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Descrição
Propósito
Apresentar conceitos de contabilidade gerencial, mais especificamente aqueles envolvendo a relação entre
custo, volume produzido e lucro, que ajudam na tomada de decisão por parte da empresa.
Objetivos
Módulo 1
Margem de contribuição
Expressar o conceito de margem de contribuição, os principais tipos de limitações na capacidade de
produção e como a margem de contribuição ajuda na tomada de decisão.
Módulo 2
Módulo 3
meeting_room
Introdução
Neste conteúdo, apresentaremos o conceito de margem de contribuição e de que forma ela contribui na
tomada de decisão em situações em que a empresa enfrenta limitações na sua capacidade de produção.
Por meio de teoria, exemplos e exercícios, serão apresentados também os conceitos de ponto de equilíbrio
(econômico, financeiro e contábil) e de margem de segurança de produção, necessários para a análise da
relação custo X volume X lucro.
1 - Margem de contribuição
Ao final deste módulo, você será capaz de expressar o conceito de margem de contribuição,
os principais tipos de limitações na capacidade de produção e como a margem de
contribuição ajuda na tomada de decisão.
Assim, ela representa o quanto a empresa consegue gerar de recursos para pagar seus custos e despesas
fixas e ainda obter lucro. Quando o valor da margem de contribuição for superior ao valor total das despesas
e custos fixos, a empresa estará gerando lucro e, quando for inferior, o resultado será entendido como
prejuízo.
Por exemplo, uma indústria fabrica três produtos (mesas, cadeiras e sofás) e quer saber qual deles contribui
mais para o resultado da empresa e qual deveria ter sua venda incentivada. Para isso, ela levantou as
seguintes informações:
Margem de
$ 550 $ 90 $ 800
contribuição unitária
Conforme podemos observar, o produto com maior margem de contribuição para a indústria é o sofá,
seguido pela mesa e, por último, pela cadeira. Dessa forma, seria importante priorizar a venda do sofá, cuja
margem de contribuição unitária é maior e tem, portanto, maior capacidade de trazer resultados para a
indústria.
Atenção!
Outros custos H
Modelos Matéria-prima MOD
variáveis u
Vassoura $5 $3 2 2
Rodo $2 $2 1 1
Lixeira $ 10 $6 12 3
Varal $ 15 $5 13 3
Seus custos fixos são de $500.000/mês. Ela precisará fazer uma parada programada para manutenção das
máquinas e reduzirá as horas gastas para produção. Assim, qual dos produtos deve ter sua produção
reduzida, visando maximizar o resultado da empresa?
PV – Custos H
Modelos Preço de venda Custos variáveis
Variáveis u
Vassoura $ 20 $ 10 $ 10 2
Rodo $ 10 $5 $5 1
Lixeira $ 40 $ 28 $ 12 3
Varal $ 50 $ 33 $ 17 3
Para encontrarmos a margem de contribuição, não bastou apenas diminuir os custos variáveis do preço de
venda. Nesse caso, havia uma informação relevante: a quantidade de horas-máquina necessárias para
produzir uma unidade de cada produto. Repare que, para produzir a lixeira, por exemplo, é necessário o
dobro do tempo utilizado para produzir o rodo. Ou seja, enquanto a fábrica produz uma lixeira, ela consegue,
no mesmo tempo, produzir dois rodos. Portanto, é necessário colocar todos os produtos na mesma ordem
de grandeza, nesse caso, horas-máquina.
Apesar de a margem de contribuição não levar em consideração para seu cálculo as despesas e os custos
fixos, eles devem ser analisados também, visto que existem independentemente de produção e a empresa
tem menos condições de controlá-los. Não adianta uma empresa se preocupar apenas com as margens de
contribuição positivas e elevadas de seus produtos caso elas sejam, em conjunto, menores do que os
custos e as despesas fixas.
Por exemplo, uma empresa que fabrica quatro produtos apresenta a seguinte estrutura de custos:
Produção
2.000 1.500 1.800 2
(unidades)
Preço de venda
$ 950 $ 1200 $ 800 $
unitário
Custo variável
$ 450 $ 800 $ 420 $
unitário
Margem de
$ 500 $ 400 $ 380 $
contribuição
Se analisarmos apenas a margem de contribuição, o modelo 1 é o que traz maior margem, enquanto o
modelo 3 apresenta a menor margem. E se analisarmos apenas o resultado por produto, o modelo 1 é o que
apresenta o pior resultado (exatamente o mesmo produto cuja margem de contribuição é maior). E
justamente o produto com menor margem de contribuição é o que traz o maior resultado para a empresa.
Cortar a produção dele com base apenas na análise da margem de contribuição provavelmente seria um
erro para a empresa.
O modelo 1 é o que traz mais receitas para a empresa, sendo responsável por aproximadamente 27% do
faturamento. Mas é o modelo que apresenta menor resultado operacional. Cortar a produção dele
equivaleria a abrir mão de uma receita relevante (apesar de a empresa poder compensar essa perda de
receita com o faturamento de uma maior produção dos outros modelos, caso houvesse demanda de
mercado para isso).
Atenção!
Importante lembrar que os custos fixos continuariam existindo no montante de $980.000 (2.000 unidades x
$490). Caso a empresa corte a produção do modelo 1, isso significa um resultado menor em $1.000.000000
(1.900.000 - $450 x 2.000 unidades), se não houvesse alteração da produção dos outros modelos.
Por outro lado, o modelo 3 é o que tem a menor margem de contribuição e traz a menor receita para a
empresa. No entanto, é o modelo que apresenta maior resultado operacional, sendo responsável por
aproximadamente 37% do resultado ($144.000/$386.000 ). Cortar a produção dele equivaleria a abrir mão
de um resultado operacional relevante (apesar de, da mesma forma, essa perda de resultado poder ser
compensada com o faturamento de uma maior produção dos outros modelos, caso haja demanda de
mercado para isso). Novamente é importante lembrar que os custos fixos continuariam existindo no
montante de $ 5400.000 (1.800 unidades x $300) . Caso a empresa corte a produção do modelo 3, isso
significa um resultado menor em $ 684.000 ($1.440.000 - $420 x 1.800 unidades) , e ela passaria a
apresentar prejuízo (caso não houvesse alteração da produção dos outros modelos).
Conforme se pode observar, por mais importante que seja o conceito de margem de
contribuição e sua relevância para a tomada de decisão, ele não deve ser analisado
isoladamente, mas em conjunto com outras variáveis, tais como os custos fixos,
como apresentado.
video_library
Margem de contribuição e tomada de decisão
Neste vídeo, o especialista apresenta, com a ajuda de gráficos, o conceito de margem de contribuição.
Taxa de retorno do ativo
Esse é outro conceito que pode ser utilizado em conjunto com a margem de contribuição. Significa a
capacidade da empresa de gerar lucro a partir dos seus ativos. A taxa de retorno do ativo demonstra o
quanto de resultado o ativo da empresa gerou para ela e a fórmula para cálculo é a seguinte:
Lucro operacional
Taxa de retorno do ativo =
Total do Ativo
Margem de
$ 1.000.000 $ 600.000 $ 684.000 $
contribuição
Resultado
$ 20.000 $ 75.000 $ 144.000 $
operacional
Notem que quando usamos o conceito de taxa de retorno, o modelo 4 é o que apresenta maior retorno
sobre o ativo. Assim, em cada um dos critérios utilizados chegamos a resultados distintos. Esse exemplo é
apenas ilustrativo; com ele se buscou demonstrar como cada conceito, se usado isoladamente, tem
diferentes resultados possíveis.
Para fins de tomada de decisão, é importante combinar e analisar o máximo de informações disponíveis
para que a decisão seja a mais fundamentada e próxima possível do que será realizado.
Outra maneira de utilizar a margem de contribuição é na forma de percentual, em que ela se torna uma
medida da alavancagem da empresa obtida entre o volume de vendas e o lucro. Esse percentual representa
a parcela do preço praticado pela empresa que é acrescentado ao lucro ou ao prejuízo.
ou
Exemplo
Uma empresa quer saber qual sua margem de contribuição percentual em relação ao preço de venda
praticado no mercado. Seu ideal era atingir uma margem de contribuição percentual de 50%. A seguir está a
estrutura de custos dessa empresa:
Para calcular a margem de contribuição percentual, basta dividirmos a margem de ($ 10.000 - 6.000)
contribuição da empresa pelo valor do preço de venda ($ 10.000) . Assim, a margem de contribuição
percentual é de 40%, ou seja, 40% do preço de venda da empresa é quanto o produto efetivamente paga os
custos fixos e, por vezes, traz um retorno para a empresa, enquanto os outros 60% pagam apenas os custos
variáveis.
Por vezes a empresa pode receber encomendas de um produto e precisará diminuir ou interromper a
produção de outros itens para atender a essa encomenda. Outras vezes, ela pode ter uma redução de
disponibilidade de horas de mão de obra direta (MOD), ou de horas-máquina (quebra ou manutenção de
uma máquina, por exemplo) ou ainda falta de matéria-prima (por greve ou problemas com o fornecedor, por
exemplo).
Para esse tipo de tomada de decisão, além de conhecer a capacidade de produção, a empresa tem que
conhecer a margem de contribuição de cada um dos seus produtos.
Por exemplo, uma indústria fabrica cinco produtos com a seguinte estrutura de custos:
Rosa $ 20 $ 12 1 $
Amarelo $ 22 $ 14 2 $
Azul $ 24 $ 15 3 $
Produto Matéria-prima MOD Horas MOD C
Roxo $ 27 $ 16 4 $
Preto $ 29 $ 20 5 $
Além disso, para fabricar cada um dos produtos a empresa consome diferentes quantidades de MOD e, em
condições normais, o mercado consome diferentes quantidades de cada produto por mês. Veja a diferença:
Rosa 1 5.000
Amarelo 2 7.500
Azul 3 600
Roxo 4 8.000
Preto 5 9.000
Nesse nível de produção, seus custos fixos mensais somam $ 500.000. Em dezembro, a empresa costuma
diminuir a quantidade de horas trabalhadas, fazendo um rodízio de férias, limitando a quantidade de horas
de MOD. Assim, ela reduz a produção de um de seus itens.
Para respondermos à pergunta acima, devemos calcular a margem de contribuição unitária de cada um dos
produtos:
Produto PV unitário MOD CIF variáveis P
Rosa $ 125 $ 10 $ 17 $
Amarelo $ 130 $ 15 $ 19 $
Azul $ 160 $ 20 $ 20 $
Roxo $ 180 $ 25 $ 23 $
Preto $ 210 $ 30 $ 25 $
No exemplo, para encontrarmos a margem de contribuição não bastou apenas reduzir os custos e despesas
variáveis do preço de venda. Como cada produto leva uma quantidade de horas para ficar pronto e a
empresa tem uma limitação de horas de MOD, devemos colocar na mesma base, como se todos levassem
apenas uma hora para ficar prontos. Assim, o produto que deverá ter sua produção diminuída é o preto.
Para produzir 10.000 unidades do produto rosa sem reduzir a quantidade dos demais itens, a empresa
precisaria das seguintes horas:
115.000
1 10000 10.000
2 7500 15.000
3 6000 18.000
4 8000 32.000
5 9000 45.000
120.000
Sendo a capacidade máxima de produção de 115.000 horas e para atender a encomenda sem reduzir a
produção dos demais itens seriam necessárias 120.000 horas, e a empresa terá que reduzir a fabricação do
item com menor margem de contribuição; no caso, o produto preto.
Mas quantas unidades a menos do produto preto ela terá que fabricar?
Como a diferença é de 5.000 horas, a empresa deverá deixar de produzir 1.000 unidades do produto preto,
visto que cada um demanda 5 horas para ficar pronto:
5.000 horas
= 1.000 unidades
5h/ unidade
Rotacione a tela. screen_rotation
Assim, a produção da empresa deve ser a seguinte:
115.000
Para fixarmos melhor o assunto, vamos a mais um exemplo. Suponha que uma indústria produza garrafas e
copos de vidro utilizando o mesmo processo produtivo. Ela vende moringas pelo preço de $8,00, com as
seguintes informações de produção:
rocesso produtivo
Mesmas máquinas, matéria-prima e mão de obra.
oringas
Conjunto de moringa + copo.
Para esse nível de produção (capacidade máxima), seus custos fixos são de $ 800.000. A empresa verificou
que há uma demanda maior do que consegue atender e resolveu adquirir os copos já prontos de um
fornecedor, ao custo de $ 2,00/unidade.
Com base nos dados apresentados, que resultado a empresa obterá comprando os
copos e utilizando toda a sua capacidade instalada para produzir somente as
garrafas?
Para resolvermos a questão, devemos verificar quanto tempo a indústria demora para produzir cada garrafa
e cada copo:
Tempo total de produção da garrafa: 25.000.000 (500.000 x 50)
Tempo total de produção do copo: 15.000.000 (500.000 x 30)
Como a indústria não fabricará mais o copo, o tempo total de produção desse item pode ser utilizado para a
produção da garrafa.
Questão 1
Uma indústria fabrica quatro produtos e apresenta a seguinte estrutura de custo para cada unidade
produzida:
Produto Preço de venda Custos variáveis Custos fixos
Saia $ 60 $ 20 $ 10
Camisa $ 50 $ 18 $9
Short $ 40 $ 10 $4
Calça $ 70 $ 23 $4
A empresa quer maximizar seu lucro e precisa incentivar a venda de dois produtos. Quais são eles?
A Saia e camisa.
B Saia e calça.
C Short e camisa.
D Short e calça.
E Short e saia.
Saia $ 60 $ 20 $ 10
Camisa $ 50 $ 18 $9
Short $ 40 $ 10 $4
Calça $ 70 $ 23 $4
Os dois produtos com maior margem de contribuição e que, portanto, devem ter suas vendas
estimuladas pela empresa objetivando ter um maior lucro são a calça e o short, nessa ordem.
Questão 2
Uma indústria fabrica três modelos de banquetas que utilizam exatamente a mesma matéria-prima e
mão de obra direta. A empresa apresenta as seguintes informações referentes à sua capacidade
produtiva normal:
Matéria-prima (kg) 8 10 14
MOD (horas) 7 8 10
Produção
40.000 50.000 35.000
(unidades)
Preço de venda
$ 206 $ 220 $ 270
unitário
Matéria-prima: $ 10,00/kg
MOD: $ 5,00/hora
A indústria programou, para o próximo mês, férias coletivas para a MOD e reduzirá a sua capacidade de
horas dessa modalidade em 40%. Como ela pretende obter o maior lucro possível com os modelos de
lâmpadas, de que forma deve programar a produção?
Primeiramente devemos encontrar a quantidade total de horas de MOD consumidas para a produção
total de cada modelo:
Modelo 1: 40.00 unidades x 7 horas = 280.000 horas
Modelo 2: 50.00 unidades x 8 horas = 400.000 horas
Modelo 3: 35.00 unidades x 10 horas = 350.000 horas
Total de horas para os três modelos: 1.030.000 horas
Como a fábrica reduzirá em 40% a quantidade de horas de MOD, o total de horas disponíveis para a
produção dos três modelos será de 618.000 (60% x 1.030.000 horas). Assim, será necessário reduzir o
tempo em 412.000 horas (1.030.000 – 618.000).
Sabendo quantas horas será necessário reduzir, agora precisamos saber qual modelo deverá ter sua
produção reduzida e qual deverá ter sua produção mantida. Para isso devemos calcular a margem de
contribuição, considerando o fator de limitação de horas de MOD, da seguinte forma:
Matéria-prima (kg) 8 10 14
Matéria-prima
$ 10 $ 10 $ 10
($/kg)
MOD (horas) 7 8 10
MOD ($/horas) $5 $5 $5
Custo MOD $ 35 $ 40 $ 50
Assim, com base nos cálculos apresentados, o produto com a menor margem de contribuição unitária,
considerando a limitação de horas de MOD, é o modelo 3. Agora precisamos verificar se basta reduzir a
produção do modelo 3 para que a indústria consiga atingir o lucro máximo com a redução de MOD.
Considerando o total de horas por modelo e que a empresa precisa reduzir o tempo de MOD para
618.000 horas (redução de 412.000 horas), e sabendo que a produção do modelo 3 consome, ao total,
350.000 horas, apenas reduzir a sua produção não basta: é necessária a interrupção total de sua
produção, e mesmo assim não é o suficiente, pois ainda falta cortar 62.000 horas. Assim, a empresa
precisa reduzir a produção de seu segundo modelo com menor margem de contribuição, considerando
o limitador de MOD, que, no exemplo, é o modelo 2. Como para produzir a quantidade total de itens do
modelo 2 a empresa consome o total de 400.000 horas e falta cortar 62.000 horas, não é necessário
interromper a sua produção, bastando apenas reduzi-la.
Assim, concluímos que, para atingir o lucro máximo, considerando uma limitação de horas de MOD em
60% (redução de 40%), a empresa deve manter a produção do modelo 1, reduzir a produção do modelo
2 e suspender a produção do modelo 3.
2 - Ponto de equilíbrio - conceito
Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar o conceito e os tipos de ponto de equilíbrio.
Deve-se ter uma segregação clara entre os custos fixos e variáveis, visto que o conceito de
margem de contribuição é utilizado no cálculo.
Deve haver um comportamento linear de custos, despesas e preços. Não precisam ser iguais
de um período para o outro, basta que sejam lineares, que tenham um padrão de
comportamento ao longo do tempo.
Deve ser avaliado levando em consideração o custo de oportunidade, que vem a ser em
quanto uma empresa sacrifica a remuneração de seu capital por ter feito uma opção de
investimento em detrimento de outra opção. Por exemplo, uma empresa tem a opção de
aplicar uma parte de seu capital ($ 100.000) em um título que rende 10% ao ano ou aplicar
esse montante em uma máquina para fabricar sabão. Seu custo de oportunidade é $ 10.000,
pois se ela não fizer nada e aplicar apenas o dinheiro ela consegue pelo menos esse valor ($
10.000).Se, com a atividade resultante dessa máquina, seu lucro no ano for de $40.000, o
verdadeiro valor resultante da atividade seria de $30.000, que é o excedente ao que ela
conseguiria com o capital investido em uma instituição financeira ($40.000 - $10.000, que é
seu custo de oportunidade).
done
Ponto de equilíbrio contábil (PEC)
done
Ponto de equilíbrio econômico (PEE)
done
Ponto de equilíbrio financeiro (PEF)
Resolução expand_more
($240.000)
P EC = = 3.000 unidades
($100 − $20)
Resolução expand_more
($240.000 + $20.000)
P EE = = 3.250 unidades
($100 − $20)
ã
(Custos f ixos + Desp. f ixas − Parc. n o desembolsada do custo)
P EF =
Margem de contribui ção unit.
Resolução expand_more
($240.000 − $10.000)
P EF = = 2.875 unidades
($100 − $20)
Demonstração expand_more
$250.000
P EF = = 2.500 unidades
$100
Vale observar que o denominador das três equações de ponto de equilíbrio é sempre o mesmo: a margem
de contribuição. Uma vez alcançado o ponto de equilíbrio, cada unidade adicional vendida aumenta o lucro
da empresa no valor da margem de contribuição unitária.
Resolução expand_more
$250.000
P EF = = 2.500 unidades
$100
No ponto de equilíbrio o lucro é zero. Se a empresa for aumentando a sua produção em uma unidade, o
lucro fica aumentado da margem de contribuição, conforme podemos observar:
Assim, o resultado da empresa para uma quantidade superior à do ponto de equilíbrio pode ser calculado
pela fórmula:
Impacto no resultado í
= ( Quantidade atual − Quantidade no ponto de equil brio ) × M C
ã
variac o percentual do resultado
Grau de alavancagem operacional =
variação percentual da quantidade
video_library
Classificações do ponto de equilíbrio
Neste vídeo, o especialista apresenta, com a ajuda de gráficos, o conceito de ponto de equilíbrio, bem como
os diversos tipos de pontos de equilíbrio: PEC, PEE e PEF.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Questão 1
Com base nessas informações, qual o total dos custos fixos da indústria?
A $ 368.000,00
B $ 376.000,00
C $ 434.000,00
D $ 452.000,00
E $ 444.000,00
Questão 2
Uma empresa apresentou as seguintes informações:
Com base nessas informações, quais os pontos de equilíbrio contábil, econômico e financeiro,
respectivamente?
($105−$50−$20)
= 1.000 unidades
Custo de oportunidade = 15% × $14.000 = $2.100
($105−$50−$20)
= 1.060 unidades
Ponto de equilibrio financeiro = unidades
$30.000+$5.000−$700
= 980
($105−$50−$20)
3 - Relação entre custo, volume e lucro
Ao final deste módulo, você será capaz de estabelecer a relação entre custo, volume e lucro.
Margem de segurança
O conceito de ponto de equilíbrio foi amplamente discutido no módulo anterior. Margem de segurança é o
quanto a empresa está operando acima do seu ponto de equilíbrio. Ele pode ser calculado das seguintes
formas:
Receita atual − Receita no ponto de equil brioí
Margem de seguran a ç =
Receita atual
Resposta 1 expand_more
Resposta 2 expand_more
A empresa opera com 1.000 unidades acima do seu ponto de equilíbrio contábil.
Alterações nos custos e despesas fixas impactam o numerador da equação do ponto de equilíbrio. Assim,
se esses fatores aumentarem (sem alterações na margem de contribuição), o ponto de equilíbrio será maior,
ou seja, a empresa precisará fabricar mais unidades para compensar um aumento dos seus custos e
despesas fixas. De forma contrária, se esses fatores diminuírem, o ponto de equilíbrio será menor, pois a
empresa precisará produzir menos para pagar custos e despesas fixas mais baixas.
Preço de venda
Alterações nos custos e despesas variáveis impactam a margem de contribuição, que é o denominador da
equação do ponto de equilíbrio. Assim, se os custos e despesas variáveis aumentarem (sem alterações no
preço de venda), a margem de contribuição diminuirá e o ponto de equilíbrio será maior. De forma contrária,
se os custos e as despesas variáveis diminuírem, a margem de contribuição será maior e o ponto de
equilíbrio, menor.
Utilizando ainda o mesmo exemplo, verificamos que o ponto de equilíbrio contábil da empresa é de 3.000
unidades, considerando as seguintes informações:
$300.000
í
Ponto de equil brio = = 3.750 unidades (aumento de 25%)
($100 − $20)
$210.000
í
Ponto de equil brio = = 2.625 unidades (queda de 12, 5% )
($100 − $20)
Como podemos observar, as alterações nos custos fixos alteram na mesma proporção o ponto de equilíbrio.
Mas para os custos e despesas variáveis e para o preço de venda não ocorre essa proporcionalidade. Veja
nos exemplos a seguir:
$240.000
Ponto de equilibrio = = 2.400 unidades (queda de 20% )
($120 − $20)
$240.000
Ponto de equilibrio = = 3.200 unidades (aumento de 6, 7% )
($100 − $25)
$240.000
Ponto de equilibrio = = 2.927 unidades (aumento de 31% )
($100 − $18)
Note que as alterações nos custos variáveis e no preço de venda não resultam em uma alteração
proporcional do ponto de equilíbrio. Independentemente de quanto maior seja a margem de contribuição, as
alterações de suas variáveis não impactarão tanto o ponto de equilíbrio. Entretanto, quanto menor for a
margem de contribuição, maior será o impacto da alteração de suas variáveis no ponto de equilíbrio.
Se utilizarmos mais uma vez o exemplo em que calculamos o ponto de equilíbrio da empresa, veremos que,
para ela pagar seus custos e despesas fixas, será necessária uma produção de 3.000 unidades de seu
produto. Assim, se ela fabricar 3.000 unidades, gerará um lucro de zero (desconsiderando outras variáveis).
Custos fixos: $ 240.000
Se a mesma empresa quer gerar um lucro de $ 100.000, quanto ela precisará produzir a mais, mantendo as
demais variáveis constantes?
Notem que, para ter o retorno esperado, a empresa terá que produzir 1.250
unidades acima do ponto de equilíbrio. Ela pode não ter capacidade de produção
para isso; mesmo que tenha, pode não estar disposta a isso. O que a empresa pode
fazer é modificar as variáveis do ponto de equilíbrio.
Digamos que, no mesmo exemplo, ela não queira modificar a quantidade produzida. Para conseguir o
retorno esperado, deve então modificar uma das três variáveis existentes na equação: ou aumentar o preço
de venda (caso haja espaço no mercado para isso), ou diminuir os custos e despesas fixas (que são menos
gerenciáveis, em geral), ou ainda diminuir os custos variáveis.
Como já vimos, alterar a estrutura dos custos é algo muito complexo, em especial os custos fixos. Mas de
qualquer forma, veremos no exemplo de quanto deveria ser a alteração de cada uma das variáveis para que
a empresa obtivesse o resultado esperado:
Preço de venda
Custos fixos
Custos variáveis
Veja que alterar apenas os custos variáveis seria impossível. Mas a empresa pode estudar vários cenários
alterando todas as variáveis ou algumas delas até chegar em um cenário viável para obter o retorno
esperado.
Para ilustrar as diferenças das variáveis sobre o ponto de equilíbrio, observe o exemplo abaixo de uma
empresa que fabrica dois produtos (camisas e vestidos):
Camisa Vestido
Margem de contribuição $ 20 $ 80
Com base nessas informações, a empresa precisa, para pagar seus custos e despesas fixas, produzir 1.500
camisas e 2.625 vestidos; ela resolve então fazer simulações de alteração no seu preço de venda e avaliar
como reduções ou aumentos nele impactariam a quantidade necessária para pagar seus custos e despesas
fixas (que seria o novo ponto de equilíbrio com os novos preços). Após fazer as simulações, a empresa
chegou aos seguintes resultados:
Camisa Vestido
Atenção!
Se a empresa aumentar o preço de venda em 10%, será necessário um aumento de 14% da quantidade
produzida de vestidos, enquanto para as camisas será necessário um aumento de 100%!
Isso ocorre sempre entre produtos com margens de contribuição tão diferentes: quanto maior a margem de
contribuição, menos sensível a alterações no preço de venda é o ponto de equilíbrio; por outro lado, quanto
menor a margem de contribuição, mais sensível a alterações no preço de venda é o ponto de equilíbrio.
video_library
Relação custo X volume X lucro
Neste vídeo, o especialista resolve um exemplo numérico calculando o ponto de equilíbrio da empresa, o
volume necessário para obter determinado lucro e modificar as variáveis do ponto de equilíbrio para simular
alternativas.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Questão 1
A empresa deseja um lucro de $ 6.900,00. Com base nas informações apresentadas, qual a opção
correta em relação à análise de custo X volume X lucro?
PV = 320
CV = 140
DV = 65
MC = 320 - 140 - 65
MC = 115
Para atingir o ponto de equilíbrio econômico, é necessário que as vendas alcancem $ 51.200,00.
Questão 2
A 340
B 320
C 310
D 300
E 330
Parabéns! A alternativa B está correta.
Cenário real:
Cenário 1:
Receitas: $ 4.416.000 => (13.800 unidades x $ 320)
Comissão: ($ 529.920) => (12% x $ 4.416.000)
Custos variáveis: ($ 2.139.000) => (13.800 unidades x $ 155)
Resultado: $ 1.747.080 ( ESTE É O MAIOR RESULTADO, PORTANTO A OPÇÃO B É A CORRETA)
Cenário 2:
Receitas: $ 4.464.000 => (14.400 unidades x $ 310)
Comissão: ($ 535.680) => (12% x $ 4.464.000)
Custos variáveis: ($ 2.232.000) => (14.400 unidades x $ 155)
Resultado: $ 1.696.320
Cenário 3:
Receitas: $ 4.500.000 => (15.000 unidades x $ 300)
Comissão: ($ 540.000) => (12% x $ 4.500.000)
Custos variáveis: ($ 2.325.000) => (15.000 unidades x $ 155)
Resultado: $ 1.635.000
Considerações finais
Vimos o conceito de margem de contribuição e sua importância para a contabilidade gerencial. Trata-se de
uma relevante ferramenta para a tomada de decisão, especialmente quando a empresa enfrenta alguma
limitação de produção. Vimos também que, por meio desse conceito, é possível encontrarmos o ponto de
equilíbrio (seja contábil, econômico ou financeiro), além de realizarmos simulações com variações de custo,
de volume ou de ambos. Demonstramos a relevância da análise de alterações nos componentes da relação
custo X volume X lucro.
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Para mais informações sobre contabilidade gerencial e contabilidade de custos, leia os livros elencados
nas referências, extremamente relevantes nessa área de conhecimento e com diversas questões
comentadas.
Referências
MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2010.
IUDICIBUS, S.; MELLO, G. Análise de custos: uma abordagem quantitativa. São Paulo: Atlas, 2013.
LIMA, A. Contabilidade de custos para concursos: teoria e questões comentadas da FCC, FGV, Cespe e Esaf.
São Paulo: Método, 2011.
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