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SCSE 01 - AVALIAÇÃO DA TÉCNICA DE INJEÇÃO DE CORRENTE NO DIAGNÓSTICO DE

CORROSÃO EM ESTRUTURAS ENTERRADAS

Autores: Regina do Socorro Melo Amaral1; Marlon Alex Vilhena da Silva2; Leonardo Henrique Lopes
da Silva Oliveira3
Empresa: Eletrobras Eletronorte

Corrosão é uma das principais causas de deterioração em equipamentos e estruturas metálicas


quando em contato com o solo. Estudos demonstraram que é possível avaliar a tendência e o grau
de corrosão por técnicas eletroquímicas. Neste trabalho, foi realizada uma avaliação da técnica de
injeção de corrente (curvas de Tafel) como método de diagnóstico para a corrosão em estruturas
enterradas.
Essas estruturas estão sujeitas a condições ambientais desfavoráveis que promovem a corrosão.
Ao longo do tempo, produtos de corrosão, como óxidos e hidróxidos metálicos, podem se
acumular na superfície dessas estruturas, formando camadas densas e aderentes. Esses produtos
de corrosão adsorvidos podem interferir nas medições eletroquímicas, levando a resultados
imprecisos ao utilizar a técnica de curvas de Tafel.
Portanto, é importante considerar outras técnicas de avaliação que sejam mais adequadas para
amostras com alta concentração de produtos de corrosão adsorvidos. Isso pode incluir técnicas
como espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE), capazes de fornecer informações mais
detalhadas sobre a corrosão em estruturas enterradas.
Em resumo, embora a caracterização eletroquímica pelas curvas de Tafel seja útil para estudos
comparativos de desempenho corrosivo entre materiais, ela pode não ser a melhor opção para
avaliar estruturas enterradas com alta concentração de produtos de corrosão adsorvidos em
superfícies. Outras técnicas mais apropriadas, como a EIE, devem ser consideradas para uma
avaliação mais precisa da corrosão nesses casos.

Dados dos autores:


1
Engenheira Química, Analista Química, regina.amaral@eletronorte.com.br
2
Bacharel em Química, Analista Químico, marlon.silva2@eletronorte.com.br
3
Químico, Técnico de Laboratório, leonardo.oliveira@eletronorte.com.br

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SCSE // 2023
SCSE 02 - TECNOLOGIA POLIASPÁRTICA: A PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO DE
BAIXO VOC E ALTA PRODUTIVIDADE

Autora: Ana Paula Alonso Cardoso


Empresa: Covestro LATAM

Poliaspárticos , por definição, são poliuréias alifáticas resultantes do sistema de dois componentes
de um poliisocianato alifático com a diamina do éster aspártico e, ao reagirem, formam
revestimentos de baixo ou quase zero VOC.
Uma das principais características dos poliaspárticos para sistemas anticorrosivos é a sua
capacidade de formar uma barreira impermeável que impede a entrada de umidade e substâncias
que promovam a corrosão. Isso é especialmente importante em ambientes agressivos, como áreas
marinhas, industriais e químicas, onde a corrosão pode ocorrer rapidamente. Outras vantagens
são sua excelente aderência às superfícies metálicas, alta resistência a impactos, abrasão e
produtos químicos, o que os torna ideais para aplicações em ambientes industriais agressivos. Eles
podem ser utilizados em estruturas metálicas expostas, como pontes, torres de energia, tanques
de armazenamento e tubulações, oferecendo uma proteção confiável contra corrosão.
Essas propriedades permitiram que esta tecnologia fosse incluída em 2018 na normatização ISO
12944 como acabamento em aplicações de proteção contra corrosão.
A reatividade única e ajustável dos ésteres poliaspárticos permitem cura rápida, o que significa que
podem ser aplicados em várias camadas em um curto período de tempo. Isso é especialmente
vantajoso em ambientes industriais, onde a produtividade e o tempo de inatividade são fatores
críticos. A secagem rápida, em combinação com a alta espessura de filme, pode proporcionar
melhorias significativas na produtividade, economizando dinheiro e tempo, já que o número total
de camadas aplicadas pode ser reduzido. Além disso, a tecnologia de revestimentos poliaspárticos
proporciona cura a baixa temperatura e excelente resistência à abrasão e à corrosão.
O objetivo do trabalho é apresentar a tecnologia poliaspártica, mostrando sua performance e
vantagens em produtividade em casos práticos.

Dados da autora:
Bacharel em Química, Gerente Técnica de Laboratório, anapaula.cardoso@covestro.com

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SCSE // 2023
SCSE 03 - UTILIZAÇÃO DE DRONES NA AVALIAÇÃO DO AVANÇO DA CORROSÃO EM
COMPONENTES DE ESTRUTURAS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

Autor: Daniel Verardo


Empresa: ISA CTEEP

A partir de imagens coletadas por veículos aéreos não tripulados nas inspeções programadas em
linhas de transmissão, técnicos de manutenção da ISA CTEEP analisam as imagens e, caso sejam
identificadas anomalias relacionadas a diversas naturezas incluindo corrosão de componentes, são
enviadas às nossas equipes de campo para providenciar reparos, troca de peças e/ou tratamento,
oferecendo maior eficiência e qualidade na gestão dos nossos ativos.
As anomalias identificadas são muitas vezes causadas por corrosão nas ferragens e peças das
torres de transmissão, com as inspeções programadas de drone nas torres é possível avaliar o
avanço da corrosão e programar o reparo ou substituição da peça.
As imagens abaixo representam o avanço da corrosão no pino do cavalote numa torre de LT em
138 kV no período de 2021 (foto a esquerda) e 2022 (foto a direita).

Dados do autor:
Engenheiro Florestal e Engenheiro de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Desenvolvimento de
Linhas de Transmissão, dverardo@isacteep.com.br

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SCSE // 2023
SCSE 04 - MITIGAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS ELÉTRICAS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
EM DUTOS TERRESTRES

Autor: João Paulo Klausing Gervásio


Empresa: Petrobras

Aproximações de dutos terrestres com linhas de transmissão geram interferências elétricas que
precisam ser mapeadas e mitigadas, quando necessário. Essas interferências ocorrem em regime
permanente ou durante um curto-circuito na rede de transmissão ou de distribuição. Como
consequência, podem causar danos e corrosão no duto e nas torres e, eventualmente, colocar em
risco a vida de uma pessoa nas adjacências. Este trabalho tem como objetivo alertar os
profissionais para essas situações e indicar as medidas protetivas adequadas para mitigação
dessas interferências.

Dados do autor:
Engenheiro Eletricista, Consultor, joaoklausing@petrobras.com.br

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SCSE // 2023
SCSE 05 - A IMPORTÂNCIA DE BOAS PRÁTICAS DE PINTURA ANTICORROSIVA

Autor: Guilherme André Soares da Rocha


Empresa: Eletronuclear

O trabalho que está sendo realizado tem como objetivo mostrar a importância das boas práticas
de pintura anticorrosiva, que prolonga a vida útil da pintura e reduz custos de manutenção. Para
isso fizemos um estudo de caso com quatro corpos de prova (CP) apresentando corrosão em cem
por cento de sua superfície (Grau C) nos quais utilizamos dois esquemas de pintura distintos.
Em dois CP’s utilizamos um esquema incompleto de pintura, com apenas tratamento manual com
escova de aço (St2) e aplicação de uma demão de tinta de acabamento à base de poliuretano
alifático, bicomponente, com espessura seca de 40 micrometros.
Nos outros dois CP’s utilizamos um esquema completo, com tratamento manual com escova de
aço (St2), aplicação de uma demão de fundo revestimento epóxi dupla função de alta espessura,
bicomponente, com espessura seca de 170 micrometros, aplicação de pintura de reforço nas
bordas, quinas e cantos vivos com o mesmo material da primeira demão e por fim aplicação de
uma demão de tinta de acabamento à base de poliuretano alifático, bicomponente, com espessura
úmida de 40 micrometros.
Após a secagem dos CP’s, os mesmos foram expostos na estação de corrosão da Usina Nuclear
de Angra 2, na tomada d’água, edifício UPC. O local foi escolhido estrategicamente por apresentar
atmosfera com elevada salinidade e estar próximo de componentes e estruturas metálicas da
Usina Nuclear.
Durante a exposição dos CP’s, foi feito um acompanhamento quinzenal, com a elaboração de um
relatório fotográfico com o objetivo de acompanhar a degradação dos esquemas de pintura
aplicados. Os resultados comparativos de desempenho anticorrosivo dos esquemas de pintura
serão apresentados no evento, com o propósito de evidenciar a importância das boas práticas na
pintura industrial.

Dados do autor:
Técnico em Edificações, Técnico em Construção Civil, guitec1@eletronuclear.gov.br

Página | 8
SCSE // 2023
SCSE 06 - MELHORIAS VOLTADAS À EXTENSÃO DA VIDA ÚTIL DOS ATIVOS DE
TRANSMISSÃO, BASEADO EM ESTUDO DE CASO NO USO DE TECNOLOGIA DE RE-
GALVANIZAÇÃO POR FILME COM ELEVADO TEOR DE ZINCO METÁLICO (RFETZM)

Autores: Luis Eduardo Urbán López1; Eliana Viana Cunha2


Empresa: Zinga Metall Brasil Com. Prod. Serv. p/ Corrosão Ltda.

Há tempo, o intercâmbio tecnológico e conhecimento de tecnologias efetivamente comprovadas,


tem sido o indutor da racionalização de custos e adequação dos procedimentos de manutenção,
melhorias voltadas para extensão da vida útil física e sustentabilidade ambiental de ativos de
transmissão, certamente o desejo de todos os detentores de ativos e dos operadores e
reguladores do Sistema Interligado Nacional (SIN), haja vista o panorama atual do mesmo e sua
importância para a segurança elétrica Nacional.
A Tecnologia de Re-Galvanização por Filme com Elevado Teor de Zinco Metálico (RFETZM) foi
desenvolvida de modo que estruturas de aço carbono e muitas outras estruturas galvanizadas por
imersão a quente (HDG) pudessem ser galvanizadas ou regalvanizadas novamente in-situ, com e
sem interrupção da disponibilidade operacional do ativo considerado.
Não existe a necessidade real de frequentes manutenções ou mesmo a troca das estruturas após
o zinco do revestimento original ter se esgotado. Basta realizar um plano de manutenção para
manter a estrutura em condições seguras e íntegras conforme a especificação original de projeto,
desde que os produtos utilizados no emprego da Tecnologia de RFETZM sejam de altíssimo teor
de zinco, que possui todas as vantagens da galvanização por imersão a quente, com a facilidade
de aplicação de uma tinta comum.
Por fim, considerando a relevância do tema, o trabalho visa contribuir com o avanço do
conhecimento, largamente adotado no exterior, para o incremento da segurança, atratividade,
rentabilidade dos ativos de transmissão do SIN, apresentando experiências práticas de longa
duração no Brasil e no exterior, mostrando as vantagens da Tecnologia de RFETZM em relação às
alternativas do mercado.

Dados dos autores:


1
Engenheiro Químico, Diretor Técnico e Comercial, luis@corrgroup.com.br
2
Tecnóloga, Coordenadora Comercial, eliana@corrgroup.com.br

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SCSE // 2023
SCSE 07 - SISTEMAS DE VEDAÇÃO DE VAZAMENTO DE EMERGÊNCIA PARA
TRANSFORMADORES

Autores: Pedro Hita1; Nello Ferrari2


Empresa: Hita

Transformadores, que são equipamentos propensos a vazamentos, são um excelente exemplo de


situações onde utilizar as técnicas e materiais adequados podem reduzir custos de manutenção,
além de mitigar riscos ao meio ambiente em decorrência de vazamento de fluidos. O objetivo
deste trabalho é apresentar um método de soldagem a frio que tem boa adesão, mesmo quando
preparado sob superfícies oleosas, para vedar e reparar as tampas flangeadas de transformadores,
através da utilização de polímeros epóxis de alta performance tolerantes à baixa preparação de
superfície ou contaminantes como o óleo.
Vazamentos de enxofre hexafluoreto (SF6) também são um risco ambiental e representam uma
outra situação onde esse tipo de produto pode fornecer uma solução eficaz. O SF6 é usado como
um meio dielétrico gasoso para equipamentos elétricos de alta tensão e podem ser de difícil
detecção. Uma vez detectados é fundamental que exista a possibilidade de sanar os vazamentos
de forma rápida, no local e sem a necessidade esperar uma equipe especialista. A mesma
tecnologia utilizada para selar vazamento de óleo pode ser utilizada para sanar vazamentos de SF6,
visto que sua boa aderência ao aço e à isoladores de porcelanato.
Esse tema é de grande relevância para o setor elétrico, pois esta tecnologia permite combater a
corrosão e aumentar a vida útil dos equipamentos, bem como reduzir o tempo de pausa
operacional para este tipo de reparo, que pode ser efetuado in loco e sem a necessidade de
ferramentas ou equipamentos especiais. As evidências dos resultados obtidos comprovam que
reparos como estes podem durar anos, mesmo submetidos a condições ambientais adversas. Por
fim, este estudo permitiu um grande avanço nas boas práticas de proteção anticorrosiva através
da utilização de polímeros epóxis.

Dados dos autores:


1
Engenheiro de Produção, Gerente Comercial, comercial@hita.com.br
2
Engenheiro Civil, Gerente Comercial, comercial@hita.com.br

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SCSE // 2023
SCSE 08 - DESEMPENHO DE ESQUEMAS DE PINTURA APLICADOS NA SUPERFÍCIE
INTERNA DA ESTRUTURA DE DESCARGA DO SISTEMA DE ÁGUA DE CIRCULAÇÃO DA
USINA NUCLEAR DE ANGRA 1

Autor: Sebastião Domingos Gomes Filho


Empresa: Eletronuclear

A usina nuclear de Angra 1, localizada em Angra dos Reis RJ, gera energia elétrica a partir da
transferência do calor produzido no núcleo do reator para dois geradores de vapor que acionam
um turbogerador. Após acionar o turbogerador o vapor é direcionado aos condensadores onde
troca calor com a água do mar que é captada na praia de Itaorna através do túnel de admissão do
Sistema de Água de Circulação (SAC). Após a troca de calor no condensador, a água do mar é
descarregada no saco Piraquara de Fora através das galerias e túnel de descarga do SAC onde
gera bioincrustação na superfície interna de concreto armado, o que impede a inspeção civil
dessas estruturas, impossibilitando a intervenção precoce para evitar anomalias. Os objetivos da
pesquisa foram avaliar o crescimento da bioincrustação e o desempenho de esquemas de pintura
(EP) aplicados em 2017 e 2018 nas galerias e túnel de descarga do SAC. Além da caracterização
da bioincrustação, foram executados inspeção visual e ensaio de aderência dos EP. Sugerimos, ao
final, a continuidade da pesquisa mediante desenvolvimento de EP para inibir o crescimento da
bioincrustação.

Dados do autor:
Engenheiro Civil, Profissional de Nível Superior, thashah@eletronuclear.gov.br

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SCSE // 2023
SCSE 09 - TRATAMENTO ANTICORROSIVO DE FUNDAÇÕES DE TORRES COM
CINQUENTA ANOS EM OPERAÇÃO NAS LINHAS DE TRANSMISSÃO 345 KV
ADRIANÓPOLIS–ITUTINGA C1 E C2

Autores: Felipe Emanuel Braga do Couto1; Gerson Vale de Resende2


Empresa: Eletrobras Furnas

Furnas Centrais Elétricas S/A opera e mantém as linhas de transmissão de energia elétrica,
Adrianópolis-Itutinga circuitos 1 e 2 - 345 kV, estas LTs, construídas há cinquenta anos, fazem a
interligação entre os Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Sob a responsabilidade do
Departamento de Produção Minas- DRM.O, está o trecho das torres 001 a 237 do circuito 1 e das
001 a 246 do circuito 2.
Durante as inspeções periódicas rotineiras nessas LTs foram identificados em diversas estruturas
pontos de corrosão nas fundações, que são metálicas do tipo “grelha”. Assim, iniciou-se pela
engenharia um estudo de viabilização de tratamento anticorrosivo dessas fundações, a fim de
prevenir que a oxidação viesse a evoluir, colocando em risco a estabilidade das estruturas. Após as
análises, das condições verificadas nas fundações das torres, levando em conta a escavação em
mais algumas estruturas amostrais, as condições do solo, da atmosfera da região e o grau da
corrosão encontrada, foi definido um esquema de pintura a ser aplicado nas estruturas elencadas
das duas LTs.
A proteção anticorrosiva definida para essas fundações foi através de limpeza por jateamento a
seco com matéria prima abrasiva e aplicação de tinta Epóxi com espessura mínima de 350
micrometros, sendo aplicada 50 cm acima e 70 cm abaixo da linha de afloramento, pois é ali o
ponto crítico da corrosão.
O trabalho está acontecendo neste momento com cerca de 30% executado, os resultados já se
mostram satisfatórios, visto que as fundações ficarão protegidas da corrosão por muitos anos,
garantindo assim a eficiência energética das duas LTs por mais tempo, visto que elas estão em
operação desde 1968, ou seja, há mais de cinquenta anos.

Dados dos autores:


1
Engenheiro Eletricista, Técnico de Linhas de Transmissão, fcouto@furnas.com.br
2
Engenheiro Eletricista, Profissional de Nível Superior III, gersonvr@furnas.com.br

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SCSE // 2023
SCSE 10 - INSPEÇÃO DETALHADA EM FUNDAÇÕES DAS TORRES DO SISTEMA ITAIPU DE
LTS DE 500, 600 E 750 KV COM MAIS DE TRINTA ANOS EM OPERAÇÃO

Autores: Pedro Henrique Tancredo Campos1; Gerson Vale de Resende2; Élio Ferreira3; Denis Câmara
Alcântara4
Empresa: Eletrobras Furnas

Este trabalho visa apresentar a avaliação realizada nas torres das linhas de transmissão do sistema
Itaipu de FURNAS de 500, 600 e 750 kV, visando verificar a integridade mecânica das fundações
das estruturas, a partir do estado de corrosão constatado nos perfis metálicos, em razão do tempo
de operação das linhas de transmissão, que possuem mais de trinta anos em operação. Os
resultados deste trabalho indicaram demandas que devem ser incluídas no plano de ação
plurianual, além de outras demandas de caráter imediato.
Inicialmente foi demandado pela pelo órgão de manutenção apoio da engenharia de manutenção
para inspeção detalhada das fundações das torres 1504 e 1529 da LT Foz do Iguaçu – Ibiúna Bipolos
1 e 2 de 600 kV para avaliação da solução, que considerava a concretagem ou substituição das
grelhas, a ser realizada com equipe própria.
No total, foram inspecionadas doze estruturas. Em seguida foram incluídas estruturas adicionais
para aperfeiçoar a inspeção, segundo critérios da própria supervisão, tomando como base os
registros de manutenção
Por se tratarem de dimensões que possuem ordens de grandeza distintas e pelo caráter do
fenômeno de corrosão, a perda percentual de espessura guarda equivalência com a perda
percentual da área, sendo, portanto, o objeto das medições.
Para se avaliar o limite admissível em função da perda de espessura é utilizado como parâmetro o
dimensionamento dos montantes das fundações, extraídos da memória de cálculo estrutural de
cada tipo de torre, conforme limites indicados em dados de referência.
O dimensionamento é feito tendo como referência a hipótese de carregamento que mais solicita
mecanicamente os montantes das fundações. De fato, para uma estrutura em particular, esta
situação nem sempre é observada, principalmente pelos valores de vão de peso e vão de vento
inferiores ao limite da estrutura, assim como pela composição de pernas e extensão da torre.
Devido ao elevado percentual de estruturas que necessitam de substituição e concretagem, foi
considerado a necessidade e importância de que sejam inspecionadas e tratadas através de
pintura, concretagem ou substituição, as fundações de TODAS as torres das LTs: Ibiúna – Tijuco
Preto, Foz do Iguaçu – Ibiúna bipolos 1 e 2 (600 kV) e Itaberá - Tijuco Preto -2 (750 kV).

Dados dos autores:


1
MSc., Engenheiro Mecânico, Profissional de Nível Superior III
2
Engenheiro Eletricista, Profissional de Nível Superior III, gersonvr@furnas.com.br
3
Engenheiro Eletricista, Supervisor Manutenção de Linhas de Transmissão
4
Técnico, Técnico de Linhas de Transmissão, dcamara@furnas.com.br

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SCSE // 2023
SCSE 11 - SUBSTITUIÇÃO DE MONTANTES E PONTÕES CORROÍDOS EM ESTRUTURAS
METÁLICAS PELO MÉTODO DE UTILIZAÇÃO DE TRIPÉ

Autores: Anderson Silva Soares Lima1; Forlan Godói Cordeiro Fontes2; Juan Nilton Gomes Do
Sacramento3
Empresa: Cemig

Este trabalho apresenta uma maneira para substituição de ferragens nas bases das estruturas
metálicas onde não seja possível o acesso de caminhões Munck para segurar a base da Torre.
Através da utilização desse conjunto que forma o Tripé, poderemos substituir as ferragens que não
mais suportam nenhum tipo de tratamento anticorrosivo satisfatório. Método já empregado há
anos pelas equipes da Cemig, devido à dificuldade que encontramos para tratamento das
ferragens encontradas em estágio já avançado de corrosão. A utilização do mesmo atende
perfeitamente na substituição das ferragens de quase 80% dos modelos de estruturas
encontradas nas LTs.
Através desse modelo de serviço poderão ser substituídos os Pontões, os Montantes, as Treliças e
até mesmo as Grelhas das bases das Estruturas. Utiliza-se esse artifício principalmente em
estruturas de difícil acesso, uma vez que todas as peças do conjunto do Tripé podem ser
transportadas manualmente. Esse método é basicamente simples e pode ser perfeitamente
executado com a participação de no mínimo 4 colaboradores.

Dados dos autores:


1
Técnico de Linhas de Transmissão, asslima@cemig.com.br
2
Técnico de Linhas de Transmissão
3
Engenheiro Eletricista, Eletricista de Linhas de Transmissão

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SCSE // 2023
SCSE 12 - SUBSTITUIÇÃO DE TORRES CORROÍDAS DA LT DE 750 KV ITABERÁ–TIJUCO
PRETO SITUADAS NA SERRA DO MAR

Autores: Gerson Vale de Resende1; Helison da Silva2


Empresa: Eletrobras Furnas

Este trabalho visa apresentar todo um processo desenvolvido pelas equipes de manutenção e
construção de Furnas nos últimos vinte anos, na busca de soluções para resolver as condições do
estado de corrosão acentuado das torres metálicas autoportantes da Linha de Transmissão de 750
kV Itaberá-Tijuco Preto circuito 2.
A mencionada LT de 750 kV foi a primeira a ser construída em 1980, das três linhas de transmissão,
interligando o tronco de corrente alternada do sistema Itaipu-São Paulo.
Cerca de cinquenta torres dessa LT estão situadas dentro do Parque Estadual da Serra do Mar,
principalmente no município de São Bernardo do Campo - SP. Criado em 1977, o Parque Estadual
da Serra do Mar (PESM) representa a maior porção contínua preservada de Mata Atlântica no Brasil.
Seus mais de 360 mil hectares estão situados nos municípios paulistas, desde a divisa do
estado de São Paulo com o Rio de Janeiro até o litoral sul de São Paulo.
As torres situadas dentro do PESM, estão sujeitas intensamente, às intempéries da região, que
além dos efeitos dos gases das indústrias do Polo Petroquímico de Cubatão, são atingidas por
atmosferas marinhas, que ocasionam intensa umidade dentro dos fragmentos florestais da mata
atlântica, gerando assim, um forte nevoeiro quase que todos os dias. Essas condições atmosféricas
fortemente agressivas, submetem as estruturas metálicas das LTs a um processo acelerado de
degradação dos perfis das estruturas, onde com apenas dez anos de operação da LT já foi
necessário o início das trocas dos perfis metálicos das torres.
Em 2014, foi iniciado um processo mais intenso para uma intervenção maior, visando a troca de
uma quantidade mais abrangente de peças ou um processo de proteção anticorrosivo mais
completo. Após várias ações e muitos estudos e avaliações foi definido a substituição de 37
estruturas da LT, criando um novo traçado dentro do Parque, ou seja, uma LT variante, com a
implantação de novas 39 torres que estão em fase de conclusão no ano em curso.
Para a aprovação e obtenção da autorização e Licença de Operação dessa nova variante, foram
necessários, ao longo desses últimos oito anos, muitas discussões junto a Secretaria do Meio
Ambiente (CETESB) e a Fundação Florestal (gestora do PESM), implantações de condicionantes e
vários relatórios (RIMAs).
Atualmente estão sendo lançados os condutores nas novas estruturas. Estão previstas a adoção
de novas aplicações de esquemas de pintura, visando reforçar a proteção anticorrosiva do trecho
da LT.

Dados dos autores:


1
Engenheiro Eletricista, Profissional de Nível Superior III, gersonvr@furnas.com.br
2
Técnico, Supervisor de Manutenção de Linhas de Transmissão, silvah@furnas.com.br

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SCSE // 2023
SCSE 13 - DESAFIOS DO TRATAMENTO E PINTURA PARA PROTEÇÃO ANTICORROSIVA
DAS ESTRUTURAS METÁLICAS TRELIÇADAS ZINCADAS DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO
EM ATÉ 750 KV, NO ESTADO DE SÃO PAULO

Autores: Vanessa Freitas Silva1; Wilson Melo de Lima2; Artur Correa da Silva3
Empresa: Eletrobras Furnas

O aumento da demanda de energia no país requer a expansão do Sistema Elétrico Nacional – SIN
em uma crescente demanda sem espaço para admitir a desativação de instalações pela
superação de sua vida útil. Neste contexto as linhas de transmissão construídas nas décadas 80 e
90 vêm sofrendo intervenções que visam o aumento de seus períodos de operação sendo uma
delas a recuperação e pintura para proteção anticorrosiva das estruturas metálicas (torres).
Agravando este contexto, observa-se que linhas de transmissão de extra alta tensão são
construídas vencendo longas distâncias e atravessando áreas remotas de mata e condições
ambientais bem adversas. Este é o caso dos três circuitos que interligam a Usina Binacional de
Itaipú aos centros consumidores, especificamente o trecho entre as subestações de Itaberá e de
Tijuco Preto que atravessam a região de São Bernardo do Campo e Santo André no estado de São
Paulo. Estes circuitos foram construídos dentro da região da Mata Atlântica, próxima do litoral sul
paulista e do Polo Petroquímico de Cubatão. A alta umidade, salinidade e a poluição do ar vem
causando acelerado processo de oxidação das peças metálicas mesmo zincadas. Neste trabalho
viemos descrever os desafios da manutenção em lidar com este problema que vai desde a
identificação das partes oxidadas, contratação de empresa com experiência no referido
tratamento, definição da tinta e do esquema de pintura mais apropriado até o estabelecimento da
rotina de execução dadas as condições climáticas adversas como é o caso do “cavalo branco”. A
recuperação e o tratamento anticorrosivo das estruturas ampliando a vida útil das torres de
transmissão são encarados como um reinvestimento da concessionária dado que substituem a
construção de novo trecho. A oxidação que será apresentada neste trabalho é tão severa que para
um trecho de 40 torres do circuito 2 foi necessária a construção de um novo trecho. Hoje,
encontra-se em andamento um contrato de pintura anticorrosiva do circuito 3 sendo este o objeto
deste trabalho.

Dados dos autores:


1
Engenheira Eletricista, Supervisora de Manutenção de Linhas, vaness@furnas.com.br
2
Engenheiro Eletricista, Supervisor de Manutenção de Linhas, wilmelo@furnas.com.br
3
Engenheiro Eletricista, Profissional de Nível Superior III, arturcs@furnas.com.br

Página | 16
SCSE // 2023
SCSE 14 - INSPEÇÃO EM CADEIAS DE ISOLADORES DE VIDRO EM LINHAS DE
TRANSMISSÃO DE 345 KV UTILIZANDO INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Autor: Ricardo dos Santos Schneider Siqueira


Empresa: Eletrobras Furnas

Este trabalho tem como objetivo principal a classificação de isoladores de forma inteligente com
base na detecção do nível de corrosão nos pinos de isoladores de vidro utilizados em uma linha de
transmissão de 345 kV.
O presente trabalho utiliza um sistema inteligente baseado na YOLOv5 para detectar falhas nos
isoladores, a fim de garantir o funcionamento normal e seguro do sistema de energia. O algoritmo
desenvolvido busca complementar trabalhos anteriores que utilizam visão computacional e drones
para detectar isoladores quebrados ou faltantes.
A detecção do estado dos pinos isoladores através da Rede YOLOv5 mostrou resultados
promissores em um ambiente controlado e na linha de transmissão, com uma precisão superior a
75% em testes iniciais, utilizando uma base de dados para treinamento da rede com apenas 784
imagens. A classificação dos isoladores neste estudo foi dividida em três categorias: aqueles em
boas condições, que não requerem monitoramento anual; aqueles que necessitam de
monitoramento anual; e os isoladores que precisam ser substituídos o mais rápido possível,
conforme os critérios de avaliação de isoladores em serviço da CIGRE, 2008. As Figuras 1 e 2
abaixo mostram os resultados da classificação feita pela rede de inteligência artificial.

Figura 1 - Resultado da classificação em ambiente controlado.

Figura 2 - Resultado da classificação em ambiente real.

Dados do autor:
Engenheiro Eletricista, Profissional Médio Operacional, ricosch@furnas.com.br

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SCSE // 2023
SCSE 15 - AVALIAÇÃO DE REVESTIMENTOS HIDROFÓBICOS PARA APLICAÇÃO EM
SUBESTAÇÕES DE ENERGIA

Autores: Arthur de Castro Ribeiro1; Ricardo Wesley Salles Garcia2; Cristina da Costa Amorim3;
Marcos Martins de Sá4; Gerson Vale de Resende5
Empresa: Cepel; Eletrobras Furnas

Isoladores de vidro e de porcelana são extensivamente utilizados em subestações de energia


devido às suas excelentes propriedades mecânicas e dielétricas. Entretanto, esses materiais
possuem uma característica hidrofílica em sua superfície, o que possibilita a formação de
caminhos condutivos superficiais, quando instalados em ambientes com alto grau de poluição e
umidade. Ao longo dos anos de operação, têm-se percebido que esses caminhos condutivos
tendem a aumentar a corrente de fuga superficial no isolador, podendo causar efeitos elétricos
indesejados, como arcos de banda seca, descargas coronas e flashover, podendo levar a falhas e
destruição dos isoladores, resultando em quedas de energia e a consequentes prejuízos
econômicos e sociais.
Controlar a molhabilidade da superfície dos isoladores é uma das alternativas possíveis para
minimizar esse problema. Neste contexto, revestimentos de silicone reticulado à temperatura
ambiente (revestimentos de silicone RTV) vêm sendo utilizados, ao longo dos últimos anos, para
melhorar o desempenho de isoladores elétricos cerâmicos em ambientes poluídos.
Revestimentos de silicone RTV têm a função de reduzir o caminho condutivo superficial devido à
sua hidrofobicidade e transferência de hidrofobicidade. Esse tipo de solução não possui
características de autolimpeza, o que dificulta a remoção, por mecanismos naturais, dos
contaminantes que, porventura, tenham sido depositados na superfície. Além disto, devido à
possibilidade de perda de hidrofobicidade por determinado período de tempo e dependendo da
sua capacidade de transferência de hidrofobicidade, os revestimentos RTV requerem programas
de inspeção e manutenção feitos de forma regular.
Embora se tenha um número considerável de fornecedores destes revestimentos no mundo, no
mercado nacional especificamente, ainda se tem uma disponibilidade limitada de opções de
revestimentos de silicone RTVs. Poucos fornecedores deste material fazem com que a escolha do
revestimento a ser aplicado se torne muito restrita. Além disso, ainda se carece de uma melhor
comparação dos revestimentos disponíveis. É importante avaliar as propriedades e o desempenho
destes revestimentos, de forma a se obter uma comparação entre as opções de escolha e se ter
mais assertividade quanto ao custo-benefício.
Este trabalho apresenta um estudo comparativo realizado em três tipos de revestimentos de
silicone RTV para aplicação em isoladores elétricos. Os revestimentos foram aplicados, em
laboratório, sobre substratos de vidro utilizando equipamento airless elétrico após mistura
homogeneização prévia e procedimentos sugeridos pelos fabricantes. Os corpos de prova
revestidos foram avaliados quanto à sua aderência (scrape-adhesion), hidrofobicidade (ângulo de
contato e ângulo de deslize), transferência de hidrofobicidade (método camada de poluição
artificial), retenção de hidrofobicidade (método imersão em água), conteúdo de LMWs de silicone
(método extração soxhlet) e resistência ao desenvolvimento de corrente de fuga mediante teste
de trilhamento elétrico em plano inclinado (método 1, critério A, ABNT NBR 10296).

Dados dos autores:


1
Engenheiro Químico, Pesquisador, arthurcr@cepel.br
2
Engenheiro Eletricista, Pesquisador, rwesley@cepel.br
3
Química Industrial, Pesquisadora, cristinac@cepel.br
4
Técnico em Química, Profissional Médio Operacional III, marcossa@cepel.br
5
Engenheiro Eletricista, Profissional de Nível Superior III, gersonvr@furnas.com.br
Página | 18
SCSE // 2023
SCSE 16 - CORROSÃO SOB ISOLAMENTO TÉRMICO NO SISTEMA DE RESFRIAMENTO DE
COMPONENTES EM USINAS NUCLEARES

Autores: Jorge Armando P. Júnior1; Ricardo José Rebelo de Aguiar2


Empresa: Eletronuclear; Amazul

As usinas nucleares, de acordo com as regulamentações americanas, possuem uma licença de


operação inicial de 40 anos. A partir desse período, foi estabelecida uma metodologia para renovar
a licença de operação dos reatores. A mesma abordagem foi adotada nas usinas nucleares de
Angra pela CNEN. Essa metodologia consiste em análises de engenharia e programas de
gerenciamento de envelhecimento.
Diversos mecanismos de envelhecimento podem afetar os equipamentos, causando efeitos que
levam à perda da função pretendida de componentes importantes para a segurança. Por esse
motivo, inspeções periódicas são realizadas.
Durante uma parada de manutenção, foi identificada a ocorrência de Corrosão Sob Isolamento
(Corrosion Under Insulation) no Sistema de Refrigeração de Componente (SRC). A CUI é um tipo
de corrosão que ocorre devido à presença de umidade na superfície externa de componentes
isolados, seja por corrosão galvânica, clorada, ácida ou alcalina.
O SRC opera com uma temperatura interna de 29 °C, enquanto a temperatura ambiente do edifício
do reator em operação é de 50 °C, com uma umidade de 50%. Isso causa condensação. O sistema
foi projetado levando em consideração a instalação de um isolamento anti-condensação. No
entanto, devido ao envelhecimento, ele perdeu sua função original, tornando-se um retentor de
umidade, o que cria um ambiente propício para o surgimento e agravamento da corrosão.
Essa experiência destaca a importância de tomar cuidado com os isolamentos em contato com as
superfícies de componentes metálicos. Ao selecionar isolamentos, é extremamente importante
não apenas buscar aqueles que cumpram eficientemente seu propósito principal de isolamento,
mas também estudar aspectos como tipo de isolamento, vida útil, relação custo-benefício e riscos
à saúde. Isso ocorre porque o mesmo isolamento que pode proteger a superfície de um
componente metálico durante sua vida útil pode, ao final desse período (caso não seja substituído),
ter o efeito oposto.

Dados dos autores:


1
Engenheiro Mecânico, Gerente da Disciplina de Mecânica, jorgeap@eletronuclear.gov.br
2
Engenheiro Mecânico, rictte@eletronuclear.gov.br

Página | 19
SCSE // 2023
SCSE 17 - ESTUDO DE CASO LT BARREIRO–NEVES 345 KV

Autor: Lucas Matheus Carneiro de Souza


Empresa: Cemig

A linha de transmissão Barreiro–Neves 345 kV está em operação desde o ano de 1960. Devido ao
longo período de operação a linha sofre com o “ataque” de corrosão em suas estruturas metálicas.
Ao longo dos anos várias ações foram tomadas para tratar/mitigar as ocorrências, como:
tratamento com tintas das mais variadas composições e substituição de peças.
Nos anos de 2020 e 2021 foram feitos tratamentos com tintas à base epóxi. A preparação das
peças foi feita manualmente e com ferramentas mecânicas. Essa combinação de tinta inadequada
para o tipo de tratamento pobre resultou em vários tipos de defeitos, os principais foram:
empolamento, perda de aderência e corrosão, todos identificados em inspeções feitas agora em
2023.

Dados do autor:
Técnico de Manutenção de Linhas, lucas.csouza@cemig.com.br

Página | 20
SCSE // 2023
SCSE 18 - MITIGAÇÃO DO EFEITO CORROSIVO EM FERRAGENS DAS CADEIAS DE
ISOLADORES DE LINHAS DE TRANSMISSÃO POR MEIO DE TÉCNICAS DE INSPEÇÃO
COM ULTRAVIOLETA

Autores: Allan Sousa e Silva1; Luis Felipe Guajardo Semensato2


Empresa: TAESA

As transmissoras de energia elétrica operam em um setor altamente regulamentado, no qual o


cumprimento dos requisitos normativos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL) e dos procedimentos de rede do Operador Nacional do Sistema (ONS) é de extrema
importância para garantir o desempenho adequado das instalações de transmissão.
Um dos desafios mais significativos enfrentados no processo de inspeção e gestão dos ativos de
linhas de transmissão está relacionado à ocorrência de processos de oxidação em seus
componentes metálicos. Este pode ser causado por diversos fatores físicos e químicos, sendo
potencializado pelos efeitos elétricos provenientes das linhas de transmissão
Nesse contexto, o presente trabalho apresenta um estudo de caso em que foi identificado as
causas de corrosão prematura em ferragens de cadeias de isoladores, através de técnica preditiva
de inspeção, utilizando câmera UV, como é possível observar na Figura 1.

Figura 1 - Inspeção de ferragens com câmera UV.

A solução proposta para minimizar a corrosão prematura das ferragens foi a substituição dessas
ferragens por outras com galvanização reforçada e design anti-corona. Como resultado do
emprego prático, espera-se o aumento da qualidade tecnológica das técnicas de inspeção,
melhoria dos custos de manutenção e aumento da confiabilidade dos ativos de transmissão.

Dados dos autores:


1
Engenheiro Eletricista, Engenheiro de Manutenção, allan.silva@taesa.com.br
2
Engenheiro Eletricista, Engenheiro de Transmissão, luis.semensato@taesa.com.br

Página | 21
SCSE // 2023
SCSE 19 - APLICAÇÃO DE LIMPEZA QUÍMICA COM EDTA PARA CONTROLE DE ÓXIDOS
DE COBRE NO GERADOR ELÉTRICO DE ANGRA 2

Autores: Vinícius de Oliveira Rodrigues1; Leonardo Rodrigues Gonçalves2; José Victor Jardim
Sampaio3; José Geraldo Potkul Soares4; Acácio Ivo Francisco5
Empresa: Eletronuclear

O Gerador Elétrico da usina de Angra 2 possui um Sistema de Água de Refrigeração capaz de


realizar elevada remoção de calor dos componentes por onde a corrente elétrica circula. Este
sistema exerce a manutenção da temperatura dos componentes do Rotor e do Estator do Gerador
Elétrico dentro da faixa operacional, removendo calor pela circulação de água em circuito fechado.
Em novembro de 2022, ocorreram 2 desarmes do Gerador Elétrico da Usina de Angra 2 devido a
atuação do sistema de proteção do Gerador após falha para terra no Rotor do Gerador Elétrico.
As pesquisas no campo revelaram a existência de elevada concentração de cobre no Sistema de
Água de Refrigeração Principal do Rotor e Estator de Angra 2. Além do aumento da condutividade
elétrica da água do sistema, este fato insere o risco da possibilidade de bloqueio dos canais de
refrigeração internos do Gerador Elétrico de Angra 2, fenômeno conhecido na literatura
internacional como “plugging”.
No segundo desarme, foi executada inspeção do rotor e substituição do inventário completo do
fluido de trabalho do sistema (fleed & bleed), até que a condição química dos parâmetros do
sistema atingisse valores aceitáveis.
A Usina voltou a operar após consulta ao projetista do equipamento que prestou suporte em loco.
No entanto, mesmo com a operação da Usina tomando ações para manutenção do sistema em
sua configuração original, os parâmetros químicos do sistema ainda permaneciam fora dos
critérios estabelecidos nos procedimentos. Dentre eles, em especial a concentração de Cobre no
Sistema apresentava tendência de subida, além de elevada instabilidade.
Em virtude desta condição que o Gerador de Angra 2 se encontrava, em dezembro de 2022 o
projetista emitiu uma matriz de risco apontando que a Usina possuía um médio risco de perda total
do Gerador Elétrico da Usina caso fosse operado sob estas condições até a Parada Programada
2P19 prevista para em setembro de 2023.
Esse risco era devido à possibilidade de obstrução total de algum canal de circulação de água do
sistema, causando um sobreaquecimento com fusão da liga de cobre do componente afetado,
tornando o dano irreparável.
Quando a avaliação do cenário considera a perda completa de um Gerador Elétrico de uma Usina
como Angra 2, o prejuízo econômico a ser considerado não se limita apenas ao custo de uma
parada da Usina para manutenção do sistema. Neste caso, o prejuízo econômico se estende à
perda de geração de semestres, ou até anos, para reposição do Gerador, com o custo da aquisição
e montagem de um equipamento deste porte.
Após estudos para definição de estratégias que tirassem a Usina deste cenário e que evitassem
novo desarme ou danos ao Gerador, foi decidido pela Eletronuclear a contratação de uma empresa
especializada na limpeza química do sistema utilizando agente quelante. O processo de limpeza
com quelante para remover óxidos de cobre é baseado no uso coordenado de EDTA, um agente
complexante, e peróxido de hidrogênio. O EDTA forma complexos fortes com CuO (óxido cúprico),
mas não com cobre metálico. Em determinadas etapas, a limpeza é complementada pela adição
de H2O2 (água oxigenada) no sentido de provocar a oxidação de partículas metálicas de cobre.
Após o término do processo, todos os produtos químicos são removidos no desmineralizador e o
sistema pode voltar ao funcionamento normal.

Página | 22
SCSE // 2023
Sendo assim, ao total foram executadas três limpezas químicas com EDTA no Gerador de Angra 2:
uma primeira limpeza parcial apenas do rotor em 22 e 23 de fevereiro de 2023, uma segunda
completa do sistema feita online e offline de 08 a 16 de março de 2023, e por fim, a última
totalmente online de 16 a 20 de maio de 2023. As limpezas empregaram 67,2 kg de reagente EDTA
(limpeza do rotor: 2,70 kg adicionais) e
5,00 L de H2O2. Um total de 7,22 kg de cobre foi removido da limpeza off-line e on-line. Um adicional
de 0,48 kg foi removido durante a limpeza do rotor. No total, foram empregados 69,9 kg de EDTA
e removidos 7,70 kg de cobre.
Apenas após a terceira limpeza química, onde o processo foi conduzido associado a tentativas de
despolarização elétrica das mangueiras isoladas que abastecem o Rotor com a água do sistema
de resfriamento, é que o processo se mostrou eficaz. De maneira que, até o momento atual, não
houve mais ocorrências de falha para terra do Rotor do Gerador. Após a limpeza, todos os
parâmetros químicos e elétricos do sistema se encontram dentro dos critérios estabelecidos nos
procedimentos operacionais.
Em resumo, a Experiência Operacional associada à execução deste processo de limpeza química
traz uma série de benefícios alcançados pela Usina através de um custo relativamente baixo.
Dentre os principais benefícios temos: aumento de Geração, aumento de confiabilidade do
gerador e controle dos parâmetros do processo.
Até o momento atual, as principais causas para ocorrência do evento levantadas são: acúmulo de
óxidos de cobre em 20 anos de operação do gerador, entrada excessiva de ar pelo selo mecânico
da bomba principal do sistema, perda momentânea da bomba de injeção de soda cáustica do
sistema afetando pH e configuração inadequada de preservação do sistema em paradas para
manutenção.
Ressalta-se que em todo o evento os riscos existentes foram todos relacionados apenas à
integridade do Gerador e da disponibilidade da Usina para Geração elétrica. Em nenhum momento
houve riscos que impactassem a segurança nuclear da planta.

Dados dos autores:


1
Engenheiro Mecânico, Engenheiro de Equipamentos, vrodri@eletronuclear.gov.br
2
Engenheiro Mecânico, Supervisor de Turno de Operação
3
Engenheiro Químico, Engenharia da Operação
4
Engenheiro Eletricista, Engenheiro de Sistemas
5
Engenheiro Químico, Chefe da Divisão da Química de Angra 2

Página | 23
SCSE // 2023
SCSE 20 - AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE METODOLOGIAS PARA TRATAMENTOS DE
CORROSÃO EM CABOS PARA-RAIOS

Autores: Cristina da Costa Amorim1; Elber Vidigal Bendinelli2; Marcelo Luiz da Silva3; Aldo Manuel
Ramírez González4; Carlos Alberto Rojas Meneses5
Empresa: Cepel; Itaipu Binacional

O sistema de transmissão da Itaipu Binacional, devido sua criticidade e importância aos sistemas
elétricos brasileiro e paraguaio, possui alta confiabilidade que advém de intensivas rotinas de
manutenção desde o seu início de operação na década de 80. A detecção em 2022 de um defeito
oculto e ainda insipiente, responsável por um processo de corrosão nos cabos para-raios, causado
pela deterioração, em tese, química dos coxins de PVC das esferas de sinalização aéreas das linhas
de transmissão; levou a ITAIPU a procurar o CEPEL para possíveis tratativas ao caso.
Não será objeto das pesquisas as causas e modos de evolução dos defeitos detectados nos coxins,
no entanto, supõem-se fortemente que os defeitos induzidos nos cabos se relacionam a reação
gradativa e lenta do coxim de PVC exposto a intempéries ambientais, sol e chuva, formando
compostos ácidos que danificam a camada de alumínio dos cabos para-raios. A pesquisa
desenvolvida pelo CEPEL e ITAIPU, foca nos tratamentos dos cabos já em processo de corrosão
inicial em consequência do efeito químico relatado. Procurando uma solução exequível, eficiente e
rápida, visando afetar o mínimo possível a disponibilidade das linhas; o CEPEL propôs uma
metodologia baseada na simulação das condições de campo dos cabos através do
envelhecimento em câmeras de umidade e névoa salina de amostras fornecidas pela ITAIPU.
Diferentes revestimentos de proteção anticorrosiva, baseados em materiais poliméricos, serão
testados nos cabos envelhecidos e um relatório de eficiência comparativa das soluções propostas
será emitido.

Dados dos autores:


1
MSc., Química Industrial, Pesquisadora, cristinac@cepel.br
2
DSc., Engenheiro Químico, Pesquisador, elbervb@cepel.br
3
Engenheiro Eletricista, Engenheiro de Linhas de Transmissão, mdasilva@itaipu.gov.br
4
MSc., Engenheiro Mecânico, Engenheiro de Manutenção Mecânica, aldoman@itaipu.gov.py
5
Engenheiro Eletricista, Engenheiro de Linhas de Transmissão, carm@itaipu.gov.py

Página | 24
SCSE // 2023
SCSE 21 - SOLUÇÕES EM TINTAS ANTICORROSIVAS PARA MAIOR DURABILIDADE E
PRODUTIVIDADE EM MANUTENÇÃO

Autora: Rosileia Mantovani


Empresa: Hempel

Frequentemente tintas protetivas são meios fundamentais para o controle de corrosão em vários
projetos – impulsionados pela necessidade de proteger grandes estruturas de aço eficientemente
e para promover proteção efetiva de longa duração. Embora isso esteja muitas vezes na vanguarda
do processo de projeto e especificação, a manutenção do desempenho a longo prazo pode ser
desafiadora quando confrontada com cronogramas de projeto apertados, em que a pintura é vista
como um "mal necessário".
A manutenção pode ser dispendiosa, especialmente quando se tratam de estruturas em locais de
difícil acesso que requerem a parada de serviço durante os trabalhos de reparo. A escolha correta
do sistema de pintura anticorrosivo pode aumentar significativamente a vida útil da estrutura,
reduzir os custos de manutenção, diminuir os custos de aplicação e melhorar a sustentabilidade.
Em serviços de manutenção, as tintas ricas em zinco tradicionais nem sempre são muito utilizadas
devido às dificuldades na obtenção de uma boa preparação de superfície e no controle da
espessura de filme seco.
Nesse trabalho serão apresentadas duas soluções tolerantes à superfície, de fácil aplicação e
secagem rápida.
A primeira é uma nova tecnologia de tinta rica em zinco que utiliza um mecanismo anticorrosivo
de Tripla Ativação. Este mecanismo ativa mais zinco e com isso melhora o desempenho no
combate contra à corrosão, aumenta a proteção galvânica, o efeito de barreira e inibição do
revestimento, assim como as suas propriedades mecânicas. O resultado é um revestimento que
oferece uma melhor proteção anticorrosiva do que as tintas epóxis ricas em zinco tradicionais,
mais facilidade de aplicação e rápido intervalo de repintura.
A segunda é uma tinta epóxi de alto desempenho que pode ser utilizada como primer ou
intermediária que foi desenvolvida para promover maior produtividade em pintura, através de sua
rápida secagem e intervalo de repintura.
Trata-se de soluções cuidadosamente equilibradas com a manutenção da integridade a longo
prazo do sistema de pintura, que cada vez mais precisa durar por períodos cada vez mais longos.

Dados da autora:
Engenheira Química, Gerente de Projetos & Especificações, roman@hempel.com

Página | 25
SCSE // 2023
SCSE 22 - REVESTIMENTOS INTELIGENTES COM PODER DE AUTORREPARAÇÃO
APLICADOS NA PINTURA ANTICORROSIVA DE MANUTENÇÃO DO SETOR ELÉTRICO

Autores: Felipe Garcia Nunes1; Elber Vidigal Bendinelli2; Idalina Vieira Aoki3
Empresa: Cepel; USP

Revestimentos inteligentes com propriedades de autorreparação são novas tecnologias


promissoras na pintura anticorrosiva, sendo capazes de proteger o substrato metálico mesmo
quando a pintura é danificada. A incorporação de microcápsulas contendo óleos secantes na tinta
é uma estratégia consolidada para conferir autorreparação. Porém, a literatura carece de
informações sobre o desempenho desses revestimentos em tratamento precário de superfície,
como é o caso da pintura de manutenção em campo. Considera-se apenas condições ideias de
tratamento de superfície empregando jateamento abrasivo seco. Nesse contexto, o objetivo deste
trabalho é avaliar o desempenho dos revestimentos autorreparadores em diferentes tratamentos
de superfície, incluindo os graus Sa3 (jateamento abrasivo seco) e St3 (ferramentas manuais) de
limpeza, simulando o cenário de pintura de manutenção do setor elétrico. Microcápsulas contendo
óleo vegetal secante de origem brasileira foram sintetizadas como aditivos autorreparadores. As
microcápsulas foram incorporadas em um primer epóxi mastique alumínio com desempenho
consolidado na pintura de manutenção do setor elétrico. Foram aplicados esquemas de pintura
com a tinta de fundo contendo ou não microcápsulas nos diferentes graus de limpeza. O
desempenho anticorrosivo e autorreparador do sistema foi analisado por aderência à tração,
exposição em câmara de condensação de umidade (4600 h), ensaio cíclico de corrosão (4200 h)
e intemperismo natural em atmosfera CX (2 anos). Os resultados demonstram que os
revestimentos autorreparadores também podem ser aplicados na pintura anticorrosiva de
manutenção. Entretanto, o ganho de vida útil será menor do que aquele conferido em bom
tratamento de superfície.

Dados dos autores:


1
Engenheiro Químico, Profissional de Nível Superior I/Doutorando, felipenunes@cepel.br
2
DSc., Engenheiro Químico, Pesquisador, elbervb@cepel.br
3
DSc., Química com Atribuições Tecnológicas, Professora Associada da USP, idavaoki@usp.br

Página | 26
SCSE // 2023
SCSE 23 - DEGRADAÇÃO POR CORROSÃO GRAFÍTICA EM HASTES DE ATERRAMENTO
UTILIZADAS COMO ELETRODOS DE UM SISTEMA HVDC BRASILEIRO INSTALADAS EM
DUAS SUBESTAÇÕES

Autores: Wagner Ferreira Lima1; Gabriel Ângelo de Barros Vieira2; Bruno Reis Cardoso3; Glaucio
Rigueira4; Heloisa Cunha Furtado5; Josélio Sena Buarque6; Roberta Martins de Santana7
Empresa: Cepel; Eletrobras Furnas; Coppe UFRJ

Os sistemas HVDC (high voltage direct current) são utilizados na transmissão de energia em
diversos lugares do mundo, em aplicações de longas distâncias, de interconexões assíncronas,
entre outros. Dentre os componentes aplicados na operação HVDC, os eletrodos de aterramento
são aqueles que oferecem condições seguras de operação e confiabilidade ao sistema, servindo
como pontos de referência em configurações monopolares e bipolares. Esses eletrodos são
constituídos por anodos, na forma de hastes de aterramento, interligadas entre si por meio de
cabos, podendo ultrapassar alguns quilômetros de perímetro. As ligas de ferro-silício, ferros
fundidos, aços e cobre estão entre os materiais mais utilizados na fabricação desses componentes.
Em 2020, os resultados de uma inspeção periódica em duas subestações pertencentes a um
sistema HVDC brasileiro indicaram aumento na resistência ôhmica nos eletrodos de aterramento
do tipo raso horizontal, com geometria circular de
2,5 km, de uma liga ferro-silício, enterrados a 4 m de profundidade e imersos em coque mineral.
Com uma vida útil de projeto de 50 anos, verificou-se que os anodos se rompiam após 30 anos
de operação, ao serem retirados do campo, somente com seu próprio peso.
Amostras foram enviadas ao Cepel e os resultados dos ensaios de inspeção visual, estereoscopia,
ensaios mecânicos, análises química, microestrutural e por difração de raios-x indicaram que os
anodos sofreram um processo de degradação denominado corrosão grafítica.

Dados dos autores:


1
DSc., Engenheiro Metalúrgico e de Materiais, Pesquisador, wagnerfl@cepel.br
2
Engenheiro Elétrico, gavieira@furnas.com.br
3
DSc., Engenheiro Metalúrgico e de Materiais, Pesquisador, brunorc@cepel.br
4
MSc., Engenheiro Metalúrgico e de Materiais, Pesquisador, glaucio@cepel.br
5
DSc., Engenheira Metalúrgica e de Materiais, Pesquisadora, heloisacunhafurtado@gmail.com
6
Engenheiro Mecânico, Pesquisador, buarque@cepel.br
7
MSc., Ciências Metalúrgicas e de Materiais e Licenciada em Matemática, Técnica,
roberta@cepel.br

Página | 27
SCSE // 2023
SCSE 24 - EVOLUÇÃO E PERFORMANCE DE REVESTIMENTOS POLIASPÁRTICOS E
POLIUREIAS

Autor: Adauto Colussi Riva


Empresa: Renner Herrmann S.A.

Os poliaspárticos são originados pela reação de ésteres poliaspárticos e isocianatos alifáticos.


Inicialmente utilizados como solventes reativos para sistemas PU tem por característica a alta
reatividade propiciando revestimentos de secagem rápida. Tem alta resistência a raios UV, são
produtos de baixo ou zero VOC e HB com espessuras até 350 micrometros.
Com uma utilização cada vez maior a tecnologia permite também uso como DTM em ambientes
agressivos com ótimos resultados.
A poliureia é formada pela reação de diisocianatos e diaminas sendo um dos materiais poliméricos
sintéticos mais resistentes.
Alta resistência à tração, sem compostos orgânicos voláteis (NoVOC), ampla faixa de dureza
(Shore A e Shore D), resistência química, resistência à abrasão, alta impermeabilidade, são
características comuns neste tipo de revestimento.
Além das características acima temos também a secagem quase instantânea em espessuras altas,
usualmente acima de 1,5 mm, que possibilitam o uso em diversos segmentos como Óleo e Gás,
Mineração, Papel e Celulose, Vagões, Veículos de Carga, Tanques, Contenção, Industria Alimentícia,
entre outros, com excelente desempenho e durabilidade.

Dados do autor:
Químico Industrial, Gerente Técnico, ariva@rennercoatings.com

Página | 28
SCSE // 2023
SCSE 25 - TRATAMENTO DE CORROSÃO EM TORRES DE TRANSMISSÃO COM PARTES
SUBMERSÍVEIS

Autores: Frederico Nicolau Cesarino1; Valmir Farias2; Arthêmio do Nascimento Bezerra3


Empresa: Eletrobras Eletronorte

A corrosão em torres de transmissão sujeitas a alagamentos é uma preocupação comum, uma vez
que a exposição à água e umidade pode acelerar o processo de corrosão do metal. O presente
trabalho tem por objetivo apresentar a efetividade da realização de tratamento anticorrosivo, a
partir de procedimento descrito em norma técnica, em torres da Linha de Transmissão Porto Velho
- Abunã no estado de Rondônia. A partir estudo de caso com duração de 12 meses, criou-se uma
metodologia de manutenção corretiva aplicada em todas as unidades da linha, sujeitas ao
alagamento do rio Cutia, e com falhas em seu sistema protetivo original.

Dados dos autores:


1
DSc. Engenheiro Mecânico, frederico.cesarino@eletronorte.com.br
2
Engenheiro Eletricista, Especialista, valmir.farias@eletronorte.com.br
3
Especialista, Gerente Divisão (transmissão), arthemio.bezerra@eletronorte.com.br

Página | 29
SCSE // 2023
SCSE 26 - EXPERIÊNCIA DE FURNAS NA ADOÇÃO DE KIT PARA TRATAMENTO
ANTICORROSIVO DAS FUNDAÇÕES DAS TORRES DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

Autores: Reynaldo Pinto Ambrosio Júnior1; Gerson Vale de Resende2


Empresa: Eletrobras Furnas

O departamento de Produção Nova Iguaçu da empresa Eletrobras Furnas, mantém e opera cerca
de 2700 km de linhas de transmissão, que são suportadas por aproximadamente 4600 torres
metálicas tipo autoportantes. Sendo a maioria das linhas de transmissão com níveis de tensão de
345 e 500 kV e também algumas de 138 kV, a maior parte das LTs possuem mais de 45 anos em
operação, assim as fundações em grelha vem apresentando já há alguns anos uma forte
degradação por corrosão.
Durante as inspeções periódicas rotineiras nessas LTs são identificadas e avaliadas as estruturas
que apresentam um grau de comprometimento mais elevado de corrosão nas fundações, sendo
selecionada as que irão sofrer a intervenção de recuperação.
O departamento de Nova Iguaçu, foi um dos primeiros a adotar uma sistemática de contratação
de serviços de forma híbrida, ou seja, há mais de vinte anos que são contratadas empresas que
fornecem a mão de obra e Furnas disponibiliza um kit com ferramentas e materiais, adaptados em
veículo exclusivo para o trabalho de recuperação das fundações das torres. A empresa contratada
fornece os profissionais especializados para realização dos serviços, ficando ainda por conta de
Furnas a fiscalização e acompanhamento.
O esquema de proteção anticorrosiva aplicado consiste na limpeza por jateamento a seco com
matéria prima abrasiva, aplicação de uma demão de mastik alumínio cinza, duas demãos de tinta
tarfree de dois componentes, nas cores marrom e preta. O esquema de pintura é aplicado na
fundação da estrutura, em 50 cm acima e 70 cm abaixo da linha de afloramento, recuperando o
ponto crítico da corrosão.
A importância desse trabalho é fundamental para proteção das torres metálicas de transmissão,
visto que a maioria das linhas de transmissão estão com mais de cinquenta anos de operação e as
suas fundações mostram ser os pontos críticos da degradação. Assim, torna-se muito importante
a busca e execução de métodos eficientes e mais econômicos para a proteção das estruturas.

Dados dos autores:


1
Técnico Eletrotécnica, Técnico de Linhas de Transmissão, rpjunior@furnas.com.br
2
Engenheiro Eletricista, Profissional de Nível Superior III, gersonvr@furnas.com.br

Página | 30
SCSE // 2023
SCSE 27 - A UTILIZAÇÃO DA ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE COMO SUPORTE A
GESTÃO DE ATIVOS ATRAVÉS DA ANÁLISE DE DEGRADAÇÃO EM LINHAS DE
TRANSMISSÃO E DESENVOLVIMENTO DE SIMULADOR PARA GESTÃO DE
MANUTENÇÃO

Autor: Willy Wendorff Fritz Jacques


Empresa: TAESA

A aplicação da Engenharia de Confiabilidade, através das suas ferramentas, torna possível a


utilização dos dados de vida dos ativos, para realização de estudos que irão suportar a tomada de
decisão durante todo o ciclo de vida, visando o atingimento da excelência no negócio.
Para uma gestão de ativos eficiente, em um cenário de limitação de recursos, alta competitividade
e com alta necessidade de decisões assertivas, a Engenharia de Confiabilidade torna-se
indispensável, pois sua utilização possibilita conhecer os ativos de forma detalhada e com isso,
propor ações que objetivam a melhoria da performance nos ativos, consequentemente
desenvolvendo a performance do negócio.
Considerando este modo de falha, apresentaremos neste artigo, a aplicação de Engenharia de
Confiabilidade, através da ferramenta de Análise de Degradação, com objetivo de propor ações
de melhorar a gestão da confiabilidade, mantenabilidade e disponibilidade.

Dados do autor:
Engenheiro, Coordenador de Desempenho e Confiabilidade, willy.jacques@taesa.com.br

Página | 31
SCSE // 2023
SCSE 28 - OS BENEFÍCIOS DA GALVANIZAÇÃO A FOGO PARA O SETOR ELÉTRICO

Autor: Christian Canales


Empresa: BBosch Galvanização

Este trabalho técnico abordará a galvanização por imersão a quente, que protege o aço contra a
corrosão através do revestimento com zinco. Será apresentado como os aços galvanizados por
imersão a quente (a fogo) utilizados no setor elétrico apresentam uma maior vida útil e
consequentemente uma redução dos custos de manutenção dos mesmos. Dentre estas
aplicações destacam-se as Torres e Postes de transmissão de energia, Postes de iluminação,
Radiadores para transformadores, Motoventiladores para ventilação forçada de radiadores e
eletrodutos.
Será explanado o processo da galvanização por imersão a quente, suas etapas e características, a
performance conforme a categoria de corrosividade do ambiente, como se estima a vida útil do
aço galvanizado em função da camada de zinco, os benefícios e as normas, com destaque para a
norma ABNT NBR 6323 - Galvanização por imersão a quente de produtos de aço e ferro fundido
– Especificação, que devem ser seguidas na especificação de projetos. E por fim será apresentado
cases de sucesso de aplicações da galvanização por imersão a quente.

Dados do autor:
Engenheiro Metalúrgico e MBA em Gestão Industrial, Gerente de Planta,
ccanales@bbosch.com.br

Página | 32
SCSE // 2023
SCSE 29 - EXTENSÃO DA VIDA ÚTIL DE ATIVOS DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO

Autores: Ben Rowland1; Natanael Moreira2


Empresa: Induron Protective Coatings; Pensacola Service

Torres de transmissão elétrica de aço galvanizado, têm uma vida útil de cerca de
70 anos, com a camada galvanizada começando a se degradar e enferrujar aos 30 anos. Nos
Estados Unidos aproximadamente 70% das linhas de transmissão e subestações da rede elétrica
foram erguidas antes de 1995, o que significa que as concessionárias estão enfrentando pressão
iminente para decidir como apoiar sua infraestrutura siderúrgica existente, a fim de evitar a perda
de receita que ocorre quando torres corroídas falham e criam interrupções. Além disso, a expansão
da rede para acomodar novos recursos de geração, como solar e eólica, ainda dependerá
fortemente da infraestrutura existente. Torres degradadas causam interrupções e perda de receita
para as concessionárias, assim como criam um serviço inconsistente para os clientes e usuários.
Tratar uma torre de aço envelhecida antes que ela falhe gera continuidade de serviço para os
clientes e continuidade de receita para as empresas de serviços públicos.
No combate à corrosão que ataca essas estruturas de aço, a Induron achou a eficiência da solução
tão imprescindível quanto a eficácia da solução. Muitas partes do mundo estão muito atrasadas
em acompanhar um problema inevitável que é a corrosão. Consequentemente, a solução deve
proporcionar eficiência às concessionárias de energia elétrica em tempo e custo, ao mesmo tempo
em que oferece uma solução eficaz. Para agravar o problema, as concessionárias de energia
elétrica devem ficar atentas ao impacto ambiental das soluções. Por exemplo, é necessário evitar
sistemas que usam jateamento de areia e outros métodos que exigem grandes quantidades de
água, gasolina, energia e outros recursos.
Através do uso de nossos sistemas à base de resinas alquídicas modificadas com óleo de linhaça,
podemos criar um acréscimo substancial à expectativa de vida da infraestrutura de transmissão e
distribuição, em alguns casos, dando a esses ativos uma vida útil infinita quando abordados em
tempo hábil.

Dados dos autores:


1
Consultor de Revestimentos de Infraestrutura Elétrica, browland@induron.com
2
Diretor Técnico e Comercial, natanael@pensacola.net.br

Página | 33
SCSE // 2023
SCSE 30 - DESENVOLVIMENTO DE PLATAFORMA DE COLETA DE DADOS BASEADA NA
TECNOLOGIA DA INTERNET DAS COISAS INDUSTRIAL (IIOT) PARA MONITORAMENTO
EM TEMPO REAL DE GRANDEZAS AMBIENTAIS E AVALIAÇÃO DO GRAU DE
CORROSIVIDADE DO AMBIENTE

Autores: Rodrigo Augusto Câmara Patrício1; Renato de Oliveira Rocha2; Carlos Frederico Trotta
Matt3; Alberto Pires Ordine4; Cristina da Costa Amorim5; Elber Vidigal Bendinelli6
Empresa: Cepel

O objetivo deste trabalho é apresentar a plataforma de coleta de dados desenvolvida pela equipe
do Laboratório de Mecatrônica e Dinâmica de Estruturas do Cepel, em parceria com a equipe de
corrosão do Laboratório de Materiais e Propriedades Mecânicas do centro, para o monitoramento
em tempo real de grandezas físicas relacionadas às condições atmosféricas de uma dada
localidade, tais como velocidade e direção do vento, temperatura ambiente, umidade, radiação
ultravioleta e índice pluviométrico. Do ponto de vista estrutural, a plataforma de coleta de dados é
uma torre treliçada de alumínio com dois metros de altura, dotada de alimentação elétrica
autônoma por meio de painéis fotovoltaicos, e equipada com diferentes sensores e dispositivos
para medição e transmissão de dados sem fio, com base nas tecnologias mais modernas de
Internet das Coisas Industrial (IIOT). Na estrutura da torre, são fixadas placas de aço com diferentes
tipos de tratamento anticorrosivo (por exemplo, diferentes revestimentos e diferentes esquemas
de pintura). Além das grandezas atmosféricas, a temperatura e a deformação mecânica nas placas
também são medidas e monitoradas em tempo real, de modo a enriquecer estudos quantitativos
de velocidade de corrosão do ambiente e estudos qualitativos de avaliação das técnicas de
proteção anticorrosiva. Neste trabalho, também são apresentadas as medições realizadas com um
protótipo desta plataforma construído pela equipe do LabME e instalado nas proximidades da
estação de corrosão ambiental localizada na sede do Cepel, na Ilha do Fundão. O projeto mecânico
e eletrônico da plataforma contempla a possibilidade de sua instalação em locais remotos, bem
afastado dos centros urbanos e com pouca ou nenhuma infraestrutura de redes de distribuição
de energia elétrica, razão pela qual o requisito de autonomia elétrica e uso das tecnologias mais
modernas de transmissão de dados sem fio são imprescindíveis. O produto do Cepel tem grande
potencial de atender outras demandas do setor elétrico nacional, além da avaliação da severidade
corrosiva de uma dada localidade. Suas vantagens em relação a produtos similares oferecidos no
mercado são: (i) baixo custo e (ii) facilidade de adaptação/customização em função das diferentes
demandas do setor elétrico.

Dados dos autores:


1
MSc., Engenheiro Mecânico, Profissional de Nível Superior I/Doutorando, rodrigopatricio@cepel.br
2
DSc., Engenheiro Mecânico, Pesquisador, renato@cepel.br
3
DSc., Engenheiro Mecânico, Pesquisador, cfmatt@cepel.br
4
DSc., Engenheiro Químico, Chefe do Departamento de Materiais e Mecatrônica, ordine@cepel.br
5
MSc., Química Industrial, Pesquisadora, cristinac@cepel.br
6
DSc., Engenheiro Químico, Pesquisador, elbervb@cepel.br

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Página | 34
SCSE // 2023

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