Resumo - Contabilidade de Custos: O Uso da Contabilidade de Custos como
Instrumento Gerencial de Planejamento e Controle
Aluna: Ana Catarina Ferreira da Silva
Capítulo 1 - A contabilidade de custos, a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial
Durante muito tempo da nossa história o que entendemos como contabilidade de
custos, contabilidade gerencial e contabilidade financeira, era resumido como Contabilidade Geral/Financeira, as análises de resultado dos períodos eram realizadas apenas por meio de um levantamento do estoque físico das empresas, e o mesmo processo se aplicava para cálculo do balanço patrimonial, o cálculo do custo era realizado de forma bem simples, era comparado apenas o quantitativo inicial do estoque acrescido das compras do período e deste total era retirado o valor final do estoque. Apenas após a Revolução industrial inicia a aparição de outras denominações, pois neste período com o grande desenvolvimento das indústrias já não se obtinha a mesma facilidade para definir os valores de seus estoques já que por ser produção havia outros valores que deveriam ser agregados àquele material. Portanto, a partir dessa nova fase os custos que antes eram classificados como despesas, passaram a ser integrados no custo dos produtos fabricados. Baseados agora nessa nova perspectiva, a primeira precaução que os profissionais da contabilidade tomaram foi a de não tornar a contabilidade de custo um método para administração, durante o desenvolvimento dos novos parâmetros de cálculos de custos de mercadorias, a contabilidade de custos foi indispensável para a contabilidade gerencial auxiliando na tomada de decisões, através das avaliações realizadas dos estoques das organizações, apenas após saber o real custo é que pode-se caracterizar uma peça rentável ou não rentável. Além da área industrial, a contabilidade de custos pode e é utilizada em outros setores econômicos como por exemplo em empresas prestadoras de serviços, instituições financeiras, comércios, e deixa de ser usada apenas para levantamento de seu balanço, mas para a própria análises e controle, assim como facilitador na tomada de decisões. Utilizando como exemplo as empresas prestadoras de serviços, a contabilidade de custos vem a ser aplicada no acompanhamento e avaliação dos custos de projetos e/ou serviços em andamento. Já nas instituições financeiras é comumente utilizada no suporte à gestão de riscos podendo então fornecer informações importantes para as decisões futuras da empresa. Capítulo 2 - Terminologia contábil básica
Muito se confunde quanto às terminologias contábeis, há grandes questionamentos se
tratando de similaridades, sinônimos ou antônimos entre os termos, principalmente quando tratamos de gastos, despesas e custos, por tanto nas descrições a seguir podemos obter um melhor entendimento sobre o assunto. Gasto: se caracteriza pela compra de quaisquer bens ou serviços no qual é feita mediante a cessão de ativos ou a promessa da mesma. Exemplificando podemos citar os gastos com a compra de matéria prima onde a empresa compra o produto e gera o desembolso de seus ativos, geralmente de seu banco, para aquisição do item. Desembolso: quando a empresa adquire determinada mercadoria ou serviço e paga por isso, esse pagamento é chamado de desembolso e pode ocorrer antes (adiantamento/antecipação), durante (a vista) ou após a compra (a prazo). Investimento: o principal objetivo desse gasto é o aumento de suas receitas ou a melhoria de seu desempenho, geralmente a longo prazo. Os investimentos podem ainda serem classificados dentro de algumas naturezas, por exemplo, investimentos em máquinas, veículos, equipamentos, são considerados um investimento permanente; já os gastos com matéria-prima para sua produção são temporariamente caracterizados como investimento circulante. Custo: refere-se aos gastos utilizados na produção de bens e serviços, como é o caso de energia elétrica já que para a produção de qualquer material em uma fábrica, é indispensável a utilização de energia elétrica como por exemplo para funcionamento das máquinas. Despesa: são aquelas que reduzem o patrimônio líquido, podendo afetar direta ou indiretamente o processo de ganho de receitas. Perda: considera perda aqueles gastos imprevistos e anormal, como é o caso de perda de material devido a desastres naturais, incêndios, a mão de obra em momento de greve, vencimento de produto, todos esses são exemplos de perdas, logo podemos concluir que é de suma importância o controle das perdas. Ainda que a contabilidade de custos mais comumente seja utilizada para indústrias, as organizações não industriais também utilizam dos métodos desta para cálculo dos seus custos, como é o exemplo das prestadoras de serviços de engenharia ou auditoria. Capítulo 3 - Princípios contábeis aplicados a custos
O princípio de realização da receita faz referência ao reconhecimento contábil do
resultado, seja ele lucro ou prejuízo, as receitas só serão consideradas realizadas após a entrega/conclusão de um bem ou serviço, assim como as despesas geradas para a conclusão devem ser reconhecidas neste mesmo momento, estas despesas durante a produção do bem devem ser contabilizadas como estoque, com exceção dos casos de transferência contínua, que nesse caso são imediatamente aplicados às despesas. O princípio da competência consiste em estabelecer que todas as despesas devem ser contabilizadas no período que ocorrem. Sendo assim podemos entender que após o reconhecimento das receitas do período se realiza a redução das receitas da mesma competência. Outro princípios importantes na contabilidade de custos são os de custo histórico como base de valor, o de consistência que determina que os registros dos acontecimentos contábeis devem obedecer sempre ao mesmo critério de registro; prudência/conservadorismo exige do contador a sua conduta para que haja precaução na sua interpretação e tomada de decisões; e a materialidade ou relevância esse princípio por sua vez flexibiliza que custos com materiais de consumo de valores irrisórios podem passar por um processo mais simples de contabilização. Após entendermos um pouco mais sobre os custos e a caracterização deles facilita o entendimento sobre o que compõe os custos, mas ainda assim, na prática há uma certa dificuldade para definir até que ponto é custo e onde os gastos envolvidos é despesa, de forma bem resumida, após o produto estar pronto para venda, os gastos posteriores a esse momento são convertidos em despesas. Outro problema comum é a definição dos gastos de produção que não são incluídos como custo, como é o exemplo de manutenções prediais, pinturas, esses gastos devem ser caracterizados como despesas ou imobilização, sempre respeitando os critérios de contabilização da empresa.