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Descrição
Análise e mensuração de estoques, sistemas de custeio por absorção, custeio variável e custeio baseado em atividades (ABC).
Propósito
Compreender conceitos relacionados à mensuração dos estoques, bem como conhecer os principais sistemas de custeio utilizados na
Contabilidade Gerencial e sua aplicação no dia a dia das empresas.
Objetivos
Módulo 1
Mensuração de estoques
Aplicar conceitos relacionados à mensuração de estoques na resolução de problemas.
Módulo 2
Sistema de custeio
Calcular os custos de uma produção utilizando os sistemas de custeio por absorção e de custeio variável.
Módulo 3
Custeio ABC
Calcular os custos de uma produção utilizando o sistema de custeio baseado em atividades (ABC).
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Introdução
Veremos como os estoques podem ser mensurados e controlados. Conheceremos também os principais sistemas de custeio utilizados pela
Contabilidade Gerencial: custeio por absorção, custeio variável ou direto e custeio baseado em atividades ‒ Activity Based Cost (ABC).
Tais conhecimentos são fundamentais para a tomada de decisão de uma empresa em relação aos seus estoques, tanto de matéria-prima quanto do
produto ou da mercadoria comercializada.
1 - Mensuração de estoques
Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar conceitos relacionados à mensuração de estoques na resolução de problemas.
Estoques
Conceito
Estoques são ativos que podem estar nas seguintes fases de produção:
São os estoques de materiais ou matéria-prima adquiridos pela empresa que ainda não sofreram qualquer transformação decorrente
de seu processo produtivo. Foram simplesmente adquiridos e estocados.
São aqueles que já se encontram em alguma fase do processo produtivo da empresa, mas que ainda não estão prontos ou acabados.
Também denominados produtos em elaboração, em processo ou semiacabados.
São aqueles que já passaram por todas as fases do processo produtivo da empresa e se encontram prontos para a venda. O custo
dos produtos acabados compreende todos os gastos realizados para sua elaboração, desde que saíram do estoque de matéria-prima
até sua conclusão. Também denominados produtos acabados.
A manutenção de estoques pelas empresas é de extrema importância, pois, por meio deles, é possível:
evitar falta de insumos, caso o principal fornecedor tenha algum problema operacional.
No entanto, manter um estoque muito grande não é sempre recomendado. Além dos custos para a manutenção desse estoque, há risco de
deterioração e, dependendo do tipo de matéria-prima, de desvalorização tecnológica, por exemplo.
Mensuração
De acordo com a Contabilidade Financeira, que segue a norma NBC TG 16 – Estoques, os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou
pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.
No entanto, para fins de Contabilidade Gerencial, a empresa pode optar por mensurar seu estoque da forma que achar mais relevante na condução
de seus negócios e para seu processo de tomada de decisão.
Não é obrigatória a utilização dessa norma, apesar de muitas empresas optarem por utilizar o mesmo normativo para a
Contabilidade Gerencial.
O valor de custo dos estoques deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os
estoques à sua condição e localização atuais.
Já o valor realizável líquido é o preço de venda estimado no mercado, líquido dos custos para sua conclusão e dos gastos estimados para a
realização de sua venda. Em outras palavras, trata-se do quanto a empresa efetivamente espera realizar quando da venda daquele estoque.
Lembre-se de que, como existem três tipos de estoque (matéria-prima, produtos em processo e produtos acabados), devem ser considerados os
custos necessários para finalizar os estoques, como se todos estivessem prontos para a venda.
preço de compra;
Importante mencionar que os descontos comerciais e abatimentos são reduções do custo de aquisição.
attach_money
Custos diretamente relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção (mão de obra direta).
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Alocação sistemática de custos indiretos de produção (fixos e variáveis) que sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados.
A alocação de custos indiretos fixos às unidades produzidas deve ser baseada na capacidade normal de produção. Caso tenha períodos de férias
coletivas ou elevada sazonalidade, a empresa deve ratear seus custos fixos ao longo do ano, considerando a produção média.
Como consequência, o valor do custo indireto fixo alocado a cada unidade produzida não pode ser aumentado por causa de um baixo volume de
produção ou ociosidade.
Os custos fixos não alocados aos produtos devem ser reconhecidos diretamente como despesa no período em que são incorridos.
Os custos indiretos de produção variáveis devem ser alocados a cada unidade produzida com base no uso real dos insumos variáveis de produção,
ou seja, na capacidade real utilizada.
Já os seguintes itens devem ser reconhecidos como despesa do período em que são incorridos:
rodução média
Aquela que se espera atingir ao longo de vários períodos em circunstâncias normais, levando em consideração a parcela da capacidade total não
utilizada por causa de manutenção preventiva, de férias coletivas e de outros eventos semelhantes considerados normais para a entidade.
Item 1
Item 2
Gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo entre uma e outra fase de produção (neste caso, devem ser
reconhecidos como custo do processo produtivo), como câmaras frigoríficas para armazenamento de estoques perecíveis.
Item 3
Despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque a seu local e sua condição atuais.
Item 4
Despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes.
Encargos financeiros decorrentes de empréstimos ou financiamentos contratados pela empresa para aquisição de matéria-prima devem ser
contabilizados como despesa e não como custo da produção.
A contabilização ocorre dessa maneira, uma vez que eles não fazem parte do processo produtivo, ou seja, não são necessários para a produção.
Empréstimos e financiamentos ocorrem por falta de capital próprio da empresa ou por uma preferência de capital de terceiros a consumir seus
próprios recursos.
No entanto, a Contabilidade Financeira determina, na norma NBC TG 20 – Custos de Empréstimos, que a entidade deve capitalizar os custos de
empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de ativo qualificável como parte do custo do ativo quando for
provável que eles resultarão em benefícios econômicos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados com confiabilidade.
Da mesma forma, a utilização ou não desse critério para fins de Contabilidade Gerencial é uma escolha da administração. É ela que deve considerar
esse custo como parte integrante de seu estoque para a tomada de decisão ou não, sendo uma norma obrigatória para a Contabilidade Financeira.
tivo qualificável
Aquele que, necessariamente, demanda um período substancial para ficar pronto para uso ou venda pretendidos. Exemplos: avião, navio etc.
Critérios de mensuração
De acordo com a norma NBC TG 16, o custo dos estoques que não sejam de produção por ordem ou encomenda – os quais veremos mais adiante –
deve ser atribuído pelo uso dos seguintes critérios: Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS) – First-in, First-out (FIFO) – e custo médio
ponderado (também chamado de preço médio ponderado).
Tal regra é aplicável à Contabilidade Financeira, que deve, obrigatoriamente, para fins de reporte de demonstrações financeiras, aplicar um desses
critérios de mensuração de estoques.
Além disso, a entidade deve usar o mesmo critério de custeio para todos os estoques que tenham natureza e uso semelhantes. Para os estoques
que tenham outra natureza ou uso, podem justificar-se diferentes critérios de valoração. Da mesma forma, essa regra é aplicável para fins de reporte
de demonstrações financeiras (Contabilidade Financeira).
Já para a Contabilidade Gerencial, o custo dos estoques pode ser mensurado utilizando um dos três critérios a seguir.
O custo é mensurado pelos preços mais antigos, permanecendo os adquiridos mais recentemente em estoque.
Assim, se considerarmos uma economia com preços crescentes, levaremos para a produção a matéria-prima com os preços mais antigos (mais
baixos) e manteremos no estoque de matéria-prima as aquisições com preços mais recentes (mais altos).
Dessa forma, o custo da produção fica menor comparado ao custo do estoque da matéria-prima. O resultado apurado vai ser maior (visto que o
custo é menor), e o valor do ativo fica maior se compararmos com o critério Último a Entrar, Primeiro a Sair (UEPS) – Last-in, First-out (LIFO) –, que
veremos mais adiante.
Exemplo
Uma empresa apresentou, no fim de determinado período, um saldo final de matéria-prima de 400 litros, adquiridos a R$1,20 o litro. No período
exatamente subsequente, ocorreram as seguintes movimentações:
Qual é valor do estoque final, considerando que a empresa adota o PEPS? Veja na tabela a seguir:
740 $1.137,00
50 $1,20 $60,00
(250) $(340,00)
490 $797,00
Algumas observações:
O valor total de $(420,00) do dia 20 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção;
O valor total de $(340,00) do dia 25 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção;
O valor total de $(797,00) do estoque final se refere ao custo da matéria-prima levada à produção.
O custo é mensurado pelos preços mais recentes, permanecendo os primeiramente adquiridos em estoque.
De forma contrária ao PEPS, se considerarmos uma economia com preços crescentes, levaremos para a produção a matéria-prima com os preços
mais recentes (mais altos) e manteremos no estoque de matéria-prima as aquisições com preços mais antigos (mais baixos).
Dessa forma, o custo da produção fica maior comparado ao custo do estoque da matéria-prima. O resultado apurado vai ser menor (visto que o
custo é maior), e o valor do ativo fica menor se compararmos com o PEPS.
Exemplo
Uma empresa tinha o estoque inicial de 125 unidades com o valor total de $1.585,00. Ocorreram as seguintes movimentações:
No dia 20, foram vendidas 30 unidades. Qual o custo da mercadoria vendida, considerando que a empresa adota o UEPS? Veja na tabela a seguir:
Observação:
Móvel
Que considera o preço ou custo médio do material em estoque com controle constante.
close
Fixo
Que considera o preço ou custo médio do material em estoque com controle ao final do exercício.
A legislação brasileira apenas aceita o último método (preço ou custo médio ponderado fixo), caso seja mensurado com base em compras de um
período menor do que a rotação do estoque. Caso contrário, não é aceito.
No caso do preço ou custo médio ponderado, se considerarmos uma economia com preços crescentes, levaremos para a produção a matéria-prima
com os preços médios e manteremos no estoque de matéria-prima as aquisições com preços iguais (médios).
Assim, o custo da produção fica equiparado ao custo do estoque da matéria-prima. Notem que ele não fica igual, mas fica mais equilibrado do que
no UEPS e no PEPS.
Exemplo
Dia 7 = pago frete para transporte da matéria-prima até a fábrica por R$6.000,00;
A indústria utiliza o método do preço ou custo médio ponderado móvel para avaliar seu estoque. Qual o custo da matéria-prima utilizada na
produção no mês de janeiro?
Segundo o método do preço ou custo médio ponderado móvel, a cada movimentação do estoque devemos calcular o custo que permanece nele da
seguinte forma:
Algumas observações:
O valor total de $(109.000) do dia 15 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção;
O valor total de $(111.750) do dia 27 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção.
Aplicação dos critérios de mensuração dos estoques
Exemplo
Suponha que uma empresa movimentou seu estoque de matéria-prima da seguinte forma no último mês:
Com base nesses dados, qual seria o custo final do estoque e qual o custo da matéria-prima utilizada na produção? Veja a seguir:
PEPS
Se a administração utilizar o critério PEPS para a mensuração de seus estoques, as primeiras unidades que entraram no estoque serão as
primeiras a sair quando houver requisição de matéria-prima para a produção. Logo, o controle do estoque ficaria como está na tabela
correspondente.
Algumas observações:
O valor total de $(1.500,00) do dia 06 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção;
O valor total de $(3.600,00) do dia 06 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção;
O valor total de $(5.400,00) do dia 20 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção;
O valor total de $(3.800,00) do dia 20 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção.
UEPS
Se a administração utilizar o critério UEPS para a mensuração de seus estoques, as últimas unidades que entraram no estoque serão as primeiras
a sair quando houver requisição de matéria-prima para a produção. Portanto, o controle do estoque ficaria como está na tabela correspondente.
Algumas observações:
O valor total de $(5.400,00) do dia 06 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção;
O valor total de $(7.600,00) do dia 20 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção;
O valor total de $(1.800,00) do dia 20 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção.
Se a administração utilizar o critério do preço ou custo médio ponderado móvel para a mensuração de seus estoques, a cada movimentação do
estoque ela deverá contabilizar seu estoque médio para saber quanto permanece em estoque e quanto está sendo levado como custo para a
produção. Por conseguinte, o controle do estoque ficaria como está na tabela correspondente.
Algumas observações:
O valor total de $(5.250,00) do dia 06 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção;
O valor total de $(9.178,57) do dia 20 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção.
Controle do estoque com preço ou custo médio ponderado fixo.
Por fim, se a administração utilizar o critério do preço ou custo médio ponderado fixo para a mensuração de seus estoques, não precisará
contabilizar seu estoque a cada movimentação ocorrida nele. No final do período, ela verificará todas as entradas de material (compras e estoque
inicial) e contabilizará o valor do estoque médio.
Assim, o cálculo do CMPF fica da seguinte forma: é somado o valor $1.500,00 com $9.000,00 e $7.600 e divide-se o resultado obtido pela soma
por 1000, o que dá 18,10.
Algumas observações:
O valor total de $(5.430,00) do dia 06 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção;
O valor total de $(9.050,00) do dia 20 - requisição se refere ao custo da matéria-prima levada à produção.
Repare que, em cada um dos quatro métodos escolhidos, os valores finais dos estoques de matéria-prima e, consequentemente, do custo da
matéria-prima levada à produção (que comporá o custo dos produtos elaborados) são distintos:
Apesar de ser uma escolha da administração, é necessária uma constância nessa seleção do método para permitir que haja a possibilidade de
comparação e de elaboração de orçamentos.
Com base nessas regras, o custo do material utilizado na produção respeita a seguinte lógica:
De forma contrária, o valor final do estoque de material segue a seguinte lógica inversa:
Com base nesse exemplo e nos valores diversos alcançados, fica clara a necessidade de buscar o melhor critério que permita a alocação mais
adequada dos custos do estoque e da matéria-prima consumida na produção para a tomada de decisão.
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Aplicação dos critérios de mensuração de estoques
Veja os critérios PEPS, UEPS e Custo Médio Ponderado por meio da resolução de um exercício.
Tributos
Os impostos são considerados custos quando a empresa não possui nenhum tipo de isenção ou suspensão deles (impostos não recuperáveis).
Os impostos não são considerados custos quando a empresa é contribuinte deles (impostos recuperáveis).
Exemplo
Uma empresa revendedora de mercadorias, que possuía um saldo inicial da conta de estoques de mercadorias de R$25.000,00, apurou os seguintes
dados no final do período:
Primeiro, encontraremos o valor que deve ser contabilizado como custo de aquisição da mercadoria. Como o ICMS é um imposto por dentro da
Nota, está incluído no valor de R$80.000. Logo, temos:
Compras expand_more
Valor NF
R$ 80.000
ICMS
R$ (12.000)
Valor mercadoria
R$ 68.000
Estoque de mercadoria expand_more
Saldo inicial
R$ 25.000
Compras
R$ 68.000
Vendas
R$ 63.000
Saldo final
R$ (30.000)
DRE expand_more
Vendas
R$ 125.000
Receita líquida
R$ 106.250
(-) CMV
R$ (63.000)
Lucro bruto
R$ 43.250
directions_boat
Indústria naval
flight
Fabricantes de aviões
handyman
Indústrias de equipamentos de precisão e sob medida
home_filled
Construção civil
inventorys
Serviços de consultoria e auditoria
O custo dos estoques desses itens, que não são normalmente intercambiáveis, e de bens ou serviços produzidos e segregados para projetos
específicos deve ser atribuído pelo uso da identificação específica de seus custos individuais (produção por ordem ou encomenda).
Nesses casos, os custos dos estoques devem ser acumulados na conta específica de cada ordem ou encomenda, que
somente se encerrará quando sua produção for concluída.
Depois disso, seus valores serão transferidos para estoque de Produtos Acabados ou Custo dos Produtos Vendidos (CPV), conforme o caso.
A produção por ordem ou por encomenda se diferencia da produção contínua ou em série, uma vez que, nesta última, há produção contínua de
produtos iguais (padronizados). Exemplos:
medical_services
Indústria de produtos farmacêuticos
lunch_dining
Indústrias de produtos alimentícios
drive_eta
Indústria automobilística
usb
Indústria siderúrgica
No caso da produção contínua, os custos são acumulados nas contas específicas de cada linha de produção, encerradas periodicamente.
Dependendo do estágio de produção, seus valores serão transferidos para Estoque de Produtos em Processo, Estoque de Produtos Acabados ou
Custo dos Produtos Vendidos (CPV), conforme o caso.
Produção
Volume de produção Planejado pelo fabricante Planejado pelo fabricante Definido pelo cliente
A produção contínua ou em série segue o fluxograma apresentado a seguir, sem diferenciação entre os produtos na linha de produção:
Nem sempre um produto consegue passar por todos esses processos ao longo de um mês. Muitas vezes, parte da produção ainda está em
elaboração no final do período de análise. Outras tantas, a produção terminada iniciou-se em meses anteriores.
Equivalente de produção
Para os produtos que ainda estão em fase de elaboração, atribui-se o conceito de equivalente de produção: uma forma utilizada para calcular o
preço ou custo médio unitário quando há produtos em elaboração (inacabados) ao término de cada período.
Nesse caso, consideramos as unidades totalmente iniciadas e acabadas para a apuração do custo. Assim, por exemplo, 80 unidades com um grau
de acabamento de 75% equivalem a 60 unidades 100% acabadas.
Exemplos
Uma indústria fabrica termômetros e toda a produção passa por dois departamentos. Em determinado mês, a indústria apurou os seguintes dados:
Custos:
Com base nessas informações, a administração da indústria de termômetros quer calcular o custo unitário da produção acabada nesse mês. Como
existem unidades não acabadas, ela precisará utilizar o conceito de equivalente de produção.
Como fazer essa apuração? Primeiro, devemos calcular o custo dos produtos que foram acabados nos seguintes departamentos:
Departamento 1
Nesse departamento, foi iniciada a produção de 100.000 unidades, mas foram concluídas somente 94.000 unidades. Em outros termos, 6.000
unidades foram iniciadas, mas não foram concluídas até o final do mês. Isso significa que essas 6.000 unidades, iniciadas e não acabadas no
mês corrente, tiveram custos desse mês atribuídos a elas, mas ainda incorrerão em custos no mês seguinte. Os custos totais somam
R$82.450,00.
De acordo com os dados apresentados, essas 6.000 unidades estão no estágio de produção de 50%, ou seja, estão concluídas pela metade.
Então, 6.000 unidades no estágio de produção de 50% equivalem a 3.000 unidades a 100%, ou seja, prontas.
Considerando que foram iniciadas e terminadas 94.000 unidades no departamento 1, e as demais 6.000 unidades no estágio de produção de 50%
equivalem a 3.000 unidades prontas, o total de quantidades iniciadas e terminadas equivale a 97.000 unidades (94.000 + 3.000). Dividindo o total
dos custos pela quantidade, chegamos a um custo unitário de R$0,85 (R$82.450,00 / 97.000).
Seguindo o raciocínio, 94.000 unidades finalizadas no departamento 1 foram enviadas ao departamento 2 para dar continuidade ao processo
produtivo. Essas 94.000 unidades trouxeram custos do departamento 1 no valor de R$79.900,00 (94.000 × R$0,85).
Departamento 2
Nesse departamento, foram incorridos mais custos (R$34.100,00) e iniciada a produção de 94.000 unidades, porém concluídas somente 64.000
unidades. Em outros termos, 30.000 unidades foram iniciadas, mas não foram concluídas até o final do mês.
De acordo com os dados apresentados, essas 30.000 unidades estão no estágio de produção de 40%, ou seja, é como se as 30.000 unidades a
40% fossem 12.000 unidades a 100%. Assim, 30.000 unidades no estágio de produção de 40% equivalem a 12.000 unidades prontas.
Considerando que foram iniciadas e terminadas 64.000 unidades no departamento 2, e as demais 30.000 unidades no estágio de produção de
40% equivalem a 12.000 unidades prontas, o total de quantidades iniciadas e terminadas equivale a 76.000 unidades (64.000 + 12.000).
Somando os custos do departamento 2 (R$34.100,00) aos custos dos produtos que vieram do departamento 1 (R$79.900,00), chegamos ao custo
total dos produtos acabados no departamento 2 de R$114.000,00. Dividindo o total dos custos pela quantidade, chegamos a um custo unitário da
produção acabada no mês de R$1,50 (R$114.000,00 / 76.000).
Abril/2020
Estoque inicial = 0;
Maio/2020
Custos da produção do período = R$11.000,00;
Qual o custo unitário das unidades acabadas produzidas no mês de maio? Veja:
Mês 1 Mês 2
Observações:
O equivalente de produção do mês 02 é calculado por 4000 unidades acabadas + 1/3 das unidades iniciadas e não acabadas.
Com base nessas informações, qual é o lucro bruto apurado pela companhia?
A R$31.000,00
B R$30.500,00
C R$30.000,00
D R$29.500,00
E R$95.500,00
Compras
Estoque de mercadoria
DRE
Vendas: R$ 130.000
(-) ICMS s/ vendas: R$ (19.500)
(-)Devolução: R$ (15.000)
Receita líquida: R$ 95.500
(-) CMV: R$ (65.000)
Lucro bruto: R$ 30.500
Questão 2
A 31.000 unidades
B 30.000 unidades
C 29.600 unidades
D 41.000 unidades
E 35.000 unidades
Custos da produção
Mês 01:
Mês 02: $87.000
Unidades iniciadas
Mês 01:
Mês 02: 35.000
Unidades acabadas
Mês 01:
Mês 02: 30.000
Estágio de produção
Mês 01: 50%
Mês 02: 40%
Equivalente de produção
Mês 01: 5.000
Mês 02: 31.000, que é o resultado de 30.000 unidades acabadas + 40% das unidades iniciadas e não acabadas - equivalente de produção do
mês 01.
2 - Sistema de custeio
Ao final deste módulo, você será capaz de calcular os custos de uma produção utilizando os sistemas de custeio por absorção e
de custeio variável.
Sistemas de custeio
Custeio é a apropriação de custos. Existem diversos sistemas de custeio que podem ser utilizados pelas empresas para apropriar seus custos aos
produtos. Os principais são:
As despesas são diretamente reconhecidas no resultado. Esse é o sistema de custeio previsto na Contabilidade Financeira (NBC TG 16 – Estoques)
e aceito pelas empresas de auditoria externa e pela Receita Federal.
No entanto, para fins de Contabilidade Gerencial, a empresa pode optar por qualquer um dos tipos de custeio. Para utilizar o custeio por absorção,
devemos seguir estes procedimentos:
De acordo com esse sistema, a receita deve ser reconhecida apenas na transferência do bem ou serviço. As despesas e receitas devem ser
reconhecidas nos períodos a que competirem.
Para entendermos melhor o sistema de custeio por absorção, vejamos alguns exemplos.
Exemplos
Uma indústria produziu 2.000 unidades de maçanetas de alumínio em agosto. Seus custos fixos desse mês foram de R$10.000,00, seus custos
variáveis foram de R$5,00 por unidade e as despesas incorridas no mesmo período foram de R$5.000,00. Foram vendidas 1.500 unidades pelo
preço de R$30,00 cada.
Com base nesses dados, a contabilidade foi apurar o resultado de agosto, que deu a seguinte fórmula:
R$20.000, 00
Custo da produ ção unitária = = R$10, 00/ unidade
2.000
Com base nas informações apresentadas, qual é o valor do estoque final da empresa, utilizando o critério do custeio por absorção? Veja a seguir:
Custos fixos
$1.200.000
Custos variáveis
$2.500.000
Custos do período
$3.700.000
Custos unitários
$74,00
Observações:
Os custos fixos e as despesas são diretamente reconhecidos no resultado do período em que incorreram, independentemente da venda da
produção.
Esse sistema parte do princípio de que os custos fixos e as despesas, por não terem relação direta com a produção (eles existem independente de
produção) e por serem apropriados aos produtos por meio de rateios (implicando sempre um grau de arbitrariedade), são menos gerenciáveis pela
empresa do que os custos variáveis.
Assim, temos:
Custos variáveis
Custo da produção.
close
Esse custeio é muito usado pela Contabilidade Gerencial para fins de tomada de decisão, pois emprega o conceito de margem de contribuição. No
entanto, ele não é permitido pela Contabilidade Financeira, pois fere a realização da receita, a confrontação e a competência, já que todos os custos
fixos são reconhecidos como despesas, independentemente de seus produtos correspondentes terem sido vendidos.
Saiba mais
Tais conceitos estão presentes na NBC TG – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro – norma utilizada
pela Contabilidade Financeira.
Para entendermos melhor o sistema de custeio variável ou direto, vejamos alguns exemplos.
Exemplos
Vamos retomar o exemplo anterior, da indústria que produziu 2.000 unidades de maçanetas de alumínio.
Utilizando o sistema de custeio variável, como ficaria o resultado da empresa? Veja a fórmula a seguir:
(-) CPV
R$7.500,00
Lucro bruto
R$37.500,00
Lucro líquido
R$22.500,00
Observações:
Se compararmos o mesmo exemplo utilizado para os diferentes tipos de custeio apresentados (custeio por absorção e custeio variável),
chegaremos a resultados distintos:
É possível observar que, no custeio por absorção, o lucro líquido é maior do que no custeio variável. Isso acontece porque, nesse sistema de custeio,
todos os custos são apropriados à produção e apenas levados ao resultado na efetiva venda deles, proporcionalmente.
Já no custeio variável, os custos fixos são integralmente considerados despesas, afetando o resultado, sem ser proporcional às vendas.
Note que a diferença entre os lucros líquidos apurados é exatamente a mesma (com sinal contrário) dos custos do estoque de produtos acabados
entre os dois sistemas de custeio.
Agora, uma empresa, que utiliza o custeio direto, apresentou os seguintes resultados no mês de outubro de 2019:
Vendas
1.400.000
(-) CPV
(600.000)
Resultado operacional
470.000
Observações:
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Sistemas de custeio por absorção e custeio variável
Veja os sistemas de custeio por absorção e custeio variável e a aplicação dos dois conceitos em um exemplo numérico, comparando os resultados
obtidos em cada um dos sistemas.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Questão 1
Uma empresa industrial, que utiliza o custeio por absorção, incorreu nos seguintes gastos para produzir 2.500 unidades de seu produto:
O preço de venda praticado é de R$100,00 por unidade, e foram vendidas 700 unidades. Qual é o custo unitário da produção?
A R$37,00
B R$38,00
C R$39,00
D R$40,00
E R$42,00
Questão 2
Uma indústria, que utiliza o sistema de custeio variável, vende seu produto por R$24,00 a unidade e apurou os seguintes custos no mês:
Considerando que a indústria produziu 30.000 unidades e vendeu 20.000, qual é o resultado obtido?
A Lucro de R$5.000,00
B Lucro de R$10.000,00
C Prejuízo de R$5.000,00
D Prejuízo de R$10.000,00
E Prejuízo de R$15.000,00
3 - Custeio ABC
Ao final deste módulo, você será capaz de calcular os custos de uma produção utilizando o sistema de custeio baseado em
atividades (ABC).
Sistema de custeio baseado em atividades (ABC)
Conceito
O sistema de custeio baseado em atividades (ABC) é uma metodologia de alocação dos custos indiretos aos produtos, que tem por base os
conceitos de processos, atividades e direcionadores de custos.
Esse sistema busca reduzir as discrepâncias que ocorrem na alocação dos custos indiretos, de forma arbitrária, por meio de rateios pelas
empresas. Ele também é uma importante ferramenta para o gerenciamento dos custos da organização, não apenas dos custos indiretos.
Apesar de também ser possível empregá-lo para a alocação de custos diretos, sua utilização não apresenta muitas diferenças em relação aos
demais sistemas de custeio apresentados.
O custeio ABC foi desenvolvido para diminuir os problemas de alocação dos custos indiretos aos produtos,
buscando refletir mais precisamente as proporções efetivas dos custos indiretos consumidos pela atividade
produtiva.
A administração deve identificar os fatores causais (direcionadores de custos) e utilizá-los como forma de alocar os custos indiretos.
Resumindo
O custeio ABC tem por objetivo avaliar com precisão as atividades desenvolvidas em uma empresa por meio de direcionadores que distribuem os
custos indiretos aos produtos. Seu fundamento é que os custos não são utilizados pelos produtos propriamente ditos, mas pelas atividades
desempenhadas por empresas, que culminam, consequentemente, em sua produção.
Etapa 1 expand_more
Atividades são ações necessárias para a conclusão de um processo que utilizam materiais, máquinas, equipamentos, recursos e pessoas
para gerar um ativo, seja na forma de bem, seja na forma de serviço.
Etapa 2 expand_more
Deve ser feito por meio das seguintes ações, nesta ordem:
1. Alocação direta: A prioridade é sempre buscar a alocação direta dos custos. Não devemos confundir alocação direta de custos com os
custos diretos – estes sempre diretamente atribuíveis aos produtos. A alocação direta trata de custos indiretos, mas que podem ser objetiva
e diretamente atribuíveis às atividades dentro do departamento.
2. Rastreamento: Trata de atribuir os custos com base na causa e no efeito entre a atividade e o custo incorrido para possibilitar essa
atividade. Para isso, são utilizados os direcionadores de custos, como a quantidade de quilowatt-hora (kWh) consumida pela atividade, a
quantidade de empregados alocados em determinada atividade, a área ocupada etc. O rastreamento apenas deve ser aplicado caso a
alocação direta não seja possível.
3. Rateio: Alocação de custos com base em uma premissa subjetiva da empresa, que não indica obrigatoriamente uma relação de causa e
efeito entre a atividade e o custo. Caso apenas utilize rateios dos custos indiretos, a empresa não está adotando o custeio ABC propriamente
dito, mas algo mais semelhante à departamentalização de seus custos indiretos. O rateio apenas deve ser aplicado caso a alocação direta
ou o rastreamento não sejam possíveis.
Etapa 3 expand_more
Estes direcionadores atribuirão os custos às atividades. É nesta etapa que o custeio ABC mais se diferencia dos custeios tradicionais
(variável e por absorção).
O direcionador de custos determina de que forma os produtos estão relacionados às atividades, buscando responder às seguintes
perguntas:
Os direcionadores de custos podem variar entre as empresas (mesmo entre aquelas que possuem processos produtivos semelhantes).
Além disso, a quantidade de direcionadores está relacionada ao nível de acerto que a administração pretende alcançar (quanto maior esse
nível, maior a quantidade de direcionadores) e ao custo × benefício do processamento de tais informações (o custo tem de ser menor do que
o benefício da informação).
Etapa 4 expand_more
Após a administração determinar os custos e as atividades desenvolvidas em cada um dos departamentos, bem como mapear os
direcionadores de custos, o último passo é levar esses custos dos departamentos aos produtos. Isso ocorre por meio dos direcionadores de
custos identificados na fase imediatamente anterior a esta.
Os custos dos departamentos são levados a todos os produtos elaborados em cada departamento por meio do direcionador de custo de
cada uma das atividades. Para isso, é necessário que a administração levante informações quantitativas e qualitativas sobre os
direcionadores das atividades. Tais direcionadores representam, de forma mais precisa, a relação entre a atividade e o produto.
Exemplos
Vamos ver como é possível aplicar o sistema de custeio ABC nas empresas com base nas etapas já apresentadas.
Imagine que uma indústria de móveis fabrique três produtos (cadeiras, mesas e sofás) com o seguinte volume de produção mensal:
Mesas
20.000
Cadeiras
30.000
Sofás
10.000
A indústria possui seis departamentos e resolveu adotar o custeio ABC.
O primeiro passo é fazer um levantamento das atividades relevantes dentro de cada um dos departamentos. Após esse exercício, a administração
listou as seguintes atividades para cada um dos departamentos:
Departamento Atividades
Controle de qualidade Verificar a produção final / Realizar testes por amostragem nos produtos
A administração buscou atribuir os custos a cada uma das atividades dos departamentos. Primeiro, a empresa deve verificar quais os custos
indiretos que possui para, depois, atribuir os direcionadores de custos.
Seguindo o exemplo, a administração levantou os custos indiretos que possui e os atribuiu da seguinte forma:
Alocação direta dos materiais requisitados por cada uma das atividades do departamento
Materiais indiretos $100.000
(controle do estoque - requisição de materiais).
Rastreamento da energia com base nas horas-máquina consumidas por cada atividade do
Energia $120.000
departamento.
Alocação direta do pessoal que trabalha em cada uma das atividades do departamento
(folha de pagamento de cada departamento). No caso de pessoas que desempenhem
MOI $400.000
todas as atividades, será necessário um rateio (com base na MOD utilizada em cada
atividade).
Equipamentos utilizados por cada uma das atividades do departamento. Caso haja
Depreciação $80.000 equipamentos em comum, deve-se fazer um rateio (horas-máquina consumidas por cada
atividade).
Aluguel $200.000 Área utilizada por cada uma das atividades do departamento.
Custos indiretos Valor Direcionadores de custos
Total $900.000
Após o levantamento anterior, a administração buscou alocar os custos às atividades de cada um dos departamentos com base nos direcionadores
elencados. O resultado foi este:
$110.000
$90.000
$19.000
$400.000
$243.000
$38.000
Departamento Atividades Custos
TOTAL $900.000
Com base nos custos das atividades de cada um dos departamentos, a administração atribuiu os custos aos produtos, buscando a melhor maneira
de demonstrar a relação entre cada atividade, por meio dos seguintes direcionadores elencados:
Programar a Quantidade de
200 250 300
produção produtos
Administração
Supervisionar a Quantidade de
20 25 30
produção lotes de produtos
Realizar
Tempo de
manutenção
manutenção 700 horas 400 horas 900 horas
periódica das
periódica
Manutenção máquinas
Almoxarifado
Movimentar Quantidade de
matéria-prima para requisições 300 400 700
produção recebidas
Lavagem da
Tempo de lavagem 1.000 horas 2.500 horas 1.500 horas
produção
Pintura
Pintura da
Tempo de pintura 800 horas 1.700 horas 1.500 horas
produção
Departamento Atividades Direcionadores Mesas Cadeiras Sofás
Verificar a Quantidade de
200 250 300
produção final produtos acabados
Controle de
Qualidade Realizar testes por
Quantidade de
amostragem nos 20 25 30
testes realizados
produtos
Para chegar aos custos unitários dos produtos (mesas, cadeiras e sofás), a administração teve de proceder aos seguintes cálculos, nesta ordem:
custo da atividade
Custo de cada direcionador =
Quantidade de direcionadores
R$7.000,00
Custo do direcionador e quantidade de pedidos recebidos = R$2.000,00
= R$3, 50 por pedido;
R$3,50×450 pedidos
Custo da atividade ao produto mesa = 2.000 unidades
= R$0, 79 .
A situação apresentada é apenas um exemplo. Os direcionadores escolhidos e os resultados alcançados podem ser os mais diversos possíveis,
dependendo do detalhamento do processo produtivo.
Detalhamos, portanto, a diferença entre cada um dos principais custeios utilizados pela Contabilidade Gerencial. O esquema a seguir resume cada
método e suas distinções:
Custeio variável
Custeio ABC
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Custeio baseado em atividades (ABC)
Veja o sistema de custeio baseado em atividades e sua aplicação em um exemplo numérico, comentando suas vantagens e desvantagens.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Questão 1
Uma indústria de confecção de roupas produz dois artigos: camisas e saias. Para isso, possui três departamentos: corte, costura e
administração. Cada um desses departamentos tem gastos totais no mês de R$ 10.000, R$ 8.000 e R$ 5.000, respectivamente.
· No departamento de corte, são consumidas 60% das horas de trabalho para o corte das camisas e 40% para o corte das saias.
· No departamento de costura, são consumidas 30% das horas de trabalho para a confecção das camisas e 70% para a confecção das saias.
· O departamento de administração presta serviços a ambos os departamentos (corte e costura). No mês corrente, ele deu conta de 300
atendimentos do departamento de corte e 200 atendimentos do departamento de costura.
Considerando que a indústria utiliza o sistema de custeio ABC para o rateio dos custos indiretos, quais são os custos totais alocados aos
produtos camisas e saias no mês corrente?
A R$9.000,00 e R$14.000,00
B R$10.800,00 e R$12.200,00
C R$11.400,00 e R$11.200,00
D R$12.200,00 e R$10.800,00
E R$7.800,00 e R$5.200,00
Serviços da Administração
Custos alocados da
$3.000 $2.000
administração
Observações:
Questão 2
Uma indústria fabrica cortinas e almofadas. No mês corrente, produziu 20.000 cortinas e 10.000 almofadas com os seguintes custos unitários:
Matéria-prima
cortina: 20,00
almofada: 14,00
MOD
cortina: 14,00
almofada: 3,00
Além disso, para completar a produção, a indústria incorreu nos seguintes gastos relativos ao desempenho de algumas atividades:
A administração identificou determinados níveis das atividades que utiliza como direcionadores de custos, apresentados na tabela a seguir:
Direcionadores de custos Cortina Almofada
A indústria usa o sistema de custeio ABC. Quais são os custos unitários da cortina e da almofada, respectivamente?
A R$18,40 e R$22,60
B R$25,70 e R$28,40
C R$27,60 e R$21,80
D R$28,60 e R$20,40
E R$26,60 e R$22,80
$552.000 $218.000
$27,60 $21,80
Observações:
Para a Cortina:
$9.000 é calculado por 60% x $15.000;
$8.000 é calculado por 80% x $10.000;
$27.500 é calculado por 55% x $50.000;
$7.500 é calculado por 30% x $25.000;
$500.000 é calculado por 20.000 x $25,00;
$27,60 é calculado por $552.000/20.000.
Para a Almofada:
$6.000 é calculado por 40% x $15.000;
$2000 é calculado por 20% x $10.000;
$22.500 é calculado por 45% x $50.000;
$17.500 é calculado por 70% x $25.000;
$170.000 é calculado por 10.000 x $17,00;
$21,80 é calculado por $218.000/10.000.
Considerações finais
Ao longo do conteúdo, vimos de que forma os estoques podem ser controlados e mensurados, seja por produção contínua, seja por ordem ou
encomenda.
Também exploramos os principais sistemas de custeio utilizados pela Contabilidade Gerencial: custeio por absorção, custeio variável ou direto e
custeio baseado em atividades (ABC).
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Para encerrar, ouça um resumo sobre os principais assuntos abordados neste conteúdo.
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Confira as indicações que separamos espcialmente para você!
Para aprofundar mais seu conhecimento em Contabilidade Gerencial e Contabilidade de Custos, sugerimos, respectivamente, a realização de
exercícios propostos e a leitura de alguns capítulos das seguintes obras que já constam na lista de referências do tema:
LIMA, A. Contabilidade de Custos para concursos – teoria e questões comentadas da FCC, FGV, CESPE e ESAF. São Paulo: Método, 2011.
MARTINS, E. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2010. cap. 8; 10; 12; 13; 17.
Referências
IUDÍCIBUS, S; MELLO, G. Análise de custos – uma abordagem quantitativa. São Paulo: Atlas, 2013.
LIMA, A. Contabilidade de Custos para concursos – teoria e questões comentadas da FCC, FGV, CESPE e ESAF. São Paulo: Método, 2011.
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