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transmissão1.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
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Artigo apresentado à Unisul como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil, em 30 de junho de 2022.
2
Graduando em Engenharia Civil. E-mail: portescleyton@hotmail.com.br
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Professor orientador. Mestre em Engenharia Civil. E-mail: auro.marcolan@yahoo.com.br
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2 REVISÃO DA LITERATURA
materiais ocorreu por meio da investigação das falhas verificadas, como acidentes e
deterioração precoce em edificações (WEIMER, 2018).
Construções em estrutura metálica possui uma metodologia própria pouco
conhecida. A falta de domínio dessa nova técnica construtiva, acarreta problemas
patológicos que comprometem o desempenho, durabilidade e a vida útil de uma
edificação. Outros fatores que levam ao aparecimento de patologias nas construções
são: a concepção incorreta de projetos, o emprego de materiais impróprios, a simples
utilização e a falta de manutenção (RIBAS, 2006).
Este estudo dará destaque as patologias relacionadas as estruturas metálicas
empregadas em Linhas de Transmissão de energia, onde de maneira geral, essas
estruturas são treliçadas e seus elementos estão sujeitos à tração e compressão. A
cantoneira apresenta uma excelente relação raio de giração/área, o que lhe confere uma
ótima resistência à compressão (além também da ótima resistência à tração
apresentada). Atualmente, no Brasil, são utilizadas cantoneiras com padrão em
polegadas, as quais atendem às especificações do AISC (American Institute of Steel
Construction), e cantoneiras com padrão métrico, que atendem à norma brasileira NBR
6109, conforme pode ser visualizado na Figura 1 (FURNAS, 2009).
Causa Porcentagem
Detalhamento deficiente 59,00%
Concepção geral 18,00%
Erros de cálculo 13,00%
Materiais inadequados 10,00%
Fonte: BUREAU SECURITAS (1979).
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• Inexperiência de projetistas;
• Incompatibilidade dos projetos de estruturas metálicas e concreto
armado;
• Falhas no gabarito de furação;
• Falta de detalhamento das ligações;
• Furos não previstos em projeto, realizados no momento da montagem;
• Locais inacessível para aperto dos parafusos;
• Locais de difícil acesso para montagem das estruturas;
• Peças grandes e local confinado para a montagem da estrutura;
Todas essas anomalias geram dificuldades durante a execução, que muitas vezes
para atender os prazos da obra são realizadas soluções de campo, onde em muitos casos
essas soluções acabam acelerando outras patologias, por exemplo, a corrosão.
Figura 19 – Parte interna da válvula de latão com coloração avermelhada e destruição da parte
rosqueada.
São fenômenos que resultam de uma interação entre o meio no qual está imerso
um sólido e sua resposta à solicitação mecânica, e como resultado desses fenômenos
temos alguns tipos de corrosão.
Empolamento pelo hidrogênio: O hidrogênio penetra no material metálico e
difunde-se rapidamente em regiões de descontinuidades formando pressão e formando
bolhas.
Figura 20 – Tubo de aço carbono com empolamento pelo hidrogênio.
Figura 23 – Erosão por impingimento causada por vapor d’água em tubulação de condensado.
Figura 25 – Corrosão sob tensão fraturante em tubulação de latão com presença de amônia e
umidade
3 METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica, sucedido por
estudos de caso e seguido pela discussão e análise dos resultados, conforme
metodologia e procedimentos detalhados a seguir.
4 ESTUDO DE CASOS
Figuras 35 e 36 - Reaterro compactado (E) finalização com pintura e concreto não estrutural (D).
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Como são torres especiais, não havia torres reservas para substituição. Para
restabelecer o sistema, foi contratado de forma emergencial os serviços para
recomposição das estruturas e cabos, incluindo o fornecimento de novas torres
completas. Paralelamente, foram montadas estruturas provisórias de emergência,
inclusive fundação, para recomposição da linha, os serviços do ramal emergencial
foram concluídos em 36 dias com a energização da linha de transmissão em torres
provisórias de emergência.
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Figuras 43 e 44 – Chapa fabricada em campo já com corrosão (E) montante refurado em campo.
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Figuras 47 e 48 – Cobre junta, sem aperto e início de corrosão por fendas (E) desalinhado (D).
Figuras 49 e 50 – Falta de calços, deixando a peça solta (E) deixando a peça sob tensão (D).
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• Devido serem torres especiais (100m de altura) e uma das estruturas estar
localizada em uma ilha a montagem da estrutura foi realizada de forma
manual;
• A empresa contratada para realizar a montagem, mesmo encontrando
problemas, seguiu com a montagem, refurando peças, adaptando chapas,
fazendo furos oblongos, sem comunicar a empresa contratada.
Figuras 59 e 60 – Corrosão com perda de massa não prevista na zona de transição solo-ar.
Além da LT 230kV Nova Santa Rita – Camaquã 3 esse tipo de fundação foi
aplicado em outros projetos, todas essas fundações estão sendo monitoradas durante as
inspeções de rotina. Consultado o fabricante da estaca, ele alega que seu projeto prevê
essa perda de massa ao longo da vida útil da fundação (30 anos), porém é questionado
essa previsão de perda de massa.
Os pórticos são conjuntos de vigas e colunas treliçadas que são conectadas entre
si formando uma estrutura única que tem a função de ancorar os cabos condutores e
cabos para-raios em subestações de energia. Dependendo da tensão, e da configuração
da subestação alguns equipamentos elétricos também podem ser instalados diretamente
nos pórticos.
4.4.1 Caso 1
4.4.2 Caso 2
Este caso refere-se a um pórtico metálico que faz a ancoragem dos cabos da LT
230kV Biguaçu – Desterro, para efetuar a transição de cabos aéreos para cabos
subterrâneos, localizada no sul da Ilha de Santa Catarina. Este pórtico possui
galvanização por camada de zinco e por solicitação do órgão ambiental através de
condicionantes a licença de instalação foi necessário realizar a pintura do pórtico na cor
verde.
Durante inspeção de manutenção de rotina, foi observado um rápido avanço na
deterioração da pintura (desplacamento) e da galvanização, provocando início de
corrosão do aço estrutural. Após avaliação técnica especializada, conclui-se que não foi
executado plano de manutenção periódico da pintura, o que permitiu a fissuração e
criação de bolhas e bolsões que permitiram o acúmulo de água, resultando em ataque
mais agressivo tanto à pintura, provocando seu desplacamento, assim como reduzindo
significativamente a vida útil da galvanização a fogo. Cabe ressaltar que a pintura foi
feita sobre a galvanização, o que reforça a hipótese de que a preparação da superfície
também possa ter sido realizada de maneira precária, porém é de difícil confirmação.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
revestimento mais adequado a cada situação. Ainda assim, a manutenção deve ser
criteriosa e frequente.
Conforme citado no item 2.2.5, no Brasil cerca de 4% do PIB são consumidos
anualmente pela corrosão, equivalente a R$ 236 bilhões em 2015, analisando apenas
esses números nota-se a importância que esse tema tem para que mais estudos sejam
realizados, afim de que exista uma melhoria continua nos processos, desde o projeto,
fabricação, montagem e manutenção das estruturas metálicas.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DAL’ BÓ, Tânia Cristina Machado. SARTORTI, Artur Lenz. Falhas e Patologias nas
Estruturas Metálicas – Congresso Latino Americano da Construção Metálica –
Construmetal, 2012.