factura) e as despesas de compra (Dc) deduzido do valor total das
devoluções nas compras e os descontos ou abatimentos obtidos nas compras, isto é:

OPERAÇÕES COM VENDAS


Todas as vendas de Inventários (mercadorias e produtos) e de serviços poderão ser
consideradas como proveitos (7.1 VENDAS DE MCM e 7.2 VENDAS DE SERVIÇOS,
respectivamente), desde que sejam considerados encargos respectivos custos de aquisição ou
de produção (6.1CUSTO DE INVENTÁRIOS V OU CONSUMIDOS).
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Sendo contas da classe VII, proveitos por natureza, estas contas serão creditadas pelos
aumentos (vendas de bens e serviços) e debitadas pelas diminuições (devoluções de clientes,
abatimentos concedido, etc.).
Nestas contas, não se incluem valores correspondentes ao IVA dos inventários vendidas os
quais estarão creditadas ao Estado.

A conta 6.1CUSTO DE INVENTÁRIOS VENDIDOS OU CONSUMIDAS regista o custo


Dos inventários que forem vendidos ou integradas no processo produtivo no caso das
empresas industriais, que será visto posteriormente na cadeia de contabilidade analítica).
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PREÇOS DAS EXISTÊNCIAS


De entre vários tipos de preços das existências, há a destacar o seguinte:
• Preço de compra ou de factura ( Pf);
É o pago pelo comprador ou ao vendedor, isto é, o que é patenteado na factura.
• Preço de custo(Pc):
É o preço a que ficam as existências no armazém, consistindo em todos encargos suportados
(preço de factura, fretes, seguros, etc.), deduzidos de descontos comercias obtidos.
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CÁLCULO DE PREÇO DE VENDA:


Sendo o preço de venda, o preço de custo acrescido da margem de lucro, esta pode ser
calculada com base numa percentagem que incide sobre o preço de venda.
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d) Preço de Reposição
E o que seria pago para repor o stocks em armazém, e o que vigora no mercado.
Obs.: A nomenclatura aqui utilizada não e rígida, variando de autor para autor.

MÉTODOS DE CONTABILIZAÇÃO DOS INVENTÁRIOS OU SISTEMAS DE


INVENTÁRIO
A movimentação das contas de inventários deve ser efectuada, tendo em atenção dois
objectivos:
 Conhecimento em qualquer momento, de quantidade e valor dos stocks de que a empresa
é proprietária ou detém,
 Apuramento do custo dos produtos vendidos e consumidos e, consequentemente do
resultado apurado nas vendas ou na produção.
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A movimentação das contas de inventários deve ser efectuada, tendo em atenção dois
objectivos:
 Conhecimento em qualquer momento, de quantidade e valor dos stocks de que a empresa
é proprietária ou detém,
 Apuramento do custo dos produtos vendidos e consumidos e, consequentemente do
resultado apurado nas vendas ou na produção.
A contabilidade geral constitui um meio precioso para a gestão de stocks, visto ser através
dela que podem ser apurados os movimentos havidos, os custos e os resultados que
originam. Contabilisticamente, tais elementos podem ser apurados por dois sistemas
informativos diferentes:
• Em Inventário permanente, em que o custo é determinado e registado em cada venda
com base nas fichas de armazém,
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 Em inventário intermitente ou periódico, em que não se podendo conhecer a todo o
momento, o custo das existências em armazém e, das existências vendidas, apenas no fim
do exercício, após o conhecimento das existenciais em armazém por intermédio do
inventario, e da aplicação da fórmula do cálculo do custo de existências vendidas.
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PROCESSO DAS FICHAS DE ARMAZÉM


A “ficha de Armazém ou Fichas de Stocks” é o mapa onde se faz a escrituração
com vista a determinação e registo do custo unitário dos bens existentes, necessário
a contabilização das vendas.
• Convém salientar que nem todas as operações realizadas pela empresa são
registadas nas fichas de armazém, registando –se numa determinada ficha
aquelas que dizem respeito ao custo do artigo em causa.
• As vendas são registadas sempre pelas saídas ao preço de custo. De recordar que
o IVA, por não constituir um custo para a empresa não e registo nas fichas de
armazém.
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CRITÉRIOS DE VALORIMÉTRIA
A valorização das existências, como processo de determinação dos preços de entrada e de
saída, assume um relevo tanto mais especial quanto for maior o valor de stocks da empresa
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Como critério básico e obedecendo a determinação do principio do custo histórico as


entradas deverão ser valorizadas ao preço de custo, englobando, mas adicionando os
encargos adicionais como despesas de transporte , seguro, direitos aduaneiros, etc. em que
se incorreu ate se efectivar a posse definitiva dos bens, isto é:

No que diz respeito as saídas, e aos stocks obtidos, embora se mantenha sempre o principio
do custo histórico poderão utilizar –se diferentes critérios sintonizados no quadro abaixo
que, satisfazendo o referido principio do custo histórico conduzem a valores diferentes:
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Custo Médio
 O inventário e visto como um todo, pelo que os lotes perdem a sua individualidade.
 O custo unitário das existências e determinada pela media ponderada do custo de compra
e do custo dos stocks existentes em armazém, no momento de cada entrada.
 Rigorosamente o custo médio deve ser recalculado após cada entrada.
 De notar que as saídas não alteram o custo médio, permanecendo o mesmo constante
entre duas entradas sucessivas.

Custo Cronológico Directo –FIFO (First In First Out)


 As mercadorias são dividas em lote, correspondendo a cada lote um preço de custo
especifico,
 No FIFO presume –se que os bens vendidos ou consumidos são os comprados ou
produzidos em primeiro lugar, o que significa que:
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 As existências são valorizadas aos custos mais recentes e os inventários ficam a preços
mais antigos,
 Os inventários sendo os mais antigos podem mostrar –se muito aquém dos preços do
mercado, principalmente se a rotação for lenta.
 Por outro lado, não aconselhavel o uso deste método em períodos de inflação,
porquanto este processo origina a sobre avaliação dos preços na medida em que as
mercadorias são avaliadas aos preço inferiores aos das existências. Em épocas de
deflação este método origina a sob avaliação dos resultados dado que as saídas são
valorizadas ao preço superior ao das existências.
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Custo Cronológico Inverso – LIFO (Last In First Out)


 Tal como no critério anterior as mercadorias são dividas em lotes, correspondendo cada
lote a um preço de custo especifico,
 As saídas são dadas ao preço dos lotes mais modernos (as vendas são balanceadas com
custos de saídas mais próxima dos preços de reposição),
 As existências aparecem no balanço valorizadas ao preço dos custos das entradas mais
antigas,
 Proporciona algumas economias de natureza fiscal,
 E dos critérios que minimiza os efeitos da inflação, pelo que aconselha –se a utilização
deste método em épocas de inflação porque as saídas em armazém são a preços mais
reais e não sobreavalia os lucros a medida em que existências são valorizadas a preços
inferiores aos do mercado.

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