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INTRODUÇÃO
Ter ciência de como estão estruturados seus custos e despesas é essencial para
qualquer organização. Com o crescimento (em escala e em complexidade) das
empresas e das indústrias elevou-se também a necessidade de buscar na
contabilidade de custos uma ferramenta para auxiliar o administrador a gerenciar
pessoas e ativos sob sua responsabilidade. Essa preocupação é de certa forma
recente (vem ganhando repercussão há poucas décadas), implicando na existência de
muito espaço para desenvolvimento das teorias de contabilidade gerencial. Mesmo
com a reconhecida importância do tema e com o desenvolvimento de algumas
metodologias gerenciais bastante úteis (como custo-padrão, margem de contribuição,
custeio baseado em atividades) ainda muitas empresas, em especial as de pequeno
porte, não mantêm um controle das questões contábeis do seu negócio além do
exigido pela legislação (com muitos casos não atendendo sequer esse requisito).
Custos dos produtos e serviços são itens essenciais não são conhecidos/ controlados
com precisão em grande parte das pequenas empresas, implicando em deficiência na
gestão dos mesmos (Contabilidade de Custos e Contabilidade Gerencial). O processo
produtivo é sempre prioridade, e a estrutura atual da maioria das pequenas empresas
realmente não dispõem do básico necessário para desenvolver iniciativas visando
medir e melhorar a eficiência dos processos. Muitas vezes uma ordem de produção é
interrompida e colocada em segundo plano para direcionar recursos a um novo pedido
visto como mais importante, geralmente devido ao relacionamento com o cliente que o
fez.
A fim de disponibilizar ferramentas e procedimentos para iniciar processo de gestão de
custos, seja a partir de planilhas de controle ou softwares auxiliares, a seguir uma
breve conceituação sobre o tema e o procedimento recomendado para posterior
controle de custos produtivos.
CONCEITOS E FERRAMENTAS
O sistema de custeio baseado em custos históricos ou atuais pode ser definido como
um sistema no qual os custos são registrados tais como ocorrem. Em conseqüência
disso, nesse sistema, os custos só são determinados após o término da fabricação do
produto ou da prestação do serviço da empresa.
Sob esse sistema, o produto é debitado pelo custo atual do material usado, da mão-
de-obra aplicada e por uma estimativa dos gastos gerais de fabricação. O sistema
baseado em custos históricos pode ser usado tanto em um ambiente de
acumulação de custos por ordem de produção como em um ambiente de acumulação
de custos por processo de fabricação em série.
Este é o sistema no qual cada elemento do custo é acumulado segundo ordens
específicas de produção referentes a um determinado produto ou lote de produtos. As
ordens de produção são emitidas para o início da execução da atividade produtiva e
nenhum trabalho poderá ser iniciado sem que seja devidamente precedido pela
emissão da correspondente ordem de produção (PINOTTI, 2003).
O sistema de ordem de produção é o mais apropriado para o custeio de produtos por
encomenda, sendo pouco usado nas indústrias de produção em série.
Quando, ao custear-se os produtos fabricados pela empresa, são atribuídos a esses
produtos, além dos seus gastos variáveis, também os gastos fixos, diz-se que se está
usando a modalidade de custeio por absorção.
Esta atribuição de gastos fixos, entretanto, implica, naturalmente, a utilização de
rateios. E nisso reside a principal falha do custeio por absorção como instrumento de
controle. Por mais objetivos que pretendam ser os critérios de rateio, eles sempre
apresentarão um forte componente arbitrário, que distorce os resultados apurados por
produto e dificulta (quando não impede) as decisões da gerência com relação
a assuntos de vital importância para a empresa, como, por exemplo, a determinação
de preços de venda ou a descontinuação da fabricação de produtos deficitários.
A seguir fluxograma simples e resumido das atividades necessárias para iniciar estudo
de custos produtivos com seus respectivos comentários:
Item 1 – Ordens de Produção - Custos Diretos sobre o produto (mão de obra
direta e materiais) :
As Ordens de Produção (OP) são emitidas para dar início à execução da produção de
determinada unidade ou lote de produto. As OP acompanham um produto em cada
etapa do processo até o acabamento. O termo Ordem de Serviço (OS) é utilizado
pelas empresas de serviços e segue a mesma metodologia das OP (PEREZ JR;
OLIVEIRA; COSTA, 2001).
As Despesas fixas também fazem parte deste item pois também dão despesas que
permanecem constantes dentro de determinada faixa de atividades geradoras de
receitas, independendo do volume de vendas ou de prestação de serviços. Exemplos:
salários administrativos, despesas financeiras, despesas com aluguéis e seguros,
contabilidade, impostos etc.;
Os custos indiretos são todos aqueles que não cooperam para a produção de algo no
negócio da empresa, ou seja, são custos que são necessários para a empresa, mas
que não participam do foco do negócio.
Custos que não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer tentativa de
alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. (MARTINS,
2010; PEREZ JR.; OLIVEIRA; COSTA, 2001). Muito da necessidade de uma análise
conceitual e aprofundada dos custos de uma empresa se dá devido à dificuldade de
alocar corretamente os custos indiretos (e também despesas) entre os produtos e
serviços produzidos. Várias metodologias foram desenvolvidas com essa finalidade, e
de acordo com a natureza e o comportamento dos custos, uma pode ser mais
recomendável em detrimento das demais.
São exemplos de custos indiretos a ociosidade de mão de obra, desperdícios,
manutenção de equipamentos, combustível de empilhadeira.
Sugere-se, em empresas de pequena porte, estipular um coeficiente de rateio em
função da hora-homem ocupada em cada produto no processo de fabricação do mês
vigente.
Item 4 – Analise do Custo produtivo – Custo por Produto
No atual contexto gerencial de empresas de pequeno porte, muito mais do que medir
custos de bens e serviços, a gestão de custos deve permitir a avaliação do
desempenho de uma organização, e isto a partir da compreensão da efetividade da
utilização dos recursos em cada uma das diferentes tarefas executadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10. ed. são Paulo: atlas, 2010.