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o método de absorção é o único aceito para fins fiscais e tributários.

Com ele, todos os custos são atribuídos aos produtos e a lucratividade por
produto é chamada de lucro bruto unitário. Por exemplo, suponha que uma
firma venda três produtos, conforme demonstrado na tabela a seguir.

O Lucro Bruto Relativo representa qual a porcentagem do preço está


destinada à empresa, excluída os custos diretos e indiretos, fixos ou variáveis.

Vamos supor que uma empresa comercialize dois produtos, sendo que o
produto A é vendido por $ 200 e apresenta lucro de $ 30 por unidade, e o
produto B tenha preço de $ 5.000 e lucro unitário de $ 400.

Qual apresenta o maior lucro bruto unitário absoluto? O produto B tem


um lucro unitário absoluto maior que o A, pois R$ 400,00 é maior que R$ 30,00.
E qual apresenta o maior lucratividade relativa? No caso, seria o produto A.
Vamos ao cálculo:

LUCRATIVIDA RELATIVA A = LUCRO UNITARIO/ PREÇO DE VENDA =


30/200 = 0,15 OU 15%

LUCRATIVIDADE RELATIVA B = LUCRO UNITARIO/ PREÇO DE


VENDA = 400/5000 = 0,08 OU 8%

A partir dos resultados, é possível verificar que o produto B tem a maior


lucratividade monetária (absoluta), porém, investindo no produto A temos maior
retorno considerando o preço de venda ofertado. E agora, voltando ao caso
anterior, você escolheria o produto KT 62 P? Embora a Lucratividade Absoluta
seja de $ 300,00, a menor entre todos, a Lucratividade Relativa é de 28%, a
melhor de todos.

Além disso, temos que lembrar que o método de absorção foi


desenvolvido para observar os princípios contábeis, fiscais e tributários. Assim,
ele recebe várias críticas quanto à sua utilização para fins gerenciais. Essa
restrição ocorre, principalmente, por dois motivos. Clique nas abas e conheça-
os.

Os Custos Fixos que são atribuídos aos produtos, muitas vezes, têm
características que não estão ligadas à produção propriamente dita, ocorrendo
de forma periódica, na produção de produtos ou não.

Os Custos Indiretos são atribuídos aos produtos por meio de rateios,


sendo que, em maior ou menor grau, estes são arbitrários e não trazem certeza
da correta alocação aos produtos por haver mais de uma forma de definir como
serão realizados.

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO UNITÁRIA = PREÇO DE VENDA -


CUSTO VARIAVEL UNITÁRIO - DESPESA VARIAVEL UNITARIA

Além da Margem de Contribuição Unitária, que traduz a lucratividade de


cada produto individualmente, também podemos calcular a Margem de
Contribuição Total de cada produto ou a própria Margem de Contribuição Total
dos produtos de modo geral.

Vamos supor que os produtos apresentados anteriormente tenham


volumes de vendas de 2.000, 4.000 e 8.000 unidades, respectivamente.
Considere, também, que o gasto variável unitário por produto seja de $ 890,00,
$ 625,00 e $ 310,00, respectivamente.

APURACAO DO RESULTADO COM BASE NA MARGEM DE


CONTRIBUICAO
XA 35F WL28G KT62P
TOTAL
RECEITA DE VENDAS 6.600.000 6.000.000
8.000.000 20.600.000
(-) CUSTO VARIAVEL TOTAL 1.780 2.500 2.480
6.760.000
(=) MARGEM DE CONTRIBUICAO 4.820 3.500
5,520.000 13.840.000
(-) CUSTOS FIXOS ---
10.000.000
(=) RESULTADO ---

Também podemos calcular a Margem de Contribuição Absoluta e


Relativa total ou por unidade.

A Margem de Contribuição Absoluta é definida pela subtração entre o


preço de venda do produto e o Custo Variável Unitário; ou pelo total da receita
e o Custo Variável Total, representando o quanto de unidades monetárias cada
produto efetivamente dispõe para a empresa após a dedução dos Custos
Variáveis. Já a Margem de Contribuição Relativa pode ser definida na fórmula:

MARGEM DE CONTRIBUICAO RELATIVA = (MARGEM DE


CONTRIBUICAO ABSOLUTA / PRECO DE VENDA DO PRODUTO x 100

Comparando o total de horas-máquina necessário para atender a


demanda de mercado e o total de horas-máquina que a empresa pode realizar,
percebe-se que não é possível a fabricação de todos os produtos pedidos pelo
mercado, cabendo ao administrador uma decisão: quais produtos podem
maximizar o Lucro Total e a Margem de Contribuição Total? Inicialmente,
devemos identificar o excedente com o seguinte cálculo:

EXCEDENTE DE HORAS - MAQUINA = HORAS - MAQUINA PARA


ATENDER A DEMANDA - HORAS/ MAQUINA disponível para a empresa

EXCEDENTE - 123.400 horas - 120.000 horas = 3.400


Já sabemos que não conseguiremos fabricar todos os produtos, por
isso, vamos definir (com base no fator de limitação) a ordem prioritária para a
fabricação dos produtos. Para isso, basta utilizarmos a *Margem de
Contribuição Absoluta já calculada* e dividir pela quantidade do fator limitante
por unidade. Veja a tabela a seguir.

Assim, restam 28.600 horas, mas não é possível fabricar as 8.000


unidade do produto MR28. Para saber quantas podemos fabricar, dividimos as
horas restantes pela quantidade utilizada em horas do produto em questão:

28.600 / 4 = 7.150. Veja que o produto com menor Margem de


Contribuição Absoluta, por utilizar apenas uma hora de produção (em
decorrência dos demais produtos que utilizam mais horas) será o primeiro na
ordem prioritária da produção.

O processo de apuração do resultado se inicia com a identificação da


receita de vendas de cada produto, resultado do produto entre o preço de
vendas e a quantidade fabricada e vendida. O Custo Variável é o resultado da
multiplicação entre o Custo Variável por unidade e a quantidade produzida. Já
a Margem de Contribuição é a subtração entre a Receita de Vendas e o Custo
Variável Total. Apuramos a Margem de Contribuição de cada produto e, em
seguida, somamos todas para obter a Margem de Contribuição Total relativa
aos quatro produtos. Em seguida, lançamos o Custo Fixo Direto na apuração
do resultado e encontramos um líquido de $ 665.600,00. Se escolhermos a
prioridade de produção com base apenas na Margem de Contribuição e um
valor líquido de $ 673.450,00, se escolhermos a prioridade de produção com
base no cálculo da Margem de Contribuição pela unidade do fator limitante.

Suponha que uma firma tenha um Custo Fixo de $ 40.000,00 e


Despesas Fixas de $ 30.000,00. Os Custos Variáveis são de $ 4,00 e as
Despesas Variáveis de $ 2,00 com Preço de Venda de $ 20,00. Suponha ainda
que o Administrador Geral da empresa esteja planejando as suas atividades e
queira calcular o Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC). Como ele deverá
proceder? Simples, bastará fazer o seguinte cálculo:,

pec = GASTO FIXO / MARGEM DE CONTRIBUICAO

O Gasto Fixo é a soma dos Custos Fixos com as Despesas fixas

a Margem de Contribuição é a diferença entre o Preço de Venda e o


Gasto Variável Unitário.

Gasto Variável Unitário é a soma entre o Custo Variável Unitário e a


Despesa Variável Unitária. Podemos calcular da seguinte forma:

GASTO FIXO = CUSTO FIXO + DESPESA FIXA = 40.000 + 30.000 =


70.000

E O GASTO VARIAVEL PODE SER OBTIDO POR:

GASTO VARIAVEL UNITÁRIO = CUSTO VARIAVEL + DESPESA


VARIAVEL = 4 + 2 = 6

Com isso, podemos calcular a Margem de Contribuição:

MARGEM DE CONTRIBUICAO = PREÇO - GASTO VARIAVEL = 20 - 6


= 14,00

Por fim, encontra-se o Ponto de Equilíbrio Contábil substituindo os


valores na fórmula já apresentada:

PEC = GF/MC = 70.000 / 14 = 5.000 UNIDADES


Portanto, temos que o Ponto de Equilíbrio Contábil da empresa é de
5.000 unidades. O que isso significa? Se a empresa produzir e vender as 5.000
unidades, o seu lucro será igual a zero. Podemos representar a situação no
Gráfico do Ponto de Equilíbrio:

A Receita de Vendas é o produto entre o preço de venda e a quantidade


de equilíbrio, assim teremos que:

Receita de Venda = $ 20 x 5.000 unidades = $


100.000,00.

O Custo Total é resultado da soma do Custo Fixo com o


Custo Variável Total, obtido do Custo Variável Unitário
multiplicado pela quantidade de equilíbrio. A fórmula seria:

Custo Total = $ 40.000 + ($ 4 x 5.000) = $ 60.000,00

e, analogamente, podemos utilizar o mesmo pensamento


para calcular a Despesa Total: Despesa Total = $ 30.000 + ($ 2
x 5.000) = $ 40.000,00.
O Lucro Bruto é resultado da subtração entre a Receita
Total e o Custo Total, e o Lucro Operacional é resultado da
subtração entre o Lucro Bruto e a Despesa Total.

Suponha agora que a empresa do exemplo anterior tenha


um Lucro Meta de $ 31.500,00 e que a alíquota do Imposto de
Renda seja de 10%. A pergunta é: quantas unidades seriam
necessárias produzir e vender para pagar todos custos,
despesas, imposto de Renda e ainda garantir o Lucro Líquido?
Para responder a essa pergunta, vamos utilizar o Ponto de
Equilíbrio Econômico (PEE), cuja a fórmula é:

PEE = GASTO FIXO + LUCRO META AJUSTADO /


MARGEM DE CONTRIBUICAO

como incluir o Imposto de Renda? A resposta é simples,


basta fazer um ajuste no Lucro Meta e chamá-lo de Lucro Meta
Ajustado. E como faremos isso? Vamos embutir o Imposto de
Renda no Lucro Meta, como representado na fórmula:

LUCRO META AJUSTADO = LUCRO META / 1- IMPOSTO DE RENDA


% = 31.500 / 1 – 0,10 = 35.000

Agora que encontramos o Lucro Meta Ajustado, podemos


calcular o Ponto de Equilíbrio Econômico:
PEE = 70.000,00 = 35.000,00 / 14,00 = 7.500

O PEE é de 7.500 unidades, significando que para


empresa ter Lucro Líquido de $ 31.500,00, ela deverá
produzir e vender 7.500 unidades do produto.

Analisando o Gráfico acima, percebemos que o eixo horizontal


representa as quantidades produzidas e vendidas e quando está no valor de
7.500 (quantidade de equilíbrio) a reta azul está acima da reta vermelha.

Se você se lembra, no Ponto de Equilíbrio Contábil, as retas se


encontram no ponto de equilíbrio. Já aqui isso não ocorre. A diferença entre o
ponto vermelho e o ponto azul é o lucro de $ 31.500,00 projetado pela
empresa. A nossa próxima etapa é apurar o resultado na Demonstração do
Resultado do Exercício – DRE.
Lembre-se de que se a empresa deseja lucro de $31.500,00, e a
alíquota do Imposto de Renda for de 10%, então deverá utilizar o Lucro Meta
Ajustado no cálculo do Ponto de Equilíbrio para encontrar as quantidades de
equilíbrio.

Suponha agora que a empresa em questão tenha realizado um


financiamento para a modernização e com isso deva pagar juros e
amortizações no valor total de $ 80.000,00. Verifica-se também que incluída na
Despesa Fixa existe uma parcela que se refere à Despesa com Depreciação,
no valor de $ 10.000,00, e que deve ser excluída da despesa por não
representar um item financeiro, isto é, não representa um efetivo desembolso
para a empresa. Assim, para o cálculo do Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF),
vamos usar a seguinte fórmula:

Note que a fórmula original sofre uma pequena alteração, pois incluímos
a Despesa Financeira, que são os juros e amortizações, e excluímos as
depreciações do período por não representarem efetivas saídas de caixa.
Considerando todos os valores anteriormente apresentados, agora podemos
calcular o Ponto de Equilíbrio Financeiro:

Ao encontrarmos no Ponto de Equilíbrio Financeiro a quantidade de


equilíbrio de 10.000 unidades, identificamos que a empresa precisa produzir e
vender 10.000 para garantir que suas entradas sejam suficientes para pagar
todas as suas saídas efetivas. O lucro da empresa neste período, caso a venda
seja de 10.000 unidades, será igual a zero, como pode ser visto na apuração
do Resultado do Exercício.

Você pode verificar no Gráfico que ao produzir e vender 10.000 unidades


consegue-se pagar todas as saídas de caixa da empresa. O que é comprovado
ao apurar o resultado do período na Demonstração do Resultado do Exercício
– DRE.

Vale reforçar que foi excluída a Depreciação da Despesa Fixa por não
ser um desembolso de caixa. A apuração do resultado considera uma
quantidade de equilíbrio de 10.000 unidades e representa o exato ponto em
que todas as saídas são pagas e qualquer unidade vendida a mais irá gerar
lucro para a empresa.

Uma vez que essa quantidade de equilíbrio não considera os lucros que
efetivamente a empresa possa ter nesse período e, como já sabemos, tendo
lucro haverá de pagar o imposto sobre a renda. Para sanar esse problema,
bastaria acrescentar o Lucro Meta Ajustado ao Ponto de Equilíbrio Financeiro,
obtendo a seguinte fórmula:

Lucro Meta Ajustado na equação, passamos a denominar este ponto


como o Ponto de Equilíbrio Financeiro e Econômico. É válido ressaltar que
devemos considerar apenas a parcela do lucro que será efetivamente recebida
dentro do período, uma vez que esse ponto de equilíbrio tem a finalidade de
garantir o equilíbrio de caixa da empresa e ainda uma certa margem de lucro

Utilizando os dados anteriormente apresentados, obtemos 12.500


unidades como o Ponto de Equilíbrio. A próxima etapa é a apuração do
resultado na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), em que
devemos encontrar o Lucro Líquido de $ 31.500,00 após o efetivo pagamento
dos Custos Fixos e Variáveis, Despesas Fixas e Variáveis, Juros e
Amortizações, Imposto de Renda e ainda garantir uma lucratividade de $
31.500,00.
Para demonstrar a operacionalização, vamos supor que uma empresa
tenha
Custo e Despesas Fixas de $ 20.000,00,
Preço de Venda de $ 15,00,
Custo Variável Unitário de $ 10,00 e a
Margem de Contribuição seja de $ 5,00 por produto.

Ponto de Equilíbrio Contábil poderá ser calculado da seguinte forma:

PEC = CUSTO FIXO + DESPESA FIXA / MARGEM DE


CONTRIBUICAO = 20.000,00 / 5,00 = 4.000 UNIDADES

Suponha agora que você, como Gerente Geral da empresa, tenha


definido no plano de vendas um volume de 4.520 unidades discriminada por
região conforme o Quadro a seguir.
A demanda de mercado é de 4.680 unidades, o volume de vendas da
empesa é de 4.520 unidades e o Ponto de Equilíbrio Contábil de 4.000
unidades. Nesse caso, como você calcularia a Margem de Segurança da
empresa? Clique na interação a seguir para ver.

Basta efetuar o seguinte cálculo

A Margem de Segurança em quantidade da empresa é de 520 unidades,


isto significa que a empresa está operando acima do Ponto de Equilíbrio
Contábil e em uma zona de lucro. Mas se nosso desejo for descobrir a Margem
de Segurança em Faturamento, como faríamos? Basta aplicar a fórmula dada:

E o que significa Margem de Segurança em Faturamento de $ 7.800,00?


Que a empresa está operando $ 7.800,00 acima do Ponto de Equilíbrio
Contábil. Agora, para finalizar o estudo sobre Margem de Segurança, nos resta
calcular a Margem de Segurança Relativa:
A Margem de Segurança Relativa demonstra que a empresa está
operando 11,50% acima do Ponto de Equilíbrio Contábil. A empresa vende
11,50% de quantidades a mais que o Ponto de Equilíbrio e tem faturamento de
11.50% a mais que o Ponto de Equilíbrio Contábil. Podemos analisar o
resultado no Ponto de Equilíbrio Contábil, no Volume Atual de Vendas e na
Margem de Segurança.

 Estabelecimento de padrões de desempenho.


 Observação de desempenho.
 Comparação entre padrão e desempenho.
 Ação corretiva (Se necessário).

O padrão de quantidade serve para mensurar a quantidade exata de


insumo consumida por cada produto. Para exemplificar, vamos supor uma
empresa que fabrica e vende bolos de laranja.
Para cada bolo está definido um padrão de quantidade que será de 6
ovos, 200 ml de suco de laranja e 250 gramas de trigo. Perceba que todos os
bolos, em média, deverão ter essas quantidades de insumos. O padrão de
preço de aquisição de insumo é uma medida para mensurar o custo de cada
insumo por produto fabricado. Ainda considerando o exemplo anterior, suponha
que cada ovo custe $ 0,50, o litro do suco de laranja $ 5,00 (sendo 0,005 por
ml) e o quilo do trigo $ 10,00. Assim, o padrão de preço de cada bolo seria de $
3,00 dos ovos, $ 1,00 do suco de laranja e $ 2,50 do trigo, perfazendo um total
de $ 6,50 por cada bolo.

Outro conceito a ser desenvolvido é o de gerenciamento de exceções,


isto é, o controle exercido a partir das comparações entre os padrões de
quantidade e preço com o desempenho real ocorrido após os processos.
Suponha agora que no lote de produção de bolo de laranja do dia 01/05/201X,
o consumo tenha sido de 8 ovos, 250 ml de suco e 250 gramas de trigo e o
cada ovo custe $ 0,60, o litro do suco de laranja $ 5,00 (0,005 cada ml) e o
quilo do trigo $ 8,00. Comparando o padrão com o desempenho real, seria
possível observar que houve uma variação no custo, que iremos chamar de
variação de custo.

A Formula da variação de custo é: CP – CR


CP: CUSTO PADRÃO
Custo Padrão: Quantidade Padrão x Preço Padrão
CR: CUSTO REAL
Custo Real: Quantidade Real x Quantidade Padrão

Ainda, quando o Custo Padrão for maior que o Custo Real, considera-se
a equação favorável. No entanto, quando o Custo Padrão for menor que o
Custo Real, considera-se a equação desfavorável.

Verifique que houve um consumo maior na utilização dos ovos e do


suco, sendo que o trigo tem a mesma quantidade. Já nos preços se verifica um
aumento do padronizado nos ovos e no suco e uma redução no trigo. O que
você faria? Se respondeu que a ação seguinte é a de analisar o que gerou
essa ineficiência, então você acertou. A próxima fase do Gerenciamento de
Exceções é compreender o que ocorreu e, se necessário, tomar as ações
corretivas para eliminar as ineficiências que surgem ao longo do processo.

A determinação do Custo Padrão é uma forma de melhorar o


desempenho, conhecer o processo de produção, criar sinergia entre os
departamentos de Controladoria e Engenharia da Produção e de motivar os
funcionários. É um gênero com duas espécies. Clique nas abas para conhecê-
las.

Método tradicional de definição do custo do produto que só pode ser


alcançado se a empresa eliminar todas as ineficiências, utilizando os
equipamentos necessários e mais adequados, operando sempre sobre ótimas
condições. Os Padrões Ideais são impossíveis e sempre apresentam grande
distância do desempenho real, dificultando o gerenciamento por exceções.

Método contemporâneo de definição do custo padrão que considera as


ineficiências que podem ocorrer durante o processo. É um custo difícil de ser
alcançado, porém não impossível.

O Custo Padrão Ideal (CPI) não é mais utilizado pelas empresas, sendo
o Custo Padrão Corrente (CPC) o adotado. Nesse sentido, a partir de agora,
toda vez que utilizarmos o termo Custo Padrão estamos nos referindo ao Custo
Padrão Corrente.

O Custo Padrão não substitui o Custo Real no processo de formação do


preço de venda servindo apenas para planejar os processos, identificando e
eliminando as ineficiências e posterior melhora no desempenho. O CPC é
utilizado como medida de comparação entre o real e o planejado, apontando as
distorções que devem ser corrigidas para garantir a validade do processo.

Para exemplificar, suponha agora que uma empresa fabricante de


celulares esteja produzindo o Modelo XA53L9 que tem o seguinte Custo
Padrão e Custo Real.
O custo padrão para o celular está fixado em $ 455,00 e o Custo Real de
fabricação para este lote é de $ 559,50, ocorrendo uma variação maior de $
104,50. No Quadro, é possível identificar duas colunas em que são calculadas
as variações em moeda.
A variação em moeda é dada pela diferença entre o Custo Real e o
Custo Padrão. A etapa seguinte consiste em analisar a variação dos materiais
diretos com a finalidade de identificar as ineficiências e posterior eliminação.

A análise desmembrada do Custo Padrão e do Custo Real é uma forma


de analisar cada etapa do processo, identificando os pontos de variação e, a
partir deles, realizar estudos com equipes especializadas para conhecer e
propor soluções exequíveis para otimização das ineficiências. Analisando cada
componente dos materiais diretos, fica fácil perceber que o Custo Padrão é o
resultado da multiplicação entre o padrão de preço do insumo pela quantidade
de recurso que cada produto consome. O Custo Real, base para a formação do
preço de venda, é obtido seguindo o mesmo procedimento e, em seguida,
estabelecendo a comparação.

As variações podem ocorrer apenas nas quantidades, nos preços ou em


ambos.
Quando a variação ocorre apenas nas quantidades são denominadas de
Variação de Eficiência ou de Uso.
Para as Variações de Preço, são denominadas de Variação de Taxa

Para a variação nas quantidades e nos preços denominamos de


Variação Mista.

Calculando a variações de eficiência ou uso da matéria-prima (Kg)

Fórmula: diferença quantidade x Preço Padrão

Veja: 4 – 5 = -1 x 12,50 = -12,50

Calculando a variações de preço ou taxa da matéria-prima (Kg)

Fórmula: diferença preço x Quantidade Padrão

Veja: R$ 12,50 – R$ 14,00 = -R$1,50 x 4 = - 6,00

Calculando a variação mista da matéria-prima (Kg)

Fórmula: diferença de quantidade x diferença de preço


Veja: -1 x -1,50 = -1,50

Veja como a variação do custo da matéria prima (kg) é explicada em


reais:
O lucro desejado, quando consideramos que o preço é definido pelo
mercado, passa por identificar e operacionalizar um Custo Alvo, Custo Meta ou
Target Cost definido por:

Suponha que uma empresa esteja atuando em um mercado competitivo


que tem preço médio de $ 259,50 para o produto e que os sócios definiram que
o lucro desejado seja de $ 65,30, qual, então, seria o Custo Meta? Para defini-
lo, basta realizar o seguinte cálculo:

O máximo de custo que a empresa deve aceitar por produto é de $


194,20, por isso que alguns autores denominam o Custo Meta de Custo
Máximo Permitido. O Custo Meta não pode ser considerado como um sistema
de custeio e sim como uma filosofia da empresa que, se adotada, irá gerar
resultados a médio e longo prazo. Não podemos confundir o Custo Meta com o
Custo Padrão e muito menos com o Custo Estimado ou até mesmo com o
Custo Real.

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