Esta análise é um instrumento utilizado para projetar o lucro que seria obtido a
diversos níveis possíveis de produção e vendas, bem como para analisar o
impacto sobre o lucro de modificações no preço de venda, nos custos ou em
ambos. Ela é baseada no Custeio Variável e, através dela, pode-se
estabelecer qual a quantidade mínima que a empresa deverá produzir e vender
para que não incorra em prejuízo. Esse momento é aquele em que foi atingido
um nível de vendas no qual as receitas geradas são suficientes apenas para
cobrir os custos e despesas. O lucro começa a ocorrer com as vendas
adicionais, após ter atingido o Ponto de Equilíbrio (Break even Point).
Uma vez que você conhece os custos fixos e variáveis do seu produto, com
estas informações, é possível calcular o Ponto de Equilíbrio. Para isso, são
necessárias 3 variáveis:
Veja a fórmula:
Exemplo:
Vender 2.000 unidades por ano seria o mínimo para esta empresa não obter
prejuízo.
Neste caso, a empresa deveria vender pelo menos 1.500 unidades por ano,
para não obter prejuízos financeiros.
Exemplo:
Assim, se a empresa vender pelo menos 3.000 unidades por ano, ela irá
atender seus encargos e seus objetivos mínimos de margem de lucro.
Margem de Segurança Operacional
Exemplo Prático:
MC ( Margem de Contribuição)
Indústria Produto A Produto B Produto C
MC (R$) R$ 21,70 R$ 17,00 R$ 14,67
MS ( Margem de Segurança )
Conclusão
Quando existir algum fator que limite a capacidade produtiva, surge então uma
nova abordagem, o da Margem de Contribuição pelo fator limitante. Sob
este aspecto, o produto mais rentável é o que apresentar maior Margem de
Contribuição pelo fator de limitação da produção.
Como já foi dito, tentaria ela, se possível, forçar a venda de C, mas o mercado
mostra-se disposto a lhe consumir essas quantidades indicadas; e ela então
começa a preparar sua produção para atender à demanda.
Suponhamos que a firma tenha o interesse de maximizar seu lucro nesse ano e
por isso sua decisão será baseada nesse objetivo. (Poderia estar interessada
na manutenção de alguns dos tipos de clientes e querer atender a essa meta
mesmo à custa de redução do lucro.)
Onde então efetuar o corte das 6.150 horas excedentes a sua capacidade
(103.150 h - 97.000 h).
Já vimos acima que a decisão baseada no lucro unitário (após apropriação de
todos os custos indiretos) não é correta, e sim a que considera a Margem de
Contribuição. Com base nisso, é provável que a nossa empresa venha a
decidir pela redução na linha do Modelo D, já que apresenta a menor Margem
de Contribuição por unidade (veja Quadro acima). Teria assim que deixar de
produzir 1.757 unidades desse tipo:
Este quadro evidencia que a Margem de Contribuição Total seria maior nessa
hipótese que na anterior!
Logo, esta última produz mais lucro, e é, portanto, melhor que aquela!
Vemos que o modelo que menos traz Margem de Contribuição por hora-
máquina é o A, e este deverá então ser o item a ter sua produção limitada. O
modelo D, que parecia o primeiro a ser eliminado, só seria cortado como 3
opção, depois de A e C. Ele é, na realidade, o segundo produto mais
interessante nessa situação.
Estando com capacidade para 140.000 hm, mesmo com adição de mais 10%
em seu volume de trabalho, não chegará àquele limite, ficando, no máximo, ao
redor de 113.500 hm. Nessa situação, deve forçar a venda do produto B, que
dá maior Margem de Contribuição por hora-máquina, ou do modelo C, que
fornece maior Margem por unidade?
Claro está que, se não há no momento problema de horas-máquina, interessa
que se consiga vender o mais possível daquele modelo que traz, por unidade,
maior Margem de Contribuição. Cada unidade de C produz $24 de Margem de
Contribuição, e, mesmo que demore mais tempo que B, deverá ser preferida,
pois não há mais problema de tempo de máquina.
Portanto, se não houver limitação na capacidade produtiva, interessa o produto
que produz maior Margem de Contribuição por unidade, mas, se existir,
interessa o que produz maior Margem de Contribuição pelo fator limitante da
capacidade.
Resumo
Quando existir algum fator de limitação, mais rentável será o produto que tiver
maior Margem de Contribuição pelo fator de limitação da capacidade produtiva.
1- calcular a (MC)
Exemplo Prático:
A – 500 unidades
B – 300 unidades
A – 350 unidades
Indústria Produto A Produto B Produto C
Custos Variáveis e Despesas Variáveis R$ 3.900,00 R$ 2.000,00 R$ 1.600,00
Mão de Obra Direta R$ 1.000,00 R$ 600,00 R$ 1.000,00
Comissões de Vendedores R$ 2.500,00 R$ 1.000,00 R$ 200,00
Matéria Prima R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00
Outros R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00
Quantidade Produzida 470 250 300
Quantidade Vendida 470 250 300
Preço de Venda Unitário R$ 30,00 R$ 25,00 R$ 20,00
Indústria
Custo Fixo e Despesa Fixa R$ 13.000,00
Aluguel R$ 5.555,00
Energia R$ 1.000,00
Mão de Obra Indireta R$ 6.000,00
Outros R$ 445,00
MC ( Margem de Contribuição)
Indústria Produto A Produto B Produto C Total
MC (R$) R$ 21,70 R$ 17,00 R$ 14,67
MC Atual total R$ 10.199,00 R$ 4.250,00 R$ 4.401,00 R$ 18.850,00
MC Projetada total R$ 10.850,00 R$ 5.100,00 R$ 5.134,50 R$ 21.084,50
Custos e Despesas Fixas R$ 6.760,00 R$ 3.466,67 R$ 2.773,33 R$ 13.000,00
Lucro Atual R$ 3.439,00 R$ 783,33 R$ 1.627,67 R$ 5.850,00
Lucro das vendas projetadas R$ 4.090,00 R$ 1.633,33 R$ 2.361,17 R$ 8.084,50
% aumento do Lucro Operacional 18,93% 108,51% 45,06% 38,20%
Volume Venda atual em unidades 470 250 300 1.020
Volume de venda em unidade 500 300 350 1.150
% aumento no volume de vendas 6,38% 20,00% 16,67% 12,75%
GAO 296,57% 542,55% 270,39% 299,70%