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LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA DE ENGENHARIA

José Antônio da Rocha, engenheiro civil, Registro Nacional no CONFEA/CREA SP N°


5070155821 e contratado por Edifício Villa Borghese, com o objetivo de realizar uma
Vistoria Técnica de Engenharia, após ter comparecido ao local, em 20/10/2023, vem
apresentar o relatório do seu Laudo Técnico de Vistoria, na forma que se segue.

IMÓVEL VISTORIADO
Edifício Villa Borghese térreo (de múltiplos andares) com duas caixas d’água aterrada
localizado na garagem térreo.

INTERESSADO
Edifício Villa Borghese - Rua Elizabeth Barbegian Baldinato 279- Vila Suzana, São
Paulo – SP

OBJETIVO
Relatar as patologias, danos e vícios construtivos observados durante a Vistoria Técnica,
realizada em 20/10/2023, em duas caixas d’água aterradas na garagem térreo, por tanto
esse laudo focara a caixa de água número 1 devido a utilização do condomínio da caixa
de água número 2, em residência multifamiliar. Analisar manifestações patológicas que
anda ocasionando vazamentos nas caixas d’água, verificar se houve algum tipo de
comprometimento de ordem estrutural. Apontar as possíveis causas que deram origem
aos vazamentos.

DESCRIÇÃO DO IMÓVEL METODOLOGIA


O condomínio Edifício Villa Borghese foi construído em 2005 (há 18 anos) e está
localizado em Rua Elizabeth Barbegian Baldinato na Vila Suzana, na cidade de São
Paulo.
METODOLOGIA
A metodologia adotada no presente trabalho fundamenta-se na norma básica para perícia
de engenharia do IBAPE/SP, que consistirá na abordagem do desenvolvimento dos
seguintes itens.

➢ Determinação do nível e tipo de inspeção;

➢ Verificação da documentação apresentada;

➢ Indicação das orientações técnicas e ordem de prioridades;

➢ Elaboração do laudo técnico.

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Serão consideradas anomalias construtivas aquelas que prejudicarem o desempenho, a
funcionalidade, a vida útil prevista, a utilização, decorrentes de problemas de projetos,
execução, especificação de materiais, informações defeituosas sobre manutenção, uso e
operação de sistemas.
Não inspecionadas todas as dependências de uso comum do edifício, desde a couber, para
identificação das anomalias construtivas e eventuais falhas na manutenção, detectáveis,
visualmente. Todos os eventos serão registrados, fotograficamente, e acompanhados de
breve comentário com a recomendação técnica pertinente.
Não estão previstos trabalhos de prospecção e ensaios de laboratórios no presente escopo
de trabalho.
Portanto, consoante o item 7.1.12 da Norma de Inspeção Predial do IBAPE/SP, esta
vistoria enquadra-se como sendo de NIVEL 2. O presente Laudo de Inspeção Predial está
restrito ao enfoque técnico para identificação das anomalias construtivas e falha de
manutenção detectada na áreas das caixas d’água do condomínio Edifício Villa
Borghese , observando-se que não foram realizados ensaios invasivos, como também não
será abordado aspectos legais de Assistência Técnica em casos de apuração de
responsabilidade e eventual demanda judicial.

VISTA DA FACHADA DO CONDOMÍNIO

Foto 1 vista da fachada

ANOMALIAS CONSTATADAS
RESERVATÓRIO
Apresentamos a seguir, sequência de fotos, com situação constatada no reservatório, nos
dias 18/10/23 e 20/10/23:

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Foto 2 Reservatório 01- Aparece pontos de armadura exposta.

Foto 3 Reservatório 01- Aparece pontos de armadura exposta.

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Foto 4 Reservatório 01- Aparece pontos de infiltração, mesmo com a argamassa
polimérica.

Foto 5 Reservatório 01- Aparece pontos abertos por falta de encunhamento de


alvenaria.
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Foto 6 Reservatório 01- Aparece pontos abertos por falta de encunhamento de
alvenaria.

Foto 7 Reservatório 01- Aparece pontos abertos por falta de encunhamento de


alvenaria.

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Foto 8 Reservatório 01- Aparece pontos abertos por falta de encunhamento de
alvenaria.

Foto 9 Reservatório 01- Aparece pontos de rompimento da impermeabilização e


proteção mecânica.

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Foto 10 Reservatório 01- Aparece pontos de rompimento da impermeabilização e
proteção mecânica.

Foto 10 Reservatório 01- Aparece pontos irregular da impermeabilização e proteção


mecânica.

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Foto 11 Reservatório 01- Aparece pontos irregular da impermeabilização e proteção
mecânica.

ANÁLISE ESTRUTIRAL
Classificação quanto ao Grau de Risco nessa estrutura do Reservatório é Regular, onde
no Critério adotado consta impacto parcialmente recuperável, relativo a probabilidade de
riscos, intervenção a curto prazo.

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Constatou-se que reservatório, tem armadura exposta com corrosão, mesmo possuindo
impermeabilização com argamassa polimérica. Possivelmente pelo fato de o cobrimento
não ser o indicado para o meio alcalino em que se encontra, uma vez que a carbonatação
ocorre pela alcalinidade do concreto, provocada pela reação dos componentes ácidos da
atmosfera, principalmente o dióxido de carbono (CO2), com o Cal (OH)2, resultando na
formação de carbonatos e água. Como o concreto é um material poroso, o CO2, entra
facilmente por fissuras e poros e atinge as armaduras, gerando a corrosão. Como a água
reservada é clorada, os cloretos que se combinam com alguns produtos de hidratação do
cimento, aumentam a condutividade elétrica da água nos poros, acelerando também o
processo de corrosão.
A corrosão destas armaduras diminui a estabilidade química da capa protetora dos aços,
acelerando o processo de corrosão, e retração do aço, além de gerar tensões de tração
adicionais á camada de concreto, levando a novas fissuras e até desplacamento.

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Para garantir a qualidade da água reservada e a integridade da estrutura, será necessário
tratamento dos pontos onde as armaduras já estão expostas e revestimento de todas as
paredes internas com manta no reservatório.
Será necessário remover a proteção mecânica da manta asfáltica e refaze-la com cimento
CP ll e areia.
É necessário substituir a manta asfáltica.
Vedar os pontos abertos por falta de encunhamento de alvenaria.
Refaze-lo toda impermeabilização com argamassa polimérica.

ESCARIAÇÃO PONTOS DE ARMADURA AFETADA

Os pontos onde se apresentam armaduras expostas e em processo de carbonatação, devem


ser escarificados, de forma a retirar qualquer resíduo solto de concreto, e para que se
garanta a aplicação do inibidor de corrosão em toda área afetada.
LIMPEZA ARMADURA AFETADA

Uma limpeza das armaduras, com escova de aço, processo mecânico ou jato de areia, é
fundamental para garantir aderência e sucesso do produto inibidor de corrosão. A
armadura deve estar limpa, isenta de pó, óleos, gorduras, limos e fungos ou pedaços
soltos.
APLICAÇÃO DE INIBIDOR DE CORROSÃO EM FERRAGENS EXPOSTAS

Para tratamento do processo de carbonatação, deve ser utilizada argamassa para pintura
de proteção anticorrosiva de armaduras de aço.
O Protetor Anticorrosivo à Base de Zinco da Vedacit é indicado para a proteção de metais,
como armaduras de espera, estruturas (vigas e colunas), entre outros.
Com alto poder inibidor de corrosão, ele funciona como um filme impermeável
recobrindo diversas superfícies metálicas.
Além disso, este protetor anticorrosivo conta com fácil aplicação, secagem rápida, grande
durabilidade e é compatível com pinturas à base de solvente.
A sua aplicação pode ser realizada através de um pincel, sendo recomendado 2 demãos
do produto. O intervalo entre as demãos deve ser de no mínimo 3 horas (média de tempo
em uma temperatura de 25°).

PROTEÇÃO MECANICA

A proteção mecânica é um elemento muito importante para garantir a proteção e


durabilidade do sistema impermeabilizante. Essa proteção é composta de argamassa de
cimento e areia, emulsão adesiva. e, deve ser estruturada com traço de argamassa para
contrapiso (1:5 1 saco de cimento / 5 latas de areia média/grossa) com a aplicação de uma
malha de tela hexagonal galvanizada (tela pinteiro) ou malha de tela hexagonal PVC.

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MANTA ASFÁLTICA

CUIDADOS ANTES DA INSTALAÇÃO


Para a aderência da manta em toda a área, incluindo rebaixos, aplicar o primer asfáltico,
que pode ser a base água.
O primeiro passo é proceder à limpeza do local, eliminando resíduos, restos de argamassa,
madeiras, pontas de ferro, graxa, óleo ou partículas soltas. Se necessário, o local pode ser
lavado com hidrojateamento ou com escova de aço e água. “Para a aderência da manta
em toda a área, incluindo rebaixos, aplicar o primer asfáltico, que pode ser a base água
ou solvente. É preciso aguardar a secagem antes da colagem das mantas asfálticas número
4mm, o que pode ser feito com maçarico ou asfalto a quente”.
Os problemas vão desde trincas na superfície até falhas na concretagem. “Realizar o
ajuste sem acompanhamento técnico é perigoso e pode comprometer toda a estrutura de
uma construção”.

PREPARAÇÃO DO PRODUTO
As ferramentas utilizadas para a aplicação do primer são trincha, broxa, pincel ou rolo de
pintura. Para a instalação das mantas asfálticas a fogo, é empregado o maçarico. Já a
opção de aplicar o asfalto quente exige um aquecedor de asfalto para derreter o material
e aplicar com vassourão de juta ou de algodão.

A preparação do produto é feita com maçarico de boca larga e gás GLP. “Aqueça o primer
e a parte inferior da manta asfáltica. A aplicação da manta com asfalto derretido deve ser
realizada com vassourão de juta ou de algodão ou regador metálico entre a superfície e a
manta asfáltica”.

INSTALAÇÃO

Para a colagem da manta asfáltica, é preciso abrir totalmente a primeira manta, deixando-
a alinhada e, em seguida, deve ser enrolada novamente. “Fixe a manta, desenrolando-a
aos poucos e fazendo sua queima com maçarico, ou a colagem com asfalto derretido.
Aperte bem para evitar bolhas ou enrugamentos. Aplique a manta sempre no sentido
contrário ao do caimento das águas – do ponto mais baixo para o mais alto”,
acrescentando que a operação deve se repetir, fazendo uma sobreposição de 10 cm entre
as mantas, para promover a aderência.

A parte da manta sobre os ralos precisa ser “fatiada em forma de pizza” – como no
tratamento dos ralos –, dobrada para dentro e fixada, sempre fazendo a queima com
maçarico ou a colagem com asfalto derretido. Nos cantos, a manta aplicada na superfície
deve avançar 10 cm no sentido vertical, assim como a manta aplicada na superfície
vertical deve avançar 10 cm no sentido horizontal. “Faça a fixação e a união na área de
sobreposição, de novo queimando ou colando”.

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ENCUNHAMENTO DE ALVENARIA

Recomendações para Execução do Encunhamento:


O local de aplicação da argamassa ou de poliuretano deve ser limpo e umedecido antes
da aplicação.

APLICAÇÃO DE ARGAMASSA POLIMÉRICA.


Indicada para realizar a impermeabilização de tanques de água potável, espelhos dágua,
piscinas e reservatórios elevados ou enterrados. Tem rendimento de 6 m² de área aplicada.
Seu tempo de secagem é de 5 horas. Para obter um resultado satisfatório, é indicada a
aplicação de 2 demãos na superfície desejada.

Vantagens da Argamassa Polimérica


O produto possui tecnologia flexível, que não gera trincas ou fissuras. Sua aplicação em
reservatórios não contamina a água potável, e ajuda a estruturar o sistema de
impermeabilização.

ENCERRAMENTO
O presente relatório compõe-se de 11 folhas, numeradas e impressas em um só lado, todas
rubricadas com exceção dessa última que vai datada e assinada.

São Paulo 20 outubro 2023

Engenheiro civil: José Antônio da Rocha


CREA/SP 5070155821

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