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RESUMO
2. OBJETIVO
Uma das definições do efeito corona é que se trata de uma descarga elétrica
causada devido a um elevado estresse elétrico. Esta é uma definição bastante
generalizada, mas abrange toda a gama de ocorrência deste fenômeno, uma vez
que a descarga corona pode ocorrer em meio sólido (isolante), líquido ou gasoso.
Este fenômeno pode danificar a estrutura do material e ser causa de falhas no
isolamento. [SILVA]
Nas ferragens e no meio isolante, como é o caso das cadeias de isoladores, o
efeito corona pode acelerar a degradação dos materiais.
O nível do efeito corona pode ser acentuado em decorrência de alterações na
superfície dos materiais sejam construtivos como protusões, rebarbas, falta de
acabamento, erros de instalação e falha dos anéis anti-corona ou por depósito
de partículas poluentes.
De acordo com SANTOS, devido à alta intensidade do campo elétrico,
equipamentos de alta tensão podem gerar o efeito corona. A atividade de corona
nestes equipamentos pode indicar falhas de projeto ou de funcionamento, causar
perda de potência ativa, corrosão e degradação acelerada de isoladores
poliméricos e cerâmicos. Além disso, o efeito corona gera ruído audível, rádio
interferência e TV interferência.
O desempenho dielétrico de uma cadeia de isoladores pode ser comprometido
quando estão situadas em ambientes poluídos e sob determinadas condições
climáticas como chuva e alta umidade. Se a camada de poluição depositada na
superfície do isolador se mantém seca, a variação do comportamento dielétrico
é mínima. Neste caso, quando ocorrer um processo de umidificação que venha
a dissolver o material contido no isolador, este pode se tornar condutivo,
favorecendo assim a ocorrência de efeitos elétricos que compromete a isolação
da cadeia até que, dependendo da intensidade, cause o desligamento da linha
de transmissão por arco elétrico. O comportamento deste efeito é amplamente
tratado em trabalhos publicados e seminários conforme descrito por MELLO e
DIAS.
A medição dos níveis de efeito corona nas cadeias de isoladores pode ser
realizada através de câmera ultravioleta. Este equipamento torna a radiação UV
visível e pode indicar a presença de atividade elétrica anormal nos componentes
das linhas de transmissão, conforme ilustrado na Figura 2.
Devem ser consideradas na análise das imagens, as possíveis fontes do efeito
corona, tais como pontos irregulares nas ferragens, poluição, depósito de
partículas ou materiais poluentes e ausência ou ineficiência de anéis anti-corona.
O diagnóstico para a definição do grau de criticidade ou severidade deve ser
realizado em conjunto com inspeção visual detalhada com imagens fotográficas
de alta resolução e qualidade.
a. Temperatura
b. Umidade Relativa do Ar
Quanto maior é a umidade relativa do ar, maior será o nível do efeito corona na
cadeia de isoladores.
Figura 4 – Relação entre temperatura ambiente e nível de efeito corona.
Fonte: O Autor
7. MÉTODO DE INSPEÇÃO
I. ETAPAS BÁSICAS
A figura 5 mostra as etapas básicas aplicadas ao método que envolvem as
atividades de campo.
A cada fase foi dada uma classificação de severidade com as respectivas ações
com base nas imagens obtidas com a câmera UV.
8. CONCLUSÕES
SILVA, Edilson Sidney Rosa da. Sensor óptico para detecção do efeito corona
em linhas de transmissão. Dissertação (Engenharia Elétrica). Instituto Federal
da Paraíba. João Pessoa, 2021.