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UNIVERSIDADE PAULISTA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC


CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DP - DEPENDÊNCIA
APS - ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
CONTABILIDADE DE CUSTOS
5º semestres

Ferramenta pedagógica de apoio:

Novembro / 2022

Nome do Aluno: Amanda Assis Mariqui


RA: B583IE-4
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
2. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO .................................................................. 4
3. DIFERENÇA ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E CUSTEIO POR
ABSORÇÃO ...................................................................................................... 6
4. CONCLUSÃO ............................................................................................ 11
5. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 11

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1. INTRODUÇÃO

O Critério do Custeio Variável fundamenta-se na idéia de que os custos


e as despesas que devem ser inventariáveis serão apenas aqueles diretamente
identificados com a atividade produtiva e que sejam variáveis em relação a
uma medida dessa atividade. É um instrumento de grande utilidade para a
gerência em sua função de planejamento das operações. É um método muito
empregado nos casos em que há grande variedade de produtos diferentes.

Segundo Megliorini custeio variável “É o método de custeio que consiste em


apropriar aos produtos somente os custos variáveis, sejam diretos ou indiretos.”
(MEGLIORINI, 2007, p.113).

Custos variáveis são aqueles que variam proporcionalmente à produção, por


exemplo: matérias-primas. Se utilizarmos duas unidades de matéria-prima para
produzir uma unidade de produto, utilizaremos quatro unidades de matéria-prima
para produzir duas unidades de produto.

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2. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

A Margem de Contribuição é o montante que resta do preço de venda de


um produto depois da dedução de seus custos e despesas variáveis. Representa
uma parcela excedente dos custos e das despesas geradas pelos

produtos.

A empresa só começa a ter lucro quando a margem de contribuição dos


produtos vendidos supera os custos e despesas fixos do exercício. Entende-se
por margem de contribuição a diferença entre o preço de venda e a soma das
despesas e custos variáveis de um produto ou serviço. Ou seja, a margem de
contribuição resulta do seguinte cálculo:

MC = PV – (CV+DV)

MC = Margem de Contribuição

PV = Preço de Venda

CV = Custos Variáveis

DV = Despesas Variáveis

Exemplo prático

A venda de um determinado produto seja R$ 10.000,00, sendo a Despesa


Variável R$ 1.000,00 e o Custo Variável R$ 5.000,00. A Margem de Contribuição
será R$ (10.000,00 – 1.000,00 – 5.000,00) = R$4.000,00. Isto quer dizer que este
produto está contribuindo com R$ 4.000,00 para pagar a Despesa Fixa R$
3.000,00 e o Lucro da empresa R$500,00. Este tipo de análise permite
estabelecer qual é o melhor mix de produto / serviço de forma a aumentar a
lucratividade da empresa, podendo ainda estabelecer o Ponto de Equilíbrio (PE)
que é o valor de Venda Bruta suficiente para pagar a Despesa Fixa, e não gerar
lucro nem prejuízo.

PE = Despesa Fixa / % MC

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PRODUTO
A B C D Total %
Preço de Venda (R$) 10,00 15,00 12,00 20,00 23.015,00 100%
(Unit.)
(-) Custo Variável (R$) 4,15 1,65 6,50 10,25 10.160,00 44,14%
(Unit.)
(-) Despesa (R$) 1,00 1,50 1,20 2,00 2.301,50 10%
Variável (Unit.)
(=) Margem de (R$) 4,85 11,85 4,30 7,75
Contribuição
(Unit.)
(x) Quantidade 787 175 540 302 1810
Vendida
(unidades)
(=) Margem de (R$) 3.817,00 2.074,00 2.322,00 2.341,00 10.554,00 45,86%
Contribuição
Total
(-) Despesa Fixa (R$) 9.054,00
(=) Lucro (R$) 1.499,50 6,52%
Ponto de Equilibrio (PE) = Despesa Fixa / % MC = R$ 9.054,00 / 0,4586 = R$
19.743,00

Conferência
(+) Venda = R$ 19.743,00
(-) Custo Variável (44,14%) = R$ 8.715,00
(-) Despesa Variável (10%) = R$ 1.974,00
(=) Margem de Contribuição = R$ 9.054,00
(-) Despesa Fixa = R$ 9.054,00
(=) Lucro = 0
Verificamos que os métodos de custeamento existentes rateiam a
Despesa Fixa sobre produto / serviço de forma arbitrária, produzindo distorções.
A metodologia (MC) é útil para decisões de preços, alternativas de custo, mix de
vendas, canais de distribuição, promoções de vendas, ampliação ou eliminação
de produtos / serviços, etc.
Sem modificar o preço de venda e o custo, só alterando as quantidades
vendidas, vamos ver o resultado do lucro:
Quantidades Vendidas
Produto Margem de Contribuição Unitária Produto Antes Proposto
A R$ 4,85 A 787 480
B R$ 11,85 B 175 350
C R$ 4,30 C 540 170
D R$ 7,75 D 302 500
Total 1810 1500

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No caso dos produtos B e C que têm as maiores Margens de Contribuição
Unitária, aumentamos as quantidades vendidas e no caso dos produtos A e D
diminuímos, e não alteramos o preço de venda dos produtos.

A B C D TOTAL %
Preço de Venda (R$) 10,00 15,00 12,00 20,00 22.090,00 100%
(Unit.)
(-) Custo Variável (R$) 4,15 1,65 6,50 10,25 8.799,50 39,84%
(Unit.)
(-) Despesa Variável (R$) 1,00 1,50 1,20 2,00 2.209,00 10%
(Unit.)
(=) Margem de (R$) 4,85 11,85 4,30 7,75
Contribuição (Unit.)
(x) Quantidade 480 350 170 500 1500
Vendida (unidades)
(=) Margem de (R$) 2.328,00 4,147,00 731,00 3.875,00 11.081,50 50,16%
Contribuição Total
(-) Despesa Fixa (R$) 9.054,00
(=) Lucro (R$) 2.027,50 9,18%

Mesmo diminuindo a quantidade de produtos vendidos, aumentamos a Margem


de Contribuição Total e, consequentemente, o Lucro.

3. DIFERENÇA ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E CUSTEIO POR


ABSORÇÃO

Método de Custeio Variável

O Método de Custeio Variável (também conhecido por Método deCusteio


Direto) é um dos Métodos de Custeio mais conhecidos e utilizados entre as
empresas, principalmente aquelas que trabalham no modelo industrial ou
comércio. E um dos principais motivos para isto é sua simplicidade eobjetividade.
Os Custos Variáveis (ou Custos Diretos), como o próprio nome sugere,
são aqueles que variam de acordo com o volume de produção e vendas da

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empresa. Ou seja, seus valores dependem diretamente do volume produzido,
que por sua vez vai variar conforme volume de vendas efetivadas em um
determinado período de tempo.
Alguns exemplos de itens classificados custos variáveis:
• Matérias-primas;
• Insumos produtivos;
• Embalagens;
De acordo com as atividades realizadas pela empresa, podemos classificar os
custos de vendas de três formas: CPV, CMV e CSV. Neste artigo, vamos
detalhar um pouco mais o CPV (por ser o mais complexo), mas antes vamos
ver um pouco sobre cada um deles:
• CPV (Custo dos Produtos Vendidos) – Este tipo de classificação do
custo de vendas geralmente está associado às indústrias, que fabricam
os produtos que vendem. Neste caso, o custo dos produtos será
composto de matérias-primas e insumos utilizados na fabricação;
• CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) – Já o CMV é utilizado nocalculo
dos custos de vendas de empresas de comércio ou que apenas revendem
mercadorias. Para as mercadorias vendidas, o custo será o próprio preço
de compra do item que será revendido;
• CSV (Custo dos Serviços Vendidos) – Por fim, temos o CSV, que como
o próprio nome ajuda a explicar, é o custo dos serviços prestados.
Também conhecido como CSP (Custo dos Serviços Prestados),
geralmente este tipo de custeio é utilizado em empresas onde não existe
a venda de um produto ou mercadoria, e sim a prestação de um serviço,
que pode ser desde horas de uma pessoa (como o caso de uma
consultoria, escritórios de advocacia, agências de marketing, etc.), como
um aluguel de uma máquina, equipamento ou até mesmo recurso
computacional pago mensalmente (exemplo de softwares online, como
o Treasy). O CSV é um pouco mais complexo de ser calculado e
geralmente é feito utilizando o Método de Custeio por Absorção, que
vamos ver mais a rente.

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Exemplo Prático
Cálculo de Custo Variável (Custo Direto):
Em um determinado mês esta empresa está planejando vender 10.000
unidades de trufas e 10.000 unidades de bombons, a R$ 3 e R$ 2 cada unidade
respectivamente. Este volume de vendas gerará então para a empresa um
faturamento de R$ 50.000, conforme imagem abaixo:

Todavia, para produzir as trufas e bombons, a empresa precisará adquirir


as matérias-primas e insumos (chocolate, recheios, etc.) utilizados na produção
dos itens vendidos. Independente do quanto de matéria-prima a empresa
comprar, o que importa para o cálculo do Custo Variável é a quantidade
realmente utilizada na produção dos itens vendidos.
Sendo assim, é de extrema importância conhecermos a quantidade de
cada matéria-prima utilizada para produzir 1 unidade de trufa e também para a
produção de 1 unidade de bombom. Assim, fazendo um calculo simples
podemos chegar ao Custo Variável Unitário de cada produto (quantidade de
matéria-prima necessária multiplicada pelo preço de compra da matéria-prima).
E por fim, multiplicando o custo unitário pela quantidade total do item vendida,
temos o Custo Variável Total ou CPV (Custo dos Produtos Vendidos).

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Método de Custeio por Absorção (Custeio Integral)

Se sabemos que precisamos de 30g de chocolate para produzir uma trufa,


que o chocolate custa R$ 30 o quilo e que vamos vender 10.000 trufas, fica fácil
calcular que vamos gastar R$ 9.000 em chocolate para produzir as
10.000 trufas. O Custeio por Absorção, também chamado Custeio Integral
ou Custo Integral, recebe esse nome exatamente por absorver os Custos Fixos
no custo final de cada produto vendido.
Ou seja, o Custo por Absorção tem como premissa debitar ao Custo dos
Produtos Vendidos todos os custos da área de fabricação, sejam esses custos
definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou
operacionais. O próprio nome do Método de Custeio por Absorção deixa claro o
que precisa ser feito: garantir que cada produto absorva uma parcela dos
custos diretos e indiretos, relacionados à fabricação.
E o fator fundamental para a utilização do Método de Custeio por
Absorção está na correta distinção entre Custos e Despesas. Apenas os
desembolsos relativos aos produtos vendidos (sejam eles diretos ou indiretos)
deverão ser alocados no Custo dos Produtos Vendidos. Todas os demais
desembolsos (Despesas Administrativas, Despesas Financeiras,Investimentos,
etc.) devem ficar de fora da composição.
Vale aqui o mesmo tratamento em relação a “ativação dos custos”. O
Custo por Absorção só acontece no momento da venda dos produtos. Do
contrários os custos relativos aos produtos em elaboração e aos produtos
acabados que ainda não tenham sido vendidos devem ser tratados como
Estoques de Produtos em Elaboração ou Estoques de Produtos Acabados.

Exemplo Prático
A exemplo do que fizemos com o Método de Custeio Variável, vamos
entender na prática como aplicar o Custo por Absorção. Para isto, vamos
imaginar que nossa pequena fábrica de chocolate tenha R$ 18.500 de Custos
Fixos, conforme imagem abaixo:

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Veja que estamos falando de Custos Fixos, mas todos ainda são
relacionados à produção. Não há nenhuma Despesa Administrativa listada na
imagem. Estes Custos, como o próprio nome diz, são fixos. Acontecendo ou não
a venda dos produtos, eles continuarão a existir.
O que precisamos agora é achar uma forma de cada um dos produtos
vendidos pagar um pedacinho destes Custos Fixos. Para isto, precisamos de um
“driver de custeio”. Este “driver”, em tradução literal, é exatamente um
direcionador dos Custos Fixos para cada produto vendido. O driver de custeio
mais comumente utilizado é o tempo de produção de cada item.
Neste sentido, vamos imaginar que cada trufa leve 5 minutos para ser
produzida, enquanto cada bombom precisa de 3 minutos. Quando multiplicamos
este tempo pelo volume total de trufas e bombons produzidos no mês, chegamos
a conclusão que vamos precisar de 80.000 minutos paraconfeccionar as 10.000
trufas e os 10.000 bombons.
Agora ficou fácil. Temos o tempo necessário para cada trufa e cada
bombom, o tempo total de produção dos 20.000 itens e também os Custos Fixos.
Basta fazer uma regra de três e encontrar o quanto cada unidade deve absorver
dos Custos Fixos. Veja na imagem abaixo como ficaria nosso exemplo:

** Exemplos retirados do Livro “Contabilidade de Custos” Por Osni Moura

Ribeiro 4ª Edição,Saraiva, 2015.

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4. CONCLUSÃO

Pelo método de custeio variável, a empresa teria informações importantes


para tomadas de decisão, com a utilização da margem de contribuição e
elaboração de relatórios gerenciais internos.

No custeio variável somente são apropriados como custos de fabricação


os custos variáveis, sejam eles diretos ou indiretos.

Quando estamos falando do Método de Custeio por Absorção, nos


referimos a alocação dos Custos Fixos Produtivos, nunca das Despesas Fixas
Administrativas (Despesas Operacionais).

5. REFERÊNCIAS

MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 2. Ed.São Paulo: Pearson


Prentice Hall, 2007.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial: fundamentos e análise. São


Paulo: Atlas, 1998.

LEONE. G.G. Curso de Contabilidade de Custos. 3º Edição. São Paulo: Atlas,


2009.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. 4ª Edição. Saraiva, 2015.

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